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(Esta edição tem 40 páginas) (Aperte a flecha do seu teclado para mudar de página) Mensal Ano 11 | Outubro de 2012 Número 105 Jornal de Educação Páginas 6 a 10 Pesquisas revelam dados preocupantes sobre a educação no Brasil

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    MensalAno 11 | Outubro de 2012

    Número 105

    Jornal de Educação

    Páginas 6 a 10

    Pesquisas revelam dados preocupantes sobre a educação no Brasil

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    Jornal de EducaçãoMensal

    Ano 11Outubro de 2012 Número 105

    Índice Correspondência .................................................................................... 03

    Expediente .............................................................................................. 04

    Educação Social – Helio Marques ..................................................... 05

    Especial – Pesquisas revelam dados preocupantessobre a educação no Brasil ................................................................ 06

    Inovação.................................................................................................. 11

    Coluna da Apade ..................................................................................... 14

    Tecnologia ............................................................................................... 16

    Agenda ..................................................................................................... 19

    Livros ....................................................................................................... 20

    Palavra do Especialista – Jacir J. Venturi .......................................... 21

    Artigo de Opinião – Marcos Pereira dos Santos ............................... 24

    Aula Extra - Rafael Adamowski .......................................................... 27

    Responsabilidade Social ........................................................................ 30

    Ensino Superior ...................................................................................... 34

    Brasil........................................................................................................ 37

  • 3

    ViziVAliDesculpe a pertinência sobre o assunto, mas gostaria

    de saber se o Flávio Arns e os demais irão ofertar a

    complementação em Pedagogia para as demais alunas do

    caso Vizivali. Eu estou acabando, mas as outras alunas o

    que farão?

    Sirley Martini Dambros, São João, por e-mail

    Mundo MelhorComo ter um mundo melhor, se há tantos políticos medíocres

    tentando governar nosso país. Tanta gente despreparada,

    sem educação, buscando uma vaga nas Câmaras de

    Vereadores. Alguns, sem noção de cidadania, tentando ser

    prefeito. Meu Deus, como ter um mundo melhor assim?

    Marília Domini, Curitiba, por e-mail

    PolíticAVamos ver se os políticos que se elegerem irão mesmo fazer o que

    prometem, principalmente na área da Educação.

    Sônia Dalle Gors, Marechal Cândido Rondon, por e-mail

    notA 10Tenho acompanhado o site do Nota 10 todos os dias. Agora, que há

    o Facebook e o Twitter, as informações chegam mais rápido ainda.

    Parabéns a toda a equipe pelos dados sempre precisos.

    Américo Santana, Maringá, por e-mail

    SiteGostaria de parabenizar o site Nota 10 pela primeira colocação

    no Google, na busca por notícias de educação. Isso mostra que a

    proposta é séria e que há compromisso em bem informar.

    Amélia Souza da Cruz, Pinhais, por e-mail

    Correspondência

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    Jornal Nota 10 – Publicado pela Nota 10 Publicações.Circulação mensal. Enviado para 22 mil e-mails (caso queira cadastrar alguém para receber o jornal gratuitamente acesse o site www.nota10.com.br e preencha o formulário).

    editor e jornalista responsável: Helio Marques (MTb 2524) diagramação: Marcos Marianocolaboração: Rafael Adamowski revisão: Andrea Marques

    redação: Rua João Tschannerl, 680-A – Mercês CEP: 80.820-010 – Curitiba/PR. Telefone: (41) 3044-6273/3022-3273.

    Fale com o editor: [email protected]

    Expediente

    (Esta edição tem 40 páginas)

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    Mensal

    Ano 11 | Outubro de 2012 Número 105

    Jornal de Educação

    Páginas 6 a 10Pesquisas revelam dados preocupantes sobre a educação no Brasil

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    Educação Social

    Para sugerir notas para esta coluna envie um e-mail para [email protected]

    Exemplo pedagógicoNeste mês que se comemora o Dia do Professor um exemplo de

    persistência em prol da educação vem de Maringá, região Norte do Paraná. Ana Maria Enz tem 24 anos, cursa o 4.º ano de pedagogia, na modalidade a distância, do Cesumar. Ela mora em uma cidade vizinha, viaja toda semana para assistir às aulas no polo e aproveita para organizar grupos de estudo com colegas do curso.

    História simples do cotidiano de qualquer estudante, não fosse pela deficiência na parte motora que lhe causa a impossibilidade dos movimentos das pernas. Ananinha, como gosta de ser chamada, nasceu prematura e sofreu problemas no parto, deixando-a com sequelas físicas. Para se locomover utiliza uma cadeira de rodas, o que não a impede de lutar pelos seus sonhos.

    Todo o seu esforço é recompensado pelo que colhe, enquanto estudante e profissional. Segundo a professora Renata Simões, que a acompanha desde o 1.º ano do curso em 2008, Ana é uma aluna dedicada e muito esforçada. A professora conta que, mesmo com suas limitações físicas, não deixa de realizar as atividades, de participar de grupos de estudo com demais colegas do curso, é interativa e mostra que pode ir além.

    “Ana é um exemplo de superação e de sonhos a serem almejados, visto que a inclusão educacional na EAD Cesumar é um processo que permite ao aluno acesso na busca do conhecimento e formação profissional”, afirma Renata. Hoje Ana é representante de vendas, termina o curso de pedagogia ainda este ano e já pretende começar uma pós-graduação em Gestão Educacional, também na modalidade a distância. Seu sonho é ser uma boa profissional e atuar na área administrativa da educação.

    A aluna dedicada nos deixa uma lição sem tamanho: persistência e determinação devem sempre nos acompanhar. Que em breve o mundo da pedagogia ganhe uma ótima profissional, determinada e persistente. Um exemplo para todos nós!

    Intercâmbios internacionais

    No início de setembro, a Associação Brasileira de Operadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta) recebeu pela quinta vez o prêmio STM Star Awards de melhor associação de agências de intercâmbio do mundo. A premiação é considerada o Oscar do segmento.

    Carlos Robles, presidente da entidade, recebeu o troféu em cerimônia que aconteceu em Londres. “Fomos eleitos por profissionais internacionais que sabem do nosso trabalho e de nossa contribuição para o mercado mundial de educação internacional”, comentou.

    Essa foi a sétima edição da premiação e por receber pela quinta vez, a Belta entra para o seleto grupo do Hall da Fama, não concorrendo mais nas próximas edições, ostentando em definitivo o selo STM Star Awards Super Star. “Poucos atingiram esse status”, observa o presidente. Apenas cinco empresas no mundo estão no Hall da Fama.

    Além do prêmio, a Belta viu quatro de suas agências associadas na lista final de seis empresas como as melhores da América Latina, sendo as outras duas do México e da Colômbia. As representantes brasileiras foram CI – Central do Intercâmbio, Experimento, STB – Student Travel Bureau e World Study. A vencedora do STM Star Agency Latin America foi a Experimento.

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    A Fundação Carlos Chagas (FCC) divulgou recente pesquisa em que aponta que 72% dos professores recebem menos que o piso salarial nacional do magistério. No estudo foram analisadas 180 escolas públicas e conveniadas de seis capitais brasileiras. A pesquisa também constatou que 40% dos docentes e diretores dessas instituições completaram apenas o ensino médio.

    Outro estudo realizado pela Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 52% dos alunos de licenciatura em Física e 48% em Matemática não pretendiam ser professores na educação básica ou tinham dúvidas em seguir a carreira. No curso de Pedagogia 30% descartaram seguir o magistério ou ainda não haviam se decidido. Os principais motivos para a rejeição são ligados a questões salariais e às condições de trabalho.

    A pesquisa também apurou que os estudantes que ingressaram na faculdade interessados no magistério não se tornaram professores pelos mesmos motivos. Todos estes dados são relevantes no sentido de determinar os principais problemas que inviabilizam uma educação de qualidade no país. A falta de motivação dos professores e escassez de profissionais que já pode ser observada em algumas disciplinas acende o sinal de alerta sobre o presente e o futuro da educação no Brasil.

