pge notÍcias ppggee nnoottÍÍcciiaass · família os cumprimentos do pge notÍcias. notas de...
TRANSCRIPT
EX
PE
DIE
NT
E
Dr. João Furtado de Mendonça Neto
Procurador-Geral do Estado
Dr. Antônio Guido Siqueira Pratti
Subprocurador-Geral de Assuntos
Administrativos
Drª. Sonimar Fleury Fernandes de Oliveira
Subprocuradora-Geral do Contencioso
Dr. Jesus Alves Freire
Chefe de Gabinete
Drª. Luciana Daher Vieira Garcia
Superintendente de Administração e Finanças
Editoração
Danilo Viana Rabelo
Gerente de Planejamento e Qualidade
Dilza Maria Barbosa Ferreira
Jornalista e Revisora
Janaína Ferreira da Silva
Edição e Diagramação
Fotos:
Gerência de Planejamento e Qualidade
Email: [email protected]
Grafsafra (62) 3255-9988
Impressão
PGE - PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
Procuradoria Geral
do Estado de Goiás
PGE
Maio / 2007Ano III, nº25 www.pge.go.gov.br
PGE NOTÍCIASPGE NOTÍCIAS
Espaço Jurídico
A função do Estado no tratamento dos agravos resultantes da violência sexual
contra a mulher
Dr. Lucas Bevilacqua CabiancaPágina 2
Eleições para representantes de categorias
Dr. Marcelo de Souza (1ª categoria) e Drª. Maria Elisa Quacken (2ª categoria).
Setor de Agrimensura expande o uso de novas tecnologias
No Setor de Agrimensura da Procuradoria Geral do Estado de Goiás, os servidores começaram a empregar os recursos da tecnologia para tornar o trabalho mais ágil e eficiente.
Já estão sendo utilizados programas como o Autocad, o Spring e o Google Earth que auxiliam na localização de áreas e propriedades com maior precisão e rapidez. Todo esse trabalho é realizado pelo DAPA (Divisão de Agrimensura Perícia e Avaliações) e é mais uma iniciativa em busca de celeridade e bons resultados nos serviços prestados à sociedade. Página 3
O Estado de Goiás está promovendo a execução de um total de 28.610 ações em todo o Estado, envolvendo um montante de aproximadamente 9 bilhões de reais.
Este é um dos caminhos utilizados pelo Estado, para combater a sonegação fiscal e buscar a recuperação de montantes devidos por contribuintes em débito com o fisco. Página 3
Estado de Goiás, através da PGE,
promove ações de execução
Dia 4 de maio, os Procuradores do Estado de Goiás elegeram três de seus colegas para representarem categorias no Conselho de Procuradores.
Compôs a comissão eleitoral, Drª Amélia Augusta Fleury Teixeira (Presidente da Comissão), Dr. Marcelo Abdala (PPMA) e Drª Rosângela Vaz Rios e Silva (PROT). As votações se encerraram às 18h, e foram eleitos: Dr. Marcelo de Souza (Procuradoria Judicial) na 1ª categoria, Drª. Maria Elisa Quacken (Procuradoria Judicial) na 2ª ca tegor ia e Dr. Jorge Luís Pinchemel (Procuradoria Tributária) na 3ª categoria. Página 4
No mês de maio, o site da PGE entrou no ar de cara nova. A página virtual da Procuradoria passou por uma reformulação total, seus conteúdos foram atualizados e novas informações foram inseridas. O novo layout apresenta cores claras e p roporc iona uma fác i l navegação ao internauta.
