petição inicial assistentes assoc. restaurantes e tascas finas

24
SIMULAÇÃO JUDICIAL Petição Inicial Incluindo Procuração Forense, Comprovativo de Pagamento de Taxa de Justiça, Relatório de Contas do ano económico transitado e do ano corrente e outros documentos Afonso Palma Cláudia Fernandes Joana Diogo Magda Cardoso Mariana Antunes Rita Martins

Upload: rita-cristina-martins

Post on 30-Jul-2015

82 views

Category:

Law


1 download

TRANSCRIPT

SIMULAÇÃO JUDICIAL

Petição Inicial

Incluindo Procuração Forense, Comprovativo de Pagamento de Taxa de Justiça,

Relatório de Contas do ano económico transitado e do ano corrente e outros documentos

Afonso Palma

Cláudia Fernandes

Joana Diogo

Magda Cardoso

Mariana Antunes

Rita Martins

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

1

Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa

Campus de Justiça

Avenida D. João II, nº 1.08.01 – Edifício G – 6º piso, Parque das Nações

Exmo. Sr. Juiz de Direito

Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa, com sede na Rua Toucinho

do Céu, nº 14, 1500-44, Lisboa, com o NIPC 777.666.555, ao abrigo dos artigos 9º/2 e

55º/1/c do CPTA, representado judicialmente por Afonso Palma, Cláudia Fernandes,

Joana Diogo, Magda Cardoso, Mariana Antunes e Rita Martins, advogados da

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L., com sede na Alameda das Sociedades,

nº 13, vem propor:

ACÇÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL de impugnação de norma regulamentar

administrativa, ao abrigo do artigo 72º/1 CPTA,

Contra,

Município de Lisboa, com sede nos Paços do Concelho, Praça do Município, 1149-014

Lisboa.

Nos termos e com os fundamentos abaixo indicados:

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

2

Introdução

A Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa, dedicada à defesa

dos interesses dos Comerciantes do Sector da Restauração, vem propor acção contra o

Município de Lisboa, devido à aprovação do Orçamento Camarário que vem autorizar

a criação de taxas de entrada e alojamento no referido município.

O Município de Lisboa fundamenta a criação das taxas turísticas devido às

infra-estruturas que a cidade oferece e por existir casos idênticos a nível europeu.

A Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa vem impugnar a

criação das ditas taxas por considerar que estas padecem de ilegalidades, conforme as

alegações de facto e de direito constantes nesta petição.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

3

I. Factos

A 25 de Novembro de 2013,o Município de Lisboa decide cobrar uma taxa de

entrada e uma taxa de alojamento para os turistas da cidade a entrar em vigor a 1 de

Janeiro de 2014.

A 27 de Novembro de 2013, a Associação de Restaurantes e Tascas Finas de

Lisboa tomou conhecimento da decisão de criação destas taxas, que visavam entrar em

vigor a partir de 1 de Janeiro de 2014.

Após a entrada e vigor das referidas taxas vários restaurantes associados notaram

uma quebra acentuada de clientela.

Os Restaurantes e Tascas em questão tiveram de adoptar estratégias comerciais

de modo a diminuir os preços praticados até à data de entrada das taxas, como a

realização de promoções e vales de desconto.

Vários restaurantes apresentam prejuízos de contas, conforme demonstrado na

faturação apresentada em anexo no documento 5.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

4

Os restaurantes tiveram de apostar em produtos que pudessem render mais

quantidade colocando em causa a qualidade do serviço.

10º

Tais decisões levaram ao aumento de críticas ao serviço, prejudicando

directamente, e ainda mais, a clientela.

11º

Consequentemente, afirmam não ter existido outra opção senão o aumento dos

preços.

12º

A dificuldade que os restaurantes tiveram em manter o pagamento dos seus

fornecedores em dia, fez com que estes também entrassem em incumprimento no

fornecimento dos restaurantes.

13º

Diversos restaurantes e tascas não conseguiram cumprir o pagamento das rendas.

14º

A criação das taxas não foi acompanhada por qualquer política de incentivo por

parte do Estado para que os Restaurantes e Tascas conseguissem manter-se em

concorrência no mercado.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

5

15º

Pelo contrário, foi ainda aumentada a taxa de IVA na restauração para 23%, que

veio influenciar de forma muito negativa o consumo (18º/1/c Código do Imposto sobre

o valor acrescentado).

16º

Em virtude de todos estes factos, alguns restaurantes entraram em insolvência.

17º

Houve uma acentuada diminuição dos postos de trabalho, gerando uma situação

de incumprimento dos contratos pelas entidades empregadoras, conforme o documento

6.

