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N° 42/2009 29/10/2009 ÍNDICE 1. Especial............................................... ..........................01 2. Notícias de Interesse da PGE............................................03 3. Legislação............................................. .........................12 4. Jurisprudências........................................ .......................15 5. Eventos, Cursos, Concursos.............................................. 16 1. ESPECIAL O ESTADO MODERNO, O SERVIDOR E O CIDADÃO Para cumprir seu objetivo de promover o bem-estar da população, o Estado precisa estar dotado de uma administração profissionalizada e fazer uso de modernas práticas de gestão pública. Não se admitem mais os resultados pífios, o desperdício, a falta de planejamento, de metas e de prioridades. O Estado eficiente é aquele que tem suas ações orientadas pelo interesse público e que transforma a arrecadação dos impostos em bens e serviços para atender as necessidades do cidadão. Em São Paulo, esses desafios tornam-se ainda mais complexos em razão das demandas sempre crescentes e do tamanho da nossa população, acima de 41 milhões de habitantes. Assim, para garantir a oferta de serviços de

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N° 42/200929/10/2009

ÍNDICE

1. Especial.........................................................................01

2. Notícias de Interesse da PGE............................................03

3. Legislação......................................................................12

4. Jurisprudências...............................................................15

5. Eventos, Cursos, Concursos..............................................16

1. ESPECIAL

O ESTADO MODERNO, O SERVIDOR E O CIDADÃO

Para cumprir seu objetivo de promover o bem-estar da população, o Estado precisa estar dotado de uma administração profissionalizada e fazer uso de modernas práticas de gestão pública. Não se admitem mais os resultados pífios, o desperdício, a falta de planejamento, de metas e de prioridades. O Estado eficiente é aquele que tem suas ações orientadas pelo interesse público e que transforma a arrecadação dos impostos em bens e serviços para atender as necessidades do cidadão.

Em São Paulo, esses desafios tornam-se ainda mais complexos em razão das demandas sempre crescentes e do tamanho da nossa população, acima de 41 milhões de habitantes. Assim, para garantir a oferta de serviços de qualidade, é fundamental dispor de uma força de trabalho valorizada, capacitada de forma contínua e estimulada a desenvolver as suas competências. Por determinação do governador José Serra, essa tem sido a diretriz implementada em relação ao quadro de servidores públicos estaduais.

Este 28 de outubro, data consagrada ao servidor público, é uma excelente oportunidade para enfatizarmos as medidas adotadas pela atual administração na área de gestão de pessoas. Desde o início de 2007, foram aprovados 59 projetos de lei do Executivo em benefício do servidor, que resultaram na valorização e na reestruturação das carreiras, com aumento salarial e absorção de 41 gratificações ao salário-base, atendendo a um pleito antigo das entidades do funcionalismo e favorecendo igualmente ativos, inativos e pensionistas.

Nesse rol de mudanças, a de maior impacto para o aperfeiçoamento dos serviços oferecidos à população foi a implantação da meritocracia no âmbito da administração.

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Começamos pela educação, estabelecendo metas anuais, indicadores de resultados e premiando com remuneração variável as equipes escolares que atingiram os objetivos contratados de melhoria da qualidade do ensino.

Contudo, não basta pagar mais para quem merece mais. É preciso criar mecanismos para estimular o servidor a se aperfeiçoar constantemente e remunerar melhor aquele que alcançar o objetivo. Foi com esse propósito que introduzimos, inicialmente nas carreiras administrativas, a promoção pelo mérito, vinculando a possibilidade de ascensão profissional à avaliação de desempenho, e não mais ao tempo de serviço no cargo.

E fomos além: aquele servidor da área administrativa que finalizar um curso de graduação ou pós-graduação e demonstrar, por meio de uma prova, que adquiriu conhecimentos além dos exigidos quando ingressou na carreira receberá aumento de 40% em seu salário-base. Outra medida importante foi a redução de mais de 4.000 cargos de confiança e a criação da certificação ocupacional para postos estratégicos de livre provimento na área da saúde e da educação. Com isso, definimos a capacidade gerencial como critério para a ocupação de cargo em comissão em substituição à indicação meramente política.

Assim, hoje, no Estado de São Paulo, quem quiser ocupar uma vaga de dirigente regional de ensino, diretor regional de saúde ou diretor de hospital público precisa passar por uma avaliação, aplicada por instituição independente, e comprovar ter os requisitos para desempenhar a função.Além de exigir conhecimento e competência dos servidores, é necessário capacitá-lo. Com auxílio da tecnologia da informação, instituímos uma rede de escolas de governo, batizada de Tec-Reg, que dispõe de 50 salas de videoconferência, espalhadas pelo Estado, para promover cursos gerenciais à distância. A promoção da saúde dos servidores também recebeu atenção especial.

O governador Serra autorizou o repasse de R$ 250 milhões ao Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) até 2010, mediante cumprimento de metas de ampliação e descentralização do atendimento. Os investimentos já permitiram aumentar fortemente a oferta de consultas e exames, além de expandir a rede de assistência médica no Estado.

Assim, o Iamspe vai se consolidando como o plano de saúde do servidor. Ainda é preciso avançar mais. Entretanto, medidas como essas certamente renderão resultados positivos para a sociedade e são a garantia de uma gestão eficiente, cujos maiores parceiros são os próprios servidores públicos.

OPINIÃOSIDNEY BERALDO, 58, GRADUADO EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS, COM PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL, DEPUTADO ESTADUAL (PSDB-SP) LICENCIADO, É SECRETÁRIO DE ESTADO DE GESTÃO PÚBLICA. FOI PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO (2003 A 2005).

Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 28/10/2009.

 

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2. NOTÍCIAS DE INTERESSE DA PGE

CONSELHO DE PROCURADORES DISCUTIRÁ XII CONCURSO PÚBLICO DA PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

O Procurador-Geral do Estado, Anderson Máximo de Holanda resolveu convocar a Quarta Sessão Extraordinária do Conselho de Procuradores do ano de 2009, para o dia 3 de novembro, terça-feira, às 15h, na sala de reuniões do CEJUR, para, dentre outros assuntos, deliberar sobre a realização do XII Concurso de Procuradores do Estado de Goiás de terceira categoria, nos termos do inc. VII, art. 7º, da Lei Complementar nº 58/2006, c/c. inc. III, art. 12, do Regimento Interno do Conselho de Procuradores do Estado de Goiás.

Maiores informações serão divulgadas no site da PGE (www.pge.go.gov.br) e da APEG (www.apeg.org.br) oportunamente.

Fonte: APEG, 28/10/2009.

SEMINÁRIO GOIANO DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Os Procuradores do Estado de Goiás que tiverem interesse em participar no I Seminário Goiano de Controle da Administração Pública, organizado pelo IDAG/ESA, que ocorrerá em Goiânia-GO, nos dias 5 e 6/11, e ainda não informaram ao CEJUR, deverão fazê-lo até o próximo dia 3/11 (terça-feira), para que possamos ultimar as inscrições. A programação completa do evento pode ser conferida no Boletim Informativo nº 38.

Fonte: CEJUR, 29/10/2009.

FÉRIAS DA PROCURADORA-CHEFE DA REGIONAL DE GOIÁS

A Gerência de Recursos Humanos da PGE informa férias da procuradora-chefe da Regional de Goiás

Nome Lotação PeríodoSelene de Fátima Ferreira Regional da Cidade de

Goiás03.11.09 a 12.11.09

I CONGRESSO GOIANO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

O Procurador do Estado de Goiás, Dr. Bruno Bizerra, ministrará palestra no I CONGRESSO GOIANO DE DIREITO CONSTITUCIONAL, abordando o tema “Questões polêmicas do controle de constitucionalidade”. O evento será nos dias 16 e 17 de novembro do corrente ano, no auditório da ASMEGO.

