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1 OS SETE HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES Gentilmente cedido a: ADI LANCASTER

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OS SETE HÁBITOS DAS

PESSOAS ALTAMENTE

EFICAZES

Gentilmente cedido a:

ADI LANCASTER

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Manaus – Amazonas – Brasil

COVEY

LEADERSHIP

CENTER

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Direitos de partilha concedido exclusivamente à Adi Lancaster, para usufruto no período de Janeiro de 2008 a Dezembro de 2009

Covey Leadership Center Todos os direitos reservados.

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INTRODUÇÃO EFICÁCIA

INTRODUÇÃO DO MANUAL DO PARTICIPANTE

Seus hábitos não são você. Você pode criar e mudar seus hábitos. Você não precisa ser uma vítima de condições ou do condicionamento. Hábitos são padrões de comportamento compostos de três componentes que se sobrepõem: conhecimento, atitudes e habilidades. E visto que os mesmos são aprendidos e não herdados, nossos hábitos constituem nossa segunda natureza. não a primeira. Não somos nossos hábitos, portanto, devemos evitar nos definir em termos de nossos hábitos e tendências características. Os hábitos da eficácia podem ser aprendidos, e os hábitos da ineficácia podem ser desaprendidos. Em seu ensaio "The Common Denominator of Success", Albert E. Gray diz, "Todas as pessoas bem sucedidas têm o hábito de fazer coisas que as mal-sucedidas não gostam de fazer. Elas também não gostam necessariamente de fazê-las, mas seu desagrado é subordinado à força de seu objetivo". Para atingir os resultados desejados, as pessoas bem sucedidas diariamente incluem os hábitos da eficácia em suas vidas. Com freqüência são motivadas internamente por um sentimento forte de missão. Subordinando seu desagrado por determinadas tarefas às suas metas, elas muitas vezes desenvolvem sete hábitos básicos e dirigem suas vidas de conformidade com os princípios correspondentes. A Ética do Caráter e a Ética da Personalidade

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O Dr. Stephen R. Covey desenvolveu os Sete Hábitos através do estudo da literatura, desde 1776, sobre sucesso nos Estados Unidos. Em sua pesquisa, ele descobriu que durante a formação da nação e seus primeiros 150 anos, enfatizava-se a ética do caráter (qualidades morais de auto-disciplina) mais que o desenvolvimento da personalidade. Qualidades como moderação, sinceridade, humildade, coragem, integridade, honestidade, esforço e frugalidade eram mencionadas em destaque. A Ética do Caráter ensina que existem determinados princípios básicos de vivência eficaz e que as pessoas somente podem obter o verdadeiro sucesso e a felicidade duradoura quando aprendem a integrar estes princípios a seu caráter básico. Entretanto, desde os anos 30, a ênfase vem sendo transferida para a personalidade, ou técnicas, métodos e habilidades para exercer influência - todos projetados para atingir resultados rápidos e fáceis. Nos últimos anos, a "literatura sobre sucesso" virtualmente segregou o desenvolvimento social e profissional do desenvolvimento do caráter, deixando as pessoas desorientadas, levadas pelos caprichos de outros e pelos ventos da conveniência. A Ética da Personalidade ensina que o sucesso é uma função da imagem pública, de atitudes e comportamentos, habilidades e fórmulas que lubrificam os processos da interação humana. Esta abordagem baseada na personalidade freqüentemente se toma manipulativa e até enganosa, chegando a estimular as pessoas a usar técnicas para fazer com que outros gostem dela, ou para fingir interesse nos passatempos de outros, com a finalidade de obter deles o que desejam ou de intimidá-los. Princípios Eternos Basicamente, o caráter é uma composição de hábitos. Os Sete Hábitos são baseados no princípio eterno denominado Lei da Colheita: nós colhemos o que plantamos. "Plante uma idéia, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino", diz o ditado. Hábitos são fatores poderosos em nossas vidas. Por serem padrões consistentes, com freqüência inconscientes, eles expressam nosso caráter e produzem nossa eficácia - ou ineficácia - constantemente, todos os dias. As pessoas que assistiram à viagem da Apollo 11 ficaram maravilhadas ao ver o primeiro homem andando na Lua e depois voltando à Terra. Superlativos do tipo fantástico e incrível

eram inadequados para descrever aqueles dias memoráveis. Mas, para chegar até lá, esses astronautas tiveram que literalmente romper a enorme força da gravidade da Terra. Gastou-se mais energia nos primeiros minutos da decolagem da espaçonave, nos primeiros quilômetros da viagem do que a que foi usada durante os vários dias necessários para transpor os oitocentos mil quilômetros da viagem. Hábitos também têm uma tremenda força da gravidade - muito maior do que as pessoas entendem ou admitem. Mudar tendências habituais profundamente enraizadas como procrastinação, impaciência, caráter crítico ou egoísmo, que infringem os princípios básicos da eficácia humana, envolve mais que apenas um pouco de força de vontade e algumas mudanças de menor importância em nossas vidas. A "decolagem" requer um esforço muito grande, mas depois que rompemos a força da gravidade, nossa liberdade adquire uma dimensão inteiramente nova. Assim como qualquer força da natureza. a gravidade pode ser usada para nosso benefício ou desvantagem. A força da gravidade de alguns de nossos hábitos pode estar atualmente nos impedindo de chegar até onde desejamos. Mas também é a gravidade que mantém coeso o

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nosso mundo, que mantém os planetas em suas órbitas e nosso universo em ordem. É uma força poderosa e se a usarmos com eficácia, podemos utilizar a força da gravidade do hábito para criar a união e a ordem necessárias para estabelecer a eficácia em nossas vidas.

A CONTA BANCÁRIA EMOCIONAL RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Elaboramos relacionamentos fortes e produtivos fazendo depósitos em uma Conta

Bancária Emocional. Stephen usa uma metáfora para falar sobre relacionamentos: A Conta Bancária Emocional. A Conta Bancária Emocional representa o valor da confiança que se criou no relacionamento. Aumentamos ou reduzimos nossa Conta Bancária Emocional com outras pessoas da mesma maneira que o fazemos com uma conta bancária normal: fazendo depósitos e retiradas. Os depósitos aumentam o saldo, as retiradas o reduzem. Depósitos são coisas que fazemos que aumentam a confiança no relacionamento: fazer pequenas gentilezas e cortesias, manter promessas, esclarecer e satisfazer as expectativas, ser íntegro, leal, pedir desculpas, etc. As retiradas são atos que diminuem a confiança: ser insensível, criticar, quebrar promessas, ser desleal, e assim por diante. A idéia da metáfora é: ao fazer depósitos, construímos um reservatório de boa vontade e confiança que nos permite comunicar mais eficazmente com outros. Por outro lado, ao fazermos retiradas, nós nos distanciamos das outras pessoas e perdemos todos os benefícios que nosso relacionamento com elas poderiam nos trazer. 2. Depósitos funcionam somente quando são sinceros. À primeira vista, a idéia de fazer depósitos na Conta Bancária Emocional parece fácil de entender, assim como a idéia de que os mesmos podem nos trazer vantagens; entretanto, existe uma armadilha sutil que precisamos considerar. A armadilha é que os depósitos na Conta Bancária Emocional nos trazem vantagens somente se estas não forem o que pretendemos quando fazemos esses depósitos. Em outras palavras, se fizermos depósitos com a intenção de obtermos vantagens de outros, os mesmos podem se transformar em retiradas, pois não são sinceros. Quando fazemos retiradas óbvias, as pessoas têm pelo menos a vantagem de saber nossa posição. Mas quando não somos sinceros, elas provavelmente o sentirão sem entender, e não saberão o que está acontecendo. Essa incerteza pode destruir a confiança tão rápida e certamente quanto as retiradas óbvias. O antídoto para depósitos não sinceros é "amor incondicional". Amor incondicional significa exatamente isso: amor dado sem condições, amor dado sem esperar qualquer retomo. Podemos expressar amor incondicional somente através de depósitos incondicionais, significando depósitos que fazemos para o benefício de outros, não porque esperamos receber algo deles. 3. Nossos relacionamentos mais constantes exigem de nós os depósitos mais constantes. Podemos pensar que as pessoas que nos são próximas não necessitam de depósitos. Mas o oposto é verdadeiro. Quando estamos longe das pessoas, elas podem entender nossa falta de

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depósitos e podem até esquecer nossas retiradas. Mas, quando estamos perto, essa falta de depósitos pode se tomar uma retirada, porque mostra falta de atenção e interesse. Neste aspecto as Contas Bancárias Emocionais são diferentes das contas bancárias normais. Podemos deixar dinheiro em uma conta bancária normal, nada fazer com ele e mesmo assim ele poderá crescer ou, pelo menos, permanecerá igual. Contas Bancárias Emocionais não funcionam dessa maneira. Se não cuidarmos delas fazendo depósitos regulares, elas perderão valor. Conforme disse Thoreau, “Assim como a beleza das frutas, as melhores qualidades de nossa natureza podem ser preservadas somente através de manuseio cuidadoso. Não obstante, nós não tratamos de nós ou de outros com muito cuidado.” 4. É necessária paciência para construir e consertar relacionamentos. Quando relacionamentos não vão bem, devemos rapidamente consertá-los. Mas não podemos consertar em um dia algo que levamos meses ou anos de retiradas para criar. Conforme diz Stephen, através de conversa, não podemos nos livrar dos problemas em que nós próprios nos colocamos por meio de comportamentos. Além disso, para nós, os relacionamentos são tão importantes que estamos quase sempre interessados em sua situação. É fácil ficarmos ansiosos por - descobrir como vão indo as coisas. Mas se tentarmos descobrir cedo demais, arriscamos fazer uma retirada. Testar um relacionamento cedo demais é como arrancar uma planta nova para ver se já criou raízes. Conforme mencionamos acima, os depósitos devem ser feitos por seu próprio mérito, como expressão de amor, não medidos conforme seu efeito. O efeito virá, mas somente se tivermos paciência e aguardarmos que siga seu caminho natural. 5. Quando vivemos as leis primárias do amor, estimulamos as pessoas a viver as leis

primárias da vida. No vídeo, Stephen referiu-se a “leis primárias”. Elas são os princípios fundamentais e eternos que expressam a natureza ordenada e legítima da vida. Tornamo-nos eficazes ao observar essas leis primárias. Existe, por exemplo, uma "Lei Primária do Amor". Diz ela que o amor deve ser incondicional. Também existem as “Leis Primárias da Vida", que expressam o valor de princípios como integridade, criatividade, auto-disciplina e consideração. A natureza destas leis primárias é tal que aprender a vivenciar qualquer uma delas nos ajuda a vivenciar todas. Conforme nos tornamos mais capazes de expressar o amor incondicional, por exemplo, também adquirimos a capacidade de viver com integridade, criatividade, auto-disciplina e consideração. Esta interconexão entre as leis primárias também é um fator em nossos relacionamentos com outras pessoas. Quando amamos as pessoas incondicionalmente, por exemplo, também as estimulamos a viver com integridade, criatividade, auto-disciplina e consideração. É isto que Stephen quer dizer quando diz, "Quando vivemos as leis primárias do amor, estimulamos as pessoas a viver as leis primárias da vida". 6. Em um relacionamento, nossos próprios depósitos e retiradas são a única coisa que

podemos controlar. Com freqüência queremos controlar outras pessoas em nossos relacionamentos. Ao mesmo

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tempo, resistimos às suas tentativas de nos controlar, raramente lembrando que se nós resistimos ao controle, elas, sem dúvida, também o fazem. O fato é que nem nós nem elas podemos ser controlados por outra pessoa. Somos todos responsáveis por nosso próprio controle. Entretanto, podemos ser influenciados e podemos influenciar outros. A palavra influência

vem da palavra latina que significa “fluir”, isto sugere como as palavras influência e controle

são diferentes. O controle se baseia na força e cria resistência. A influência se baseia nas leis primárias da vida e do amor que mencionamos e permitem que as pessoas, por sua própria vontade, fluam em uma direção que as leva a cooperar conosco. Quando fazemos depósitos sinceros em um relacionamento, preparamos as condições que nos permitem ter influência. Mas não obtemos controle sobre a outra pessoa, pois essas mesmas condições também permitem que nós sejamos influenciados. Esta influência mútua é que toma os relacionamentos eficazes. E ela resulta dos depósitos que fazemos, não das retiradas. Nada podemos controlar em um relacionamento, exceto nossos depósitos e retiradas. Mas, na realidade, eles são tudo que é necessário controlar.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO 1. Pense em seus relacionamentos importantes. Que depósitos você poderia fazer

imediatamente na Conta Bancária Emocional para começar a obter um "saldo" mais alto com essas pessoas?

Pessoa

Tipos de Depósitos

2. Como estes depósitos afetam seus relacionamentos?

3. Pense sobre os tipos de retirada que você pode estar fazendo e sobre o saldo atual de sua

Conta Bancária Emocional com cada pessoa.

