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Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 Unidade Auditada: UNIVERSIDADE FED.VALES JEQUITINHONHA E MUCURI Exercício: 2015 Município: Diamantina - MG Relatório nº: 201601500 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/MG, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201601500, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII, da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual da UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 11/04/2016 a 13/04/2016, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela UFVJM ao Tribunal de Contas da União (TCU). Por meio do Ofício nº 14240/2016/CGUMG/CGU-PR, de 25/07/2016, foi encaminhada a versão preliminar deste Relatório de Auditoria à UFVJM. Mediante Ofício nº 198/2016/GAB, de 01/08/2016, a UFVJM manifestou concordância com os apontamentos feitos pelos auditores da CGU.

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Unidade Auditada: UNIVERSIDADE FED.VALES JEQUITINHONHA E MUCURI Exercício: 2015 Município: Diamantina - MG Relatório nº: 201601500 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DE MINAS GERAIS

_______________________________________________

Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/MG,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201601500, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII, da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual da UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM. 1. Introdução

Os trabalhos de campo foram realizados no período de 11/04/2016 a 13/04/2016, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela UFVJM ao Tribunal de Contas da União (TCU). Por meio do Ofício nº 14240/2016/CGUMG/CGU-PR, de 25/07/2016, foi encaminhada a versão preliminar deste Relatório de Auditoria à UFVJM. Mediante Ofício nº 198/2016/GAB, de 01/08/2016, a UFVJM manifestou concordância com os apontamentos feitos pelos auditores da CGU.

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2. Resultados dos trabalhos

De acordo com o escopo das Auditorias Anuais de Contas do exercício de 2015 das Universidades Federais vinculadas ao Ministério da Educação (MEC), que foi pactuado entre o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) em reunião ocorrida em 26 de novembro de 2015, foram efetuadas as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

Considerando-se a natureza jurídica e o negócio da Universidade, avaliou-se a conformidade das peças previstas nos incisos I, II e III do art. 13 da Instrução Normativa do TCU nº 63/2010, quais sejam: o Rol de Responsáveis, o Relatório de Gestão, e os relatórios e pareceres de órgãos, entidades ou instâncias que devam se pronunciar sobre as contas ou sobre a gestão dos responsáveis pela unidade prestadora de contas, os quais foram encaminhados, por meio do sistema e-Contas, diretamente ao TCU. A partir dos exames, concluiu-se que a Universidade apresentou as peças de acordo com as normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2015, contemplando conteúdos e formatos obrigatórios previstos nas Decisões Normativas do TCU nº 146/2015 e nº 147/2015, bem como na Portaria TCU nº 321, de 30/11/2015. ##/Fato##

2.2 Avaliação Sobre a Execução do Programa Nacional de Assistência Estudantil - PNAES

Por ocasião dos trabalhos de avaliação dos resultados da gestão, em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505629, foram estabelecidos procedimentos, questões e subquestões de auditoria a serem aplicados na UFVJM, acerca da gestão da unidade relacionada à execução do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). O macroprocesso foi selecionado por estar estreitamente relacionado à missão institucional da Universidade, conforme consta do seu PDI 2012-2016, qual seja, "promover o desenvolvimento científico, econômico e sócio-cultural da sua região, assegurando o ensino de qualidade em diferentes áreas do conhecimento, respeitando a natureza, inspirado nos ideais da democracia, da liberdade e da solidariedade.” Para este trabalho de avaliação, buscou-se identificar em que medida o macroprocesso está contribuindo para a permanência dos estudantes de graduação presencial na Instituição e favorecendo o cumprimento da missão institucional da Universidade. O Pnaes, cuja finalidade é ampliar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal, por meio da democratização das condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal, da minimização dos efeitos das desigualdades sociais e regionais e conclusão da educação superior, da redução das taxas de retenção e evasão e da contribuição para a promoção da inclusão social pela educação, tem como público-alvo os estudantes com vulnerabilidade socioeconômica. O Programa de Assistência Estudantil - PAE é o conjunto de ações implementadas pela Diretoria de Assistência Estudantil – DAE da UFVJM. Esse programa tem por objetivo

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favorecer a permanência dos discentes matriculados em um dos cursos presenciais de graduação oferecidos pela Universidade, com a finalidade de reduzir o índice de evasão motivado por insuficiência de recursos financeiros. Para tanto, é necessário que o discente comprove estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que é avaliada e identificada por profissionais ocupantes do cargo de Assistente Social. O PAE destina-se a promover inclusão social, formação plena, produção de conhecimento, melhoria do desempenho acadêmico e bem-estar biopsicossocial, por meio de auxílio financeiro para o custeio complementar de despesas com transporte, alimentação e aquisição de material didático. O PAE segue as diretrizes estabelecidas em regulamento próprio, bem como o Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010, que dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil - Pnaes e o Decreto nº 7.416, de 30 de dezembro de 2010, que regulamenta a concessão de bolsas para o desenvolvimento de atividades de ensino e extensão universitária. Foram definidas as seguintes questões de auditoria: a) Os mecanismos de controles internos administrativos nas fases de planejamento, execução, controle e avaliação, no âmbito do setor responsável pela gestão do Pnaes, estão adequados? b) A escolha das áreas de atuação e aplicação dos recursos do Pnaes está de acordo com as modalidades previstas no Decreto nº 7.234/2010 e foi fundamentada em estudos e análises relativas à demanda social? c) A divulgação do programa é eficiente, atingindo o público-alvo da política? d) Os critérios de seleção estão adequados, atendendo aos princípios estabelecidos no Decreto nº 7.234/2010, em particular quanto ao critério renda? e) A Universidade realiza avaliação quanto ao resultado do programa? f) Existem critérios de contrapartida, estabelecidos pela Universidade, para a manutenção do benefício (exemplo: desempenho acadêmico mínimo, frequência mínima)? Os resultados do trabalho na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, consubstanciados por meio de testes e pelas informações prestadas pelos gestores, revelaram, no âmbito do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que a escolha das áreas de atuação e a aplicação dos recursos do Programa estão de acordo com as modalidades previstas no Decreto nº 7.234/2010; os instrumentos de divulgação do programa são adequados para atingir o público-alvo da política pública; existem critérios de contrapartida, estabelecidos pela Ifes, para a manutenção do benefício. Por outro lado, os exames apontaram falhas no Programa Nacional de Assistência Estudantil – Pnaes, tais como a falta de utilização de um sistema informatizado para acompanhamento da execução das ações do Pnaes; ausência de estudos e análises sobre a demanda do corpo discente por assistência estudantil; bem como a ausência de mecanismos de acompanhamento e avaliação dos resultados do Pnaes. Na oportunidade, a Controladoria-Geral da União emitiu as seguintes recomendações com o intuito de sanar as falhas identificadas: a) Desenvolver ou adquirir sistema informatizado para execução dos procedimentos de

concessão e pagamento dos benefícios do Pnaes, bem como para o acompanhamento e monitoramento da execução de todas as etapas do programa no âmbito da Universidade.