Participarão também do evento: Dra. Júlia Maurmann - Tema: O comunitarismo e a dinâmica do controle concentrado de constitucionalidade; Palestrante Marcelo Lamy -Tema: O princípio Democrático nos procedimentos judiciais; Palestrante Juarez Freitas -Tema: O Supremo Tribunal Federal e os objetivos fundamentais da República: desafios concretos; Dr. Tácio Gama Lacerda - Tema: Sistema Tributário Constitucional e seus desafios; Dr. João Maurício Adeodato - Tema: “Duas disfunções: sobrecarga do Direito na sociedade contemporânea e sobrecarga do judiciário do Direito Dogmático”; Dra. Christine Oliveira Peter - Tema: Os desafios de jurisdição no Estado Constitucional.

ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS DE IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO POR RESOLUÇÃO DA CAMEX É CONSTITUCIONAL

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou que não há inconstitucionalidade na fixação de alíquota de Imposto de Exportação (IE) de produtos nacionais ou nacionalizados por meio de resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex). O entendimento majoritário da Corte baseou-se no parágrafo 1º do artigo 153 da

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Constituição, segundo o qual é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados no artigo, com exceção do Imposto de Renda.

Para a maioria dos ministros do STF, o dispositivo em questão, ao referir-se ao Poder Executivo, não se restringe à pessoa do presidente da República, porque quando o constituinte desejou fazê-lo, o fez expressamente. Os ministros negaram, por maioria de votos, o Recurso Extraordinário (RE 570680) ajuizado pela Indústria de Peles Pampa Ltda., de Portão (RS), que argumentava que a fixação de alíquotas do Imposto de Exportação seria competência pessoal, privativa e indelegável do presidente da República.

Entretanto, para os ministros Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio, a competência para alterar as alíquotas de determinados tributos, entre eles o Imposto de Exportação, é privativa do presidente da República.

REPERCUSSÃO GERAL

O recurso recebeu status de repercussão geral, por sugestão de seu relator, ministro Ricardo Lewandowski, em razão da relevância econômica e jurídica da matéria. Em seu voto, Lewandowski lembrou que a Camex foi criada com competência para deliberar sobre matéria relativa a comércio exterior, seu conselho superior é composto por diversos ministros de Estado, portanto não atua arbitrariamente, mas sim discricionariamente, já que está obrigada a observar o limite máximo de alteração das alíquotas previsto no Decreto-Lei nº 1.578/77. Além disso, a Camex está ligada aos compromissos internacionais firmados pelo Brasil, em especial no âmbito da Organização Mundial do Comércio, no Mercosul e Associação Latino-Americana de Integração (Aladi). 

Fonte: Site do STF, 29/10/2009.

II PACTO REPUBLICANO: LEI QUE REGULAMENTA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO É SANCIONADA

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que regulamenta o trâmite da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO). A criação da norma é fruto do II Pacto Republicano e insere dispositivos na Lei 9.868/99 (Lei das ADIs).

Além de solucionar questões processuais próprias às ADOs, a norma define o objetivo deste novo instrumento de controle de constitucionalidade, qual seja: sanar omissões constitucionais quanto ao cumprimento de dever, imposto pela Constituição, de legislar, ou a adoção de providência de índole administrativa.

Desde que os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário assinaram o pacto, os três Poderes têm trabalhado em agenda conjunta para estabelecer novas condições de proteção dos direitos humanos fundamentais, criar mecanismos que conferem maior agilidade e efetividade à prestação jurisdicional, assim como fortalecer os instrumentos já existentes de acesso à Justiça.

Fonte: Site do STF, 28/10/2009.

ADVOGADOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE PETIÇÃO ELETRÔNICA DO STF DEVEM SE RECADASTRAR

Em decorrência de evolução tecnológica, o serviço de Petição Eletrônica do Supremo Tribunal Federal foi alterado. A partir de agora, todos os usuários deverão ter certificação digital e fazer um recadastramento no portal do STF para ter acesso ao sistema.

Os advogados terão cinco alternativas para apresentar as petições, incidentais ou iniciais: fisicamente, na Seção de Recebimento e Protocolo de Petições do STF; eletronicamente com certificação digital; pelo correio; via fax, observadas as disposições normativas pertinentes à espécie; ou, temporariamente, para o e-mail [email protected], condicionada a validade do ato à apresentação dos originais à Secretaria do Tribunal, conforme disposto na Lei 9.800/99.

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Para ter acesso ao serviço de peticionamento eletrônico, o usuário deverá observar alguns requisitos para o pleno funcionamento do sistema:

- Resolução mínima de tela de 1024 X 728 pixels;- Possuir a última versão do ambiente de execução Java, disponível em http://www.java.com/;

- Possuir certificado vinculado à cadeia da ICP-Brasil;

- Possuir instalados os certificados da cadeia de certificação específica do certificado utilizado. A partir da página do repositório da ICP-Brasil é possível encontrar estes certificados e fazer a sua instalação: http://www.iti.gov.br/twiki/bin/view/Certificacao/RepositoriodaACRaiz

Vale ressaltar que será desativado o serviço de petição eletrônica sem certificação digital, instituído pela Resolução 287/2004.

Fonte: Editora Magister, 29/10/2009.

INCLUSÃO DE DANOS MORAIS NO CONTRATO DE SEGURO POR DANOS PESSOAIS, SALVO EXCLUSÃO EXPRESSA, AGORA É SÚMULA

O contrato de seguro por danos pessoais compreende danos morais, salvo cláusula expressa de exclusão. Esse é o teor da Súmula 402, aprovada pela Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O projeto da súmula foi relatado pelo ministro Fernando Gonçalves.

A consolidação desse entendimento é consequência de vários julgamentos realizados no STJ. Ao julgar o Resp 755718, a Quarta Turma entendeu que, prevista a indenização por dano pessoal a terceiros em seguro contratado, neste inclui-se o dano moral e a consequente obrigação, desde que não avençada cláusula de exclusão dessa parcela.

Ao julgarem o Resp 929991, os ministros da Terceira Turma destacaram que a previsão contratual de cobertura dos danos pessoais abrange os danos morais tão somente se estes não forem objeto de exclusão expressa ou não figurarem como objeto de cláusula contratual independente.

Segundo os ministros, se o contrato de seguro consignou, em cláusulas distintas e autônomas, os danos material, corpóreo e moral, e o segurado optou por não contratar a cobertura para este último, não pode exigir o seu pagamento pela seguradora.

Processos: Resp 237913; Resp 929991; Resp 742881; Resp 153837; Resp 122663; Resp 131804; Resp 591729; Resp 755718. Fonte: site do STJ, 29/10/2009.

NOVA SÚMULA DISPENSA AR NA COMUNICAÇÃO AO CONSUMIDOR SOBRE NEGATIVAÇÃO DE SEU NOME

O entendimento da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça de que a notificação de inscrição em cadastro de proteção ao crédito não precisar ser feita com aviso de recebimento (AR) agora está sumulado.

Os ministros aprovaram a Súmula de número 404, que ficou com a seguinte redação: “é dispensável o Aviso de Recebimento (AR) na carta de comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e cadastros”.

A questão foi julgada recentemente seguindo o rito da Lei dos Recursos Repetitivos. Na ocasião, a Seção, seguindo o voto da relatora, ministra Nancy Andrighi, concluiu que o dever fixado no parágrafo 2° do artigo 43 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), de comunicação prévia do consumidor acerca da inscrição de seu nome em cadastros de inadimplentes, deve ser considerado cumprido pelo órgão de manutenção do cadastro

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com o envio de correspondência ao endereço fornecido pelo credor. Sendo, pois, desnecessária a comprovação da ciência do destinatário mediante apresentação de aviso de recebimento (AR). Na ocasião, os ministros determinaram que o tema fosse sumulado.