Pessoa Tipo de Retirada Saldo

- 100 _____|_____ + 100

- 100 _____|_____ + 100

- 100 _____|_____ + 100

- 100 _____|_____ + 100

- 100 _____|_____ + 100

4. Como estas retiradas estão afetando seus relacionamentos?

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EXERCÍCIOS EM PEQUENOS GRUPOS Discuta as seguintes perguntas com seu pequeno grupo. 1. Qual é o serviço mais importante que você presta individualmente em sua organização? 2. Quem são os clientes que se beneficiam de seu serviço? (Lembre-se de que “cliente”

significa qualquer pessoa que você deve serve, dentro ou fora da empresa, não apenas o usuário do produto ou serviço de sua empresa).

3. Em sua opinião, qual é o saldo atual de sua Conta Bancária Emocional com seus clientes? 4. Que ações específicas você poderia adotar para aumentar o saldo de sua Conta Emocional

com estes clientes? Lembre-se de que o objetivo de se fazer depósitos é aumentar a confiança.

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Cinco Depósitos e Cinco Retiradas RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Existem cinco tipos básicos de depósitos e um conjunto correspondente de cinco tipos

básicos de retiradas. Em geral, atos que aumentam a confiança são depósitos na Conta Bancária Emocional. Inversamente, atos que diminuem a confiança são retiradas. Ao aplicar estas definições gerais, às vezes é útil pensar em depósitos e retiradas na forma de categorias. Cinco categorias de depósitos e cinco categorias de retiradas correspondentes encontram-se a seguir.

(1) Atenção x desatenção Atenção inclui atos de cortesia, apoio e assistência. Desatenção significa descortesia, instigação, críticas e assim por diante. (2) Cumprir promessas x quebrar promessas O relacionamento entre promessas e confiança é óbvio. As promessas incluem compromissos de todos os tipos, incluindo os compromissos que podemos considerar vagos, do tipo que não deve ser levado a sério. Quando cumprimos nossas promessas as pessoas aprendem que podem confiar em nós. (3) Honrar expectativas x violar expectativas Relacionamentos dependem de expectativas. Quando as expectativas são claras e as pessoas as satisfazem, os relacionamentos tendem a ser fáceis de levar. Quando as mesmas não são claras ou não são satisfeitas, nossa tendência é nos sentir incertos ou ofendidos. Esta categoria de depósito inclui tomar claras as expectativas, bem como honrá-las. A retirada da Conta Bancária Emocional é, obviamente, o oposto. (4) Lealdade x duplicidade Somos leais às pessoas quando falamos bem delas. Somos falsos (significando que temos "duas caras") quando falamos mal delas por trás, quando não estão presentes. (5) Desculpas x orgulho Todos cometemos erros. Somos diferentes somente em relação a quanto estamos dispostos a admitir e corrigir os erros. Este depósito, que denominamos desculpas, significa estarmos dispostos a admitir nossos erros e compensá-los. A retirada, o orgulho, manter uma pretensão de perfeição e não nos responsabilizarmos por nossos erros. Construímos nossos relacionamentos estando conscientes destes depósitos e retiradas, fazendo os depósitos e evitando as retiradas. Quando agimos desta maneira a confiança aumenta e os nossos relacionamentos se tornam mais agradáveis e mais eficazes.

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MUDANÇA DE PARADIGMAS O Poder dos Paradigmas RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Um paradigma é uma representação mental. Paradigma significa um modelo, um padrão ou um conjunto de idéias que descreve algum aspecto do mundo. Normalmente os paradigmas explicam as relações entre causa e efeito que os cientistas usam para fazer as previsões que em seguida testam. Se o que observam não combina com sua previsão, eles corrigem seus paradigmas. No decorrer do tempo, os paradigmas e suas previsões se tomam mais precisos e úteis. Nós também pensamos usando paradigmas. Nossas mentes constróem modelos ou idéias sobre o mundo e os utilizam para dar sentido às coisas. Nossas decisões são preconceitos e previsões que nos são dados por nossos paradigmas. Quanto mais próximos os paradigmas forem da realidade, melhores serão nossas decisões. Um paradigma é como um mapa. Um mapa nos mostra em que ponto as coisas estão e como se relacionam entre si. Quando mudamos para outra cidade, um mapa nos ajuda a ir de um lugar a outro. Após algum tempo, jogamos o mapa fora e o substituímos por um mapa mental, mais complicado e detalhado que o do papel. E quanto mais nos locomovemos, mais completos se tomam nossos mapas mentais, nossos paradigmas da cidade. Da mesma maneira criamos paradigmas para pessoas, empresas, grupos étnicos, países, governos, partidos políticos para tudo, até para nós mesmos. 2. Nossos paradigmas nunca são completos, nunca são idênticos. Os paradigmas não são tão complexos quanto a realidade que representam. Eles nos mostram apenas uma estimativa do mundo. Eles nos dão apenas uma idéia, que nunca é precisa nos detalhes. Portanto, como no caso dos mapas, nossos paradigmas são incompletos. Conforme crescemos, nossos paradigmas se tomam cada vez mais completos, assim como ocorre com os dos cientistas. Entretanto, quando comparados com a própria vida, nossos paradigmas são incompletos. Não existem duas pessoas com os mesmos paradigmas, pois nossas experiências são diferentes; entretanto, temos elementos comuns em nossos paradigmas e os mesmos facilitam a comunicação. Mas sempre existem diferenças sutis - e algumas não tão sutis - que fazem com que a compreensão seja menor que perfeita" 3. Nossos paradigmas podem estar errados. Como nossos paradigmas não são reflexos fiéis da realidade, até certo ponto estão errados. Podemos acreditar que vemos o mundo como é quando, na verdade, vemos o mundo como nós somos. O mapa não é o território. Estereótipos não são a realidade. 4. Nossos paradigmas podem nos limitar. Quando agimos com base em paradigmas errados, nós nos limitamos. Os primeiros exploradores portugueses acreditavam que não se podia avançar pelo oceano além do Cabo Bojador, um ponto na costa da África Ocidental. Quando os navegadores deixaram de lado

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seu medo e passaram o Cabo Bojador, descobriram que não havia motivo para seus temores, que suas limitações eram imaginárias. . Todos temos nossos próprios Cabos Bojador. Temos medo de coisas que não precisamos temer. Traçamos limites em áreas de nossa vida e decidimos que não podemos passar deles. Enquanto acreditarmos nestes paradigmas falsos, estaremos dentro de seus limites artificiais e deixaremos de passar por todas as experiências que podemos encontrar fora deles. 5. Nossos próprios paradigmas provêm do Espelho Social. Alguns de nossos paradigmas mais importantes são os que temos para nós mesmos. Em parte, estes paradigmas provêm do Espelho Social. O Espelho Social reflete as respostas das outras pessoas aos nossos pensamentos e comportamentos. Mas o Espelho Social pode nos mostrar uma visão distorcida. Visto que muitas vezes as pessoas criticam e julgam mais facilmente do que elogiam e dão apoio, podemos acabar tendo uma visão unilateral de nós mesmos, que enfatiza nosso lado negativo. Através do desenvolvimento dos hábitos da eficácia, desenvolvemos novos paradigmas para nós mesmos, novas maneiras de ver quem somos, que nos levam além dos limites que o Espelho Social pode ter colocado. 6. As mudanças mais importantes na vida resultam da mudança de paradigmas. Quando não realizamos o que desejamos, normalmente pensamos que precisamos fazer algo diferente. Sem dúvida isto é verdade, mas também é ilusório. Muitas vezes a melhor maneira de fazer algo diferente é pensar nisso de outra maneira, mudar os paradigmas. Comportamentos e atitudes ineficazes são freqüentemente sinais de paradigmas errados ou incompletos. Comportamo-nos de maneira ineficaz porque não vemos com clareza. Nosso comportamento permanecerá fraco enquanto nossos paradigmas continuarem fracos. Do mesmo modo, se mudarmos nossos paradigmas, nossos comportamentos e atitudes quase certamente também mudarão. 7. Viva mais da imaginação do que da memória Lembranças são reafirmações de nossas experiências. Elas não conseguem nos mostrar nada de novo ou nos levar além de onde estivemos. A imaginação, por outro lado, expande a experiência. É um processo criativo, um instrumento para explorar nosso potencial. A imaginação dá ao potencial sua primeira forma tangível e visível. Imaginamos o que gostaríamos de ser e essa imagem nos proporciona uma meta para seguir adiante. Enquanto vivemos de lembranças não temos uma meta além de permanecermos onde estamos ou visitar novamente o que já vimos.

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O CONTINUO DA MATURIDADE COMO OS SETE HÁBITOS SE RELACIONAM UNS AOS OUTROS RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Maturidade é um processo, não uma condição. Nascemos bebês e crescemos até a maturidade. Nossas dimensões físicas, mentais, emocionais, sociais e espirituais crescem lado a lado, mas não necessariamente no mesmo ritmo. Uma pessoa pode ser fisicamente madura mas emocionalmente imatura, por exemplo, ou vice-versa. A maturidade é um processo que nunca termina. Sempre existe progresso a ser feito em uma dimensão ou na outra. Crescemos estando dispostos a tentar resolver o processo, não resistindo ao mesmo. Introduzimos aqui uma representação do processo de maturidade que chamamos de Contínuo da Maturidade. 2. O primeiro estágio do Contínuo da Maturidade é a dependência. Iniciamos a vida como bebês dependentes. De certa maneira continuamos dependentes, mesmo quando adultos. Podemos depender de outras pessoas para tomar determinadas decisões, por exemplo, ou podemos procurá-las visando a confirmação de que somos aceitos. O fato de sermos dependentes tende a impedir que causemos resultados. Podemos esperar que os resultados sejam causados para nós. Podemos culpar outros quando as coisas dão errado. Podemos tentar mudar as pessoas fazendo-as sentir-se culpadas. Podemos ser infelizes com a qualidade geral de nossa vida e buscar a felicidade em atividades improdutivas e até mesmo prejudiciais. Tudo isso nos impede de sermos eficazes. 3. O segundo estágio do Contínuo da Maturidade é a independência. Passamos para um estágio mais próximo da eficácia quando aprendemos a ser independentes. Agora não esperamos mais que outros nos façam felizes ou cuidem dos nossos desafios. Chegamos a um senso interior de Segurança e autovalor e descobrimos que o fato de viver produtivamente nos deixa felizes. 4. O terceiro estágio do Contínuo da Maturidade é a interdependência. O fato de sermos independentes não é totalmente satisfatório ou nos permite sermos plenamente eficazes. Na vida existem aspectos sociais e políticos e há metas que não conseguimos atingir sozinhos. Quando descobrimos estes limites da independência, começamos a passar para o terceiro estágio do Contínuo da Maturidade, que é a interdependência. Quando somos interdependentes, trabalhamos em cooperação com outras pessoas. Buscamos o bem-estar delas e o nosso. Descobrimos que pessoas trabalhando juntas multiplicam suas capacidades de um modo que não pode ser explicado matematicamente. Experimentamos a riqueza emocional dos relacionamentos interpessoais e também as recompensas práticas do trabalho em equipe. A interdependência completa o Contínuo da Maturidade porque nos permite sermos eficazes e realizados em todas as áreas da vida.

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5. Os Sete Hábitos nos levam à interdependência através dos estágios da maturidade. Os Sete Hábitos são uma seqüência ordenada de crescimento. Eles representam, primeiro, uma Vitória Particular e, segundo, uma Vitória Pública. Os Hábitos 1, 2 e 3 levam a Vitórias Particulares, as vitórias que nos permitem atingir o autodomínio. • O Hábito 1 é "Seja Proativo", quando reconhecemos que somos livres para escolher. • O Hábito 2 é "Comece com o Objetivo em Mente", quando identificamos nossa missão e

metas pessoais. • O Hábito 3 é "Primeiro o Mais Importante", quando agimos de acordo com nossas

prioridades. Os Hábitos 4, 5 e 6 1evam a Vitórias Públicas, as vitórias que nos permitem alcançar sucesso com as pessoas. • O Hábito 4 é "Pense em Vencer - Vencer", quando procuramos alternativas que

permitem que todos vençam. • O Hábito 5 é "Procure Primeiro Compreender", que é uma atitude e uma habilidade de

escutar atentamente para compreender totalmente. • O Hábito 6 é "Sinergize", quando descobrimos a criatividade que as pessoas podem

vivenciar quando exploram suas diferenças em conjunto. O Hábito 7 é "Afine o Instrumento", o hábito que traz à tona os outros. São simples atividades diárias que implementam os princípios da eficácia em nossas mentes. Os hábitos formam um contínuo, pois a Vitória Particular deve ocorrer antes da Vitória Pública. Até que tenhamos desenvolvido o autodomínio, é difícil, senão impossível, atingir o sucesso com outras pessoas. Em conjunto, os Sete Hábitos cultivam o caráter pessoal, que é a base da eficácia.

