pesquisas sobre a formaÇÃo continuada de professores: panorama, discussÃo … · 2013. 11....

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PESQUISAS SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES: PANORAMA, DISCUSSÃO E POSSIBILIDADE DE PARCERIA NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES OLIVEIRA, Luciana da Silva 1 - UnB TACCA, Maria Carmen Villela Rosa 2 - UnB Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: não contou com financiamento Resumo A escola é um espaço social educativo, contexto de aprendizagem, desenvolvimento e práticas educativas planejadas e caracterizadas por intencionalidade. Atualmente essa instituição promove um tipo de aprendizagem que se aproxima de uma visão dogmática e alienante. As discussões e pesquisas realizadas na área de educação apontam para um dos problemas que estão na base das propostas de mudança do fazer pedagógico: a formação continuada do professor. A formação apresenta desafios diante do objetivo dos cursos que são oferecidos para possibilitar um estudo aprofundado e garantir que o professor atue de forma competente em sala de aula. Este trabalho teve como objetivo compreender de que forma as pesquisas realizadas sobre a formação continuada de professores concebem as propostas formativas para esses profissionais, o que discutem e identificam como possibilidades de mudança e elementos essenciais a serem incorporados em propostas de formação continuada para educadores da educação básica. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica no período de 2000 a 2012, em periódicos científicos da área de educação avaliados com extrato indicativo de produção A1 no WebQualis, Sistema Integrado Capes - SICAPES. Consideramos a partir da análise dos artigos, a possibilidade de discutir um contexto social formativo em conjunto com os projetos de pesquisas realizados dentro das universidades na direção de favorecer que os momentos coletivos, de formação, se distanciem de treinamentos 1 Mestranda em Educação pela Universidade de Brasília, especialista em Psicopedagogia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. Pesquisadora do projeto de pesquisa Observatório da Educação - FE/UnB, subvencionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Possui interesse em pesquisas sobre a formação inicial e continuada de professores no contexto da escola e da universidade pública. E-mail: [email protected]. 2 Mestrado em educação e doutorado em psicologia pela Universidade de Brasília. Professora associada da Universidade de Brasília da Faculdade de Educação, atuando no ensino de graduação e pós-graduação. Coordenadora do projeto de pesquisa Observatório da Educação - FE/UnB, subvencionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Possui interesse de pesquisas relacionando a psicologia e a educação em temática que foca o cotidiano da escola e da sala de aula. E-mail: [email protected].

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PESQUISAS SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA DE

PROFESSORES: PANORAMA, DISCUSSÃO E POSSIBILIDADE DE

PARCERIA NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES

OLIVEIRA, Luciana da Silva1 - UnB

TACCA, Maria Carmen Villela Rosa2 - UnB

Grupo de Trabalho - Formação de Professores e Profissionalização Docente Agência Financiadora: não contou com financiamento

Resumo A escola é um espaço social educativo, contexto de aprendizagem, desenvolvimento e práticas educativas planejadas e caracterizadas por intencionalidade. Atualmente essa instituição promove um tipo de aprendizagem que se aproxima de uma visão dogmática e alienante. As discussões e pesquisas realizadas na área de educação apontam para um dos problemas que estão na base das propostas de mudança do fazer pedagógico: a formação continuada do professor. A formação apresenta desafios diante do objetivo dos cursos que são oferecidos para possibilitar um estudo aprofundado e garantir que o professor atue de forma competente em sala de aula. Este trabalho teve como objetivo compreender de que forma as pesquisas realizadas sobre a formação continuada de professores concebem as propostas formativas para esses profissionais, o que discutem e identificam como possibilidades de mudança e elementos essenciais a serem incorporados em propostas de formação continuada para educadores da educação básica. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica no período de 2000 a 2012, em periódicos científicos da área de educação avaliados com extrato indicativo de produção A1 no WebQualis, Sistema Integrado Capes - SICAPES. Consideramos a partir da análise dos artigos, a possibilidade de discutir um contexto social formativo em conjunto com os projetos de pesquisas realizados dentro das universidades na direção de favorecer que os momentos coletivos, de formação, se distanciem de treinamentos

1 Mestranda em Educação pela Universidade de Brasília, especialista em Psicopedagogia pelo Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília. Pesquisadora do projeto de pesquisa Observatório da Educação - FE/UnB, subvencionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Possui interesse em pesquisas sobre a formação inicial e continuada de professores no contexto da escola e da universidade pública. E-mail: [email protected]. 2 Mestrado em educação e doutorado em psicologia pela Universidade de Brasília. Professora associada da Universidade de Brasília da Faculdade de Educação, atuando no ensino de graduação e pós-graduação. Coordenadora do projeto de pesquisa Observatório da Educação - FE/UnB, subvencionado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Possui interesse de pesquisas relacionando a psicologia e a educação em temática que foca o cotidiano da escola e da sala de aula. E-mail: [email protected].