Processos: Resp 1083291; Resp 893069; AG 963026; Resp 1065096; AG 727440; AG 1019370; AG 1036919; AG 833769; AG 1001058.

Fonte: site STJ, 29/10/2009.

SÚMULA DA SEGUNDA SEÇÃO TRATA DO PRAZO PARA PEDIR O DPVAT NA JUSTIÇA

Em decisão unânime, a Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça aprovou mais uma súmula. O verbete de nº 405 trata do prazo para entrar com ação judicial cobrando o DPVAT. A nova súmula recebeu a seguinte redação: A ação de cobrança do seguro obrigatório (DPVAT) prescreve em três anos.

No precedente mais recente a embasar a nova súmula, os ministros da Seção concluíram que o DPVAT (seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres) tem caráter de seguro de responsabilidade civil, dessa forma a ação de cobrança de beneficiário da cobertura prescreve em três anos.

O relator, ministro Luis Felipe Salomão, votou no sentido que o DPVAT teria finalidade eminentemente social, de garantia de compensação pelos danos pessoais de vítimas de acidentes com veículos automotores. Por isso, diferentemente dos seguros de responsabilidade civil, protegeria o acidentado, e não o segurado. A prescrição a ser aplicada seria, portanto, a da regra geral do Código Civil, de dez anos. O entendimento foi seguido pelos desembargadores convocados Vasco Della Giustina e Paulo Furtado.

Mas o voto que prevaleceu foi o do ministro Fernando Gonçalves. No seu entender, embora o recebimento da indenização do seguro obrigatório independa da demonstração de culpa do segurado, o DPVAT não deixa de ter caráter de seguro de responsabilidade civil. Por essa razão, as ações relacionadas a ele prescreveriam em três anos. O voto foi acompanhado pelos ministros Aldir Passarinho Junior, João Otávio de Noronha e Sidnei Beneti. Esses dois últimos ressaltaram a tendência internacional de reduzir os prazos de prescrição nos códigos civis mais recentes, em favor da segurança jurídica.

Processos: REsp 1071861; REsp905210; REsp1057098; AG 1088420; AG 1133073.

Fonte: site STJ, 29/10/2009.

SÚMULA TRATA DA INDENIZAÇÃO PELA PUBLICAÇÃO NÃO AUTORIZADA DA IMAGEM DE ALGUÉM

O direito à indenização, independente de prova do prejuízo, pela publicação sem autorização da imagem de uma pessoa com fins econômicos ou comerciais agora está sumulado. A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou em sua última sessão o verbete de número 403.

A matéria sumulada teve como referência a Constituição Federal de 1988, artigo 5º, inciso V, segundo a qual “é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem”, bem como no inciso X “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

A Súmula n. 403 ficou com a seguinte redação: “Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa com fins econômicos ou comerciais”.

Em 2000, a Terceira Turma garantiu à atriz Maitê Proença o direito a receber indenização por dano moral do jornal carioca Tribuna da Imprensa, devido à publicação não autorizada de uma foto extraída de ensaio fotográfico feito para a revista Playboy, em julho de 1996. As fotos foram publicadas no mês seguinte na edição comemorativa do 21º aniversário da revista.

Para aceitar o trabalho, a atriz estipulou, em contrato escrito, as condições para cessão de sua imagem, fixando a remuneração e o tipo de fotos que seriam produzidas,

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demonstrando preocupação com a sua imagem e a qualidade do trabalho, de modo a restringir e a controlar a forma de divulgação de sua imagem despida nas páginas da revista. No entanto, em 10 de agosto o jornal carioca estampou uma das fotos, extraída do ensaio para a Playboy em página inteira, sem qualquer autorização.

Para a Turma, a atriz foi violentada em seu crédito como pessoa, pois deu o seu direito de imagem a um determinado nível de publicação e poderia não querer que outro grupo da população tivesse acesso a essa imagem. Os ministros, por maioria, afirmaram que ela é uma pessoa pública, mas nem por isso tem que querer que sua imagem seja publicada em lugar que não autorizou, e deve ter sentido raiva, dor, desilusão, por ter visto sua foto em publicação que não foi de sua vontade. Por essa razão, deve ser indenizada.

Ao julgar o Resp 1.053.534, a Quarta Turma também entendeu que a empresa jornalística Tribuna do Norte Ltda. deveria pagar uma indenização de R$ 30 mil a Roberta Salustino Cyro Costa por erro na publicação de coluna social. O jornal publicou, em dezembro de 2006, uma foto dela ao lado de um ex-namorado com a notícia de que ela se casaria naquele dia, quando, na verdade, o homem da foto se casaria com outra mulher. A publicação foi feita na coluna Jota Oliveira.

Os ministros, seguindo o voto do relator, ministro Fernando Gonçalves, entenderam que Roberta foi vítima de grande desconforto e constrangimento ao ter sua foto publicada ao lado do ex-namorado. Segundo o relator, é evidente que o público frequentador da coluna social sabia se tratar de um engano, mas isso não a livrou de insinuações.

Já em 2008, em julgamento do Resp 1082878, a Terceira Turma manteve decisão que obrigou a Editora Globo S/A a pagar uma indenização no valor de R$ 5 mil ao ator Marcos Pasquim, por danos morais decorrentes da publicação em 2006 de uma foto dele beijando uma mulher desconhecida, fato que teria provocado consequências para sua família e abalado seu casamento.

Para a relatora, ministra Nancy Andrighi, a doutrina e a jurisprudência são pacíficas no sentido de entender que pessoas públicas ou notórias têm seu direito de imagem mais restrito que pessoas que não ostentem tal característica. Em alguns casos, essa exposição exagerada chega a lhes beneficiar. Entretanto, afirmou a ministra, nesse caso ficou caracterizado o abuso no uso da reportagem. Se fosse apenas um texto jornalístico relatando o fato verdadeiro ocorrido, desacompanhado de fotografia, desapareceria completamente o abuso de imagem, mas não se pode ignorar que a imagem foi feita com o propósito de incrementar a venda da revista.

Processos: Eresp 230268; Resp 138883; Resp 85905; Resp 270730; Resp 1082878; Resp 331517; Resp 267529; Resp 1053534.

Fonte: site STJ, 29/10/2009.

BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA PARA PESSOA JURÍDICA EXIGEM PROVA REAL

Para a pessoa jurídica receber os benefícios da Justiça Gratuita, deve apresentar prova real de sua incapacidade de pagar as custas do processo. O entendimento que prevaleceu na Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi iniciado pelo ministro Castro Meira e acompanhado pela maioria dos ministros.

A empresa Unicon Engenharia e Comércio Ltda. entrou com ação contra o município de Rondonópolis (MT) para o pagamento de serviços prestados. Após a condenação do município, a empresa requereu os benefícios da Justiça Gratuita. Alegou que suas atividades se encontrariam paralisadas, não tendo condições financeiras de arcar com as custas do processo. O pedido foi negado em primeira instância, o que foi mantido pelo Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT). O tribunal entendeu que pessoas jurídicas deveriam demonstrar a real necessidade da gratuidade e que, além disso, a empresa estaria sendo representada por advogados particulares.

A Unicon entrou com medida cautelar no STJ requerendo que a cobrança das custas fossem suspensas, alegando o risco da extinção da execução. Pediu ainda a suspensão da decisão do TJMT até a execução do débito. A relatora, ministra Eliana Calmon, acatou o pedido, considerando que pessoas jurídicas teriam direito à suspensão dos custos processuais. Ela também apontou que foi apresentada documentação comprovando que a empresa teria tido suas atividades paralisadas.