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O CONTINUO DA MATURIDADE

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HÁBITO 1

SEJA PROATIVO

O Hábito da Visão Pessoal

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HABITOS 1,2 E 3 OS HÁBITOS DA EFICÁCIA PESSOAL Os primeiros três hábitos das pessoas muito eficazes são: Hábito 1: Seja Proativo Hábito 2: Comece com o Objetivo em Mente Hábito 3: Primeiro o Mais Importante Juntos, formam os hábitos da eficácia pessoal. Eles levam as pessoas da dependência para a independência. Proatividade é o hábito da Visão Pessoal O Hábito 1, Seja Proativo, significa ser responsável por sua vida. Você não é vítima das circunstâncias; você é exatamente o que escolhe ser. Pessoas proativas fazem escolhas baseadas em valores, não em sentimentos temporários ou imediatos. Proatividade significa que a melhor maneira de prever seu futuro é criá-lo. Comece com o Objetivo em Mente é o hábito da Liderança Pessoal. O Hábito 2, Comece com o Objetivo em Mente, significa descobrir uma missão pessoal e então apoiá-la através de papéis e metas cuidadosamente selecionados. Significa estabelecer valores pessoais que orientarão a proatividade. Inclui visualizar ou criar uma imagem mental do que você quer criar fisicamente Primeiro o Mais Importante é o hábito do Gerenciamento Pessoal. O Hábito 3, Primeiro o Mais Importante, significa agir todos os dias com base em prioridades que vêm de sua missão, papéis e metas. Significa traduzir sua missão em atividades diárias específicas. Significa criar um valor ótimo para o seu tempo. Os três hábitos se sobrepõem. Os primeiros três Hábitos das Pessoas Muito Eficazes constituem uma "seqüência de crescimento" que leva à eficácia pessoal. Cada hábito tem determinados valores independentes, mas você só consegue chegar ao potencial pleno quando os desenvolve em conjunto. Os primeiros três hábitos nos preparam para os três que vêm a seguir. Os hábitos da eficácia pessoal nos preparam para os da eficácia interpessoal, Hábitos 4, 5 e 6. As pessoas com quem você se relaciona acreditam que você seja estável, honesto e digno de confiança. Elas são atraídas a você por sua boa vontade e pelo interesse genuíno que demonstra, mas essas qualidades de caráter somente se desenvolvem quando você estabeleceu a disciplina e a habilidade de ser independente.

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HABITO 1 - SEJA PROATIVO O HÁBITO DA VISÃO PESSOAL Proatividade x Reatividade RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Proatividade é o poder de escolher nossas próprias respostas. O primeiro Hábito das Pessoas Muito Eficazes é Proatividade. Sua característica essencial é a seguinte:

Proatividade é o poder, a liberdade e a capacidade de escolher respostas a tudo que nos

acontece, com base em nossos valores.

Quando somos proativos, vemos que as circunstâncias não nos controlam. Pelo contrário, nós as controlamos. Nossa proatividade nos permite ver que podemos modificar nossas circunstâncias e que podemos usá-las como matéria prima para criar as coisas que desejamos. Por outro lado, quando não somos proativos - quando somos reativos - somos controlados pelas circunstâncias. Elas nos modificam. Quando são boas, sentimo-nos bem. Quando são más, sentimo-nos mal. Fazemos coisas improdutivas e explicamos que, devido às circunstâncias, não tínhamos escolha. Quando somos reativos, um dia nublado, cinzento, faz-nos sentir tristes. Quando somos proativos, o tempo bom ou mau depende de nós. Criamos condições internas de felicidade e produtividade, portanto as circunstâncias não podem mais ditar o que fazemos ou como nos sentimos. 2. Escolhas proativas são orientadas por valores. Obtemos o controle das circunstâncias usando valores fortes como orientação e âncora. As

circunstâncias mudam constantemente; os valores são fixos. Portanto, quando nos baseamos em nossos valores e fazemos escolhas que os representam, obtemos o poder de sermos constantes apesar das circunstâncias mutantes. Valores são coisas que consideramos importantes. Em geral são princípios e não algo concreto ou tangível. Por exemplo, Gandhi - que foi uma das pessoas mais proativas que o mundo já conheceu - desenvolveu uma declaração clara de seus valores de orientação. Entre outros, ele incluiu os três a seguir:

Não me submeterei à injustiça de qualquer pessoa. Conquistarei a inverdade pela verdade. E, para resistir à inverdade, suportarei todo sofrimento.

Se conhecer a história de Gandhi, poderá ver como sua vida foi escrita com base nesses valores. Os valores em si não são importantes, mas sim como orientam a vida de uma pessoa proativa. Gandhi determinou seus valores e aderiu aos mesmos, e foi isso que lhe deu sua força. Seus valores e o seu compromisso com eles lhe permitiram ser uma pessoa proativa.

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3. Quando somos proativos, aceitamos a responsabilidade por sermos quem somos, pelo que temos e pelo que fazemos.

Eleanor Roosevelt fez a seguinte afirmação: "A filosofia de cada um não é expressa da melhor maneira através de suas palavras; ela é expressa pelas escolhas feitas. Com o decorrer do tempo, moldamos nossa vida e a nós mesmos. O processo não termina nunca, até a nossa morte. E as escolhas que fazemos são. essencialmente, a nossa responsabilidade." Quando somos proativos, nossa tendência é não culpar pessoas ou circunstâncias pelo que nos acontece. Acreditamos que, mediante análise final, o que somos, possuímos ou fazemos, é o que nós escolhemos. Podemos explicar porque não tivemos sucesso, porque não completamos uma tarefa dentro do prazo, ou porque nosso relacionamento está se deteriorando. Quando somos proativos, entendemos que, até certo ponto, tudo que nos aconteceu é produto de nossas escolhas. A proatividade e a reatividade produzem efeitos diferentes. A proatividade produz resultados; a reatividade produz desculpas ou explicações. Obtemos um ou outro, conforme nossa escolha. e nossa disposição de aceitar motivos em vez de resultados pode ser o melhor indicador da nossa reatividade. Quando somos proativos, vemos que as razões nada nos trazem e resolvemos que apenas nos satisfaremos com resultados. 4. Proatividade não é o mesmo que agressividade. A força da proatividade não é uma força agressiva. É uma força interna. a força da integridade, ou um simples compromisso com valores e princípios. Gandhi é novamente um bom exemplo. Homem educado, ele não era agressivo ou desagradável. Mas não se deixava comprar ou afastar de seus princípios.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Use Esta Lista de Verificação de Aplicação para aumentar sua auto-conscientização sempre que necessitar de ajuda. Em especial, recomendamos o seguinte:

1. Reveja a Lista de Verificação uma vez por semana, como parte de seu planejamento

semanal. 2. Reveja a Lista de Verificação antes de situações em que a proatividade seja crítica. 3. Reveja a Lista de Verificação em situações em que seus sentimentos venceram e você

respondeu de forma reativa. 4. Reveja a Lista de Verificação sempre que não estiver bem e perceber que está julgando e

culpando outros. A Lista de Verificação permite que você verifique como está em relação a três perguntas:

� Sei o que é proatividade? � Criei condições que dão apoio à proatividade? � Estou agindo para estabelecer a proatividade como hábito em minha vida? PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que é proatividade? Proatividade é... � O poder de escolher nossas próprias respostas.

Escolhendo nossas respostas, reconhecemos que somos livres, não manipulados. � Escolher com base em valores, não em sentimentos.

Valores fortes nos permitem traçar um caminho claro no meio de circunstâncias mutantes e desafiadoras.

� Focalizar a geração de resultados.

Somos proativos quando focalizamos resultados. Tomamo-nos reativos quando nos dispomos a aceitar razões em vez de resultados.

� Ausência de preconceito e atribuição de culpa.

Quando somos reativos, muitas das nossas razões se baseiam na atribuição de culpa e no preconceito que temos em relação a outras pessoas.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte à proatividade? � Reconheço que sou pessoalmente responsável por tudo que faço, tenho e sou? Somos

o que escolhemos ser, apesar das razões e justificativas. � Sou firme em relação aos meus valores?

Quando nossos sentimentos em relação aos nossos valores são fortes, é maior nossa tendência de observá-los.

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� Sou consciente de meus sentimentos? Observando nossos sentimentos, muitas vezes conseguimos adiar a resposta reativa pelo tempo que nos permite ver que temos uma escolha.

� Sou consciente de meu Círculo de Influência Interno?

Pessoas proativas despendem tempo e energia fazendo coisas que fazem uma diferença positiva.

� Vivo mais da imaginação que da memória?

Inovação, criatividade, desenvolvimento--os marcos da proatividade - provêm da imaginação do que poderia ser.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 3: Ajo de modo a estabelecer a proatividade como hábito em minha vida? � Identifiquei meus valores - as coisas em que realmente acredito?

Nossa tendência é não seguir nossos valores a menos que nossa posição sobre eles seja clara.

� Uso esses valores consciente e consistentemente para orientar minhas escolhas dentro de meu Círculo de Influência Interno? A força desses valores é que faz o Círculo Interno se expandir para acomodá-los.

� Evito considerar as respostas das outras pessoas como sendo um modo de me

avaliar? Quando levamos em consideração as respostas que outras pessoas têm em relação a nós, arriscamos reagir às mesmas em vez de agir com base em nossos valores, que não dependem das respostas de outros.

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HÁBITO 2

COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE

O Hábito da Liderança Pessoal

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HABITO 2 - COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE O HABITO DA LIDERANÇA PESSOAL - Valores e Reformulação RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Todas as coisas são criadas duas vezes: primeiro mentalmente e depois fisicamente Um construtor começa por uma planta. Escritores trabalham com base em um esboço escrito ou mental. Compositores colocam no papel sons que existem em suas mentes. Toda a criação física começa como criação mental-como idéia, plano, intenção-e então obtém a forma física através de ação ou esforço. Resultados de alta qualidade provêm de intenções claramente definidas. O contrário, intenções mal definidas, tendem a produzir maus resultados, em geral vagarosamente e com mais trabalho que o necessário. O Hábito 2 é o hábito da criação mental, de produzir idéias ou intenções claras sobre o que queremos produzir. É isto que significa "Comece com o Objetivo em Mente" 2. Começar com o Objetivo em Mente inclui definir valores para orientar nossa

proatividade. Começar com o Objetivo em Mente é mais do que apenas pensar com clareza sobre produtos acabados. Além de examinar metas e planos específicos, este hábito envolve examinar os valores e princípios que nos dão a orientação geral. A ligação entre os Hábitos 1 e 2 ocorre neste nível geral. O Hábito 1 é "Seja Proativo", que significa escolher nossas respostas com base em nossos valores. O Hábito 2, "Comece com o Objetivo em Mente" envolve definir esses valores. Portanto, este hábito é geral e também específico: geral a nível dos valores e princípios, específico a nível das metas e projetos que resultam dos valores. De fato, é um processo de passagem do geral para o específico, de usar princípios gerais para gerar planos específicos. 3. Começar com o Objetivo em Mente é um processo de reformulação. Para a maioria das pessoas, o hábito Começar com o Objetivo em Mente significa afastar-se das raízes e tendências naturais. Nós chamamos este processo de "reformulação". Temos uma espécie de "piloto automático" mental que nos permite fazer coisas sem pensar nelas. Quanto mais experientes nos tomamos com algo, mais isso se toma nossa "segunda natureza" ou subconsciente, e podemos fazê-lo, bem como outras coisas, ao mesmo tempo. Com freqüência isto nos traz vantagens. Mas esta capacidade também pode trabalhar contra nós. As respostas automáticas podem ser padrões de pensamento e comportamento que nos limitam. Quando este for o caso, afastar-se do piloto automático - do fato de obedecer nossas formulações internas sem pensar nelas - pode nos fazer cair na armadilha da ineficácia. Para nos tomarmos eficazes, temos que desenvolver novos padrões e substituir os antigos, que são subconscientes. Este processo é a ''reformulação''. Conforme desenvolvemos nossos valores e estabelecemos metas que os aplicam, estamos nos reformulando, substituindo padrões ineficazes de pensamento e comportamento por outros eficazes. Isto não é fácil, porque nossa tendência é voltar ao "automático". A reformulação precisa ser um processo consciente, um hábito de conscientização e criação mental deliberada baseado em intenções claras.

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SEMINÁRIO DE DECLARAÇÃO DE MISSÃO Uma Declaração de Missão Pessoal pode ser um instrumento poderoso no sentido de dar direção e significado à sua vida. � Escrever uma Declaração de Missão Pessoal estimula você a pensar detalhadamente sobre

a sua vida. Faz com que você expanda suas perspectivas e examine seus pensamentos e sentimentos mais profundos. Neste processo, você esclarece o que é realmente importante para você.

� O ato de escrever a declaração fIXa os valores e objetivos autoselecionados em sua mente.

Eles podem se tomar parte do software de sua mente, dando direção e um senso de compromisso a valores que você se comprometeu a observar.

� Através da conexão da missão com os planos semanal e diário, você consegue obter

benefícios diretos, imediatos deste documento, que mantêm ativa a sua visão pessoal viva durante o dia-a-dia.

