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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 25 MAIO 2017 | N.º 583 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO MOREIRA DE CÓNEGOS Rua Laurinda F. Magalhães, nº 42 Telefone 253 563 250 S. MARTINHO DO CAMPO Av. Manuel Dias Machado, 283 Telemóvel: 919 366 189 VILA DAS AVES Rua D.Nuno Álvares Pereira, 27 (Largo da Mariana) Telefone: 252 941 316 Responsável pela Associação de Moradores de Ringe, Joaquim Faria foi apresentado na passada sexta- Joaquim Faria: “É hora de ajudar as pessoas!” feira como candidato à Junta de Freguesia de Vila das Aves pelo Partido Socialista. PÁGINA 10 Andreia Neto quer construir cineteatro nos primeiros dois anos de mandato Três vezes trio no Festival de Guitarra Este fim de semana, o alemão Uwe Kropinski, o argentino Tomás Gu- bitsch e o Lisboa String Trio são os protagonistas. Concertos em santo Tirso e Vila das Aves. PÁGINA 03 QUIM E NÉLSON PEDROSO FALAM DA SUBIDA DO AVES SUPLEMENTO ESPECIAL CD AVES

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 25 MAIO 2017 | N.º 583 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

MOREIRA DE CÓNEGOSRua Laurinda F. Magalhães, nº 42

Telefone 253 563 250

S. MARTINHO DO CAMPOAv. Manuel Dias Machado, 283

Telemóvel: 919 366 189

VILA DAS AVESRua D.Nuno Álvares Pereira, 27

(Largo da Mariana)Telefone: 252 941 316

Responsável pela Associação deMoradores de Ringe, Joaquim Fariafoi apresentado na passada sexta-

Joaquim Faria:“É hora deajudar as pessoas!”

feira como candidato à Junta deFreguesia de Vila das Aves peloPartido Socialista. PÁGINA 10 Andreia Neto quer

construir cineteatro nosprimeiros doisanos de mandato

Três vezes triono Festivalde GuitarraEste fim de semana, o alemão UweKropinski, o argentino Tomás Gu-bitsch e o Lisboa String Trio são osprotagonistas. Concertos em santoTirso e Vila das Aves. PÁGINA 03

QUIM ENÉLSONPEDROSOFALAMDA SUBIDADO AVESSUPLEMENTOESPECIAL CD AVES

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||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Qual o melhor Beatle – Paul McCart-ney ou John Lennon? Existem váriosvídeos no YouTube a fazer esta per-gunta e, em algumas respostas, apa-rece o nome de George Harrison.Quase parece blasfémia desconside-rar uma das mais brilhantes duplasda história da música. Um dos moti-vos dessas preferências será, muitoprovavelmente, o que veio depois dofim dos Fab Four. O grupo desfez-seem 1970 e o seu guitarrista lançou,nesse ano, “All Things Must Pass”.

Tendo em conta o peso da auto-ridade das composições de Paul eJohn, sobrava pouco espaço para ascriações de George. Assim, acumu-lou uma série de canções rejeitadasque só seriam editadas no seu maiscélebre álbum. Historicamente, seriao primeiro triplo de um artista a solo.As edições originais incluíam umposter e capas internas de cores dife-rentes. A opção por uma caixa alar-mou todos os que a associavam ape-nas a música clássica e compilações.

O fascínio por religiões orientais

moldou a experiência do músico in-glês. A sua forte inclinação espiritualpermitiu conjugar Hare Krishna comHallelujah em “My Sweet Lord”. Seriaeste um dos seus maiores êxitos eum fardo extremamente pesado. Foicondenado de plagiar “He’s So Fine”(The Chiffons) “não intencionalmen-te” num desgastante e longo proces-so judicial.

A co-produção de Phil Spector en-grandece o registo, tornando-o este-ticamente denso com a técnica “Wallof Sound”. Analisando a ficha técni-ca reparamos num lote de figuras im-portantes, como Billy Preston, GingerBaker, Ringo Starr e, entres outros, oseu amigo Eric Clapton. Para avolumaro conjunto de notáveis não dá paraesquecer destes três: Ravi Shankar, o“padrinho das músicas do mundo”que ajudaria a organizar o Concertopara Bangladesh, considerado o pri-meiro de caridade; Bob Dylan, um in-fluenciador, sendo a versão de “If NotFor You” um testemunho; e, finalmente,Martin Scorsese que faria o docu-mentário “George Harrison – Livingin the Material Word”, de 2011.

Em 1999 escapou a uma tentati-va de assassinato. Não teve o mes-mo destino que John Lennon, masdois anos depois sucumbiria a umcancro, deixando um legado vasto ede uma relevância primordial para asgerações futuras. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

Há vida depoisdos Beatles

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens.

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestasegunda saída de maio foi o nosso estimado assinante Pedro

Miguel Ribeiro Mendonça Pinto, residente na rua Egas Moniz, em Lordelo.

No próximo sábado, 27 demaio, pelas 22h00, o grupomusical “The Mamma” sobe aopalco do Centro Cultural Mu-nicipal de Vila das Aves. É maisuma “Noite Tirsense”, consagra-da aos agrupamentos locais,proporcionando-lhes o devidodestaque e visibilidade. A ini-ciativa é da Câmara Municipalde Santo Tirso e marca o fechode cada mês na programaçãodo Centro Cultural.

Blues, jazz, funk, rock e r&b;são estas as principais coorde-nadas da música dos The Mam-ma, grupo musical constituídopor Adriana Torres (voz), Arman-do Silva (teclas), Nelson Sá (gui-tarra), Hugo Machado (bateria)e Cristiano Gonçalves (baixo).

Segundo a organização, estáprometida “uma noite rica emsensações, na qual não irão fal-tar melodias recheadas de men-sagens atuais em que palavrase pensamentos se misturam”. Oconcerto, com início às 22horas, tem entrada livre. |||||

VILA DAS AVES |MÚSICA

The Mamaem maisuma NoiteTirsense

Dentro de portas -“All Things Must Pass”

Tendo em conta o pesoda autoridade dascomposições de Paul eJohn, sobrava poucoespaço para as criaçõesde George.

A DANÇA CONTEMPORÂNEA REGRESSA ESTE SÁBADOAO CENTRO CULTURAL VILA FLOR PELA COM“UNÍSSONO” DO COREÓGRAFO VICTOR HUGO PONTES

Cinco bailarinosem uníssonosão um só corpo?

“Composição para cinco bailarinos”;assim se apresenta, em jeito de sub-título, “Uníssono” de Victor Hugo Pon-tes que marca o regresso, já no pró-ximo sábado (27 de maio), do core-ógrafo vimaranense ao grande audi-tório do Centro Cultural Vila Flor.

Em “Uníssono”, Victor Hugo Pon-tes partilha com o público um proje-to que é também um desafio à inter-pretação artística. O coreógrafo tra-balha a ideia de repetição e réplica, aunicidade, o movimento que ao setornar uno questiona se estamos pe-rante um todo e se esse todo man-tém identidade própria ou se esta seanula com a massificação.

Até que ponto o ritual é represen-tativo? Cinco bailarinos em palco in-terpretando em uníssono movimen-tos ritualizados são um só corpo? Aperceção do espetador resulta daharmonia do todo, da especificidade

de cada corpo em ação, ou de am-bas? Estas são algumas das questõeslevantadas nesta peça que é tambémuma metáfora à vida nas sociedadesmodernas. Tudo é massificado, pro-duzido de forma estandardizada, eisso passa também para as pessoas.Somos, desde a infância, formatados,orientados a pensar e agir da mes-ma maneira e, com “Uníssono”, VictorHugo Pontes tenta fazer o públicopensar sobre isso: “Inconscientemen-te, vamos sendo formatados para res-pondermos exatamente da mesma for-ma e sermos pessoas dentro de cai-xas ou de moldes”, diz o coreografo.

Com início às 22 horas, “Unísso-no – Composição para cinco bailari-nos” é apresentado no grande audi-tório do Centro Cultural Vila Flor, emGuimarães. Os bilhetes custam 10euros (7,50 com desconto). Mais in-formação em: www.ccvf.pt ||||||

GUIMARÃES | DANÇA

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SEXTA, DIA 26 SÁBADO, DIA 27Aguaceiros. Vento fraco.Max. 24º / min. 13º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 25º / min. 12º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 24º / min. 13º

DOMINGO, DIA 28

ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 03

Dra. Lídia LeitePediatriaDra. Ana LanzinhaGinecologiae Obstetrícia

Contactos: 252 874 508 /932 056 797Edifício Torre 2º F -Fontainhas - Vila das Aves

ENTREMARGENS

Assine edivulgue

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

SANTO TIRSO | FESTIVAL DE GUITARRA

Três concertos com outros tantos tri-os para ver e ouvir ao longo de trêsdias. É o Festival Internacional deGuitarra que regressa para mais umfim de semana particularmente inten-so com concertos a ter lugar em San-to Tirso (os dois primeiros) e em Viladas Aves, no próximo domingo.

O primeiro trio a entrar em cenafá-lo no auditório da Biblioteca Mu-nicipal. Chega da Alemanha e temcomo líder Uwe Kropinski, músiconascido na então Berlim Orientalonde iniciou os seus estudos de gui-tarra clássica. Nos anos setenta inte-grou vários grupos de rock na Ale-manha de Leste e a partir de 1977começou a tocar jazz, free-jazz e músi-ca improvisada.

A partir de 1986, ano em que seestabeleceu em Nuremberga e pos-teriormente em Colónia, a sua car-reira adquiriu novos horizontes, comdiversos projetos discográficos a soloe outras tantas colaborações, ao mes-mo tempo que se afirmava tambémcomo compositor. Kropinski toca umaguitarra de 39 trastos, tendo desen-

Três vezes triono Festivalde GuitarraEM SANTO TIRSO, PROSSEGUE ATÉ DIA 3 DE JUNHOA 24.ª EDIÇÃO DO FESTIVAL INTERNACIONAL DEGUITARRA. ESTE FIM DE SEMANA, O ALEMÃO UWEKROPINSKI, O ARGENTINO TOMÁS GUBITSCHE O LISBOA STRING TRIO SÃO OS PROTAGONISTAS

volvido uma técnica especial de per-cussão no instrumento e no seu pró-prio corpo. No concerto da próximasexta-feira, o músico traz consigo avioloncelista Susanne Paul e o saxo-fonista Vladimir Karparov

No sábado, a música prossegue noauditório Eng. Eurico de Melo com otrio de Tomás Gubitsch, músico na-tural de Buenos Aires (1957), anti-ga estrela de rock e colaborador defiguras maiores do tango contempo-râneo, entre as quais Astor Piazzolla.Foi, de resto, no final dos anos seten-ta, após uma tourné europeia comPiazzolla, que se estabelece em Paris,onde estudou com Gustavo Beytel-mann e iniciou uma duradoura cola-boração com o bandoneonista JuanJosé Mosalini, com o qual gravou oálbum “Tango Rojo”.

A partir de 1980 inicia uma carrei-ra como solista, que se estende du-rante quinze anos, período duranteo qual grava cerca de cinquenta ál-buns e colabora com personalidadesdo jazz e da música contemporânea.Como compositor e arranjador este-

ve envolvido em projetos com ossolistas da Opéra de Paris, Orchestrede Bretagne, Orchestre de Rouen,Orchestre National de Sofia, New Ja-pan Philarmonic Orchestra e Orches-tre Philharmonique de Liège, entreoutras. No concerto de sábado, To-más Gubitsch faz-se acompanhar porJuanjo Mosalini, no bandoneón (ins-trumento semelhante a uma concer-tina e o grande protagonista nas or-questras de tango), e Eric Chalan nocontrabaixo.

O fim de semana encerra com amúsica do Lisboa String Trio, com con-certo marcado para as 18 horas dedomingo, no Centro Cultural Muni-cipal de Vila das Aves. Em palco, trêsnomes maiores do Jazz (e não só)nacional. São eles: Carlos Barretto,uma referência no panorama jazzís-tico português como contrabaixista ecompositor; Bernardo Couto que, naguitarra portuguesa, tem tocado comnomes como Raquel Tavares, Camanée, mais recentemente, Cristina Bran-co e António Zambujo; e José Peixo-to, músico, compositor, arranjador e

produtor. Toca guitarra clássica, de-senvolvendo uma intensa atividadequer em projetos de outros autorese grupos (José Mário Branco, MariaJoão, Madredeus, Janita Salomé eCarlos Zíngaro, entre outros) quer nosseus próprios projetos.

O Festival Internacional de Gui-tarra de Santo Tirso termina no pri-meiro fim de semana de junho, comos concertos de Manuel Barrueco &Beijing Guitar Duo (dia 2, no audi-tório Eng. Eurico de Melo) e do es-panhol Ricardo Gallén (dia 3, na Bi-blioteca Municipal). À exceção doconcerto do Lisboa String Trio, todosos espetáculo têm início às 21h30.Bilhetes a 7,50 euros. Mais informa-ção em: www.festivalguitarra.org |||||

É natural de BuenosAires mas há muito queé a partir de Paris queTomás Gubitsch se fazouvir. Este sábadotoca em Santo Tirso.

TOMAS GUBITSCH (NA IMAGEM) TOCACOM O SEU TRIO, ESTE SÁBADO,NO AUDITÓRIO ENG. EURICO DE MELO

A fama longe soa.E mais depressaa má que a boa.

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04 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

ATUALIDADE

MELHOR DO QUE PERGUNTAR AOS PRESIDENTES DAS JUNTAS DO CONCELHOOS SEUS PONTOS FORTES OU O QUE TÊM DESENVOLVIDO NAS FREGUESIASQUE LIDERAM, SÓ MESMO PERGUNTAR À POPULAÇÃO. DEPOIS DE RORIZ,FIZEMOS ISSO MESMO EM S. TOMÉ DE NEGRELOS E POR GOLPE DE SORTE OU NÃO,O PRESIDENTE, ROBERTO FIGUEIREDO, SÓ SOMOU ELOGIOS.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Roberto Figueiredo assumiu os des-tinos de S. Tomé de Negrelos em2013. Quase a completar quatro anosde mandato quisemos perceber, jun-to da população que o elegeu, se su-perou o desafio. Não sendo umaamostra significativa, a verdade é quea resposta parece ser afirmativa. Ma-nuel Pedroso garante que “o trabalhotem sido excelente”, Sérgio Dias asse-gura “não ter razão de queixa” e Ma-ria Freitas acha que Roberto “é um pre-sidente muito ativo, muito presente”.