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que priorizam apenas a aquisição de saberes escolares, conteúdos específicos, técnicas e métodos de ensino desconexos da realidade vivida na escola. Palavras-chave: Formação continuada de professores. Escola Pública. Pesquisa. O contexto educacional e a formação continuada de professores

A instituição escolar, na forma como está organizada, com suas concepções, valores,

regras, normas e dinâmica de funcionamento, possui uma forma dominante de conceber o

aprender, desconsiderando outras formas de saber como legítimas de manifestação dos

sujeitos em processo de aprendizagem. De fato, muitas são as críticas direcionadas à escola

atual, a sua dinâmica, organização, proposta curricular, pedagógica, função social e

delineamento de suas políticas públicas (LIBÂNEO, 2012; SAVIANI, 2008, 2009;

SAVIANI; DUARTE, 2010; TUNES, 2011). Não se tratam de críticas isoladas ou apenas

opiniões que demonstram insatisfação momentânea ao que está em vigor ou a políticas de

governo que não atendem às expectativas da população. São muitos problemas que existem e

preocupa-nos a ideia e funcionamento de uma instituição social que é legítima, mas que

parece existir para “formar” pessoas sejam elas crianças, jovens ou adultos, e educá-las até o

momento em que estejam prontas e tenham adquirido conhecimento suficiente para uma vida

de sucesso. Cabe buscarmos explicações sobre como temos vivido a escola de hoje, o que

exigimos dela e o que está contido nessa prática social que não nos permite romper e superar

dicotomias, discursos e críticas em direção a mudanças.

Em uma pesquisa nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a

Ciência e a Cultura - UNESCO intitulada O perfil dos professores brasileiros: o que fazem, o

que pensam, o que almejam, publicada no ano de 2004, analisa-se o perfil dos docentes da

educação básica no Brasil. O estudo apresenta características sociodemográficas e discute

uma crise vivida ultimamente na atividade do magistério. Destaca-se que o aumento da oferta

dos cursos de formação dos professores, inicial e continuada, não tem garantido a qualidade

do ensino em sala de aula. Na obra recomenda-se o desenvolvimento de políticas públicas que

alcancem o professor em seu trabalho e impactem o processo de aprendizagem dos alunos.

Notamos que a pesquisa aponta para questões necessárias no repensar das ações formativas,

ao considerá-la uma atividade complexa que precisa envolver o sujeito professor e preocupar-

se com os enfrentamentos e adversidades vividas por ele em seu cotidiano.

Observamos em nossa prática que muitas das propostas destinados à formação de

professores possuem rigidez e um formato estabelecido, sem a efetiva voz ativa e participação

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dos professores, apesar dos discursos apresentarem uma lógica bem diferente. Os planos de

curso partem de um único perfil de professor e sugerem ações em que a relação teoria e

prática, ainda, é abordada de maneira dicotômica. Nesta perspectiva significa ver a formação

docente direcionada ao formar-se, não a partir da ideia de colocar em fôrmas, mas de

constituir-se, o que permitiria ao professor utilizar ou criar novas alternativas diante da

realidade vivida. Muitos estudos e pesquisas têm sido realizados e divulgados, principalmente

por meio de artigos científicos, sobre a formação continuada de professores envolvendo

avaliações de cursos, propostas de mudança e um maior redirecionamento e sistematização

em relação a essas propostas formativas e como podem auxiliar e apoiar o trabalho docente.

Consideramos que as atividades de pesquisa e a parceria entre as universidades e as escolas

públicas de extrema importância para identificar as necessidades formativas dos professores e

ampliar a proposta de formação destes, tanto no âmbito da formação continuada quanto na

formação inicial.

Dentre estas questões, destacamos o contexto das pesquisas realizadas no nível da

educação básica e em escolas públicas sobre a formação continuada de professores.

Levantamos algumas questões que suscitam nossa discussão sobre o tema da formação

continuada e a partir do que podemos nos centrar para desenvolver nosso estudo, tais como:

De que forma a literatura atual vem discutindo e propondo formas de modificar essa

realidade? Como compreendem a formação continuada para professores? Quais são as bases e

os princípios considerados como essenciais e fundamentais para a formação de professores?

Em que medida as ideias que circulam e são divulgadas em periódicos alcançam políticas e

são discutidas nas propostas de formação continuada? Essas perguntas nos remetem a um

problema relacionado à escola pública, às universidades, às pesquisas e estudos realizados e a

formação continuada de professores. Ou ainda: De que forma as pesquisas e estudos

realizados na área de educação compreendem a formação continuada de professores?

O objetivo desse trabalho é compreender como os estudos realizados, em educação,

sobre a formação continuada de professores e divulgados em forma de artigos científicos

concebem as propostas formativas para professores. Assim, pretendemos identificar de que

forma são realizadas as pesquisas sobre o tema da formação continuada docente, analisar

nessas produções as concepções mais recorrentes e os aspectos considerados essenciais pelos

autores para a discussão de cursos e propostas de formação continuada para professores.