    (continua na página seguinte)

    Especial

    Dia do Professor

    Pesquisas revelam dados preocupantes sobre a educação no Brasil

  • 7

    Esse reflexo também pode ser comprovado em outra pesquisa. Reportagem divulgada em setembro pelo jornal O Estado de São Paulo com base no estudo de um instituto britânico constatou que o Google tem mais credibilidade do

    que pais e professores no momento de se checar alguma informação. Na pesquisa foram ouvidas 500 crianças com idades entre 6 e 15 anos.

    Dentre os entrevistados 54% preferem consultar a ferramenta de busca para sanar dúvidas. Com o avanço da inclusão digital no Brasil é possível concluir que esta tendência não ocorre somente na Grã-Bretanha. Muitos alunos brasileiros recorrem ao Google para obter ajuda nos trabalhos escolares, o que torna comum a existência de plágios, inclusive nas graduações.

    Formação específica na educação infantil – A Fundação Victor Civita (FVC) realizou pesquisa direcionada à educação infantil e revelou que a maioria dos professores não tem formação específica para trabalhar com crianças de 0 a 6 anos. De acordo com a análise, apesar de a maioria

    Especial

    Dia do Professor

    dos educadores nas redes diretas e conveniadas ser formada em pedagogia, apenas 35% fizeram alguma especialização voltada à área de educação infantil.

    O estudo, denominado “A Gestão da Educação Infantil no Brasil”, tem a finalidade de entender o cenário desta fase educacional, que tem matriculados 18,4% dos brasileiros até 3 anos e 80% das crianças de 4 a 6 anos.

    Segundo a diretora-executiva da Fundação Victor Civita, Angela Dannemann, as vivências que ocorrem nos primeiros anos de vida são marcantes para o desenvolvimento integral da criança. Desse modo os profissionais responsáveis por educar crianças de até seis anos em creches e pré-escolas necessitaram de uma formação de melhor qualidade.

    “A eles cabe promover ações com a finalidade de ampliar o conhecimento das crianças de si e do mundo, facilitar o acesso a diferentes linguagens e a aquisição de autonomia para participar de atividades individuais e coletivas”, explica Angela.

    No entanto 65% dos professores que atuam nessa área não têm qualificação para trabalhar com crianças da faixa etária de 4 meses a 6 anos. “Lidar com as especificidades das crianças pequenas requer muito estudo, o que nem sempre é garantido nos cursos de formação inicial, nem oferecido na formação continuada. Além disso, também é necessário que professores e auxiliares dediquem tempo para planejar conjuntamente as ações com as crianças, momento que muitas vezes não existe na rotina desses profissionais”, comenta Angela.

    (continua na página seguinte)

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    A educação pública de Curitiba é apontada como a melhor entre as capitais brasileiras. Em meio às constatações de que a preparação dos professores num contexto geral não é a ideal e que a escola e os pais perdem em credibilidade para pesquisas na internet, a Secretaria Municipal da Educação (SME) de Curitiba utiliza algumas estratégias para melhorias no setor.

    Segundo a gerente da Educação Infantil, Vera Molin, a preocupação com os anos iniciais é grande. “A educação em si é muito complexa e exige que os profissionais estejam em constante atualização, que analisem a sua prática para que haja desenvolvimento”, afirma.

    Ela destaca que os professores devem atuar com princípios, fundamentos e concepções que embasem a questão pedagógica. “É estabelecido um método de formação continuada, com uma estrutura diferenciada

    Especial

    Dia do Professor

    Preocupação e trabalho buscam melhores resultados em Curitiba Secretaria Municipal da Educação estuda estratégias para manter boa qualidade de ensino na capital

    formada em rede para desenvolver essa formação”, explica Vera. A gerente diz que são estudados fundamentos práticos e teóricos no dia a dia para que sejam extraídos os elementos para melhorar a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças.

    “É utilizada uma metodologia que implica estratégias formativas. Na educação infantil o pedagogo atua como formador. Ele aprende as estratégias formativas e tem a função de discutir, orientar e planejar a prática com o professor”, esclarece Vera. Ela afirma que a SME busca garantir a atualização do profissional com o paradigma atual.

    “Existe a mudança de concepções e paradigmas para se ter esse cuidado. A formação é a base, os profissionais tinham que ser muito bem pagos, pois trabalham com os pilares, com a base da formação”, opina. Segundo a gerente todo o trabalho desenvolvido não é apenas para vitrine, mas principalmente para cumprir com que as crianças merecem quanto aos seus direitos.

    (continua na página seguinte)

  • 9

    MiniStério dA educAção

    • Incluir no Censo Escolar um campo para identificar as unidades de Educação Infantil anexas a escolas do Ensino Fundamental e aprimorar os tutoriais em relação ao preenchimento desses dados;

    • Elaborar indicadores educacionais para o segmento que sejam acessíveis e fáceis de entender para os dirigentes e o público em geral.

    Poder executiVo MuniciPAl

    • Desenvolver estratégias efetivas que garantam transparência na divulgação e monitoramento das informações e dados da administração, assim como da legislação do setor.

    SecretAriAS MuniciPAiS de educAção

    • Capacitar os técnicos e equipes de Educação Infantil para usarem as bases nacionais de dados e organizarem as informações sobre taxas de cobertura de atendimento por faixa etária, distrito e bairro;

    • Elaborar diagnósticos, tendo como base os levantamentos realizados que apontem o direcionamento das decisões sobre a construção de unidades, atendimento da demanda, critérios de matrículas e definição de períodos diários de funcionamento (parcial e integral);

    • Divulgar ao público os critérios de matrícula e percentuais de atendimento por etapas – creche e pré-escola – da rede municipal e conveniada.

    conSelho MuniciPAl de educAção

    • Desenvolver normas objetivas que facilitem a fiscalização local sobre os padrões básicos de qualidade para a Educação Infantil, considerando a legislação e os documentos orientadores do MEC e do Conselho Nacional de Educação (CNE);

    • Estabelecer mecanismos e procedimentos para cancelar a autorização de funcionamento de instituições de Educação Infantil que não cumpram os critérios básicos de funcionamento.

    Especial

    Dia do ProfessorA Fundação Victor Civita dá algumas sugestões a órgãos públicos e instituições, para melhorar a educação. Confira:

    Sugestões

    (continua na página seguinte)

  • 10

    Em abril de 2010 um grupo de empresários e profissionais liberais preocupados com a baixa qualidade da educação no país decidiu fundar o Centro de Educação João Paulo II (CEJPII), localizado em Piraquara, na Grande Curitiba. A instituição atende crianças carentes de três a 14 anos de idade. O projeto é inédito no Paraná e oferece ensino gratuito e de qualidade com atividades pedagógicas em período integral.

    Entretanto o principal diferencial está na valorização do material

    humano. Os professores do Centro de Educação têm ensino superior e especialização e são remunerados conforme os padrões de salário de escolas particulares. O trabalho é mantido por parceiros e voluntários, por meio de contribuições mensais.

    O presidente da escola, professor Belmiro Valverde Jobim Castor, destaca que o projeto teve início a partir de estudos técnicos relacionados à baixa qualidade da educação. A primeira constatação é que no Brasil as crianças entram na escola muito tarde. “Especialistas convergem que as crianças deveriam entrar com três anos na escola”, afirma Belmiro.

    Outra conclusão é de que o tempo que os alunos permanecem na escola, de apenas quatro horas, é abaixo do regime ideal. Por fim, a baixa qualificação e remuneração dos docentes também foi constatada como um fator determinante. “O projeto foi criado com base neste tripé: antecipar a entrada dos alunos na escola, disponibilizar um período de contraturno, e a valorização dos professores”, explica o professor.

    Belmiro ressalta a parceria da escola com o Colégio Bom Jesus para a seleção de professores. “Todos passam pela mesma bateria de testes e exames realizada no Bom Jesus, e os contratados recebem o mesmo salário”, diz. Segundo o presidente do CEJPII, o resultado é fantástico. “Existe uma aceleração no processo de aprendizagem, as crianças saem da educação infantil aos 5 anos quase alfabetizadas”, declara.

    De acordo com o professor o ambiente na instituição é ideal e as crianças são incentivadas. O CEJPII conta em sua estrutura com biblioteca, brinquedoteca, escola de futebol, ente outros espaços para atividades. “As crianças conseguem ter um bom rendimento escolar. Sentimos a progressão dos alunos visivelmente”, diz Belmiro.