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b) Realizar anualmente estudos e análises sobre a demanda do corpo discente por assistência estudantil, para fundamentar as escolhas da área de atuação do programa, em consonância com o disposto no caput do art. 4° do Decreto nº 7.234/2010.

c) Definir metas e criar indicadores que permitam a realização de um monitoramento e avaliação do desempenho das diversas atividades realizadas em todas as áreas de atuação do Pnaes, em consonância com o disposto no inciso II, do parágrafo único do art. 5° do Decreto nº 7.234/2010.

d) Definir mecanismos de controle das taxas de evasão e retenção de alunos com vulnerabilidade socioeconômica assistidos por ações do Pnaes, em consonância com o disposto no inciso III, do art. 2° do Decreto nº 7.234/2010.

##/Fato##

2.3 Avaliação da Qualidade e Suficiência dos Controles Internos Administrativos Instituídos Pela Universidade em Relação à Gestão dos Instrumentos Firmados com as Fundações de Apoio

Por ocasião dos trabalhos de avaliação dos resultados da gestão, em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201505628, foram estabelecidos procedimentos, questões e subquestões de auditoria a serem aplicados na UFVJM, acerca do relacionamento entre a Universidade e as suas respectivas fundações de apoio, conforme a Lei nº 8.958/1994 e o Decreto nº 7.423/2010, sob os seguintes aspectos: - existência de projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento institucional, científico e tecnológico ou estímulo à inovação, como condição à celebração de convênios e contratos com as fundações para dar apoio a tais projetos, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução deles; - aprovação dos projetos pelas instâncias competentes da Universidade; - formalização dos processos de celebração de convênios e contratos; - existência de plano de aplicação dos recursos e sua compatibilidade com o objeto do projeto; - contabilização dos recursos dos projetos geridos pelas fundações de apoio; - controles adotados pela Universidade relativos aos projetos executados com a colaboração das fundações de apoio; - prestação de contas dos recursos dos projetos geridos pelas fundações de apoio e a respectiva aprovação posterior pela Universidade; e - publicação das informações relativas aos projetos executados com a colaboração das fundações de apoio na internet. Para tanto, o órgão central da Controladoria-Geral da União definiu as seguintes questões de auditoria: a) Em que medida os normativos sobre o relacionamento entre a Universidade e as fundações, sobre a participação de servidores nas atividades desenvolvidas pelas fundações, no âmbito dos projetos, e sobre as bolsas a serem pagas pelas fundações aos servidores da Universidade, atendem aos dispositivos legais previstos na Lei nº 8.958/1994 e Decreto nº 7.423/2010? b) A fundação de apoio contratada/convenente está registrada e credenciada no Ministério da Educação e no Ministério da Ciência e Tecnologia? Em caso positivo, está dentro da validade de dois anos? c) Em que medida os contratos/convênios são firmados a partir das diretrizes estabelecidas pela Lei nº 8.958/1994, bem como nos seus regulamentos?

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d) Há anuência expressa da Universidade para que a fundação de apoio capte e receba diretamente recursos financeiros sem ingresso na Conta Única do Tesouro, com base nos artigos 1º-A e 1º-B da Lei nº 8.958/1994? e) Em que grau os elementos determinados pela Lei nº 8.958/1994, bem como pelos seus regulamentos, no que tange à transparência, acompanhamento e controle dos contratos/convênios estão sendo seguidos tanto pela UFVJM quanto pelas fundações de apoio? Ressalta-se que, exames pormenorizados das despesas executadas no âmbito de cada projeto, não integraram o escopo dos trabalhos. Verificou-se, por meio do referido trabalho, que o relacionamento entre a UFVJM e a Fundação Diamantinense de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão - Fundaepe apresenta falhas no acompanhamento, controle e avaliação dos projetos executados pela fundação de apoio. Os processos referentes aos convênios celebrados com a fundação de apoio não apresentavam documentos que comprovassem uma maior participação da Universidade na definição dos projetos executados pela fundação de apoio. Foram identificadas fragilidades no acompanhamento dos projetos pela Universidade. A UFVJM não possui um registro centralizado de todos os dados dos projetos executados pela Fundaepe nem um método de acompanhamento da utilização dos recursos de projetos para evitar o desvio das finalidades previstas nas avenças e a subcontratação ilegal dos objetos. A falta de um acompanhamento mais efetivo foi demonstrada pela ausência de verificação da movimentação dos recursos em conta única e individual; não verificação do controle contábil específico dos recursos utilizados em cada projeto, para ressarcir a Universidade pelo uso de seus bens e serviços; bem como a falta de verificação do recebimento do ressarcimento da fundação de apoio pelo uso de bens e serviços próprios da Universidade. Além disso, a UFVJM não demonstrou a elaboração dos relatórios finais de avaliação dos projetos executados pela fundação de apoio. A falta de regulamentação, pelo Conselho Universitário, da sistemática de gestão, controle, fiscalização e análise das prestações de contas dos convênios também contribuiu para a ocorrência das falhas constatadas. Para corroborar o entendimento exposto, foram identificadas as seguintes impropriedades registradas no Relatório nº 201505628, apresentadas no quadro a seguir, sendo que, para cada uma delas, foram emitidas recomendações com o intuito de sanar as falhas identificadas:

Quadro- Impropriedades apontadas e respectivas recomendações emitidas Constatações Recomendações

1.1.1.1 - Inexistência de documentos que comprovem a aprovação prévia dos projetos pelos órgãos colegiados acadêmicos da Universidade.