18º

Na decorrência do disposto no artigo anterior, foram intentadas contra as

entidades empregadoras uma série de pedidos indemnizatórios.

19º

Encarando o despedimento, um ex-trabalhador foi até ao seu antigo posto de

trabalho e agrediu o empregador, provocando feridos apenas ligeiros, como consta no

documento 3 e 4.

20º

Para diminuir os custos, vários restaurantes saíram da Associação de modo a não

pagarem as respectivas quotas.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

6

II. Direito

21º

Nos termos do artigo 268º/4 da CRP, os administrados vêm assegurada a sua

tutela efetiva dos seus direitos e interesses.

22º

Em cumprimento do 52º/3 da CRP, é instituída a tutela judicial dos interesses

difusos numa vertente objectivista de justiça administrativa (MÁRIO E RODRIGO

ESTEVES DE OLIVEIRA, Código de Processo dos Tribunais Administrativos

Anotado, Vol. I, pp. 156).

23º

As Associações constituem uma agremiação de pessoas que juntam os seus

esforços para um objectivo em comum, sendo uma clara manifestação básica do

princípio da liberdade de associação (ANTONIO MENEZES CORDEIRO, Direito das

Sociedades, Vol. I, pp. 335).

24º

O art. 73º/1 CPTA não é aplicável para efeitos de fundamentação da

legitimidade activa porque a exigência de três casos anteriores para declarar a

ilegalidade com força obrigatória geral veda o acesso à justiça. Estar a fazer depender o

acesso à tutela jurisdicional da precedência de três casos concretos desrespeitaria o

princípio da igualdade dos sujeitos passivos, uma vez que um cidadão que proponha a

acção após a verificação de três casos concretos anteriormente estará numa posição de

clara vantagem em relação àquele que propõe uma acção nunca antes conhecida em

tribunal (13º CRP).

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

7

25º

Ainda que a inconstitucionalidade do preceito referido no artigo anterior não

venha a ser reconhecida pelo Douto Tribunal, poderá ser dispensada a exigência da

existência dos referidos três casos.

26º

A Associação “Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa”, constituída assistente no

presente processo, vê a sua legitimidade activa assegurada pelo art. 73º/2 CPTA, visto

que está a ser prejudicada mediata e imediata pelos efeitos decorrentes da execução do

regulamento, e também dos que podem futuramente vir a ser materializáveis.

27º

A Associação Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa, vê ainda a sua

legitimidade reconhecida através da impugnação do regulamento, invocando-se como

fundamento a sua ilegalidade (fiscalização incidental).

28º

A Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa tem então uma

legitimidade impessoal ou social (conforme MÁRIO E RODRIGO ESTEVES DE

OLIVEIRA, Código de Processo dos Tribunais Administrativos Anotado, Vol. I, pp.

156)

29º

A Associação está a ser prejudicada directamente pela perda de associados.

A Associação está a ser prejudicada indirectamente com as dificuldades

enfrentadas e o encerramento de Restaurantes e Tascas.

30º

O Município de Lisboa é parte legítima, nos termos do artigo 10º/2 do CPTA.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

8

31º

A taxa municipal turística está prevista no Orçamento Municipal de 2014, que

refere no seu artigo 10º:

“Artigo 10º - Taxa Municipal sobre o Turismo

1 – A quem entre e circule no Município de Lisboa e cobrada uma taxa diária no valor

de um euro (1€).

2 – É ainda cobrada uma taxa de igual valor para quem fique alojado num hotel

histórico situado no Município de Lisboa.”

32º

O regulamento, norma por excelência geral e abstrata, surge no âmbito “de

poderes conferidos pelo direito administrativo” (Cfr. MÁRIO AROSO DE ALMEIDA,

Manual de Processo Administrativo, 2013 pp. 105).

33º

O regulamento efémera de vários vícios, que o tornam inválido, e lesam os

interesses protegidos não só do autor mas também da Associação Restaurantes e Tascas

Finas de Lisboa.

34º

Os tributos são receitas cobradas pelo Estado ou por outras entidades públicas

para a satisfação de necessidades públicas sem função sancionatória, de acordo com a

ANA PAULA DOURADO.

35º

A taxa é uma espécie de tributo, nos termos do artigo 3º/2 Lei Geral Tributária

(LGT).

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

9

36º

Uma taxa é um tributo com carácter sinalagmático que existe quando se

verifiquem uma das três situações: prestação de atividade ou serviço público, uso de

bem de domínio publico ou remoção do limite jurídico à atividade do particular.