E o presidente recebeu, de resto,alguns elogios à sua forma de atua-ção. “É um presidente mais próximodas pessoas”, assegura Manuel Pedro-so, sem qualquer dúvida. “É um presi-dente que fala para toda a gente, res-peita toda a gente, conversa com todaa gente, não há diferenças para nin-guém”, continua. E esta é, aliás, umadas características mais referidas pelapopulação. António Martins é umadessas pessoas. Garante acompanharo trabalho da junta, estar inclusiva-mente presente em algumas assem-bleias e destaca a proximidade do exe-cutivo com a população. “Não é da-queles presidentes de junta que gos-tam de pôr uma gravata e andar to-dos vaidosos, é dos presidentes dejunta que lidam com o povo”, adian-ta. Já Armando Pacheco, taxista há 40anos e habituado a conhecer cadarecanto da freguesia, não tem dúvi-das de que “na questão das ruas emesmo no atendimento como presi-dente, o acompanhamento ao traba-lho de limpeza das ruas, os buracosque aprecem na estrada, a freguesiatem melhorado bastante”. “É um pre-sidente muito próximo das pessoas”,continua, “é fácil de falar com ele, fa-la com toda a gente. No fundo es-tamos bastante contentes com o tra-balho que tem feito”, sublinha.

Sérgio Dias acredita que S. Tomé“tem mudado muito nos últimosanos”, nomeadamente no que diz

“Não é daqueles presidentesde junta que gostamde pôr uma gravatae andar todos vaidosos”

ROBERTO FIGUEIREDO

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 05

Nestas presidências abertasanalisamos o que fizemose afinamos o que vamosfazer ainda durante este mandato.”

respeito às obras que já se encon-tram no terreno. E Manuel Pedrosoconcorda. No que toca às obras mastambém no que diz respeito à “lim-peza, ao atendimento ao pessoal, emgeral, melhorou em tudo”. “Para mim,estou a gostar”, adianta Maria Freitas,até porque lhe têm resolvido os pro-blemas que precisa. E também An-tónio Martins está convicto de quetem sido feito um bom trabalho. “Nãoé como se queria porque o dinheironão chega para aquilo que a genteàs vezes quer mas têm atuado deforma razoável”. “Eles já têm feito bas-tantes coisas boas e ainda há muitacoisa a fazer, mas no fundo acho queestamos bastante contentes com o tra-balho deles”, refere Armando Pacheco.

E no que toca ao que ainda faltafazer as opiniões também não sãomuito distintas. “Há muita coisa queprecisa ser feita mas sabemos que nãose pode fazer tudo porque não hádinheiro”, continua. Vitorino Gonçal-ves defende que a freguesia “está me-lhor” mas que precisava de uma igre-ja nova e Serafim Silva defende a exis-tência de equipamentos e atividadesdesportivas: “não há campos de fute-bol, não há nada, nos outros lados

há”. Maria Freitas gostava de ter ruasmelhores, “porque ainda há muito ‘ca-minhos de cabra’”, mas também ummaior apoio aos idosos. Manuel Pedro-so é também defensor da existênciade obras nas ruas, “principalmenteuma rua lá em cima, na Devesa, aqui-lo é uma necessidade”. António Mar-tins, por seu lado, acredita que falta-rá sempre alguma coisa, mas que “oessencial eles fizeram”, nomeadamen-te avançar com a rotunda do Barreiroe a intervenção na ponte. “Já há pro-jetos aqui para cima, para o meio davila”, sublinha, lamentando, no en-tanto, que “ainda deva demorar”. É que“os projetos às vezes estão na gavetaanos e não se faz o serviço”. |||||

Av. Abade Pedrosaavança cominvestimentode 300 mil euros

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Chamam-lhe Presidência aberta e é exa-tamente abertura que a Câmara Munici-pal mostra de cada vez que organiza umavisita do género. O presidente, JoaquimCouto, acompanhado pela vereação le-vou a cabo, no dia 20, mais uma visita,desta feita à União de Freguesias que étambém sede do concelho.

QUARTA “PRESIDÊNCIA ABERTA” LEVOU JOAQUIMCOUTO À UNIÃO DE FREGUESIAS DE SANTO TIRSO,COUTO (S. CRISTINA E S. MIGUEL) E BURGÃES.

“Nestas presidências abertas analisa-mos o que fizemos, afinamos o que va-mos fazer ainda durante este mandato”,explicou o presidente da Câmara duran-te a visita à Av. Abade Pedrosa. As preo-cupações com a união de freguesias são,de resto, muitas, adianta o presidente que,assume, ainda assim, que as visitas sãouma forma de, em diálogo com as juntasde freguesia, “afinar um conjunto de in-vestimentos de betão, de vias, de passei-os, de parques, de praças”, assim como“preocupações de natureza material abor-damos também as questões de naturezaimaterial, a coesão social, os amortecedo-res sociais que a camara implementou, ocontexto das quatro antigas freguesias, ahabitação, a circulação no espaço publi-co, a segurança”.

A escolha dos locais a visitar fica acargo dos presidentes de junta e JorgeGomes optou, entre outros, pela Av. Aba-de Pedrosa, “que irá ser uma realidade embreve” e pela ligação entre Tarrio e a Ermi-da que está, ainda, em terra batida. Paraesta última ainda não está programadaqualquer obra, mas o presidente da Jun-ta defende que “numa altura destas emque se fala de urbanismo, de vias cicláveis,onde falamos de parques, termos ruas,onde moram pessoas, em terra, custa edevemos começar por ai”. Ainda assim,Jorge Gomes está consciente que “osdinheiros não nascem das árvores” masassegura que “com pouco dinheiro tem-se vindo a fazer algumas coisas”.

A outra obra visitada por JoaquimCouto foi mesmo a Av. Abade Pedrosa,cujo arranque foi anunciado. Orçada emcerca de 300 mil euros, a intervençãoacontecerá no espaço de um quilómetro,desde o lugar do Outeiro até à Abelha.“Visitamos o local para aproveitar e agra-decer aos moradores e aos proprietáriosdos terrenos a sua cedência para queesta via tenha, de uma vez por todas, adignidade que esta zona merece”, adian-tou Jorge Gomes. A obra inclui o alarga-mento da via, intervenções ao nível dadrenagem de águas pluviais, melhoria depavimentos e colocação de sinalizaçãovertical e horizontal. |||||

SANTO TIRSO | MOBILIDADE

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

“É um presidente muitopróximo das pessoas.É fácil de falar com ele,fala com toda a gente.Estamos bastantecontentes com o trabalho que tem feito”.ARMANDO PACHECO

A INTERVENÇÃOACONTECERÁ NOESPAÇO DE UMQUILÓMETRO, DESDEO LUGAR DO OUTEIROATÉ À ABELHA.

JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DA CMST

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06 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

OPINIAO

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, PAULO R. SILVA, LUDOVINA SILVA,

ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, JOSÉ PEREIRA MACHADO, TIAGO GROSSO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES,

PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ADÉLIO CASTRO, CATARINA

GONÇALVES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS/DISTRIBUIÇÃO E PUBLICIDADE: MANUEL AZEVEDO

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 583 - 25 MAIO 2017

Fátimano seucentenário

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Fátima foi, neste ano de centenário,irreversivelmente e por vários moti-vos, uma encruzilhada de enorme sig-nificado para Portugal, para a Igreja epara o Mundo. Portugal, país bafeja-do logo na sua infância quase mile-nar pela “visão” de Ourique, “in hocsigno vinces”, e pela coroação monár-quica de Nossa Senhora da Concei-ção em Vila Viçosa, por D. João IV,num dos momentos mais críticos dasua história (1646), recebeu em maiode 1917, num dos recantos mais hu-mildes na Serra de Aire a “visão” daSenhora por três humildes pastori-nhos, sinal providencial para um sé-culo marcado por dois grandes con-flitos à escala mundial, quando secaminhava para um novo milénio esabemos bem como os milenarismose os apocalipses estão associados.

Se, ao longo destes anos, Fátimafoi um “sinal de contradição” incapazde criar consensos de opinião (mes-mo entre os crentes, tantas vezes re-ticentes, fará entre agnósticos e ateus!),com esta efeméride, creio que Fátimaganhou uma nova emergência pro-fética e não foi indiferente à genera-lidade da opinião pública merecen-

do respeito e simpatia generalizada.Surgiu no seu início impulsionada porvagas populares, marcada pela pie-dade e religiosidade dos mais simplese pela oposição da hierarquia católi-ca e a hostilidade do regime republi-cano; ganhou depois os favores deum Estado Novo de parceria com umnacional-catolicismo revigorado dashumilhações que o republicanismoinfligira à Igreja e ambos se posiciona-ram em oposição aos ventos liberais,social-democratas ou socialistas quesopravam da Europa e do mundo,constituindo-se Fátima como um ba-luarte da ortodoxia e do clericalismocontra o ateísmo e o pensamento ra-cionalista. Só que o próprio pensa-mento católico-teológico tinha deixa-do de ser tão monolítico e o Espíritopairava sobre o “caos”: com João XXIIIa Igreja reuniu o Vaticano II para repen-sar, em diálogo com as realidadesterrestres e com a Humanidade, a suapostura na nova ordem mundial. Tan-to assim que o primeiro papa a visitarFátima, Paulo VI, num contexto de lití-gio latente com o governo salazaristacolonial que, aliás, teimava em man-ter em longo exílio o legítimo bispodo Porto, D. António F Gomes, fez in-fletir o discurso clericalista para no-vas abordagens favoráveis aos temascandentes da justiça social, do pro-gresso moral e material, da emanci-pação dos povos coloniais e da edu-cação e do ensino generalizado daspopulações, numa linha pedagógicaque, à sua maneira, fez também virara página do Regime. E, nos anos daDemocracia, a Igreja foi ganhando aconsideração e estima generalizadapela sua reserva e prudência face aospartidos políticos do poder, aceitandoa separação da Igreja e do Estado, assu-mindo-se como “mãe e mestra”, emecumenismo com outras confissõesreligiosas, disponível para servir a co-munidade onde for mais precisa, nasinstituições de solidariedade social,no ensino e no seu múnus especialda evangelização e do culto divino.

Pois neste centenário de Fátima,com a vinda do papa Francisco, pere-grino que concita o entusiasmo e aadmiração de crentes e não crentes,foi notável o acolhimento generali-zado nos domínios da política, da cul-tura, da literatura e da arte e Fátimateve uma celebração, se não unani-mista, pelo menos “benfazeja” e nadapiegas. E não falo só dos órgãos decomunicação de massas, nestas altu-ras sempre pomposos e palavrosos,mas também de jornais de algumapostura crítica e de reserva, como porexemplo o JL (Jornal de Letras quededicou a Fátima o seu número 1216,um notável testemunho a começarpela capa que aqui reproduzo). Quan-to à homilia do Papa Francisco, sim-ples, nada clerical até pelo pouco tem-po que demorou, irá com certeza fa-zer de Fátima para o futuro, não o lo-cal da “santinha a que se recorre paraobter favores a baixo preço de umaMaria melhor do que Cristo”, mas ocentro gravitacional onde os cristãosdevem desencadear “uma verdadei-ra mobilização geral contra a indife-rença que nos gela o coração e agra-va a miopia do olhar. Não queremosser uma esperança abortada.” E nestavisão projetiva, depois de ter afirma-do que Fátima é um “manto de luz quenos cobre, que cobre qualquer lugarda terra” profetiza dizendo que a Igre-ja “brilha quando é missionária, aco-lhedora, livre, fiel, pobre de meios erica no amor”, que será afinal a provareal de que o clericalismo foi abolido.

PS - Só lamento que na procissãode velas que a nossa paróquia pro-moveu no dia 12, nos intervalos dareza do terço, a personagem históri-ca de um Sidónio Pais tenha sido alvode referências circunstanciadas a pro-pósito do fenómeno de Fátima, umaespécie de “herói” piamente entroni-zado, a contrastar com os ”ferrabrás”republicanos, Afonso Costa e com-panhia. Noutro espaço mais mediá-tico, estas considerações teriam des-pertado gargalhadas” anticlericais”! |||||

Um baralho de cartas, fora os Jokers,tem 52 cartas. 52 não é um númerogrande e, ainda assim, há tantas formasde o baralhar que, provavelmente, nun-ca duas pessoas, separadas por qual-quer distância ou tempo, baralharamessas 52 cartas obtendo a mesma se-quência. Meia centena de cartõesretangulares que produzem milhões devezes mais combinações do que grãosde areia na Terra.

O corpo humano é constituído porsete octiliões de átomos: 7 000 000000 000 000 000 000 000 000(vinte e sete zeros à direita). Não bastas-se isso, estes átomos podem-se agruparde formas distintas, criando vários tiposde moléculas. Dispõem-se, também, tri-dimensionalmente, ao contrário das car-tas cuja posição relativa umas às outrasse limita a cima-baixo. A quantidade depossibilidades é incompreensivelmentegrande.

Faça-se, agora, a reflexão acerca daprobabilidade deste número tão gran-de de partículas se terem juntado nestaforma, tempo e local. Somos, de facto, pro-dutos da sorte e do acaso e, estandoatados ao Cosmos por esta teia de im-probabilidade, discutimos e lutámos porproblemas sobre os quais apenas nóstemos controlo, problemas evitáveis eresolvíveis não diretamente por sorte,mas pela sorte de termos sido feitos comcapacidade de controlar as nossas ações.

É uma humanidade triste esta que sepreocupa com coisas minúsculas, quandoé detentora de uma sorte grandiosa. |||||

A improbabi-lidade de ser

Tiago Grosso

“Neste centenário deFátima, com a vin-da do papa Francis-co, foi notável oacolhimento gene-ralizado nos domí-nios da política, dacul-tura, da litera-tura e da arte eFátima teve umacelebração, se nãounanimista, pelomenos “benfazeja” enada piegas.

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CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 07

Amar não só pelos dois

Comunicação V

Relativamente ao nosso feito na Eu-rovisão, gostaria em primeiro lugar,de salientar o papel preponderanteque teve a atual direção da RTP eem especial o Nuno Artur Silva. Oformato ao longo dos anos foi-setornando foleiro e moribundo, emvirtude da procura de correspondera um pressuposto, amplamente par-tilhado. A saber, o de que as mas-sas são uma matéria uniforme, pas-siva, intelectualmente parcimoniosae que se apraz, de modo indiferen-ciado, quando exposta às mesmasfórmulas, supérfluas e espampanan-tes. Infelizmente Portugal, nos últimosanos, salvo raras exceções, decidiuacompanhar o barco, com os resul-tados que se conhece. Este anohouve a clara tentativa de recupe-rar o prestígio do Festival da Can-ção. Investiu-se na imagem, convi-dou-se um grupo de compositoresde qualidade da nossa praça, reu-niu-se um júri de notáveis, etc. Nin-guém ia, como é óbvio, adivinhareste desfecho, mas sem tais condi-

Os últimos acontecimentos de âmbi-to local, nacional e internacional, le-vam-me a mais uma reflexão sobre acomunicação.

