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A FORMAÇÃO CONTINUADA COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO

NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ENTRE AS

DISCIPLINAS DA BASE NACIONAL COMUM E DISCIPLINAS TÉCNICAS

NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO

Gilda Maria Carneiro Aziliero Duda1

Angela Maria Corso2

RESUMO

O presente artigo tem por finalidade apresentar uma reflexão de uma das

etapas da a integralização do PDE – Programa de Desenvolvimento

Educacional – 2010, que se trata do Projeto de Intervenção Pedagógica, o qual

teve como público alvo os profissionais que atuam como professores no Ensino

Médio Integrado do Centro Estadual Florestal de Educação Profissional

Presidente Costa e Silva do município de Irati no Estado do Paraná. A

intervenção deu-se sob a forma de curso de extensão, com certificação pela

UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste. A intenção desta

forma de intervenção pedagógica foi a de proporcionar, em meio ao grande

acúmulo de trabalho que recai sobre o professor, uma oportunidade para a

reflexão a cerca da organização do trabalho pedagógico no cotidiano da

escola, em especial, sobre a proposta curricular integrada. Tendo como

material de apoio o Caderno Temático elaborado pela professora PDE, e como

metodologia a leitura e discussão dos textos do caderno, essa formação

continuada teve como objetivo o aprofundamento teórico-científico em relação

à integração curricular prevista na proposta curricular da SEED/PR. Durante o

1 Pedagoga, rede pública do Estado do Paraná, Coordenadora Pedagógica de Internato do Centro

Estadual Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva de Irati.

2 Orientadora PDE, Professora da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Campus de Irati,

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná, UFPR.

2

curso, tendo em vista a efetiva participação e grande interesse por parte dos

cursistas, constatou-se a validade deste tipo de iniciativa como forma de

melhoria na qualidade pretendida no trabalho pedagógico.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino Médio Integrado. Organização do Trabalho

Pedagógico. Formação Continuada. Proposta Curricular Integrada.

1 INTRODUÇÃO

Diante de todos os esforços para a retomada da oferta da educação

profissional nas escolas públicas do Paraná, a partir do Decreto 5.154/2004,

considera-se de fundamental importância a garantia de uma boa formação para

o jovem educando que opta por esta modalidade de ensino, visto que nem

todos, por diferentes motivos, conseguem realizar uma formação profissional

no ensino superior, o que faz do curso técnico uma possibilidade de inserção

no mundo do trabalho e de aprofundamento dos conhecimentos do ensino

fundamental.

Os documentos oficiais trazem uma nova perspectiva para a Educação

Profissional – a integração curricular entre a educação básica e profissional. No

entanto, um dos aspectos para que a integração curricular seja concretizada, é

de que os professores compreendam os pressupostos básicos desta proposta.

Um dos caminhos para isso é o estudo e a discussão destes documentos.

Porém devido aos inúmeros encargos que se alocam sob a responsabilidade

dos professores no desempenho de suas atividades, nem sempre há espaço e

tempo organizado para realizar este estudo. Neste sentido, a intervenção

pedagógica na escola, após a realização do estudo teórico, tinha a intenção de

criar um espaço de estudo e discussão como também oportunizar momentos

de encontro entre as diversas áreas que compõem o currículo do ensino médio

integrado.

3

O ensino médio integrado à educação profissional tem uma organização

curricular que possibilita, ao educando que por ela opta, o ingresso ao mundo

do trabalho, bem como o prosseguimento de estudos no ensino superior. No

Estado do Paraná houve grande empenho pela implantação desta proposta de

educação, sendo que para tal foram mobilizados em 2.003 e 2.004, alguns

professores, coordenadores de curso, coordenadores de estágio, pedagogos e

diretores das escolas que mantinham cursos profissionalizantes com o intuito

de participar de seminários sobre o tema, sendo que nesta ocasião foram

proferidas palestras sobre os fundamentos e princípios curriculares da proposta

que se implantava naquele momento, porém, em virtude da rotatividade, nem

todos os profissionais daquela época permaneceram na escola.

Diante do exposto e tomando por base o cotidiano do Centro Estadual

Florestal de Educação Profissional Presidente Costa e Silva, e da observação

das dificuldades que os professores apresentam em desenvolver o trabalho

pedagógico integrado proposto pelas diretrizes curriculares estaduais,

propusemos como intervenção pedagógica um curso cujo conteúdo foi a

retomada da Educação Profissional no Estado do Paraná pela Secretaria de

Estado da Educação através do Departamento de Educação Profissional, os

pressupostos básicos do currículo integrado, o que é integração, os eixos do

currículo integrado, aspectos legais e possibilidades de planejamento

integrado.