Quando tiver completado as seis etapas abaixo, você terá escrito um primeiro rascunho de uma Declaração de Missão Pessoal que dará inspiração, direção e orientação à sua vida. O processo de escrever uma declaração de missão envolve descoberta e criação, pois você se tomará mais consciente dos talentos naturais e das tendências que sempre teve. Não apresse o processo; em vez disso, use o tempo necessário e pense profundamente sobre as perguntas abaixo. ETAPA UM: PESSOA INFLUENTE

1. Quem afetou sua vida para sempre, de modo significativo? Identifique uma pessoa que (consciente ou inconscientemente) exerceu uma influência positiva em sua vida.

2. Enumere as qualidades que você mais admira nessa pessoa.

3. Que qualidades você obteve desta pessoa?

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ETAPA DOIS: DEFININDO QUEM VOCÊ DESEJA SE TORNAR

É relativamente fácil definir as coisas que desejamos ter (posses, dinheiro) e o que queremos fazer (experiências, viajar, etc.), mas uma abordagem de dentro para fora à vida começa com uma definição do que gostaríamos de ser (qualidades do caráter). O objetivo das três perguntas a seguir é esclarecer suas idéias em cada uma destas áreas. O poder legítimo em nossas vidas sempre se origina do ser. 1. O que quero ter (posses):

2. O que quero fazer (experiência):

3. O que quero ser (qualidades do caráter):

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ETAPA TRÊS: DEFININDO SEUS PAPÉIS DE VIDA

Você vive sua vida através de papéis - não no sentido de personagens, mas em categorias de vida autênticas que resolveu implantar. Você pode ter papéis no trabalho, na família, em organizações comunitárias e em outras áreas de sua vida. Estes papéis podem lhe proporcionar um cenário natural para ajudá-lo a definir o que deseja ser. Sua vida profissional ou de trabalho pode conter diversos papéis. Por exemplo, você pode ter um papel administrativo, um de marketing, um de gerente e ainda outro, de alguém que cuida do planejamento a longo prazo. Você pode definir seu papel familiar simplesmente por "membro da família". Ou pode preferir dividi-lo em papéis, tais como "esposa" e "mãe". Exemplos dos papéis de uma determinada pessoa: Esposa/Mãe; Gerente de Vendas; Membro da Força de Trabalho; Preparadora de

Planejamento Estratégico; Membro da Associação de Pais e Mestres; Amiga.

Escreva seus papéis no espaço apropriado da página 29. Em seguida, identifique uma pessoa-chave relacionada a cada papel. Projete-se no tempo, para o fim de sua vida e escreva uma declaração curta informando os sentimentos e idéias dessa pessoa conforme você gostaria de ser descrito nesse papel particular.

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FOLHA DE EXERCÍCIO – PAPÉIS

Papéis

Pessoa – Chave Declaração

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

_______________________

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ETAPA QUATRO: ESCREVA UM RASCUNHO DE SUA DECLARAÇAO DE MISSAO PESSOAL

Quando acreditar que tem uma idéia precisa de como seus papéis contribuem para as qualidades de caráter que você gostaria de fortalecer ou adquirir, escreva um rascunho de sua Declaração de Missão Pessoal. Leve o rascunho consigo e inclua, adicione e retire anotações antes de tentar preparar outro rascunho.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Use esta Lista de Verificação de Aplicação para esclarecer sua compreensão do Hábito 2, "Comece com o Objetivo em Mente", ou para verificar seu progresso. A mesma permite que você faça a verificação com base nas três perguntas a seguir: � Sei o que significa "Comece com o Objetivo em Mente"? � Criei as condições que dão suporte a "Comece com o Objetivo em Mente"? � Estou fazendo o necessário para estabelecer "Comece com o Objetivo em Mente" como

um hábito em minha vida? PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que significa "Comece com o Objetivo em Mente"? � Um processo de criação mental que precede e orienta a criação física.

Esta criação mental é uma idéia, meta, plano ou intenção que orienta nossas ações. � Escrever uma declaração de missão pessoal.

Nossa declaração de missão define o que acreditamos, valorizamos e o que queremos fazer de nossas vidas.

� Considerar a vida como sendo um conjunto de papéis.

Papéis nos permitem ver a vida em categorias. � Estabelecer metas para cada papel.

Metas transformam valores gerais em projetos específicos. � Um processo de auto-descoberta.

Descobrimos nossos interesses, talentos, valores e aspirações. PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte a "Comece com o Objetivo em Mente"? � Sou proativo?

Começamos com o Objetivo em Mente somente quando vemos que somos capazes de escolher nossas respostas e determinamos o que faremos de nós mesmos.

� Percebo que as criações físicas não podem ser melhores que as criaçõeS mentais que as precedem? Nossas criações físicas são simplesmente criações mentais concretizadas por nossas ações.

� Assumi o compromisso de encontrar significado e objetivo em minha vida? Objetivo e significado são o ponto principal deste hábito.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 3: Estou fazendo o necessário para estabelecer "Comece com o Objetivo em Mente" como um hábito em minha vida? � Escrevi uma Declaração de Missão Pessoal?

Nossa declaração de missão age como orientação para unificar e direcionar tudo que fazemos.

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� Determinei meus principais papéis? Nossos papéis organizam nossas atividades e nos ajudam a manter o equilíbrio em nossas vidas.

� Estabeleci metas para cada um de meus papéis?

Nossas metas nos ajudam a adotar as ações necessárias para realizar nossa missão.

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HÁBITO 3

PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE

O Hábito do Gerenciamento Pessoal

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HÁBITO 3 - PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE O HÁBITO DO GERENCIAMENTO PESSOAL A Matriz de Gerenciamento do Tempo e Atividades de Alta Alavancagem RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Obtemos controle do tempo e dos eventos vendo como eles se relacionam com nossa

missão.

As demandas por nosso tempo são importantes ou sem importância. urgentes ou não urgentes. Coisas importantes servem à nossa missão; coisas não importantes não. Coisas urgentes têm um prazo premente; coisas não urgentes não o têm. A combinação destas duas dimensões - importância e urgência - cria quatro categorias de demanda de tempo: Categoria l - coisas urgentes e importantes - problemas e crises. Exemplo: nosso carro quebra quando estamos indo trabalhar. Categoria 2 - coisas importantes que não são urgentes. Estas são oportunidades e atividades CP que executamos antes da hora para prevenir problemas e crises. Exemplo: desenvolver um relacionamento melhor com colegas fazendo depósitos na Conta Bancária Emocional. Categoria 3 - coisas que acreditamos serem urgentes sem na realidade serem importantes. Estas são as coisas que chamamos de imediatas, prementes e populares. Exemplo: um telefone que toca. Categoria 4-coisas que não são nem urgentes nem importantes. Exemplo: leitura de "fuga" ou televisão. Estas quatro categorias formam a Matriz de Gerenciamento de Tempo que se encontra na página seguinte.

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A MATRIZ DE GERENCIAMENTO DO TEMPO

Urgente Importante

ATIVIDADES:

Crises Problemas prementes

Não Urgente Importante

ATIVIDADES: Atividades CP Planejamento

Desenvolvimento de relacionamentos Oportunidades

Preparação Prevenção de crises

Urgente Importante

ATIVIDADES:

Interrupções Alguns telefonemas

Correspondência e relatórios Algumas reuniões

Muitos assuntos imediatos, prementes Muitas atividades populares

Não Urgente Importante

ATIVIDADES:

Atividades de protelação Atividades improdutivas

Algumas correspondências Alguns telefonemas

Leitura de “fuga” e TV Atividades que causam perda de tempo

OS QUATRO QUADRANTES DE ATIVIDADE DE TEMPO Todas as escolhas relacionadas a tempo se enquadram em um dos quatro quadrantes. Podemos saber como lidar com elas determinando onde se enquadram. 2. Solucionamos problemas de gerenciamento de tempo dando prioridade às atividades

do Quadrante 2. A Matriz de Gerenciamento de Tempo nos mostra os sintomas, a causa e a cura para os problemas de gerenciamento de tempo. O Quadrante 1 é o quadrante dos "sintomas". É o quadrante das coisas urgentes e importantes, o quadrante do gerenciamento de crises, ou do apagar incêndios. Todos os problemas de gerenciamento de tempo acabam aparecendo no Quadrante 1. Os Quadrantes 3 e 4 são os dois quadrantes das "causas". Nós despendemos tempo fazendo coisas urgentes mas não importantes (Quadrante 3) ou fazendo coisas desnecessárias (Quadrante 4). O Quadrante 2 é o quadrante da “cura". No Quadrante 2 fazemos coisas somente porque elas servem à nossa missão. Elas não têm outra urgência. Aqui mantemos nossos recursos e desenvolvemos nossas oportunidades. Gerenciamos nosso dinheiro, cuidamos de nossa casa e

1 2

3 4

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de nossos pertences, desenvolvemos nossas habilidades profissionais, fazemos depósitos nas Contas Bancárias Emocionais de outros e comunicamos de modo significativo com os que nos rodeiam. Solucionamos problemas de gerenciamento de tempo transferindo tempo dos Quadrantes 3 e 4, que são as causas, para o Quadrante 2, que é a cura. Ao fazê-lo, prevenimos algumas crises e problemas do Quadrante 1 e, portanto, passamos a controlar nossas vidas. A habilidade que se aplica à cura é a capacidade de dizer "Não". Dizemos "Não" a algumas coisas prementes e populares e dizemos "Não" a algumas coisas agradáveis porque atividades mais importantes demandam o nosso tempo. Ao fazê-lo, substituímos as satisfações da popularidade e do prazer pelas satisfações maiores da eficácia e de estarmos alinhados com o nosso propósito. 3. Passando dos Quadrantes 3 e 4 para o Quadrante 2, substituímos a reatividade pela

proatividade. As atividades dos Quadrantes 3 e 4 são respostas reativas--escolhas baseadas em sentimentos temporários. As escolhas do Quadrante 3 são respostas a um senso de urgência temporário. Muitas vezes são escolhas "boas", em geral populares, mas não servem à nossa missão. As escolhas do Quadrante 4 são agradáveis mas improdutivas. Algumas atividades valiosas - como leitura e recreação - podem se tornar atividades do Quadrante 4 se exagerarmos. As escolhas do Quadrante 2 são proativas porque são baseadas em valores. Elas não são urgentes. Urgência é a ressaca da bebedeira da reatividade, que provém de ignorarmos valores. Proatividade - ou a atenção aos valores - é a cura.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Pense em seu último dia de trabalho. Então, com a maior precisão possível, indique as atividades específicas de seu dia no formulário abaixo. Provavelmente não conseguirá se lembrar de tudo, mas tente ser o mais específico possível. Estas informações são apenas suas, e você não terá que informá-las aos outros.

REGISTRO DE ATIVIDADES Hora Atividade Quad. Hora Atividade Quad.

00 00 15 15 30 30

7

45

15

45 00 00 15 15 30 30

8

45

16

45 00 00 15 15 30 30

9

45

17

45 00 00 15 15 30 30

10

45

18

45 00 00 15 15 30 30

11

45

19

45 00 00 15 15 30 30

12

45

20

45 00 00 15 15 30 30

13

45

21

45 00 00 15 15 30 30

14

45

22

45

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PONTOS DE RESUMO: Hábitos 1, 2 e 3 � Para sermos proativos, nossos valores devem ser claramente definidos. � A preparação por escrito de uma Declaração de Missão Pessoal focaliza o pensamento

consciente em nossos valores. � A realização de sua missão pessoal depende dos papéis e metas que você escolher para si

e da eficácia com que você as executar. � A revisão semanal dos papéis e metas e a preparação de um plano semanal de

conformidade com as prioridades fornece a perspectiva para Primeiro o Mais Importante em base diária.

� Quando desenvolvemos nosso hábito Primeiro o Mais Importante, nossa eficácia pode ser

muito aprimorada pelas atividades de alta alavancagem do Quadrante 2.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Esta lista de Verificação de Aplicação é um instrumento de Aplicação Individual. Você pode usá-la para verificar como está em relação às três perguntas a seguir: � Sei o que significa "Primeiro o Mais Importante"? � Criei as condições que dão suporte a "Primeiro o Mais Importante"? � Estou fazendo o necessário para agir de conformidade com "Primeiro o Mais Importante"? Reveja a Lista de Verificação sempre que precisar reafirmar seu compromisso com "Primeiro o Mais Importante". PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que significa ''Primeiro o Mais Importante?" � Organizar e executar de acordo com as prioridades.

Prioridades são atividades que servem a nossa missão, papéis e metas.

� Substituir algumas atividades do quadrante 3 e 4 por atividades do quadrante 2. Os quadrantes 3 e 4 são escolhas reativas. Elas inevitavelmente levam ao gerenciamento de crises. O quadrante 2 é o quadrante das escolhas proativas. Focalizando o quadrante 2 evitamos crises e assumimos o controle do nosso tempo.

� Delegar responsabilidades em vez de ações específicas. Economizamos tempo para nós mesmos ajudando as pessoas a se tornarem mais independentes em suas responsabilidades, considerando-as suas.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte a "Primeiro o Mais Importante?" � Preparei minha Declaração de Missão Pessoal por escrito?