No seu voto-vista, entretanto, o ministro Castro Meira apontou que não haveria

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comprovação suficiente que a empresa seria incapaz de arcar com os custos do processo. O ministro destacou que a Unicon teria comprovado apenas a paralisação de suas atividades e não a sua falência. O ministro ponderou que, para ser concedido o efeito suspensivo ao recurso, deveria haver o fumus boni iuris (aparência, fumaça do bom direito), o periculum in mora (perigo em caso de demora na decisão) e viabilidade jurídica do pedido.

Para o ministro, para determinar se empresa teria real necessidade da Justiça Gratuita o STJ teria que reexaminar matéria fática, o que é vedado pela Súmula 7 do próprio tribunal. “Dessarte, a aparente inviabilidade do recurso especial, leva-me a divergir da relatora para concluir que a cautelar deve ser indeferida e o processo extinto”, completou. O restante da turma acompanhou o entendimento do ministro.

Fonte: Site do STJ, 28/10/2009.

AUTORIDADE COATORA, EM MANDADO DE SEGURANÇA, É A AUTORIDADE MÁXIMA DA ADMINISTRAÇÃO QUE SE PRETENDE ATACAR

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ratificou entendimento de que, nos casos em que se discute, em mandado de segurança, qual seria a autoridade coatora, deve-se indicar o presidente do órgão ou entidade administrativa e não o executor material da determinação que se pretende atacar. Esta tem sido uma dúvida que com frequência tem se apresentado ao STJ.

Ao avaliar o caso, o ministro Jorge Mussi, relator da matéria, reforçou que prevalece no STJ a compreensão de que o mandado de segurança no qual se discute a legalidade de ato a ser praticado pela Administração em consequência de decisão da Corte de Contas (TCDF) deve indicar como autoridade coatora o seu Presidente, e não o mero executor material da determinação acoimada de ilegal.

Ao negar provimento ao recurso, a Quinta Turma reconheceu a ilegitimidade passiva da autoridade executora (no caso o Secretário de Fazenda) e determinou ser o presidente do órgão (TCDF) a autoridade coatora correta a ser indicada em mandado de segurança. Manteve, assim, o entendimento do acórdão do TJDFT.

Fonte: Site do STJ, 27/10/2009.

STJ MANTÉM DECISÃO QUE ANULOU QUASE R$ 10 MILHÕES EM HONORÁRIOS

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça manteve decisão que excluiu o pagamento de cinco por cento de honorários advocatícios na liquidação de uma sentença estipulada em cerca R$ 200 milhões. Por unanimidade, a Turma reiterou que na hipótese dos autos tal pagamento importaria em bis in idem, já que na fase de conhecimento os honorários foram fixados em 15% sobre o valor da condenação, valor equivalente a quase R$ 30 milhões.

No caso em questão, o Estado do Paraná foi condenado pela venda de títulos de domínio sobre imóvel rural que pertencia à União e não ao Estado. A indenização incluiu o valor da terra nua, além de perdas e danos apurados em liquidação de sentença. Os honorários foram fixados em 20% do valor da condenação.

Em grau de apelação, o Tribunal de Justiça reduziu o percentual dos honorários para 15% do montante apurado e de mais 5% no processo de liquidação, sem prejuízo dos honorários fixados no processo de conhecimento. O Estado recorreu ao STJ, alegando que a parcela de 15% fixada na sentença condenatória seria suficiente para remunerar o trabalho realizado pelos advogados das partes contrárias, não cabendo a arbitragem de novos honorários na fase de liquidação.

Na ocasião, a Primeira Turma do STJ, em processo relatado pelo ministro Francisco Falcão, acolheu o recurso e excluiu os cinco por cento da liquidação por entender que o montante da condenação possibilitou um valor bastante elevado para os honorários e que a fixação de novos honorários implicaria verdadeiro bis in idem [dupla penalidade]. A decisão foi mantida em embargos de declaração que foram rejeitados.

A AAP - Atlântico Agropastoril Ltda. e Paulo Roberto Lopes embargaram novamente contra o acórdão. Dessa vez, os embargos de declaração foram relatados pelo ministro

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Hamilton Carvalhido, que os acolheu sem efeitos modificativos. O voto foi acompanhado por unanimidade.

Fonte: Site do STJ, 27/10/2009.

LANÇAMENTO DE TRIBUTOS POR ARBITRAMENTO É MÉTODO EXCEPCIONAL E SÓ DEVE SER USADO NOS CASOS PREVISTOS EM LEI

A 8ª Turma desta Corte decidiu, em apelação cível relatada pela desembargadora federal Maria do Carmo Cardoso, que “o lançamento por valor arbitrado é método excepcional de apuração da obrigação tributária, e somente deve ser utilizado se constatados os requisitos legais para tanto”.

A empresa apelante teve o valor de contribuições previdenciárias arbitrado pela Fazenda ao argumento de que houve omissão da empresa, responsável solidária, que não exigiu a comprovação do pagamento feito pelo prestador dos serviços de construção, tendo apresentado guias de recolhimento que não possuíam, no campo devido, a empresa tomadora de serviços, ficando impossível, para o Fisco, aferir o vínculo entre as empresas e o respectivo cumprimento da obrigação tributária.

A perícia contábil, contudo, constatou que o valor das contribuições apuradas pela empresa fora calculado com base nas notas fiscais emitidas pelas empresas que lhe prestaram serviços, as quais, na sua maioria, efetuaram os pagamentos das contribuições incidentes sobre folhas de salários.

Segundo a desembargadora relatora, o laudo pericial atestou a viabilidade de se aferir, ainda, o recolhimento da exação a partir das guias de recolhimento fornecidas pelas empresas prestadoras de serviços.

Esclareceu que não houve recusa ou sonegação de documentos e informações por parte da embargante, nem constatação, pela fiscalização, de que a contabilidade não tenha registrado o movimento real de remuneração dos segurados a seu serviço.

Concluiu a relatora que a documentação apresentada pela empresa embargante merece, então, análise mais detida, haja vista a excepcionalidade que o método de aferição indireta comporta e pelos fortes indícios quanto à duplicidade da exigência fiscal.

Conforme o voto da desembargadora, apesar de haver responsabilidade solidária da embargante, o arbitramento dos valores, sem a prévia verificação da regularidade do pagamento pelas empresas prestadoras de serviço macula a Notificação de Lançamento de Débito (NFLD), visto que a responsabilidade do dono da obra pelas contribuições previdenciárias é subsidiária à do construtor. AC 2008.01.99.039946-4/MG.

Fonte: Editora Magister, 29/10/2009.

JEFS UNIFORMIZAM DECISÃO SOBRE CONVERSÃO DE REGIMES NA APOSENTADORIA

A Turma Regional de Uniformização (TRU) dos Juizados Especiais Federais (JEFs) da 4ª Região, em julgamento realizado na última semana, decidiu, por unanimidade, que é possível a conversão de serviço especial em comum, mesmo após 28/05/1998, quando entrou em vigor a Medida Provisória nº 1.663-10.

Conforme a relatora, juíza federal Ivanise Rodrigues Perotoni, a Constituição Federal assegura a adoção de critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria a segurado sujeito a condições especiais de trabalho, mesmo após alterações posteriores pelas emendas constitucionais números 20 e 47. A Turma frisou ainda o fato de continuar em vigor o parágrafo 5º do artigo 57 da LBPS, pois a revogação dele pela MP referida não foi mantida quando feita a conversão para a Lei 9.711/98. IUJEF 2007.72.95.009899-2/TRF.

Fonte: Editora Magister, 29/10/2009.