O novo projeto foi desenvolvido pela Gerência de Planejamento e Qualidade da PGE em parceria com a Gerência de Sistemas, da Diretoria de Informática da AGANP. Acesse: www.pge.go.gov.br
Novo site da PGE
Marcello Terto e Silva (AGETOP)Libero Carelli Junior (PROT)Maria de Oliveira Jesus (PROSET)Paula Lopes Ribeiro (GRH)Maria Marly Rios Leite Arantes (PPMA)Mariella P. C. de Mello Medrado (PTR)Luiz Carlos de Castro Mesquita Filho (GI)Adriana Genaro Silva Viana (GI)Ana Dalva Perim de Paiva (PPMA)Irani Fernandes Caixeta (PAJ)Adriano de Miranda Barcelos (GSG)Rafael Arruda Oliveira (PROT)Iomar David (APOSENTADA)Lacy Martins Alves (AG)Valkiria Costa Souza (PJ)Idelmi José Barbosa (GSG)Gervásio Pereira Mota (PAJ)Maria de Fátima P. B. de Siqueira (PENSIONISTA)Luciene da Graca Resende Soares (PAJ)Carolina Marzola Hirata (PTR)Valéria Maria G. Toledo Gomide (PAJ)Reinaldo Braga (PAJ) Cláudio José Alves de Souza (GPC)Raimundo Donato Miranda (APOSENTADO)Adriana Pôrto Leão (PTR)Adriana Oliveira Souza (PROSET)João Leandro P. de Pina (PAJ)Ricardo Maurício Ferreira Afiune (PAJ)Rogério Oliveira Anderson (ITUMBIARA)Sandra Regina Maria F. Dantas (PTR)Gustavo Leonardo Maia Pereira (PJ)Jordi Machado (R-ANÁPOLIS)Terezinha Eterna Dutra (PAJ)Wagner Nasser (APOSENTADO)Ricardo Maciel Santana (PJ)Francisca Inácia Alves Granja (PAJ)Alessandra Peres Vilela Araújo (PJ)Anita Del Castilho Magalhães (PAJ)Marizete de A. Leite (REG. FORMOSA)Rodrigo Eugênio Matos Resende (PPMA)Sérgio Silva Leão (PAJ)João Gomes de Menezes (APOSENTADO)
PGE NOTÍCIAS
tren teE ni otm ne
4
Fique por dentro da PGE
Aniversariantes de Maio
122346788899101111121313141515161717192021212222232428282930313131313131
DiaNome
DVDJack Johnson já foi surfista e produtor de
filmes sobre o surf, mas acabou se revelando um ótimo músico com baladas gostosas de ouvir. Neste trabalho o músico traz em dois DVD´s apresentações gravadas no Japão e nos EUA, com entrevistas, bastidores, performances e muito mais.Título: A Weekend At the Greek / Live At Japan - 2 DVDsDistribuidora: Universal Music R$ 59,90
Aconteceu, no dia 4 de maio, a eleição para escolha dos procuradores que irão representar as respectivas categorias no Conselho de Procuradores.
Em cada categoria candidataram-se dois procuradores. As votações ocorreram na biblioteca da PGE e encerraram-se às 18h, sendo feita apuração dos votos logo em seguida. Todo o
Eleições na PGE
o processo foi acompanhado pela comissão eleitoral(foto) que divulgou o resultado no mesmo dia.
NasceuNathalia, filha do Procurador do Estado Murilo Nunes Magalhães e
Juliana, dia 03 de maio. Dr. Murilo está lotado na Procuradoria Trabalhista. A família os cumprimentos do PGE NOTÍCIAS.
Notas de falecimentoDia 12 de abril em Vitória-ES, o ex-Procurador do Estado, Dr. Omar
Belotti. Ele ingressou na PGE em 1º de setembro de 1967 e aposentou-se em 5 de janeiro de 1983.
Dia 2 de maio, Sr. Luiz Toshimitsu Kimura, pai do Procurador do Estado Dr. Luiz Cesar Kimura lotado na Assessoria de Gabinete.
Dia 06 de maio Srª. Idanilde Ana Garcia Rocha, mãe da Procuradora do Estado, Drª Ana Paula Guadalupe Rocha lotada na Secretaria de Educação.
Às mães, o cumprimento especial do PGE NOTÍCIAS
pelo seu dia!
formas de trabalho frente às novas tecnologias utilizadas na localização e demarcação de terras do Estado de Goiás. Esse trabalho é desenvolvido pela Divisão de Agrimensura Perícia e Avaliações (DAPA) ligado à Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público e do Meio Ambiente da PGE.
É de extrema necessidade o conhecimento dos limites de cada propriedade localizada no Estado, uma vez que, esses registros são utilizados em ações de usucapião, de desapropriação, entre outras.
Há um ano atrás, esse trabalho era realizado de forma bastante precária, pois não era possível localizar limites certos e precisos entre as propriedades, o que dificultava o andamento de processos, pois, nos autos não se encontravam informações corretas sobre cada imóvel.
Frente as inúmeras dificuldades, o DAPA optou por utilizar novas tecnologias para demarcar e fazer levantamentos do patrimônio estadual e por iniciativa dos próprios servidores começou a trabalhar com programas rápidos e mais seguros na busca de informações territoriais. “ Há um ano nós estamos utilizando programas como o Autocad, o Spring e o Google Earth que nos auxiliam na localização de terrenos. Com esses programas nós podemos facilmente localizar uma determinada área, tornando mais rápido o nosso trabalho”, afirma Sr. João Rebouças, técnico em agrimensura que está na PGE há 2 anos.
