pág. 8 dr de diana - jornal comércio do seixal e sesimbra · 2020. 11. 20. · diana pÁg. 2 e 3...

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Publicidade REPORTAGEM Junta de Freguesia da Quinta do Conde, mantém os mesmos apoios financeiros ao movimento associativo no ano de 2021. Pág. 8 DESPORTO Cancelamento e adiamento de treinos, competições e eventos, impactam fortemente a formação de jogadores. Pág. 15 Publicidade Publicidade Semanário Sexta-feira | 20 de novembro 2020 | Ano XIV | N.º 422 Diretora: Joana Rosa O FADO DE DIANA PÁG. 2 E 3 CULTURA Músico, compositor, cantor e professor licenciado em Educação Musical, Mário Barradas concorre ao EDP Tanto Fado. Pág. 16 COMÉRCIO E SESIMBRA DO SEIXAL DR DR DR

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    REPORTAGEMJunta de Freguesia da Quinta do Conde, mantém os mesmos apoios financeiros ao movimento associativo no ano de 2021.

    Pág. 8

    DESPORTOCancelamento e adiamento de treinos, competições e eventos, impactam fortemente a formação de jogadores.

    Pág. 15

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    SemanárioSexta-feira | 20 de novembro 2020 | Ano XIV | N.º 422 Diretora: Joana Rosa

    O FADODEDIANA PÁG. 2 E 3

    CULTURAMúsico, compositor, cantor e professor licenciado em Educação Musical, Mário Barradas concorre ao EDP Tanto Fado.

    Pág. 16

    COMÉRCIOE SESIMBRA

    DO SEIXAL

    DR

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  • EDITOR, REDAÇÃO E PUBLICIDADERua Bernardim Ribeiro, nº 392840-270 SeixalTelm. 969 856 802 Telf. 210 991 683 [email protected] Estatuto Editorial em:http://jornalcomerciodoseixalesesimbra.wordpress.comFacebook: Comércio do Seixal e Sesimbra

    Diretora Comercial: Ângela RosaPaginação: Sofia RosaRepórter: Fernando Soares Reis 4164 AColaboradores: Agostinho António Cunha, Carmen Ezequiel, Dário Codinha, Fernando Fitas 1843A, Ivo Lebre, João Araújo, José Carvalho, José Mantas, José Sarmento, Manuel Matias, Margarida Vale, Maria Vitória Afonso, Mário Barradas, Miguel Boieiro, Paulo António CO-924A, Paulo Geraldo, Paulo Nascimento, Pinhal Dias, Rui Hélder Feio, Vitor Sarmento.

    Impressão: Funchalense – Empresa Gráfica, S.A.Rua da Capela N. S.ª da Conceição, 50 – Morelena – Pêro PinheiroTiragem: 15.000 exemplaresO «Comércio» não se responsabiliza nem pode ser responsa-bilizado pelos artigos assinados pelos colaboradores. Todo o conteúdo dos mesmos é da inteira responsabilidade dos res-petivos autores.

    Diretora: Joana Rosa TE-544ARegisto do título: 125282 Depósito Legal: N.º 267646/07Propriedade: Ângela RosaEditor: Cruzada de Letras, Lda.Contribuinte N.º 514 867 060

    2 | ENTREVISTA

    Como Eng.ª Civil a minha função consiste na fiscalização de obras, o que nem sempre ocorre em horários “nor-mais”, requerendo muita concentra-ção e disciplina. Por isso, para manter o melhor equilíbrio entre estas duas vidas, costumo atuar cerca de três vezes por semana.

    Posso dizer que me sinto privilegiada por conseguir conciliar estas duas pai-xões.

    Assumimos que nesta fase esteja a ser complicado apresentares o teu tra-balho ao vivo, mas habitualmente onde é que te poderíamos ouvir?

    Sim é verdade. Atualmente tem sido um desafio enorme para qualquer artista realizar espetáculos ao vivo, no entanto durante esta pandemia, tive o privilégio de participar em duas gran-des iniciativas, uma promovida pela CM Seixal e outra pela Junta de Freguesia de Corroios. A iniciativa da CM Seixal, chamada “Abril à Janela”, contou com a colaboração de vários artistas locais e consistia em levar a cultura à rua dos munícipes do Concelho, numa tenta-tiva de devolver a alegria às pessoas que se encontravam em confinamento.

    Quando é que começa esta paixão pela música, mais especificamente pelo Fado?

    A música despertou em mim uma paixão desde muito cedo, embora que de uma forma descomprometida e sem que tivesse um real propósito.

    Foi só aos 25 anos que descobri que o fado fazia realmente parte da minha essência, o que para mim foi uma sur-presa. Nunca tive por hábito, a facilida-de de expressar os meus sentimentos, no entanto quando tive a oportunida-de de cantar o Fado pela primeira vez, senti cada palavra do poema como se tivesse sido vivido por mim e desde então, sempre que canto, tento passar a mensagem do poema da forma mais fidedigna possível, para que o público consiga sentir o mesmo que eu sinto enquanto canto.

    O “Comércio” sabe que a tua área de formação é Engenharia Civil, como é que uma Engenheira coordena a sua vida profissional com a música?

    É um desafio que não é fácil, tudo depende da forma como consigo orga-nizar-me e gerir o meu tempo.

    Relativamente ao convite da Junta de Freguesia de Corroios, tive a honra de fazer o concerto de abertura da inicia-tiva “Agosto Cultura 2020” que promo-veu um conjunto de atividades culturais envolvendo novamente artistas locais. É importante frisar, que ambas as iniciati-vas cumpriram sempre todas as normas de segurança decretadas pela DGS.

    Já habitualmente, estaria a cantar todas as terças-feiras como fadista resi-dente no Fora de Moda, em Alfama, e ocasionalmente como parte do elenco de outras casas de fado, tais como o Café Luso (Bairro Alto), o Timpanas (Alcântara) e A Severa (Bairro Alto).

    De que forma é que ser a grande vencedora do EDP Tanto Fado, pode-ria mudar a tua vida?

    Diria que esta é daquelas oportuni-dades que são únicas e inesquecíveis, na medida em que este concurso me pode dar a oportunidade de gravar um álbum com a Sony Music Portugal e subir ao palco EDP Fado Café na próxi-ma edição do festival NOS Alive, que é como todos sabem um dos maiores fes-tivais de música, com grandes artistas nacionais e internacionais. O concurso

    inclusivamente, sendo recente, tem bas-tante dimensão e projeção, não só pelos prémios, mas também pelas entidades que nele estão envolvidas.

    Para mim, que penso já há alguns anos em gravar um álbum, é como rea-lizar um sonho de uma vida. Porque todo o artista musical sonha em pro-duzir o seu trabalho discográfico, seja ele físico ou digital, podendo alcançar outros patamares. É nesse sentido que julgo que ser a vencedora deste concur-so poderia impulsionar a minha carrei-ra artística.

    É a primeira vez que concorres a um concurso com esta dimensão/projeção? Ou já houve outras tentativas de vingar no Fado anteriormente?

    Já houve algumas tentativas. A pri-

    meira aconteceu após 6 meses da minha estreia no Fado. Inscrevi-me no 6º Encontro de Fados de Almada em 2012, onde fui a vencedora e tive logo a opor-tunidade de gravar o master de EP com 5 temas, dos quais três tinham um poe-ma inédito. Lamentavelmente nunca cheguei a editar este EP, talvez por fal-ta de conhecimentos e alguma inexpe-riência no meio musical, porém trouxe

    Diana Soares Diana Soares, a “nossa” Fadista, concorre ao EDP Tanto Fado, com o objetivo de realizar um sonho. Um sonho que segundo esta “pode estar a um clique de se poder concretizar”.Descobriu o Fado, já em adulta, mas defende esta paixão como parte da sua essência. Espera agora, que todos os que possam ouvir o seu trabalho se revejam nele e que, caso não tenham descoberto o Fado, consigam através deste género musical perceber o que se faz a nível Cultural no nosso Concelho.