Recomendação 1: Submeter os projetos que serão executados com a colaboração da fundação de apoio à aprovação dos órgãos colegiados acadêmicos competentes da Universidade, em observância ao disposto no § 2º do art. 6º do Decreto nº 7.423/2010.

1.1.1.2 - Inexistência de registro centralizado, mantido pela

Recomendação 1: Inserir guia "link", na página da UFVJM na Internet (https://www.ufvjm.br), que

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Quadro- Impropriedades apontadas e respectivas recomendações emitidas Constatações Recomendações

UFVJM, referente a todos os dados dos projetos executados pela Fundaepe.

remeta à página de sua fundação de apoio, onde deverão estar publicadas as informações sobre projetos contratados com a Universidade, em que poderão ser consultadas as informações sobre sua relação com a fundação de apoio e os dados específicos relativos aos projetos, em atendimento às exigências do inciso V do § 1º e do § 2º, ambos do art. 12 do Decreto nº 7.423/2010.

1.1.1.3 - Inexistência de controles que monitorem a divulgação das informações requeridas pelo art. 4º-A da Lei nº 8.958/1994 em site próprio da fundação de apoio.

Recomendação 1: Instituir mecanismos de controle para avaliar a adequação do conteúdo das informações disponibilizadas no "site" da Fundaepe, com a finalidade de atender ao disposto no art. 4º-A da Lei nº 8.958/1994.

1.1.1.4 - O Conselho Universitário não regulamentou a sistemática de gestão, controle e fiscalização dos convênios e contratos firmados com a fundação de apoio.

Recomendação 1: Regulamentar e implementar a sistemática de gestão, controle e fiscalização de convênios e contratos com fundações de apoio, prevista na Resolução nº 07/2011.

1.1.1.5 - Inexistência de métodos de acompanhamento da utilização dos recursos de projetos para evitar o desvio das finalidades previstas e a subcontratação dos objetos.

Recomendação 1: Instituir uma sistemática de acompanhamento da utilização dos recursos de projetos, definindo métodos para verificar eventuais desvios de finalidade e a subcontratação vedada dos objetos.

1.1.1.6 - A UFVJM não verifica se os recursos dos projetos estão sendo movimentados em conta específica e individual.

Recomendação 1: Instituir mecanismos de controle para verificar se os recursos dos projetos executados com a colaboração de fundação de apoio estão sendo movimentados em conta específica e individual.

1.1.1.7 - A UFVJM não verifica o controle contábil específico dos recursos utilizados em cada projeto, para ressarcir a Universidade pelo uso de seus bens e serviços.

Recomendação 1: Implementar rotinas ou procedimentos para verificação da completude e adequabilidade dos registros contábeis da Fundaepe com vistas à promoção do ressarcimento pelo uso dos bens e serviços da Universidade.

1.1.1.8 - A UFVJM não recebe ressarcimento da fundação de apoio pelo uso de bens e serviços próprios da Universidade.

Recomendação 1: Apurar eventuais ressarcimentos à Universidade, em função da utilização de seus bens e serviços, de acordo com a previsão contratual pertinente, atendendo ao disposto no art. 6º da Resolução Consu nº 07/2011, bem como no "caput" do art. 6º da Lei nº 8.958/94.

1.1.1.9 - O Conselho Universitário não utiliza controles ou rotinas para análise das prestações de contas dos convênios e contratos com a fundação de apoio.

Recomendação 1: Instituir e aplicar rotinas para análise das prestações de contas de convênios e contratos com a fundação de apoio.

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Quadro- Impropriedades apontadas e respectivas recomendações emitidas Constatações Recomendações

1.1.1.10 - A UFVJM não demonstrou a elaboração dos relatórios finais de avaliação dos projetos executados pela fundação de apoio.

Recomendação 1: Elaborar normativo que regulamente e exija a elaboração de relatório final de avaliação dos projetos executados pela fundação de apoio, em cumprimento ao art. 11, § 3º, do Decreto 7.423/2010, anexando-o aos processos administrativos desses projetos.

Fonte: Relatório de Auditoria da CGU nº 201505628.

##/Fato##

2.4 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

A presente análise buscou responder às seguintes questões de auditoria: - os resultados quantitativos e qualitativos foram atingidos em 2015? - a relação Finalidade da Ação x Objeto do Gasto apresenta coerência? Os dados coletados no Relatório de Gestão da UFVJM, nas informações prestadas pelos gestores e os contidos no Siop indicaram que a execução orçamentária foi comprometida pela restrição de recursos efetivamente disponíveis durante o exercício de 2015. Os resultados físicos e financeiros alcançados pela Entidade no exercício aludido, considerados em relação ao Programa de maior materialidade para a UFVJM e suas respectivas Ações Governamentais, também de maior materialidade, estão sintetizados na tabela a seguir.

Tabela – Execução Orçamentária em 2015 UO 26255 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Programa 2032 - Educação Superior - Graduação, Pós-Graduação, Ensino, Pesquisa e Extensão

Ação 20RK - Funcionamento de Instituições Federais de Ensino Superior

Exercício Meta (unidade) Previsão Execução Execução/

Previsão (%)

2015 Física

(aluno matriculado) 12.626 9.017 71,41

Financeira

(em R$1,00) 25.929.259 13.976.973 53,90

Ação 4002 - Assistência ao Estudante de Ensino Superior

Exercício Meta (unidade) Previsão Execução Execução/

Previsão (%)

2015 Física

(benefício concedido) 1.225 2.002 163,42

Financeira

(em R$1,00) 6.583.891 3.984.730 60,52

Ação 8282 - Reestruturação e Expansão de Instituições Federais de Ensino Superior

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Exercício Meta (unidade) Previsão Execução Execução/

Previsão (%)

2015 Física

(projeto viabilizado) 120 120 100

Financeira

(em R$1,00) 27.924.676 17.189.977 61,55

Fonte: Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop). Na ação 4002 – Assistência ao Estudante de Ensino Superior, a UFVJM informou que a greve dos servidores técnico-administrativos prejudicou o pagamento da maioria dos benefícios, o que dificultou a utilização do recurso. Visando garantir a utilização do recurso referente ao período da greve, foi classificado um maior número de discentes do que o programado, no entanto, não foi alcançada a totalidade do recurso que ficou reprogramado para pagamento de benefícios até março/2016. No que se refere à execução da meta financeira inferior à meta prevista, a UFVJM informou que se deveu aos atrasos ou insuficiências na liberação de recursos orçamentários por parte do Ministério da Educação. ##/Fato##

2.5 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ

A UFVJM não instituiu indicadores próprios para aferir o desempenho da gestão. No Relatório de Gestão, a Unidade apresentou o resultado e a análise dos indicadores instituídos pelo Tribunal de Contas da União – TCU.