Alguns processos já chegam a Procuradoria com as coordenadas do imóvel já marcadas, o que facilita mais ainda o trabalho, bastando assim, lançar nos novos softwares para se localizar a referida região. Para fazer essas pesquisas o DAPA, além de utilizar esses novos programas, utiliza também mapas e livros de registros paroquiais, alguns datados de 1857 e 1858. Documentos estes que já compõe o patrimônio cultural do Estado de Goiás por serem tão antigos.
Sem dúvida, é um trabalho que exige esforço pois é necessário um estudo do histórico patrimonial de cada propriedade. O setor de agrimensura localiza-se na sede da PGE e conta com quatro técnicos em agrimensura que diariamente buscam melhorar suas atividades utilizando cada vez mais, novos recursos tecnológicos.
A Procuradoria Geral do Estado vem desenvolvendo diversas
PGE NOTÍCIAS 3
As ações de execução acontecem quando contribuintes não pagam seus débitos tributários com o Estado, e após regular processo administrativo de constituição do crédito tributário e inscrição na dívida ativa, o Estado ingressa com ações na justiça para receber esses valores.
A promoção desses processos tem o objetivo de combater a prática da sonegação fiscal no Estado de Goiás, e assim buscar o aumento das receitas e da arrecadação através do recebimento judicial de créditos de ICMS dos devedores.
Em alguns casos, os contribuintes renegociam suas dívidas através da Secretaria da Fazenda, suspendendo a execução fiscal até a quitação do parcelamento. Caso os acordos não sejam cumpridos a ação é retomada na justiça.
Confira na tabela ao lado, a quantidade de ações e o valor de seus montantes por regionais.
Estado de Goiás promove ações de execução contra contribuintes em débito com o erário
2 PGE NOTÍCIAS
Espaço Jurídico
saúde encontra-se jungida a regulação A presente orientação foi firmada a administrativa dos serviços oferecidos partir de consulta formulada pelo Hospital considerando que é atribuição da União a Materno Infantil, integrante da rede pública certificação e orientação da prestação de estadual de saúde, em que indagava-se a serviços médico-hospitalares pelas entidades propósito das eventuais conseqüências legais que integram o Sistema Único de Saúde. aos médicos e ao hospital, ante a recusa em
Ainda no que toca ao aspecto proceder-se a interrupção de gravidez administrativo, todavia, agora no que se refere resultante de estupro.ao profissional médico, tem-se que o Em procedimento judicial, de exercício de sua profissão encontra-se jurisdição voluntária, a gestante obteve regulado pela autarquia federal do Conselho decisão que lhe autoriza a realizar a Federal de Medicina (CFM), sendo que esse interrupção de gravidez, com supedâneo no adota por recomendação a exigência do art.128, II, do Código Penal, estando o corpo boletim de ocorrência para que se proceda clínico do hospital inseguro ante a eventual então a interrupção da gravidez. repercussão ao desatendimento da decisão
Por certo que ao mesmo passo em judicial acaso mantida a recusa em proceder-que a Constituição Federal prevê o direito se a interrupção, e também quanto eventuais fundamental à gestante de assistência médica, sanções se porventura procedido o aborto e, prevê-se também com o mesmo status de Ressalte-se que esses procedimentos foram posteriormente, verifique-se a não veracidade direito fundamental o livre exercício da adotados ad cautelam considerando que de dos fatos relatados pela gestante que se fazem profissão (art.5º, XIII, CF) que se faz acordo com o ordenamento jurídico tem-se instruídos por laudo médico, boletim de regulamentado pelo Código de Ética Médica por prescindível qualquer documentação.ocorrência e alvará judicial expedido pelo que, por sua vez, prevê a possibilidade do Quanto a eventualidade de, mm. Juiz autorizando a gestante a proceder a profissional médico recusar-se a proceder a posteriormente, revelar-se que a gravidez não interrupção da gravidez em um serviço determinado tratamento ou intervenção sob a é resultante de estupro é de considerar-se que a médico. É o breve relato dos fatos.escusa de objeção de consciência, que, legislação penal pátria dispõe que é isento de O comando da decisão judicial todavia, não contempla certamente a objeção pena o agente que incorre em erro justificado proferida autoriza a gestante a proceder a em proceder a interrupção da gravidez, nos pelas circunstâncias considerando situação interrupção da gravidez de forma que não há termos do art.128, II, do Código Penal, ante a fatídica que se existisse tornaria legítima sua imperatividade suficiente à obrigar o serviço suspeita de que a gravidez não foi resultante ação. Nesta perspectiva, considerando os público de saúde e/ou seus profissionais a de estupro. documentos acostados ao procedimento proceder a interrupção da gravidez. Todavia,