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A formação continuada de professores e a produção científica em periódicos: percurso,

análise e discussão sobre a produção teórica neste contexto

A fim de obtermos informações sobre os estudos realizados na área da formação

continuada de professores, assim como a divulgação destas por meio de publicações,

realizamos uma revisão de literatura para subsidiar nossa pesquisa e conhecer as concepções,

bases teóricas, percurso metodológico e o que se tem priorizado nos estudos sobre a temática

da formação de professores em serviço.

Assim, utilizamos para pesquisa bibliográfica a base scielo Brasil e alguns descritores

que facilitaram nossa busca, tais como: formação continuada, formação continuada de

professor(es), formação em serviço, formação contínua, formação continuada, professor(s) em

formação, cursos para professor(es), aprendizagem de professor(es), trabalho com

professor(es). A pesquisa foi realizada selecionando trabalhos entre os anos de 2000 e o

primeiro semestre de 2012.

A seleção e organização desses trabalhos que nos interessavam foram realizadas a

partir da leitura inicial dos resumos, em que optamos por considerar os artigos que abordavam

a temática da formação continuada de professores da educação básica, especialmente nos anos

iniciais do ensino fundamental, sobre aqueles professores que popularmente são denominados

como “de atividades”. Assim, dividimos em três momentos a organização e sistematização

das informações obtidas, que se deram a partir da leitura integral dos setenta e sete trabalhos

que se aproximavam da temática de nossa pesquisa.

A análise, inicialmente, consistiu-se na elaboração de uma listagem contendo título,

autor (es), palavras-chave, periódico, ano de publicação e o que denominamos de princípios

da formação continuada, ou seja, identificamos e listamos os aspectos que os autores discutem

como necessários e essenciais para a formação continuada de professores. De modo geral, a

pudemos levantar algumas informações sobre os trabalhos selecionados em relação ao ano das

publicações, aos periódicos e as palavras-chave mais recorrentes. Fazendo um mapeamento

inicial e geral daquilo que expressam as pesquisas.

Quanto ao período das publicações sobre o tema da formação continuada de

professores, no quantitativo de trabalhos analisados por ano de publicação, identificamos nos

anos de 2000, duas produções; 2001, quatro; 2002, duas; 2003, sete; 2004, três; 2005, dez;

2006, cinco; 2007, seis; 2008, oito; 2009, oito; 2010, sete; 2011, nove e 2012, seis

publicações.

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Apesar do quantitativo de publicações por ano não apresentar uma regularidade

passível de análise, podemos levantar algumas questões. Destacamos o ano de 2005 como um

ano em que houve grande envolvimento do Ministério da Educação - MEC com uma

publicação de orientações gerais aos estados e municípios, intitulada Rede Nacional de

Formação Continuada de Professores da Educação Básica. Com essa publicação, o MEC

pretendia apresentar os objetivos, as diretrizes e o funcionamento das políticas de formação

continuada para educação básica, a fim de convocar os sistemas de ensino a aderir a esta nova

política educacional. Em conjunto com essa ação, outra política pública de repercussão até os

dias de hoje, instituída no ano de 2005, foi a Prova Brasil, um exame nacional que tem por

objetivo avaliar a qualidade de ensino oferecido nas escolas públicas brasileiras.

Quanto às palavras-chave dos artigos mais recorrentes nas publicações, encontramos

coerência com as palavras que utilizamos como descritores em nossa pesquisa inicial e com a

predominância das temáticas desenvolvidas que discutiremos no segundo e terceiro momentos

de sistematização das informações. Identificamos diversas terminologias para referir-se ao

processo de formação continuada e consideramos que algumas se aproximavam por tratarem

de uma mesma temática, tais como: formação contínua de professores, formação continuada

de professores, formação docente, formação de educadores, educação continuada e formação

em serviço. Ao longo de nossa discussão, podemos utilizar esses termos para nos referir ao

processo de formação de professores, tais como aparecem nos trabalhos pesquisados.

Na organização das informações centrou-se na discussão a partir das opções pelos

objetos de estudos dos trabalhos, em que objetivamos caracterizá-los e discorrer sobre de que

forma e como os autores optaram por realizar seus estudos sobre o tema da formação

continuada de professores. Dentre as propostas apresentadas, construímos cinco categorias

que representam as principais opções elencadas nas publicações. Ressaltamos que diante da

articulação e dinamicidade das pesquisas desenvolvidas, um mesmo trabalho pode contemplar

mais de uma das categorias por nós organizadas.

1. A prática pedagógica do professor

Esta perspectiva inclui os estudos (SILVA, 2000; MONTEIRO, 2001; ZIBETTI,

2004; RAPOSO, MACIEL, 2005; PIMENTA, 2005; ZEICHNER, PEREIRA, 2005;

BARCELOS, VILLANI, 2006; ZIBETTI, SOUZA, 2007; PÉREZ, 2007; AGUIAR,

SOARES, 2008; NUNES, 2008; BAHIA, 2009; CHALUB, 2010; ZIBETTI, SOUZA, 2010;

PENNA, 2012) que discutem a formação continuada de professores a partir de sua prática

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pedagógica. São trabalhos que partem da ação do professor para levantar aspectos da

organização do trabalho pedagógico, como: planejamento, currículo, avaliação, projeto

político-pedagógico, formação, ensino-aprendizagem e a relação teoria e prática. Muitas

dessas pesquisas ressaltam a necessidade de estudos empíricos a partir da prática docente, e,

como metodologia, adentram a sala de aula do professor para poderem discutir as principais

limitações e possibilidades da atuação docente, caracterizando a formação continuada como

uma proposta de extrema relevância para os professores.