Os objetivos elencados também no Caderno Temático foram:

- Diagnosticar junto aos professores do ensino médio integrado quais as

principais dúvidas em relação à proposta curricular do ensino integrado;

- Fomentar a criação de um grupo de estudos composto por professores

que trabalham com as disciplinas da base nacional comum e os professores

que trabalham com as disciplinas técnicas sobre a proposta curricular do curso

técnico integrado;

- Promover momentos de leitura e discussão a respeito dos documentos

oficiais que regulamentam o ensino médio integrado, disponibilizando material

impresso e digital;

4

- Implantar um sistema de comunicação permanente dentro da escola

para socialização de boas práticas sobre a integração curricular.

Durante a implementação do Projeto PDE foi utilizada a metodologia de

leitura e discussão de textos, trabalhos em pequenos grupos, palestras. A

receptividade por parte dos cursistas foi boa sendo que todos participaram com

contribuições e sugestões, bem como expuseram suas principais dúvidas e

angústias em relação ao trabalho que desenvolvem. Após os encontros

continuamos disponibilizando textos de apoio sobre o tema para os professores

na hora atividade.

Nesse sentido, esse artigo tem por finalidade apresentar uma breve

reflexão sobre a implementação do Projeto PDE, bem como sobre o tema da

pesquisa.

2 A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO BRASIL: UM OLHAR SOBRE O

ENSINO MÉDIO INTEGRADO

2.1 Um Breve Histórico Sobre a Educação Profissional no Brasil

Na época da chegada dos portugueses ao Brasil, puderam ser

observadas as primeiras práticas de aprendizagem entre os povos indígenas,

as quais ocorriam pela observação e participação direta nas atividades de

caça, de pesca, de plantio, de confecção de objetos, etc. A geração mais

jovem, aprendia com a geração mais velha, desta forma fundia-se a questão da

prática educativa e o preparo para o trabalho. Para Manfredi (2.003, p. 67):

Tratava-se, portanto, de um processo de Educação Profissional

que integrava (e ainda integra) “saberes” e “fazeres” mediante

o exercício de múltiplas atividades da vida em comunidade.

Além desse traço próprio das civilizações indígenas , é possível

afirmar que esses povos foram os primeiros educadores de

artes e ofícios para as áreas de tecelagem, de cerâmica, para

adornos e artefatos de guerra, para a construção de casas e,

5

obviamente, para as várias técnicas de cultivo da terra e para a

produção de medicamentos.

A colonização portuguesa tinha como base da economia a agroindústria

açucareira, os engenhos como eram chamados, onde prevaleciam as práticas

educativas informais de qualificação, se aprendia no e para o trabalho.

Durante os primeiros séculos de colonização, com o crescimento da

indústria açucareira e a intensificação da atividade de extração de minérios,

houve a criação de núcleos urbanos, sendo que a população que ali vivia

passou a consumir os mais diversos produtos artesanais e utensílios

domésticos, o que gerou a necessidade de trabalho especializado de artesãos:

sapateiros, ferreiros, carpinteiros, pedreiros, dentre outros, assim sendo, os

colégios e residências dos jesuítas, sediados nos principais centros urbanos

foram os primeiros núcleos de formação profissional, as chamadas escolas-

oficinas, de formação de artesãos e demais ofícios, durante o período colonial.

Após o período colonial, o Brasil passou a emoldurar seu cenário

educacional com a criação de várias instituições de ensino superior destinas à

formação profissional, neste período o ensino secundário destinou-se somente

à preparação para o ingresso no ensino superior, o ensino primário foi se

ampliando, porém, não como se esperava, embora a Constituição de 1.824 o

tenha tornado gratuito a todos os cidadãos. No período de 1.840 a 1.856,

houve a fundação das casas de educandos artífices, entre 1.858 a 1.886, foram

criados os liceus de artes e ofícios, sob a iniciativa da sociedade civil, cujos

recursos eram oriundos de sócios ou de doações, o acesso aos cursos era

livre, exceto para os escravos. Em 1.881, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de

Janeiro, foi criado o primeiro curso destinado para mulheres.

A educação profissional na chamada Primeira República, que vai desde

a Proclamação da República, até os anos 30, passou por várias configurações,

tendo como medida mais efetiva para torná-la oficial, o Decreto 7.566 de 23 de

setembro de 1.909, sancionado pelo então presidente Nilo Peçanha, a partir

deste decreto criaram-se 19 escolas de Aprendizes Artífices. Para Kuenzer,

(1.999), a partir de então é que a educação profissional no Brasil passou a ser

6

responsabilidade do estado e que as escolas criadas foram as precursoras das

escolas técnicas federais e estaduais.