De modo geral, os indicadores refletem a expansão ocorrida na UFVJM nos últimos anos, com a abertura de novos campi e oferta de novos cursos, o que acarreta o aumento do número de alunos, funcionários e professores.

##/Fato##

2.6 Avaliação da Gestão de Pessoas

A auditoria realizada sobre a gestão de pessoas da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri teve o objetivo de avaliar: a observância da legislação sobre remuneração, em especial o pagamento do adicional de insalubridade, dentre outros; a tempestividade e qualidade dos registros pertinentes a atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões (Sisac); a qualidade do controle da UFVJM para identificar e tratar as acumulações ilegais de cargos, bem como ações e iniciativas da Universidade para a substituição de terceirizados irregulares, inclusive estágio e qualidade de execução do plano de substituição ajustado com o Ministério do Planejamento. A metodologia da equipe de auditoria foi diferenciada conforme o item. Quanto à remuneração de pessoal estatutário (ativos, inativos e pensionistas), foi realizada uma análise censitária no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - Siape a partir de ocorrências preestabelecidas (cruzamento entre os registros no Siape e a legislação de pessoal das unidades). Essas ocorrências foram verificadas junto ao gestor

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durante o exercício de 2015. Quanto aos registros no sistema corporativo, foram analisados todos os cadastramentos de admissão, aposentadoria ou pensão no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessão do Tribunal de Contas da União - Sisac. Para avaliar a regularidade das contratações de mão-de-obra terceirizada pela Universidade, foram aplicados testes de observância e substantivos, bem como utilizaram-se as seguintes técnicas de auditoria: entrevista, análise de registros e documentos e observação das atividades e condições. Em consulta ao Siape e com base nas informações extraídas do Relatório de Gestão de 2015 da Universidade, as quais foram consideradas consistentes pela equipe de auditoria, verificou-se que o quadro de pessoal da UFVJM estava assim constituído no final do exercício de 2015:

Quadro – Força de trabalho da Universidade - Situação apurada em 31/12/2015

Tipologias dos Cargos Lotação Efetiva

Ingressos em 2015

Egressos em 2015

1 Servidores em cargos efetivos (1.1+1.2) 1.220 166 53

1.1 Membros de poder e agentes políticos 0 0 0

1.2 Servidores de carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 1220 166 53

1.2.1 Servidores de carreira vinculada ao órgão 1218 165 52

1.2.2 Servidores de carreira em ex. descentralizado 01 0 0

1.2.3 Servidores de carreira em ex. provisório 01 01 01 1.2.4 Servidores requisitados de outros órgãos e esferas

0 0 0

2 Servidores com contratos temporários 44 58 29

3 Servidores sem vínculo com a Adm. Pública 22 0 0

TOTAL DE SERVIDORES (1+2+3) 1286 224 82 Fonte: Relatório de Gestão 2015 da Universidade

Pelo quadro acima, verifica-se que houve um acréscimo de cerca de 11% na força de trabalho disponível. Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601500/01, de 04/04/2016, a Universidade informou, por meio do Ofício PROGEP/UFVJM nº 324/2016, de 05/04/2016, o seguinte: “A Lei federal nº 11.173 de 6 de setembro de 2005 transforma as Faculdades Federais Integradas de Diamantina (instituição fundada em 1953) em Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), aumentando de 27 para 105 o quantitativo de cargos de direção e de funções gratificadas alocadas na nova autarquia (Anexo I). Em 2007, o Conselho Universitário da UFVJM através da Resolução no 02/2007 aprova o Plano de Desenvolvimento para os integrantes da Carreira dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE-UFVJM). Os objetivos do Plano incluíram o estabelecimento de três programas: Programa de Dimensionamento das Necessidades Institucionais de Pessoal, Programa de Capacitação e Programa de Avaliação de Desempenho. Em 2013, a instituição implementa o Plano de Apoio à Qualificação - Graduação e Pós-Graduação - mediante concessão de bolsas para servidores efetivos da UFVJM (PLANQUALI). Para a efetivação do PLANQUALI, novos trabalhos foram realizados pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, no que tange o levantamento: (a) do dimensionamento da força de trabalho da UFVJM em termos quantitativos e qualitativos,