CELG É CONDENADA A PAGAR MULTA À UNIÃO POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ

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A Celg Distribuição S/A foi condenada em primeiro grau a pagar à União multa por litigância de má-fé correspondente a 1% do valor atribuído à causa e ao ressarcimento de despesas com honorários contratuais, além do pagamento dos honorários de sucumbência. O valor da causa foi arbitrado em R$ 56 mil.

A empresa havia ajuizado ação anulatória de débito fiscal porque foi autuada por contratar empregados sem concurso público, para exercer a atividade-fim da autora.

Segundo a juíza Alciane Carvalho, da 2ª Vara do Trabalho de Goiânia, que proferiu sentença (Processo nº 1033/2009), a Celg é devedora, na verdade, de vários débitos oriundos de desrespeito às normas trabalhistas e ajuizou várias ações na Justiça do Trabalho pedindo a anulação dos autos de infração expedidos por auditores fiscais.

No entanto, a magistrada relata que a empresa ajuizou diferentes ações em que constava o mesmo nº de auto de infração, o que resultou na análise de um mesmo caso por diversos juízos. De acordo com a juíza, a confusão, proposital ou não, do número dos autos de infração, também ensejou a concessão de antecipação de tutela para liberação à autora de expedição de certidão negativa de débito, o que seria indevido diante dos outros débitos existentes.

Assim, ela considerou que a empresa agiu de má-fé e ainda determinou que os autos sejam encaminhados ao Ministério Público do Trabalho para que tome as providências cabíveis em relação à prática de terceirização de atividade-fim.

Fonte: Editora Magister, 29/10/2009.

RESOLUÇÃO DO CNJ REGULAMENTA TRANSIÇÃO EM TRIBUNAIS

A transição no comando dos tribunais de todo o país será regulamentada por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovada em sessão plenária do CNJ. O objetivo é fornecer aos dirigentes eleitos informações necessárias à elaboração e implantação dos seus programas de gestão. A medida contribuirá para a continuidade administrativa nos tribunais. De acordo com a resolução, proposta pelo conselheiro Marcelo Nobre, os eleitos poderão indicar formalmente a equipe de transição - incluindo o coordenador e membros de todas as áreas do tribunal - que terá acesso aos dados referentes à administração em curso. O processo de transição terá início com a eleição dos dirigentes do tribunal e só termina com a posse dos eleitos. A eleição acontecerá, no mínimo, 60 dias antes do fim do mandato do antecessor.

Relatório - Caberá aos dirigentes em exercício entregar aos eleitos um relatório com informações sobre o planejamento estratégico, a estatística processual, o resumo do trabalho das comissões permanentes e de projetos, caso existam, e o orçamento especificando as ações e programas em andamento, incluindo pedidos de créditos suplementares.

O relatório incluirá o detalhamento da estrutura organizacional do tribunal, com dados sobre pessoal, cargos providos, vagos, inativos, pensionistas e contratados temporariamente. O documento deverá ter, também, a relação dos contratos em vigor e prazos de vigência, as sindicâncias e processos administrativos disciplinares internos e a situação atual das contas do Tribunal junto ao Tribunal de Contas da União. Esse relatório terá que ser entregue em até 10 dias depois da eleição. A resolução prevê, ainda, que os dirigentes em exercício disponibilizem espaço e equipamentos para a equipe de transição

Fonte: Site Editora Magister, 28/10/09.

LEI PARA ALUGUEL DE IMÓVEIS PODERÁ TER VÁRIAS MODIFICAÇÕES

As regras e os procedimentos de locação de imóvel urbano poderão ser modificados com a aprovação pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em caráter terminativo, de projeto do deputado José Carlos Araujo, que altera a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/91).

A relatora da matéria (PLC 140/09), senadora Ideli Salvatti, observou a necessidade de alteração da legislação após 18 anos de vigência. Entre os aspectos positivos da proposta, para um setor que envolve cerca de sete milhões de contratos de locação comerciais e residenciais, ela destacou a maior segurança jurídica para aqueles que

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dispõem de imóveis para alugar e o amplo direito de defesa ao locatário, ao mesmo tempo que agiliza os processos de retomada de imóvel quando o pagamento não é efetuado. A média nacional para esse procedimento é de 14 meses, informou a relatora.

As modificações, em sua avaliação, poderão contribuir para a redução do déficit habitacional no país, calculado em torno de 8 milhões de moradias. Atualmente, disse ela, cerca de três milhões de imóveis estão fechados pelo receio dos proprietários de inseri-los no mercado imobiliário. Esse temor afeta inclusive, como explicou aqueles proprietários de imóveis adquiridos como fonte extra da renda, sobretudo para os mais idosos.

A nova legislação também contemplará, segundo a senadora, condições para os fiadores que não mais desejam permanecer nessa condição.

ALTERAÇÕES

Uma das alterações prevê que, nos casos de dissolução do vínculo conjugal ou da união estável, o prosseguimento da locação com o cônjuge ou companheiro que permanecer no imóvel aplica-se somente a locações residenciais e não mais a qualquer aluguel.

Nos casos de dissolução familiar ou de morte do locatário, o fiador poderá exonerar-se de suas responsabilidades, no prazo de 30 dias após a comunicação daquele que responderá pelo aluguel, mas ficará responsável pelos efeitos da fiança durante 120 dias após ter sido notificado pelo locador.

Para dar maior garantia ao locador e exonerar a empresa fiadora que passa por crise financeira, será assegurado ao locador o direito de exigir novo fiador caso este ingresse no regime de recuperação judicial.

O locador também poderá exigir a substituição da garantia em caso de prorrogação da locação por prazo indeterminado e se o fiador notificar sua intenção de desonerar-se de sua obrigação.

Outra modificação objetiva reforçar entendimento já tradicional do direito brasileiro de que inclusive a cessão da locação de caráter não-residencial somente é lícita quando autorizada pelo locador.

Quanto aos procedimentos para agilizar a retomada do imóvel, o projeto estabelece que, assim que julgada procedente a ação, o juiz determinará a expedição do mandato de despejo, do qual constará o prazo de 30 dias (já previsto na legislação) para a desocupação voluntária.

UNANIMIDADE

Aprovada por unanimidade, a proposta recebeu elogios dos senadores. O senador Gim Argelo afirmou que o projeto atende à realidade do mercado de imóveis no país. O senador Francisco Dornelles disse acreditar que as modificações vão adaptar a lei ao momento atual e contribuir não somente para o mercado de locação, mas para a indústria imobiliária.

Fonte: Site Editora Magister, 29/10/2009.

JUÍZES SÃO INVESTIGADOS POR LIBERAR MULTAS MILIONÁRIAS NO MA

A Corregedoria do TJ (Tribunal de Justiça) do Maranhão ordenou a abertura de processos administrativos disciplinares contra sete juízes que atuam em quatro das nove varas cíveis de São Luís (MA), conforme informa reportagem de Rubens Valente, publicada pela Folha de São Paulo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, na maioria dos casos, os juízes aplicaram multas contra bancos e fundos de pensão por supostas decisões não cumpridas, bloquearam o dinheiro nas contas dos réus e, em seguida, liberaram os recursos sem que o beneficiado pela decisão apresentasse "caução idônea", ou seja, garantia de que, caso perdesse o processo, pudesse restituir os valores.

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Fonte: Jornal Folha de São Paulo, 28/10/2009.

3. LEGISLAÇÃO

LEI FEDERAL

Atualizado em 28.10.2009

Nº da Lei Ementa

12.063, de 27.10.2009 Publicada no DOU de 28.10.2009

Acrescenta à Lei no 9.868, de 10 de novembro de 1999, o Capítulo II-A, que estabelece a disciplina processual da ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 

12.062, de 27.10.2009 Publicada no DOU de 28.10.2009

Altera a Lei no 9.875, de 25 de novembro de 1999, para dar a denominação suplementar Rodovia Ulysses Guimarães - Trecho Carlos Joffre do Amaral ao trecho que menciona da Rodovia BR-282. 

