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Ministério da Educação homologou parecer do Conselho Nacional de Educação estabelecendo que as escolas poderão elaborar o próprio calendário para o período dos jogos. Páginas 6 a 10 Participe da promoção e ganhe um arranjo de flores! Para concorrer é muito simples. Veja na página 30. Escolas ganham direito de dar aulas durante a Copa de 2014

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Ministério da Educação

homologou parecer do

Conselho Nacional de

Educação estabelecendo que

as escolas poderão elaborar

o próprio calendário para o

período dos jogos.Páginas 6 a 10

Participe da promoção e ganhe um arranjo de flores! Para concorrer é muito simples. Veja na página 30.

Escolas ganham direito de dar aulas durante a Copa de 2014

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O Jornal Nota 10 entra neste ano de 2013 com uma nova roupagem. Depois de mudanças no site (www.nota10.com.br) chegou a vez de dar ‘uma nova cara’ para o jornal.

A intenção foi deixá-lo mais claro, mais leve, mas manter

um bom conteúdo de notícias da área de Educação. Espero que tenhamos conseguido, pois quem pode avaliar isso é você, nosso leitor.

Trouxemos para esta edição algumas novidades,

principalmente relacionada a promoções. Uma delas é o sorteio de alguns brindes! Nas páginas a seguir você terá uma mostra disso e, novamente, esperamos que goste!

Gostaríamos, também, que interagisse conosco, enviando

uma mensagem sobre o novo jornal, um pedido de reportagem ou mesmo uma crítica. Todos os contatos, com certeza, serão muito bem-vindos!

Esperamos que aprecie esta edição e até o mês de abril!

Helio Marques é editor do Jornal e Site Nota 10.

Contatos pelo [email protected] ou (41) 3044-6273.

Palavra do Editor

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Tenho 63 anos e gostaria de voltar a estudar, pois sonho com isso desde que parei. Fiz até a antiga sétima série ginasial. Gostaria de saber se pode ser feito a distância e qual o endereço mais próximo do bairro Bacacheri, em Curitiba.

Almeri [email protected]

Gostaria de saber como funciona para concluir o ensino médio, pois no meu caso fiz até o segundo ano. Falta só o terceiro. Em quanto tempo posso terminar? Posso estudar em casa e só fazer a prova final em trinta dias, por exemplo? É cobrada alguma coisa? Como é feito todo o processo?

Celiane [email protected]

Estou cursando o terceiro período de Pedagogia já pensando em fazer pós em Psicopedagogia e Psicomotricidade. Estou atrasada, pois a secretária de Educação da cidade onde vivo disse que pedagogo não é habilitado como um professor formado em magistério. E que enquanto ela estiver ‘no comando’ nenhum pedagogo vai assumir vaga de professor. Afinal de contas, um pedagogo pode ou não dar aulas?

Mheiry [email protected]

Gostaria de saber se no CEEBJA é feita a classificação e reclassificação do estudante, pois tenho 15 anos e gostaria de voltar a estudar, da série em que parei, no caso a 7.ª série ou 8.º ano?

Pedro [email protected]

Correspondência

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Fiz um financiamento do Fies no dia 8 de fevereiro de 2007. Ainda tenho 11 meses a pagar o valor de R$ 190,75. Gostaria de saber se posso ter algum desconto, pois acho que paguei mais que o suficiente. Segundo informações, os juros caíram e a Caixa não informa ninguém. Aposto que se houve reajuste eles avisariam.

Edmilson [email protected]

Desejo divulgar proposta de Ideia Legislativa para Projeto de Lei no Senado. Concurso Público para Diretor de Escola. Apoiem. O endereço é https://www12.senado.gov.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=3241

Diego Almeida [email protected]

VIZIVALITrabalho há 15 anos na mesma escola e fiz CNS e não consegui fazer a complementação. Terei que cursar outra faculdade. O que fiz foi jogado fora? Quem são os culpados que deixaram passar adiante algo que não tinha valor algum?

Inês Romanichen,[email protected]

Gostaria que vocês me mandassem por e-mail onde e quando posso fazer a complementação da Vizivali. Moro em Palmas. Terá polo em Palmas?

Marlene Malagi [email protected]

Correspondência

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Jornal Nota 10 – Publicado pela Nota 10 Publicações. Circulação mensal. Enviado para 25 mil e-mails(caso queira se cadastrar para receber o jornalgratuitamente acesse o site www.nota10.com.br epreencha o formulário na home).

Editor e jornalista responsável: Helio Marques (MTb 2524)

Diagramação: Marcos MarianoColaboração: Rafael Adamowski Revisão: Andrea Marques

Redação: Rua João Tschannerl, 680-A – Mercês CEP: 80.820-010 – Curitiba/PR. Telefone: (41) 3044-6273

Fale com o Editor: [email protected]

Ministério da Educação

homologou parecer do

Conselho Nacional de

Educação estabelecendo que

as escolas poderão elaborar

o próprio calendário para o

período dos jogos.Páginas 6 a 10

Ministério da Educação

homologou parecer do

Conselho Nacional de

Participe da promoção e ganhe um arranjo de fl ores! Para concorrer é muito simples. Veja na página 30.