Se por um lado há uma preocupação com o contexto real e com o que de fato acontece

no espaço da sala de aula e da escola, por outro, há, em alguns estudos, a extrema valorização

da prática pedagógica e da atividade prática como autodidata e suficiente ao docente no caso

de mudanças frente aos desafios e adversidades de seu trabalho.

Nos trabalhos analisados ainda observa-se uma grande preocupação em relação a

dicotomia teoria-prática, o que talvez reflita extremos nas abordagens e defesas quanto a

valorização da teoria ou da prática nas propostas de formação para professores.

2. Cursos de formação continuada para professores: modelos e propostas

Outros estudos (SANTOS, 2000; BRANDI, GURGEL, 2002; GATTI, 2003;

DUARTE, 2004; CARVALHO, 2005; SIMÃO, CAETANO, FLORES, 2005; CHAMON,

2006; SOUZA, 2006; CUNHA, PRADO, 2007; PÉREZ, 2007; ZIBETTI, SOUZA, 2007;

ANDRÉ, 2008; GALVÃO, PRAIA, 2009; CHALUB, 2010; DAVIS, NUNES, ALMEIDA, et

al, 2011; BAUER, 2011; EITELVEN, NEVES, FRONZA, 2012; TOLEDO, VITALIANO,

2012) pautam-se em cursos, modelos e propostas para a formação continuada de professores.

Os trabalhos contemplam tanto a avaliação das propostas existentes quanto aquelas

desenvolvidas pelo próprio pesquisador como possibilidade de mudança e transformação da

ação docente.

Nas pesquisas nas quais o tema da formação continuada constitui-se como central,

identificamos o objeto de estudo logo no início da leitura. Há um diferencial na abordagem,

em que os autores não discutem apenas a importância da formação para o trabalho do

professor, mas os aspectos e elementos que esta pode contemplar. Apresenta-se uma

discussão a respeito da possibilidade de transformação e mobilização que os momentos de

formação em serviço podem propiciar ao professor e a sua prática.

Destacamos para nossa pesquisa a necessidade em se avaliar propostas de formação

continuada para professores e pensar em novas alternativas. O que nos interessa não é

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especificamente o resultado destas avaliações, mas o porquê deste movimento ou o motivo de

algumas pesquisas avaliarem de maneira tão positiva cursos municipais, estaduais e federais

oferecidos a um grande quantitativo de professores.

3. Concepções de professores e a formação continuada

Por sua vez aparecem autores (CARMO, CHAVES, 2001; SADALLA,

WISNIVESKY, SARETTA, et al, 2005; BARRIOS, MARINHO-ARAÚJO, BRANCO,

2011) que abordam o tema da formação continuada para professores a partir da discussão das

mudanças de crenças, valores e concepções dos professores e representações sociais

(MAURÍCIO, 2009). O desenvolvimento do profissional para mudanças de conceitos e

concepções ainda preserva aspectos da atuação tradicional do professor e a uma educação

bancária, segundo concepção do educador Paulo Freire.

As pesquisas buscam conhecer o que pensam e compreendem os professores sobre

temas diversos relacionados à educação e ao processo ensino-aprendizagem. Assim,

evidenciam a formação continuada como responsável em gerar transformações em

conhecimentos e saberes docente. Defende-se a reflexão como processo de mudança e a

importância da articulação na docência tanto dos saberes da formação quanto os da

experiência. Novamente, observamos a preocupação com o binômio teoria e prática. O

destaque para a superação de uma concepção presente no contexto escolar, segundo relatado

pelos autores.

Discutir as crenças, valorizar e considerar aquilo que os professores pensam e que está

presente em sua ação pedagógica resgata seu papel na instituição e sua condição enquanto

sujeito. Ao considerar este aspecto podemos conhecer e nos aproximar do professor no âmbito

pessoal e profissional, sem partir de um estereótipo ou caracterização idealizada do docente.