37º

As taxas submetem-se a reserva de lei, nos termos do art. 165º/1/i da

Constituição da República Portuguesa (CRP) e têm de respeitar o princípio geral da

legalidade tributária, imposto pelo artigo 8º da LGT.

38º

As taxas são regidas pelo princípio da consignação de receitas, ou seja, as

receitas obtidas destinam-se a um fim específico.

39º

As taxas assentam numa relação custo-benefício, exigindo proporcionalidade,

equivalência, um benefício e a cobertura de custos.

40º

O imposto é outro tipo de tributo.

41º

O imposto é uma prestação pecuniária, exigida por uma entidade pública, para

satisfazer necessidades públicas, sem carácter sancionatório. Tem como principal

finalidade principal a obtenção de receitas por parte do Estado e a distribuição da

riqueza (104º CRP).

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

10

42º

O imposto é ainda um tributo unilateral sem carácter sinalagmático direto.

Assenta na capacidade contributiva do sujeito.

43º

O imposto assenta na capacidade contributiva do sujeito, através do rendimento

ou utilização do património (4º/1 LGT).

44º

O imposto tem carácter coercivo, na medida em que em caso de não

cumprimento, a Administração Fiscal poderá fazer valer-se de um título executivo para

o arrecadar junto do sujeito passivo.

45º

Ao contrário das taxas, os impostos caracteriza-se pela não consignação de

receitas.

46º

Nos impostos não é possível individualizar a contraprestação, uma vez que não

há uma contrapartida direta, concreta e imediata de um serviço público, não há o uso de

um bem de domínio público, nem há a remoção de qualquer obstáculo jurídico.

47º

Não existindo carácter sinalagmático direto nem difuso, nem nenhuma das

outras características, e ainda devido à insuficiente fundamentação e ao uso de conceitos

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

11

indeterminados, estamos perante um imposto e não uma taxa como qualificada pela

entidade.

48º

Na sequência do disposto no artigo anterior, a indeterminação da incidência

subjectiva deste tributo, não nos permite ajuizar se o mesmo pretende abranger

estrangeiros, não residentes no Município de Lisboa ou se se estenderá a todos os

habitantes portugueses.

49º

Na eventualidade de nos encontrarmos perante o disposto na parte final do artigo

anterior, o tributo constituirá uma afronta directa ao disposto na lei fundamental,

designadamente no artigo 44º da Constituição da República Portuguesa, o qual versa

sobre o direito à deslocação.

50º

Sendo um imposto, está sujeito a reserva de competência relativa da Assembleia

da República, nos termos do artigo 165º/1/i da CRP.

51º

Como tal só pode ser criado pela Assembleia da República ou, em alternativa,

pelo Governo por Decreto-Lei autorizado.

52º

O tributo em causa foi criado pelo Orçamento Camarário.

53º

Dito isto, existe inconstitucionalidade orgânica.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

12

54º

O Orçamento Camarário que introduz as denominadas “taxas”, foi criado a 25

de Novembro de 2013, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro de 2014.

55º

Assumindo que o tributo em causa é um imposto, que virá a recair apenas sobre

turistas, tal facto constituirá uma violação ao princípio da igualdade, valor que se

encontra constitucionalmente protegido no artigo 13º da Constituição da República

Portuguesa.

56º

A Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa tem interesse na

declaração de nulidade do ato administrativo de cobrança das “taxas” de entrada em

Lisboa pois, como é provado no documento 5, a redução de turistas trouxe nefastos

efeitos para a contabilidade do sector da Restauração, principalmente o dedicado ao

turismo, da cidade.

57º

A Associação dos Restaurantes e Tascas Finas de Lisboa tem igualmente, nos

mesmos termos e pelos mesmos motivos, interesse na declaração de nulidade do ato

administrativo de cobrança das “taxas”de alojamento no município de Lisboa.

58º

Condenar cumulativamente à declaração de ilegalidade do regulamento (46º/2/c)

e 47º/1) o pedido de indemnização por via do instituto da responsabilidade civil

extracontratual, em virtude dos danos patrimoniais e não patrimoniais ocorridos com a

instituição e cobrança das “taxas” (47º/1 e 2º/2/f).

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

13

59º

Na eventualidade do Douto Tribunal não dar provimento à pretensão formulada

pelos Assistentes naquilo que dispõe o artigo anterior, requeremos subsidiariamente, ao

abrigo da acção administrativa comum (37º/2/f), um pedido indemnizatório por

responsabilidade civil do Município pela criação e execução desta taxa, de modo a

cobrir os danos até ao momento causados, bem como os lucros cessantes.