Escolas ganham direito de dar aulas durante a Copa de 2014

Expediente

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Escolas ganham o direito de dar aulas durante o Mundial de 2014

Instituições de ensino buscaram alterações na Lei Geral da Copa, que prevê a interrupção das atividades durante todo o período de jogos

Amábile Pacios, presidente

da Fenep.

(continua na página seguinte)

Depois de quase um ano, a Federação das Escolas Particulares (Fenep) venceu uma batalha que travava com o governo federal. As instituições de ensino privadas ganharam o direito de elaborar o próprio calendário de aulas do próximo ano e estabelecer quando haverá ou não aulas durante o período dos jogos da Copa do Mundo.

É que a Lei n.º 12.663, de 5 de junho de 2012, que ficou conhecida como Lei Geral da Copa, estabeleceu que as escolas das redes pública e particular interromperiam as aulas durante todo o período dos jogos, que ocorrerão no Brasil, por praticamente um mês, de 12 de junho a 13 de julho.

As escolas particulares não concordaram com a nova legislação, por

defenderem que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) dá autonomia às instituições de ensino para definir o calendário de aulas.

Toda a discussão se deu em razão da redação do artigo 64 da Lei: “Em 2014, os

sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares de forma que as férias escolares decorrentes do encerramento das atividades letivas do primeiro semestre do ano, nos estabelecimentos de ensino das redes pública e privada, abranjam todo o período entre a abertura e o encerramento da Copa do Mundo Fifa 2014 de Futebol”.

Legislação

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A Lei Geral da Copa é um conjunto de leis prometido pelo governo brasileiro à Fifa, órgão máximo do futebol, para oferecer as condições necessárias para a entidade realizar o evento no Brasil. Esta é a 20.ª edição da Copa e a segunda realizada no Brasil. A primeira foi em 1950.

A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep),

Amábile Pacios critica o que prevê a Lei. “Não podemos admitir que no período dos jogos os bares estejam abertos e as escolas fechadas”, diz. Para ela, as famílias seriam prejudicadas, pois muitos pais irão trabalhar neste um mês em que as instituições de ensino estariam fechadas por força da lei.

Neste período há o tradicional recesso de julho, que em muitos estados

é de apenas uma ou duas semanas. “A lei determina o fechamento durante um mês inteiro”, assevera a presidente. Segundo ela, as escolas ‘sempre administraram muito bem’ as paralisações em razão dos jogos do Brasil, em Copas anteriores. “Como podemos aceitar que uma criança fique sem aula em uma cidade do interior do Paraná, por exemplo, se alguns jogos ocorrerão em Curitiba, a centenas de quilômetros de distância?”

Para a capital estão previstos quatro jogos, todos da fase inicial, sendo três no

período da tarde e um à noite. O primeiro será no dia 16/6, às 16 horas; o segundo no dia 20/6, às 19 horas; o terceiro no dia 23/6 às 13 horas e o quarto e último no dia 26/6, às 17 horas. Todos serão em dias de semana.

O presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR),

Jacir Venturi, acredita que os jogos da primeira fase, alguns dos quais em Curitiba, ‘despertam pouco interesse’ da população e foi um fato a mais para tentar reverter o que prevê a lei. “Como poderíamos deixar as crianças sem aula e os pais trabalhando? Isso iria, com certeza, gerar um transtorno muito grande”, acredita.

(continua na página seguinte)

Jacir Venturi, presidente do

Sinepe-PR.

Legislação

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Mas no dia 19 de março o Ministério da Educação (MEC) publicou decisão que recomenda que as instituições de ensino do país ajustem o calendário de aula durante o período da Copa, especialmente nos locais que vão ser sede dos jogos. O que o MEC fez foi homologar o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), que no final do ano passado aprovou, por unanimidade, um parecer do conselheiro Mozart Ramos que autoriza instituições públicas e privadas de todo o país a manter atividades escolares durante a realização da Copa do Mundo de 2014.

O MEC entende que a Lei Geral da Copa (12.663/2012) não pode se sobrepor à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/1996). Enquanto a Lei Geral da Copa prevê recesso de quase um mês, a LDB define que o calendário escolar seja adequado às peculiaridades locais e que devem ser cumpridos, no mínimo, 200 dias letivos.

Durante o período de batalhas, diversos parlamentares deram respaldo às reivindicações do setor educacional. O senador Paulo Paim (PT-RS), por exemplo, apresentou recentemente um projeto para alterar a redação do artigo 64. Que a palavra “deverão” (os sistemas de ensino deverão ajustar os calendários escolares) fosse substituída por “poderão”. Isso daria liberdade para as escolas se adaptarem conforme suas necessidades. “É claro que uma escola localizada próxima a um estádio não terá condições de ter aulas, mas há milhares de situações em que as escolas estarão a centenas de quilômetros de distância”, explica Amábile Pacios.

A discussão se agigantou durante esse quase um ano e há quem defenda a lei

sancionada pela presidente Dilma Rousseff no ano passado. O deputado Cléber Verde (PRB-MA) diz que, apesar de o MEC ter homologado o parecer do CNE, é preciso pensar também nos torcedores. “Por mais que nem todos os jogos tenham um apelo de levar pessoas aos estádios, é um momento único para o Brasil. Não podemos deixar de propiciar que os torcedores que queiram possam ir aos jogos, em que cidade for”, diz.