Ainda para a autora, a partir daí alternativas foram surgindo para a

formação dos trabalhadores, as quais eram voltadas para atender às

demandas do processo produtivo e não oportunizava o acesso ao ensino

superior, sendo que para as elites o caminho era outro, e que culminava no

ensino superior. Assim a educação profissional no Brasil constitui-se

historicamente pela dualidade estrutural que demarcava, explicitamente, quem

desempenharia as funções mais instrumentais e quem as mais intelectuais e

dirigentes.

Desta forma, a formação de trabalhadores e cidadãos no Brasil constitui-se historicamente a partir da categoria dualidade estrutural, uma vez que havia uma nítida demarcação da trajetória educacional dos que iriam desempenhar as funções intelectuais ou instrumentais, em uma sociedade cujo desenvolvimento das forças produtivas delimitava claramente a divisão do capital e trabalho, traduzida no taylorismo-fordismo como ruptura entre as atividades de planejamento e supervisão, por um lado, e de execução por outro. (KUENZER, 1.999, pág. 89).

Embora a educação profissional no Brasil tenha passado por

significativas transformações, o que se pode observar é que sempre esteve

voltada em atender aos interesses emergentes na agricultura e na indústria, a

educação acabou por ser organizada em duas categorias: ciências e

humanidades (de natureza intelectual) e cursos técnicos (de natureza

mecânica e manual), com clara distinção entre o currículo para quem era

preparado para pensar/dirigir e os que eram preparados para executar/fazer.

Conforme Kuenzer (1990), em 1.942 a reforma Capanema3, por conta

das mudanças que estavam ocorrendo no mundo do trabalho, faz alguns

ajustes, através das Leis Orgânicas. Assim, a formação profissional destinada

aos trabalhadores instrumentais passa também a contar com alternativas em

3 Em alusão ao então Ministro da Educação Gustavo Capanema.

7

nível médio de 2º ciclo, inicia-se aí uma primeira tentativa de articulação entre

as modalidades científica e clássica e as profissionalizantes, podendo os

alunos destas últimas prestarem exames de adaptação que lhes dariam o

direito a participar dos processos de seleção para o ensino superior. Portanto

ainda continua muito bem demarcada a dualidade da educação profissional no

Brasil. Para reforçar, neste período foram criados o SENAI - Serviço Nacional

da Indústria, em 1.942, e o SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem

Comercial, em 1.946 e a criação de escolas técnicas, a partir das escolas de

artes e ofícios, em 1.942.

Ainda que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei

4.024/61 tenha sido um marco importante porque traz a equivalência entre o

diploma do ensino médio profissionalizante e o propedêutico para prestar

exames para o ingresso ao ensino superior, a dualidade estrutural não foi

superada, visto que continuou a existir dois projetos distintos de ensino, o que

formaria trabalhadores instrumentais e o que formaria intelectuais.

Uma década depois, objetivando a atender as mudanças ocorridas no

setor produtivo, promulga-se a Lei 5.692/71, a qual estabelecia a

profissionalização compulsória. Segundo Frigotto (2.005), essa surgiu com

duplo propósito: o de atender à demanda por técnicos de nível médio e o de

conter a pressão sobre o ensino superior.

O discurso utilizado para sustentar o caráter manifesto de formar técnicos construiu-se sob o argumento da “escassez de técnicos” no mercado e pela necessidade de evitar a “frustração de jovens” que não ingressavam nas universidades nem no mercado por não apresentarem uma habilitação profissional. (FRIGOTTO, 2.005, pág. 33).

A Lei 5.692/71 parecia superar a dualidade, quando prevê um ensino

médio profissionalizante. Porém em virtude da pressão por parte de alunos e

de seus pais e a falta de estrutura física e humana para tornar o ensino médio

profissionalizante, a intenção não saiu do papel e alguns ajustes foram feitos

na Lei através do Parecer 76/75, que vislumbrava a possibilidade dos cursos

8

não levarem a uma habilitação técnica. A extinção da profissionalização

obrigatória efetivou-se, finalmente, pela Lei 7.044/82.

Conforme Frigotto (2.005), de 1.930 para cá, passamos por duas

ditaduras que juntas tiveram a duração de 32 anos, bem como por inúmeros

golpes institucionais. Porém, apesar desta realidade, houve movimentos pela

busca de construir um projeto nacional popular de desenvolvimento,

encabeçado pelas forças políticas sindicais e movimentos ligados à classe

trabalhadora e a setores da classe média. Em meados de 1.980, no processo

da constituinte, este projeto nacional popular, confrontou-se com o projeto

dominante no Brasil do século XX centrado no monetarismo e no ajuste fiscal

do liberalismo econômico, e também, com o projeto nacionalista conservador

e populista.