Assumimos o controle do tempo e dos eventos ao ver como se relacionam com nossa missão.

� Organizei minhas atividades em um conjunto de papéis?

A visão de nossa vida através de papéis nos ajuda a entender sua estrutura e nos permite obter equilíbrio.

� Estabeleci metas para cada papel?

Metas transformam nossa missão geral em projetos específicos ou realizações em nossos papéis.

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HÁBITO 4

PENSE EM VENCER - VENCER

O Hábito da Liderança Interpessoal

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HÁBITOS 4, 5 E 6 OS HABITOS DA EFICACIA INTERPESSOAL Os três hábitos seguintes das pessoas muito eficazes são:

Hábito 4: Pense em Vencer - Vencer Hábito 5: Procure Primeiro Compreender. Depois Ser Compreendido Hábito 6: Sinergize

Estes são os hábitos da eficácia interpessoal. Eles levam as pessoas da independência à interdependência. Pense em Vencer - Vencer é o hábito da Liderança Interpessoal O Hábito 4, Pense em Vencer – Vencer, significa querer que tanto você quanto as outras pessoas vençam. Ele resulta da Mentalidade de Abundância: o princípio de que existe o suficiente para todos - o fato de uma pessoa vencer não significa que uma outra precisa perder. Vencer - Vencer é uma convicção da Terceira Alternativa: uma solução que dá a todos o que desejam. Vencer - Vencer une as pessoas de maneira útil, oferecendo apoio. Procure Primeiro Compreender é o hábito da Comunicação. O Hábito 5, Procure Primeiro Compreender, significa adiar sua própria necessidade de ser compreendido por um tempo suficiente para entender totalmente outra pessoa. Significa estar genuinamente interessado em buscar o ponto de vista de outra pessoa. concordando ou não com o mesmo. É uma atitude e uma habilidade - uma atitude de abertura juntamente com a habilidade de escutar empaticamente. Procure Primeiro Compreender ajuda você a procurar alternativas vantajosas para ambos. Sinergia é o hábito da Cooperação Criativa. O Hábito 6, Sinergize, significa dar valor ao fato de que as diferenças em um relacionamento podem ser uma fonte de informações e criatividade. Usar outros pontos de vista pode multiplicar a eficácia de uma interação; criar sinergia é uma experiência de verdadeira interdependência.

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HÁBITO 4 – PENSE EM VENCER – VENCER O HÁBITO DA LIDERANÇA INTERPESSOAL Criando Relacionamentos Vencer - Vencer RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Vencer - Vencer significa procurar soluções que permitem que todos vençam. Vencer - Vencer significa que vivemos em um mundo interdependente, agindo cooperativamente dentro dele. Isto significa que, para sermos bem sucedidos na maioria dos setores da vida, temos que cooperar com outras pessoas. Quando consideramos nossa interdependência, nós nos dedicamos a cooperar com outras pessoas de tal modo que asseguramos sucesso mútuo e permitimos que todos saiam vencedores. Esta é a atitude Vencer - Vencer. Ela facilita nossas interações com outras pessoas e produz acordos e soluções a desafios que permitem a todos obter o que desejam. Vencer - Vencer é o oposto do princípio puramente competitivo que diz que alguém deve perder. Muitas vezes as pessoas iniciam negociações esperando criar um vencedor e um perdedor, e normalmente elas apresentam uma dentre as duas atitudes subconscientes a seguir, sobre quem deve ser o vencedor. Se quisermos vencer não importando o custo, funcionamos com uma atitude Vencer - Perder. Se, em nossa opinião, for aceitável sacrificar nossos interesses para outros vencerem, funcionamos com uma atitude Perder - Vencer. O sacrifício em benefício de outros pode parecer mais nobre do que ganhar a qualquer custo e, de certa maneira, talvez o seja; entretanto, ambas as atitudes causam perda a alguém, pois presumem que alguém deve perder, o que geralmente não é o caso. A ilusão das atitudes perdedoras - encorajada pelos termos Vencer - Perder e Perder – Vencer - é que elas geram apenas um perdedor. Mas quando uma circunstância é verdadeiramente interdependente - significando que para vencer é necessária cooperação - a perda de uma pessoa acaba se transformando em perda para ambas as partes. As pessoas que consistentemente perdem acabarão não negociando com vencedores altamente competitivos; apesar de parecer desvantagem somente para o perde dor, isso na verdade enfraquece as opções do “vencedor” e interrompe um relacionamento interdependente que poderia ser vantajoso. 2. Relacionamentos bem sucedidos se desenvolvem sobre uma base Vencer - Vencer. Existe uma história sobre pessoas em um jantar que se encontram sentadas frente à frente, com seus braços amarrados a colheres de cabo tão comprido que não podem levá-las à boca: elas precisam alimentar uma à outra. Esta analogia se presta à maioria das atividades mais significativas da vida. Temos que "alimentar" uns aos outros. Somente relacionamentos Vencer - Vencer nos permitem participar destas atividades interdependentes. Além disso, quando estabelecemos um relacionamento significativo com outra pessoa, incluímos aspectos da vida que são diferentes da existência individual. Existem emoções que não podemos sentir sozinhos e conhecimentos que não podemos adquirir sozinhos. A atitude Vencer - Vencer nos permite experimentar essas facetas interdependentes da vida.

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3. Temos que nos reformular para pensar em Vencer - Vencer. Normalmente, quando falamos em "script" (em nosso caso - formulação), imaginamos as linhas que um ator precisa decorar para o teatro. Recentemente o campo da psicologia popular passou a usar a palavra script no sentido de condicionamento ou programação social a partir de nossa educação. A formulação cultural visando atitudes e hábitos vencer-perder é forte e constante. O amor condicional é uma das fontes poderosas. Se formos amados quando satisfazemos as expectativas de nossos pais e ameaçados com desdém, falta de respeito, impaciência ou mesmo crueldade quando não o fazemos, nosso amor próprio resultará de opiniões, comparações ou competições e não de fontes intrínsecas. Na criança, a formulação vencer-perder ocorre quando ânsias e desejos profundos de ser amada e de pertencer são satisfeitos sob a condição de comportamentos "aceitáveis" ou “vencedores”. Elas sentem o poder de atitudes sutis, quase imperceptíveis de ser comparadas e classificadas em relação a outras. Quando recebemos amor em base muito condicional, nossos medos se distorcem. Fazemos quase qualquer coisa para obter o amor de que precisamos. Observe o terror que aparece no rosto de uma criança que se sente perdida ou sozinha em um lugar público e você começará a sentir o enorme poder de formulação dos pais. O medo leva as pessoas ao pensamento vencer-perder. Muitas vezes os adultos são produtos da formulação vencer - perder da "curva de distribuição normal" do mundo acadêmico. A formulação acadêmica e esportiva também pode ser transportada para as profIssões da advocacia, políticas e empresariais, em que são comuns as comparações, competições e torneios. Muitos nunca questionam as suposições ou valores fundamentais sobre os quais se baseia esta formulação. Eles somente pensam que a vida é assim ou que é assim que a vida deveria ser. A menos que as pessoas realmente passem por verdadeiras experiências Vencer - Vencer com determinadas pessoas-chave (modelos ou mentores), elas considerarão vencer - vencer apenas um princípio abstrato. Poderão entender intelectualmente, mas na realidade não acreditam. Em seu íntimo, elas acreditam que de certa maneira Vencer - Vencer não é realista, que vencer perder ou perder - vencer é a única postura realista. Elas têm dificuldade em confiar na vida ou em serem felizes com o sucesso de outros, especialmente se se tratar de alguém próximo ou de sua família. A maneira de escapar de nossas formulações perdedoras é escrever novas, usando os processos descritos nos Hábitos 2 e 3. Muitas vezes reformular é um processo gradual, com insucessos e frustrações antes que se instale um novo paradigma eficaz. Mas vale a pena, pois independentemente do esforço necessário, Vencer - Vencer é a entrada para os benefícios da interdependência, onde se encontram muitas das experiências mais gratificantes da vida.

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EXERCÍCIO EM PEQUENOS GRUPOS Três situações em que duas pessoas estão tentando chegar a um acordo sobre uma questão encontram-se abaixo. Escolha uma das questões para discutir ou, se preferir, selecione uma situação real. Em cada situação você ocupará uma das duas posições. Sua meta é começar a examinar as necessidades profundas, em um esforço para encontrar uma solução Vencer - Vencer. Crie "listas de desejos" e, então, a partir dessas listas, crie uma Terceira Alternativa que permita a você e seu companheiro vencerem. Lembre-se que, para se chegar a uma Terceira Alternativa, normalmente é necessária uma mudança de paradigmas por parte de uma ou ambas as pessoas.

QUESTÃO nº 1: Um adolescente deve possuir seu próprio automóvel? Posição do adolescente: "Quero ter meu próprio automóvel". Posição dos pais: "Não quero que meu filho tenha seu próprio automóvel”

Lista de Desejo do Adolescente Lista de Desejo dos Pais Terceira alternativa:

QUESTÃO nº 2: Um funcionário deve ter horário de trabalho flexível? Posição do supervisor: “Os funcionários deste departamento devem trabalhar das 8:00 às 17:00 horas todos os dias. Esta é a melhor maneira de assegurar que as necessidades dos nossos clientes sejam cumpridas”. Posição do funcionário: “Gostaria de ter mais flexibilidade para estabelecer meu horário de trabalho”.

Lista de Desejo do Supervisor Lista de Desejo do Funcionário Terceira alternativa:

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Esta Lista de Verificação de Aplicação é um instrumento de Aplicação Individual. Você pode usá-la para verificar como está em relação às três perguntas a seguir: � Sei o que é Vencer - Vencer? � Criei as condições que dão suporte a Vencer - Vencer? � Estou adotando ações que estabelecem Vencer - Vencer? PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que é Vencer - Vencer? Vencer - Vencer é... � Um compromisso com acordos que permitem que todos vençam.

Quando duas pessoas discutem para chegar a um acordo, cada uma delas tem uma lista pessoal de coisas que deseja. Vencer - Vencer significa procurar acordos que forneçam o máximo benefício para ambas.

� Um equilíbrio entre coragem e consideração.

Pessoas corajosas que não têm consideração criam contratos VencerPerder. Pessoas com consideração mas sem coragem criam contratos Perder-Vencer. Contratos Vencer - Vencer provêm do fato de a coragem e a consideração existirem equilibradamente.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte a Vencer- Vencer? � Sou proativo?

Vencer - Vencer é uma posição proativa. Ela vem de valores, focaliza a ação positiva e é o oposto de julgamento e atribuição de culpa.

� Estabeleci uma Mentalidade de Abundância?

A Mentalidade de Abundância dá suporte a Vencer - Vencer focalizando nossa atenção em um nível de metas e valores em que provavelmente os nossos interesses são mais compatíveis.

� Equilibro coragem e consideração? Se cuidarmos de ambas, estas duas qualidades do caráter criam o equilíbrio uma da outra. Quando estão equilibradas, é mais fácil atingir Vencer - Vencer.

� Tenho integridade? Meus atos combinam com minhas palavras?

A integridade pessoal da pessoa envolvida é a força que baseia todos os contratos Vencer - Vencer.

� Reconheço que ninguém vence a menos que todos vençam?

Quando trabalhamos em relacionamentos interdependentes que devem continuar por muito tempo, não podemos vencer às custas do outro. Nossas perdas são compartilhadas.

� Sou paciente?

Contratos Vencer - Vencer resultam de um processo. Às vezes a impaciência pode tomar o processo mais lento.

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PONTO DE VERIFICAÇÃO 3: Estou adotando ações que estabelecem Vencer- Vencer? • Mantenho o processo de comunicação?

A Terceira Alternativa resulta da discussão sobre as alternativas um e dois, e com freqüência vem na forma de ruptura.

• Procuro a Terceira Alternativa tentando compreender as necessidades da outra

pessoa e questionando as minhas? Quando questionamos nossos paradigmas e tentamos expandi-los. ambos melhoramos nossos próprios paradigmas e damos aos outros a liberdade de questionar e melhorar os seus.

• Ajudo a criar sistemas que recompensam Vencer - Vencer?

Contratos Vencer - Vencer provavelmente não sobrevivem em sistemas que não lhes dão suporte.

• Mantenho saldos altos nas Contas Bancárias Emocionais?

Pessoas que não confiam uma na outra não criam contratos Vencer - Vencer. A confiança resulta de repetidos depósitos nos saldos da Conta Bancária Emocional. Quando existe muita confiança, os contratos Vencer - Vencer são um resultado natural.