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considerando cada um dos seus campi universitários; (b) ao dimensionamento do quantitativo de vagas nos cursos de pós-graduação stricto sensu da UFVJM que atendam às demandas e especificidades de qualificação dos servidores; (c) a caracterização dos programas de pós-graduação, lato e stricto sensu, que contemplem a estratégia institucional para a qualificação dos seus servidores na perspectiva de que sejam implantados na UFVJM; (d) a definição de prioridades de qualificação dos servidores no contexto da estratégia institucional, tanto por setor, como por área de conhecimento; entre outros. Em 2014, o Conselho Universitário da UFVJM através da Resolução no 15/2014 aprova o Programa de Avaliação de Desempenho (PADE) dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação da UFVJM. Entre seus objetivos, encontram-se: V - subsidiar a elaboração dos Programas de Capacitação e Aperfeiçoamento, bem como o dimensionamento das necessidades institucionais de pessoal e de políticas de saúde ocupacional; I - propiciar a reflexão individual e estimular a análise conjunta de chefias e subordinados sobre as questões relacionadas ao desempenho e às competências; entre outros. Existe uma comissão designada Responsável pelo Dimensionamento da Força de Trabalho da UFVJM, através da Portaria no 738, de 19 de abril de 2013. O trabalho desta comissão não foi concluído devido a dificuldades com recursos financeiros para aquisição de software e pagamento de treinamento, proposto pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM. Em 2015, a partir do mês de agosto, com a posse da nova equipe gestora para o período (2015-2019), novos estudos foram realizados no sentido de apurar-se a situação atual do dimensionamento da força de trabalho, quantitativo, composição e lotação. Como referência ao exercício de 2015, nossa força de trabalho é composta por servidores, sendo 547 servidores técnico-administrativos, 659 docentes, 44 professores substitutos temporários. Por ser uma instituição cuja implantação é recente, a UFVJM está em processo de consolidação, ainda temos vagas pactuadas junto ao MEC para compor a força de trabalho, considerando a criação de cursos, unidades e implantação de novos campi, recentes. O perfil dos servidores da carreira técnico-administrativa das IFEs, é estabelecido de acordo com a legislação, os cargos e suas atribuições específicas, visando atender às demandas da Universidade. Os docentes têm suas áreas definidas a partir das necessidades dos cursos/unidades, e o Edital do concurso público é aberto com estas definições. O quantitativo de pessoal não é suficiente. Acreditamos que um redimensionamento da força de trabalho será necessário, a movimentação de servidores lotados em unidades acadêmicas para os setores administrativos poderá amenizar esta situação. Precisamos pactuar novos quantitativos de pessoal, junto ao MEC, a serem liberados num futuro próximo, e também produzir meios de prover os cargos vagos. O impacto decorrente de vagas geradas por desligamentos e aposentadorias é grande e negativo, levando em consideração a dificuldade em prover estes cargos. As vagas remanescentes de redistribuição de servidores entram neste quadro, considerando que na maioria dos processos recebemos em contrapartida cargos vagos. A situação financeira dificulta a realização dos concursos públicos e a distância geográfica da nossa Universidade em relação às grandes capitais não é atrativo para servidores e candidatos aprovados em concursos realizados por outras instituições, que poderiam ser aproveitados por nossa Instituição.”

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Segundo a Entidade, o quantitativo de servidores é insuficiente para suprir a demanda da Universidade, no entanto, existe a previsão de novas contratações, uma vez que há a perspectiva de criação de novos cursos. No que se refere ao item 7.1.7 do Relatório de Gestão da UJ - Indicadores de Recursos Humanos, a Entidade informou que: “Atualmente a Progep não dispõe de indicadores gerenciais, os quais se tornam uma meta a ser alcançada ao longo desta gestão, com objetivo de melhorar a qualidade de vida dos servidores, bem como a execução, com maior celeridade e eficácia dos serviços prestados. Alguns mecanismos serão apresentados que podem ser utilizados como tais indicadores: -· O controle de frequência do servidor, feito através do registro em ponto eletrônico, da folha de ponto para os servidores que são contemplados com o horário especial e do boletim mensal de frequência, que são encaminhados à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas pelas Chefias dos 173 Setores. Com base nessas informações pode-se constatar que a maioria das ausências ao trabalho são decorrentes de licença médico-odontológicas e para acompanhamento de doença em pessoa da família. A Progep conta com a colaboração da Diretoria de Atenção à Saúde e Acessibilidade, da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis - PROACE que tem como escopo a prestação de serviço especializado em Segurança do Trabalho, serviço de Perícia, serviço de Psicologia e núcleo de Acessibilidade e Inclusão – NACI. A UFVJM é uma Unidade do SIASS, com o SIAPE Saúde implantado. Programa de Avaliação de Desempenho, qualificação e capacitação dos servidores docentes e técnico-administrativos.” Para avaliar a existência de eventuais empregados terceirizados na UFVJM em situação irregular, em desacordo com o Decreto nº 2.271/1997, foram analisadas as informações do Relatório de Gestão de 2015. Adicionalmente foram feitos questionamentos ao gestor de recursos humanos e entrevistas com quatorze empregados terceirizados. De acordo com os Quadros 81 e 82, apresentados no item 7.1.8 do Relatório de Gestão (Contratação de pessoal de apoio e estagiários), foram realizados, no exercício de 2015, três contratos de portaria, um contrato de recepcionista, oito contratos para serviços de motorista, cinco contratos de prestação de serviços de limpeza, seis contratos de vigilância, cinco contratos de apoio à fiscalização de obras e quatro contratos de prestação de serviços de apoio em 2015. Quanto aos registros nos sistemas corporativos, foram analisados todos aqueles relacionados à admissão, à aposentadoria ou à pensão no Sistema de Apreciação e Registro de Atos de Admissão e Concessões do Tribunal de Contas da União-Sisac. O quadro seguinte apresenta o quantitativo dos registros no Sisac em 2015, conforme consulta efetuada em 16/02/2016, bem como o percentual de atendimento ao prazo determinado pelo art. 7º da IN TCU nº 55/2007:

Quadro – Registro de atos no Sisac

Ato Quant. de atos em

2015

Quant. de atos

analisados

Quant. de atos analisados cadastrados

dentro do prazo

% de atendimento

Admissão 216 50 50 23,25% Aposentadoria 09 - - 0% Pensão civil 02 - - 0%

Fonte: Sisac Verificou-se, portanto, que os registros de cadastramento pertinentes não estão sendo lançados no Sisac de forma tempestiva, caracterizando o descumprimento do prazo

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determinado pelo art. 7º da IN TCU nº 55/2007, assunto tratado em item específico deste Relatório. As tipologias de falhas analisadas ao longo do exercício de 2015, para verificar a conformidade dos pagamentos de pessoal, estão sintetizadas no quadro seguinte. Todas as inconsistências identificadas foram sanadas pela Universidade.

Quadro – Ocorrências relacionadas à remuneração de pessoal Descrição da ocorrência Detalhamento da ocorrência Quant.