Na verdade, os feitos desportivosdo Desportivo das Aves - equipa prin-cipal, equipa B, juniores de futebol,futsal (sem esquecer o vice-campeãoavense de futsal adaptado, André Mes-quita) e voleibol feminino, enchemde alegria os avenses. Há ainda espa-ço para os medalhados do Karaté Sho-tokan, distinguidos em competiçãointernacional, como já vem sendohabitual. Outros acontecimentos decarácter político, religioso cultural ououtro, ocorridos no tempo/espaço daregião, são também, objeto de trata-mento mediático, nomeadamente noEntre Margens, que nos vai informan-do destes sucessos, como cabe à im-prensa local, fortalecendo os laços queunem os “vizinhos”, mesmo quandoestão longe. A informação seleciona-da e veiculada pelo jornal torna-se, as-sim, elemento fundamental da coe-são social, pois, embora as fronteirasse tenham diluído, subsiste em cadaum de nós o sentimento de pertençaà terra e às gentes que nos viram cres-cer. Dito de outra maneira: somos cida-dãos do mundo, habitamos a casa co-mum que é a Terra, mas falamos a “nos-sa língua”, apreciamos a “nossa comi-da”, recordamos os “nossos caminhos”,a “nossa igreja”, a “nossa escola”…

Sabemos, pelos jornais nacionaise internacionais, pela televisão e ra-diodifusão, pelas redes sociais, dasaventuras bélicas da Coreia do Nor-

M.ª Assunção Lino

Hugo Rajão PERSPECTIVAS

ções dificilmente os irmãos Sobralsurgiriam neste espaço.

Centrando-me agora na vitória,propriamente dita, Rui Veloso, numdos seus temas, diz-nos que não sepode amar alguém que não ouça amesma canção. Então o que dizerde uma capaz de galvanizar não sóum país, mas um continente inteiro?

A europa parece estar a cair nummaniqueísmo trágico, obrigando aescolher entre o nacionalismo xenó-fobo e protecionista ou a gradualdelapidação identitária do estado-nação em favor da ordem globalneoliberal. Curiosamente, o efeitoespoletado pela música e prestaçãodo Salvador Sobral contraria, de for-ma algo ambígua, esta tendência.Por um lado, motivou a congrega-ção dos portugueses em torno doque entendem ser a sua pátria, con-tribuindo para a afirmação desta nomundo. Por outro, provocou um jú-bilo tal que se repercutiu muito alémdos nossos limites geográficos, cul-minando com a premiação.

Que lição retirar desta aparentecontradição? Talvez, a de que asmúltiplas idiossincrasias, dos váriostipos, existentes devem ser celebra-das, na medida em que operam adistinção entre as pessoas, fazendode cada uma única, singular e partede determinada comunidade, con-sistindo, no entanto, simultanea-

mente em diferentes modos de ma-nifestar as mesmas paixões, quedefinem a nossa pertença comum àespécie humana. Só assim se expli-ca, porventura, a comoção geral ori-ginada por uma música alheia aospreceitos do mainstream e expressanuma língua estranha à maioria doseuropeus. Pela mesma lógica, asassimetrias face ao outro devem ser-vir de pontes para o respeito e a co-munhão e não de pretexto para mu-ros e hierarquias.

É caso para dizer: se na conferên-cia de imprensa o Salvador clamou aabertura das fronteiras políticas paraos refugiados, no palco, não sendode todo uma música de interven-ção, conseguiu quebrar as frontei-ras humanas. ||||| hugorajã[email protected]

te, das desastrosas consequências daspolíticas de ditadores das Américase da Ásia, das “Trumpelias”, dos trá-gicos movimentos migratórios nomediterrâneo, das catástrofes climáti-cas e, também, das aventuras dos bem-sucedidos e famosos. Como diziauma célebre canção dos anos sessen-ta do século passado “vemos, ouvi-mos e lemos, não podemos ignorar”.

A História da humanidade é umrelato de violência, cupidez e desgra-ças, a par de valorosos feitos e extra-ordinárias descobertas, mas o quenão sabemos, o que não vemos, ou-vimos ou lemos, não nos faz mal. Nãoé verdade que, tantas vezes, nos ape-tece cerrar olhos e ouvidos, gozar obelo sol que nos dá vida? …

Quando temos ao dispor inúme-ros meios de comunicação como nun-ca houve, quando a internet, essa redeque se tornou indispensável, omni-pre-sente e - pretensamente - omniscien-te (não é, Dr. Google?), torna tão fá-cil acesso à divulgação/receção deacontecimentos, ideias e ideais, pro-dutos, propostas e promessas, torna-se mais premente a educação para acidadania. Família e Escola têm, nestecontexto, um papel fundamental, as-sim tenham “pedalada” para a extraor-dinária rapidez com que se operamas mudanças no mundo atual. ||||||

Se na conferência deimprensa o SalvadorSobral clamou aabertura das fron-teiras políticas para osrefugiados, no palco,não sendo de todouma música de inter-venção, conseguiuquebrar as fronteirashumanas.

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ATUALIDADE

AUTÁRQUICAS 2017

Andreia Netoapresentaprograma para‘gestão inteligente’da câmara

|||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Sob o mote “Ligar o Concelho e Apro-ximar as Pessoas”, o novo projeto es-truturante da candidatura da depu-tada ‘laranja’ à câmara municipal, temcomo objetivo promover a cidadaniaatravés de uma gestão “mais assentenas parcerias do que na lógica dosei, quero, posso e mando”. Esta nova

A CANDIDATA PELA COLIGAÇÃO ‘POR TODOS NÓS’ RE-VELOU NOVO MODELO DE GESTÃO AUTÁRQUICA ASSENTENUM “ESTILO DE GESTÃO AUTÁRQUICA MAISDIALOGANTE, MAIS PRÓXIMO DOS CIDADÃOS.”

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Apresentou Inês Rodrigues comoa sua candidata à União de Fre-guesias de Carreira e Refojos, nodia 12, num café. Explicou a sim-bologia do espaço com a proximi-dade “das gentes da nossa terra”,enfatizou a vontade de “estar aolado das pessoas, estar onde elasestão”. De viver o que elas vivem,sentir o que sentem, “compreenderos seus problemas e procurar resol-vê-los”, de “estar felizes quando elasestão felizes”. Mas o discurso deAndreia Neto foi mais assertivo queisso. A candidata do PSD e CDS àcâmara municipal deixou claro quecom o aumento das dificuldadesda campanha, aumenta também asua força. “Estou com mais vonta-de todos os dias, com mais força emais determinação para vencer”.

Andreia Neto defende a neces-sidade de “ter coragem de travarum combate por uma vida melhorpara todos”, “de afugentar o medoe a resignação” e lamenta que “empleno século vinte e um existam gra-ves problemas que os poderes políti-

Na mesma lógica, e dando conti-nuidade ao programa “ouvir para de-cidir”, Andreia Neto pretende criarum dia de atendimento do presiden-te da câmara nas freguesias, alargar ohorário de funcionamento da Câma-ra, pelo menos um dia por semana,descentralizar as assembleias muni-cipais e fazer com que todas as reu-niões do executivo sejam públicas.

Andreia Neto vincou a ideia deque sob sua liderança não existirá“um cêntimo mal gasto neste conce-lho”, já que, afirma, “gerir uma câma-ra municipal é atingir resultados, me-dindo cada ação através do seu cus-to/benefício, do permanente incenti-vo à inovação e do rigor absoluto nautilização dos recursos.”

O modelo de gestão autárquicainteligente apresentado pela candidatasocial-democrata está assente em trêspilares fundamentais: cidade e inves-timentos inteligentes, focalização noscidadãos, abertura descentralizaçãoe participação, prevendo “o estabele-cimento de protocolos de transferên-cia orçamental da câmara municipalpara as juntas de freguesia” assumin-do o compromisso de “duplicação dovalor, global médio dos últimos 4anos” que lhes era destinado.

CINETEATRO DE PÉ ATÉ 2019Esse é, pelo menos, o anseio da can-didata da coligação que, em confe-rência de imprensa, no dia 22, assu-miu o compromisso de construir umnovo cineteatro nos dois primeirosanos de mandato. “Será um empre-endimento prioritário e essencial paraque Santo Tirso assuma a culturacomo motor da vida da cidade”, ga-rantiu a candidata que assegura játer financiamento para a execução daobra. Andreia Neto acredita, inclusi-ve, que é possível concretizar o pro-jeto já existente com 6 milhões deeuros, em detrimento dos 8 milhõesavançados inicialmente. Este é, deresto, o primeiro projeto cultural apre-sentado pela coligação e AndreiaNeto quer, assim, “uma oferta cultu-ral diversificada e de qualidade, ca-paz de animar a cidade à semelhan-ça do que já é feito, há anos, nosconcelhos vizinhos”. Isso e “umamaior dinamização do comércio e darestauração da cidade, um envolvi-mento na produção de espetáculosdas associações de carácter culturaldo concelho”. Com a construção doedificio do cineteatro, o municipio ga-nhará, assim, “um espaço polivalentepara espetáculos, congressos, expo-sições e convívios, abertos às escolase todos os interessados”. ||||||

visão estratégica passará por uma ver-dadeira descentralização dos servi-ços administrativos e um novo mo-delo de “gestão inteligente”.

Andreia Neto pretende criar umProvedor do Munícipe, uma pessoae um órgão “onde todos os muníci-pes possam recorrer sempre que ve-jam os seus interesses não respeita-dos pelo Município ou sempre queverifiquem comportamentos menosclaros ou erráticos que pretendam de-nunciar”, bem como a criação do ga-binete do munícipe e do projeto “San-to Tirso – Concelho Digital”, permi-tindo o acesso a informação sobreatividades, fase dos processos, reque-rimentos, e licenças.

A candidata da coligação de direi-ta quer romper com as várias barreirasadministrativas que impedem o aces-so direto aos eleitos, pelo que pre-tende criar espaço na agenda sema-nal da presidente para “receber todosos que com ela pretendem falar”.

Candidata do PSDquer ‘afugentaro medo ea resignação’CANDIDATURA DE INÊS RODRIGUES PELA COLIGAÇÃOPOR TODOS NÓS FOI APRESENTADA NA CARREIRA

cos teimam em ignorar”. Na Uniãode Freguesias de Carreira e Refojosesses problemas são, adianta, “bási-cos”. “Falo do abastecimento deágua e do saneamento”, adianta,reiterando que encara a resoluçãodestes problemas como uma “gran-de prioridade”.

“Somos gente de trabalho, so-mos gente competente, gente séria,dedicada e muito capaz”, adiantoua candidata, sublinhando que o quefalta é “uma câmara que prefira oapoio às empresas à propaganda”.A candidata da coligação Por To-dos Nós diz querer uma câmara“bem gerida, onde nem um cêntimoseja mal gasto”, “uma câmara mu-nicipal próxima das pessoas, queesteja ao serviço de todos”.

AUTÁRQUICAS 2017

“É necessário providen-ciar promover afixação de popu-lação na freguesia”INÊS RODRIGUES, CANDIDATA À UNIÃODE FREGUESIAS DE CARREIRA E REFOJOS

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 09

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Temos ideais, temos objetivos, temosprojetos, temos os melhores candida-tos com qualidades, com provas da-das e hoje temos aqui o melhor candi-dato à Assembleia Municipal”. O can-didato a que Andreia Neto se refereé, nada mais, nada menos, do queJosé Pedro Miranda. O ex-presidenteda junta de Santo Tirso é, para a can-didata da coligação Por Todos Nós,“o cidadão do concelho com maisexperiência e melhor preparado paraser o próximo presidente da Assem-bleia Municipal de Santo Tirso”.

Foi em frente à sede do PSD deSanto Tirso, onde agora figura tam-bém a placa da inauguração da re-centemente renovada Praça do Altoda Feira, que José Pedro Miranda seapresentou como candidato à Assem-bleia Municipal de Santo Tirso. Numdiscurso aceso, José Pedro Mirandadefendeu a importância da Assem-bleia Municipal, que “é muito mais

MAIS APOIOS PARA OS JOVENSE PARA OS SÉNIORES”Inês Rodrigues é a aposta para Car-reira e Refojos e Andreia Neto ga-rante que a população “já percebeuque a Inês é a mulher certa parapresidir a esta união de freguesias”.“Esta noite Carreira e Refojos irãodar início a uma nova caminhada”,começou Inês Rodrigues, “uma ca-minhada em nome do progresso,pelo desenvolvimento e pela cons-trução de um futuro promissor”. Es-tabelecendo um paralelo com osseus dois filhos gémeos, que “preci-sam dos mesmos cuidados ao mes-mo tempo” e que, simultâneamente,“têm carateres e personalidadesmuito distintas, têm interesses diver-sos”, a candidata garante que esseserá também o seu “modo de es-tar” com a união de freguesias, “cujaidentidade, carateres, costumes, tra-dições problemas e necessidadessão diferentes”. “Diferenças que se-rão respeitadas, que serão tratadasde igual modo, em união, como sede uma família se tratasse”, garante.

Sobre os problemas da união aque se candidata lembra não só afalta de saneamento e água da redepública como “os arruamentos queestão, na sua maioria, em mau esta-do” ou “a quase inexistência detransportes públicos”. “É necessárioprovidenciar um verdadeiro apoioaos nossos seniores e aos nossosjovens, assim como promover a fi-xação de população na freguesia”,garantiu, sublinhando que consi-go à frente da união “a reivindica-ção destas exigências será umaconstante”. Sobre Andreia Neto,realça ser uma “inspiração”, dadoque “lutar contra o bastião socialis-ta é difícil”. “A Andreia, contra to-dos os estigmas, preconceitos, difi-culdades e críticas a que tem sidosujeita arregaçou as mangas, foi àluta e tem mostrado que o impos-sível acontece”, referiu.

Quem também usou da palavrafoi Sofia Roriz, líder do Movimentode Mulheres Social Democratas eúnica vereadora municipal presen-te. Realçou a necessidade de nãohaver “receio” de mudança, de“uma câmara municipal mais próxi-ma das pessoas, mais humana, maisaberta aos munícipes, mais rigoro-sa nos gastos dos dinheiros quesão de todos nós”. “A Andreia Netotem conhecimentos, possui umavasta experiência, tem qualidadespara garantir uma gestão compe-tente da Câmara Municipal de SantoTirso”, concluiu. ||||||

José Pedro Miranda é ocidadão “melhor preparadopara ser presidente daAssembleia Municipal”CANDIDATURA FOI APRESENTADA NO DIA 19 PERANTE UMA PLATEIA NUMEROSA.

do que, apenas e tão só, acompa-nhar e fiscalizar a atividade da Câma-ra Municipal” e lamentou que, nosúltimos trinta anos, se tenha tornado“num mero braço armado do execu-tivo camarário”. “Uma espécie de es-cudo protetor sem visão, sem capaci-dade de intervenção, amorfa, ondeos deputados da oposição, tambémdo PSD e do CDS, se cansam de apre-sentar ideias e propostas em vão”. JoséPedro Miranda acredita na necessida-de de “sangue novo, diferente, maisação e menos sedentarismo político,anacrónico”.