Para Amábile Pacios, a Lei Geral da Copa foi uma grande amarra, uma camisa de

força. “As férias não são em junho, como quer a lei, a partir do dia 12. Normalmente as férias são em julho e em um número bem inferior a 30 dias”, diz ela, que recentemente esteve em Curitiba para discutir o assunto com presidentes de Sindicato de Escolas Particulares de 19 estados.

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Legislação

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O vice-presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), José Dorival Perez, destaca que sobre as instituições públicas de ensino a Lei da Copa não teria implicações. “Há alguns anos o calendário foi readaptado por conta da Gripe A e tivemos um recesso de um mês. Na Copa não vemos grandes problemas, o ideal é que se respeite os 200 dias de ano letivo. Até o final do ano será definido o calendário de 2014 levando

em conta os 30 dias de férias. Para atender o mínimo de 200 dias as aulas poderão começar um pouco antes ou terminar um pouco mais tarde”, explica Perez.

Ele ressalta que como o calendário já

prevê 15 dias em julho não existem problemas judiciais e basta uma adaptação. “É possível cumprir perfeitamente. Em 2014 muitos feriados serão nos fins de semana”, justifica Perez. Ele opina ainda que o ano da Copa do Mundo no Brasil deve servir de temática para conteúdos e propostas pedagógicas nas escolas.

No Paraná, CEE diz queLei Geral da Copa não é problema

Legislação

Os quatro jogos da Copa serão

realizados na Arena da Baixada,

que está em construção.

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Legislação

No próximo dia 3 de abril o Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe) irá reunir as instituições de ensino associadas para voltar a discutir a questão do calendário de aulas para 2014. A reunião será a partir das 8 horas, na Rua Guararapes, 2.028, na Vila Izabel. Segundo o presidente do sindicato, professor Jacir Venturi, a homologação do parecer do CNE pelo MEC foi uma grande vitória, que contou com o bom senso do ministro Aloizio Mercadante.

Na reunião do próximo dia 3 a intenção é haver uma troca de experiências e se conheça as várias propostas das escolas para o calendário letivo de 2014.

Reunião dia 3 de abril discutiráo calendário letivo de 2014

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A Universidade Federal do Paraná (UFPR) registra neste mês de março o fim do calendário acadêmico de 2012. E no dia 15 de abril tem início o período de aulas do primeiro semestre de 2013. Para quem foi aprovado apenas para o segundo semestre começará a estudar no dia 26 de agosto.

Os primeiros meses deste ano foram utilizados para reposição de aulas, já que a instituição ficou praticamente três meses sem atividades acadêmicas.

De acordo com a Pró-Reitora de Graduação e Ensino Profissionalizante, Maria Amélia Sabbag Zainko, alguns problemas como a falta de professores foram detectados ao final de 2012. “Mas isso não prejudicou significativamente a reposição”, afirma.

As aulas na UFPR terminaram no dia 21 dezembro e foram retomadas em 21 de janeiro. “Quando o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) definiu a possibilidade de reposição, o calendário previa a totalidade de recuperação, mas o professor teve a autonomia de trabalhar o conteúdo da melhor maneira”, diz a Pró-Reitora.

No dia 15 do próximo mês tem início o ano letivo de 2013 para todos os alunos, inclusive os aprovados no último vestibular. “Tudo é negociado com os estudantes. Respeitamos que o professor faça greve, mas é preciso que a reposição ocorra de forma adequada, sem prejuízos aos alunos”, diz Maria Amélia.

Fim das aulas de 2012 na UFPR; ano letivo de 2013 começa em abrilCalendário acadêmico atípico é em virtude da greve do ano passado

Prédio histórico da UFPR, na Praça

Santos Andrade, em Curitiba.

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Vida Acadêmica

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O estudante de Ciências da Computação, Rodrigo Dumont, confirma que a continuidade do semestre ocorreu conforme o previsto. “Eu acho que no final deste ano vai estar tudo certo já, mas a gente não vai ter férias agora no meio do ano, só em agosto”, diz. No entanto, Rodrigo afirma que está consciente de que caso a pauta de reivindicações dos professores não seja totalmente atendida, uma nova greve poderá ocorrer este ano.

Leonardo Zanella, também aluno de Ciências da Computação, afirma que o final do ano passado foi conturbado, com muitas provas seguidas. Ele reclama do pouco tempo de férias. “Um mês de férias foi só pra perder o ritmo de aula”, diz ele.

Caroline Rodrigues Pereira cursa o 5º período de Engenharia Florestal. “Minha turma não está tendo problemas, mas alunos do 3º período estão tendo que fazer reposição até as 21h30 de segunda-feira e também nas sextas”, relata. Sobre essa questão, a Pró-Reitora Maria Amélia acredita se tratar de algum ajuste por conta de alguma dificuldade específica. Caroline afirma que a greve atrapalhou, mas acredita que a partir de 2014 as aulas voltarão à normalidade.

Guilherme Farinha é estudante do 2º ano de Engenharia de Produção. “Dentro do que foi programado no calendário está no ritmo normal, mas no mês de janeiro, quando deveríamos estar em férias, estávamos estudando”, declara. Edgar Predabon está no 1º período de Elétrica. “Em janeiro foi chato repor aulas, tudo foi meio corrido”, diz.