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  • | 20 de novembro de 2020 | 3

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    uma projeção musical que me permitiu atuar em várias noites de Fado.

    Em 2013 venci também o V Concur-so de Fado Amador de Setúbal, que me deu a oportunidade de atuar na Feira de Sant’Iago, e em 2015 participei no Concurso de Fado de Vila do Bispo, que me valeu um honroso 4º lugar.

    O que é que dirias a um leitor que está indeciso sobre votar em ti?

    Não nasci no fado, mas descobri que este faz e sempre fará parte da minha vida, pois é nele que eu expresso todos os meus sentimentos e entrego a minha alma. No fundo é a forma onde real-mente me encontro como pessoa e onde me entrego de coração.

    Enquanto Fadista, nascida no Con-celho, cabe-me também a promoção e divulgação do Fado entre gentes da nossa Terra e, quem sabe, dar a conhe-cer a um público mais vasto, um pouco daquilo que se faz no nosso Concelho a nível Cultural.

    A vida é feita de sonhos e são esses sonhos que nos movem a vida. Este sonho pode estar a um clique de se poder concretizar, por isso conto com o apoio de todos para passar à próxima fase do concurso.

    Agradeço a todos pela disponibili-dade e carinho que têm demonstrado.

    Para quem ainda não teve a oportu-nidade de me ouvir e conhecer o meu trabalho artístico, deixo um convite a seguirem-me no meu canal do Youtu-be www.youtube.com/user/disoarso e a acederem ao link do concurso https://portugal.edp.com/pt-pt/edptantofado/fadista/diana-soares para votarem, caso me considerem merecedora desse voto de confiança.

    Ivo Lebre

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  • 4 | CULTURA | 20 de novembro de 2020

    COMO ALTERAR A MORADA NO TÍTULO

    DE PROPRIEDADE AUTOMÓVEL

    PELA INTERNET

    Se tem necessidade de alterar a mo-rada no título de propriedade auto-móvel e ainda tem o título de registo de propriedade e o livrete do auto-móvel irá descobrir que os dois do-cumentos irão ser fundidos num só.Na realidade, qualquer alteração a um destes dois documentos será pre-texto suficiente para a emissão do documento único automóvel (tam-bém chamado certificado de matrí-cula) que os substituirá.Como alterar a morada do título de propriedade automóvel?Mas como pedir a mudança de mora-da (residência ou sede da empresa no caso de um veículo detido por uma empresa)? Uma das hipótese para al-terar a morada no título de proprie-dade automóvel é o tradicional re-curso às visitas aos balcões regionais do Instituto Nacional de Registos e Notariado incluindo as várias lojas do cidadão existentes. Outra mais expedita mas que pressupõem algu-mas condições de partida é o recurso ao sítio Automóvel Online. Também encontrará informação no Portal da Justiça.Se tem o Cartão do Cidadão, o PIN de autenticação, um leitor para o car-tão e já instalou o software adequado ao seu sistema operativo (pode pes-quisar nesta página e descarregar a versão correta do software do cartão do cidadão) tudo se simplifica. Bas-tará escolher a opção que se ajusta à alteração ao registo de propriedade que quer fazer e preencher os formu-lários que lhe serão apresentados no computador.Terminado esse processo restar-lhe-á pagar os emolumentos utilizando o código de multibanco que lhe é indi-cado e está feito. Poderá utilizar um serviço de homebanking (banca dire-ta via computador) para pagar e dar sequência ao processo. Ao fim de al-guns dias o novo documento ser-lhe--á entregue na morada de residência que indicou no sistema.Mas tome nota, não se esqueça de garantir que cumpriu todos os pas-sos. Por exemplo, ter o cartão do cidadão, o respetivo PIN e o leitor pode não ser suficiente. Sem o soft-ware adequando instalado pode não conseguir concluir o processo online.É provável que em breve o serviço Chave Móvel Digital esteja também disponível.

    Fonte: www.economiafinancas.com

    Escolha os serviços de um profissio-nal, contacte o Solicitador.Envie a sua questão para: [email protected]

    Rostos do SeixalPADRE MANUEL MARQUES (1921 - 2007)

    se dirige um jornal que se chama A Tribuna do Povo, um nome suspeito, que se publica na margem esquerda do Tejo, uma zona suspeita, é impresso a vermelho, uma cor suspeita e, ainda por cima, as oficinas que o fazem chama-se Ala Esquerda ?" Funda ainda o Jornal de Almada (2.ª Série) em 1954.

    É de sua iniciativa alguns trabalhos importantes para o seu povo. acompa-nhando-os nos piqueniques junto ao Rio Judeu / Baía do Seixal, em festas e auxiliando no que fosse necessário para o bem da comunidade .

    De entre a sua dedicação aos amo-renses, deve-se a ele a criação do Cen-tro de Assistência Paroquial de Amora (CAPA), uma instituição pioneira na assistência social, com papel muito rele-vante no apoio a famílias de parcos recursos, particularmente durantes as

    Mário Barradas

    Natural de Paialvo, no concelho de Tomar, ingressou aos doze anos no Seminário de Santarém, seguindo--se Almada e Olivais, sendo ordenado em 1944 na Sé de Lisboa. Lecionou em Almada de 1944 a 1947 e de 1961 a 1964 a disciplina de Religião e Moral Católica na Escola Emídio Navarro, sen-do pároco da Igreja de Nossa Senhora do Monte Sião, em Amora, entre 1947 e 1954, onde criou o Diário da Paróquia de Amora e fundou o jornal A Tribuna do Povo, cuja redação funcionou várias décadas na Praça Luís de Camões, no Seixal. Enquanto diretor d'A Tribuna do Povo, fez frente ao caquético regime de Salazar, sendo conhecia a resposta da Censura aquando de uma chamada de atenção do Padre Manuel Marques por ser interrompido por estes: "Como Vossa Reverência quer que o tratemos,

    Os ARRAIS, hoje cada vez mais raros, eram os MESTRES responsáveis pela navegabilidade das antigas embar-cações tradicionais do Tejo, maiorita-riamente fragatas e varinos.

    Nestes antigos barcos de carga, apetrechados de velame próprio e propulsionados pela energia do ven-to, o ARRAIS ia ao leme acomodado no compartimento da popa a dirigir as manobras e as rotas que levavam a embarcação aos destinos pretendidos.

    Faziam parte igualmente da tripu-lação das fragatas e varinos mais dois ou três homens (um ou dois camaradas e um moço), que garantiam para além do içar e do recolher das velas, todo um conjunto de operações de apoio à nave-gação e ao transporte de cargas. Estes outros tripulantes operavam essencial-mente sobre o compartimento da proa.

    Enquanto não foi feita a Ponte 25 de Abril, navegavam na grande

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    ArraisRui Hélder FeioSolicitador

    O VOZEIRO

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    “autoestrada” do Tejo centenas destas embarcações que efectuavam as mais diversificadas mercadorias maioritaria-mente entre a Capital e a Margem Sul. Numa das imagens vemos cinco varinos carregados de cortiça no velho cais da Fábrica Mundet - Seixal.

    Na fotografia ao alto o antigo arrais João Malacuto (residente em Corroios) ao leme do seu varino «Laranjeiro».

    Na fotografia a baixo, à direita, o arrais Zé “Palhinhas”, ao leme do anti-go bote de fragata «Gaivotas», a pri-meira embarcação tradicional do Tejo recuperada pelo Município do Seixal.

    No núcleo histórico da cidade do Seixal existe também a «Travessa dos Catraeiros», os homens que antigamen-te tripulavam os catraios, pequenas embarcações tradicionais do Tejo, mais utilizadas no transporte de pessoas.

    Manuel Lima

    décadas de 1950 e 60, continuando hoje em pelo exercício de funções e recor-dando assim a preseverança e dedica-ção deste pároco para coma freguesia de Amora e o concelho do Seixal.