    O CEJPII foi escolhido pela Universidade de Yale como um dos três projetos brasileiros para receber o apoio da instituição. Outras informações sobre o trabalho realizado na escola podem ser obtidas pelo site www.joaopaulosegundo.org.br.

    Especial

    Dia do Professor

    Motivação e boa remuneração de professoresgarantem melhores resultados

  • 11

    Inovação

    A Didátic@, uma ferramenta de estudo diferenciada criada pela Universidade Estácio de Sá, com sede no Rio de Janeiro, tem como objetivo principal transportar as relações acadêmicas para o mundo digital. Mais de 20 mil alunos da instituição já receberam tablets que possibilitam a interação online entre professores e estudantes com base em compartilhamentos do conteúdo, criado e transformado a partir do material didático digital da Estácio.

    Durante o lançamento, realizado em uma sala de cinema do New York City Center, na capital fluminense, o presidente da Estácio, Rogério Melzi, destacou que se trata de um projeto pioneiro. “Durante seus 42 anos de história a Estácio buscou um modelo de ensino por meio da construção coletiva do conhecimento, foco no mercado de trabalho, conveniência, inovações e tecnologia”, destacou Melzi.

    Faculdade Estácio lança ferramentapara setor de educaçãoProjeto foi anunciado oficialmente em evento realizado no Rio de Janeiro no dia 4 de outubro

    Presidente do Grupo, Rogério Melzi, destaca

    o processo de inovação da Estácio.(continua na página seguinte)

  • 12

    O principal objetivo é oferecer mais dinâmica e eficiência ao estudo. Com o tablet os alunos podem marcar textos e páginas, inserir notas e links nos livros, criar anotações, anexar fotos e áudios das aulas e compartilhar conteúdos com alunos e docentes da Estácio de todo o Brasil.

    Com o avanço tecnológico em todos os setores, a instituição pretende esta construção coletiva do conhecimento por meio de plataformas digitais, que deverão modernizar a prática do ensino que envolve mais 7,5 mil professores da rede em todo o país. Segundo o diretor de Marketing da Estácio, Pedro Graça, ao ser matriculado o estudante já passa a ter acesso ao material didático.

    Ele cita que a tecnologia já é empregada em outros setores da instituição para auxiliar os alunos, como na disponibilização de um câmpus virtual para a resolução de problemas e atendimento dos alunos. Sobre a Didátic@, Pedro afirma se tratar de uma plataforma de educação digital que visa à quebra de paradigmas. Dessa forma, todo o material disponibilizado no tablet tem a finalidade de tornar a experiência de leitura positiva também no formato digital.

    Os estudantes têm a opção de conectar a internet para acessar a biblioteca por meio do tablet, além de terem ingresso às aulas e disciplinas online. Vários aplicativos para os tablets também são disponibilizados.

    Inovação

    Benefícios além da sala de aula – A adesão às plataformas digitais vai além das vantagens didáticas. Com a iniciativa da Estácio já foi feita uma economia de cerca de 24 milhões de folhas de papel, o que garante a preservação de cerca de 400 árvores. Para se ter ideia essa quantidade corresponde a 5% da Floresta da Barra da Tijuca.

    estratégia – A inovação, que permite o compartilhamento de conteúdo educacional permite ao aluno enriquecer o seu material. Conteúdos específicos podem ser selecionados e compartilhados.

    (continua na página seguinte)

  • 13

    InovaçãoOs resultados da eficácia da tática envolvem o compartilhamento de ideias, educação, colaboração, aprendizado e avaliação.

    A diretora executiva de ensino da Estácio, Paula Caleffi, destaca que a Estácio realiza a aferição da qualidade de ensino, e é detentora de um banco de questões maior do que o apresentado pelo Enade e Enem.

    Sheyla Coraiola, diretora do núcleo de Curitiba, afirma que o principal ponto do lançamento da Didátic@ é a preparação do aluno para o mercado de trabalho. “Ter acesso à tecnologia prepara para o mercado. Muitas empresas já utilizam estas estratégias de tecnologia. Os alunos podem ter interação com colegas e professores. A principal riqueza é a troca de conhecimento que a ferramenta permite”, diz a diretora.

    Ainda de acordo com o presidente, Rogério Melzi, o investimento para a implantação do projeto, somente em máquinas (tablets) foi até o momento de cerca de R$ 20 milhões. “A experiência é enriquecedora. O estudante consegue a inclusão digital, aprende a utilizar as ferramentas digitais, e todos podem trocar ideias entre si”, destaca.

    PalestraO evento de lançamento da Didátic@ no Rio foi encerrado com a palestra do

    economista, professor e escritor Eduardo Gianetti da Fonseca. Na oportunidade ele citou o momento econômico do Brasil, e afirmou que o papel da educação no desenvolvimento do país é fundamental.

    No entanto Gianetti lembra que este setor ainda gera muita preocupação. Durante sua palestra o economista tratou de resultados negativos atingidos pelo Brasil em avaliações internacionais, e citou um dado alarmante. “38% dos egressos do ensino superior são analfabetos funcionais”, afirmou, com base em estudo divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação

    Educativa, que determinou o Indicador de Analfabetismo Funcional (Inaf).Gianetti critica o que ele chama de ritualização do processo universitário.

    “Uns fingem que ensinam, outros fingem que aprendem, e tudo termina em diploma”, disse. O palestrante afirmou que o processo de ensino no país, como pode se presenciar na prática em muitas salas de aula, consiste na memorização do que está nos textos, nos livros, para depois ser utilizado somente nas avaliações.

    “Melhor uma resposta errada que parta de um pensamento próprio do que uma memorização mecânica”, opina Gianetti. Segundo ele, é preciso que as pessoas desenvolvam uma capacidade lógica de raciocínio.

    Paula Caleffi, diretora executiva

    de ensino da Estácio.Pedro Graça, diretor executivo

    de marketing.

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  • 14

    Associação Paranaense de Administradores Escolares - ApadeDeclarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

    R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná

    coluna da apadeINFORME PUBLICITÁRIO

    Duas datas providencialmente próximas: a criança é a alma do professor e o professor, a esperança da criança. A criança vive de esperança de um futuro promissor, alicerçada na confiança que o professor representa para seu porvir; o professor tem na criança a semente do futuro a qual lhe cabe forjar, semeando com sabedoria e respeito profundo a semente que lhe cumpre regar e proteger contra as pragas sorrateiras. Cumpre-lhe o dever de protegê-la contra sua própria tendência de forjar-lhe o caráter segundo seu bel-prazer: A tentação de muitos...

    Ao professor não é permitido interferir no caráter da criança como ao agricultor não é permitido mudar a natureza da semente. Alimenta-a apenas na expectativa de que se transforme em árvore benéfica. O agricultor deve semear com esperança, confiando no processo natural, enquanto o professor semeia com fé e respeito profundos no potencial da criança, a quem lhe é proibido impor. Então há uma relação de dependência entre os dois; crescem ambos pela convivência que exerce, nas suas vidas, efeitos garantidores de um futuro rico para ambos. Essa relação será tanto mais rica quanto

    maior for a dose de amor e respeito que a permeiam.A confiança do menino, da menina no semeador não pode ser

    traída, nem abalada por quaisquer formas de influência pessoal sobre eles; a única forma de influir na educação das crianças é através do bom exemplo. A criança entrega-se à “tia” numa relação de mãe e filha (o), cujo magnetismo pode transformar, sim, o caráter da criança. Eis a responsabilidade!

    E qual deve ser a postura do professor nessa relação?Primeiramente, quero dizer qual não deveria ser, em hipótese

    nenhuma, a postura do professor: um semeador de ideologias, um propagador de preconceitos. Por que não? Toda ideologia é fascista e distorce a visão das coisas, impede a análise serena dos fatos. Assim como não se pode dar um alimento que para o adulto é adequado e não o é para uma criança; não se deem ideologias de quaisquer naturezas para uma criança. Se quiser que uma planta cresça reta, não lhe aplique uma estaca, permita-lhe apenas a luz solar: essa luz orientará o crescimento da árvore. Se lhe fizer sombra, perderá o sentido do crescimento e se inclinará para um ou outro lado.