“Eu tenho o sonho de ser presi-dente da Assembleia Municipal detodos os meus conterrâneos e de comeles estar a contactar permanentemen-te”, assumiu, garantindo que a suacandidatura se apoiará numa “listade pessoas de valor humano inques-tionável, combativas, íntegras, sérias,mescladas de jovens e de menos jo-vens”. Garante que cumprirá e farácumprir a lei, compromete-se a fazer

lerância e à crença na democracia emostra-se convicto de que “é tempode fazer diferente”. “Não é difícil fa-zer melhor, é preciso querer, é preci-so empenho, dedicação, amor à nos-sa terra”, adianta, sublinhando a ne-cessidade de acreditar “que é possí-vel fazer melhor e viver num conce-lho melhor”.

Quem não podia estar mais felizcom a candidatura de José PedroMiranda à Assembleia Municipal éa candidata à presidência da Câma-ra, Andreia Neto, a quem José Pedrotece, de resto, largados elogios. “OZé Pedro Miranda está preparado, oZé Pedro Miranda está empenhado,o Zé Pedro Miranda é trabalhador, éum homem sério, é um homem ho-nesto, tem um forte espírito de equi-pa, tem uma capacidade de lideran-ça extraordinária, é um defensor danossa terra, é um defensor das nos-sas gentes e também ele, como eu,quer transformar a política local numapolítica a pensar nas pessoas e sem-pre mais próxima delas”, refere.

Destacando a generosidade, ahonradez, a franqueza e a lealdade,como os ideais da campanha, An-dreia Neto assegura que a respostaaos adversários “perante atitudesmenos positivas será sempre a apre-sentação das preocupações, as idei-as e os projetos para o concelho”.Não deixando, no entanto, de subli-nhar, que “quem seguir os caminhosde maldizer, da calúnia, da violaçãogrosseira dos direitos dos outros, comcerteza vai sofrer as consequênciasdos seus atos”.

A candidata da coligação acredi-ta na vitória nas eleições de um deoutubro. “Uma vitória pelo desenvol-vimento do nosso concelho, uma vi-tória pelo futuro dos nossos filhos,uma vitória pelos nossos jovens, umavitória pelos que trabalham e poraqueles que queriam trabalhar e nãotêm emprego, uma vitória pelos nos-sos idosos, uma vitória por todos nós”,conclui. ||||||

da Assembleia um “espaço de maiorcidadania, intervenção cívica”, ondetodos possam estar. Isso passa por,acredita, descentralizar as reuniões efazer visitas de trabalho regulares atodo o concelho. Pretende criar umgabinete dos grupos parlamentaresa que chamará “voz do cidadão”, demodo a envolver as pessoas. “Serei opresidente de todos os tirsenses, in-dependentemente da sua filiação par-tidária ou ideologia politica”, frisa.

Apela ao combate ao medo, à to-

“Eu tenho o sonho deser presidente daAssembleia Municipalde todos os meusconterrâneos e de comeles estar a contactarpermanentemente”

“JOSÉ PEDRO MIRANDA, CANDIDATOÀ ÀSSEMBLEIA MUNICIPAL

AUTÁRQUICAS 2017

Foi em frente à sede do PSD de Santo Tirso, onde agorafigura também a placa da inauguração da renovadaPraça do Alto da Feira, que José Pedro Miranda seapresentou como candidato à Assembleia Municipal

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ATUALIDADE

AUTÁRQUICAS 2017

www.ortoneves.pt

RESPONSÁVEL PELA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE RINGE, JOAQUIM FARIA FOI APRESENTADO NA PASSADASEXTA-FEIRA COMO CANDIDATO À JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES E APREGOOU “UM NOVORUMO”, PROMETENDO “ACABAR COM AS QUEZÍLIAS POLÍTICAS” ENTRE ÓRGÃOS DE SOBERANIA.

||||| TEXTO: PAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Com discurso emocionado, no seuestilo peculiar, o candidato escolhi-do pelo Partido Socialista para a jun-ta avense subiu ao púlpito como umhomem “ativo e reivindicativo” quepromete “aumentar as respostas paraa população” porque, afirma, “o maisimportante são as pessoas.”

A apresentação oficial da candi-

Joaquim Faria: “É horade ajudar as pessoas!”

Joaquim Couto, líder da concelhiasocialista e atual presidente da Câ-mara Municipal de Santo Tirso, elo-giou a “capacidade de liderança” e o“grande caráter” do candidato a Viladas Aves, primeira candidatura a serapresentada publicamente pelo par-tido. “A população pode estar des-cansada, porque com Joaquim Faria

o ambiente será de cooperação e exi-gência perante a autarquia.

Comovido ao dirigir-se à família,Joaquim Faria diz que “são (eles) queestão a dar mais força para ser can-didato a Vila das Aves”. “Até agorasempre pedi para os outros, agorachegou a vez de pedir para mim”,declarou o candidato, hoje “peço ovosso apoio e a vossa confiança paradar um novo rumo à Vila das Aves.”

datura, que decorreu no salão no-bre da junta de freguesia, não pou-pou críticas ao atual executivo lide-rado por Elisabete Roque Faria. O pre-tendente socialista atribuiu a respon-sabilidade pelo encerramento da As-sociação do Infantário de Vila dasAves (AIVA) à gestão que a junta fezdo processo e criticou o constante“clima de guerrilha que não leva alado nenhum.” Se for eleito, promete,

na junta de freguesia, a junta estáem boas mãos.”

O edil tirsense aproveitou a oca-sião para enumerar os feitos conse-guidos durante os últimos quatrosanos, sob a sua liderança. As priorida-des de 2013, “em plena crise e comgoverno de direita”, que passavam por“ajudar as pessoas, criar emprego efomentar a capacidade das empresas”,encontram-se noventa e seis por cen-to cumpridas. “Prometemos, cumpri-mos e pedimos de novo a vossa con-fiança”, rematou.

“O povo não quer mais políticosque fazem promessas e depois nãocumprem. Temos orgulho no nossotrabalho. Cumprimos o que promete-mos. Por isso, queremos fazer mais emelhor, pedindo a confiança dopovo de Santo Tirso para mais qua-tro anos de trabalho”, afirmou o pre-sidente da câmara.

Joaquim Couto fechou a sua in-tervenção informando que “na segun-da quinzena de junho será apresen-tada a reformulação do projeto doParque do Verdeal” que, segundo opresidente, englobará a margem es-querda do rio Vizela na freguesia deSão Tomé de Negrelos. |||||

“Até agora sempre pedipara os outros, agorachegou a vez de pedirpara mim. Peço o vossoapoio e a vossa confi-ança para dar um novorumo à Vila das Aves.”JOAQUIM FARIA, CANDIDATO DO PS

NA IMAGEM, O CANDIDATO ÀJUNTA DE VILA DAS AVESPELO PS, JOAQUIM FARIA,COM JOAQUIM COUTO E RUIRIBEIRO QUE VOLTA ACANDIDATAR-SE ÀASSEMBLEIA MUNICIPAL

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SUPLEMENTOentreMARGENSA palavra deordemfoi subir

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DAS AVES

Este suplemento fazparte da ediçãonúmero 583 do jornalEntre Margens, de25 de maio de 2017,e não pode ser vendidaseparadamente.

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83/841º Classificado da Série Ada 3ª Divisão. Subidaà 2ª Divisão Nacional.

1º Classificado da 2ª DivisãoNacional.Subida à 1ª Divisão.

84/8513º Classificado no campe-onato nacional da 1ª Di-visão. Descida à 2ª Divisão

85/863º Classificado da2ª Divisão Nacional.Subida à 1ª Divisão.

99/00 00/0117º Classificado no campe-onato nacional da 1ª Di-visão. Descida à 2ª Divisão.

05/062º Classificado da 2ª Liga.Subida à 1ª Liga.

06/0716º Classificado nocampeonato da 1ª Liga.Descida à 2ª Liga.

2º Classificado na 2ª Liga.Subida à 1ª Liga.

4º Classificado na 2ª Liga.Devido à impossibilidadedo FC Porto “B”, terceiroclassificado, em subir deescalão, o Desportivo dasAves disputa um play-off

de acesso à 1ª Liga contra o15º classificado do campeo-nato, Paços de Ferreira.Depois de um empate azero em casa, o CD Avessaiu derrotado da MataReal por 3-1, mantendo-sena 2ª Liga.

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II | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES

Um ano que já era de ouro para oClube Desportivo das Aves, culmi-nou, este fim de semana, com umajornada dupla cujo sucesso é in-desmentível. Para além do aspetodesportivo e dos resultados alcan-çados, quer pela equipa de futsal,quer pela equipa de voleibol, a azá-fama no pavilhão do desportivo jus-tificaria por si só o destaque.

Só que a maré de resultados exce-lentes, não morreu na praia. O futsalconfirmou a subida à Liga Sportzonecom uma vitória esclarecedora sobreo Lamas Futsal. O desfecho vitorio-so parecia anunciado, mas a equipanão cedeu à pressão e resolveu rapi-damente a questão perante o públi-co exuberante que lotava a bancada.

Já no voleibol, a tarefa sabia-semias complexa. O Aves recebia a Fi-nal 4 do campeonato nacional da ter-ceira divisão, para a qual a equipaanfitriã teve que disputar um play-off de repescagem após a elimina-ção perante o SC Arcozelo, adversá-rio direto pelo único lugar de subi-da. O primeiro jogo, apesar da vitó-ria, deixou dúvidas sobre as reaispossibilidades em destronar o super-reforçado Arcozelo.

No segundo encontro a exibiçãovoltou a dar esperança para a derra-deira partida. Domingo, 18 horas,bancada a abarrotar e um ambienteinfernal conduziu as jogadoras doDesportivo das Aves a uma vitóriaimprovável à partida, mas inevitável

para quem lá se encontrava.Contudo, em termos de celebra-

ções nada fará apagar dos registoshistóricos a noite de 30 de abril. Areceção à equipa sénior de futebolprofissional será certamente um dosmomentos mais marcantes da histó-ria recente da vila e do concelho. E aIlha da Madeira como um talismã queninguém sonharia, palco da subidaquer dos seniores como dos junioresque, exatamente uma semana depoislá garantiram uma notável subida aoescalão principal do seu escalão.

O universo desportivo do conce-lho foi virado do avesso no espaçode duas semanas. É este o poder dodesporto. Muito mais do que com-petição. É um fenómeno. |||||

A palavra de ordem foi subir

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PARABÉNS AO CD AVESPELA SUBIDA

“Uma loucura! Umaverdadeira loucura.Um orgulho imenso”

ENTREVISTA – QUIM E NÉLSON PEDROSO

|||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Os capitães de equipa do Desportivodas Aves falam dos sucessos da tem-porada que agora termina, dos mo-mentos complicados e da inesquecí-vel noite de trinta de abril.

Parabéns a ambos e a toda a equipa.Quem olhar de relance para a classi-ficação pode ficar com a ideia de quea viagem foi simples e tranquila. Vis-to por quem está por dentro, como éque olham para o panorama geralda temporada?NÉLSON PEDROSO // É uma guerra.É bastante cumprida. Já toda a gentesabe que quem for mais regular, vai seraquele que vai subir de divisão. Esteano conseguimos ter essa felicidade.

Trabalhamos também para isso. Nes-te momento, olhando para a tabelaclassificativa realmente parece que foium campeonato fácil, mas não o foiclaramente. Foi um campeonato muitoduro. Em que, se repararmos, nesteúltimo terço todas as equipas acaba-ram por perder muitos pontos. Equi-pas que andaram connosco, lado alado, durante muito tempo, na lutapela subida de divisão, hoje estão demeio da tabela para baixo. E outras equi-pas surgiram nos lugares cimeiros. É,portanto, um campeonato muito difí-cil, muito complicado, muito competi-tivo onde nós tivemos a felicidade, commuito trabalho é lógico, de ser regu-lares e conseguir a subida de divisão.

O campeonato da segunda liga é com-posto por muitas equipas muito equi-

libradas, o que torna os resultadossempre imprevisíveis. Em termoscompetitivos, como é que se prepa-ra uma competição em que a qual-quer momento tudo pode acontecer?NP // Temos que estar sempre alerta,sempre no máximo e sempre prepa-rados para as adversidades que nosaparecem pela frente. Mesmo jogan-do contra o último classificado, nes-te caso o Olhanense, acabamos porter dois jogos complicadíssimos con-tra eles. O segundo classificado, oprimeiro, o terceiro, primeira parte databela ou segunda parte da tabela,são sempre jogos muito difíceis.

No final da primeira volta pareciatudo encaminhado de forma decisi-va. O Desportivo estava a jogar mui-to bom futebol, estava confiante.Dentro do balneário sentiam que oobjetivo estava ali mesmo à vossamercê?NP // Sentíamos que estávamos nocaminho certo. Mas também sabía-mos que ainda faltava muito pela fren-te e que nada estava ganho. E comoo nosso percurso o demonstrou, aca-bamos por ter um momento menosbom do qual foi difícil sair. Felizmen-te conseguimos e regressamos aocaminho correto.

Referiu o momento menos bom daequipa, a determinada altura pare-ceu que as lesões e a própria morosi-dade do campeonato teve uma in-fluência direta na perda de rendi-

mento da equipa. Concordam comesta análise?NP // O campeonato da segunda ligaacaba por ser propício a estas situa-ções. Se fizer uma análise a váriasequipas - nós tivemos um períodomenos bom, o Portimonense teve tam-bém um período menos bom, comderrotas consecutivas, o Varzim come-çou mal, depois voltou bem e agoraestá a ter mais dificuldades, o próprioPenafiel, Santa Clara, a Académica. Ocampeonato da segunda liga é pro-pício a isso e quem conseguir dar avolta mais cedo a esse momento es-tará em vantagem.

Esse período mais complicado, este-ve mais relacionada com aspetos fu-tebolísticos, técnico-táticos, ou psi-cológicos?QUIM // É lógico que depois de umasérie de vitórias, tivemos uma derrota,duas, e isso pesa um bocadinho naconfiança da equipa. Entramos numciclo difícil do qual tínhamos que sair,mas não foi fácil. Houve situaçõesque por mera infelicidade, outras emque o adversário foi melhor que nós,mas sabíamos que tínhamos qualida-de para voltar ao que já tínhamosfeito. Com a mudança de treinador,as coisas começaram a resultar me-lhor. Sabíamos perfeitamente que comuma vitória conseguiríamos voltar aosníveis de confiança anteriores. Achoque nos habituamos demasiado a mui-tas vitórias seguidas e sentimos a pres-são. Conseguimos voltar novamente

SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | | III

“Temos que estarsempre alerta,sempre no máxi-mo e semprepreparados paraas adversidadesque nos aparecempela frente.