12.061, de 27.10.2009 Publicada no DOU de 28.10.2009

Altera o inciso II do art. 4o e o inciso VI do art. 10 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para assegurar o acesso de todos os interessados ao ensino médio público. 

12.060, de 23.10.2009 Publicada no DOU de 26.10.2009

Dispõe sobre a criação de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, destinados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 

12.059, de 23.10.2009 Publicada no DOU de 26.10.2009

Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Defesa, crédito especial no valor de R$ 2.108.400.000,00, para os fins que especifica, e dá outras providências. Mensagem de veto

DECRETO NUMERADO

Nº do DecretoEmenta

6.993 de 28.10.2009Publicado no DOU de 29.10.2009

Altera os arts. 8º e 12 e os Anexos VII, VIII, IX e X do Decreto no 6.752, de 28 de janeiro de 2009, que dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder Executivo para o exercício de 2009.

6.992 de 28.10.2009Publicado no DOU de 29.10.2009

Regulamenta a Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para dispor sobre a regularização fundiária das áreas rurais situadas em terras da União, no âmbito da Amazônia Legal, definida pela Lei Complementar no 124, de 3 de janeiro de 2007, e dá outras providências.

6.991 de 27.10.2009Publicado no DOU de 28.10.2009

Institui o Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecentros.BR, no âmbito da política de inclusão digital do Governo Federal, e dá outras providências. 

6.990 de 27.10.2009Publicado no DOU de 28.10.2009

Regulamenta o art. 71 da Lei no 11.941, de 27 de maio de 2009, que trata da adjudicação de ações pela União, para pagamento de débitos inscritos na dívida Ativa que acarrete a

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participação no capital social de sociedade empresarial devedora. 

6.989, de 23.10.2009Publicado no DOU de 26.10.2009

Dispõe sobre a criação do Consulado-Geral do Brasil em Istambul, na República da Turquia. 

6.988, de 21.10.2009Publicado no DOU de 22.10.2009

Dispõe sobre o remanejamento de cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS e altera o Anexo II ao Decreto no 5.135, de 7 de julho de 2004, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas da Casa Civil da Presidência da República.

6.987, de 20.10.2009Publicado no DOU de 22.10.2009

Dá nova redação ao § 2o do art. 2o do Decreto no 4.622, de 21 de março de 2003, que dispõe sobre a Medalha de Serviço Amazônico. 

6.986, de 20.10.2009Publicado no DOU de 20.10.2009 - Edição extra

Regulamenta os arts. 11, 12 e 13 da Lei no 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, para disciplinar o processo de escolha de dirigentes no âmbito destes Institutos. 

6.985, de 20.10.2009Publicado no DOU de 20.10.2009 - Edição extra

Dá nova redação ao art. 4o do Decreto no 3.524, de 26 de junho de 2000, que regulamenta a Lei no 7.797, de 10 de julho de 1989, que cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente. 

LEIS ORDINÁRIAS ESTADUAIS

Nº Ementa D.O.

16.748Trata do combate à transmissão vertical de AIDS, mediante a adoção de medidas preventivas à gestante

28-10-2009

16.747 Institui o Dia Estadual do Plantio de Árvores Nativas 28-10-2009

16.746Introduz alteração na Lei nº 14.248, de 29 de julho de 2002, que dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos

28-10-2009

16.745 Autoriza a transferência do recurso financeiro que especifica 23-10-2009

16.742 Declara de utilidade pública a entidade que especifica 21-10-2009

16.741 Declara de utilidade pública a entidade que especifica 21-10-2009

16.740 Declara de utilidade pública a entidade que especifica 21-10-2009

16.739Convalida e revigora o Fundo Rotativo da Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira –AGEPEL– e dá outras providências

21-10-2009

16.738Autoriza o Poder Executivo a receber em doação onerosa o imóvel que especifica, do Município de Indiara

21-10-2009

16.737 Altera a Lei nº 16.284, de 25 de junho de 2008, que autorizou o Poder Executivo a contratar operação de

21-10-2009

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crédito junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento –BID–, no âmbito da Linha de Crédito CCLIP – PROFISCO, e a oferecer as garantias que especifica

LEIS DELEGADAS ESTADUAIS

Nº Ementa D.O.

11Convalida os atos administrativos pertinentes à vantagem que especifica e dá outras providências.

23-10-2003

10

Institui funções comissionadas no âmbito da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo e fixa os valores das gratificações que lhes são correspondentes.

22-10-2003

09Inclui o Reitor da Universidade Estadual de Goiás nas disposições da Lei Delegada que especifica.

20-10-2003

08Cria unidades administrativas complementares nos órgãos e nas entidades que especifica e dá outras providências.

20-10-2003

4. JURISPRUDÊNCIAS

PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL PREVIDENCIÁRIA. INATIVOS E PENSIONISTAS. ILEGALIDADE DOS DESCONTOS. AUTORIDADE COATORA. GOVERNADOR E SECRETÁRIO DE ESTADO. ILEGITIMIDADE AD CAUSAM. INAPLICABILIDADE DA TEORIA DA ENCAMPAÇÃO. 1. O STJ possui entendimento consolidado no sentido da ilegitimidade do Governador e do Secretário de Estado para figurarem como autoridades coatoras em Mandado de Segurança que impugna ato de desconto de proventos e de pensões, pela autarquia incumbida de administrar o serviço previdenciário. 2. Hipótese em que não se aplica a teoria da encampação. 3. Embargos de Divergência providos.(EREsp 865.391/BA, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/10/2009, DJe 22/10/2009)

PROCESSUAL CIVIL. MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. ILEGITIMIDADE ATIVA DA AUTORIDADE COATORA. CARÊNCIA DE AÇÃO. FALTA DE ATAQUE AOS FUNDAMENTOS DO ACÓRDÃO RECORRIDO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. 1. Hipótese em que o Tribunal de origem extinguiu o writ sob o fundamento de ilegitimidade passiva ad causam da autoridade apontada como coatora, porquanto "a solicitação de desembaraço aduaneiro – ato da competência da Autoridade Federal – não poderia ser endereçada à Secretária de Estado da Fazenda, órgão integrante da Administração Pública Estadual". Asseverou que "o Mandado de Segurança, ainda que preventivo, deve ser fundado em justo receio, que não pode ser apenas pressuposto, mas traduzido em atos concretos que evidenciem sua objetividade e atualidade, o que não demonstrou o impetrante, de plano, com a inicial".2. Nas razões do recurso especial, o recorrente limitou-se a alegar ofensa ao art. 11, I, "d" e "e", da Lei Complementar 87/1996 ao argumento de que "no caso concreto, houve verdadeira confusão entre o local da ocorrência do fato gerador da obrigação".3. Não se pode conhecer do Recurso Especial pela alínea "a" do permissivo constitucional, se faltar ao dispositivo de lei indicado como violado comando suficiente para infirmar os fundamentos do acórdão recorrido, conforme disposto na Súmula 284/STF, aplicada por analogia.4. Agravo Regimental não provido.(AgRg no Ag

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1154285/MG, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/10/2009, DJe 09/10/2009)

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. CREDENCIAMENTO DE CURSO DE GRADUAÇÃO. COMPETÊNCIA DO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR ATRIBUÍDA PELO ART. 4º, § 2º, DO DECRETO N. 5.773/2006. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. EXTINÇÃO DO FEITO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO. 1. Trata-se de mandado de segurança dirigido contra ato atribuído ao Ministro de Estado da Educação consubstanciado na exigência de apresentação de comprovantes de regularidade fiscal no processo de reconhecimento do curso de enfermagem oferecido por instituição de ensino superior, na forma imposta pelos arts. 15, I, alíneas "d" e "e", e 21, I, ambos do Decreto n. 5.773, de 9/5/2006. 2. A autoridade indicada como coatora não possui competência para a prática do ato supostamente lesivo ao direito do impetrante, na medida em que o art. 4º, § 2º, do Decreto n. 5.773/2006 atribui ao Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação competência para apreciar os processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação. 3. Sendo o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação o responsável pelos atos procedimentais na seara administrativa tendentes a aprovar o credenciamento de cursos de graduação, configura-se a ilegitimidade do Ministro de Estado da Educação para figurar no pólo passivo da lide. 4. Mandado de segurança extinto sem julgamento do mérito. (MS 14.471/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 23/09/2009, DJe 01/10/2009).