Servidores com devolução do adiantamento de férias no último ano

Servidores relacionados 01 Situações solucionadas integralmente

01

Quintos e décimos recebidos por quem ingressou depois de 25/11/1995

Servidores relacionados 01 Situações solucionadas integralmente

01

Pagamento de gratificação natalina (13º salário) ano anterior

Servidores relacionados 07 Situações solucionadas integralmente

07

Servidores com devolução de adiantamento de férias no último ano

Servidores relacionados 01 Situações solucionadas integralmente

01

Auxílio alimentação pago em duplicidade

Servidores relacionados 02 Situações solucionadas integralmente

02

Faltas devolvidas Servidores relacionados 113 Situações solucionadas integralmente

113

Fonte: Sistema Trilhas de Pessoal Em análise ao Plano de Providências Permanente da UFVJM, verificou-se que o cumprimento de seis recomendações constantes dos Relatórios de Auditoria nº 201318241 e nº 201409848, relativas à apuração de responsabilidades pelo descumprimento do regime de dedicação exclusiva e os respectivos processos administrativos para ressarcimento ao erário, encontra-se em andamento. Durante os trabalhos de auditoria anual de contas do exercício de 2015, em decorrência do exame da folha de pagamento da Entidade, foram verificadas inconsistências no pagamento do adicional de insalubridade. Esse assunto será abordado em item específico deste Relatório. Por meio de consultas em sistemas corporativos, para identificar eventual acumulação remunerada de cargos, funções e empregos públicos, vedada pelo art. 37, incisos XVI e XVII, da Constituição Federal, constataram-se, a partir da amostra da auditoria, elementos que apontam a extrapolação da carga horária de 60 horas semanais, assim como a ocorrência de servidores atuando como sócio-administrador de empresas, conforme tratado em item específico deste Relatório. ##/Fato##

2.7 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU

A CGU optou por incluir a avaliação do cumprimento dos acórdãos para a Universidade, considerando a seguinte questão de auditoria: caso existam

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determinações/recomendações do TCU à UFVJM, que contenham determinação específica à CGU para acompanhamento, as mesmas foram atendidas? A metodologia consistiu no levantamento de todos os acórdãos nos quais haja determinação para a Universidade e seja atribuída à CGU a verificação do atendimento da respectiva deliberação. Verificou-se que, no exercício de 2015, não foram emitidos acórdãos para a UFVJM com determinação para a Controladoria efetuar verificações sobre o atendimento da deliberação. ##/Fato##

2.8 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

A CGU avaliou o cumprimento das suas recomendações considerando as seguintes questões de auditoria: - a UFVJM mantém uma rotina de acompanhamento e atendimento das recomendações emanadas pela CGU? - existem recomendações pendentes de atendimento e que impactam a gestão da unidade? A metodologia consistiu no levantamento de todas as recomendações pendentes de anos anteriores ou emitidas durante a gestão 2015, com posterior verificação do seu atendimento. Ao longo de 2015, foram apresentadas ao gestor vinte e cinco recomendações pendentes de providências referentes a ações relacionadas à atuação da Unidade de Auditoria Interna, à gestão de recursos humanos e à contratação de serviços de engenharia. Em resposta ao Plano de Providências Permanente, a UFVJM encaminhou as providências adotadas para cumprimento das recomendações, restando pendentes ainda oito recomendações. Dentre as recomendações não atendidas, destacam-se as referentes à contratação de serviços de engenharia, para as quais a Universidade justificou o não cumprimento sob o argumento de insuficiência de servidores da área de engenharia. ##/Fato##

2.9 Avaliação do CGU/PAD

A avaliação do CGU-PAD objetivou verificar se a UFVJM está registrando as informações referentes aos procedimentos disciplinares instaurados no Sistema de Gestão de Processo Disciplinar da CGU (CGU-PAD). A metodologia consistiu na avaliação do Relatório de Correição fornecido pelo sistema CGU-PAD, dos controles internos mantidos na UFVJM e das portarias publicadas no ano de 2015. A partir dos exames aplicados, verificou-se a ausência de registros e atualizações de informações no CGU-PAD, tendo em vista que, dos dezessete processos administrativos instaurados no exercício, oito não estavam registrados no sistema e os demais processos não tiveram seus dados atualizados. Verificou-se ainda que houve descumprimento do prazo máximo de 30 dias, a contar da ocorrência do fato ou ato de que tratam, para a inserção de processos administrativos

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disciplinares/sindicâncias no CGU-PAD, em desacordo com o § 3º, do art. 1º da Portaria CGU nº 1.043, de 24/07/2007.

A UFVJM não instituiu uma Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar. Para cada processo instaurado é designada uma comissão, composta por três servidores estáveis. ##/Fato##

2. 10 Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário. 3. Conclusão

Os resultados do trabalho na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, consubstanciados por meio de testes e pelas informações prestadas pelos gestores e constantes do Relatório de Gestão, apontaram falhas na área de controles da gestão, as quais consistiram na existência de processos disciplinares instaurados no âmbito da UFVJM que não foram registrados e/ou atualizados no Sistema de Gestão de Processos Disciplinares - CGU-PAD. No que se refere à gestão de recursos humanos, constataram-se as seguintes falhas: ausência de laudos periciais atualizados para amparar os pagamentos relativos ao adicional de insalubridade, no âmbito da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; descumprimento, pela Universidade, do prazo previsto no art. 7° da IN/TCU n° 55/2007; servidores da UFVJM em situações que indicam a incompatibilidade de horários na acumulação de cargos públicos, bem como na condição de sócio-administrador de empresas; falta de registro e de atualização de informações relativas a processos disciplinares no sistema CGU-PAD. As providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UFVJM, o qual será monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Belo Horizonte/MG.

Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE Assinatura:

Nome: Cargo: ANALISTA DE FINANCAS E CONTROLE

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Assinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________ Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Minas Gerais

_______________________________________________

Achados da Auditoria - nº 201601500 1 GESTÃO OPERACIONAL

1.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

1.1.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS

1.1.1.1 INFORMAÇÃO

Identificação do Rol de Responsáveis. Fato

A partir do exame do Rol de Responsáveis da UFVJM cadastrado no sistema e-Contas, questionou-se, por meio da Solicitação de Auditoria nº 201601500/07, de 25/04/2016, a não inclusão dos membros do Conselho Universitário – Consu e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe. Por meio do Ofício nº 104/2016/GAB, de 26/04/2016, a UFVJM apresentou a seguinte justificativa:

Pautada pelas discussões realizadas na Comunidade de Prestação de Contas do Tribunal de Contas da União (disponível em: https://contas.tcu.gov.br/avec/login/index.php) e seguindo orientações dos Técnicos do TCU que participam das questões levantadas pela comunidade, esta UPC entende que os membros do Conselho Universitário – Consu e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Consepe não devem compor o Rol de Responsáveis por não desempenharem atos de gestão. (...)