III.Pedidos

60º

Nestes termos e nos demais de Direito que Vossa Excelência doutamente suprirá,

pede-se ao Douto Tribunal que se digne a:

i) Declarar a nulidade do ato administrativo de cobrança das “taxas” de entrada

em Lisboa.

ii) Declarar a nulidade do ato administrativo de cobrança das “taxas” de

alojamento no município de Lisboa.

iii) Declarar de ilegalidade do orçamento camarário que cria as ditas“taxas”.

iv) Estabelecer uma indemnização quanto aos prejuízos sofridos pelos Restaurantes

e Tascas.

v) Cumulativa e subsidiariamente, estabelecer uma indemnização quanto aos lucros

cessantes que os Restaurantes e Tascas sofreram.

vi) Condenação do réu ao pagamento das custas do processo.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

14

IV. Valor da Causa

61º

Nos termos dos art. 31º/1 e 32º/7 do CPTA, o valor da causa é 30.000,01€.

V. Forma do Processo

62º

De acordo com o 46º/2/c), o 47º/2/d) e 72º/2 do CPTA, o processo segue a forma

de acção administrativa especial para impugnação de normas administrativas, existindo

uma cumulação de pedidos.

VI. Prova

63º

Propõe-se fazer prova dos factos apresentados nos seguintes pontos: 8º, 17º, 19º

e 56º.

VII. Junta

64º

- Procuração forense;

- Comprovativo do pagamento da taxa de justiça;

- Notícia acerca da agressão do trabalhador demitido ao empregador;

- Facturação referente ao ano económico de 2013 e a 2014, até ao momento;

- Gráfico do Instituto Nacional de Estatística acerca da quebra de receitas dos

Restaurantes de Lisboa.

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

15

Os Advogados

Afonso Palma Cláudia Fernandes

Joana Diogo Magda Cardoso

Mariana Antunes Rita Martins

Furaprocessos,

Sociedade de Advogados, R.L.,

Alameda das Sociedades, nº 13

2695-742 LISBOA

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

16

ÍNDICE DE ANEXOS

1. Procuração forense …………………………………………………………… 17

2. Comprovativo de pagamento de taxas de justiça …………………………..… 18

3. Notícia acerca do despedimento de João Santos …………………...………… 19

4. Auto da PSP …………………………………..……………………………… 20

5. Gráfico do Instituto Nacional de Estatística acerca da quebra de receitas dos

Restaurantes de Lisboa ……………………………………………………….. 22

6. Notícia da quebra dos postos de trabalho no sector da restauração ………….. 23

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

17

Documento 1

PROCURAÇÃO FORENSE

“Associação dos Restaurantes Finos de Lisboa”, portadora do NIPC. n.º 777.666.555,

com sede na Rua Toucinho do Céu, nº 14, 1500-44, Lisboa, Lisboa ----------------

constituem seus bastantes procuradores os Advogados Dr. Afonso Gamito Gomes de

Brito Palma, com cédula profissional número 111111 e contribuinte fiscal número

666666666, Drª. Cláudia Sofia Ferreira Fernandes, com cédula profissional número

222222 e contribuinte fiscal número 777777777, Drª. Joana Maria Costa Diogo, com

cédula profissional número 333333 e contribuinte fiscal número 888888888, Drª.

Magda Pereira Cardoso, com cédula profissional número 444444 e contribuinte fiscal

número 999999999, Drª. Mariana Silva Antunes, com cédula profissional número

555555 e contribuinte fiscal número 123456789 e Drª. Rita Filipa Cristina Martins, com

cédula profissional número 666666 e contribuinte fiscal número 987654321, todos da

“Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L.”, com sede na Alameda das

Sociedades, nº 13, a quem confere, os mais amplos poderes forenses gerais, bem como

os especiais para confessar, desistir e transigir da instância ou do pedido, e ainda

poderes de representação junto de quaisquer instituições, organismos ou entidades

públicas, nacionais ou da União Europeia.

Lisboa, 21 de Maio de 2014

Pelo Conselho de Administração da Fura-processos,

(Joaquin Cheiramoney)

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

18

Documento 2

COMPROVATIVO DO PAGAMENTO

DAS TAXAS DE JUSTIÇA

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

19

Documento 3

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

20

Documento 4

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

21

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

22

Documento 5

Gráfico do Instituto Nacional de Estatística acerca da quebra

de receitas dos Restaurantes de Lisboa

Furaprocessos, Sociedade de Advogados, R.L..

23

Documento 6