    (continua na página seguinte)

    diA dA criAnçA e do ProFeSSorProfessor Venâncio Domingos Vicente

  • 15

    Associação Paranaense de Administradores Escolares - ApadeDeclarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

    R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná

    coluna da apadeINFORME PUBLICITÁRIO

    *Professor Venâncio D. Vicente é segundo presidente da APADE.

    Nunca despertará o professor na criança qualquer sentimento preconceituoso em relação a raça, condição social e minorias. São temas que, tratados fora da idade propícia, geram distorções de caráter. A criança crescerá ao abrigo dessas ideologias, de forma que o respeito a todo ser humano, sem distinção de qualquer natureza, seja a forma natural de convivência, de tal maneira que esses preconceitos não passem sequer pela imaginação da criança.

    A sociedade, através do professor, deve prover para a criança um ambiente saudável para o corpo e para a mente. A criança tem direito a um planeta limpo de poluição física, moral e psicológica.

    Então, o que compete ao professor? Uma tarefa imensa: a sociedade precisa despoluir o ar, a água do planeta; já o professor precisa despoluir o planeta de ideologias. Não é uma tarefa fácil, mas precisa ser feita e começada aqui e agora.

    As ideologias devem ser esquecidas e em seu lugar deve ser construído o mundo da compreensão, da colaboração, através do exemplo. Se o professor tratar a todos de igual maneira, está ensinando, com seu exemplo, a convivência fraterna. Se a criança negra, a pobre e a rica recebem o mesmo tratamento do professor, não haverá lugar para o crescimento de preconceitos.

    Mas, diante de uma sociedade que a cada dia se torna mais preconceituosa, que papel cabe ao professor? Estamos construindo a sociedade do preconceito, através de leis que criam privilégios: cotas, cotas, cotas, minorias disso, minorias daquilo. Tudo isso é preconceito de puro cinismo.

    O professor há de conduzir-se na formação da criança, com clareza, justiça e imparcialidade. Fará aquilo que diz a Constituição: “todos são iguais perante a lei, independentemente de raça, cor, credo...”.

    ProFeSSor! Em comemoração ao nosso dia e ao dia da criança prometa-se a si e à criança dar-lhe um tratamento de justiça, humanidade, amor e carinho. Criança assim educada não precisa de leis para viver com justiça e harmonia, tratando a todos como iguais de direito e de fato. As leis de proteção às minorias são leis preconceituosas. Devem ser proscritas!

    Parabéns crianças do nosso Brasil!

    Parabéns aos professores, os heróis da nação!

    diA dA criAnçA e do ProFeSSorProfessor Venâncio Domingos Vicente

  • 16

    Tecnologia Lousas digitais facilitam o ensinoe estimulam a autonomia da aprendizagemPreocupação com o ensino das gerações atuais eleva a utilização de soluções tecnológicas nas escolas

    É comum que muitas crianças, em especial alunos das redes particulares de ensino, cheguem à escola com conhecimentos sobre a utilização de diversos aparelhos eletrônicos, como os tablets. Ao pensar nisso muitas escolas passam a investir em soluções tecnológicas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes.

    A lousa digital está entre as ferramentas modernas preferidas de escolas, professores e alunos. Equipadas com telas touch screen e com ferramentas que auxiliam nas atividades, os estudantes logo associam a ideia da descoberta com equipamentos que costumam utilizar no dia a dia.

    A empresa Hitachi Solutions é uma das empresas especializadas no desenvolvimento de hardwares e softwares que visam a facilitar o aprendizado por meio de recursos avançados de computação. Na visão de Vivian Manso, country Manager da companhia, se trata de um caso de sinergia. “Não estamos falando das tradicionais salas com muitos equipamentos e pouca vida. É justamente o contrário, a vontade de descobrir o mundo pelas vias da tecnologia é o grande motivador”, explica.

    (continua na página seguinte)

    Quando utilizada de maneira correta, a lousa digital

    passa a ser uma importante ferramenta didática.

  • 17

    Para as escolas que utilizam as lousas se trata de uma opção moderna para que os objetivos sejam atingidos. Por ser multitoque o equipamento permite que mais crianças o utilizem ao mesmo tempo.

    A utilização destes recursos permite desenvolver autonomia digital nas crianças que já nasceram num contexto tecnológico e agem naturalmente diante das novas tecnologias. Entre outras vantagens o equipamento auxilia no processo de alfabetização. As lousas digitais mais modernas são dotadas de várias ferramentas, como pincel, caneta, figuras geométricas, cores, lixeira, entre outras, e permitem que os alunos aperfeiçoem a aprendizagem e criem situações de interação com o próprio grupo, articulando teoria e prática.

    A StarBoard, como é chamada a lousa digital da Hitachi, liberta os alunos de canetas eletrônicas e mouses para que os alunos possam escrever e criar com as próprias mãos e em tempo real. O equipamento é capaz de lidar com múltiplos comandos e possibilita o uso coletivo, integração com redes digitais, além da fácil e ágil criação e gestão de conteúdos.

    investimento – De acordo com Angelo Oliveira, especialista em tecnologias educacionais da A-Migo Technologies, as escolas devem investir em tecnologia de forma planejada e consciente, a fim de evitar prejuízos. Ele afirma que projetos onde a utilização de sistemas desmontáveis e/ou portáteis, por exemplo, provocam perda de tempo no início de cada aula e diminuem o tempo de aprendizado.

    Outra situação apontada por Angelo é a falta de familiaridade do professor com a tecnologia, o que reduz drasticamente a eficiência da ferramenta. A inexistência de metodologias que associem a tecnologia a práticas didáticas efetivas também pode influenciar negativamente.

    Para evitar a ocorrência de prejuízos que vão além da questão financeira, o especialista aponta que as escolas precisam tomar consciência dessa realidade para se envolver no processo de forma efetiva e sustentável. “Não dá mais para investir descoordenadamente em tecnologia para educação. A área exige atenção e metas. Este é um ponto importante e que responde a pergunta. Quando a instituição define objetivos para trabalhar e aloca recursos humanos e técnicos para alcançá-los, deve obrigatoriamente iniciar um projeto estruturado”, opina Angelo.

    Ele também enfatiza que além da responsabilidade das escolas as empresas que oferecem a tecnologia também têm a obrigação de utilizar as melhores metodologias na aplicação dos materiais para viabilizar o sucesso da escola.

    “O elemento visual transforma o ensino de diversos temas, e o processo de conhecimento cresce consideravelmente. É relevante lembrar que isso vai além da aula de informática. Português, Matemática, Física, Geografia e outras disciplinas podem ser enriquecidas com o uso da tecnologia”, afirma o especialista.

    Tecnologia

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  • 1919

    Agenda inscrições abertas para a 5.ª edição da maior olimpíada de Geografia do Brasil

    Estão abertas as inscrições para a Viagem do Conhecimento – Desafio National Geographic 2012/2013. É a maior olimpíada de conhecimento geográfico-histórico do Brasil, que já uniu mais de 1,2 milhão de estudantes nas quatro edições anteriores.

    Até 9 de novembro, escolas públicas e particulares de todo o país podem inscrever seus alunos na competição estudantil organizada pela revista NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, da Editora Abril, com patrocínio da Petrobras, que tem como objetivo estimular os jovens a conhecer melhor o país e o mundo.

    Podem participar alunos regularmente matriculados nos 8.º e 9.º anos do Ensino Fundamental e na 1.ª série do Ensino Médio. Para isso, o diretor, coordenador pedagógico ou professor de geografia ou história inscreva a escola no site, onde ele também encontra o regulamento e o calendário, além de planos de aula e dicas de estudo.

    Informações sobre as etapas a serem realizadas, provas e premiação no site (http://www.viagemdoconhecimento.com.br/desafio/inscricao.php).

    Professores concorrem a prêmio por iniciativas de ensino bem-sucedidasEstão abertas até o dia 27 deste mês as inscrições

    para o 6.º Prêmio Professores do Brasil. A iniciativa do Ministério da Educação foi instituída pela Secretaria da Educação Básica (Seb) para valorizar as práticas pedagógicas bem-sucedidas, criativas e inovadoras nas redes públicas de ensino. Este ano, além da categoria de temas livres, foi criada uma segunda categoria sobre temas específicos, que conterá projetos de educação integral ou integrada, ciências para os anos iniciais, alfabetização nos anos iniciais e educação digital, articulada ao desenvolvimento do currículo.