Isto é, o profissional médico tem a judicial (laudo médico e boletim de simultaneamente, há de considerar-se que liberdade de recusar-se a proceder a ocorrência) e a própria decisão judicial, tem-constitui função precípua do Estado a garantia interrupção da gravidez desde que o faça por se por presentes circunstâncias mais que dos direitos fundamentais à mulher vítima de motivo de foro íntimo (convicção religiosa, suficientes a ilidir qualquer sanção penal, nos violência sexual, não prevendo a legislação procedimento profissional, etc.), mas não em termos do art.20, § 1º, do Código Penal, cuja pátria qualquer exigência quanto à razão de suspeita de que aquela gravidez não é transcrição se faz por oportuna: “É isento de necessidade de boletim de ocorrência ou resultante de estupro, quanto ao mais quando pena quem, por erro plenamente justificado provimento judicial para realização do aborto, adotadas todas as cautelas de mister e, em pelas circunstâncias, supõe situação de fato não estando na incumbência dos profissionais nada, os elementos carreados infirmam as que, se existisse, tornaria a ação legítima”.qualquer juízo de procedência das alegações da vítima gestante. A guisa de conclusão, ao que se informações prestadas pela gestante, senão
No que trata ao aspecto penal o refere a posição dos profissionais envolvidos, vejamos:Decreto-Lei nº 2848, de 7 de dezembro de verifica-se que a interrupção da gestação no A propósito da matéria foi editada 1940, art. 128, inciso II, do Código Penal, caso em exame, em que adotadas todas as Norma Técnica- Direitos Sexuais e dispõe que a interrupção da gravidez é cautelas de estilo, faz se respaldada pelo Reprodutivos, Caderno nº4, pelo Ministério admitida quando resultante de estupro. A ordenamento pátrio, em especial, pela Norma da Saúde, em 22/03/2005, orientando sobre a legislação pátria não requer qualquer Técnica editada pelo Ministério da Saúde. prevenção e tratamento dos agravos documento para a prática da interrupção da Porventura mantida a recusa poderá haver o resultantes da violência sexual contra gravidez, salvo o consentimento da mulher, ajuizamento de ação mandamental em face mulheres e adolescentes, trazendo como que por segurança dos profissionais do dos profissionais de modo a impingir os principal novidade a não exigência da serviço público de saúde deve ser colhido por mesmos a praticar o ato (hc70010543098, apresentação do Boletim de Ocorrência (BO) escrito e anexado ao prontuário médico. Nesta TJ/RS)pelas vítimas de estupro para a realização do esteira, a gestante vítima de violência sexual Considerando que finalidade aborto legal (art.128, II, Código Penal).não tem o dever legal de noticiar o fato precípua do Estado é a garantia dos Direitos Em primeiro, no que tange ao imediatamente à polícia. Milita em favor da Fundamentais, tem-se como dever deste aspecto administrativo institucional a norma vítima, certa presunção de veracidade dos proceder à interrupção da gestação nos termos técnica em exame apesar de não ser dotada de fatos narrados de modo que incumbe às previsto em lei e de acordo com o protocolo de força normativa capaz de substituir a autoridades constituídas (Polícia, Ministério procedimentos da Norma Técnica do legislação penal em vigor, mesmo porque com Público e Judiciário) a formulação de Ministério da Saúde, independentemente de essa coincide, tem por fito orientar os serviços qualquer juízo investigatório da procedência qualquer objeção de consciência de seus públicos de saúde de modo a ampliar o acesso dos fatos. profissionais, sob pena de responsabilização e a humanização no atendimento às mulheres
No caso em exame tem-se que a pessoal e institucional. vítimas de violência sexual exercendo, assim, Polícia foi formalmente comunicada do Sendo assim, entendo que não há regulação dos serviços públicos de saúde que ocorrido, o Ministério Público manifestou-se fundamento legal para a recusa ao integram a rede do Serviço Único de Saúde favoravelmente ao procedimento e o procedimento de interrupção da gestação (SUS), nos termos da Lei nº8080/90, sendo Judiciário, ainda que por procedimento de sendo dever do Estado a garantia de expedida nos termos das atribuições jurisdição voluntária , decidiu pela tratamento dos agravos resultantes da administrativas do Ministério da Saúde. Neste autorização da interrupção da gravidez. violência sexual. aspecto, tem-se que a rede pública estadual de
A função do Estado no tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra a mulher
Servidores do DAPA tornam maisdinâmicas suas atividades
por Lucas Bevilacqua Cabianca(Procurador do Estado - lotado na Procuradoria Judicial e Professor Substituto na Faculdade de Direito da UFG)