  • | 20 de novembro de 2020 PUBLICIDADE | 5

  • 6 | OPINIÃO | 20 de novembro de 2020

    A idade é apenas um númeroUm destes dias um escritor, de quem

    nunca tinha ouvido falar e provavel-mente a maioria das pessoas que têm o hábito de ler como eu também não, deci-diu soltar umas declarações bem polé-micas. Dizia ele que só se sentia atraído por mulheres de 25 anos e que as de 50 anos não podiam ser amadas. Claro que são dois assuntos bem distintos e since-ramente acredito que o senhor só queria era publicidade, o que conseguiu.

    Era ler inúmeros insultos ao cavalhei-ro e a indignação era generalizada. Com razão. Sentir atracção é uma circunstância e amar é outra bem diferente. Deve ser a veia poética do senhor que está assim para o desgastado. Até posso entender que ele veja as mulheres como corpos só que se esqueceu que são pessoas e podem não o considerar nada atraente. Se ele se acha o melhor de todos é porque o seu ego está inchado. Mas isto é apenas um detalhe.

    Toda esta situação me fez lembrar a bisavó duma antiga colega minha. Era uma senhora fora do comum e muito avançada para o seu tempo. Quando a conheci já tinha ultrapassado os 100 anos mas quem olhasse para ela diria que era assim para o entradote mas não mais que 70 anos. Pessoa dotada de uma clarivi-dência extraordinária, criou os netos e bisnetos como se fossem os seus bens mais preciosos. A minha colega era a mais nova de todas e estava na sua primeira gravi-dez, ainda cheia de incertezas e receios.

    Conduzia melhor que muitos profissio-nais e nunca tinha tido nenhum acidente. Claro que não tinha carta de condução mas como nunca a tinham abordado nesse sentido esteve confortável nesta ilegalida-de estúpida, como me dizia vezes sem con-ta. Dispensava o uso de óculos e via mesmo bem. Conseguia ler a uma distância enor-me e não queria "aquelas cangalhas nas ventas" que só serviam para estorvar.

    A sua indumentária variava entre Mary Quant, Coco Chanel e a costurei-ra do bairro. De estilos diversos e muito

    coloridos era uma alegria para a vista. Muitas vezes lhe segredei que, quando fosse grande, queria ser como ela. Não tenho falhado a promessa e as cores são as minhas grandes amigas. As saias ficavam-se pelo joelho quando não o dei-xavam a descoberto. Decotes bem gene-rosos acompanhavam-nas de muito boa vontade. E saltos altos que "mulheres são para dar nas vistas".

    Era uma pessoa adorável. Desabrida na linguagem e nos relatos, libertava tudo o que lhe apetecia e contava, para quem quisesse ouvir, que quando era nova tinha dormido com quase todos os homens importantes de Lisboa. Se dúvidas hou-vesse, relatava pormenores e detalhes dos corpos dos ditos senhores para averigua-ção futura. O que me divertia com ela! Nunca entendi como é que a bisneta era uma puritana cheia de manias com uma bisavó de mente tão aberta. Coisas da vida.

    Os lábios, de vermelho vivo assim como as unhas, eram a sua imagem de marca. Os dentes, volta não volta, levavam uma besuntadela mas até lhe dava graça. Feliz-mente que o apetite não a largava e "mar-chava tudo bem regadito com tinto para dar um ar saudável". Limpava sempre "as beiças" com muita delicadeza e voltava a retocar a cor que até lhe sabia melhor. Já a conheciam há muito e aquelas frescu-ras eram vistas como excentricidades. Um autêntico delírio como devem imaginar.

    Fazia voluntariado em muitas institui-ções e levava "os velhos ( de 60 e 70 anos ) a dar passeios que não sabem conduzir". Sabia imenso sobre cães, gatos e os pássa-ros eram a sua conversa preferida. Anda-va sempre a tentar encontrar donos para bichos errantes e conseguia bons donos que os cuidavam à séria. Ia verificar como esta-vam os bichinhos e os seus olhos enchiam--se de lágrimas quando falava deles.

    Referia-se aos médicos como se fos-sem uma espécie de diabos disfarçados de pessoas. As suas experiência negati-vas tinham-na deixado de pé atrás com

    aqueles senhores de bata branca. Não lhe consegui arrancar a origem de tanto ódio mas sabendo como era tenho a cer-teza que foi mesmo grave. Levá-la a uma consulta era um drama em vários actos e tinha que ser preparado com uma certa antecedência. Sempre com umas palavri-tas menos simpáticas.

    Vendia saúde e nem uma constipação a derrubava. Quase não dormia por isso podia-se contar com ela para tudo. Quan-do se combinava uma hora para algo sabia--se logo que ela estava chegar ao ouvir o chanato velho que conduzia com imenso prazer. Afirmava que era uma relação de amor e que tinham vivido muitos anos juntos. Entendo-a perfeitamente. Tam-bém me ligo a algumas peças que acabam por ter uma relação simbólica e afectiva.

    Conversar com ela era uma melodia forte mas agradável. Os palavrões saíam à vontade e compunham as frases dando-lhe mais som e tom. E quem estivesse mal que se mudasse que ela era mesmo assim, pura e dura. Talvez por já não ter avós liguei--me imenso a ela e gostava tanto dela como se fosse minha. Na verdade ela confessava--me que a bisneta era uma deslambida e que tinha saído ao lado pior da família. Depois ríamos com imensa vontade.

    Um dia telefonou a avisar que ia che-gar atrasada porque tinha que deixar ficar "os velhos no lar porque não sabem estar em casa". Claro que eram conversas da treta pois tratava-os muito bem e a sua acção era sempre louvada. Não sei expli-car mas aquele telefonema deixou-me apreensiva. A bisneta estava num dia mau e precisava de fazer um exame médico. O meu coração deu um pulo e tive uma epifania, algo não estava a bater certo.

    Tinha razão no meu sentir,. Fui a últi-ma pessoa a falar com ela, a ouvir a sua voz. Morreu na estrada. O seu coração decidiu parar e deve ter sentido a falha pois guinou o volante e foi bater contra uma árvore. Tudo isto aconteceu numa hora complicada. Como não chegava

    Batalha Naval de DIU, 3 de fevereiro de 1509O enclave de Diu era uma pequena

    parcela de território, praça-forte e ilha, com o território na desembocadura do rio Vançoso com pouco mais de 38,8 quilómetros quadrados onde se inclui ainda o território de Gongolá e Simbor (Forte de Santo António ou forte Pani Kota) a leste cerca de 25 km, com cerca de 1 km2 de superfície. Como se pode constatar no máximo eram 50 km2. Este território faz parte do Estado da Índia que incluiria também os enclaves de Dadrá e Nagar Aveli, Damão e Goa.

    Sem batalha esse território foi doado a Portugal em 1535 pelo Sultão Bahadur Xá de Guzarate, pelo apoio dado por Portugal nos combates contra o Grão Mongol de Deli.

    De 22 de julho a 11 de agosto de 1954 Dadrá e Nagar Aveli foram ocupados pela União Indiana, onde morreram 2 militares e o governador.

    O Estado da Índia, composto por Goa, Damão e Diu terminou, ocupados pela União Indiana, num combate que decorreu entre os dias 17 e 19 de dezembro de 1961. Nesse combate pereceram 31 militares, 57

    ficaram feridos, 4668 foram aprisionados e foi afundado um navio da armada portuguesa, o aviso Afonso de Albuquerque. O último governador do Estado Português da Índia foi Manuel António Vassalo e Silva (6-1-1899 – 11-8-1985).

    Mas voltemos â batalha de Diu. Uma vasta armada cercou Diu. Dela faziam parte o Reino Samorim de Calecut; o Sultanato de Guzarate; o Sultanato Burgi do Egipto - Mamelucos; os Turcos - Otomanos; apoio da Sereníssima Republica de Veneza; apoio da Republica Ragusa (actual Dubrovnik na Croácia) e marinheiros da Republica Marinheira de Amalfi – Amalfitanos, situada na costa sul de Nápoles. Esse cerco tinha como objectivo aniquilar os portugueses e passar a controlar o comércio que se fazia em Diu.