    Cada categoria terá até quatro professores premiados em cada uma das subcategorias, um por região do país. Os autores das experiências selecionadas pela comissão julgadora nacional, independentemente de região e da categoria, receberão R$ 7 mil, além de troféu e certificados expedidos pelas instituições parceiras.

    As inscrições para a sexta edição devem ser feitas na página do prêmio (http://www.premioprofessoresdobrasil.mec.gov.br/). Nela, o professor também encontra mais informações e o regulamento.

    inscrições para o Festival literatura em Vídeo 2012 foram prorrogadas

    O Festival Literatura em Vídeo 2012, realizado pelas editoras Ática e Scipione, com apoio da MTV, da produtora Buriti Filmes e do portal Tela Brasil, segue com as inscrições abertas até dia 28 deste mês.

    Voltado para educadores e alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio das redes pública e privada de todo o país, o concurso tem como objetivo incentivar o hábito pela leitura e estimular a criatividade.

    Para edição de 2012, foram criadas novas categoria de premiação. Além das tradicionais Júri Técnico, Júri Popular e Destaques Regionais, o Festival conta agora com Melhor direção de arte, Melhor Roteiro, Melhor Fotografia e Melhor Som.

    Todos os vídeos enviados até a data de encerramento serão avaliados por uma equipe técnica, formada por assessores pedagógicos das Editoras Ática e Scipione, pela equipe da MTV e pela Buriti Filmes.

    Os vencedores do Festival serão escolhidos pelo Júri Técnico e os vídeos vencedores do concurso serão veiculados na grade da programação da MTV. Mais informações no site (http://www.literatura emvideo.com.br).

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    Livros

    os interessados em divulgar seus livros nesta página devem entrar em contato com a redação, pelo telefone (41) 3044-6273.

    Descobrindo o valor das coisas – O guia da educação financeira para pais e professores ensinarem as crianças brincando

    Gustavo Cerbasi e Mauricio de SouzaEditora Gente

    Os atuais problemas financeiros das famílias, como comprometimento da renda, inadimplência e ausência de reservas são decorrentes da falta de informação sobre planejamento financeiro. Para que gerações futuras tenham uma base sólida de conhecimento relacionado à gestão das finanças, os autores explicam, em uma linguagem simples e divertida, por meio de jogos, vídeos, entre outros recursos, a maneira correta de utilizar o dinheiro, atrelada ao cotidiano da criança.

    Escolha Certa – Como tomar a melhor decisão hoje para conquistar uma carreira de sucesso amanhã

    Maurício SampaioEditora DSOP

    A escolha da profissão é, sem dúvida, a primeira grande decisão que qualquer jovem precisa tomar. O que você vai ser quando crescer? Em qual instituição estudará? O que é mais importante: ganhar dinheiro ou gostar do que faz? Estas são apenas algumas perguntas e inquietações as quais os adolescentes são submetidos num momento em que muitos ainda não estão preparados. A obra traz temas como a descoberta da vocação, o mapeamento das áreas de interesse, a importância de delinear o perfil comportamental, como lidar com as influências externas, de que maneira administrar o tempo, entre outros.

    De bem com a sua coluna – teoria e prática para pais e educadores

    Maritza KleinSteffenhagenBase Editorial

    A dor na coluna pode ter início na infância, diante de má postura na escola, mochilas muito pesadas, falta de exercícios ou mobiliário inadequado. Por isso, é preciso começar muito cedo um trabalho de prevenção com orientações posturais, exercícios de fortalecimento, alongamento e relaxamento. Este livro, indicado para leitores de 8 a 80 anos, foi escrito pensando exatamente na prevenção dessas lesões. Dividido em capítulos teóricos e práticos, tem 82 ilustrações que mostram como é a coluna vertebral, como ela funciona, onde ocorrem os principais problemas, como eles aparecem e as possíveis terapia, e que mostram também 43 exercícios para aliviar a dor, fortalecer os músculos, de alongamento e relaxamento.

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    Jacir J. Venturi

    o reSGAte do PreStíGio do ProFeSSor

    Resgatar o respeito, o prestígio e até o glamour da carreira do magistério é o primeiro passo para uma significativa melhoria em nosso combalido sistema educacional. A desvalorização do professor é o principal limitador para que os nossos mais talentosos alunos abracem a sublime missão de legar uma geração melhor que a nossa.

    Em subsequentes anos e salas distintas do ensino médio, refaço a mesma pergunta:

    Quem de vocês quer ser professor?A resposta é previsível: nenhum ou no máximo

    dois alunos por sala erguem corajosamente a mão. Tal resultado coaduna-se com a pesquisa da Fundação Victor Civita: apenas 2% dos 1 500 jovens entrevistados querem ser professor.

    Colocando o dedo na ferida – e isso dói – há razões para esse despautério que deve ser compartilhado pelos governos, famílias e docentes. A principal joia da coroa de uma estrutura educacional deve ser a sala de aula. Esses são os metros quadrados mais nobres, e quando o seu entorno não é bom a sala também é maculada.

    Aos governantes compete instituir planos de carreira estimuladores, nos quais se estabeleçam critérios de meritocracia. “A universalização do Ensino Fundamental no Brasil foi feita à custa dos baixos salários dos professores” – opina enfaticamente Célio Cunha, da UNESCO.

    O respeito à hierarquia e às normas da escola carece da efetiva participação dos pais para que a boa rotina escolar não seja comprometida. Quando famílias e alunos de bem se omitem, a alegoria é de duas trincheiras opostas: numa, professores e gestores e, na outra, alunos indisciplinados, perniciosos e pais ou permissivos ou agressivos.

    No resgate do prestígio da carreira do magistério, o mais relevante é a postura e o profissionalismo do docente: manter-se atualizado nos avanços da sua matéria e das novas práticas e tecnologias educacionais, aula bem preparada para o enlevo da motivação e disciplina, além de um bom nível de exigência no conteúdo, a fim de promover nos educandos bons valores, autonomia e autodidatismo.

    ensino&educação

    Diretor de escola, autor de livros e foi professor da Educação Básica e Ensino Superior

    contato:[email protected]

    Palavra do Especialista

    (continua na página seguinte)

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    Jacir J. Venturi

    o reSGAte do PreStíGio do ProFeSSor

    ensino&educaçãoPalavra do Especialista

    Nenhum país nutre tão profunda reverência aos mestres quanto o Japão. Ao cumprimentar o seu imperador, todos se curvam, com uma única exceção, pois “sem professor não haveria um bom imperador”. Tive o privilégio de compartilhar 16h de convivência – num final de semana – com 40 docentes nipônicos para uma troca de experiência. Eles dedicam dois turnos a uma única escola, onde lecionam, atendem os alunos, corrigem tarefas e preparam aulas. Professores e alunos têm em conjunto um almoço frugal na escola, feito por uma cozinheira e, pedagogicamente louvável: não há figura da zeladora. A limpeza dos pratos, talheres, pátios, salas, corredores, é tarefa dos alunos e professores. Com autoestima elevada, dizem os mestres nipônicos que gozam da deferência da comunidade e recebem incentivos para viagens e atividades culturais. Ah, são considerados bons partidos pelas moças e moços casadouros pelos 45 dias de férias, emprego estável

    e por gostarem de crianças. E deixaram escapar uma lamúria, que ribomba em todos os quadrantes: o salário é aquém dos engenheiros, médicos, executivos e quase metade é comprometido com o aluguel nos subúrbios de Tóquio.

    No Brasil, quando se fala de status remete-se ao professor de cursos pré-vestibulares. São bons didatas, alunos motivados, estrutura física e tecnologia excelentes, salários elevados, 60 dias de férias e ambiente de glamour. Um colega meu, professor de Matemática, fazia galhofa: “é tão bom dar aulas em cursinho e ainda somos pagos”. Para mestres e alunos, um bom ambiente escolar é um ganha-ganha, é uma terapia.

    Para finalizar, reitero a conhecida frase de D. Pedro II, que bem demonstra o enlevo da profissão: “Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.”