Em 1.988 foi promulgada a constituição, em 1.989, no governo Collor,

iniciou-se uma modernização conservadora. Na década de 1.990, no governo

Fernando Henrique Cardoso, efetivou-se uma profunda regressão nas reformas

políticas com o fim de ajustar a economia ao processo de desregulamentação,

flexibilização e privatização. Houve neste período forte combate ao Projeto de

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional4, o qual propunha um projeto

democrático de educação. (FRIGOTTO, 2.005, p.13).

Apesar de o projeto proposto inicialmente ter sido substituído, a nova

LDB, a Lei 9.394, foi promulgada em dezembro de 1.996, através dela, o

Ensino médio passou a ter identidade própria, passou a constituir etapa final da

Educação Básica e lhe foi assegurada a possibilidade de integrar-se com a

profissionalização (Artigos 39 a 42), vislumbrou-se, então, a possibilidade de

término do dualismo estrutural tão presente na educação profissional brasileira.

Segundo (Frigotto, 2.005, p.13), apesar de toda a luta pelo fim da

malfadada dualidade através da formulação e condução das políticas de

educação básica, profissional e tecnológica, a regressão mais profunda que se

4 O substitutivo do Deputado Jorge Hage, que contemplava os anseios da comunidade, foi substancialmente modificado pelo

substitutivo do Deputado Darcy Ribeiro, sendo este, com o apoio do governo Fernando Henrique Cardoso, vitorioso no Senado, e

posteriormente teve aprovação definitiva na Câmara de Deputados, em 20 de dezembro de 1996.

9

sucedeu, foi por força do Decreto 2.208/97, o qual reforçou o dualismo e o

ideário pedagógico do capital ou do mercado, pedagogia das competências

para a empregabilidade. Para Ramos (2005, p. 117), a pedagogia das

competências apoia-se no pressuposto de que os saberes são construídos pela

ação.

Conforme o documento Fundamentos Políticos e Pedagógicos da

Educação Profissional do Paraná, em 1.997 iniciou-se o Programa de

Expansão da Educação Profissional – PROEP/MEC, com recursos da ordem

de 500 milhões de dólares para o período de 1.997 – 2.003, com financiamento

parcial do Banco Interamericano do Desenvolvimento – BID. A consequência

do Decreto e do PROEP foi a fragmentação do sistema nacional de educação e

o desmonte da rede pública, em decorrência a expansão da oferta da

educação profissional pela esfera privada e a submissão da educação à lógica

e às práticas do mundo dos negócios. Sendo assim acentuada a dualidade

estrutural e a segmentação social, já que foram promovidas modalidades

educativas substitutas ou alternativas à educação básica ou superior, e

distorções da função pública educacional, bem como redução pelas instituições

da oferta de educação regular e gratuita e criação de cursos e atividades

extraordinárias e pagas.

Neste período foram desativados os 1.080 cursos profissionalizantes

existentes até 1.996, em virtude da implantação do Programa Expansão,

Melhoria e Inovação do Ensino Médio – PROEM, também financiado pelo BID.

Os diretores de escola não tinham outra opção, já que se não desativassem os

cursos técnicos seriam penalizados com o não recebimento de recursos do

PROEM para suas instituições, cabe destacar que os cursos da área de

agropecuária e de formação de docentes mantiveram suas atividades pela

persistência de seus diretores, docentes, técnicos e funcionários, os quais não

aderiram ao PROEM, o que significou, portanto, não receberem apoio

financeiro para melhoria dos estabelecimentos de ensino. Ainda conforme o

Documento da SEED, no Paraná, sob o ponto de vista quantitativo, conforme

dados das matrículas em 2.002 havia 13.429 alunos matriculados. A partir de

2.003 foi retomada a oferta da educação profissional, foi instituído o

10

Departamento de Educação Profissional na SEED e encerradas as atividades

da Agência para o Desenvolvimento da Educação Profissional – PARANTEC,

estas ações possibilitaram a gestão administrativa e pedagógica necessária

para afirmar o compromisso com a educação pública de qualidade no Estado.

(PARANÁ, 2.005).

Após muitas críticas e lutas, surge uma nova perspectiva de formação

do trabalhador com a promulgação do Decreto 5.154/04. Este decreto foi um

marco importante, na medida em que, revogou a obrigatoriedade da separação

entre ensino médio e a educação profissional técnica de nível médio, visto que

ele prevê no Art. 4º, educação profissional técnica de nível médio, nos termos

dispostos no § 2º do Art. 36, Art. 40 e ainda o parágrafo único do Art. 41 da Lei

9.394, de 1996. Portanto, o decreto conferiu a necessária legalidade à política

curricular implantada na Rede Estadual de Educação Profissional de nível

técnico, em todas as formas de oferta implantadas.