    Essa esquadra multinacional era constituída pelas forças seguintes: - 10 Naus; 6 Galés; 30 Galés pequenas; 120 a 150 pequenos navios de guerra; 450 Mamelucos; 4500 Guzarates; e outros marinheiros embarcados de suporte à navegação.

    A armada ao serviço do Rei de Portugal, Dom Manuel I (Alcochete

    31-5-1469 – Lisboa 13-12-1521), 14º Rei de Portugal e dos Algarves de 25-10-1495 a 13-12-1521, era comandada por Dom Francisco de Almeida (1450 – 1-3-1510), Vice-rei da Índia e tinha as forças seguintes: - 9 Naus (uma delas, a Flor do Mar, que naufragou no estreito de Malaca em 20 de novembro de 1511, quando levava para o reino o saque obtido em Malaca); 6 Caravelas; 2 Galés; 1 Bergantim; 1200 soldados dos quais 400 eram indus-naires.

    Desta batalha, considerada a maior batalha naval da idade média, foram capturadas 3 bandeiras reais que estão no espólio nacional guardadas no Convento de Cristo, em Tomar. A melhor arte de manobrar os navios portugueses, aliados ao melhor armamento de bordo que tinha maior alcance e também aos explosivos, permitiu a Portugal ficar senhor dos mares Arábico, as entradas para norte no golfo Pérsico e no Mar Vermelho, no Canal de Moçambique e todo o norte do Oceano Índico conquistando sucessivamente, entre outras, praças como Colombo (em 1505);

    Mombaça (em 1505), Mascate (em julho de 1507), Socotorá (em 1507), Ormuz (em 1507 e 1515), Curiate (em 1507); Soar (em 1507); Corfação (em 1507); Goa (em 1510) e Malaca (em 1511), Quiloa (em 1512), até que as forças conjugadas da Companhia das Índias Orientais (Países Baixos e Inglaterra) e depois a União Indiana, ocuparam esses lugares tão cobiçados. Quem visitar a Turquia, e disser que é português, decerto que ouvirá dizer “nós… o povo turco (antigo Império Otomano), somos nómadas e em terra mandamos nós, mas no mar falem com os portugueses”.

    Como tenho dito noutros artigos: - Todos os Impérios caíram de podres e este também caiu.

    Depois caíram outros … impõe-se agora a pergunta: - Quando chegará a vez da pátria do Tio Sam? Minada e corroída por dentro já ela está.

    Manuel Matias

    Margarida Vale

    disse à minha colega para ir de táxi que depois a bisa iria lá ter. Nunca aconteceu.

    Mais uma vez fui a portadora das más notícias. Uma nuvem negra cobriu aque-la rapariga que entrou numa profunda depressão. Era o seu porto seguro que naufragava e a deixava à deriva. A casa ficou com um enorme vazio e nem saber que pequenos pézinhos muito breve esta-riam a pisar aquele chão a conseguiam animar. Tempos duros que tiveram que ser vividos com algumas ajudas externas.

    Chorei-a tanto mesmo não querendo mostrar as lágrimas. Senti que me estava a ser roubada mas era um pensamento ridículo. Foi uma fortuna na minha vida. Quem é que consegue viver mais de 100 anos e ter tanta qualidade de vida? A tri-neta nasceu num dia de chuva e senti que eram lágrimas de alegria da trisavó por a ver tão rechonchuda e linda. Deu-lhe um nome mesmo estúpido mas ter as hormo-nas ao saltos faz muito mal.

    Durante uns tempos andei um pouco sorumbática mas tive que arrebitar. Per-der quem amamos é sempre uma dor enorme e custa a ser superada. Deixou uma marca tão profunda e tão maravi-lhosa que ainda hoje, tantos anos depois, recordo-a como se estivesse ao meu lado. No meu entender esta nossa conversa imaginária será contínua.

    Se ela fosse viva tinha dado uma certa resposta ao tal do escritor que desdenha de mulheres mais maduras e experientes. Ima-gino a dar-lhe uma tareia tão grande que ele não teria sítio para se escapar. Tareia verbal, diga-se, que aquela língua era duma enorme resistência e força que fazia corar muitos marinheiros embriagados.

    Ainda lhe sinto o hálito a tabaco, um hábito que não quis deixar por lhe dar muito prazer, bem como ouvir certas con-fidência brejeiras, nomeadamente aquela em que me descrevia, detalhadamente, um curioso sinal que um senhor da polí-tica, tinha na ponta do pénis.

  • | 20 de novembro de 2020 PUBLICIDADE | 7

  • 8 | REPORTAGEM | 20 de novembro de 2020

    Companhia de Teatro Sui Generis promove oficinas de teatro na Junta de Freguesia

    A Junta de Freguesia garante às coletividades a atribuição dos mesmos apoios concedidos em 2020

    As referidas oficinas teatrais, re-partidas em dois grupos, em ordem a respeitar as recomendações emanadas pela Direção Geral de Saúde, por via da crise sanitária que atravessamos, decor-rem aos sábados entre as 10h e a 13h, contemplando num caso, jovens, adul-tos e sénior e no outro, as crianças com mais de seis anos.

    Fundada por três jovens atores for-mados pela Escola Superior de Teatro e Cinema, a referida companhia, cons-tituída por Lara Matos, Tiago Filipe e Mariana Varela, funcionava desde a sua fundação nas instalações do Centro de Inovação e Participação Associativa, mas por força da desativação da aludi-da estrutura de apoio ao movimento associativa da freguesia, tem estado a utilizar a instalações da autarquia para

    A Sui Generis, companhia de teatro fundada em 2018 e sediada na Quinta do Conde, ministra desde outubro, oficinas de teatro na sede da Junta de Freguesia, com o objetivo de fomentar o gosto por esta forma de expressão artística junto da população local, pela fruição da cultura e pela criação de novos públicos.

    Apesar da incerteza sobre a evolução da atual situação epidémica que afeta o mundo e da consequente crise económica e social que a caracteriza, com reflexos evidentes na captação de receitas próprias, a Junta de Freguesia da Quinta do Conde irá manter no próximo ano, os mesmos apoios financeiros atribuídos em 2020 ao movimento associativo.

    desenvolver o seu trabalho.

    Com mais de meia dúzia de peças produzidas ao longo destes dois anos de existência, a aludida companhia, segundo Lara Matos, procura levar a cabo um trabalho que tem como base a experimentação e a criação de objetos artísticos multidisciplinares, bem como a criação de textos originais, recorren-do sempre que tal se mostre necessário, à participação de outros atores.

    Para a dinamizadora da citada ati-vidade, o intuito desta iniciativa, visa, fundamentalmente, a realização de um trabalho junto da comunidade, tenden-te a estimular o gosto pelo teatro, uma vertente pouco divulgada pelos órgãos de informação e o consequente apareci-mento de novos públicos.

    A garantia expressa por Vítor Antu-nes, presidente da junta de freguesia, no decurso de um encontro promovi-do com os dirigentes das coletividades, tendente a colher sugestões suscetíveis de integrarem o plano de atividades e orçamento da autarquia para 2021, um procedimento adotado pela equipa que, por vontade da população, há doze anos dirige os destinos da autarquia.

    Segundo o autarca quintacondense, “mesmo que as iniciativas contempladas nos protocolos de cooperação existentes não se efetuem, devido ao quadro pan-démico e às correspondentes restrições que o mesmo venha a impor, as verbas

    consignadas nos aludidos protocolos não sofrem qualquer redução”.

    De acordo ainda com Vítor Antu-nes, “esta é uma forma de tranquilizar os dirigentes associativos quanto ao futuro próximo das suas instituições, transmitindo-lhes alguma segurança nestes tempos incertos.” Deste modo, sublinhou, “ficam a saber com o que podem contar em ordem a gerir as suas agremiações”.

    Além disso, afirmou o responsá-vel quintacondense, “numa época tão complexa quanto a que atravessamos e os constrangimentos a que somos for-çados, cremos ser nosso dever manter

    inalterável a relação de compromisso que ao longo dos anos estabelecemos com o movimento associativo da fre-guesia, parceiro indispensável ao pro-cesso de qualificação da localidade e da criação da sua identidade”.