Aluna do 2º período de Engenharia Ambiental, a estudante Bruna Lopes afirma que todas as aulas estão sendo repostas. “Perdemos quatro meses, e estando tendo que terminar o semestre em pouco mais de um mês. Mas estamos tendo todas as matérias, nenhum professor está faltando. Tivemos uns problemas com faltas no final de dezembro, professores que tiveram compromisso com Pós-Graduação, mas agora está normal”, explica.

O que os alunos dizem sobre o calendário atípico

(continua na página seguinte)

Vida Acadêmica

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Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) as aulas foram retomadas em 2013 somente no dia 4 de fevereiro. A assessoria de comunicação da instituição afirma que o calendário definido em 4 de outubro do ano passado deverá ser cumprido normalmente, com o encerramento do segundo semestre letivo de 2012 entre os meses de abril e maio, o que pode variar conforme cada câmpus.

Os estudantes dos câmpus Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Londrina, Medianeira, Pato Branco, Ponta Grossa e Toledo voltaram à sala de aula após um recesso no final de dezembro e férias dos professores em janeiro.

Os novos alunos deverão ingressar na UTFPR também somente entre abril e maio, para que os semestres atuais sejam encerrados e não existam problemas com falta de docentes. O objetivo é garantir um número de professores suficientes para iniciar todas as novas turmas.

Na UTFPR a exceção no calendário é o câmpus de Guarapuava, em que a adesão dos professores à greve foi menor e as aulas do segundo semestre de 2012 se encerraram no dia 15 de dezembro, conforme a normalidade. Nesse câmpus as aulas do primeiro semestre letivo de 2013 começaram no dia 4 de março.

Na UTFPR o semestre de 2012 só terminará entre abril e maio deste ano

Vida Acadêmica

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Novo ano letivo: bons propósitos

ensino&educação

Recentemente houve o início de mais um ano letivo e sobejam os bons propósitos dos alunos, pais e professores. Tão imprescindível quanto o aprendizado das disciplinas curriculares é desenvolver no educando bons hábitos de estudos. Ou seja, organização e disciplina pessoal, requisitos indispensáveis para um bom desempenho escolar e também para a vida adulta.

Uma mesa e uma cadeira num ambiente silente. Sofá ou cama agregam conforto e aconchego para um bom livro, mas não para os estudos. Vai estudar ou tirar uma soneca? Aprende-se com cérebro e nádegas. Pândegas à parte, sentado numa cadeira, muita disposição para exercícios, resenhas, tarefas, leituras, equipamentos eletrônicos em off, são posturas primordiais para um aprendizado consistente e duradouro.

Devemos estimular a criança ou o jovem ao aprofundamento dos conteúdos. Um texto mais complexo ou um exercício difícil é um desafio e faz bem aos neurônios. Desenvolve o raciocínio lógico tão valorizado nos concursos, vestibulares e mercado de trabalho, pois este entende que o profissional que aprendeu a pensar é um resolvedor de problemas. Poucas sinapses se realizam no cérebro em 15 páginas de leitura fácil ou na resolução de 5 exercícios acessíveis de geometria.

No Brasil temos a cultura de pífia valorização nas disciplinas das Ciências Exatas. Em decorrência, estamos vinculando um apagão de mão de obra qualificada, sendo que a maioria esmagadora de nossos jovens apresenta dificuldades no entendimento de textos técnicos. Falta-lhes autodidatismo, qualidade que só é desenvolvida com bom embasamento em matemática, física, química, biologia etc.

A China forma anualmente 650 mil engenheiros e a Coreia do Sul, 80 mil, sendo que a Coreia possui um quarto da nossa população. Há estudos que chegam a quantificar em R$ 30 bi desperdiçados por ano, no Brasil, pelo despreparo de nossos técnicos, quer na execução, quer nos projetos das obras. Quantos engenheiros são diplomados anualmente no Brasil? Cerca de 55 mil, sendo que apenas 32 mil passam a atuar na profissão e os demais são seduzidos pela área financeira de gestão.

(continua na página seguinte)

Palavra do Especialista

Jacir J. Venturi

Presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), professor e diretor de escola.

Contato:[email protected]

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Novo ano letivo: bons propósitos

ensino&educação

Nossa demanda atual é de 60 a 80 mil novos engenheiros por ano. Para suprir prementemente a carência técnica é preciso desconstruir o mito de que a matemática, física ou química, é uma matéria difícil ou sinistra. Cada série é um degrau de uma escada que não permite saltos. Motivados pelos pais e professores, havendo por parte do aluno persistência no aprendizado da matemática, não há como não se render aos seus encantos e à sua lógica.

Rememoremos outros preceitos básicos para um bom início de ano letivo. Aluno inteligente presta muita atenção em sala de aula, pois haverá muito menos esforço para compreender e fixar a matéria em casa. Estudar apenas nas vésperas de prova é um péssimo hábito uma vez que compromete o entendimento das aulas subsequentes e o mais importante: é um aprendizado fugaz, sem consistência e sem raízes para o longo prazo. Aprende rápido e esquece rápido. O discente deve garantir boas notas desde o 1.º bimestre quando tem menos conteúdo. É o semestre em que os estudantes se comportam mais recreativamente, e qualquer nota baixa implica em redobrados esforços nos próximos bimestres. Há alunos que gostam tanto da escola que passam o mês de dezembro debruçando-se em todo o conteúdo do ano para os exames finais, ensejando angústias aos pais e aos próprios.