4. Panorama geral sobre políticas de formação continuada de professores

Como forma de discutir o tema da formação continuada de professores, vários estudos

(BORGES, 2001; NUNES, 2001; DIAS, LOPES, 2003; DUARTE, 2003; FREITAS, 2003;

MAUÉS, 2003; WEBER, 2003; BUENO, CHAMLIAN, SOUSA, et al, 2006; MICHELS,

2006; ALVES, 2007; ARROYO, 2007; RIBEIRO, 2007; FERREIRA, 2008; GATTI, 2008;

SANTOS, MACHADO, 2008; ZEICHNER, 2008; CRUZ, 2009; SAVIANI, 2009;

PLETSCH, 2009; GATTI, 2010; SCHEIBE, 2010; PAPI, MARTINS, 2010; SCHEIBE, 2011;

EITELVEN, NEVES, FRONZA, 2012; LELIS, 2012; SARTI, 2012; TOLEDO,

VITALIANO, 2012) optaram por realizar uma revisão de literatura ou estudos teóricos na

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área, destacando os principais conceitos, mudanças, políticas públicas e legislação com um

panorama histórico. Os trabalhos discutem também os embates e as diferentes posições

teóricas na discussão do tema.

Dentre os estudos realizados há um interesse sobre a temática das políticas públicas e

da retomada de leis, emendas, decretos e portarias que ao longo da história modificaram os

rumos da proposta de formação para professores. Os autores ampliam a discussão e demais

mudanças legais que influenciaram as políticas de formação, como o plano de carreira e as

avaliações em larga escala. Perguntamos-nos se os profissionais da educação conhecem e

participam da elaboração dos Planos Nacionais de Educação, definidos por um período de dez

anos, e como as políticas de formação para professores têm se organizado para atender as

proposições legais.

5. Áreas específicas na formação continuada de professores

Nesta perspectiva, temos autores (CARMO, CHAVES, 2001; BELINTANE, 2002;

BRANDI, GURGEL, 2002; GASQUE, COSTA, 2003; CARVALHO, SESTI, ANDRADE, et

al, 2004; CANEN, XAVIER, 2005; CARVALHO, MARTINEZ, 2005; ARROYO, 2007;

GALVÃO, PRAIA, 2009; GOMES, PEREIRA, 2009; PLETSCH, 2009; ROHDEN, 2009;

ZIBETTI, SOUZA, 2010; BRITO, 2011; CANEN, XAVIER, 2011; CRUZ,

SCHNECKENBERG, TASSA, et al, 2011; NIGRO, AZEVEDO, 2011; RODRIGUES,

RODRIGUES, 2011) que focam a discussão em temáticas como a educação especial,

educação inclusiva, educação no campo, ensino de ciências, educação matemática,

alfabetização e redes de informação. A partir desses temas específicos discute-se a formação

continuada de professores como espaço para aquisição desses conhecimentos no intuito de

melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.

A discussão a respeito da formação e da oferta de cursos a partir de temáticas

específicas tem tido grande repercussão e adesão dos professores. Na verdade, essas propostas

encontram-se em uma linha tênue entre uma proposta de mudança, inovação pedagógica ou

uma receita, ou seja, uma cartilha para o professor. A ideia flutua entre um curso técnico e

uma experiência que de fato envolva o professor e discuta sua ação pedagógica como um

todo, em que temas diversos e constantes tensões são constitutivos de seu trabalho

pedagógico.

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Dimensões da formação continuada de professores

Com o intuito de aprofundar nossa discussão, o segundo momento desse estudo

bibliográfico propôs a construção de categorias a partir dos princípios e concepções,

apresentados pelos autores nos trabalhos analisados, sobre as propostas de formação

continuada para os docentes. Destacamos cinco dimensões predominantes nas discussões dos

estudos analisados a respeito de quais de fato são os aspectos considerados essenciais para

uma proposta de formação e o que os autores apontam como fundamental no debate sobre a

formação continuada.

1. Dimensão reflexiva

A reflexão, a formação de professores como espaço para gerar reflexão e a

importância do professor ser um profissional reflexivo é tema bastante discutido pelos

autores. O ato de refletir é apontado como parte do trabalho do professor, em que ele precisa

pensar em sua prática a fim de mudá-la e em direção à busca de alternativas que propiciem

uma prática pedagógica de "melhor qualidade". Na maioria dos estudos não encontramos

explicação sobre o que de fato envolve o conceito de reflexão, apenas alusão a referenciais

teóricos que discutem e defendem o profissional reflexivo.

A questão do professor reflexivo já faz parte do discurso na área da educação. Falar da

necessidade de refletir sobre a prática tornou-se um jargão do linguajar de profissionais dessa

área. Cabe questionar o que se entende quando se propõe um professor reflexivo e o que é ser

um profissional reflexivo, trata-se de um reflexo sobre o quê? A respeito da banalização do

termo, Nóvoa (2009) fala de um consenso discursivo na área da educação e expõe que "nos

últimos quinze anos, esta comunidade produziu um conjunto impressionante de textos, que

tem como marca o conceito de professor reflexivo e que fez uma viragem no pensamento

sobre os professores e a sua formação" (NÓVOA, 2009, p. 6).