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Em outra mensagem (datada de 23 março 2016, também anexa), em situação análoga a da UFVJM, o TCU diz claramente sobre o rol de responsáveis do IFRR quando afirma que:

Representantes de servidores, alunos e de professores não podem ser considerados como membros de colegiado para fins do rol de responsáveis. Nem mesmo o conselho superior do Instituto (equivalente ao conselho universitário, por exemplo) (grifo nosso) que tenha função deliberativa ou de mera aprovação faria parte do rol.

##/Fato##

2 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

2.1 REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS

2.1.1 CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS

2.1.1.1 CONSTATAÇÃO

Ausência de laudos periciais atualizados para amparar os pagamentos relativos ao adicional de insalubridade, no âmbito da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Fato

O adicional de insalubridade é uma vantagem concedida aos servidores como uma forma de compensação pelo risco à saúde ocasionado pela exposição habitual a agentes nocivos. Possui caráter transitório, sendo devido enquanto durar a exposição ao agente nocivo. No âmbito da Administração Pública Federal, sua concessão é regulamentada, atualmente, pela Lei nº 8.112/90, em seus artigos 68 a 70, e pela Orientação Normativa nº 06/2013, da Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Segep/MPOG). Com o objetivo de verificar a conformidade dos pagamentos da rubrica “adicional de insalubridade” aos servidores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM, foi levantada uma amostra com 151 servidores. A amostra abrangeu, aproximadamente, 30% do total dos servidores que receberam adicional de insalubridade no mês de outubro de 2015. Para realização dos exames, a equipe de auditoria efetuou amostra, utilizando como primeiro critério de escolha o valor recebido por cada um dos servidores na rubrica de adicional de insalubridade - valores mais altos tiveram preferência sobre valores mais baixos. Foram escolhidos, também, servidores de cargos de natureza eminentemente administrativa, o que indicava, em princípio, inconformidade no recebimento do citado adicional, haja vista as vedações previstas na ON Segep/MPOG nº 06/2013, artigo 11, inciso II, e art. 12, incisos II e III. Por meio do Ofício nº 28082/2015/CGUMG/CGU-PR, de 04/12/2015, solicitou-se à Universidade a disponibilização dos Laudos Técnicos e da documentação que ampararam o pagamento da rubrica adicional de insalubridade aos servidores listados.

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A partir da análise dos laudos e da documentação apresentada pela UFVJM, foram verificadas as seguintes impropriedades:

a) Não foram apresentadas as portarias de localização relativas a 132 servidores, em desacordo com o art. 13 da ON Segep nº 6/2013, que prevê o pagamento do adicional de insalubridade somente mediante a apresentação da seguinte documentação: portaria de localização, laudo de insalubridade e portaria de concessão do adicional.

b) Ausência de atualização dos laudos referentes a cinco servidores que assumiram ou foram destituídos de cargos em comissão. De acordo com o § 3º do art. 10 da ON Segep nº 6/2013, o laudo de insalubridade deverá ser refeito quando forem alterados os processos de trabalho do servidor.

c) Divergências nas informações referentes ao tempo de exposição a agentes insalubres constantes em quinze laudos. Conforme o inciso I do art. 11 da ON Segep nº 6/2013, o adicional de insalubridade não é devido aos servidores cuja exposição a circunstâncias ou condições insalubres seja eventual ou esporádica, ou seja, em períodos inferiores à metade da carga horária de trabalho do servidor. Quinze servidores afirmaram em seus requerimentos para concessão do adicional de insalubridade que estão expostos a condições insalubres em períodos inferiores à metade da sua carga horária de trabalho, no entanto, nos respectivos laudos, consta exposição habitual.

##/Fato##

Causa

Fragilidades nos controles internos adotados pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas quanto ao acompanhamento das concessões do adicional de insalubridade. Pró-Reitor de Gestão de Pessoas - não adotou medidas de gestão cabíveis com vistas a adequar os laudos técnicos que amparam o pagamento do adicional de insalubridade à ON Segep nº 06/2013. Compete ao Pró-Reitor de Pessoas, nos termos do artigo 8º, incisos I e VII, do Regimento Interno da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, supervisionar, coordenar e avaliar as atividades desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, bem como cumprir e fazer cumprir a legislação vigente. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta ao Ofício nº 6911/2016/CGUMG/CGU-PR, de 22/02/2016, que questionou sobre as falhas no pagamento do adicional de insalubridade aos servidores da UFVJM, o Reitor informou, por meio do Ofício nº 055/2016/GAB, de 10/03/2016, o seguinte: Item “a”: “Analisando os processos pudemos perceber que não eram feitas Portarias de Localização, o entendimento da época levava em consideração a portaria de lotação do servidor como identificação de ambiente insalubre e a concessão se dava a partir da data da expedição do laudo técnico.

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Somente a partir da nomeação de engenheiro de segurança do trabalho para a UFVJM e conforme Comunicação Interna nº 001/2014 – SEST/DASA/PROACE passou a fazer Portaria de Localização para as novas concessões.” Item “b”: “... em uma reunião da qual participei na PROGEP, que tratava de assuntos referentes ao adicional de insalubridade ficou acertado que assim que as portarias de afastamentos, licenças, nomeações em Cargo de Direção e Comissionados e outros, chegassem à divisão de pagamento/cadastro os servidores daquele setor verificariam se eram referentes a servidores que recebiam adicional de insalubridade e assim informariam por escrito no próprio processo do adicional se estava sendo suspenso, ou não, para que o nosso setor pudesse tomar providências. E muitos processos já foram feitos desta forma, pois chegou à conclusão que esta seria a única forma da Divisão de Gerenciamento da Informação e Assistência à Saúde (DGIASS) tomar conhecimento das alterações junto ao sistema SIAPE em tempo hábil para tomar as providências que forem necessárias. A servidora A.T.M.M. – Somente agora mediante provocação é que pudemos constatar que ela foi nomeada para a Função Gratificada de Chefe do Departamento de Odontologia – Portaria nº 2220 de 11/09/15, ou seja, até a presente data não fomos informados pela divisão de pagamento/cadastro, como anteriormente combinado, para que pudéssemos solicitar a lavratura da portaria de suspensão e outras providências a respeito. O mesmo aconteceu com os servidores L.C.M., chefe da Seção de Análises Patológicas; M.L.R.J., Coordenadora do Programa Mestrado em Odontologia e R.R.S., Chefe do Departamento de Química. Quanto ao servidor G.E.B.A.M., a partir de 14/11/14, foi lavrada Portaria de Suspensão quando o servidor passou a exercer a Função de Confiança, o servidor então foi informado e preencheu novo formulário que foi avaliado pelo engenheiro de segurança do trabalho e emitido novo laudo concedendo o adicional ao servidor (Port. Nº 1313, de 27/07/15). Em 27/07/15, foi lavrada Portaria dispensando o servidor a Função Comissionada de Coordenador de Curso – FCC (Portaria nº 1791 de 27/07/15), mas somente agora é que tomamos conhecimento desta dispensa, ainda não fomos informados pelo setor de pagamento/cadastro para tomarmos providências. Com as constatações tomaremos providências cabíveis ao cancelamento do adicional conforme art. Nº 11, inciso IV, da ON nº 06 de 18 de março de 2013 e encaminharemos à Divisão de pagamento para possíveis acertos financeiros.” Item “c”: “Somente o engenheiro de segurança do trabalho poderia informar se as emissões dos laudos estão de acordo com a carga horária ou não estabelecida pela lei vigente. Por isto, optamos por tirar cópias completas dos Processos de Adicional de Insalubridade dos servidores mencionados para nova análise, e ainda submetemos o questionamento ao engenheiro de segurança do trabalho lotado na PROACE, afim de que o mesmo possa elucidar as dúvidas ora levantadas.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