Provas, simulados, concursos são ótimas oportunidades para desenvolver o equilíbrio emocional. Cuide-se da saúde – o bem maior – com boa alimentação, prática de esportes e atividades ao ar livre, nos horários recomendados, pois os benfazejos raios solares fortalecem os ossos e são excelentes como terapia para a mente. Para uma boa memorização, são essenciais 8 ou 9 horas de sono. Pratiquem-se os bons valores. Com organização e persistência nos estudos, aguarda-se um futuro promissor, repleto de alegrias, sim, mas também frustrações. Quem pede da vida uma vida sem tristezas está pedindo da vida o que a vida não pode dar.

Palavra do Especialista

Jacir J. Venturi

Presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), professor e diretor de escola.

Contato:[email protected]

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17(continua na página seguinte)

Para falarmos de educação é necessário termos em mente que esse não é um processo único e exclusivo da escola, pois a família possui um papel decisivo para a formação dos alunos. A interação entre ambos é muito importante para o processo de ensino-aprendizagem.

A participação da família começa quando começam se interessar pelos trabalhos dos alunos, pois é aí que os filhos percebem o quanto o saber é importante para a vida moderna. A partir daí surgem várias formas de interatividade entre família e escola.

Hoje, a questão que mais impede essa aproximação é o fator tempo. Os pais trabalham e alegam que, por isso, não têm tempo para se dedicar a projetos ou programas oferecidos pelas escolas. A participação não demanda, necessariamente, muito tempo, ou seja, não é preciso ir à escola todos os dias, participar de comissões ou fazer parte da equipe. Pode até ser desta forma, mas isso não implica em uma tarefa imposta. O importante é participar de atividades extracurriculares, passeios ou, simplesmente, comparecer à escola em datas comemorativas. Essa prática faz com que os alunos compreendam que os pais acreditam na escola e que os professores possuem todo o apoio da família.

O primeiro passo é a revalorização do saber, no qual os filhos compreendem a real importância desse ato e o papel da escola neste processo. Segundo, os pais também aprendem, pois estando no ambiente escolar e por dentro do trabalho desenvolvido, entendem as dificuldades existentes no processo de ensinar e aprender. E, terceiro, quando os pais demonstram confiar na escola, ajudam, indiretamente, a reconstruir a autoridade do professor.

Ao ver uma relação mais próxima entre escola e família, os alunos se sentem mais seguros e, consequentemente, aprendem e produzem muito mais. Mas para que isso aconteça, é preciso que haja uma convivência pacífica, isto é, sem conflitos entre ambas as partes. Cabe à família não criticar a escola sem saber o que se passa e, à escola, não acusar os pais sem ouvir e considerar o que eles têm a dizer.

A relação entre escola e família

OpiniãoOpinião

Alexandra Lima

Coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII)

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A coordenação, direção e toda a equipe da escola devem fazer essa aproximação, a princípio, levando em conta relatos, críticas e sugestões, pois, assim, os pais sentem que estão sendo ouvidos e que podem confiar.

Um sistema de recepção organizado para os pais também é primordial. Deste modo os pais percebem que são bem-vindos e que ali têm uma equipe trabalhando para recebê-los. É preciso transparecer que quem os ouve são profissionais que, como tal, só farão o que realmente for útil e viável para os alunos como um todo.

Os pais trazem até a escola informações valiosas, porque nem sempre a escola consegue detectar certas questões. E, além das informações, podem realizar ações importantes que resultem na modernização da infraestrutura e enriquecimento de acervos, por exemplo.

De modo geral, a família deve ser recebida, ouvida e poder participar, mas isso não implica no poder de tomar decisões que só cabem à escola. Cada uma possui um papel pelo qual é responsável e este deve ser exercido com máxima responsabilidade, visando sempre à melhoria no ensino.

A relação entre escola e família

OpiniãoOpinião

Alexandra Lima

Coordenadora pedagógica do Centro de Educação João Paulo II (CEJPII)

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CIAR inscreve para pós em Psicomotricidade Relacional

O Centro Internacional de Análise Relacional (Ciar) está com inscrições abertas para pós-graduação em Psicomotricidade Relacional. A certificação é reconhecida pelo MEC.

O Ciar forma e habilita profissionais para atuar em psicomotricidade relacional nas áreas de saúde, educação e organizacional. Os alunos passam por um processo de formação pessoal, teórico-científica e profissional.

A pós é voltada para profissionais das áreas de educação, saúde, recursos humanos e profissionais interessados em desenvolver o potencial humano.

As inscrições podem ser feitas para Curitiba ou Fortaleza. Para Curitiba ligue para (41) 3343-6964 e Fortaleza (85) 3244-1779. Ou acesse o site www.ciar.com.br

Dom Bosco realiza Fórum de Metodologia

Até o dia 11 de maio ocorre na Faculdade Dom Bosco, câmpus Mercês, em Curitiba, o Fórum Dom Bosco de Metodologias do Treinamento Desportivo. O evento traz uma abordagem prática das questões relacionadas ao dia a dia do profissional de Educação Física.

Metodologia do treinamento de musculação, o treinamento na melhor idade e Personal Trainer: prescrição e acompanhamento serão alguns dos temas trabalhados. O evento é destinado aos acadêmicos e de Educação Física e comunidade em geral.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no local de cada atividade.