Sem dúvida é uma dimensão a ser considerada em uma proposta de formação de

professores, mas a partir da consciência do que envolve esse conceito. O ato de refletir não é

adquirido apenas pela ação, na ação ou no contexto em que se realizam ações de modo

reprodutivo e assistemático. Concebemos que ser reflexivo é pensar no trabalho docente, no

que envolve o fazer pedagógico: as relações, os contextos, o processo ensino-aprendizagem e

o professor enquanto sujeito. Seria preciso outro fator nesse desenvolvimento, que apoiasse o

docente e o mobilizasse. Para o professor ser reflexivo ele precisaria assumir uma condição

que lhe permitisse agir com autonomia, dirigindo-se ao que tenha consistência, ao que

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impulsione o desenvolvimento no vivido por ele enquanto docente. Porém, é necessário

esclarecer que a ideia de tornar um professor reflexivo não é alcançada via prescrição, mas

por engajamento profissional.

Silva (2000), docente do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do

Minho, se detém a discussão de uma reflexão sobre as práticas e as práticas de reflexão em

formação de professores. A autora apresenta além do papel e da importância da reflexão para

o desenvolvimento profissional, uma possível atuação de professores como atores e autores

do processo de formação. Em seu trabalho apresenta a reflexão e a formação "como

dinâmicas interativas mobilizadoras e redimensionadoras do(s) professor (es) e das suas

práticas, articulando as dimensões pessoal, profissional e sociorganizacional" (SILVA, 2002,

p.90). Notamos que essa discussão já se aproxima de nossa concepção a respeito da dimensão

reflexiva e das propostas de formação de professores na medida em que amplia a discussão

sobre o refletir fazendo, na ação e em uma relação direta e primeira com a prática pela prática.

2. Dimensão transformadora

A dimensão transformadora constitui-se do que é apresentado pelos autores como a

necessidade de mudança da prática pedagógica do professor, sendo o espaço de formação

defendido como o momento propício para contribuir no processo de transformação social

(ZEICHNER, PEREIRA, 2005) em termos de sua capacidade de melhorar a formação

profissional. A perspectiva de mudança relaciona-se tanto com o social quanto com o

individual, ambos os contextos são considerados pelos autores.

Simão, Caetano e Flores (2005) apresentam a proposta de um modelo, projeto de

intervenção, para compreender a mudança do professor com base em três estudos empíricos

desenvolvidos por ações formativas. Destacam como conclusão, o desenvolvimento de uma

cultura de escola colaborativa e a ênfase em uma perspectiva do professor como agente de

mudança, associada ao desenvolvimento do sentido pessoal de auto-eficácia, automotivação,

auto-regulação e a uma abertura e flexibilidade em face dos contextos.

Segundo Imbernón (2011), a formação de professores precisa atuar na perspectiva da

mudança e da incerteza que permeiam as práticas educativas. O autor aponta para a

redefinição da docência como profissão, destacando o conceito de profissionalização docente

relacionado a um modelo de profissão como processo. O autor destaca que entender o

professor como profissional implica aquisição e domínio de habilidades especializadas que o

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fazem ser competente em determinado trabalho e o juntam a um "grupo profissional

organizado e sujeito a controle" (IMBERNÓN, 2011, p.29).

A dimensão transformadora e essa junção do individual com o coletivo fazem pensar

que, de fato, o controle social e político em um grande grupo pode criar uma dependência do

professor, em que se estabelece uma relação que se constitui como barreira ao trabalho

docente. Nessa concepção, a mudança só pode acontecer se o contexto coletivo ou se as

condições forem favoráveis ao desenvolvimento da ação pedagógica. O docente remete a

responsabilidade do não agir a uma política educacional não propícia, ou vice-versa, em que

uma não ação coletiva se justifica pela atividade docente.

Essa dimensão transformadora, também está relacionado em alguns trabalhos

(PIMENTA, 2005; ZEICHNNE, 2005; CUNHA, PRADO, 2007) a concepção do professor

como pesquisador constante de sua atividade e a participação em estudos com as

universidades públicas. Constituir-se como pesquisador permite ao professor estar atento a

dinâmica da sala de aula e pensar em estratégias que o auxiliem na compreensão daquilo que

envolve os processos de ensino-aprendizagem.

3. Dimensão do desenvolvimento profissional

O desenvolvimento profissional é discutido em diversos trabalhos (SILVA, 2000;

MARGARIDA, SIMÃO, CAETANO, FLORES, 2005; REALI, TANCREDI, 2005; PAPI,

MARTINS, 2010) como uma busca constante e permanente do docente em sua ação e na

articulação de fatores pessoais e contextuais, associados à aprendizagem e desenvolvimento

profissional no local de trabalho. O conceito de desenvolvimento profissional relaciona-se ao

de atuação profissional e profissionalização docente, que envolve a reflexão, autonomia e

domínio de conteúdo por parte dos professores para uma atuação na perspectiva da mudança.

Além disso, são tratadas questões sobre a dimensão política, social, o processo de

profissionalização e as especificidades da profissão docente, como no estudo de Weber (2003)

que discute a profissionalização docente e as políticas públicas no Brasil. Dentre as questões

mais discutidas, destacamos a valorização da atividade docente, os planos de carreira, a

remuneração salarial e o investimento em melhores condições de trabalho.