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às vitórias e na última fase do cam-peonato já revelamos uma qualidadeidêntica à nossa melhor fase. O planteldo Desportivo das Aves foi muito for-te porque tínhamos qualidade paraqualquer posição, os que jogavam, osque estavam de fora. E foi por aí tam-bém que passou o nosso feito.

São capitães de equipa, líderes doplantel do Desportivo. Pela experi-ência que têm no futebol, que men-sagem tentaram transmitir ao gruponessa fase?Q // A mensagem foi de que estáva-mos todos no mesmo pacote, por as-sim dizer. Sabíamos perfeitamente que,não sendo fácil, tínhamos qualidadepara sair dessa situação. Com umavitória tudo podia mudar, como veioa acontecer. Nós só tínhamos que tra-balhar para voltar à normalidade. Anós, capitães, restava-nos tentar queo grupo continuasse unido. Porquenas derrotas, a maior parte dos bal-neários, e eu tenho muita experiên-cia, começavam virar-se, uns para aqui,outras ali. Acho que isso foi funda-mental. Não saímos do rumo, conti-nuamos. Sabíamos perfeitamente queas coisas iam voltar à normalidade.

A chegada de José Mota foi funda-mental para inverter a tendência. Oque ele trouxe de novo?Q // Cada treinador tem a sua manei-ra de trabalhar e o seu discurso pró-prio. Não foi pelo treinador que osresultados apareceram ou desapare-

ceram. Da mesma forma que tivemosuma fase muito boa com o Mister Ivoe havia qualidade, não deixou de ha-ver de um momento para o outro. Adireção tomou essa iniciativa, já quealguma coisa tinha que mudar, eacharam por bem fazer a mudançade treinador. Lógico que o mister JoséMota tem muita experiência, já tinhavárias subidas de divisão, o que nosajudou a elevar a confiança, porquenotava-se perfeitamente que o quefaltava era confiança. O discurso delefoi nesse seguimento.

O pensamento pragmático demons-trado por José Mota quando ingres-sou no clube ajudou-vos a limpar asmentes e a focar no objetivo comumque era a subida de divisão?Q // Penso que sim. O conjunto devitórias que tivemos se calhar iludi-nos um pouco, não só a nós, mas tam-bém aos adeptos. Já toda a gente di-zia que o Aves iria subir, era certo. Tí-nhamos esse pensamento, o objeti-vo era esse, e sentimos muito essepeso. A equipa provavelmente nãoestava preparada, nesse momento daépoca, para tantas derrotas seguidas.O mister Mota conseguiu elevar-nosa confiança e o lado psicológico. Acre-dito sinceramente que é um aspetoimportante no futebol atual – saber quenem tudo está bem quando se ganhae que nem tudo está mal quando seperde. Tem que haver um equilíbrio.

Desse momento em diante, série de

resultados positiva, a subida quasegarantida. Conseguem retratar o mo-do como o grupo recebeu o apoio dosadeptos cá fora e relatar um poucoda experiência destes últimos jogos?NP // Sentimos que tínhamos que re-solver as coisas, já que dependia denós, resolvê-las o mais rápido possí-vel. Não queríamos andar a arrastaras coisas. Principalmente aqui no jogocontra o Famalicão, sentimos que es-tava realmente perto. A ânsia de sentiralgo que estava tão perto acaba porser marcante, também para os adep-tos. Também por isso, houve a reaçãoque houve durante o jogo. Quandoo Freamunde acaba por fazer um go-lo contra o Penafiel que depois é in-validado. Era uma alegria enorme, sen-timos que as coisas estavam realmen-te perto. E isso acaba por nos deixarmais tranquilos, mais confiantes emuito mais capazes.

Noite de domingo, trinta de abril.Chegam ao aeroporto, depois dosfestejos em campo com os adeptosque se deslocaram à Madeira, qualfoi a vossa reação quando deram decaras com aquela receção?NP // Uma loucura! Uma verdadeiraloucura. Um orgulho imenso. Nós jáestávamos em êxtase por conseguir-mos o objetivo do clube, o objetivopelo qual todos lutamos durante umaépoca desgastante, com muitos per-calços pelo caminho. Chegar ali e veraquela reação, aquele carinho tododo povo das Aves que nos foi lá rece-

ber com aquela loucura, ainda engran-deceu ainda mais o nosso feito. É umorgulho imenso. Vou recordá-lo cer-tamente para o resto da minha vida.

Se no aeroporto têm aquela receção,chegam a Vila das Aves e têm aquelemar de gente para festejar convosco.Faziam ideia da quantidade de gen-te que vos esperava junto ao estádio?NP // Não, sinceramente não. Tudoisto para nós foi uma surpresa muitogrande e acaba por ser um poucoindescritível. Penso que só mesmoquem viveu aqueles momentos os vaipoder recordar, porque contado, emjeito de brincadeira, ninguém acredi-taria que seria possível. Mas foi pos-sível e ainda bem que o foi, porquecertamente será algo que todos nósrecordaremos nas nossas vidas.Quim, depois de tantos sucessos aomais alto nível, como classificaria esteno panorama geral da sua carreira?Q // Para mim são coisas diferentes,são feitos diferentes, são objetivosconcretizados e todos eles têm o mes-mo significado e importância. Desdeo primeiro dia que fui recebido aquinas Aves de forma fantástica pelaspessoas, pelos associados. Desde oprimeiro dia senti muito carinho porparte de todos e prometi a mim mes-mo que queria ajudar o Desportivo asubir de divisão. Tinha esse objetivopara comigo mesmo e penso que aofim de quatro anos, consegui-lo, foimuito importante para mim, pessoal-mente. Vai ficar na minha memória

IV | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES

O mister Mota con-seguiu elevar-nos aconfiança e o ladopsicológico. Acreditosinceramente que éum aspeto impor-tante no futebolatual – saber quenem tudo está bemquando se ganha eque nem tudo estámal quando seperde. Tem quehaver equilíbrio”.

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como um momento muito bom, umdos melhores que passei na minhacarreira, ao qual comparo a ser cam-peão nacional pelo Benfica. São coi-sas diferentes, mas para mim com sig-nificado igual. Um dos marcos maisimportantes da minha carreira.

São obviamente experiências dife-rentes festejar um título nacional noMarquês de Pombal com cem mil pes-soas e uma subida de divisão de umclube que representa uma vila compouco mais de oito mil habitantes.Q // Eu digo que porventura as pes-soas de Vila das Aves andavam ador-mecidas, porque passamos a maiorparte da época em jogos em casa comquinhentas ou seiscentas pessoas naassistência e acordamos as pessoas.Vimos no aeroporto e vimos aqui. Di-gamos que as pessoas andavam ador-mecidos, e acho que é importante acor-darmos as pessoas porque o Despor-tivo vai precisar, na primeira liga, doapoio destas pessoas. As pessoas vãoolhar para o clube de uma maneiradiferente, porque ele vai precisar dodécimo segundo jogador, semprepresente nos jogos de primeira ligamuito difíceis em casa. As pessoasapareceram quando as coisas corrembem e mais importante ainda o apoioquando as coisas correm mal.

Para o Nélson, que cresceu para ofutebol aqui no Desportivo, deve serum sentimento ainda mais especial.NP // Sim, um sentimento muito espe-

cial. Eu diria mesmo que é um sonhode criança poder representar o Des-portivo das Aves como profissional ejá o tinha conseguido há vários anos.Mas desde que cá cheguei o objetivosempre foi a subida de divisão e sem-pre interiorizei isso como um objetivopessoal que gostaria de ver o Avesna primeira liga e que ele se mante-nha lá por muitos anos. Esta subidatem ainda muito mais significadoporque eu consegui contribuir paraa subida à primeira liga. Sinto um or-

gulho imenso que assim tenha sido.

Querem deixar alguma mensagemaos adeptos do Aves e aos avensesem geral?NP // Será bom manter este ambientede festa que se tem visto nas últimassemanas será. E que as férias não dei-xem amenizar este sentimento de orgu-lho que certamente todos os avensestêm por esta época e que se transformesim, numa avalanche positiva e quecontinuem a apoiar cada vez mais. Por-

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Há que dar seguimento às coisaspositivas e esta última fase foi muitoimportante. E agradecer-lhes por tudoo que têm feito por nós, pela ajudaque nos têm dado e continuarem aapoiar-nos. Vem uma fase nova parao Desportivo das Aves, sendo que oobjetivo principal é manter-nos lá. Opensamento tem que estar em darseguimento ao Aves na primeira ligapor dois, três anos consecutivos. Poissó assim o Aves se pode tornar numclube ainda mais forte. ||||||

SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | V

que o Desportivo precisa deles. Juntos,o sucesso do Aves será muito maior.

Q // O importante é dar seguimento aesta fase positiva, não cair naquelepessimismo que, por vezes se notavanos jogos, em qualquer erro, qual-quer jogada menos conseguida, sen-timos no campo os assobios e issonão é fácil. Uma palavra para a ForçaAvense, porque as coisas correndomal ou bem estiveram connosco emtodo lado e é importante salientar isso.

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VI | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES

O sabor de umasubida inédita

Transcendênciade género

A equipa aos comandos de HugoOliveira já no ano transato tinha dei-xado boas perspetivas para a épocaque agora terminou. O terceiro lugarna Série A da segunda divisão per-mitiu encarar a nova época com so-nhos realisticamente alcançáveis. A

Em novembro, durante uma conversa como Entre Margens, Manuel Barbosa afir-mava veementemente que queria “colo-car o clube na primeira divisão, torná-lorelevante” no panorama da modalidadeem Portugal. A primeira etapa está cum-prida e de modo exemplar. A equipasénior passeou classe durante toda a

A SECÇÃO DO AVES, REVITALIZADA EM SETEMBRODO ANO TRANSATO, É UM CASO DE SUCESSOA TODOS OS NÍVEIS - O PORTA-ESTANDARTE DODESPORTO FEMININO DO CLUBE.

VOLEIBOL época, sendo que as únicas derrotas sur-giram na manga de qualificação diretapara a ‘Final 4’, frente ao SC Arcozeloreforçado à última da hora. Dois jogos eapenas um set ganho relegaram as pupi-las de Manuel Barbosa para um jogo derepescagem para um evento do qual se-riam anfitriãs. Objetivo concretizado.

‘Final 4.’ Três jogos. Três dias. O ven-cedor tinha direito ao passaporte de su-bida para segunda divisão. Há momen-tos definidores em que emoção superatodos os obstáculos, sendo que é com-plicado, se não mesmo impossível, quantifi-car o ‘empurrão’ dado pela fervorosaplateia que preenchia por completo a ban-cada do pavilhão do Desportivo das Aves.Certo é que, após o nervosismo inicial edas dificuldades em conter o talento in-dividual das jogadores do SC Arcozelo,sempre que a equipa de vermelho e bran-co estava em dificuldade, superavam-see o público explodia de alegria.

José Luís Nogueira, diretor delegado dodepartamento, dizia também em novem-bro passado que o CD Aves tinha “o maisimportante: uma atitude bairrista, pessoasque vestem a camisola” e tal não podiater estado em maior evidência nesta com-petição. Para os duvidosos da capacidadedo desporto feminino em gerar entusias-mo, aconselha-se a visualização do filmedeste passado fim de semana. Um hinoao desporto e ao apoio incondicional dosadeptos e de uma vila a uma equipa.

O Voleibol no CD Aves é um caso desucesso. É, aliás, um caso de sucesso paraa Vila das Aves. E para o desporto femi-nino da região. ||||| PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FUTSAL

UMA ÉPOCA PRATICAMENTE PERFEITA TERMINOU COMOSÓ PODIA – UMA SUBIDA HISTÓRICA E INÉDITA QUE VEMRECOMPENSAR UMA MASSA ADEPTA QUE DURANTE TODOSESTES ANOS ESTEVE INVESTIDA NOS SEUS SUCESSOS.

O VOLEIBOL NO CD AVESÉ UM CASO DE SUCESSO.É, ALIÁS, UM CASO DESUCESSO PARA A VILA DASAVES. E PARA O DESPOR-TO FEMININO DA REGIÃO.

Esperam-lhes “os gran-des” e uma LigaSportzone extrema-mente competitiva.

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SUPLEMENTO ESPECIAL - CD AVES | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | VII

Não é um feito inédito, mas a subida àprimeira divisão do campeonato nacio-nal de juniores, sobretudo este ano, pa-rece mais significativo. Não só pelo con-texto geral do clube pelos dias que cor-rem, mas também pelo futuro próximo.

“Fomos uma equipa na verdadeiraaceção da palavra. Muitas das vezes te-mos excelentes individualidades, mas nãotemos a profundidade suficiente para irmais longe. Mas esta época começamosa perceber que tínhamos aquilo que eranecessário para sonhar mais alto.”

Em termos de gestão da equipa, SérgioGonçalves diz que dispensa as palestrasno sentido tradicional do imagináriopopular. “Não há um grande quadro bran-co, muito menos discursos muito elabo-rados”, diz o treinador. “Três, quatro minu-tos antes de entrar em campo dou-lhesexatamente aquilo que eles precisam deouvir. Indicações muito precisas, sem flo-reados. Eles treinaram durante a sema-na, sabem o que fazer dentro do campo.”

Esta abordagem não vem ao acaso:“tem que ver com a capacidade para re-

formação avense, desta vez, venceu asua série, averbando apenas uma der-rota em dezoito jogos disputados, con-cluindo a etapa regular da competiçãocom o melhor diferencial de golos e amelhor defesa, por larga margem.

Na fase de apuramento do cam-peão da zona norte e consequente su-bida ao principal escalão da modali-dade no nosso país, o Aves foi igual-mente eficaz. Apesar de uma derrotadilatada frente a um adversário direto,o CD Aves fez um percurso pratica-mente imaculado. Sete vitórias, doisempates, novamente a melhor defesada competição com apenas dezoitogolos sofridos para os quais muitocontribuíram os cinco averbados noencontro contra o Viseu 2001.

Na última jornada, com a subidaao alcance do olhar, o Desportivo nãoquis adiar as decisões. Entrou deci-dido, controlou a partida e concluiua fase decisiva da época com umavitória esclarecedora (8-2), deixan-do o pavilhão do Desportivo dasAves numa euforia extasiante.