Mais informações pelo telefone (41) 3213-5207.

Ceebja promove Roda de Leitura

O Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos (Ceebja) Poty Lazzarotto, em Curitiba, iniciou as atividades das Rodas de Leitura 2013.

As rodas de leitura são um trabalho de formação integral e desenvolvido para a participação de estudantes dos ensinos fundamental e médio, professores de todas as disciplinas e funcionários do centro de educação.

O Ceebja Poty Lazzarotto tem cerca de 1,5 mil alunos e 150 profissionais da educação. O projeto integra o projeto político pedagógico da escola e os encontros vão até o final de junho.

O endereço é Rua São Francisco, 34, no Centro. O telefone para mais informações é o (41) 3019-6039. O e-mail é o [email protected]

Agenda

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Associação Paranaense de Administradores Escolares - ApadeDeclarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná

coluna da apadeINFORME PUBLICITÁRIO

A sala de aula é o ambiente específico da aprendizagem, corresponde a dizer que não é o único. Nele se desenvol-vem os processos de comunicação com o objetivo de produ-zir conhecimento; nesses processos interagem os agentes (emissor e receptor). A forma de interação define as diversas concepções de sala de aula, da antiga à mais moderna.

O que se busca numa sala de aula? A transmissão do

conhecimento, das habilidades e das competências. É bem verdade que um bom número de professores não se dá conta disso. Fazem-no mais na intuição do que no planejamento.

Para mostrar a diferença entre a sala de aula de ontem

com a de hoje, vou construir alguns conceitos, sem os quais ficaremos num blá-blá-blá inútil. E o primeiro deles é o con-ceito de “conhecimento”. Antes de defini-lo, quero lembrar que o nosso pensamento se processa por imagens, pensa-mento que vem a ser um conjunto organizado de imagens.

Os seres vivos animais nascem dotados de sentidos.

No ser humano, dizem que são cinco, responsáveis por levar imagens ao cérebro. Dos cinco, o mais competente para a tarefa de levar imagens ao cérebro é a visão. Vamos consi-derar um bichinho que nasce e que, ao abrir os olhos, depa-ra uma infinidade de “coisas” ao seu redor. Essas imagens, levadas ao cérebro, ficam aí “armazenadas”. Cada vez que o olho capta uma dessas “coisas”, o cérebro avisa: “eu já vi isso antes”.

Se no lugar do bichinho, colocarmos um ser humano recém-nascido, o processo é o mesmo, mas há uma profun-da diferença, que virá na sequência. A imagem recebida pelo cérebro representa uma “noção”. É comum alunos respon-derem perguntas do professor “tenho uma vaga noção”. E a noção não é vaga. Já veremos porquê. Essa imagem, no ser humano, pode ser “catalogada” ou receber um código. Assim que ela receber o código, a noção passa a ser conhecimen-to. “Cum + noscere” (conhecer junto) significa que após codi-ficar a imagem é possível transferi-la para outro interlocutor, independentemente de estar a coisa presente. A diferença entre a noção e o conhecimento é que este pode ser socia-lizado, enquanto a noção é propriedade incomunicável. Aí está a diferença entre a imagem que se forma no cérebro de um cão, por exemplo, e a mesma que se forma no cérebro de um ser humano. Os animais não arquivam códigos e se os arquivam não conseguem ativá-los para comunicar-se. (Apesar de alguns papagaios conseguirem balbuciar certos códigos de linguagem...).

Existem condições básicas para a transmissão da ima-

gem para um receptor: 1) a imagem deve constar dos “arqui-vos” do emissor e do receptor; 2) ambos devem ter o mesmo código para a imagem.

A sala de aula, ontem e hoje (Parte I)

Prof. Venâncio D. Vicente*

(continua na página seguinte)

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A questão básica das salas de aula consiste em criar ima-gens para os alunos e codificá-las, num primeiro momento e, em seguida, estabelecer os relacionamentos entre essas ima-gens porque “uma andorinha, voando sozinha, não faz verão”. Os caminhos (métodos) para levar as imagens à cabeça dos indivíduos são dois: direto (indutivo) e indireto (dedutivo). Isso é assim desde os antigos. O caminho direto (ou método induti-vo) é trazer aos sentidos do aluno a coisa em si, gerando ima-gem sem distorções e, depois, codificá-la (batizá-la) com um conjunto fonético próprio, conhecido por palavra, vocábulo ou termo. O método indutivo também pode valer-se de códigos massivos. Denominamos código massivo aquele que guarda relação formal com a coisa. A foto de um abacate é um código massivo do fruto do abacateiro; seria também massivo o có-digo feito por um desenho razoavelmente fiel de um abacate.

O método dedutivo trabalha no sentido contrário. Cria

primeiro o código, para depois, através de outros códigos, tentar produzir uma imagem minimamente aproximada da coisa. É o caso do professor que informa aos alunos que abacate é uma fruta carnuda, de casca verde em forma de um pião invertido, em cujo interior encontra-se um caroço que corresponde à semente. Surgem as inevitáveis pergun-tas: Profe! O que é caroço? E carnudo? Tem a ver com carne de boi! É algum fruto do mar? E, por aí, vêm as risadas e, quando não, a caçoada (vulgo bullying).