2.2 O Ensino Médio Integrado: Algumas Reflexões

Com o Decreto 5.154/04, pelo qual se deu a possibilidade de

implantação de novas propostas curriculares, anseia-se a superação das

desigualdades no âmbito educativo e cultural, uma vez que no Brasil do século

XXI, ainda nos deparamos com uma realidade constrangedora em relação à

educação em todos os seus níveis.

No ensino médio que a situação se agrava, segundo dados do MEC –

Ministério da Educação e Cultura, atualmente, mais de 50% dos jovens entre

15 e 17 anos não estão matriculados nesta etapa da educação básica e

milhões de jovens com mais de 18 anos e adultos não a concluíram, nesta fase

da vida a grande maioria dos jovens se sente obrigada, pelas circunstâncias de

sua vida, a participar da composição da renda familiar, em consequência, a

procura pela educação formal se relega a um segundo plano. A parcela de

alunos que concluem o ensino médio é ainda pequena, e dentre os que

conseguem chegar à conclusão, a grande maioria o faz de forma precária, no

11

ensino noturno ou no supletivo, modalidade de estudos que podem ser

realizados concomitantemente com o trabalho.

Neste sentido, Frigotto (2.005, p. 77), pontua que:

Considerando o contingente de milhares de jovens que necessitam, o mais cedo possível, buscar um emprego ou atuar em diferentes formas de atividades econômicas que gerem sua subsistência, parece pertinente que se faculte aos mesmos a realização de um ensino médio que, ao mesmo tempo em que preserva sua qualidade de educação básica como direito social e subjetivo, possa situá-los mais especificamente em uma área técnica ou tecnológica. (FRIGOTTO, 2.005, pág. 77).

Para Ramos, a educação é o meio que as pessoas tem para serem

sujeitos de sua história e a profissionalização no ensino médio de ser

compreendida, “...por um lado, como uma necessidade social e, por outro lado,

como meio pelo qual a categoria trabalho encontre espaço na formação como

princípio educativo.” (RAMOS, 2005 p. 125).

Entretanto, não basta a legislação para determinar o caminho a ser

trilhado, a efetividade desta proposta, além de outros aspectos, depende da

forma como os profissionais da instituição de ensino conduzirão o processo de

integração. Sendo assim a organização do trabalho pedagógico na escola é a

possibilidade da efetivação da intenção que a mesma tem em contemplar por

princípio não apenas a formação profissional, mas também deverá levar em

conta o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos: sociais,

políticos, éticos e econômicos, pois o resultado obtido na prática está

alicerçado na organização e no compromisso que se estabelece na instituição.

Segundo Pimenta (1986), a organização do trabalho escolar é a

mediação entre o trabalho docente e a prática social. Por isso, o envolvimento

dos professores com toda a comunidade escolar, o seu compromisso com a

qualidade da formação ofertada, bem como com a democratização do saber, é

de fundamental importância para a democratização da sociedade.

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A participação dos professores na organização da escola, nos conteúdos a serem ensinados, nas suas formas de administração, será tão mais eficiente, tão mais efetivamente democrática, na medida em que eles dominarem os conteúdos e metodologias dos seus campos específicos, bem como o significado social dos mesmos – pois só quem domina as suas especificidades numa perspectiva de totalidade (significado social da prática pedagógica de cada um) é capaz de exercer a autonomia na reorganização da escola que melhor propicia a sua finalidade: democratização da sociedade pela democratização do saber. (PIMENTA, 1986, pág. 31).

Com isso, podemos aferir que a proposta do ensino médio integrado,

depende do envolvimento dos sujeitos que farão parte do processo. Porém o

caminho percorrido na busca da integração apresenta situações diversas,

situações que culminam em preocupações, angústias, inseguranças, erros e

acertos, por isso é de suma importância que a escola esteja organizada e

suficientemente coesa no propósito que firmou. Assim valemo-nos de Veiga,

(1995, p. 31):

É importante reiterar que, quando se busca uma nova organização do trabalho pedagógico, está se considerando que as relações de trabalho, no interior da escola, deverão estar calcadas nas atividades de solidariedade, de reciprocidade e de participação coletiva, em contraposição à organização regida pelos princípios da divisão do trabalho, da fragmentação e do controle hierárquico. É nesse movimento que se verifica o confronto de interesses da escola. Por isso, todo o esforço de se gestar uma nova uma nova organização deve levar em conta as condições concretas presentes na escola. Há uma correlação de forças e é nesse embate que se originam os conflitos, as tensões, as rupturas, propiciando a construção de novas formas de relações de trabalho, com espaços abertos à reflexão coletiva que favorece o diálogo, a comunicação horizontal entre os diferentes segmentos envolvidos com o processo educativo, a descentralização do poder. (VEIGA, 1995, pág. 31).