    Diretor de escola, autor de livros e foi professor da Educação Básica e Ensino Superior

    contato:[email protected]

  • 24

    Opinião

    Ensinar é uma arte bastante antiga e deveras importante que, como tal, merece respeito, valorização e alguns cuidados especiais. Tal atividade exige por parte do ensinante inúmeros atributos, dentre os quais podemos citar: amor ao ofício, dedicação,

    responsabilidade, atenção, conhecimento de causa, concentração,

    flexibilidade, compromisso, paciência, empatia, sutileza, simpatia,

    doação, habilidade, preparação psicológica, solidariedade, cooperação,

    capacidade, competência, desenvoltura, objetividade, segurança, ética,

    sociabilidade, perseverança, intrepidez, reflexão, criatividade, senso

    crítico, força de vontade, “jogo de cintura” entre outros; a fim de que o

    aprendente possa apreender significativamente valores realmente úteis

    para a vida em sociedade.De modo geral, pode-se dizer que todos somos ensinantes, mas

    também aprendentes: ensinamos e aprendemos no âmbito familiar, no ambiente de trabalho, na comunidade da qual fazemos parte, nos encontros em congregações religiosas, no contexto escolar etc.; enfim, em todo e qualquer espaço social composto por sujeitos sociais, com suas diferentes potencialidades e limitações.

    Entretanto, nas diversas instituições de educação formal existentes nos dias atuais (escolas, colégios, educandários, institutos educacionais, liceus, cursinhos preparatórios, associações educativas, faculdades, universidades, centros de ensino e pesquisa, organizações educacionais entre outras), está sempre presente a figura marcante do principal profissional da educação que tem a bela e honrosa missão de ensinar: o professor.

    Apresentando uma vasta bagagem de experiência profissional ou ainda galgando os primeiros passos na carreira docente, é ao professor a quem cabe a tarefa, ao mesmo tempo dignificante e desafiante, de formar social, técnica e ideologicamente os diversos profissionais para atuarem nas sociedades; tendo sempre em vista o desenvolvimento e o progresso político-econômico, ético, moral e cultural das mesmas de forma equânime e emancipatória.

    Embora nem sempre o trabalho didático-pedagógico do professor seja valorizado, respeitado e reconhecido a contento pelas autoridades governamentais, pelo próprio alunado e pela sociedade como um todo; entendemos que a função desempenhada por este agente-trabalhador da educação ao longo da história da humanidade, desde a Grécia Antiga (com a figura do escravo-pedagogo que

    (continua na página seguinte)

    Marcos Pereira dos Santos*

    Professor: profissional nota dez! – Salve “15 de outubro”!

  • 25

    *Marcos Pereira dos Santos é doutorando em Educação pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), escritor, poeta

    e professor adjunto do Centro de Ensino Superior dos Campos

    Gerais (Cescage), em Ponta Grossa – Paraná.

    Contato: [email protected]

    Opinião

    conduzia as crianças ao saber) até os dias atuais, apresenta uma importância capital para a sólida construção de um mundo mais humano e justo, cujo alicerce de sustentação encontra-se assentado no conhecimento científico repassado pela figura do professor nos bancos escolares. Disto decorre o fato de se poder assegurar, sem qualquer demagogia ou senso de hipocrisia, que o slogan “educação é a base de tudo” abarca em si uma verdade incontestável e irrefutável.

    Intitulado no decorrer das décadas históricas ora como mestre, educador, agente educacional, instrutor, trabalhador da educação, mediador, orientador do processo educativo, moderador de ensino, especialista da educação, facilitador da aprendizagem, profissional da educação, preceptor, guia ou ensinante; o professor (aquele que professa, reconhece, congrega, pratica e declara algo publicamente de forma convicta), de uma maneira ou de outra, sempre deixa registrada sua marca na vida pessoal e profissional de cada aprendiz que vê na instituição-escola uma espécie de “laboratório do saber” onde é possível experienciar, construir, reconstruir e desconstruir conhecimentos em busca do novo. E assim deve ser.

    Nesse contexto, a figura do profissional professor aparece muitas vezes atrelada à imagem de um “super-herói” que, tal qual como nos desenhos animados infantis, tem a atribuição precípua de resgatar

    salvaguardada a vida da mocinha das mãos perigosas e sanguinolentas do bandido. Longe, entretanto, de ser encarado como um personagem mitológico do mundo greco-romano detentor de poderes sobrenaturais, acreditamos que o professor deve ser visto pela sociedade e pelos educandos de todos os níveis e modalidades de ensino como um autêntico ser humano, amigo, companheiro, orientador e mediador capaz de compartilhar conhecimentos, saberes e experiências eficazes e eficientes para o real engajamento dos aprendizes de todos os tempos históricos na luta militante para a construção coletiva de uma sociedade mais igualitária e democrática. Nisso, o professor tem o poder de exercer grande influência. Eis, pois, sua parcela de contribuição.

    De minha parte, resta desejar sinceras congratulações a todos os professores, do Brasil e do mundo, engajados nesse importante desafio. Nota dez a eles! Parabéns pelo “Dia do Professor”. Viva “15 de outubro”!

    Marcos Pereira dos Santos*

    Professor: profissional nota dez! – Salve “15 de outubro”!

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  • 27

    contato:[email protected]

    Rafael Adamowski

    Com o objetivo de oferecer aos professores e instituições de ensino opções para a realização de atividades complementares com seus alunos fora da sala de aula, a Coluna Aula Extra deste mês faz um passeio pela zona rural. Por meio do Projeto Caminho da Roça estudantes de diversas escolas da região de Curitiba têm a oportunidade de conhecer em uma chácara o cultivo e a importância de uma alimentação rica em vegetais

    Aula Extra

    Alunos têm contato direto com as

    plantações e podem identificar cada

    um dos vegetais.

    Projeto Caminho da Roça

    27(continua na página seguinte)

    SaudáveIS trIlhaSAlunos de escolas municipais de curitiba, Araucária e São José dos Pinhais colocam o chapéu e o avental e, numa visita

    ao campo, conhecem a origem de alimentos fundamentais para a saúde.é muito comum que crianças moradoras dos grandes centros urbanos não tenham a oportunidade, logo nos primeiros

    anos de vida, de conhecer o trabalho realizado na zona rural e que garante uma alimentação saudável. também não é fácil fazer com que essa criançada compreenda o valor da alimentação por meio de frutas, verduras e legumes, já que a maioria tem a preferência por guloseimas.

  • 28

    Rafael Adamowski

    Aula Extra

    28

    Neste mês de outubro a Coluna Aula Extra foi pro sítio. Acompanhei uma etapa do projeto que desde 2006 tem justamente o objetivo de despertar a educação nutricional em alunos do 1.º ao 5.º ano de mais de 260 escolas da rede pública da capital, Araucária e São José dos Pinhais, que recebem refeições fornecidas pela empresa Risotolândia.

    O Projeto de Educação Nutricional leva as crianças até a roça e incentiva hábitos alimentares mais saudáveis. Com o sugestivo nome “Caminho da Roça”, as visitas são realizadas em uma chácara no bairro Umbará, em Curitiba. No dia em que estive por lá, os visitantes eram estudantes da Escola Municipal Ayrton Senna Da Silva, de Araucária. Todos muito entusiasmados foram medidos e pesados logo na chegada. Depois todos recebem uma carteirinha com os seus dados e 10 dicas para uma alimentação saudável.

    A coordenadora do projeto, Kariny Alves Pereira, que é nutricionista, me explicou que o foco é a alimentação saudável. “As crianças conhecem as hortaliças, fazem um passeio pela roça e conhecem os benefícios de cada alimento, as vantagens em consumir alimentos saudáveis”, diz ela. Segundo Kariny, conhecer a horta faz com que as crianças deem mais valor aos vegetais servidos na merenda e também para uma melhor alimentação fora do ambiente escolar.

    “Elas veem como é trabalhoso e levam os ensinamentos para a casa”, destaca a coordenadora. Ainda no início da visita as crianças participam de uma palestra com uma das nutricionistas da empresa, e recebem noções básicas sobre os hortifrútis e grupos de alimentos, e entendem a importância da higienização das mãos.

    Na sequência, sem dúvida o momento mais divertido e ao mesmo tempo de relevante importância no processo. As crianças colocam um chapéu de palha e entram no clima da roça. Para não sujar os uniformes todos vestem um avental. Kariny acompanha as crianças pelas trilhas e explica o funcionamento do cultivo, os cuidados que se deve ter com as mudas, as formas que os alimentos devem ser colhidos, e o principal, o nome da cada um dos vegetais e nutrientes e benefícios à saúde contidos em cada um deles.