É muito mais difícil produzir uma imagem a partir dos

“códigos discretos” que são atribuídos aleatoriamente às

A sala de aula, ontem e hoje (Parte I)

Prof. Venâncio D. Vicente*

imagens. Um exemplo: pedra – nada relacionado à imagem da coisa. O que é pedra pergunta um? É um seixo, responde o professor, criando mais confusão.

Esse processo de construção do pensamento é o mesmo desde os tempos em que surgiu o primeiro ambiente de ensi-no: uma sala, uma sombra de árvore, uma praça pública ou os ambientes climatizados de hoje (casos raros, mas existem).

Li certa vez um livro de Didática (Prática de Ensino) em

que o autor apresentava em torno de 60 métodos de ensino. Foi uma evidente confusão entre método e técnicas de ensino. Perdoem-me os teóricos de Didática, mas a verdade é que há apenas dois métodos. Os tratados tradicionais falam em mé-todo indutivo, dedutivo, heurístico, maiêutico, socrático, para ficar com os mais citados. Excetuados os dois primeiros, os outros nada mais são do que técnicas aplicadas aos métodos.

Por que assim considero? Porque a palavra “método”

tem origem grega: metá (através) + odós (caminho, estra-da); traduzindo por um caminho, por um rumo ou direção). Opta-se, então, por um caminho direto ou indireto que equi-valem aos métodos indutivo e dedutivo, respectivamente.

(Volto na próxima edição do Jornal Nota 10)

*Prof. Venâncio D. Vicente é

segundo-presidente da Apade.

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A educação é algo muito mais amplo e mais ambicioso do que simplesmente provocar a aprendizagem racional, do domínio cognitivo e da objetividade intelectual, pois não se trata apenas de almejar conhecimentos abstratos, porém de ajudar a criança a formar sua personalidade de maneira saudável.

Wallon e Piaget há muito lembram que a criança adquire seus primeiros conceitos a partir da experiência motora, do deslocamento de seu corpo no espaço e no tempo e da manipulação de objetos. Para isso as crianças recorrem a seus cinco sentidos (visão, tato, audição, olfato, gustação) que lhes dão as informações do mundo externo. Além disso, utilizam um sexto sentido, o cinestésico, que se refere à percepção de seu próprio corpo, atitudes e movimentos. Todas as noções racionais fundamentais que permitem organizar o mundo têm uma carga afetiva. Ser grande, estar longe, perto, não representam inicialmente dimensões e distâncias mensuráveis, porém situações que envolvem sentimentos e emoções.

Nesse contexto as experiências corporais mostram-se importantes e indispensáveis para a aquisição de conhecimento. O corpo comporta outras noções além das sensações espaço-temporais matematizáveis, pois é também um lugar de prazer e desprazer. Mais que as sensações físicas, vivem-se no corpo e por meio do corpo relações afetivas e emocionais de diversos conteúdos tais como: alegria, tristeza, ira, amor, medo, entre outros, que estão estreitamente ligados às tensões musculares tônicas involuntárias e são, de modo geral, inconscientes.

A Psicomotricidade Relacional na Escola

“Transformar a escola é, quem sabe, a longo prazo, transformar na sociedade.”

André Lapierre

Palavra do Especialista

José Leopoldo Vieira

Diretor do Centro Internacional de Análise Relacionar (Ciar) de Curitiba

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Separado da afetividade e da inteligência, o corpo não é mais que uma abstração, um conceito vazio, um fantasma intelectual. Ela está habitado pelo psiquismo, além de ser também o primeiro meio de comunicação com o outro ser humano.

Para existir como sujeito, a criança necessita estabelecer relações e se comunicar com outros seres humanos, ou seja, estabelecer relações significativas entre o seu corpo e o corpo do outro, o que depende, antes de tudo, do desejo e do prazer de comunicar. A personalidade diz da forma particular com que se estabelece estas relações, pois ela se estrutura e se modifica a partir de experiências relacionais. Considera-se que a personalidade se estrutura a partir de vivências psicomotoras, compostas de sensações com conotações tônico-afetivas e emocionais não conceitualizadas e inacessíveis ao pensamento verbal.

Ressalta-se que as experiências psicomotoras, em especial, as que envolvem situações de jogos simbólicos e do brincar espontâneo favorecem a expressão livre do sujeito, com seus conteúdos conscientes e inconscientes.

Na escola a Psicomotricidade Relacional tem por objetivo favorecer e organizar as experiências corporais, pois a criança cria situações partindo de suas possibilidades e vivências. Ela se expressa globalmente, entra em contato com os objetos e com os outros, vivendo implicitamente nestas relações conteúdos das várias áreas: cognitivas, afetivas, psicomotoras, sociais, entre outras.

Trata-se sempre de aprender, conceitualizar e intelectualizar a experiência vivida. Em Psicomotricidade Relacional a riqueza e a variedade das atividades corporais, além dos diferentes objetos postos à disposição das crianças, permitem avançar para uma pedagogia, quem sabe, mais aberta, da descoberta na qual a criança está vinculada à busca e é livre, em certa medida, para desenvolver o tema que lhe interesse.