5. EVENTOS, CURSOS E CONCURSOS.

 

Apresentação

Período25, 26 e 27 de novembro de 2009

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Coordenação CientíficaProf. Paulo Modesto (BA)Profa. Kaline Davi (BA)

Promoção Instituto Brasileiro de Direito Público – IBDP

Apoio Escola da AGU

LocalSalvador - BA

Auditório Fernando Pessoa do Hotel Pestana

OrganizaçãoLato Sensu Eventos

 

APRESENTAÇÃO

O debate sobre o controle público, realizado por órgãos integrantes da própria Administração ou por entidades e órgãos externos, tem amadurecido nos últimos anos no Brasil. Parte do ciclo de gestão, prévio, concomitante, preventivo ou posterior e repressivo, o controle tem sido relevante instrumento de combate à corrupção na área pública e de aperfeiçoamento da análise de custos e desempenho de entidades administrativas. O controle não se limita, atualmente, apenas a conferência do cumprimento das formas e procedimentos legais, voltando-se, com renovado interesse, à avaliação do desempenho de órgãos e entidades do Estado e da efetiva aplicação dos recursos públicos.

Insuficiente, para alguns; excessivo, para outros; o controle público apresenta especificidades que poucas vezes são tratadas de modo abrangente. A variedade de formas orgânicas da Administração, que reúne entidades de direito público e de direito privado, parece exigir que diferenciações também sejam feitas, quanto ao objeto e a intensidade de controle, conforme a natureza dos entes avaliados. Por igual, a multiplicidade dos órgãos de controle, sugere a conveniência de uma definição mais precisa sobre os limites de atuação de cada órgão ou entidade, sob pena da ocorrência de contradições e superposições que paralisam ou colocam em estado de perplexidade entidades cujo papel básico é agir e transformar a realidade.

Todos esses temas ganharam nova atualidade com a divulgação, em julho de 2009, do texto integral do Anteprojeto de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração, elaborado após dezoito meses de debates por comissão de juristas constituída pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil, com o objetivo de promover ampla reformulação da organização e funcionamento do aparato administrativo do Estado. No anteprojeto, além de um novo enquadramento das entidades estatais, diversos temas pendentes de regulamentação foram objeto de disciplina normativa (vg. contrato de autonomia, transformação da personalidade de entidades públicas, regime jurídico das entidades estatais de direito privado, regime das subsidiárias das entidades públicas). Temas novos também foram introduzidos, com reflexos diretos no funcionamento de controle público (vg. conferência de serviços, disciplina do controle social, contrato de colaboração do Poder Público com terceiro setor, entre outros assuntos).

Para abordar essa ampla e inovadora temática, o II Congresso Brasileiro de Controle Público reunirá em Salvador, durante três dias, renomados agentes públicos e alguns dos mais destacados especialistas do país para uma avaliação pluralista e abrangente da atuação do controle público no Brasil no plano federal, estadual e municipal, e a reforma da organização administrativa brasileira, constituindo o primeiro debate público abrangente sobre o novo Anteprojeto de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta,

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Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.  

 

PalestrantesMINISTRO PAULO BERNARDO (DF)

LUIZ ALBERTO DOS SANTOS (DF)

MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO (SP)

ALMIRO DO COUTO E SILVA (RS)

RONALDO JORGE ARAÚJO VIEIRA JÚNIOR (DF)

RITA TOURINHO (BA)

JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (RJ)

EDITE HUPSEL (BA)

MARIA COELI SIMÕES PIRES (MG)

PAULO MODESTO (BA)

HUMBERTO MARTINS (DF)

DURVAL CARNEIRO NETO (BA)

ALICE GONZALEZ BORGES (BA)

SÉRGIO DE ANDRÉA FERREIRA (RJ)

KALINE DAVI (BA)

ALEXANDRE ARAGÃO (RJ)

FLORIANO DE AZEVEDO MARQUES NETO (SP)

LUIZ ARNALDO DA CUNHA JUNIOR (MG)

MARCELO VIANA ESTEVÃO (DF)

CARLOS ARI SUNFELD (SP)

FRANCISCO GAETANI (DF)

MINISTRO JORGE HAGE SOBRINHO (DF)

MINISTRO UBIRATAN DE AGUIAR (DF)

 Programação

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DIA 25 – NOVEMBRO – 2009 – QUARTA-FEIRA

   

08:00 – 09:00 CREDENCIAMENTO

09:00 – 12:00 CONFERÊNCIAS DE ABERTURATEMA CENTRAL: TRANSFORMAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E O CONTROLE PÚBLICO.

Conferencistas:

MINISTRO PAULO BERNARDO (DF) – AS TRANSFORMAÇÕES DO ESTADO E A IMPORTÂNCIA DE UMA NOVA LEI DE ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA.

Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil.

LUIZ ALBERTO DOS SANTOS (DF) – PROBLEMAS DA ATUAL LEGISLAÇÃO ORGÂNICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SEUS IMPACTOS NO CONTROLE PÚBLICO.

Subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República. Mestre em Administração. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela UNB.

MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO (SP) – DIRETRIZES, RELEVÂNCIA E AMPLITUDE DO ANTEPROJETO DE LEI QUE ESTABELECE NORMAS GERAIS SOBRE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA, ENTIDADES PARAESTATAIS E ENTIDADES DE COLABORAÇÃO.

Professora Titular de Direito Administrativo da USP-SP. Coordenadora da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração. Advogada.

 

12:00-14:00 Intervalo para Almoço

14:00- 16:00TEMA CENTRAL: DECRETOS DE ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DIRETA E AUTÁRQUICA – FLEXIBILIDADE NA ORGANIZAÇÃO – CONFERÊNCIAS DE SERVIÇO E CONTROLE PÚBLICO

Conferencistas:

ALMIRO DO COUTO E SILVA (RS) – A ADMINISTRAÇÃO DIRETA E AS AUTARQUIAS: AUTARQUIAS ESPECIAIS, AGÊNCIAS REGULADORAS E AGÊNCIAS EXECUTIVAS: O QUE MUDA NO ANTEPROJETO DE LEI DE ORGANIZAÇÃO.

Professor da Pós-Graduação em Direito da UFRS. Especialista em Direito Administrativo pela Universidade de Heidelberg. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

RONALDO JORGE ARAÚJO VIEIRA JÚNIOR (DF) – FLEXIBILIDADE DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – DECRETOS DE ORGANIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA E CONFERÊNCIAS DE SERVIÇO.

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Consultor-Geral da União.

Debates 

16:00-16:30 Intervalo para Café

16:30 - 19:00 TEMA CENTRAL: CRESCIMENTO DA AGENDA ORGANIZATÓRIA, AS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR E O CONTRATO DE COLABORAÇÃO.

Conferencistas:

RITA TOURINHO (BA) – DISCIPLINA DAS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR NO ANTEPROJETO DE NOVA LEI DE ORGANIZAÇÃO.

Promotora de Justiça do Estado da Bahia. Professora de Direito Administrativo da Faculdade Jorge Amado e EMAB. Mestre em Direito Público pela UFPE.

JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO (RJ) – O PROCESSO DE ESCOLHA DE PARCEIROS DO TERCEIRO SETOR PELO PODER PÚBLICO – A PROPOSTA DE SELEÇÃO POR CHAMAMENTO PÚBLICO.

Professor da Universidade Federal Fluminense. Mestre pela UFRJ. Procurador de Justiça aposentado. 

EDITE HUPSEL (BA) – O CONTRATO DE COLABORAÇÃO DO PODER PÚBLICO COM ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR.

Professora de Direito Administrativo da UCSAL. Procuradora do Estado da Bahia.

Debates 

DIA 26 – NOVEMBRO – 2009 – QUINTA-FEIRA

   

09:00 – 12:00 TEMA CENTRAL: PLANEJAMENTO, ARTICULAÇÃO, COORDENAÇÃO E CONTROLE DE DESEMPENHO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Conferencistas:

MARIA COELI SIMÕES PIRES (MG) – PLANEJAMENTO E ARTICULAÇÃO DA AÇÃO GOVERNAMENTAL.Secretária Adjunta de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana de Minas Gerais. Professora de Direito Administrativo na UFMG. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

PAULO MODESTO (BA) – CONTRATO DE AUTONOMIA: AUTOVINCULAÇÃO, FLEXIBILIDADE E CONTROLE DE RESULTADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Professor de Direito Administrativo da UFBA. Presidente do Instituto Brasileiro de Direito Público - IBDP. Membro e Secretário Geral da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

HUMBERTO MARTINS (DF) – COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA,

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EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE DO ESTADO.

Doutor em Administração. Ex-Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil. Professor da EBAPE/FGV e da Fundação Dom Cabral. Consultor em Gestão.

Debates  

12:00-14:00 Intervalo para Almoço

14:00- 16:00 TEMA CENTRAL: AS ENTIDADES PARAESTATAIS: SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS E OS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL

Conferencistas:

DURVAL CARNEIRO NETO (BA) – OS CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL – AS DECISÕES DO STF NAS ADINS 1717-6 E 3.026-4 E AS DISPOSIÇÕES DO ANTEPROJETO DE NOVA LEI DE ORGANIZAÇÃO.

Juiz Federal na Bahia. Mestre em Direito Público pela UFBA. Professor de Direito Administrativo da UFBA.

ALICE GONZALEZ BORGES (BA) – OS SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS E SEU REGIME JURÍDICO.

Professora Titular de Direito Administrativo da Ucsal Presidente do IDAB. Advogada.

 

16:00-16:30 Intervalo para Café

16:30 - 19:00 TEMA CENTRAL: FUNDAÇÕES ESTATAIS DE DIREITO PRIVADO E TRANSFORMAÇÕES DE ENTIDADES ESTATAIS

Conferencistas:

SÉRGIO DE ANDRÉA FERREIRA (RJ) – AS FUNDAÇÕES ESTATAIS E AS FUNDAÇÕES ESTATAIS DE DIREITO PRIVADO.

Professor Titular de Direito Administrativo da UERJ. Ex-Curador de Fundações do Ministério Público Estadual. Desembargador Federal, aposentado. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

KALINE DAVI (BA) – EVOLUÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DOS TRIBUNAIS SUPERIORES SOBRE AS FUNDAÇÕES ESTATAIS DE DIREITO PRIVADO – APLICAÇÃO DO MODELO PARA A ÁREA DE SAÚDE.

Advogada da União, Mestra em Direito Público pela UFBA, Doutoranda pela Université Montesquieu Bordeaux IV - France.

ALEXANDRE ARAGÃO (RJ) – TRANSFORMAÇÕES DE ENTIDADES ESTATAIS: FUNDAÇÃO ESTATAL PARA FUNDAÇÃO NÃO ESTATAL; FUNDAÇÃO DE APOIO EM FUNDAÇÃO ESTATAL.

Professor Doutor em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo - USP. Mestre em Direito Público pela UERJ. Procurador do Estado e Advogado no Rio de Janeiro.

Debates 

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DIA 27 – NOVEMBRO – 2009 – SEXTA-FEIRA

   

09:00 – 12:00 TEMA CENTRAL: SUPERVISÃO E CONTROLE INTERNO E EXTERNO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

Conferencistas:

FLORIANO DE AZEVEDO MARQUES NETO (SP) – SUPERVISÃO E CONTROLE DAS ENTIDADES ESTATAIS – INSTRUMENTOS INOVADORES E OS LIMITES DA ATUAÇÃO DOS ÓRGÃO DE CONTROLE.

Professor Direito Administrativo da USP e FGV. Doutor em Direito pela USP. Advogado. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

LUIZ ARNALDO DA CUNHA JUNIOR (MG) – APERFEIÇOAMENTOS NECESSÁRIOS AO SISTEMA DE CONTROLE PÚBLICO – A VISÃO DO GESTOR.

Consultor de Gestão. Ex-Diretor da Agência Nacional de Saúde Complementar e ex-subsecretário de Gestão do Estado de Minas Gerais.

MARCELO VIANA ESTEVÃO (DF) – MECANISMOS DE CONTROLE DE EFICIÊNCIA E EFETIVIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA.

Secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil.

Debates  

12:00-14:00 Intervalo para Almoço

14:00- 16:00  TEMA CENTRAL: O ESTATUTO BÁSICO DAS EMPRESAS ESTATAIS E O CONTROLE PÚBLICO.

Conferencistas:

CARLOS ARI SUNDFELD (SP) - AS EMPRESAS ESTATAIS E O REGIME JURÍDICO COMUM DAS ENTIDADES ESTATAIS DE DIREITO PRIVADO – NORMAS DE ESPECIAIS DE LICITAÇÃO E COMPETITIVIDADE DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS.

Doutor em Direito. Professor de Direito Administrativo da PUC-SP e da Escola de Direito da FGV-SP. Presidente da Sociedade Brasileira de Direito Público. Advogado. Membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do Anteprojeto de Lei de Normas Gerais sobre Administração Pública Direta e Indireta, Entidades Paraestatais e Entidades de Colaboração.

FRANCISCO GAETANI (DF) – GOVERNANÇA E FLEXIBILIDADE DE ATUAÇÃO DAS ENTIDADES EMPRESARIAIS DO ESTADO.

Secretário Executivo Adjunto do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do Brasil. Doutor em Political Science pela London School of Economics, LSE, Inglaterra.

Debates 

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16:00-16:30 Intervalo para Café

16:30 - 19:00 CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO

TEMA CENTRAL: O CONTROLE INTERNO E EXTERNO – SEUS DESAFIOS PARA A NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Conferencistas:

MINISTRO JORGE HAGE SOBRINHO (DF) - MODIFICAÇÕES NA LEGISLAÇÃO NECESSÁRIAS AO APERFEIÇOAMENTO DO CONTROLE INTERNO.

Ministro de Estado do Controle e da Transparência do Governo Federal. Mestre em Administração Pública pela University of Southern California e em Direito Público pela UNB.

MINISTRO UBIRATAN DE AGUIAR (DF) – O PAPEL DO TCU NO APERFEIÇOAMENTO DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE CONTROLE.

  Inscrições

CATEGORIA até 24/10/2009 após 24/10/2009 após 05/11/2009 Empenho

Profissionais R$ 600,00 R$ 700,00 R$ 800,00 R$ 800,00

Informaçõeswww.direitodoestado.com.br/cp

(71)21015246

08007075246

Informativo CEJUR, ANO IV, Nº 42/2009. 29.10.2009.

ELABORAÇÃO:Valentina Jungmann Cintra - Procuradora-Chefe do CEJUR Kaio Bessa - Estagiário de Direito.