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HÁBITO 5

PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER

DEPOIS SER COMPREENDIDO

O Hábito da Comunicação

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HÁBITO 5 – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO O HÁBITO DA COMUNICAÇÃO Diagnostique Antes de Prescrever RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Discussões são mais fáceis quando uma das partes está disposta a primeiro

compreender. Onde começa a com preensão? A exigência de sermos compreendidos é uma maneira de dizer “Abra sua mente para mim”, Desejar compreender a outra pessoa é uma maneira de dizer “Abrirei minha mente para você”. As duas diferem tanto em tom e significado, que é difícil usar ambas ao mesmo tempo. Portanto, em geral focalizamos uma ou a outra. A maioria das pessoas deseja apenas ser compreendida. Com grandes vantagens para o relacionamento, podemos ser diferentes, se procurarmos primeiro compreender. Quando procuramos compreender, aplicamos o princípio da empatia. Empatia é uma palavra grega. O prefixo em significa "dentro de", paria vem de pathos, que significa "sentimento" ou "sofrimento". Portanto, existe empatia quando, por assim dizer, nós

nos colocamos dentro da outra pessoa para experimentar seus sentimentos da mesma maneira que essa pessoa os experimenta. Isto não quer dizer que concordamos, significa somente que compreendemos o seu ponto de vista. Depois que compreendemos, podemos passar para a segunda etapa da interação: procurar ser compreendido. Agora é mais provável que sejamos realmente compreendidos, pois a necessidade da outra pessoa, de ser compreendida, foi satisfeita. Então, quando ambas as partes entendem plenamente os dois pontos de vista, podem trabalhar a partir deste ponto para descobrir a Terceira Alternativa. 2. Para compreender outra pessoa, precisamos estar dispostos a ser influenciados. Quando procuramos compreender, demonstramos a disposição de sermos influenciados pelo ponto de vista da outra pessoa. Superficialmente, pelo fato de estarmos abertos às idéias de outra pessoa pode parecer que estamos admitindo que talvez estejamos errados. Visto que quase ninguém gosta de estar errado, poucas pessoas estão dispostas a serem abertas, e é por isso que nossa tendência é iniciar uma discussão com o objetivo imediato de defender nossa posição, isto é, de sermos compreendidos. Em situações interdependentes realmente não se aplicam as idéias "certo" e "errado", ou "vencedores" e "perdedores", Situações interdependentes têm Terceiras Alternativas e vitórias compartilhadas-posições totalmente novas que as pessoas criam em conjunto, É isto que estamos buscando quando nos abrimos para sermos influenciados. 3. Quando somos abertos, damos às pessoas espaço para se livrarem de suas posições

estabelecidas e considerar alternativas. Quando estamos realmente interessados nos pontos de vista de outras pessoas, nossa sinceridade cria um clima que lhes permite examinar as idéias - tanto as delas como as nossas - sem serem ameaçadas. Sem se sentir ameaçadas, as pessoas se libertam mais facilmente de suas posições e consideram outras que favorecem tanto a elas quanto a nós.

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4. Procurar primeiro compreender nos permite agir de uma posição de conhecimento. Procurar primeiro compreender é um princípio universal da eficácia. Os médicos o aplicam ao diagnosticar, os advogados quando tomam depoimentos, os vendedores quando verificam as necessidades de seus clientes. Aplicamos o mesmo princípio em nossos relacionamentos interpessoais quando procuramos compreender antes de procurar ser compreendidos. Isto nos permite agir com base no conhecimento e não na ignorância. 5. Procurando compreender, obtemos influência no relacionamento. Quando despendemos tempo para compreender as pessoas, é mais provável que elas nos permitam int1uenciá-Ias. Ficamos angustiados quando somos agredidos pela posição fixa de alguém, mas gostamos de ser compreendidos. O contraste entre ambos é tão forte que as pessoas tendem a ser flexíveis e dispostas em relação aos que as compreendem e resistentes aos que não o fazem. Naturalmente, se então usarmos nossa int1uência para impor nossa posição, provavelmente nós a perderemos. Esta ligação entre compreensão e influência é delicada e persiste somente enquanto nossas intenções forem inquestionáveis e suportadas por um compromisso Vencer - Vencer ou Nenhum Negócio. 6. Procure primeiro compreender leva as pessoas a descobrir a Terceira Alternativa. Quando procuramos compreender, estimulamos o seguinte processo: Primeiro: as pessoas ficam menos na defensiva em relação às suas posições. Segundo: elas se tornam mais abertas para a pergunta "Corno podemos ambos obter o que desejamos?" Terceiro: quando se afastam de sua posição, começam a ver mais claramente seus próprios valores e podem usá-los como orientação para criar e avaliar outras opções. Quarto: considerando outras opções em conjunto, elas desenvolvem uma Terceira Alternativa.

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ESCUTE COM OS OLHOS PARA PERCEBER OS SENTIMENTOS RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Para compreender realmente, temos que escutar mais que as palavras. Palavras são fracas quando comparadas com a riqueza e a complexidade das idéias que precisamos expressar. Elas são particularmente pobres para expressar sentimentos. por exemplo, embora os sentimentos sejam aquilo que as pessoas mais desejam que compreendamos. Portanto, quando procuramos compreender, precisamos observar além das questões superficiais descritas pelas palavras, para considerar como as pessoas se sentem. Quando as pessoas sentem que estamos tentando entender seus sentimentos e suas palavras, sua tendência é sentir-se seguras. Então, quando elas se sentem seguras. podemos discutir as questões. Afastando os sentimentos, as palavras se tomam mais claras e perdem as implicações emocionais; podemos então usá-las mais facilmente para explorar opções e possibilidades. 2. Empatia é escutar com os olhos e o "coração". Como mencionamos. sentimentos raramente aparecem em palavras. Eles são revelados através de expressões faciais sutis, na postura do corpo e em outras indicações não verbais que observamos "escutando" com os olhos. Ao contrário das palavras. as indicações não verbais são multidimensionais e complexas. Portanto, nem sempre podemos entendê-las de maneira lógica e racional. Nós quase que as sentimos mais do que entendemos, com a dimensão adicional da compreensão que os poetas chamam de "coração". Portanto, escutar empaticamente é escutar com os olhos e o coração. além de com os ouvidos. Notamos expressões não verbais e percebemos os sentimentos da outra pessoa. 3. Escutar empaticamente é escutar profundamente e em seguida indicar que

entendemos o que a outra pessoa está expressando. Escutar empaticamente é uma habilidade. Ela é praticada através da "reflexão". Reflexão significa colocar em outras palavras, usando a maior clareza possível. o que estamos entendendo. Colocando o que compreendemos em outras palavras, estaremos em condições de examinar a questão juntamente com a outra pessoa. Estas afirmações sobre nossa compreensão nem sempre precisam ser verbais. O ponto é transmitir nossa compreensão à outra pessoa e. assim como ela consegue expressar sentimentos com maior clareza usando indicações não verbais do que através de palavras, muitas vezes refletimos nossa compreensão dessa pessoa com maior clareza através de indicações não verbais. Escutar empaticamente é particularmente importante em três situações: � Quando a interação tem um componente emocional forte. � Quando não temos certeza de que estamos compreendendo. � Quando não temos certeza de que a outra pessoa confia que estamos compreendendo.

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Sob outras circunstâncias, respostas empáticas podem ser contraproducentes. Não precisamos refletir nossa compreensão e tampouco isto seria apreciado. quando alguém nos pergunta onde fica o toalete. 4. Respostas empáticas podem levar ambas as pessoas à compreensão. Algumas vezes as pessoas que estamos escutando podem não ser totalmente claras sobre seus sentimentos e seu ponto de vista sobre as questões. Portanto, sua interação conosco pode esclarecer as coisas tanto para elas como para nós. Com freqüência a clareza aparece quando nos ouvem refletir o que estamos compreendendo. Elas podem se dizer, "Sim, é isso que quero dizer", quase que surpresas por escutar suas idéias expressas tão claramente. Na verdade, nosso objetivo ao refletir deve ser de expressar o ponto de vista das outras pessoas melhor que elas mesmas. .Muitas vezes isto é possível. pois elas estão muito próximas do fato e com freqüência torna-se difícil para elas separar os diferentes aspectos de uma questão. Visto que estamos escutando de fora, podemos perceber coisas que elas não notaramsuposições que elas não esclareceram, por exemplo, ou relacionamentos que elas omitiram. Este é o tipo de coisa que não podemos fazer quando estamos na defensiva ou quando escutamos através dos filtros da nossa própria experiência. 5. Escutar empaticamente permite às outras pessoas explorar seus sentimentos em seu

próprio ritmo e direção. O importante sobre escutar empaticamente é que fornece ar psicológico aos outros. Leva-os a expressar e explorar seus sentimentos sem se sentir ameaçados, sem sentir a necessidade de se defender e lutar pela sobrevivência. O motivo para refletirmos enquanto exploramos, em vez de sondar e aconselhar, é que não nos encontramos em posição de explorar. Em outras palavras, não estamos onde se encontra o tesouro. O terreno interno é complexo e precisamos deixar sua exploração para a pessoa que vive lá. É por esse motivo que respostas autobiográficas são tão prejudiciais. Elas implicam que conhecemos o terreno quando o contrário é verdadeiro. Ou colocam a outra pessoa em nosso terreno, onde podemos manipular e impor. Respostas empáticas não forçam. Refletimos aspectos do terreno, porém nada mais do que o proprietário nos forneceu. E, mesmo assim, nossa reflexão pode iluminar aspectos do terreno que o proprietário não estava vendo. Somos parte do processo - um amplificador de sinais - mas não o controlamos. É esta sensibilidade ao se escutar empaticamente que permite que a exploração prossiga.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Esta Lista de Verificação de Aplicação é um instrumento de aplicação individual. Você pode usá-la para verificar como está em relação às três perguntas a seguir: � Sei o que é Procure Primeiro Compreender? � Criei as condições que dão suporte a Procure Primeiro Compreender? � Estou adotando ações que estabelecem o hábito Procure Primeiro Compreender? Reveja a Lista de Verificação sempre que você precisar reafirmar seu compromisso com o princípio Procure Primeiro Compreender. PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que é Procure Primeiro Compreender? Procure Primeiro Compreender é: � O objetivo de descobrir os sentimentos e desejos da outra pessoa tão clara e

precisamente quanto possível. Quando procuramos compreender a outra pessoa, permitimos que ela se sinta segura.

� A aplicação das habilidades de refletir e escutar empaticamente. Escutar refletindo fornece um "feedback" que conduz, tanto a nós quanto a outra pessoa, através do processo de descoberta.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte a Procure Primeiro Compreender? � Tenho uma atitude Vencer - Vencer?

A atitude dá força à habilidade. � Liberei-me da ligação às minhas atitudes e posições?

Enquanto estamos nos defendendo, não conseguimos entender.

� Estou aberto à possibilidade de que existem outras perspectivas? Quando realmente procuramos compreender, nós nos tomamos abertos a influências.

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HÁBITO 6

SINERGIZE

O Hábito da Cooperação Criativa

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HÁBITO 6 – SINERGIZE O HÁBITO DA COOPERAÇÃO CRIATIVA Valorize as Diferenças RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. Sinergia significa que um mais um é igual a três ou mais. Quando duas ou mais pessoas trabalham juntas para compreender algo, elas criam um fenômeno denominado "sinergia". A sinergia permite descobrir em conjunto coisas que provavelmente não descobriríamos sozinhos. A sinergia ocorre quando as mentes estimulam uma à outra e idéias fazem surgir idéias. Eu digo algo que estimula a sua mente; você responde com uma idéia que estimula a minha. Conto minha nova idéia a você, e o processo se repete e até mesmo se desenvolve. A sinergia pode ser um processo de criatividade divertido, em que as idéias fluem quase que sozinhas e nós ficamos mais atentos que normalmente. Este estado é um produto do trabalho conjunto das mentes e é muito mais difícil de atingir quando pensamos apenas sozinhos. 2. Sinergia é o processo que reveja a Terceira Alternativa. Quando duas pessoas discutem sobre uma divergência, provavelmente não a resolverão porque uma está tentando provar que a outra está errada. Se, pelo contrário, abrandarem suas atitudes e decidirem procurar uma solução mutuamente satisfatória, começarão a falar de maneira cooperativa, trabalhando juntas em busca de um objetivo comum. Agora suas idéias podem se tornar mutuamente estimulantes, levando a um número ainda maior de idéias, em um ciclo auto-reforçador. Isto é sinergia e, se as pessoas continuarem durante o tempo suficiente, provavelmente descobrirão uma Terceira Alternativa que permite que as duas vençam. 3. A maneira de gerar sinergia é criar um contexto que lhe dá suporte. Não podemos criar a sinergia diretamente. É um produto derivado; uma tentativa demasiadamente fone de criá-la poderá até impedir que ocorra. Portanto, nossa meta não é criar a sinergia, mas criar o ambiente em que ela prospera. Os elementos para esse clima incluem (1) a atitude VencerVencer, (2) procurar primeiro compreender e (3) uma convicção em nossa capacidade de encontrar uma Terceira Alternativa. Em outras palavras, este hábito se desenvolve diretamente sobre os dois que o precedem.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Esta Lista de Verificação de Aplicação é um instrumento de auto-conscientização. Faça uma revisão sempre que sentir que necessita esclarecer sua compreensão da sinergia ou renovar seu compromisso de atingi-la em seus relacionamentos. Você poderá usá-la para verificar como está em relação às três perguntas a seguir: � Sei o que é sinergia? � Criei as condições que dão suporte à sinergia? � Estou adotando ações que estabelecem a sinergia? PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que é sinergia? Sinergia é: � A união de duas mentes em um processo cooperativo de criatividade.