    A reunião, efetuada no passado dia 13 de novembro, nas instalações do Centro Cultural, Social e Recreativo “A Voz do Alentejo”, de modo a respeitar as disposições emanadas pela Direção Geral de Saúde, contou ainda com a presença de Francisco Jesus, Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, que assumiu idêntico compromisso perante os dirigentes associativos da freguesia, “em resultado de se tratar de uma situa-ção extraordinária”, afirmou.

    Para o líder camarário de Sesimbra, “o cenário que a situação sanitária nos colocou forçou-nos, levou-nos, em mui-tos casos, a adotar uma atuação que acaba, no fundo, por substituir o Esta-do, encontrando, desse modo, resposta para um vasto leque de questões quer no plano social, quer no plano associa-tivo, com as quais ninguém esperava.”

    Neste contexto, reiterou, “ainda que por via do quadro pandémico, não seja possível realizar as atividades cultu-rais, recreativas e desportivas, contra-

    tualizadas com as coletividades, estas receberão integralmente os valores con-signados nos protocolos que com elas estavam firmados.”

    Participando no mencionado encon-tro, Augusto Flor, Presidente da Confe-deração Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, pres-tou um amplo conjunto de informações sobre a atuação do movimento associa-tivo num cenário como o que vivemos e a forma como podem manter algumas das suas atividades regulares, no escru-puloso cumprimento das normas de segurança.

    Realçando a postura das autarquias sesimbrenses, em matéria de apoio às agremiações sediadas na área do muni-cípio, em particular na atual situação, o dirigente nacional da entidade repre-sentativa das coletividades portugue-sas, aludiu à relação de cooperação existente entre a Federação e a Jun-ta de Freguesia da Quinta do Conde, sublinhando ainda “a estreita parceria existente nesta localidade entre o Poder Local e o movimento associativo, visan-do a prossecução de um trabalho que visa servir a comunidade”.

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  • | 20 de novembro de 2020 SOCIEDADE | 9

    ENTRE O ALENTEJO E A DIÁSPORA

    Maria Vitória Afonso

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    O XI Encontro de Leitura Pública, Bibliotecas em Transição, traz a discussão o papel das bibliotecas

    O Cineteatro Joaquim d’Almeida, no Montijo, vai receber o XI Encontro da Leitura Pública, promovido pela Associação de Municípios da Região de Setúbal, nos próximos dias 26 e 27 de novembro.

    O tema desta edição, Bibliotecas em Transição, tem como objetivo discutir o papel social e cultural que as bibliotecas têm na nossa sociedade. Este Encontro é realizado através da Rede Intermunici-pal de Bibliotecas da Região de Setúbal, composta pelas bibliotecas municipais de Alcácer do Sal, Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Santiago do Cacém, Seixal, Sesimbra e Setúbal. Para além disso, vem reforçar a importância da inclusão das bibliote-cas e respetivo acesso à informação, nos planos de desenvolvimento nacionais e regionais no âmbito do cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimen-to Sustentável.

    O XI Encontro da Leitura Pública, pretende também trazer à discussão o

    papel das bibliotecas no cenário pandé-mico que estamos a viver. De que forma é que estas poderão adaptar-se e adap-tar os seus serviços neste contexto, con-

    tinuar a prestar um serviço público e dar continuidade à promoção saudável dos hábitos de consumo cultural.

    SOLIDÃO

    Vim ao pátio, ver minhas violetasRoxa a sua cor, sóbria tristeza.

    Dizem as outras flores que sois umas pretasSois iguais à minha obsoleta incerteza.

    Poisam em vós bonitas borboletasVoos encantam pela sua leveza.

    Pois vós minhas florers prediletasAmenizam minha dor pela gran crueza.

    E é nesta primavera pervertidaPor um destino infligido à humanidadeQue identifico convosco a minha vida.

    No período crucial de isolamentoMeu cansaço traduz-se num lamentoPor sofrermos do destino a crueldade.

    DR

  • | 20 de novembro de 202010 | SAÚDE

    FitoterapiaMiguel Boieiro

    como toda a gente bem sabe.Mas espantoso é que esta herbácea da

    família das Musaceae que dá pelo nome de Musa x paradisiaca (atenção: o “xis” significa que a espécie é híbrida) pos-sui flores masculinas estéreis e os frutos não têm sementes. Portanto não existe fecundação e as bananas surgem através de partenocarpia. Consultado o Grande Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado, publicado pela saudosa Sociedade da Língua Portuguesa, temos o significado da arrevesada palavra: “Produção de frutos sem formação de sementes e geralmente sem prévia fecun-dação”. Confesso que do alto da minha ignorância fiquei deveras surpreendido!

    Diz-se que há cerca de 7 mil anos, as formas selvagens oriundas do sudeste asiático, concretamente a Musa acumi-nata e a Musa balbisiana, cujos frutos policárpicos eram providos de numero-sas pevides negras, angulosas e duras,

    Quando repeti a visita ao deslumbran-te arquipélago de Guadalupe deparei--me com uma atraente feira de produtos naturais e de imediato adquiri o folhe-to ilustrado com o sugestivo título “La Banane – une Plante importante de notre Biodiversité”, editado pela Association pour les Plantes Médicinales et Aromati-ques de Guadeloupe”. Ele resume admi-ravelmente o percurso da bananeira desde a sua origem na remota Papuásia--Nova-Guiné, até se difundir por todas as regiões tropicais do planeta. Descre-ve depois as suas inúmeras variedades cultivares e finaliza com três apetitosas receitas. Foi esse simples desdobrável o inspirador de mais esta croniqueta.

    Não é fácil abordar a bananeira segundo as leis da ciência botânica por-que permanece confusa a sua taxonomia. Embora atinja uma altura que frequente-mente ultrapassa os 10 metros, a bana-neira não é uma árvore mas sim uma erva-gigante. O seu tronco, ou melhor, o pseudotronco, é formado por um caule rizomatoso donde partem grandes folhas, cujas bainhas estão dispostas em espiral e fortemente apertadas umas às outras. Do rizoma inicial brotam regularmente novos rebentos. Cada rebento cresce e dá fruto uma só vez, sendo depois cortado para dar lugar ao seguinte. As folhas da bananeira são simples, inteiras, peciola-das, verde-claras, brilhantes, oblongas, chegando a ter 4 metros de comprimen-to por 1 metro de largura. As flores, hermafroditas, envolvidas em brácteas acastanhadas ficam pendentes em espiga terminal, dando seguimento aos frutos que são bagas alongadas e curvilíneas,

    DR

    OPINIÃO

    Teresa Castanho Investigadora na área do Envelhecimento Cognitivo e Demências

    foram gradualmente domesticadas, sofrendo hibridações, mutações e sele-ções em metamorfoses incessantes pro-vocadas pelo Homem, até alcançarem atualmente o pujante mercado à esca-la planetária, dominado em 60% por três multinacionais americanas. Refe-re o folheto, acima mencionado, que a produção mundial é na ordem dos 110 milhões de toneladas, sendo mais de metade para consumir como recurso cozinhado (plátanos) por mais de 400 milhões de pessoas dos países tropicais.

    Parece que a palavra “banana” pro-vém de um remoto idioma do golfo da Guiné e foi transmitida pela língua por-tuguesa a todos os países ocidentais (só os espanhóis preferem dizer “plátano”).

    Há mais de mil variedades deste fru-to feculento e nutritivo conhecido em toda a parte e que desempenha um papel determinante no tratamento de várias doenças. É rico em vitaminas B6,

    B12, betacaroteno, potássio, magnésio, cálcio, ferro, cobre, manganés, hidratos de carbono, ácido fólico, fibras …

    Controla a pressão arterial, absorve o mau colesterol, combate a depressão, a demência, a osteoporose, as doenças da pele, as cãibras, o envelhecimento pre-coce, protege o sistema nervoso e o siste-ma ocular. Diz-se ainda que o consumo de bananas para além de constituírem um sublime alimento sempre disponível em todas as épocas do ano, ajudam a prevenir o cancro do cólon e dos rins e podem aumentar a libido masculina (?).