Para a próxima época, o desafio éoutro. Esperam-lhes “os grandes” euma Liga Sportzone extremamentecompetitiva. Fica a confiança numaequipa que já demonstrou que sercapaz de se superar a si mesma eaos desafios que lhe aparecem emfrente. E uma massa adepta que, comoHugo Oliveira afirmava há umas se-manas no rescaldo de um encontro,“podem ter a certeza que esse apoiotorna tudo mais fácil.” ||||| PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

“Um potencial tremendo”SÉRGIO GONÇALVES, TREINADOR DA EQUIPA JÚNIOR QUE ACABA QUECONQUISTAR A SUBIDA À PRIMEIRA DIVISÃO NACIONAL DO ESCALÃO,FALOU DOS SUCESSOS DA TEMPORADA, DO LADO MENTAL DOS JOGADORESE DO QUE AINDA FALTA FAZER NA FORMAÇÃO DESPORTIVO DAS AVES.

FUTEBOL // JUNIORES que jogam na liga dos campeões, sãoequipas que têm todos os seus escalõesde formação na primeira divisão.” ODesportivo das Aves é a única equipaque não tem toda a formação naquele ní-vel. “É um trabalho que tem que ser feitodesde baixo, mas a verdade é que esta-mos numa ilha aqui na região. À nossavolta todos os clubes trabalham bem etêm equipas das divisões nacionais, o quedificulta a recruta de jogadores.”

Contudo, “O CD Aves é hoje um clu-be com um potencial tremendo”, reite-rando que tem todos as condições paracriar um crescimento sustentável de to-dos os escalões para que a equipa júniornão seja um feito isolado, mas parte deuma constante.

Quanto a objetivos, “é simples”, diz,“a manutenção no campeonato nacio-nal”. ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

ter informação e prestar atenção. Tudo oque ultrapasse os dez minutos é inútilpara eles. Não vale a pena tentar.”

Os planos para a próxima época jáestão em marcha, já que “o calendárioda federação acabou de chegar”. Tudomuda a partir de hoje. “Os adversáriossão verdadeiros tubarões. Sãos equipas

SÉRGIO GONÇALVES:“FOMOS UMAEQUIPA NA VER-DADEIRA ACEÇÃODA PALAVRA”.

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 11

JOSÉ SILVA APRESENTOU A SUA CANDIDATURA NO DIA 20.JOAQUIM COUTO ESTÁ CONFIANTE NA VITÓRIA.

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

É independente e estreante nestas an-danças mas será, nas próximas autárqui-cas, a aposta do PS para a freguesia deMonte Córdova. José Silva garante que adecisão não foi fácil e lembra que até jáapoiou candidatos de vários quadran-tes políticos. Prova disso é, aliás, a pre-sença de três ex-presidentes da Junta deMonte Córdova do pós o 25 de abril naapresentação da sua candidatura.

Perante uma sala repleta e eufórica,José Silva garantiu que se candidata por“querer fazer alguma coisa pela fregue-sia” e não “para vingar nada” ou estar “con-tra ninguém”. O que promete, sublinha,é não se limitar a criticar, antes “convidaro presidente, os vereadores, para visitara freguesia, ver o que está a fazer falta econvence-los que de facto é ali que nostêm que investir”. Para isso um dos trun-fos é a ‘ótima’ relação com Joaquim Couto.Mas não é só. José Silva garante ainda acriação de “um programa de obra parafazer com responsabilidade, com empe-nho”, um programa onde é prometido oque “com diálogo, com responsabilida-de, pode ser feito”

Joaquim Couto mostra-se deveras

PS avança comcandidatoindependente emMonte Córdova

agradado com o candidato independentee não tem dúvidas de que “José Silva éuma pessoa com caráter, é uma pessoasolidária, com capacidade de trabalho eque percebe de política, mas no bom sen-tido, e não no sentido da politiquice, co-mo tem demonstrado em toda a sua vida”.

Convicto de que irá ganhar não só aCâmara Municipal, como a Junta de Fre-guesia, nas eleições de 1 de outubro,Joaquim Couto não alinha em ideiasimpraticáveis e megalómanas, quer an-tes, construir um programa concelhio, epara Monte Córdova, de acordo com osmeios e as pessoas disponíveis. “Não valea pena estar a dizer mal de ninguém,temos que nos afirmar pela positiva, pe-las nossas ideias, os nossos projetos, osnossos programas, e isto é válido paraMonte Córdova e para o concelho”, adi-antou o presidente que assegura: “difi-cilmente vocês me verão a chafurdar namentira, na intriga e no bota abaixo”.

Para Monte Córdova tem já pensadasparcerias com o município de Paços deFerreira, de modo a transformar 600 hecta-res do monte de Nossa Senhora da As-sunção num polo ambiental, arqueológi-co e turístico de referência para Santo Tirsoe para a Área Metropolitana do Porto. |||||

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AUTÁRQUICAS 2017

Marcas do concelhocom espaço própriono Santo Tirso Market

Estão abertas as candidaturas paraa participação de marcas do conce-lho no ‘Santo Tirso Market by Ama-zing Bazaar’. Promovida pela Câma-ra Municipal e a assinalar a suaterceira edição, a iniciativa regressaà Fábrica de Santo Thyrso no próxi-mo dia 10 de junho, pelas 11h00,este ano com destaque para a te-mática da saúde e bem-estar.

Moda, espaço infantil, praça dealimentação, mercadinho, workshopse um show-cooking são algumas dasatrações da terceira edição do ‘SantoTirso Market by Amazing Bazaar’.Este ano, a iniciativa conta, então,

com um espaço dedicado às marcasdo município. As marcas interessa-das podem candidatar-se preen-chendo uma ficha de inscrição, atra-vés do link www.market2017.santotirso.pt onde pode ser consultado oregulamento completo. Cada mar-ca poderá usufruir unicamente deum espaço, sendo que este nãopode ser dividido com outras. Aparticipação não inclui marcas quehabitualmente podem ser encontra-das em Centros Comerciais.

As inscrições são limitadas aonúmero de vagas, disponíveis porcada área de negócios. |||||

CANDIDATURAS PARA PARTICIPAÇÃO JÁ ESTÃO ABERTAS.A INIATIVA REALIZA-SE NO DIA 10 DE JUNHO

Mantendo a periodicidade de ou-tros tempos, a Comissão de Festasde S. Miguel Arcanjo reúne-se noprimeiro domingo de cada mês. Queristo dizer, que a próxima reuniãoterá lugar no salão nobre do pa-tronato, em Vila das Aves, já no pró-ximo dia 4 de junho, às 9h30.

Extinta a Associação de S. MiguelArcanjo que, entre outras iniciati-vas, tinha a seu cargo realização dasfestas de homenagem ao padroei-ro da freguesia, cabe agora referi-

da Comissão de Festas dar conti-nuidade ao trabalho desenvolvidopela associação. A edição de 2017das Festas de S. Miguel é de restoum dos assuntos a tratar na reu-nião de dia 4; um encontro para oqual a comissão apela à participa-ção dos então associados da asso-ciação de S. Miguel Arcanjo e atodos quantos se queiram juntar-se ao desafio de manter viva a tra-dição de homenagear o padroeirode Vila das Aves. ||||||

Comissão de Festas de S. Miguelreune no próximo dia 4 de junho

VILA DAS AVES | COMISSÃO DE FESTAS

SANTO TIRSO | MERCADO

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ATUALIDADE12 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

Encontro / convíviode antigos colegasde Escola Primária||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ MMMMMAAAAACHADOCHADOCHADOCHADOCHADO

Pelo 30º ano consecutivo, antigos co-legas de escola primária, 1954/1958e respetivas famílias vão reunir-se pa-ra confraternizar a Amizade que oscontinua a unir e recordar temposde infância. O encontro deste ano vairealizar-se nas instalações da Asso-ciação de Reformados de Vila dasAves (ARVA) onde terá lugar o al-moço. Antes porém, pelas 09h30,os antigos colegas vão ao cemitériolocal prestar a homenagem a cole-gas já falecidos e à professora Mariada Glória Alves.

Embora este convívio tivesse co-meçado apenas com alunos daquelaépoca e desta professora, podem tam-bém participar outros antigos alunosdessa professora e ou que tenhamfrequentado a Escola da Tojela namesma altura.

Este ano, e no mesmo local, cominício previsto para as 17h00, vai serlançado ao público o livro “Do Fun-do do Baú”, livro que recolhe váriashistórias anteriormente publicadas nojornal Entre Margens pelo professorJosé Machado, desde a criação daBanda de Música da Rio Vizela aoconjunto “Os Lacraus”, passando pe-los primeiros tempos do Desportivodas Aves e de alguns dos seus prin-cipais atletas, dos cinco Ranchos queexistiram, de Floriano Moreira e doconjunto típico Manuel Gouveia. ||||||

VILA DAS AVES

Já está no terreno a construção do novoCentro de Investigação, Diagnóstico, For-mação e Acompanhamento à Demência(CIDFAD) da Santa Casa da Misericórdiade Riba de Ave, que “será seguramenteum projeto de referência a nível nacio-nal”, como afirmou o secretário de Esta-do Adjunto e da Saúde, Fernando Araú-

TRATA-SE DE “UMA ESTRUTURA DE SAÚDE COM CONDIÇÕES ÚNICAS NO PAÍS,INOVADORA E COM SERVIÇOS DE EXCELÊNCIA”, DISSE O SECRETÁRIO DEESTADO ADJUNTO E DA SAÚDE NA CERIMÓNIA DA PRIMEIRA PEDRA, QUE TEVELUGAR NO PASSADO SÁBADO

Construção do Centro de apoioà demência do Hospitalde Riba de Ave já arrancou

VALE DO AVE | RIBA DE AVE

jo, que presidiu à cerimónia de lança-mento da primeira pedra. O empreendi-mento enquadra a vertente assistencialcom as vertentes investigação e de for-mação e o secretário de Estado mostrou-se interessado em acompanhar o projetopara tirar daqui resultados que possamser replicados noutros pontos do país.

A nova estrutura resulta de um pro-tocolo celebrado, com o Instituto de Ci-ências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)da Universidade do Porto e testará no-vas abordagens do tratamento de demên-cias e do apoio a cuidadores e familia-res. Reconhecendo que faltam respostasnesta área a nível nacional, Fernando Ara-újo adiantou que o Governo está a ulti-mar a estratégia nacional para a área dasdemências, reconhecendo que “a demên-cia traz problemas e novas exigências enão há soluções simples”. “Mas quere-mos encontrar boas soluções para darrespostas de qualidade às pessoas e fa-miliares”, acrescentou, salientando aindaque com o envelhecimento da popula-ção, tem vindo a aumentar o número depessoas com demências em Portugal eisso tem custos elevadíssimos para o país.

Localizado num terreno com 44 milmetros quadrados, anexo às atuais ins-talações do Hospital de Riba de Ave, aestrutura deverá ficar concluída no iní-cio de 2019, implicando um investimen-to superior a 8,5 milhões de euros.

Este centro será, assim, um equipamen-to multipolar, com investigação e estudo,formação e diagnóstico, unidade de alo-jamento temporário, internamento e trata-mentos paliativos, e uma unidade de diae apoio domiciliário. “Vai aliar a investi-gação à formação de profissionais de saú-de e cuidadores informais, com estadiapara pessoas com demência, permitindoo descanso também aos cuidadores e fami-liares, além de acompanhamento e supe-rvisão ajustados aos doentes” explicouo provedora da Santa Casa da Misericór-dia Fernando Guedes. A abertura destaestrutura implica a criação de criados 120postos de trabalho diretos, em áreas comoa psicologia, a assistência social, a enfer-magem, fisioterapia, entre outras. ||||||

CENTRO DE APOIODEVERÁ FICARCONCLUÍDANO INÍCIO DE 2019

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 13

Temos muita consideração e muita admi-ração pelos bombeiros de Santo Tirso equeremos que mais voluntários apareçam”..

“JOAQUIM COUTO, PRESIDENTE DA CMST

SANTO TIRSO | DIA MUNICIPAL DO BOMBEIRO

Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Av. Comendador Silva Araújo, nº 3594795-003 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

“São as câmaras quepercebem as necessidadesdos bombeiros” O comandante Joaquim Souto, dos

Bombeiros Voluntários de SantoTirso, num comunicado que fez che-gar à nossa redação, responsabilizao vereador Alberto Costa pelo inci-dente protocolar ocorrido na ceri-mónia de receção às entidades ofi-ciais, pois este terá ordenado insis-tentemente que levasse de imediatoà formatura o presidente da Câma-ra, quando já se dirigia para lá coma deputada Andreia Neto, “posiçãoque Joaquim Couto apoiou”. “Pe-rante a surpresa e o embaraço dasituação”, explica o comandante, “edadas as insistências do Sr. Verea-dor, a Srª Deputada, para evitar queo incidente se agravasse e, dessemodo, se estragasse um dia que de-veria ser de festa, resolveu abdicarde receber as honras da formatura”.

Joaquim Souto, no seu comuni-cado, depois de pedir desculpas pú-blicas a Andreia Neto “pelo cons-trangimento que o meu convite,involuntariamente, lhe criou”, recor-da que o tratamento dado, no pas-sado, pelos bombeiros a todos osdeputados que compareceram a es-sas ou outras cerimónias foi sempreo mesmo, exemplificando com acerimónia do Dia do Bombeiro de2016, realizada na Vila das Aves, emque estiveram presentes três depu-tados. Segundo o comandante dosvermelhos, Alberto Costa e o Presi-dente da Câmara, ao apoiá-lo, vio-laram a Lei das Precedências do Pro-tocolo do Estado Português e o res-peito pelo passado e tradições dosbombeiros. |||||

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Pretende, assegura o presidente daCâmara, Joaquim Couto, “homenage-ar os bombeiros voluntários do con-celho, as suas organizações, manifes-tar e mostrar à população do conce-lho que os nossos bombeiros devemser acarinhados, devem ser apoiadose ajudados dentro da medida dopossível” e este ano não foi exceção.O dia Municipal do Bombeiro reuniu,no salão nobre da Câmara Munici-pal representantes das três corpora-ções do concelho, da Federação

DIA MUNICIPAL DO BOMBEIRO FOI ASSINALADO NO DIA 20 E ORGANIZADO, ESTEANO, EM PARCERIA ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO E A ASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTO TIRSO.

INCIDENTEPROTOCOLARMANCHACERIMÓNIA

distrital, da Liga dos Bombeiros Por-tugueses e para além dos habituaisdiscursos ficou marcado pela entre-ga de medalhas a vários bombeiros.

“Ao longo de 139 anos, commaior ou menor adaptação à mudan-ça dos tempos, os Bombeiros eram orecurso a pequenas e grandes afli-ções: nos fogos, nas intempéries, nosocorro aos acidentados, no trans-porte acessível e especializado dedoentes e mesmo nas pequenas ne-cessidades da vida, como abrir umaporta ou salvar um animal domésti-co”, lembrou Asuil Dinis, presidente

da Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Santo Tirso.