Pensamos que no contexto da formação continuada de professores, a dimensão do

desenvolvimento profissional necessita estar articulada a outras dimensões e ser vista não de

forma isolada, mas a fim de contemplar o conceito de profissionalização como próximo da

criação de uma nova prática em torno da profissão docente.

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4. Dimensão do saber docente

Em relação a essa dimensão, dentre a diversidade na variação das terminologias

utilizadas nos estudos encontramos concepções diferentes, mas que se aproximam por

fazerem referência ao que o professor conhece e ao que precisa conhecer para desenvolver seu

trabalho docente. Portanto, os conceitos de saberes docentes, saberes pedagógicos,

competências e habilidades atualizam-se, mas ainda demonstram a preocupação dos autores

em discutir os conhecimentos que se relacionam com a prática docente e, a partir disso, o

questionamento do que contemplar na formação de professores.

Um dos autores bastante citados nos trabalho é Maurice Tardif, que se dedica a

discutir o conceito dos saberes docentes no âmbito do trabalho pedagógico e na formação do

professor. Para ele, o fio condutor é a questão do saber, que como as realidades específicas do

cotidiano do trabalho docente precisam ser consideradas nas atividades formativas. Tardif

(2012) defende que o saber não se reduz exclusivamente a processos mentais, cujo suporte é a

atividade cognitiva dos indivíduos, mas é também um saber social que se manifesta nas

relações complexas entre professores e estudantes. Para esse autor, uma parcela relevante do

saber docente se dá com o trabalho efetivo, a prática, e ressalta que esta contém elementos

para uma teoria da prática educativa.

Nas pesquisas que partem dessa concepção (CARMO, CHAVES, 2001; NUNES,

2001; BORGES, 2001; MONTEIRO, 2001; LÚCIA, ZIBETTI, PROENÇA, SOUZA, 2007)

encontramos um discurso de valorização da prática pedagógica, uma "racionalidade prática",

a fim de marcar o contexto da ação como essencial para realizar estudos empíricos, articular

os saberes docentes e os saberes escolares, propiciar reflexão e mudança do professor e

embasar a formação de professores.

Em outras pesquisas ( PIMENTA, 2005; ALVES, 2007; LÚCIA, ZIBETTI, 2010;

PENNA, 2012) encontramos de maneira explícita a importância desse saber ser fundamentado

na teoria e de sua articulação e relação com a prática de sala de aula. Para esses autores, a

formação de professores pode propiciar a apropriação do conhecimento científico, a

articulação de conhecimentos teóricos para além de um conjunto de técnicas ou modelos pré-

existentes, que não se restrinja a aplicação direta e a uma relação utilitária aos conhecimentos

da prática e da experiência.

Ressaltamos que a articulação teoria-prática, a que nos referimos anteriormente, ainda

não é devidamente compreendida em todo o contexto educacional. Ainda ouvimos um

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discurso muito comum de que "isso é só teoria", "na teoria é uma coisa, na prática é outra".

Permeia nessas falas a concepção equivocada do que é uma teoria, uma vez que ela não se

constitui como um adereço, nem tem por objetivo ser aplicada ou solucionar problemas e

questões diversas do cotidiano. Há uma grande diferença entre o modelo teórico a que nos

referimos e as técnicas, métodos, provas e testes que circulam nas escolas. O conceito de

teoria muitas vezes, parte equivocadamente, de uma visão distante de nossas experiências.

Precisamos investigar se é a teoria que não nos apoia a pensar ou se nossos saberes

pedagógicos é que não comportam a teoria.

5. Dimensão criadora

A dimensão criadora e a necessidade de ser criativo no desenvolvimento de seu

trabalho é identificado como subsídio para a formação de professores (LÚCIA, ZIBETTI,

2010), em que o docente desenvolve sua ação pedagógica de modo criativo e inovador.

Encontramos esse aspecto diluído em trabalhos em que pressupõe a criação como parte da

natureza do trabalho do professor. Mas, o que é criar? Ser criativo e inovador quando se trata

de discutir a ação docente? São perguntas cujas respostas não aparecem na leitura das

pesquisas em que nos detemos. Poderíamos pensar que esse não seria o foco de estudo, mas

na medida que o conceito é utilizado necessita-se de clareza quanto ao que se refere.

Verificamos em nossa revisão que a essa dimensão relaciona-se a justificativa de que diante

das constantes mudanças atuais, de uma sociedade globalizada, em meio à diversidades e a

partir deste contexto, o professor precisa inovar e ser criativo ao estabelecer relações com o

planejamento, as ações intencionais e os processos que envolvem o ensinar e o aprender.

O termo criatividade tem sido utilizado em diferentes contextos e com diversas

abordagens, com intuito de discutir e apresentar um sujeito capaz de criar, inovar e produzir

algo diferente no contexto que atua. Nos estudos apresentados por Mitjáns Martínez em 1997,

a autora apresenta os diferentes enfoques abordados na relação criatividade-personalidade, as

limitações dos estudos e a proposta, não absoluta, de um sistema bem mais complexo do que

se tinha abordado por muitos autores até então. Assim, o conceito de criatividade que se

aproxima de nossas discussões é “da possibilidade que tem o sujeito não só de solucionar

criativamente uma dificuldade já dada, mas também de encontrar um problema onde talvez

outros não vejam o que constitui uma importante expressão de seu potencial criativo”

(MITJÁNS MARTÍNEZ, 1997, p. 54).