    As bananas verdes, ainda não total-mente amadurecidas, também são comestíveis. Elas possuem maior teor em amidos os quais se transformam gradual-mente em açúcares (glucose, sacarose e frutose) à medida que vão amadurecen-do. O consumo dumas e doutras depende do gosto e da finalidade que se pretende atingir. De resto, a fruta é extremamente versátil e adaptável a milhentas utiliza-ções em doçaria e em pratos cozinhados. Por mim, gosto de a assar no forno solar, cortada simplesmente às rodelas numa vasilha de pirex. Fica uma delícia!

    Também a casca e as flores podem ser usadas vantajosamente em culinária pois não possuem quaisquer contraindicações.

    A terminar, acrescento que 130 paí-ses alavancam a sua economia na pro-dução de bananas, sem contar com as da Madeira que, para nós, são especiais pelo seu fino paladar. Atualmente os maiores produtores são a Índia, a Chi-na, as Filipinas, o Brasil e o Equador. Este último país, a despeito da sua escas-sa dimensão, é o principal exportador.

    Bananeira

    mãos por 20 segundos;• Mostre à pessoa, de forma cal-

    ma, como lavar as mãos corretamente. A pessoa com Demência pode ter difi-culdades em lembrar-se da sequência dos movimentos de lavar as mãos. Faça com ela um passo de cada vez. Poderá ser também útil imprimir uma figura da Direção Geral de Saúde com as ins-truções de lavar as mãos. Cante com a pessoa a sua música favorita por 20 segundos ou use um sabonete com uma fragância que ela possa gostar;

    • Mantenha a pessoa com Demência ocupada com atividades que envolvam as mãos, como arrumar a rou-pa de uma gaveta, dobrar toalhas, ver álbuns de fotografias ou fazer trabalhos manuais, visto que é recomendado que as mãos permaneçam afastadas do rosto;

    • Reduza ao máximo as visitas a fim de evitar possíveis riscos. Pode ser igualmente importante estabelecer con-tactos com amigos ou familiares que possam, por exemplo, ir às compras ou à farmácia, de modo a que se diminua o número de saídas de casa.

    Para além dos riscos associados à

    Perante a situação atual da pandemia do COVID-19 e enquanto nos esforçamos para proteger toda a nossa população, precisamos de prestar especial atenção à segurança e saúde das pessoas com Demência. A Demência não constitui, por si só, um fator de risco para a infeção pelo COVID-19. No entanto, a idade avançada e a existência frequente de comorbilida-des, como doenças cardíacas, pulmona-res ou diabetes, tornam as pessoas com Demência mais vulneráveis e colocando--as no grupo de risco. Este facto torna-as mais suscetíveis a apresentarem sintomas mais graves se contraírem o vírus.

    À luz destas preocupações, o que podemos fazer para proteger os nossos séniores e, especialmente, quem tem Demência?

    1. Como minimizar a exposição ao COVID-19?

    Em casa, as pessoas com Demência podem precisar de mais lembretes sobre a importância de manter as boas práti-cas de higiene no seu dia-a-dia. Assim:

    • Coloque pequenas mensagens na casa de banho e em outros lugares da casa para lembrar a pessoa de lavar as

    doença, as mudanças nas rotinas criam desafios para quem cuida ou vive com uma pessoa com Demência. Geralmen-te, as pessoas com esta doença são muito sensíveis a mudanças nas suas rotinas, e alterações às mesmas podem deixá--las agitadas. É importante falar com a pessoa, explicar o que está a acontecer e validar as suas preocupações e emoções.

    2. O que fazer em isolamento social e/ou em quarentena?

    • Ajude a pessoa com Demência a estabelecer uma rotina diária estrutura-da para ocupar o seu tempo e envolve-a na execução de algumas tarefas domés-ticas simples, como ajudar na cozinha na preparação de uma refeição ou pôr água nas plantas da casa;

    • Realize atividades diurnas que envolvam alguma mobilidade a fim de ajudar a melhorar a qualidade de sono à noite da pessoa com Demência e preve-nir quedas no domicílio, como exercícios físicos simples e jardinagem;

    • Realize atividades em casa que a pessoa costuma gostar, de modo a reduzir a ansiedade associada à menor realização de atividades no exterior.

    Incentive a pessoa a envolver-se em ati-vidades como ler um livro em conjunto, ver álbuns de fotografias para estimular a partilha de histórias, pintar, ouvir o álbum de música favorito dela, ver um filme e jogar (por exemplo, puzzles, dominó e jogo de damas).

    • Incentive a pessoa a falar com membros da família ou amigos distantes por telefone ou videochamada;

    • Evite expor a pessoa com Demência à visualização de informações sobre a pandemia durante muito tempo de forma a não a sobrecarregar com este tema. A visualização das notícias uma ou duas vezes por dia é suficiente;

    • Utilize jornais on-line para orien-tar a pessoa para a data e a altura do ano.

    Por fim, o cuidador deve lembrar-se de cuidar de si mesmo, descansar e fazer algo de que goste. O surto do COVID-19 está a criar mudanças difíceis para todos, mas, pela sua saúde e da pessoa com Demência, é importante que siga as recomendações provenientes de insti-tuições oficiais e se mantenha positivo e esperançoso a fim de continuar a apoiar a si mesmo e à pessoa que está a cuidar.

    Viver com a demência em tempos de COVID: conselhos para quem cuida

  • SOCIEDADE | 11 | 20 de novembro de 2020

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    Talentos sem Fronteiras, do CCR Alto do Moinho vence Festival de Música Internacional

    A classe Talentos sem Fronteiras, do Centro Cultural e Recreativo Alto do Moinho, recebeu o 1º lugar de classifica-ção no Orpheus in Italy, um festival da canção internacional online organizado pelo Ministério da Cultura na Bulgária.

    Este projeto de Corroios, da respon-sabilidade das técnicas de Arte Musical Ana Cristina Videira e Joana Videira, tem vindo a ser premiado com inúme-ras distinções desde 2010. Ana Cristina Videira, fez parte do painel de júris internacionais no Orpheus in Italy, como representante de Portugal – não podendo votar no próprio país – levou aquilo que de melhor se faz no Seixal, para o mundo e trouxe para “casa” o pri-meiro prémio.

    Os grandes vencedores estão integra-dos na Escola de Arte Musical do Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moi-nho, são 25 vocalistas com idades entre os 10 e os 20 anos e participaram em Festivais da Canção a nível Nacional e Internacional, com temas originais ou versões, individualmente e em grupo. Têm apresentado ao público trabalhos inéditos ou baseados em tributos ou fil-mes musicais, durante os últimos anos.

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  • | 20 de novembro de 202012 | SOCIEDADE

    Na passada terça-feira, realizou-se no Centro Distrital de Setúbal uma sessão de assinaturas dos Contratos de Compar-ticipação Financeira (CCF) no âmbito do PARES 2.0, para a resposta de Creche, com três Instituições do Distrito: Centro Social e Paroquial Imaculada Conceição (Almada), Centro de Atividades Sociais do Miratejo (Seixal) e Centro Paroquial Bem Estar Social Cacilhas (Almada).

    O programa PARES, visa estimular, através dos recursos financeiros prove-nientes dos jogos sociais, o investimen-to privado em equipamentos sociais, incidindo em respostas específicas por forma a promover maiores níveis de pro-teção, autonomia, inclusão e facilitação da conciliação da vida pessoal e familiar com a vida profissional. O Programa PARES 2.0 foi lançado em setembro de 2019, para candidaturas no âmbito da resposta social de creche, garantindo a possibilidade de apoio a Instituições que reunissem as condições previstas.

    A Diretora de Segurança Social de Setúbal, Natividade Coelho, em repre-sentação do ISS, IP, procedeu à assina-tura dos contratos. Estes, aprovados e assinados, permitem criar 224 lugares e remodelar 28 lugares em creche. O investimento total no distrito de Setúbal

    ultrapassa os 3 milhões de euros, sendo repartido entre Investimento Público – 1.674.179,88€ e Investimento Privado 1.405.571,12€.