Após alguns anos em que se praticou um verdadeiro “desmonte” da

educação profissional, todos os que estiveram preocupados e lutando por

políticas educacionais comprometidas com aqueles que vivem do trabalho,

puderam respirar aliviados quando da promulgação do Decreto 5.154/04,

embora conscientes de que uma lei apenas não basta para que as coisas se

efetivem de fato, mas ao menos com o decreto havia algo mais palpável, já que

13

ele abriu a possibilidade da integração entre ensino médio e educação

profissional.

A defesa e a discussão conceitual e epistemológica de um ensino médio

integrado que efetivamente se articule aos interesses dos trabalhadores vem

sendo realizado no campo da educação, no Brasil, por diversos autores. Com

pontos divergentes ou convergentes estes autores tem defendido um ensino

médio que articule ciência, cultura e trabalho como eixos estruturantes da

organização curricular. (CORSO, 2009).

A proposta do documento Fundamentos Políticos e Pedagógicos da

Educação Profissional do Paraná (PARANÁ, 2005), tem tomado o trabalho, a

cultura, a ciência e a tecnologia como princípios da organização curricular

integrada do Ensino Médio.

O trabalho é categoria inerente ao homem, é o que garante a

subsistência, é prática econômica; a ciência é produção de conhecimento e a

cultura corresponde aos valores éticos e estéticos que orientam as normas de

conduta de uma sociedade.

Estes três princípios tomados como eixos para a formação do currículo

integrado indicam uma formação consistente, uma formação que leve o jovem

a compreender as relações que permeiam o mundo do trabalho, bem como

permeiam as relações que se estabelecerão no percurso da vida e da

sociedade em que está inserido.

2.3 Projeto de Intervenção Pedagógica

O projeto de intervenção desenvolvido junto aos professores do Curso

Técnico em Florestas Integrado ao Ensino Médio do Centro Estadual Florestal

de Educação Profissional Presidente Costa e Silva, do município de Irati,

Estado do Paraná, teve início em julho de 2011 através da apresentação das

intenções do mesmo ao grupo de professores a que ele se destinou, foi

14

utilizada para este momento a explanação oral por parte da professora PDE,

após foi aplicado um questionário para coletar dados a cerca do entendimento

sobre educação integrada por parte dos professores, o qual foi de grande valia

como ponto de partida para a intervenção pedagógica na escola.

Nesta oportunidade estavam reunidos também os funcionários dos

demais setores da escola, visto que se tratava da formação continuada aos

profissionais da educação “semana pedagógica”, então alguns deles também

demonstraram interesse e passaram a responder o questionário.

Após o preenchimento do referido questionário, a professora PDE

continuou a apresentação de seu projeto quando então lançou aos presentes a

oferta de um curso, com certificação de 40 (quarenta) horas pela UNICENTRO

– Universidade Estadual do Centro Oeste, ficando determinado que as

inscrições fossem realizadas na secretaria da escola durante o mês de agosto

de 2011.

Decorrido o prazo estipulado para as inscrições e com data já

determinada, deu-se o início o curso de extensão para implementação do

projeto PDE na escola, embora fosse esperado um bom número de

professores inscritos, não houve por parte dos decentes da escola uma boa

adesão à proposta da professora PDE, visto que dos doze inscritos para o

curso somente um é professor do ensino médio integrado, também se

inscreveram o responsável pela contabilidade do colégio, que também

desenvolvia seu projeto PDE na escola, formado em Ciências Contábeis, a

diretora auxiliar formada em Informática e Contabilidade, a pedagoga de

internato, formada em Pedagogia, a pedagoga da escola, formada em

Pedagogia, uma funcionária responsável pela área administrativa, formada no

curso Técnico em Segurança do Trabalho, e também seis funcionárias da

escola responsáveis por outros setores, todas com formação de nível médio.

O curso foi dividido em 10 (dez) encontros de 4 (quatro) horas cada, os

encontros foram realizados na sala de reuniões da própria escola, no horário

noturno, o que facilitou a frequência pois não coincidiu com o horário de

trabalho dos participantes, teve início em 20/09/2011 e terminou em

15

29/11/2011. No primeiro dia aplicamos uma dinâmica de integração, em

seguida foram retomados os questionários que haviam sido respondido na

semana pedagógica e realizada uma discussão a respeito do que ali estava

escrito, qual era o entendimento que os cursistas apresentavam sobre o ensino

médio integrado.