    (continua na página seguinte)

  • 29

    contato:[email protected]

    Rafael Adamowski

    Aula Extra

    Nos canteiros placas animadas identificam cada uma das plantações. Até mesmo eu adquiri mais conhecimento sobre o assunto acompanhando as etapas da visita. Alguns animais presentes na chácara desviam por uns instantes as atenções dos alunos, mas logo todos voltam a se concentrar no foco das atividades.

    De acordo com a professora Giovana Augusta de Oliveira, da Ayrton Senna, o trabalho começa a ser desenvolvido em sala de aula para que os alunos já tenham um conhecimento prévio sobre o assunto. “A criançada precisa de algo concreto para consolidar a aprendizagem e para que a mensagem fique significativa. Eles precisam da prática, vão se lembrar pra sempre dessa atividade porque o que é vivenciado é lembrado”, afirma a professora.

    É possível perceber no semblante de cada um dos alunos a curiosidade que o projeto desperta. Todas as informações necessárias são repassadas aos alunos que também fazem seus comentários e perguntas. “Estamos muito otimistas com os resultados do projeto. Muitas escolas têm entrado

    em contato para agendar a visita, pois percebem que após as atividades as crianças passam a se alimentar com mais frutas, verduras e legumes, estendendo esse hábito também em casa, deixando os pais satisfeitos e contentes”, destaca Kariny.

    Depois de saber mais sobre cada um dos itens que podem compor suas merendas, ao final as crianças ainda tiveram a experiência de realizar na prática uma das principais etapas do desenvolvimento dos vegetais, o plantar. Cada uma delas pegou uma mudinha de alface e deixou sua marca registrada em um cantinho da chácara.

    - Todas as escolas atendidas pela Risotolândia recebem um cronograma das atividades de educação nutricional da empresa no começo de cada ano letivo. Com base neste material podem se programar para as atividades.

    - As visitas ocorrem todas as segundas e quartas-feiras em dois períodos: pela manhã entre 8h30 e 11h30 e à tarde entre 13h30 e16h30.

    Serviço CuriosidadeAté o mês de setembro o projeto

    já atendeu 56 escolas e mais de 1.750 crianças de Araucária, Curitiba e São José dos Pinhais.

    Ao final da visita os alunos têm a rica experiência de

    plantar, o que ajuda no processo de valorização da

    importância do alimento.

    Para sugerir notaspara esta colunaenvie um e-mail [email protected]

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    Responsabilidade Social

    Instituto Positivo é lançado com foco em educação, meio ambiente e mobilização socialTrabalhos serão concentrados no desenvolvimento do terceiro setor

    O Grupo Positivo, que neste ano celebra 40 anos de história, lançou no dia 28 de setembro o Instituto Positivo (IP). A iniciativa deverá atuar nas frentes de gestão da responsabilidade social e de gestão de recursos privados. Durante o lançamento, realizado no prédio da Pós-Graduação da Universidade Positivo, em Curitiba, os diretores do grupo destacaram que o IP atuará com foco na educação, meio ambiente e mobilização social.

    “Será uma forma de fazermos ainda mais nessas frentes, de maneira ainda mais organizada. Vamos usar a educação, que é o

    valor principal do grupo, como poder transformador”, afirmou o presidente do Grupo Hélio Rotenberg, ao destacar que o instituto já realiza ações sociais e ambientais. “O Instituto pretende unir e potencializar as iniciativas do Grupo Positivo e por meio de parcerias garantir um futuro melhor, em benefício às comunidades que necessitam de apoio”, disse Rotenberg.

    De acordo com a diretora do Instituto, Eliziane Gorniak, existe a expectativa de que parceiros internos e externos possam auxiliar a iniciativa. “Queremos que o instituto agregue valor à vida de todos os envolvidos e beneficiados. Que todos os públicos sintam a diferença proporcionada pelo trabalho desenvolvido”, destaca a diretora. Segundo ela, desde o momento em que foi aprovado, em 2011, o IP tem o intuito de transformar o desenvolvimento humano.

    (continua na página seguinte)

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    Eliziane explica que serão duas frentes de atuação. A primeira delas é ligada ao investimento social, que atuará junto à educação, mobilização social e meio ambiente, e a segunda frente se trata da questão de responsabilidade social. “O Grupo Positivo tem um amplo potencial, que não se limita aos muros da empresa. Além de atuarmos em diferentes frentes de negócios, contamos com profissionais que têm competência para contribuir com as comunidades nas quais atuamos, além de formarmos, diariamente, uma grande quantidade de pessoas com nossos materiais didáticos e em nossas unidades educacionais”, completa a diretora do IP.

    Investimento Social – O objetivo será investir em talentos e no fortalecimento de esferas participativas da sociedade. Eliziane explica que a ideia é identificar e apoiar os alunos que apresentam altas habilidades cognitivas para inseri-los em boas escolas e desenvolver seus potenciais talentos.

    O público alvo da iniciativa abrange alunos de alta performance da rede pública e estudantes do Colégio Positivo e de escolas conveniadas. Este trabalho de investimento social privado também apoiará projetos das escolas conveniadas voltados à educação na comunidade. A finalidade será impactar positivamente as localidades onde essas escolas estão instaladas.

    Manter o Programa Positivo de Voluntariado será a partir de agora responsabilidade do IP, e abrange a área de mobilização social. No projeto

    está o interesse em estimular a destinação de Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas a organizações sem fins lucrativos de utilidade pública e organizar campanhas e doações. Na estratégia de preservação do meio ambiente, colaboradores e alunos do Grupo Positivo serão motivados a realizar atividades que os sensibilize para que pratiquem, entre outros valores, o consumo consciente e a destinação correta de resíduos.

    Responsabilidade Social

    Presidente do Grupo Positivo,

    Hélio Rotenberg, fala sobre

    o histórico de iniciativas da

    companhia até o lançamento do

    Instituto Positivo.

    (continua na página seguinte)

  • 32

    Responsabilidade Social

    Responsabilidade Social – Até o final de 2013 deverá ser implantado o Sistema de Gestão Ambiental nas unidades do Grupo Positivo. Deverão ser desenvolvidas atividades para garantir o cumprimento legal das unidades na área ambiental e para que seja realizado um monitoramento contínuo dos impactos gerados por essas empresas. “Teremos uma ferramenta de gestão de responsabilidade social e prestaremos contas a respeito da atuação do grupo e de suas práticas de sustentabilidade”, informa Rotenberg.

    Segundo os diretores, a criação do IP poderá oferecer suporte a todas estas ações e proporcionar amplos benefícios à sociedade e ao meio ambiente. Eliziane enfatiza que a sustentabilidade é um desafio já inserido há muito tempo na gestão, decisão e processos do grupo.

    Diversas autoridades estiveram presentes no lançamento do Instituto, entre elas o vice-governador e secretário da educação, Flávio Arns; Luiz Eduardo Sebastiani, chefe da Casa Civil do Paraná; e Liliane Sabbag, secretária municipal de educação. De acordo com Arns, a iniciativa é favorável ao ser humano.

    O evento contou ainda com uma palestra do economista e escritor Eduardo Gianetti da Fonseca. Ele destacou a situação econômica do país e tratou de expectativas de crescimento. Gianetti afirmou que a educação, em seu aspecto qualitativo, pode impulsionar o desenvolvimento do país, mas alertou que a situação do setor ainda é preocupante no Brasil. Ao final, Gianetti frisou a importância de iniciativas como IP para contribuir com este desenvolvimento.

    Fundado em 1972, o Grupo Positivo é considerado a maior corporação nos segmentos de educação e tecnologia no Brasil. As empresas da companhia são voltadas aos setores educacional, gráfico-editorial e de informática.

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  • 34

    Ensino Superior

    O Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR) terá até o dia 16 de outubro para responder se concorda ou não com o índice de 7% de reajuste proposto pelos professores das instituições particulares. No dia 6 de outubro os docentes filiados ao Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Curitiba e Região Metropolitana (Sinpes) decidiram paralisar as atividades nos dias 30 e 31 deste mês e 1.º de novembro caso não haja um acordo.