(continua na página seguinte)

A Psicomotricidade Relacional na Escola

Palavra do Especialista

José Leopoldo Vieira

Diretor do Centro Internacional de Análise Relacionar (Ciar) de Curitiba

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A Psicomotricidade Relacional na Escola

A Psicomotricidade Relacional se configura como uma metodologia que impulsiona e amplia a atividade da criança em seu dia a dia, ajudando-a a consolidar conhecimentos com suas experiências, ao proporcionar um cenário extremamente rico para o desenvolvimento dos conteúdos presentes na educação infantil e ensino fundamental. Ressalta-se a importância na escola de um espaço relacional vivenciado, onde os elementos afetivos e emocionais tornam-se indispensáveis para a aquisição de um conhecimento realmente integrado.

A finalidade desta prática na escola é especialmente educativa ao atender às perspectivas pedagógicas que visam potencializar o desenvolvimento emocional, a socialização e o desenvolvimento cognitivo, com o objetivo final de estimular a autonomia da criança. Na escola a Psicomotricidade define sua identidade educativa pedagógica dentro da concepção de uma prática vivenciada que inclui um conceito amplo de educação para a diversidade e a construção de valores, além de estimular o desenvolvimento das potencialidades da criança para a autonomia, a criatividade e o desenvolvimento do pensamento.

Dito em resumo, a Psicomotricidade Relacional na escola tem por objetivos: prevenir problemas nas relações interpessoais; potencializar a socialização estimular a aceitação das diferenças; favorecer uma aprendizagem mais significativa em novas informações e conhecimentos, resultam de estratégias vivenciadas, entre outros.

Palavra do Especialista

José Leopoldo Vieira

Diretor do Centro Internacional de Análise Relacionar (Ciar) de Curitiba

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O vice-reitor da UFPR, Rogério Mulinari, foi empossado no dia 15 de março pelo reitor Zaki Akel Sobrinho. Este é o segundo mandato de ambos, reeleitos na última eleição. A gestão irá de 2013 a 2017. Na mesma solenidade, o reitor anunciou ainda o novo grupo de sete pró-reitores. Três foram reconduzidos: na Pró-Reitoria de Graduação, Maria Amélia Sabbag Zainko; na Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças, Lúcia Montanhini; na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, Rita de Cássia Lopes. Já os novos pró-reitores indicados são: Pró-Reitoria de Administração, Álvaro Pereira (que ocupava o cargo de diretor da Imprensa Universitária); Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, Adriano do Rosário Ribeiro (que coordenava o Reuni); Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, Deise Picanço (então vice-diretora do Setor de Educação); Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Edilson Silveira (que ocupava o cargo de coordenador de pesquisa e pós-graduação).

UFPR tem novos pró-reitores

Os 18 mil profissionais da rede municipal de ensino receberão um incentivo para frequentar mais os espaços e eventos culturais da cidade. A prefeitura de Curitiba lançou no dia 14 de março o projeto EduCultura, promovido em parceria entre a Fundação Cultural de Curitiba e a Secretaria Municipal da Educação. Entre outras ações, o projeto prevê a distribuição de uma cota de ingressos dos espetáculos produzidos pela Fundação Cultural de Curitiba, ou por produtores parceiros, para educadores, professores, pedagogos, dirigentes escolares, apoios administrativos, secretários escolares e auxiliares de serviços escolares. Exibição de filmes, entradas em espaços gerenciados pela Fundação e distribuição de publicações, livros, CDs produzidos por meio de leis de incentivo da Fundação Cultural também são parte do projeto. Vagas em cursos dos ateliês do Museu da Gravura de Curitiba e da Gibiteca – localizados no Solar do Barão também.

Professores ganharãoingresso

para shows

Curtas

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Os estudantes de Curitiba podem garantir desconto de 50% no valor da passagem de ônibus, cuja tarifa hoje é de R$ 2,85. Até o próximo dia 28 o cadastramento pode ser feito na Urbs ou nas Administrações Regionais Boa Vista, Boqueirão, Pinheirinho, Fazendinha, Bairro Novo, Santa Felicidade e Cajuru. O cadastro pode ser feito durante todo o ano na central da Urbs, localizada na rodoferroviária da capital. Cerca de nove mil estudantes já haviam realizado o registro até o último dia 8. A previsão é que, neste ano, sejam cadastrados em torno de 15 mil pessoas. Ao contrário de anos anteriores, em 2013 cerca de 70% dos beneficiados utilizou a internet para preencher o cadastro e agendar data e horário de entrega, agilizando o atendimento. Na Urbs e nas regionais o atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas. Para preencher o cadastro e agendar a data pela internet basta acessar o site da Urbs (www.urbs.curitiba.pr.gov.br).

Passagem de ônibus para estudantes

Curtas

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O Paraná tem cerca de 160 mil crianças em idade escolar, dos 4 anos 17 anos, fora das salas de aula. No Brasil esse número chega a 3 milhões. Os dados são do Movimento Todos pela Educação, que divulgou recentemente dados referentes ao número de crianças e adolescentes que não estão matriculados nos estabelecimentos de ensino. A professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sônia Haraceniz, do departamento de Teoria e Prática de Ensino, lembra

que em 2000, conforme os dados do mesmo movimento, o Paraná havia atingido 81,7% de estudantes ativos na referida faixa etária, e em 2010 chegou a 90,5%, abaixo da meta estabelecida para o estado, de 92,6%. A Meta 1 do movimento Todos pela Educação é que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, 98% das crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam matriculados na escola. Atualmente a meta é de 94,1%, mas o país atingiu somente 92%.

PR tem 160 mil crianças fora da escola

Curtas

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