    É ensurdecedor este silêncio chamado covid.

    É tão mais fácil nada dizer, nada fazer, nada se permitir. Só que não o é.

    Vive-se numa redoma de medos, angústias, inseguranças, passividades, agressões, rancores.

    Que fazem qualquer um querer morrer. E, matar também.

    Em todas as páginas dos jornais, nas televisões, nas rádios, conversas de café, entre famílias ou amigos,..., os gráficos nos mostram o estado do mundo! E, somos todos “doutores” na forma de opinar, só que tão ignorantes na maneira de decidir! Por isso, se continua neste impasse de ir um passo à frente e caminhar dois atrás.

    As estatísticas que nos oferecem de bandeja são números, vidas, mortes, contagiados... Pessoas?

    Sempre me incomodou a forma como a humanidade se estratificou em códigos de barras, numeração, serviços ou entidades, se permitindo ficar no limbo do desconhecido como gente anónima, sem nome ou vínculo social. Apenas mais

    um número. E, sim, o universo tem uma linguagem matemática muito mais vasta que a própria palavra e isso distingue-nos também.

    Quanto a gráficos e tabelas de números, a covid enche as primeiras páginas, fazendo acreditar que nada mais existe para nos preocupar. É preciso ser criativo para não nos deixarmos abater, assombrar, acreditar que “tudo vai ficar bem” e pintar de 7 cores os arco-íris que nos fazem sorrir.

    Para além desta dura realidade, o que acontece desde que nos “congelaram” as vidas é bem mais brutal e as consequências disso, insanidade circunstancial.

    Intencional é a leveza com que assuntos outros ficaram esquecidos, não falados. Com a devida dimensão com que deveriam ser abordados porque existem, e também a estes, se dedique a atenção e os cuidados para os resolver.

    Recordo-me do ataque às Twin Towers. Ficou na memória a imagem daquele homem que se atirou da janela e foi captado em pleno voo para a morte. O que levou a fazê-lo? Que desespero

    maior se instalou na sua mente e o fez agir assim?

    Estamos tão de olhos postos “no inimigo” que se esquece de outros inimigos que as sociedades já têm enraizadas. Com o perpetuar destes “confinamentos” e medidas dos estados de emergência (essenciais, registe-se), agravam-se estados comportamentais que estariam adormecidos e que podem eclodir a cada momento.

    Há uns dias atrás, perto de onde resido, um filho mata a mãe.

    Há uns meses atrás, um homem que se suicida. O jovem que assassina a amiga. A mulher e criança que é violentada pelo próprio pai e marido. (...) as depressões que se instalam, as agressões que se intensificam.

    É ensurdecedor este silêncio! Um mutismo generalizado que se esquece de todas as restantes problemáticas sociais que põem em causa a sanidade mental das populações. A vida em comunidade. O ambiente de segurança e estabilidade...(?)

    Quero ver gráficos de: suicídios

    registados, homicídios ocorridos, depressões e esgotamentos, fobias sociais, violência doméstica e doenças não diagnosticadas atempadamente, famílias que passaram ao limiar da pobreza, abandonos, divórcios e separações, solidão e isolamento...durante o tempo em que perfazem uns míseros oito meses apenas.

    Há que relativizar o que não se pode resolver ou, criar estruturas que permitam minimizar o impacto destes comportamentos sociais, que já existiam e que a pandemia trouxe consigo mais intensamente?

    Há ainda muito a fazer, ou não?

    (um aparte neste discurso que nos preenche os dias: finalmente alguma esperança alivia este pesar e a humanidade volta a respirar - ainda que a necessitar de máscara para, sua e dos outros, protecção. Os Estados Unidos da América têm um novo presidente: Joe Biden. O mundo ganha com isso. Resta-nos chegar a 2022 e ter esperança no Brasil!)

    OPINIÃO

    CarmenEzequiel (a autora escreve de acordo com a antiga ortografia)

    Mutismo geral

    S.S de Setúbal assina Contratos de Comparticipação Financeira PARES 2.0 para Creches

    DR

    DR DR

  • PUBLICIDADE | 13 | 20 de novembro de 2020

  • 14 | LAZER

    SU DO KU

    21-03 a 20-04

    21-06 a 23-07

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    23-11 a 21-12

    22-12 a 20-01

    21-01 a 19-02

    20-02 a 20-03

    SOLUÇÃO

    DEIXAR DE FUMAR

    filme

    Carneiro

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    Gémeos

    Caranguejo

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    Virgem

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    Escorpião

    Sagitário

    Capricórnio

    Aquário

    Peixes

    20 a 26 de novembro

    | 20 de novembro de 2020

    Zaya foi maltratada, abandonada e presa a uma ár-vore, resgatada e colocada no canto mais recôndito de um canil, onde os pitbulls e outros cães "perigosos" ficam até morrer.

    A ironia é que o destino levou até aquele lugar um ser bondoso que a viu e se apaixonou por ela, logo, levou-a para casa. Zaya adotou o que a fitava com olhos doces.

    Agora, com novos donos, nova casa, nova vida, che-ga o diário as aventuras em comum onde o humano e Zaya conversam sobre os temas da sociedade atual.

    Por cada livro vendido serão doados 0.50€ à SOS Animal.

    livro

    ADESIVOS – AJUDA – BEBER ÁGUA – BENEFÍCIOS

    DEIXAR – DENTES – DESPORTO – ESTRATÉGIA

    MASTIGAR – MÉDICO – PASTILHAS – SAÚDE

    TRATAMENTO – VIDA – VONTADEAmor: Pode ter notícias de alguém especial. Lembre-se que na vida não há impossíveis, apenas objetivos mais difíceis de alcançar! Saúde: Cuidado com os rins, beba mais água.Dinheiro: Poderão surgir boas oportunidades neste campo, não as deixe fugir. Números da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47

    Amor: Não se precipite numa decisão importante. Analise todos os factos e pense friamente. Saúde: Cuidado com os resfriados.Dinheiro: Exponha as suas ideias de forma clara e objetiva para que elas surtam o efeito que deseja.Números da Sorte: 5, 15, 17, 22, 31, 40

    Amor: Não diga nada antes de pensar bem naquilo que vai dizer, pois a impulsividade joga contra si. Saúde: Cuide melhor dos seus pés.Dinheiro: Não deixe que outros tomem decisões ou falem por si, imponha o respeito no seu local de trabalho. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34, 36

    Amor: Procure ser mais seletivo nas suas amizades. Se es-cutar o seu coração e agir de acordo com a sua intuição será mais feliz!Saúde: Poderá sofrer de alguma rouquidão. Beba chá de cascas de romã.Dinheiro: Tenha algum cuidado com as pessoas que traba-lham consigo, pois se lhes abrir o jogo poderá sair prejudicado.Números da Sorte: 1, 2, 8, 16, 22, 39

    Amor: Lute pela sua felicidade, não se deixe vencer pelos obstáculos. Só você é responsável pelo seu caminho! Saúde: Procure fazer algum tipo de desporto.Dinheiro: Maré pouco favorável para investimentos.Números da Sorte: 1, 8, 42, 46, 47, 49

    Amor: Domine a sua agitação, permaneça sereno e verá que tudo corre bem! Saúde: Sentir-se-á em boa forma. Dinheiro: Surgirão novos projetos que lhe permitirão obter mais segurança.Números da Sorte: 7, 18, 19, 26, 38, 44

    Amor: Pequenos desentendimentos poderão deixá-lo muito magoado. Veja sempre os desafios como uma oportunidade para melhorar.Saúde: O seu organismo pode ressentir-se de esforços de-sadequados.Dinheiro: Torna-se urgente uma mudança de atitude. Seja mais ativo.Números da Sorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47

    Amor: Vai arrebatar corações, estará com um grande poder de sedução. A vida é um dom maravilhoso. Saúde: Estará em boa forma. Dinheiro: Pode agora comprar aquele objeto que há tanto deseja.Números da Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39