    Inicialmente a reivindicação dos professores era de 12%, enquanto o Sinepe ofereceu aumento máximo de 6,53%. Após o anúncio do Sinpes, o presidente do Sinepe/PR, professor Ademar Batista Pereira, informou que uma assembleia neste dia 16 de outubro debaterá o percentual de reajuste.

    “Pedi uma assembleia para resolvermos essa questão e chegar a um acordo, sem pressão e sem

    Professores das instituições particulares reivindicam reajuste e ameaçam paralisar atividadesEm assembleia no último dia 6, porém, professores decidiram manter greve

    afrontamento”, disse o presidente. Pereira informa que pediu para os advogados do Sinepe/PR entrarem em contato com o Sinpes para saber o porquê da decisão de fazer uma paralisação, já que as negociações não haviam sido encerradas.

    Prazo – A exigência dos professores do Sinpes é que o reajuste de 7% seja considerado a partir de fevereiro deste ano. Os docentes reivindicam ainda reajustes de 10% no piso salarial da categoria, a partir da mesma data. Outra solicitação dos filiados ao Sinpes é o pagamento do piso da categoria em fevereiro de 2013 em percentual equivalente à variação do índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores à data de aumento salarial, acrescida de dois pontos.

    (continua na página seguinte)

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    Ensino Superior

    Participação – O encontro do dia 6 contou com apenas 30 professores, número correspondente a apenas 1% dos professores filiados das instituições particulares. “Falta politização maior dos professores, muitos deles têm até medo”, afirma Perrini.

    Mesmo com a baixa presença o vice-presidente destacou que a mobilização dos professores aumentou nos últimos meses. “Os professores estão mobilizados. Tivemos um número significativo e agora o mais importante é manter a mobilização a essa proposta que refizemos, já com a ideia de que o Sinepe/PR irá aceitar. É uma proposta que não satisfaz a categoria, mas que consegue mantê-la mobilizada”, afirma Perrini.

    - Reajustes salariais a partir de fevereiro de 2012, no percentual de 7%;

    - Reajustes no piso salarial da categoria de 10% a partir da mesma data;

    - Garantia de reajuste salarial e de piso da categoria em fevereiro de 2013 em percentual equivalente à variação do INPC dos 12 meses anteriores à data do aumento salarial acrescida de dois pontos;

    Alterações nas seguintes cláusulas sociais:

    - Aviso prévio disciplinado de acordo com regulamentação do Ministério do Trabalho, em face da nova legislação a respeito da matéria, que estabeleceu este instituto de forma proporcional ao tempo de serviço na empresa;

    - Redação mais clara da cláusula que confere garantia de emprego de 30 dias para quem goza de auxílio doença não decorrente de doença ocupacional nem de acidente de trabalho;

    - Explicitação de que a multa convencional incide por cláusula descumprida e não por convenção inadimplida, como entendem alguns juízes;

    - Eliminação da regulamentação vigente para a contratação de professores para o Ensino Modular, atraindo para esta espécie de regime as regras aplicáveis aos professores em geral.

    Confira em detalhes os itens contidos na proposta encaminhada ao Sinepe/PR

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    A Câmara analisa proposta que regulamenta a profissão do supervisor educacional em instituições públicas e privadas de ensino. De acordo com o texto, para exercer a função, o profissional precisa ter formação superior em pedagogia ou pós-graduação em supervisão educacional.

    Para ser aceitos, diplomas expedidos por instituições estrangeiras deverão ser revalidados por universidades públicas brasileiras de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

    O deputado Ademir Camilo (PSD-MG), autor da proposta (PL 4106/12), afirma que seu objetivo é definir critérios que permitam à sociedade avaliar a qualidade dos serviços prestados por este profissional. “A função de supervisor educacional é complexa, pois costuma envolver também algumas das atribuições do orientador, do assistente social e do psicólogo.”

    A regulamentação, de maneira geral, estabelece que ele coordenará e contribuirá nas atividades de planejamento, execução, controle e avaliação do projeto político pedagógico da unidade educativa, juntamente com a direção, especialistas e professores.

    O texto ainda especifica como atribuições do supervisor educacional:

    Projeto regulamenta profissão de supervisor educacional

    Brasil

    • coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e divulgação das informações sobre o educando, para conhecimento dos pais;

    • supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos legalmente;• orientar e acompanhar os professores no planejamento e desenvolvimento dos

    conteúdos;• planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional; • coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando;• acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o

    trabalho do professor junto ao aluno, auxiliando em situações adversas; • participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar,

    junto aos professores e demais especialistas, visando a reduzir os índices de evasão e repetência, e qualificar o processo ensino-aprendizagem; e

    • valorizar a iniciativa pessoal e dos projetos individuais da comunidade escolar; entre

    outras.

    Pelo texto, para todos os efeitos legais, supervisor educacional é sinônimo de supervisor escolar e de supervisor pedagógico. O projeto prevê ainda que esses profissionais possam se organizar em entidades de classe.

    A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Educação e Cultura; de Trabalho, de Administração e Serviço Público; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Da Agência Câmara.

  • 38

    Brasil Projeto que inclui novas disciplinas no currículo escolar ainda vai a votação no Plenário

    Contrário ao inchaço dos currículos escolares com novas disciplinas, o Ministério da Educação articulou-se com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), para evitar que fosse enviado imediatamente à Câmara dos Deputados projeto de lei que insere duas novas matérias na grade escolar do ensino básico: Cidadania Moral e Ética, no ensino fundamental; e Ética Social e Política, no ensino médio.

    Para atender ao ministério, Braga entrou com recurso solicitando que o PLS 2/2012, do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), também seja analisado pelo Plenário, antes de ser enviado à Câmara dos Deputados. A análise pelo Plenário seria dispensável, já que a proposta foi aprovada pela

    Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em setembro, em decisão terminativa.

    Agora, o envio do projeto à Câmara vai depender de sua aprovação pelo Plenário.

    Para o Ministério da Educação, a aprovação do projeto não seria a solução mais adequada. Em nota técnica enviada à liderança do governo, argumenta que os documentos orientadores dos currículos “não sugerem a criação ilimitada de disciplinas nem de conteúdos, mas que a escola oportunize condições para que temas socialmente relevantes sejam incluídos e tratados no desenvolvimento dos conteúdos escolares”. Informações da Agência Senado.

  • 39

    Desde o lançamento do programa Brasil Carinhoso, em maio deste ano, o governo federal já retirou 2,8 milhões de crianças de até seis anos de idade da extrema pobreza. O resultado foi apresentado durante cerimônia de sanção da lei que institui o programa, no dia 3 de outubro, no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Entre as medidas propostas está a ampliação do acesso das crianças à creche e pré-escola.

    “O Brasil dá um passo refinando cada vez mais a sua política social”, afirmou a presidente da República, Dilma Rousseff. “Se em cinco meses nós conseguimos esses resultados, iremos daqui para a frente acelerar a melhoria da situação daquela parcela mais vulnerável da população brasileira.”

    Criado pela Medida Provisória n.º 570, de 14 de maio último, agora convertida em lei, o Brasil Carinhoso, que integra o Plano Brasil sem Miséria, é um conjunto de ações destinadas à assistência a famílias que têm

    crianças até seis anos de idade, por meio da melhoria da renda, da educação e da saúde. Até 2014, devem ser construídas 6 mil escolas de educação infantil para atender crianças até cinco anos de idade. Serão destinados recursos ainda para a aquisição de equipamentos e mobiliário.

    De acordo com a nova lei, o programa Bolsa-Família será ampliado para garantir a famílias que tenham pelo menos uma criança com até seis anos renda mínima por pessoa superior a R$ 70 mensais. Além disso, o Brasil Carinhoso prevê a antecipação dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) a municípios para obras de novas escolas e unidades de educação infantil.

    As creches públicas ou conveniadas que tenham crianças atendidas pela Bolsa-Família contarão ainda com ampliação de 50% no repasse de recursos federais. A merenda escolar também terá investimento reforçado, com aumento de 66% no valor repassado por criança matriculada em creches públicas e conveniadas.

    Sancionada lei que prevê a construção de 6 mil escolas

    Brasil

  • www.nota10.com.br A próxima edição será enviada no dia 10 de novembro.

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