As questões formuladas no questionário foram as seguintes: 1 O que

você entende por integração curricular? 2 Como você realiza a integração

curricular na disciplina que ministra? 3 Quais as principais dificuldades para

realizar a integração curricular? 4 Você tem conhecimento (leitura ou

discussão) de algum documento que orienta a prática pedagógica do ensino

médio integrado? Qual? 5 Registre sua principal dúvida ou questionamento

sobre a integração curricular:

O resultado dos questionários apontam que os profissionais da escola

tinham uma noção a respeito do assunto, mesmo os que não são professores

opinaram dentro de uma certa lógica, talvez por estarem algum tempo

trabalhando nesta escola e de certa forma por estarem envolvidos com o dia a

dia da mesma. Todos disseram ter um contato com o assunto através de

documentos estudados nas semanas pedagógicas. Porém o que chamou

bastante a atenção foi em relação à pergunta de número 5 (cinco), quando

deixaram de colocar suas dúvidas e questionamentos, usaram o espaço para

dizer que deve haver maior participação dos envolvidos, para que as coisas

realmente aconteçam, fato que nos faz salientar o que diz Pimenta, 1986, pág.

31.

A participação dos professores na organização da escola, nos conteúdos a serem ensinados, nas suas formas de administração, será tão mais eficiente, tão mais efetivamente democrática, na medida em que eles dominarem os conteúdos e metodologias dos seus campos específicos, bem como o significado social dos mesmos – pois só quem domina as suas especificidades numa perspectiva de totalidade (significado social da prática pedagógica de cada um) é capaz de exercer a autonomia na reorganização da escola que melhor propicia a sua finalidade: democratização da sociedade pela democratização do saber.

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Partindo destes dados o curso prosseguiu tendo como material os

textos do Caderno Temático elaborado pela professora PDE, nos encontros

foram realizadas leituras, discussões e produções feitas em grupo, em um dos

encontros foi realizada uma palestra pela representante do Núcleo Regional de

Educação de Irati que atende o Setor de Educação Profissional, que em sua

fala mostrou a legislação que norteia a educação profissional e o ensino médio

integrado.

A avaliação dos cursistas a respeito desta forma de implementação

foi positiva, foram unânimes em afirmar que oportunidade como esta não deve

ser desperdiçada já que o dia a dia não permite este tempo para estudo,

reflexão e avaliação do trabalho. Ressaltaram também a necessidade do

comprometimento e do envolvimento de todos para que a integração possa

realmente acontecer de forma que o aluno receba uma formação de qualidade

e possa desta forma tomar as rédeas de sua vida como um verdadeiro cidadão,

consciente de seu papel na sociedade.

Levando em consideração as colocações expressas pelos

participantes da implementação do projeto de intervenção pedagógica e a

superação dos anseios e medos que antecedem qualquer empreendimento em

nossas vidas, podemos dizer que a intervenção atingiu seus objetivos e que foi

sem dúvida concretizada em um raro momento de encontro dos profissionais

que dessa participaram.

2.4 GTR – Grupo de Trabalho em Rede

Paralelamente à intervenção pedagógica na escola ocorreu o GTR

– Grupo de Trabalho em Rede, os cursistas inscritos discutiram on line sobre o

projeto da professora PDE, sobre o material didático e sobre a implementação

deste ao grupo de profissionais da escola. No GTR a professora PDE contou

com um grupo de 12 (doze) professores pedagogos de diferentes regiões e

escolas do Estado do Paraná. No decorrer do GTR alguns desistiram, mais

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precisamente 6 (seis), assim sendo a professora PDE declarou concluintes

com êxito 6 (seis) professores.

Para os cursistas do GTR a iniciativa do projeto PDE que pode

reunir os professores da escola em um curso de formação continuada sobre a

proposta curricular integrada é uma grande oportunidade para esclarecer as

intencionalidades dos encaminhamentos propostos pela SEED-Secretaria de

Estado da Educação, bem como contribuir no processo de democratização de

informações, visando assim garantir o objetivo maior, ou seja, uma boa

formação profissional aos alunos em suas múltiplas dimensões, tais como

econômica, social, política, cultural e técnica. Como define Ciavatta (2005, p.

85):

A ideia de formação integrada sugere superar o ser humano

dividido historicamente pela divisão social do trabalho entre a

ação de executar e a ação de pensar, dirigir ou planejar. Trata-

se de superar a redução da preparação para o trabalho ao seu

aspecto operacional, simplificado, escoimado dos

conhecimentos que estão na sua gênese científico-tecnológica

e na sua apropriação histórico-social. Como formação humana,

o que se busca é garantir ao adolescente, ao jovem e ao adulto

trabalhador o direito a uma formação completa para a leitura do

mundo e para a atuação como cidadão pertencente a um país,

integrado dignamente à sua sociedade política. Formação que,

neste sentido, supões a compreensão das relações sociais

subjacentes a todos os fenômenos.