A Terceira Alternativa é um poder criativo que as pessoas podem usar quando compartilham suas diferenças.

� A união de diferenças que move a percepção de ambas as pessoas para níveis mais altos, onde as diferenças são ofuscadas pelos benefícios mútuos. Diferenças mostram às pessoas que algo está lhes faltando. A sinergia lhes permite descobrir este algo.

� O processo pelo qual nós nos ajudamos a fugir das limitações de nossas perspectivas individuais. Paradigmas são como caixas com instruções de fuga escritas do lado de fora. Não conseguimos ver as instruções mas, através da sinergia, podemos lê-Ias um para o outro.

� As conseqüências dos Hábitos 4 e 5.

A atitude Vencer - Vencer e Procure Primeiro Compreender produz sinergia quase como um produto derivado.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte à sinergia? � Tenho um desejo genuíno de compreender as outras pessoas e fazer com que elas me

compreendam? A sinergia resulta quando duas ou mais pessoas unem suas mentes na busca da compreensão mútua.

� Respeito as maneiras das pessoas que sejam diferentes das minhas?

Diferenças estabelecem o t1uxo de energia que impulsiona o processo de sinergia. � Tenho um senso profundo de meu próprio valor interno?

Através deste senso de valor interno reconhecemos que não estamos pessoalmente ameaçados quando nossos paradigmas são falhos.

� Sinto que as pessoas são o caminho para meu potencial pleno?

Suas diferenças podem ser indicações de coisas que não estamos percebendo e o fato de vê-las pode liberar mais nossas habilidades.

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PONTO DE VERIFICAÇÃO 3: Estou adotando ações que estabelecem a sinergia? � Quando alguém discorda de mim, digo: "Bom! Você vê isso de modo diferente!

Vamos agora ver o que podemos aprender disso". Nossa atitude em relação às diferenças determina o valor que obteremos delas.

� Utilizo de modo hábil e consistente as técnicas de escutar empaticamente?

A escuta empática orienta a compreensão mútua e estimula sinergia.

� Fortaleço meus relacionamentos através de depósitos regulares na Conta Bancária Emocional? Depósitos desenvolvem a confiança que permite às pessoas serem abertas e não se sentirem ameaçadas em nossa presença.

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HÁBITO 7

AFINE O INSTRUMENTO

O Hábito da Auto-Renovação

HABITO 7 - AFINE O INSTRUMENTO O HÁBITO DA AUTO-RENOVAÇÃO O Hábito 7 das pessoas muito eficazes chama-se Afine o Instrumento. É o hábito de exercer atividades diárias para cultivar os outros seis hábitos e transformá-los em um comportamento que acontece de modo natural e espontâneo. Afinar o Instrumento se aplica a um princípio simples que é o segredo da mudança auto-direcionada Poucas pessoas sabem como mudar sozinhas, em seu próprio ritmo, sem uma crise (qualquer um consegue mudar durante uma crise). A idéia que baseia Afine o Instrumento é dar pequenos passos positivos, todos os dias. O fato de se fazer pequenas coisas consistentemente tem um efeito cumulativo, mais poderoso e dinâmico que qualquer esforço enorme, único, poderia ter. Afinar o Instrumento é a verdadeira vitória sobre si mesmo Eficácia é realmente uma questão de auto-domínio. É fazer as pequenas coisas - que você poderia ignorar e ninguém notaria - que são as atividades de afinação do instrumento do Hábito 7. Este hábito é poderoso porque cultiva todos os outros seis. Ele gera auto-domínio; uma realização que desenvolve a confiança interna. Ele serve de base para a proatividade, da qual resultam todos os outros hábitos da eficácia.

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HABITO 7 - AFINE O INSTRUMENTO O HÁBITO DA AUTO-RENOVAÇÃO PARTE 1: A Dimensão Física RESUMO DAS PRINCIPAIS IDEIAS 1. Afinar o Instrumento significa manter sua Capacidade de Produção Pessoal. Manter os instrumentos afinados não se aplica somente aos instrumentos físicos, mas também a nós mesmos. Somos o instrumento principal de nosso desempenho. Se algo parece nos bloquear, isto pode ser causado pelo fato de não sermos suficientemente fortes, habilidosos ou determinados para resolvê-lo. O problema não é o obstáculo, mas a condição em que se encontra nosso instrumento. O desempenho excelente é uma função da excelência de um instrumento. Neste caso, nós mesmos somos o instrumento. Na história do Ganso e o Ovo de Ouro que contamos anteriormente neste programa, o sucesso tinha duas dimensões: Produção e Capacidade de Produção. Os ovos representam a Produção (P); o ganso representa a Capacidade de Produção (CP). Pessoas eficazes não matam o ganso que bota o ovo de ouro; elas cuidam dele. O significado aqui é que nós somos o ganso que produz nossos ovos de ouro. Despender tempo para Afinar o Instrumento é o modo de cuidarmos de nós mesmos e protegermos nossa capacidade de fazer com que esses ovos continuem chegando. O Hábito 7 são atividades pessoais de CP. 2. Afinamos o Instrumento em quatro áreas. Podemos dividir nossa compreensão de nós mesmos em quatro dimensões: (1) Física, (2) Mental. (3) Espiritual e (4) Social-Emocional. � O eu físico é o corpo. Alimentamos sua força através de nutrição, exercício e descanso. � Exercemos nosso eu mental através do aprendizado - lendo, escrevendo, usando tempo

para pensar. � Exercemos nosso eu espiritual através da leitura de literatura que nos inspira, através da

meditação ou oração, e passando tempo junto à natureza. � Exercemos nosso eu social-emocional fazendo consistentemente depósitos diários nas

Contas Bancárias Emocionais de nossos principais relacionamentos. Estas quatro dimensões são os componentes deste programa de autorenovação - Afinar o Instrumento. O cuidado destas quatro dimensões constitui a nossa CP pessoal: manter nossa Capacidade de Produção pessoal. 3. O segredo para Afinar o Instrumento é fazer pequenas coisas consistentemente. O princípio que baseia o Hábito Afine o Instrumento é a consistência. A consistência funciona, primeiro, fazendo a tarefa pouco a pouco. Se tivéssemos o tempo, poderíamos remover uma montanha colherada por colherada. Segundo, ele funciona com base em seu próprio ritmo e previsibilidade, que nos dão o impulso necessário. Ao preparar um programa para Afinar o Instrumento, você não deve planejar algo que lhe seja difícil fazer, exceto, talvez, a expectativa de que consistentemente seguirá seu plano, dia após dia, pelo resto de sua vida. Isto será difícil apenas se você assim decidir, pois a consistência é mantida pelo hábito e a idéia aqui é tornar “Afine o Instrumento” o hábito principal de sua vida.

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4. Afinar o Instrumento nos dá o controle que buscamos O fato é que apenas controlamos a nós mesmos. Nós nos controlamos melhor, não pelas decisões tomadas no momento da execução, mas através de um programa diário de Afinar o Instrumento. Através dessas pequenas atividades diárias, estabelecemos nosso contexto físico, mental, espiritual e social-emocional do qual resulta nosso controle momento a momento. Nossas ações momento a momento expressam o caráter que desenvolvemos através da afinação diária do instrumento. 5. O que comemos pode afetar nossa saúde Após presidir no senado uma cansativa sessão sobre a alimentação dos norte-americanos, o Senador George McGovern disse:

Os alimentos que encontramos nos supermercados, restaurantes e

refeitórios nos são tão familiares e estão tão integrados em quase

todos os aspectos de nossas vidas, que é difícil entender que parte

deles, quando ingeridos nas quantidades normalmente consumidas,

podem debilitar ou matar.

Em geral, as conclusões da comissão do Senador McGovern podem ser resumidas pelas seguintes recomendações: � Ingerir pequenas quantidades de tudo � Ingerir mais vegetais, frutas e cereais � Ingerir menos açúcar, sal e gordura Outras autoridades também recomendam: � Alimentar-se em horários regulares e não comer entre as refeições Estas simples recomendações podem nos ajudar a desenvolver um corpo mais saudável para vencer nossos desafios físicos, mentais e emocionais. 6. O exercício expande os limites do corpo O corpo pode trabalhar em uma ampla faixa de circunstâncias. O ouvido consegue escutar desde um som mais baixo do que a respiração de um bebê até outro dez milhões de vezes mais alto. O olho pode ver uma vela a um quilômetro de distância ou um quilômetro de praia ao sol do meio-dia. O coração pode duplicar o volume de sangue bombeado e então duplicá-lo outra vez, se necessitarmos desse esforço para vencer um desafio. Estas faixas descrevem o potencial, porém não a realidade. O corpo tende a se estabelecer em urna faixa de capacidade confortável que se estende de pouco acima a pouco abaixo de nosso nível de esforço normal. O resultado prático de tudo isso é que, na verdade, perdemos as capacidades que não usamos. O exercício transforma esse princípio em nosso benefício. Se nos exercitarmos durante cerca de meia hora por dia, de três a quatro vezes por semana, o corpo se prepara para esse tipo de esforço. Então, passamos o restante de nosso dia fazendo coisas mais leves e, para essas pequenas coisas, estamos agora muito bem preparados. Elas estão dentro dos nossos limites e, portanto, são agradáveis e confortáveis.

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Um programa de preparação física deve incluir exercícios de (1) resistência, (2) flexibilidade, (3) força e (4) habilidade. � A resistência resulta de exercícios aeróbicos; andar, correr, andar de bicicleta e nadar, por

exemplo. Este elemento é o mais importante dos quatro. Comece seus exercícios aeróbicos com um aquecimento. Correr sem sair do lugar aumenta a temperatura de seus músculos e os torna mais t1exíveis e resistentes a ferimentos.

� A flexibilidade resulta de exercícios de alongamento, tais como tocar os pés com os dedos

das mãos ou fazer t1exães na altura dos tornozelos para estirar o tendão de Aquiles. O alongamento estira os músculos e, quanto mais longo o músculo, maior a força que pode ser gerada em urna junta. Faça alongamentos suaves, sem saltar. Mantenha os estiramentos durante cinco segundos. Faça dez vezes cada exercício.

� A força resulta do exercício com pesos ou mesmo de exercícios de ginástica, como

flexões e abdominais. � A habilidade resulta de esportes como tênis, basquete, voleibol. etc. 7. O exercício moderado paga enormes dividendos Pesquisas recentes do lnstitute for Aerobics Research, de Dallas, mostram uma ligação muito grande entre exercícios físicos regulares, moderados, e a diminuição da probabilidade de a pessoa falecer de doenças do coração, câncer e outras doenças. "Não importa o exercício, retirar rapidamente as folhas do jardim, passar vigorosamente o aspirador de pó, praticar esportes", disse Steven N. Blair, que dirigiu o estudo. "Seja qual for o exercício, existem benefícios importantes para a saúde". 8. O maior benefício da preparação física é a auto-estima Quando nos disciplinamos perante o desafio do exercício, fortalecemos nosso senso de valor interno e honra pessoal. Este senso de auto-estima penetra tudo que fazemos e se torna um fator importante de nossa eficácia, se não o mais importante deles.

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DIRETRIZES PARA PLANEJAR UM PROGRAMA DE PREPARAÇÃO FÍSICA Use alguns minutos para começar a planejar um programa de preparação física. Se já tiver um programa, estude e modifique, se quiser, e então comprometa-se novamente a segui-lo. Seu programa deve satisfazer os seguintes critérios: 1. Não tome difícil demais. Se for difícil demais, você poderá segui-lo por algum tempo e

então o abandonará. 2. Planeje meia-hora de esforço constante, quatro vezes por semana. em um ritmo

confortável. 3. Faça algo de que gosta. O exercício em conjunto com outros pode ser mais divertido e

também lhe servirá de apoio social quando estiver sem vontade de continuar. 4. Inclua alguma variedade e planeje mudar quando se tomar enfadonho. 5. Lembre-se de que o segredo é a resistência. Veja o gráfico que indica o ritmo cardíaco que

você precisa ter para atingir o "Efeito de Treinamento". Se tiver dúvidas sobre preparação física, vá até a biblioteca. Existem muitos livros sobre o assunto. Mas, mesmo assim, planeje algo agora. Você poderá modificá-lo depois. Inclua algumas medidas de preparação física. Em seguida, verifique seu progresso regularmente. Algumas sugestões são: 1. Você deve se pesar. Saiba. entretanto. que peso não significa muito quando você inicia um

programa de preparação física. Você estará substituindo gordura por músculos, que na verdade pesam mais.

2. Faça suas medições vitais. Você sabe quais são, ou pelo menos os que são de seu interesse. Essas medições informam mais que o peso.

3. Faça o teste do beliscão para verificar a gordura. Cerca de 2,5 centímetros é o máximo que deve existir quando você se aperta logo acima dos quadris.