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Esse conceito de criatividade relaciona-se ao contexto educacional e nos permite

pensar o espaço escolar e como o professor expressa sua criatividade em seu trabalho

pedagógico. Há que se considerar como esse trabalho irá relacionar-se com a aprendizagem

dos alunos, de que forma a criatividade do professor possibilitará a expressão criativa dos

estudantes. Nesse sentido, a formação de professores não pode se preocupar em traçar um

perfil único do professor criativo, definir ou apenas pontuar aspectos comuns para o

desenvolvimento da criatividade. Mas, compreender como se expressa a criatividade do

professor e quais suas implicações à sua prática pedagógica.

Escola pública, formação e pesquisa: concluindo sobre novas possibilidades na discussão

da formação continuada de professores

A pesquisa bibliográfica realizada apresenta um panorama sobre as publicações e

pesquisas desenvolvidas na área da formação continuada de professores. Muitos são os

percursos metodológicos, as concepções e bases teóricas utilizadas nas pesquisas, no entanto

podemos considerar que não devemos ter a pretensão em unificar ou buscar uma só vertente

para o problema da formação continuada, mas compreender as diferentes propostas, suas

possibilidades e limitações em relação a discussão do tema. Cada estudo caracteriza-se por

uma base filosófica que na maioria das vezes não está explícita na produção, mas precisa

guiar nossas análises visto que há uma compreensão do conceito de homem, sociedade,

educação, trabalho docente, prática pedagógica e pesquisa científica.

Identificamos que as pesquisas convergem para a busca de novos caminhos e formas

de incorporar a ação pedagógica àquilo que é proposto em cursos de formação continuada.

Nesse sentido, marcamos a prática pedagógica, o trabalho docente, a constituição do

professor, os saberes docentes, os modelos de cursos de formação continuada, as questões

legais, políticas públicas e o papel das universidades na escola pública como principais

preocupações discutidas nos estudos realizados na área de formação continuada.

Nas pesquisas analisadas destaca-se a figura do professor no sentido de tentar delinear

o que ele deve fazer, como deve agir, o que não faz e o que esse profissional deve ter, tais

como saberes ou características, que o habilitem a desenvolver seu trabalho. As pesquisas

destacam que o professor precisa ser reflexivo, criativo, ativo, autônomo, investigador,

pesquisador, amoroso e responsável. Assim, os autores identificam que para se ter um

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profissional como esse é necessário pensar cursos e momentos de formação que vão ao

encontro de um bom professor.

Essa discussão nos remete ao que vem sendo pesquisado por Veiga e Silva (2010)

quanto à necessidade de se repensar a formação de professores como forma de acompanhar as

mudanças que ocorreram na escola e a possibilidade de formar um profissional capaz de

enfrentar as adversidades cotidianas de seu trabalho docente. Questionamos sobre o que

envolve o repensar dos cursos e propostas de formação continuada e o porquê desses não

alcançarem de fato o professor. Para isso, entendemos que a pesquisa realizada oferece

subsídios para que possamos ampliar nossos estudos e traçar outros objetivos a fim de

compreender quem é o professor, como ele vive seu processo de formação, de que forma se

coloca diante das contradições de sua prática cotidiana e quais são suas reais necessidades

formativas para sua constituição docente.

As propostas de formação poderiam desenvolver sua atividade junto com as pesquisas

realizadas dentro das universidades, na direção de abrir canais de comunicação, mobilizar

recursos e envolver o docente para que ele possa pensar no seu trabalho e em si como

professor. Temos que favorecer que os momentos coletivos se distanciem de treinamentos que

priorizam apenas a aquisição de saberes escolares, conteúdos específicos, técnicas e métodos

de ensino desconexos da realidade vivida na escola. Isso seria essencial. A respeito disso,

Tacca (2008) diz que, a formação de professores relaciona-se "às formas de incorporar no

trabalho docente uma prática reflexiva em relação ao conhecimento, ao aluno, ao contexto

vivido e em relação a ele próprio, enquanto sujeito e profissional" (TACCA, 2008, p.67).

O contexto escolar é onde reside a dinâmica da prática pedagógica por se constituir em

um espaço social de desenvolvimento, sem negar a existência de um contexto educacional

mais amplo. Acreditamos que pela dinâmica, contradições e relações estabelecidas podemos

pensar em alternativas para discutir o processo de formação de professores de forma mais

contundente. Considerar o contexto da escola é fundamental, não como um simples local de

trabalho ou meio que pode influenciar a prática dos professores, mas um contexto social

formativo em que envolva pesquisa com parceria escola pública e universidade pública.

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