Coube, de resto, aos ‘Vermelhos’serem os anfitriões este ano e o seupresidente aproveitou a ocasião paradestacar o “espírito do voluntariadodo bombeiro” e garantir que há mui-tos jovens interessados em abraçar acausa dos bombeiros. Sobre o dia-a-dia das corporações do concelho,Asuil Dinis assegura que têm bonsprofissionais mas sentem “aquelas di-ficuldades normais que existem por-que nós estamos em crise”. “Os hos-pitais pagam mal os transportes dedoentes, mas vamos vivendo, não nosqueixamos muito e efetivamente pen-so que Santo Tirso tem um bom nívelde prestação de serviços dos nossosbombeiros”, adianta. Joaquim Couto,por seu lado, realça a importância de“trazer para a opinião pública a cau-sa dos bombeiros na sua globalidade,incluindo a sua organização, o seufinanciamento e o conteúdo das suastarefas” e lembra que mesmo semobrigação legal, a Câmara Municipalsempre se pautou pelo apoio às cor-porações. “Recentemente criámos umapoio a mais uma EIPE, uma Equipade Intervenção Permanente, para osbombeiros “Amarelos” que nos cus-ta por ano mais cerca de 30 mil eu-ros”, explicou o presidente da Câma-ra que garantiu, ainda assim, que aautarquia está sempre disponível paraapoiar os bombeiros. “Temos muitaconsideração e muita admiração pe-los bombeiros de Santo Tirso e que-remos que mais voluntários apareçam”.

Tanto o presidente da Câmara,como Asuil Dinis defendem, por ou-tro lado a descentralização no quetoca às corporações, até porque “sãoas câmaras que percebem as neces-sidades, no terreno, não é em Lisboaque o podem fazer”, sublinha o pre-sidente da Associação Humanitária.Por outro lado, destaca também anecessidade de atualizar regulamen-tos e “remodelar toda a organizaçãoque há nos bombeiros”. |||||

O DIA MUNICIPAL DOBOMBEIRO REUNIUREPRESENTANTES DAS TRÊSCORPORAÇÕES DO CONCELHO

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14 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

CULTURA

S. MARTINHO DO CAMPO | APRESENTAÇÃO DE LIVRO E HOMENAGEM

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Miguel Carvalho, jornalista, investi-gou detalhadamente o período de-pois do 25 de Abril em que esteveativa a designada “rede bombista”,nomeadamente o período de maisintensa atividade que decorreu nosmeses de maio e junho de 1976. Oautor do livro procura, ao longo dequase 600 páginas, dar nova luz aacontecimentos de que já foram da-das diversas versões e desvendar al-

Atentado em S. Martinho doCampo perpetuado emlivro de Miguel CarvalhoJUNTA DE VILA NOVA DO CAMPO RELEMBRA MEMÓRIA DEROSINDA TEIXEIRA, VÍTIMA MORTAL DO ATENTADO DE 1976

guns dos mistérios que ainda sub-sistem, relacionados com aquele pe-ríodo histórico, através da análise deprocessos, da leitura de documentos(alguns inéditos) e de depoimentosde pessoas de algum modo ligadasaos acontecimentos. Pretensamentejustificada pela ameaça comunista, aviolência incomum daquela rede teveum dos seus episódios mais marcan-tes em S. Martinho do Campo em 21de maio de 1976, num atentadobombista a uma residência que tevecomo vítima mortal Rosinda Teixeira,de 40 anos.

Em sua memória foi descerrada,pela Junta de Freguesia de Vila Novado Campo, uma placa de homena-gem, no passado dia 20 de maio,no mesmo dia e local em que o livroreferido foi apresentado. O livro dáconta também dos julgamentos dosexecutantes dos crimes, como RamiroMoreira, condenado e mais tardeindultado por Mário Soares e da in-capacidade das autoridades, nessesjulgamentos, para identificar e con-denar os mandantes e autores mo-

rais. A referência, entre outros, a Abí-lio de Oliveira, o industrial conheci-do como o batateiro, torna este livroimprescindível para se perceber o quese passou naquele fatídico dia 21 demaio de há quarenta e um anos.

O livro é uma edição da Oficinado Livro, do grupo Leya. |||||

Em memória deRosinha Teixeira foidescerrada, pela Juntade Freguesia de VilaNova do Campo, umaplaca de homenagem

|||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Como vem sendo já hábito, cum-priu-se no passado sábado, 20 demaio, no Centro Cultural Munici-pal de Vila das Aves o último dosdois eventos com que esta institui-ção de caráter cívico e religioso cul-mina a parceria que mantém com aCâmara Municipal de Santo Tirsomostrando bem aquilo de que écapaz ao serviço da cultura musi-cal, da polifonia, do canto e daaprendizagem dos instrumentos.

Desta feita, o Sarau da Primaveraincluiu atuações individuais, sobre-tudo no domínio do piano, mas feztambém prevalecer atuações em duoe trio, grupos com vários intérpre-tes em regime de classe e com so-listas a interpretarem conhecidostemas de música pop-folk, incluin-do dos Beatles. Ouviram tambémtemas mais refinados e clássicoscom o concurso da classe de cantomas também dos mais pequenos docoral infantojuvenil.

Antes da atuação polifónica doGrupo Coral de Vila das Aves, hou-ve uma surpresa com o professor eintérprete Gil Candeias a “induzir”alunos, professores e plateia a ho-

VILA DAS AVES | MÚSICA

Sarau da Primaverado Grupo Coralde Vila das AvesINICATIVA DO GRUPO CORAL DE VILA DAS AVES E SUASVALÊNCIAS ASSOCIADAS ENCHEU DE MÚSICAAUDITÓRIO DO CENTRO CULTURAL E LEMBROUCANÇÃO VENCEDORA DO FESTIVAL DA EUROVISÃO

menagearem o vencedor da Euro-visão e o maestro de serviço dosnúmeros coletivos, o professor Fili-pe, com a conhecida canção “Amarpelos Dois”. Tema vendedor do úl-timo festival da Eurovisão interpre-tado por Salvador Sobral represen-tação do país.

O último tema dos seis com queo Grupo Coral mimou a plateia ter-minou em beleza com o professorVitor ao piano a marcar bem o rit-mo de rumba numa interpretaçãode “Cantar, Sing, Aleluia” de JayAlthouse que fez atenuar a sensa-ção porventura menos agradável deum espetáculo mais alongado queo habitual. ||||||

O Sarau da Primaveraincluiu atuações indi-viduais, mas fez tam-bém prevaleceratuações em duo etrio, grupos com vári-os intérpretes emregime de classe e comsolistas a interpreta-rem conhecidos temasde música pop-folk.

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 15

´INQUERITO

Natural de Santo Tirso, Maria Augus-ta de Castro Costa Carvalho, nasceu“durante o reino do medo, em dia desanto popular e em praça com nomede conde”. Gosta de matemática, físi-ca, química e astronomia mas tambémde literatura e poesia, faz revisão eapresentação de livros. É professorae afirma-se “professora até morrer”,num lema de aprendizagem-partilhaconstante. Militante do Partido Comu-nista Português, faz parte do executi-vo da Comissão Concelhia de SantoTirso do PCP.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Gosto de viver numa terra pequeninae pacata como a minha. Onde empaz, todas as noites, dou a minhavolta de andarilha e em segurançame sinto. Onde um dia deixei as cha-ves no carro e alguém que desco-nheço as colocou na minha caixa docorreio. Contudo, no séc. XXI e a 20km do Porto, sinto falta de empregopara todos quantos um trabalho al-mejem - mas um trabalho com direi-tos e um salário que permita um mí-nimo de dignidade na vida de todosnós. Sinto falta de uma rede sanea-mento e água da rede pública emtodas as casas do concelho e sinto afalta de transportes coletivos.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Das que asseguram as necessidadesbásicas da população.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Quando foi a grande festa da apre-sentação do projeto?!!! A essa veloci-dade, atrevo-me, como o povo, a di-zer que no dia de ‘São Nunca’ pelatardinha. Contudo, gostaria que fos-se no momento em que nada de maisde prioritário para a população hou-

Onde se comem os melhores jesuítas?Gosto de desafios, mesmo a pé vouao Algarve.

Eu pagava para…Que todos os meninos tivessem, bio-lógica/o(s) ou não, uma mãe… um pai.Saber que ninguém dorme ao relen-to, que nem um só ser humano ficahoje sem jantar. Que não mais hou-vesse meninos que partilham um grãode arroz, brincam com pistolas e nun-ca foram meninos. No reino do meusonho impossível, ter a minha filhade volta.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Apenas PSD? Este ano não será poisque concorre coligado. Quando foia última vez? Se bem me lembro, notempo em que em negociatas mata-

Os melhoresjesuítas? “Mesmo apé vou ao Algarve”INQUÉRITO A MARIA AUGUSTA CARVALHO, CANDIDATADA CDU À CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

vesse. E que esse momento chegassebreve. Moro em frente ao edifício: ima-gina as dificuldades que tinha paraali conseguir, em tempo de muletas,passar? Imagina o que vejo de umadas minhas varandas? Ao menos, lim-pe-se ‘aquilo’.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Um dia?! Um dia de quatro anos! Enesse dia faria tudo quanto no pro-grama da CDU está e ainda não foifeito.

A Casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Sem Xanax ou Dom Pérignon. Soumais de, como sempre faço, desceras escadas, continuar a minha cami-nhada pelas margens de um rio deque gosto, ouvir o silêncio, chegarao lado de lá. Mas se alguma coisatomasse, seria a bebida que a estaCasa dá o nome.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que...Eu sou sempre do meu tempo. Vivono presente, alicerçada no passado semo qual eu não seria aquilo que sou,procurando com a minha interven-ção ativa contribuir para um futuroque quero para todos sempre melhor.

Eu faria um abaixo-assinado para…Tantos fiz! Maneira de integrar a mi-nha opinião e vontade na vontadecoletiva. Um deles, fará talvez uns 5-6 anos, tentando quebrar o isolamen-to das populações que, no nossoconcelho, não dispõem de um únicotransporte coletivo. Fá-los-ia contratoda e qualquer injustiça. Para quetodos os corruptos, os que maltra-tam, os que violam, os que vivem àcusta do que ao povo roubaram ti-vessem tratamento a condizer. (...)

“Eu sou sempredo meu tem-po. Vivo nopresente,alicerçada nopassado sem oqual eu nãoseria aquiloque sou...”

ram um dos ex-líbris da nossa terra,o Hotel Cidnay. No tempo em que sequis fazer um parque de estaciona-mento no Parque D. Maria II. Temposde PSD/CDS, governo AD, não era?Eu sempre quero acreditar na me-mória e capacidade de pensar dasgentes da minha terra.

Quantas vezes já esteve em Rabada?A pé, do Largo General HumbertoDelgado à Rabada, tantas vezes, direimesmo, incontáveis! E se me permiteuma inversão de papéis, sabe quempela primeira vez propôs, vão já maisde trinta anos, a ligação pedonal en-tre a margem esquerda do Ave o atualParque da Rabada? O PS efectivou-a,felizmente. Contudo, a proposta inicialninguém no-la tira, é do PCP, é nossa!

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Apenas naquela dinâmica de ‘para me-lhor está bem está bem’, claro que sim.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Não sou contra as festas. Aliás, te-mos no nosso Avante! a maior festado mundo. Mas sei ver prioridadese como por cá o povo diz, ‘o que édemais é um erro e também cansa’.

A quem oferecia uma medalha demérito?Não sou desse tipo de medalhas.Medalha maior, para mim, é a da sa-tisfação pessoal de todos os dias, numcitius, altius, fortius, me conseguir em‘trabalho, honestidade e competên-cia’, ultrapassar.

Contudo, como forma de reconhe-cimento e incentivo, a todos quantosacendem na noite o facho do incon-formismo, adormecem com sonhosde esperança e acordam persistindo,insistindo num (in)alcançável ‘pódio’,essa coletiva medalha sem hesitar adaria. E numa simples inscrição tudo(lhes) diria: ‘Resistir é Já Uma Formade Vencer’. ||||||

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16 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

DESPORTO

2ª LIGA DE FUTEBOL - CDAVES, FUTEBOL SAD

17 - AC VISEU 52

18 - LEIXÕES 46

19 - VIZELA 4620 - FAFE 4521 - FREAMUNDE 4022 - OLHANENSE 28

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - VARZIM 61

10 - SANTA CLARA 60

11 - V. GUIMARÃES B 60

12 - FC PORTO B 6013 - GIL VICENTE 56

15 - FAMALICÃO 5314 - SPORTING B 55

5316 - COVA DA PIEDADE

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - PORTIMONENSE 83

02 - CD AVES 81

03 - U. MADEIRA 6404 - BENFICA B 6305 - PENAFIEL 63

07 - BRAGA B 6206 - ACADÉMICA 62

6208 - SPORTING COVILHÃ

||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

A partida opunha duas equipas emextremos opostos da tabela, o CDAves em busca do título de campeãoda segunda liga e o Fafe a tentar fu-gir à despromoção na última jorna-da do campeonato.

O Desportivo adiantou-se no mar-cador através de um autogolo de Lyt-vyn à passagem dos dezasseis minu-tos. A jogada partiu de uma iniciati-va individual de Femi Balogun pelaesquerda que colocou um passe vene-noso na direção de Barry ao segundoposte isolado, cruzamento interceta-do pelo central ucraniano do Fafe quedesviou a bola para dentro da baliza.

Vitória insuficiente para o títuloCOM O TÍTULO DA SEGUNDA LIGA AINDA EM DISCUSSÃO, O DESPORTIVO PRECISAVA DEGANHAR E ESPERAR QUE O PORTIMONENSE PERDE-SE PONTOS NOS AÇORES. O AVESCUMPRIU O SEU PAPEL, VENCENDO O AFLITO FAFE POR 3-0, MAS FOI INSUFICIENTE.

A autarquia homenageou os feitosde três equipas do Desportivo dasAves: a subida à Liga NOS da equi-pa sénior profissional, da formaçãojúnior à primeira divisão nacional edo futsal à liga Sportzone, escalãomaior da modalidade em Portugal.Este feito, considerado por JoaquimCouto, edil tirsense, como “único” éo resultado de anos de trabalho doclube avense e da forma “exemplarcomo tem trabalho na formação dascamadas jovens, e na construção deum clube eclético, com muitos sóci-os, que tem tido um grande empe-nhamento da população, e por issomesmo, resultados práticos bem evi-dentes. É, por isso, muito justa e me-recida esta homenagem, pois o Mu-nicípio tem muito a ganhar com osfeitos do CD Aves”, elogiou

Armando Silva, presidente do CDAves, revelou-se “muito feliz” comos resultados históricos alcançadospelas mais variadas secções e equi-pas do clube. “Este é o fruto de mui-tos anos de trabalho das direções eo consolidar dos seis anos destadireção à frente do clube”. O presi-dente do clube avense referiu-seainda processo de criação da SADe aos atuais investidores que hojea compõem. “Há dois anos teve quese tentar, para nos conseguirmosmanter nestas divisões, arranjar ou-

Altos voos do ‘Aves’condecorados naCâmara Municipal

O período a seguir ao golo doDesportivo foi morno até que, aos 32’Ericson numa disputa de bola a meiocampo coloca o braço na cara de Rei-nildo que cai para chão levando noárbitro a mostrar a cartolina verme-lha ao centro-campista avense.