4. Meça seu batimento cardíaco quando não estiver fazendo esforço. Tome seu pulso durante 15 segundos e multiplique por 4. Um batimento normal é de cerca de 72. Se estiver mais alto, isto pode significar que sua preparação não está boa. Atletas chegam a ter de 40 a 50 batimentos cardíacos por minuto, em repouso.

5. Faça um teste para ver quanto consegue andar. Verifique quanto tempo você consegue andar depressa sobre uma superfície confortável sem se cansar ou querer parar. Para variar, ande 50 passos e corra 50. Quando começa a sentir que já fez o suficiente?

Lembre-se de consultar seu médico antes de tentar exercícios fortes.

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COMO ENCONTRAR SUA ZONA DE TREINAMENTO PESSOAL (ZTP) Para responder à pergunta "Quanto devo me exercitar?" é importante verificar qual é sua zona de treinamento pessoal. Sua zona de treinamento pessoal é determinada subtraindo sua idade de uma freqüência máxima de 220 batimentos cardíacos. Os especialistas observaram que, para que um treinamento tenha efeito, precisamos trabalhar a 72% de nosso máximo pessoal e não exceder 87% do mesmo. Observe o gráfico de Zona de Treinamento Pessoal" e siga suas instruções para determinar os limites superior e inferior de sua ZTP. 1. Verifique o número na parte de baixo do gráfico que corresponde à sua idade. 2. Suba a partir desse ponto até (a) chegar à linha que representa 72% da freqüência máxima

(esse número é o limite inferior, ou a freqüência de batimento cardíaco em que você deve se exercitar para que o treinamento faça efeito); (b) chegar à linha inclinada que representa 87% da máxima freqüência de batimento cardíaco (esse número é o limite superior. ou a freqüência de batimento cardíaco à qual você ficará cansado e não conseguirá continuar a atividade).

3. Permaneça dentro de sua ZTP. É importante você estar consciente de seu corpo e exercitá-

lo a uma intensidade que não seja nem grande nem pequena demais. Se o seu programa for muito leve, você não verá progresso e portanto perderá o interesse; se o seu programa exigir demais, você sofrerá os seguintes sintomas: (a) perturbações durante o descanso e o sono; (b) dor nos músculos e falta de flexibilidade; (c) sensação de cansaço ou depressão no dia seguinte; (d) a freqüência cardíaca e respiratória não voltarão ao normal dentro de 15 minutos após interromper exercícios vigorosos.

20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 Anos de idade

200

190

180

170

160

150

140

130

120

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100

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO Elabore seu Programa de Preparação Física Pessoal. Se você estiver atualmente seguindo um programa, considere mudanças para melhorar sua eficácia.

Atividade Hora do dia Freqüência Com quem? Equipamento necessário

Pode ser útil estabelecer algumas metas para diferentes medidas de preparação física, tais como:

Atual Desejado Peso

Pressão sanguínea

Freqüência cardíaca

Outras idéias:

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PARTE 2: Â DIMENSÃO MENTAL RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. É através do desafio que fortalecemos a mente. Nossa mente é igual a qualquer outra parte de nós: ela se fortalece quando a desafiamos. Nossas atividades diárias podem se tornar comuns e sem desafio. Quando isso acontece, tomamo-nos menos alertas mentalmente, apesar de ainda estarmos fazendo mais ou menos o mesmo de sempre. Portanto, é importante estimular a mente, aprender coisas novas, dar à mente novas idéias para lutar. Isto a tomará mais alerta e rápida, mesmo quando tratamos de assuntos que não conhecemos bem. Desafiando nossa mente continuamente, nós nos tomaremos mais capazes de criar respostas e soluções quando necessário. 2. Exercícios mentais não são necessariamente enfadonhos. Seguem-se sugestões de atividades que desafiam a mente. Todos temos a oportunidade de escolher assuntos que nos interessam. � Leia livros. Comece com um por mês, até chegar a um ou mais por semana. � Escreva um diário. Um diário pode se tomar um refúgio para solucionar questões e

estudar problemas. � Escreva criativamente. Escrever é terapêutico e recompensador. � Resolva palavras cruzadas. Palavras cruzadas são um passatempo agradável, além de

muitas vezes ensinar habilidades de solução de problemas reais. � Ocupe-se com um ''hobby''. Muitos hobbies" estimulam ambos os lados da mente,

podendo ser relaxantes e dar satisfação pessoal. � Escreva poesia. A poesia consegue expressar nosso íntimo de modo único, às vezes muito

inspirador. � Colecione citações. Leia a obra de grandes personagens e obtenha o melhor de sua

sabedoria. � Torne-se um estudioso independente. Este é o ápice em atinar o instrumento. Muitos

estudiosos famosos começaram sem qualquer título ou ligação acadêmica, incluindo Buckminster Fuller, Barbara Tuchman. Alvin Toffer e Eric Hoffer.

� Ouça música clássica. A obra dos autores clássicos é eterna e edificante. Estas e outras atividades similares podem se tomar uma fonte de prazer, além de uma fome de conhecimento. É como se tivéssemos sido feitos para aprender, e nossa maior felicidade é quando o estamos fazendo.

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PARTE 3: AS DIMENSÕES SOCIAL-EMOCIONAL E ESPIRITUAL, E AS SETE FONTES DE SEGURANÇA INTRÍNSECA RESUMO DAS PRINCIPAIS IDÉIAS 1. A Dimensão Espiritual é a Liderança da Vida. A dimensão espiritual, nossa fonte de significado e objetivo, é o núcleo da proatividade. Proatividade significa escolher com base em valores, ou ser guiado por valores. Qs valores podem adquirir diversas formas em diferentes níveis. Por exemplo, uma missão pessoal é uma expressão dos nossos valores. Nossos papéis constituem outra, assim como as metas de cada papel. Em certo sentido, até mesmo o planejamento diário pode ser uma atividade espiritual, se reconhecermos que expressamos os nossos valores através das atividades diárias que escolhemos. Apesar de nossos papéis, metas e atividades diárias representarem nossos valores, eles não são iguais. Os valores são eternos. Eles transcendem papéis, metas e atividades - eles lhes dão significado. Através das atividades espirituais, mais descobrimos nossos valores do que realmente os desenvolvemos. Apesar de os valores serem eternos, a dimensão espiritual da vida nunca é estática. Está sempre crescendo, mostrando novas facetas. Mesmo tendo escrito uma declaração de missão, nossa compreensão da mesma crescerá e, com o tempo, veremos suas novas dimensões. Encontraremos modos de aplicar nossos valores sobre os quais nem havíamos pensado. O objetivo de nossas atividades espirituais de afinar o instrumento é estimular o aprimoramento e a expansão de nossos valores. Conforme eles se tornam mais claros, nós nos fortalecemos e nos tomamos mais constantes em nossa habilidade de sermos proativos. Como resultado, nós nos tornamos mais eficazes. 2. Descobrimos nossa dimensão espiritual através de atividades que nos colocam em

contato com valores mais altos. As atividades espirituais elevam nosso moral e nos inspiram. O Hábito 2 (descobrir uma missão, esclarecer valores, estabelecer metas e objetivos) é uma viagem à dimensão espiritual. O Hábito 2 é um processo de descoberta do nosso objetivo, e o objetivo é a essência da dimensão espiritual. Outras atividades servem à dimensão espiritual colocando em nossa mente temas animadores e inspiradores. O objetivo é selecionar atividades que reforçarão o compromisso com nossa missão e nossos valores. Algumas sugestões são: � Natureza. Ver, escutar e observar o mundo da natureza. � Boa literatura. A literatura é boa porque os autores ilustraram temas eternos de modo

inigualável. � Biografias. Os que se tornaram grandes seres humanos são exemplos de valores

espirituais em ação. � Meditação e oração. Aprimoram sua atenção. � Música e arte. Música e arte são expressões puras do valor espiritual. Apesar de compartilharmos um contexto espiritual comum, nosso caminho pode não ser o mesmo. Escolha atividades adequadas aos seus interesses e tendências.

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3. Exercemos a dimensão Social.Emocional sempre que estamos com outras pessoas. O exercício das dimensões física, mental e espiritual pode ocorrer quando estamos sozinhos e durante um período de tempo determinado que separamos do restante do dia. Exercemos a dimensão social-emocional sempre que estamos com pessoas, isto é, durante grande parte do dia. 4. Exercemos nossa dimensão Social-Emocional sendo proativos em nossos contatos

sociais. As pessoas são provavelmente o maior desafio para a nossa proatividade. Estar com elas representa uma oportunidade de aplicar nossos valores e aprender a segui-los. Toda vez que o fazemos, desenvolvemos nossa dimensão social-emocional. O fato de fazer depósitos nas Contas Bancárias Emocionais dos outros desenvolve esta dimensão. Conhecer novas pessoas e aprofundar relacionamentos existentes fazem o mesmo. Crescemos nesta dimensão toda vez que encontramos um novo desafio social ou emocional e aumentamos nosso repertório de respostas proativas. Portanto, mesmo experiências sociais que consideramos desagradáveis podem nos enriquecer. 5. A chave para A finar o Instrumento é a hora da Vitória Particular Diária. A meta deste hábito é apoiar nossas atividades de afinar o instrumento com a força da consistência. Separamos uma hora de Vitória Particular Diáriauma hora para exercício físico, mental e espiritual. É nesta hora que você exercerá as atividades que planejou durante os últimos exercícios. Você poderá fazer exercícios físicos durante meia hora e quinze minutos de atividades mentais e depois espirituais, por exemplo, ou dividi-la como desejar. A vitória, naturalmente, é fazê-lo regularmente. Qualquer um consegue fazer as coisas de modo irregular. A vitória é dos que se comprometem com uma norma e a seguem. 6. As Vitórias Particulares precedem as Vitórias Públicas. A vida oferece dois grandes desafios que levam a duas vitórias igualmente grandes. Uma vitória é particular, a outra é pública. Obtemos a vitória particular aprendendo a ser proativos, descobrindo uma missão para nossas vidas, apoiada por papéis e metas e aprendendo a usar nosso tempo para atingir essas metas. Obtemos a vitória pública desenvolvendo a Mentalidade de Abundância e a atitude Vencer - Vencer, aprendendo e aplicando as habilidades da empatia e usando a força das diferenças para criar sinergia.

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LISTA DE VERIFICAÇÃO DE APLICAÇÃO Esta Lista de Verificação de Aplicação é um instrumento de auto-conscientização. Ela o ajudará a considerar as três perguntas a seguir: � Sei o que é Afinar o Instrumento?

� Criei as condições que dão suporte a Afinar o Instrumento? � Estou adotando ações que dão suporte ao hábito "Afine o Instrumento"? Reveja a Lista de Verificação sempre que você sentir a necessidade de entender melhor este hábito, para verificar seu progresso ao estabelecê-lo, ou para reafirmar seu compromisso com o mesmo. PONTO DE VERIFICAÇÃO 1: Sei o que é Afinar o Instrumento? Afinar o Instrumento é: � Atividades diárias simples que fortalecem as dimensões tísica, mental, espiritual e

social-emocional. A repetição diária dá força a estas atividades simples.

� Um programa para criar um contexto do qual os outros seis hábitos resultam naturalmente. Os Sete Hábitos não têm força até resultar naturalmente de sua força interna.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 2: Criei as condições que dão suporte ao hábito Afine o Instrumento? � Sou proativo?

Afine o Instrumento é a essência da proatividade. � Assumi o compromisso de adquirir os Sete Hábitos das Pessoas Muito Eficazes?

Todo este programa se baseia na simples regularidade; embora simples, a regularidade exige compromisso.

� Entendo como as coisas pequenas me afetam quando as faço consistentemente?

As pequenas atividades de Afinar o instrumento parecem pouco úteis até percebermos a força que o fato de serem consistentes lhes dá.

PONTO DE VERIFICAÇÃO 3: Estou adotando ações que dão suporte ao hábito Afine o instrumento? � Escolhi atividades diárias simples que dão suporte às minhas dimensões física,

mental, espiritual e social-emocional? Se negligenciarmos qualquer das dimensões ou se deixarmos de Afinar o Instrumento diariamente, não seremos tão eficazes quanto poderíamos ser.

� Registrei essas atividades como parte de meus planos semanal e diário, juntamente

com idéias para uso futuro?

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Escrever as idéias esclarece a visão que temos delas e nos ajuda a nos comprometermos com as mesmas.

� Organizei um núcleo dessas atividades em minha hora de Vitória Particular Diária? Durante uma vida, uma hora diária se transforma em anos.

� Planejo horas específicas para minhas atividades de Afinar o Instrumento em

minhas sessões de planejamento semanal? Quanto mais cuidadosamente planejarmos nossas atividades de Afinar o Instrumento, mais provavelmente as executaremos.

� Afino o Instrumento diariamente, sem falhar? Isto é realmente o que importa.

� Mudo minhas atividades periodicamente para que não se tornem enfadonhas?

Quando se acostuma com as coisas, nossa mente presta menos atenção a elas. A mudança nos torna novamente alertas.