Os participantes concordaram em suas colocações, quando citaram

que a clareza e a compreensão dos princípios que permeiam essa proposta

são pontos fundamentais para que ela realmente se efetive, houve

concordância também quando disseram que a legislação pertinente ao tema

possibilitou condições jurídicas, políticas e institucionais para a implantação da

referida proposta, mas isto não basta, o que vai nos conduzir a bons resultados

é o efetivo engajamento e participação dos sujeitos dentro da escola.

Para o grupo de cursistas do GTR e do curso de extensão, a

formação continuada é com certeza importantíssima para a mediação do

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trabalho pedagógico, mas também tem de haver a contra partida da

mantenedora no sentido de propiciar todas as condições necessárias para

efetivação da proposta sob a organização pedagógica e curricular do ensino

médio integrado, sendo um dos pontos mais ressaltados a rotatividade de

profissionais como sendo responsável pelo descompromisso existente.

Igualmente à implementação do projeto PDE na escola, a

coordenação do GTR foi uma grande superação, em especial, pela falta de

domínio da ferramenta tecnológica. Destacamos que a troca de experiências, a

interação com profissionais de outras escolas, com caminhadas comuns e

diferenciadas, proporcionou o fortalecimento do trabalho pedagógico da escola.

3 CONCLUSÃO

Tomando por base a fundamentação teórica, a qual situou os

participantes do curso de extensão que foi ofertado como forma de

implementação do projeto PDE, bem como os participantes do GTR, na história

da educação profissional no Brasil e no Estado do Paraná, desde as primeiras

formas de ensino até os moldes atuais com a proposta de educação integrada,

manteve-se sempre presente o objetivo de unir esforços para a melhoria da

educação profissional integrada a educação básica.

Procuramos através dos momentos de estudo e discussão dos

textos apresentados na produção didático pedagógica, o Caderno Temático,

caminhos para a efetivação da integração curricular.

Consideramos a oportunidade de participação em um curso nos

moldes do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional um momento

sem precedentes na vida profissional dos professores do Estado, pois desta

forma pudemos nos aprofundar teórica e cientificamente para melhor

compreendermos a nossa realidade escolar.

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Entretanto temos a relatar que houve falta de interesse por parte

dos professores do estabelecimento alvo da intervenção pedagógica os quais

não se envolveram no projeto deixando de participar do curso, e desta forma

deixando para trás a oportunidade de estarem também compreendendo melhor

a organização pedagógica da proposta curricular integrada. Pensamos que

além das dificuldades do dia a dia, a sobrecarga de trabalho, bem como a

rotatividade dos profissionais envolvidos, entre outros, foram os motivos pelos

quais não houve maior participação dos envolvidos no processo.

Sendo assim acreditamos que ações ainda serão necessárias para

atingir um grupo maior ou talvez todos os professores envolvidos no processo,

ações estas já previstas e que figuram como objetivos do projeto PDE, ou seja:

continuidade dos estudos teóricos através da implantação de um sistema de

comunicação permanente dentro da escola para a socialização das boas

práticas sobre a integração curricular, oportunizar momentos de leitura e

discussão a respeito dos documentos oficiais que regulamentam o ensino

médio integrado, bem como a criação no estabelecimento de ensino de um

grupo de estudos, o qual deve ser formado por professores da base nacional

comum e por professores que ministram aulas nas disciplinas técnicas.

Quando tratamos da formação de indivíduos, de seres humanos, as

possibilidades de caminhos são inúmeras, uma afrmação, porém, não devemos

esquecer, nem uma delas é finita, pois no movimento da vida, o que nos

parece bom hoje, amanhã pode não dar certo, bem como nem tudo o que foi

utilizado no passado é totalmente errado, o que é certo, no entanto, é que nada

ou quase nada acontece sem que estejamos por inteiro envolvidos, engajados

em torno de objetivos comuns, desta forma é que acreditamos que além de

outros aspectos pelos quais devemos lutar e estarmos em constante busca, um

caminho seguro para a efetivação de qualquer proposta é buscarmos o

fortalecimento e a segurança que podemos ter quando realmente entendemos

o processo em que estamos inseridos. Desta forma acreditamos que cada vez

que buscamos um espaço no dia a dia escolar para podermos repensar nossa

prática e nossa organização pedagógica, estamos na verdade ganhando tempo

e qualidade para o nosso trabalho.

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Podemos afirmar que embora não tivéssemos tido um público

significativo de professores na época da implementação do Projeto PDE,

teremos uma boa oportunidade agora por ocasião da semana pedagógica de

julho de 2012, e aproveitaremos cada instante para engajarmos mais

professores para estudos futuros dentro da instituição.

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REFERÊNCIAS

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coletiva. Projeto Político Pedagógico: uma construção possível”. –

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