A expulsão não retirou o contro-lo do encontro ao Clube Desportivodas Aves que pouco depois criou mui-to perigo no seguimento de uma jo-gada entre Guedes e Caetano, quesó não dá em golo porque MarcoAndré cortou praticamente em cimada linha de golo.

A segunda parte foi mais aberta ecom mais velocidade o que permitiuao Desportivo das Aves criar mais oca-siões e fazer mais dois golos. O Fafetentou fazer estragos e lutar pela so-brevivência e, em especial em duasocasiões, esteve perto do empate.

Contudo, foi o Desportivo dasAves que dilatou a vantagem aos 82minutos. João Amorim intercetou umabola a meio campo e soltou imedia-tamente a bola para o recém-entra-do Theo Mendy que cavalgou emdireção à grande área e devolveu abola a J. Amorim que rematou colo-cado para o 2-0. Após uma vaga decontra-ataques rápidos foi a vez deLeandro fazer o gosto ao pé com umafinalização à ponta de lança dentro

da pequena área para o 3-0.O jogo chega ao fim com um

momento de suspensão enquanto seesperava pelo término do encontrodos Açores, mas a classificação, essa,estava decidida. O Clube Desportivodas Aves subia à Liga NOS, o Fafe des-cia ao Campeonato de Portugal e oPortimonense sagrava-se campeão. |||||

O MOMENTO DE LOUVOR CONTOU COM A ENTREGA DE125 MEDALHAS E SALVAS DE PRATA PELA CÂMARA DESANTO TIRSO A ATLETAS, EQUIPA TÉCNICA, DIREÇÃO DOCLUBE E DA SAD DO DESPORTIVO DAS AVES

tros investidores que nos pudessemajudar. Conseguimos e o resultadoestá à vista. Foi uma aposta certa”,declarou.

Já o presidente da SAD do Clu-be Desportivo das Aves, entidadeque gere o futebol profissional, elogi-ou a capacidade de “trabalho da equi-pa”, olhando para este momento co-mo o “início de um novo ciclo para oclube.” Relativamente à homenagemprestada pelo Município de SantoTirso, Luiz Andrade sublinha queesta receção “representa que o nossotrabalho está bem feito e que a ex-pressão Aves cada vez está maior.”

Quanto ao futuro, o presidenteda SAD confessa que “tudo está acrescer de uma forma muito rápi-da”, alertando que é preciso “ter bas-tante cuidado para que esse cresci-mento seja sustentado”. Deste modo,uma das alterações já planeadaspara a próxima época é a profissio-nalização do futebol júnior. “A par-tir de agora serão profissionais eterão um tratamento especial paraque possam trabalhar melhor e con-seguir atingir todo o seu potencial.”Realista ou cauteloso, Armando Sil-va diz que os únicos objetivos a al-cançar, para as três equipas home-nageadas é a manutenção nos cam-peonatos para os quais agora so-bem. ||||| TEXTO: PPPPPAULAULAULAULAULOOOOO RRRRR. . . . . SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

CDAVES | HOMENAGEM

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ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017 | 17

Junta recebe‘os heróis’de Vila das AvesFREGUESIA AVENSE HOMENAGEOU OSJOGADORES DA EQUIPA DE FUTEBOL SÉNIORPROFISSIONAL DO DESPORTIVO DASAVES QUE ACABARAM DE SUBIR À 1ª LIGA.

CDAVES | HOMENAGEM

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Em nome de todos os avenses, Elisa-bete Faria recebeu o Salão Nobre dajunta de freguesia o plantel, equipatécnica e elementos da direção do

Clube Desportivo das Aves para assi-nalar o feito histórico alcançado coma subida à Liga NOS.

“Vocês são os nossos protagonis-tas, os nossos heróis” enalteceu a pre-sidente da junta de Vila das Avesdurante a sua intervenção na sessãoque decorreu na manhã da passadaterça-feira, “a razão pela qual a vilaestá em festa.”

A presidente garantiu ainda que“este é um ato simbólico de agrade-cimento” e que para além da receçãoe homenagem à equipa profissionalsénior, os três outros conjuntos dodo Aves que subiram de divisão se-rão convidados “a passar pela juntapara receberem uma lembrança dajunta em nome de todos os avenses.”

O presidente do Clube Desportivodas Aves, Armando Silva salientouque “fez questão” de visitar a juntade freguesia. “Viemos com muito gos-to e com muito orgulho pela Vila dasAves”. O dirigente destacou o factode o Desportivo das Aves “estar alevar o nome da Vila das Aves bemalto. Desde o dia que subimos, osjornais, os diretos das televisões têmsido constantes, sempre como a Viladas Aves como plano de fundo.”

A sessão contou com a atuaçãodo grupo de canto da UniversidadeSénior de Vila das Aves. |||||

Junta das Aves agrade-ceu subida doclube local à 1.ª liga

HOMENAGEM REALIZOU-SENO SALÃO NOBRE NAJUNTA DE FREGUESIA DAS AVES

CD AVES | FUTSAL

Futsal deprimeiraconcretiza sonho

Ambiente fervoroso num pavilhãodo desportivo lotado para acom-panhar a anunciada subida ao prin-cipal escalão do futsal em Portugal,feito inédito na história do CD Aves.Com receção ao último classifica-do, o resultado parecia anunciado,mas a equipa da casa não facilitou,vencendo por larga margem.

Guedes abriu o marcador aos 7’para o Desportivo das Aves e TiagoPinto dilatou a vantagem para 2-0aos 12’, apenas para ver a vantagemreduzida no minuto seguinte, res-ponsabilidade de Kéké, resultadocom que se chegou ao intervalo.

O primeiro tempo nervoso tor-nou-se prelúdio para uma segun-da parte recheada de golos para aformação da casa, não sem antes

NA ÚLTIMA JORNADA DA FASE DE APURAMENTO DOCAMPEÃO DA ZONA NORTE, A JOGAR EM CASA OCD AVES NÃO DEIXOU OS CRÉDITOS POR MÃOSALHEIAS E BATEU O LAMAS FUTSAL POR 8-2,CARIMBANDO O PASSAPORTE PARA A LIGA SPORTZONE

apanhar um susto quando VítorAmorim empate a partida aos 22’.No entanto, o conjunto de HugoOliveira reagiu com prontidão.Guedes, mais uma vez, colocou oCD Aves em vantagem no marcadore daí em diante, como diria Cris-tiano Ronaldo, foi como o ketchup.Mário Faria, Rasteiro e Ismael con-cretizaram em minutos consecuti-vos, 29’, 30’ e 31’ respetivamente.Zé Rui aos 34’ e o bis Mário Fariafechou a conta aos 38’, fixando oresultado final em 8-2.

Vitória que selou o destino dofutsal do CD Aves - disputar a LigaSportzone na época 2017/2018, tero privilégio de se encontrar comos grandes e fazer parte da elite damodalidade em Portugal. ||||||

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18 | ENTRE MARGENS | 25 MAIO 2017

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CD AVES | VOLEIBOL

Guerreiras do voleibolvoam para a 2ª Divisãocom conquista da ‘Final 4’

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Explosivo é o eufemismo que podequalificar e descrever o ambiente quese vivia às 18 horas do passado do-mingo, dia 21 de maio no pavilhãodo Aves. Durante todo o ano as equi-pas de voleibol feminino do CD Avestiveram público. Mais do que em ou-tros clubes, confessavam as jogado-ras. Mas quando foi hora de recebera ‘Final 4’ do campeonato nacionalda terceira divisão, o entusiasmo atin-giu níveis estratosféricos.

A competição de três dias que jun-tou na Vila das Aves as quatro equi-pas pretendentes à subida de divi-são abriu na sexta-feira com um encon-tro muito complicado para as hostesavenses. Frente à Escola Filipa de Len-castre, cem por cento vitoriosa esta tem-porada, as comandadas de ManuelBarbosa foram obrigadas a virar umresultado desfavorável, vencendo osdois últimos sets e triunfando por 3-2. No dia seguinte, contra o Maríti-mo mostrou uma equipa avense maisdescomplexada, triunfando pela mar-gem máxima (3-0) e colocando tudoem jogo para domingo e o adversárioque as havia eliminado, SC Arcozelo.

A EQUIPA SÉNIOR DE VOLEIBOL FEMININO DO CD AVES SAGROU-SE CAMPEÃ NA-CIONAL DA TERCEIRA DIVISÃO APÓS DERROTAR O SC ARCOZELO NO DERRA-DEIRO ENCONTRO DA ‘FINAL 4’ REALIZADA NO PAVILHÃO DO DESPORTIVO DAS AVES

A formação de Vila Nova de Gaiasurgia nesta competição como favo-rita, após ser reforçada por uma jo-gadora internacional e com a vanta-gem emocional de ter arrasado oDesportivo das Aves na manga deapuramento direto para esta fase fi-nal. E o primeiro set pareceu confir-mar vantagem das visitantes. Muitodisputado é certo, mas nos momen-tos chave os pontos caíram todospara o conjunto do Arcozelo, fechan-do o set por 25-22.

O segundo set pareceu perpetuara tendência e encurtar a tarde deeuforia nas bancadas. Mas o caricatoinsurgiu-se quando, com 12-9 nomarcador, o segundo árbitro deu si-nal para interromper a partida, por‘incidentes’ vindos da bancada.Alegadamente, a equipa de arbitra-gem sentiu-se intimidada pela proxi-midade e atitude da claque “ForçaAvense” durante o decorrer da parti-da. A própria equipa do SC Arcozelochegou a recolher aos balneários,deixando as jogadoras avenses nocentro da quadra de jogo incrédulascom o que se passava.

O jogo recomeçou com a claquerelocalizada para uma das extremi-dades do pavilhão e um equilíbrio

no marcador constante. Manuel Bar-bosa ia fazendo substituições cirúr-gicas para situações de jogo especí-ficas, para o serviço ou dar mais ca-pacidade atlética no bloco, manten-do em campo as principais armas dasanfitriãs. A segunda partida foi deci-dida ao ponto, com inúmerasalternâncias no marcador até que oDesportivo se destacou na ponta fi-nal e fechou co parcial de 23-25.

Ao terceiro set o conhecimentoentre as duas equipas era total. Ospontos começaram a alongar-se e asdecisões apareciam vindas de errosde uma e de outra equipa. Nesta fasedo encontro, para além das qualida-des ofensivas reconhecidas de VeraAssunção e Victória Alves foi o blo-co avense que fez a diferença, emespecial a dupla Paloma e Joana Reis.O terceiro set fechou para as coresdo Desportivo por 20-25.

O que ficou evidente nesta faseadiantada do encontro foi a previsi-bilidade do SC Arcozelo que viveusempre da inspiração individual paracombater o francamente mais apura-do sentido coletivo do CD Aves. Oquarto set foi uma batalha, mais men-tal e física, contra o cansaço do que

técnico-tática. Uma batalha que oDesportivo soube sempre controlar emtermos de marcador, obrigando asadversárias a correr atrás do prejuí-zo. Mesmo nos momentos mais deli-cados as jogadoras avenses pareci-am saber o que iria acontecer. A per-feita harmonia entre as bancadas re-pletas e uma equipa a um passo defazer história. E não deixaram esca-par a oportunidade. Focada e deter-minada acabaram o jogo na quartapartida com o parcial 21-25.

Suor e lágrimas foram os ingredi-entes para esta vitória. Nunca se dei-xaram intimidar por quem estava dooutro lado e lutaram coletivamentepara atingir o objetivo. A secção ain-da não tem doze meses de existên-cia e já é um caso de sucesso. |||||

Suor e lágrimas foramos ingredientes paraesta vitória. Nunca sedeixaram intimidarpor quem estava dooutro lado e lutaramcoletivamente pa-ra atingir o objetivo.

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20 | ENTRE MARGENS | 11 MAIO 2017

A FECHARPróxima edição

do Entre Margensnas bancas

a 15 de junho

Uma Festa da Criança transformadaem Festival, dedicada aos mais no-vos e às famílias, com animação eatividades lúdico-pedagógicas paraum público dos 2 aos 90 anos. Dia3 de junho, entre as 10h00 e as18h00, a Câmara Municipal promo-ve a primeira edição do “Geão MiniFest”, tendo como cenário o futuroParque Urbano de Geão.

Entre as diferentes inicativas con-tam-se os desportos radicais, work-shops de experiências científicas e demarionetas de papel, jogos tradicio-nais e ainda uma “Kids Jam Session”,onde os mais pequenos são convi-dados a ser músicos por um dia.

Durante todo o dia, haverá aindaespaço para experimentar misturas desom e luz, uma instalação interativaonde todos poderão divertir-se a ex-

Geão Mini fest assinalaDia Mundial daCriança em Santo Tirso

CINEMA, TEATRO, WORKSHOPS, ATIVIDADES RADICAIS EATÉ UMA INSTALAÇÃO SONORA EM QUE OS MAIS NOVOSSÃO CONVIDADOS A FAZER MISTURAS DE SOM E LUZ. DIA 3DE JUNHO, A PARTIR DAS 10H00, A CÂMARA MUNICIPALPROMOVE O “GEÃO MINI FEST”, FESTIVAL DEDICADO AOSMAIS NOVOS MAS TAMBÉM ÀS FAMÍLIAS. A ENTRADA É LIVRE

perimentar misturas de cores e demúsicas. Destinada aos bebés e àssuas famílias, a “Bebeteca” propõe vi-ver a experiência do ovo e do nasci-mento, a partir da adaptação do livro“Um Bicho Estranho”, com sensações,músicas e histórias para descobrir.

O mundo do fantástico estará re-presentado pela “Melopeias”, umaBeatles-Battle onde o Sargento Pimen-ta e o seu pelotão partirão por paisa-gens sonoras desconhecidas, recru-tando uma pequena ajuda dos seusamigos espetadores, transfigurandoo espetáculo numa oficina de sons.O cinema também terá destaque nainiciativa, com sete curtas-metragensa ser exibidas ao longo do dia

O “Geão Mini Fest” contará ain-da com uma praça de alimentação.A entrada livre. |||||