    Amor: Não deixe que terceiros se intrometam na sua rela-ção afetiva. Não dê ouvidos a calúnias e intrigas! Saúde: Dê mais atenção à sua saúde, não negligencie sinto-mas de mal-estar.Dinheiro: Período pouco favorável a grandes investimentos.Números da Sorte: 7, 11, 19, 24, 25, 33

    Amor: Tenha pensamentos positivos, a vida exige de cada um a tarefa de lutar e vencer. Saúde: Não terá que se preocupar a este nível, está em boa forma.Dinheiro: Terá algumas dificuldades para cumprir prazos. Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33, 36

    Amor: Pode chegar à conclusão que um relacionamento amoroso em desgaste há muito terminou. Saúde: Tendência para dores musculares.Dinheiro: Possibilidade de fazer bons negócios. Avance com prudência. Números da Sorte: 7, 11, 18, 25, 47, 48

    Amor: A sua família necessita que lhe dê mais atenção. Saúde: Deve ter mais cuidado com os seus ossos. Dinheiro: O esforço profissional vai ser reconhecido. Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33

    HOMEM DE FERRO 3

    POR LADRAR NOUTRA COISA

    sopa de letras

    dr

    Quando Tony Stark, o Homem de Ferro, vê o seu mundo inteiro desfeito em ruínas, ele terá de usar toda a sua genialidade inventiva para sobreviver, des-truir o seu inimigo e, de alguma maneira, proteger aqueles que ama.

    Mas uma questão em particular assombra-o cons-tantemente: Será que? Tudo parece estranho quando não existem certezas.

    Com espetaculares efeitos especiais, Marvel Ho-mem de Ferro 3, é entretenimento garantido para os dias mais frios e de chuva que se avizinham.

    dr

  • DESPORTO | 15 | 20 de novembro de 2020

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    escalões, desde do Mini-basket a Senio-res, onde até aos dias de hoje mantemos elevados níveis de assiduidade.

    Após estes meses, e tendo em con-sideração que os seniores estão em competição, nota-se a ansiedade e incompreensão dos nossos jovens (Sub 14, 16 e 18), dos nossos treinadores e mesmo dos pais. Mantendo as dinâmi-cas de treino, sempre tendo em conta o seu desenvolvimento físico, motor e mental, são aspetos que privilegiamos nesta fase.

    Como podem transmitir confiança aos pais dos atletas?

    João Fusco - Houve a necessidade de elaborar um modo de funcionamento o mais seguro possível, passar essa infor-mação aos encarregados de educação e fazer os atletas cumprirem as normas delineadas. Reduzir o número de pes-soas no estádio, medição de temperatu-ra, higienizar as mãos, uso de máscara obrigatório quando não estão em trei-no, redução do número de treinos e de equipas no mesmo horário.

    Manuel Coisinha - Devolvemos a mesma confiança, com que fomos "brindados" pelos pais, nos primeiros

    Como têm lidado com a questão da Pandemia no âmbito na formação?

    João Fusco - O clube teve de seguir as normas estipuladas pelas entidades responsáveis e competentes no contexto covid. Tivemos que criar sinergias para colocar em atividade os nossos atletas pois o desporto é uma prática essen-cial para o crescimento e formação das crianças.

    Manuel Coisinha - Quando em agos-to surgiu a autorização para treinar, obedecendo às normas da DGS/IPDJ, foi um suspiro de alívio para os nossos atletas e para os seus Encarregados de Educação. De forma gradual, fomos dando início aos treinos dos diversos

    Pandemia impacta formação de jogadores

    dias/semanas do início da atividade desportiva. Foi fundamental pensar uma estratégia de treino para os dei-xar mais confiantes, pois , para além de continuar a seguir normas, também foi sempre necessário manter um diálogo franco e aberto.

    Que impactos, notam que tem a ausência de treino e competição na for-mação dos atletas?

    João Fusco - Na minha ótica, este período de ausência ou menor frequên-cia dos jovens atletas na prática despor-tiva pode ter impacto ao nível social, psicológico e motor. O não haver com-petição retira um crescimento e desen-volvimento na formação do atleta.

    Manuel Coisinha - Neste período nota-se que a dúvida, a insatisfação prevalece nos seus estados de alma, levantando questões legítimas e muitas das quais muito pertinentes. Os nossos jovens têm a noção, principalmente os mais aptos, que no presente poderá estar uma oportunidade no seu atual escalão, amanhã estão mais velhos e essa oportu-nidade pode não ser a mesma. Ter este diálogo com um nosso atleta não é fácil.

    Querem deixar uma palavra final?

    João Fusco - Neste contexto difícil das nossas vidas, temos de cumprir as regras e tentar viver a vida da melhor forma possível, deixo a mensagem de encorajamento para continuarem a fazer a prática desportiva.

    Manuel Coisinha - Como palavra final, gostaria de citar uma frase de uma Enfermeira especialista em saúde comunitária, aquando uma troca de e-mails sobre contágio Covid.

    "Obrigado Nós, pelo cuidado que têm no Seixal, e permite manter ativi-dade física em segurança"

    A pandemia covid-19 obriga à necessidade de distanciamento social o que provoca um enorme transtorno nas rotinas da sociedade por consequência um impacto tremendo no desporto de formação, provocando cancelamento e adiamento de treinos, competições e eventos. Para melhor perceção das alterações e dificuldades no desporto jovem, o “Comércio” esteve à conversa com os coordenadores das modalidades de futebol e basquetebol do clube, João Fusco e Manuel Coisinha.

  • 16 | CULTURA | 20 de novembro de 2020

    Publicidade

    Neste concurso podem candidatar-se todos os fadistas que não tenham um contrato discográfico nem possuam mais do que um disco de autor editado. Para ganhar, só têm de provar ao júri do concurso que têm alma e talento para gravar um álbum com a Sony Music e subir ao palco EDP Fado Café na próxima edição do festival NOS Alive.

    A mentora deste concurso foi Carminho, uma grande voz do fado e uma das artistas portuguesas com maior projeção internacional. Nasceu no meio das guitarras e das vozes do fado, filha da conceituada fadista Teresa Siqueira, estreou-se a cantar em público aos doze anos, no Coliseu. Lança o seu primeiro disco em 2009, que alcança a platina nesse ano. Em 2012, lança o segundo álbum e, em 2014, lança o "Canto", um projeto com músicos de renome brasileiros.

    O cantor Mário Barradas aguarda pelo seu voto! Porquê pedir “silêncio!” quando há tantas vozes, tantos ritmos, tanta alma, tanto Fado? Barulho, que se vai cantar o Fado!

    Mário Barradas é músico, compositor, cantor e professor licenciado em Educação Musical pela Escola Superior de Educação. Iniciou os seus estudos musicais aos 14 anos na Sociedade Filarmónica União Seixalense. Estudou trompete, canto lírico e formação musical na Academia de Música e Belas Artes Luísa Tódi, no Conservatório Regional de Setúbal e no Conservatório Nacional de Lisboa. Como convidado, cantou em diversos coros em todo o país, entre os quais no coro da Procuradoria Geral da República. Tem participado em inúmeros eventos, promovendo sempre a cultura. Recebeu a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Alcochete. Atua regularmente com orquestra, divulgando os poetas das cantigas e os cantores da música ligeira portuguesa.

    Concorre ao «EDP TANTO FADO» onde pode ser votado gratuitamente. Para tal, basta aceder à página em https://portugal.edp.com/pt-pt/edptantofado/fadista/mario-barradas, registar o seu email ou aceder via Facebook para votar.

    Concurso inovador promovido pela EDP, procura promover as vozes do fado que não tenham ainda trabalhos discográficos, chegando inscrições de todo o país. A cidade do Seixal está representada por Mário Barradas e o tema Lisboa Não Sejas Francesa, gravado ao vivo no ano passado no adro da Igreja de Arrentela.

    SEIXAL REPRESENTANDO NO «EDP TANTO FADO»