O Reitor reconheceu a necessidade de atualização dos processos de concessão de adicional de insalubridade. Informou que serão tomadas providências com vistas ao cancelamento dos adicionais pagos em desacordo com a legislação e à restituição dos valores pagos indevidamente. Reconheceu que a declaração do servidor é um documento que deverá ser levado em consideração para a expedição do laudo pelo engenheiro responsável. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Apresentar, no prazo de 60 dias, plano de ação, com o devido cronograma, com vistas a refazer todos os laudos técnicos que amparam o pagamento do adicional de insalubridade dos servidores da UFVJM, adequando-os às exigências da ON

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Segep nº 06/2013, e suspender as concessões que não estiverem de acordo com a referida orientação normativa, priorizando para revisão os laudos técnicos de todos os servidores ocupantes de cargos em comissão, com atribuição de comando administrativo, bem como os laudos técnicos dos servidores que exercem atividades predominantemente administrativas, cujos CPFs são relacionados a seguir: ***.479.536-**, ***.052.486-**, ***.704.166-**, ***.528.786-** e ***.846.746-**. Recomendação 2: Apresentar, no prazo de 120 dias, as portarias de localização referentes aos servidores cujos CPFs são listados a seguir: ***.844.016-**, ***.750.786-**, ***.557.236-**, ***.575.286-**, ***.423.778-**, ***.818.836-**, ***.205.626-**, ***.568.698-**, ***.479.536-**, ***.958.346-**, ***.937.696-**, ***.830.369-**, ***.785.586-**, ***.043.616-**, ***.540.518-**, ***.296.926-**, ***.403.956-**, ***.660.606-**, ***.513.066-**, ***.863.528-**, ***.855.956-**, ***.801.108-**, ***.340.446-**, ***.791.766-**, ***.210.246-**, ***.158.016-**, ***.832.666-**, ***.401.716-**, ***.205.146-**, ***.622.396-**, ***.651.458-**, ***.586.126-**, ***.910.860-**, ***.125.608-**, ***.911.906-**, ***.198.436-**, ***.713.396-**, ***.503.266-**, ***.705.206-**, ***.821.926-**, ***.811.266-**, ***.429.376-**, ***.773.756-**, ***.263.276-**, ***.537.946-**, ***.256.756-**, ***.921.096-**, ***.884.956-**, ***.548.746-**, ***.199.106-**, ***.178.596-**, ***.404.296-**, ***.802.587-**, ***.605.186-**, ***.411.776-**, ***.292.136-**, ***.891.556-**, ***.894.626-**, ***.649.676-**, ***.434.596-**, ***.245.915-**, ***.135.146-**, ***.260.006-**, ***.669.446-**, ***.861.756-**, ***.529.866-**, ***.094.356-**, ***.704.166-**, ***.416.806-**, ***.354.056-**, ***.975.002-**, ***.317.726-**, ***.757.286-**, ***.195.826-**, ***.578.426-**, ***.352.548-**, ***.381.606-**, ***.901.916-**, ***.095.326-**, ***.382.336-**, ***.616.606-**, ***.259.566-**, ***.811.486-**, ***.021.206-**, ***.106.317-**, ***.528.786-**, ***.661.836-**, ***.506.216-**, ***.656.016-**, ***.545.716-**, ***.599.007-**, ***.696.856-**, ***.031.626-**, ***.620.396-**, ***.241.488-**, ***.032.306-**, ***.257.296-**, ***.614.886-**, ***.321.556-**, ***.146.866-**, ***.238.856-**, ***.363.375-**, ***.601.307-**, ***.118.626-**, ***.032.916-**, ***.821.068-**, ***.631.786-**, ***.877.846-**, ***.458.316-**, ***.208.226-**, ***.148.506-**, ***.999.997-**, ***.602.108-**, ***.846.746-**, ***.324.816-**, ***.050.156-**, ***.540.926-**, ***.511.898-**, ***.896.576-**, ***.842.166-**, ***.118.766-**, ***.460.046-**, ***.051.243-**, ***.593.056-**, ***.264.947-**, ***.454.046-**, ***.755.316-**, ***.081.156-**, ***.898.286-**, ***.491.476-**, ***.666.486-** e ***.044.716-**. Recomendação 3: Adequar as informações relativas ao tempo de exposição a agentes insalubres constantes nos laudos relativos aos servidores cujos CPFs são listados a seguir: ***.958.346-**, ***.340.446-**, ***.921.096-**, ***.199.106-**, ***.616.606-**, ***.811.486-**, ***.021.206-**, ***.620.396-**, ***.614.886-**, ***.363.375-**, ***.821.068-**, ***.877.846-**, ***.208.226-**, ***.148.506-** e ***.896.576-**. 2.2 MOVIMENTAÇÃO

2.2.1 PROVIMENTOS

2.2.1.1 CONSTATAÇÃO

Descumprimento, pela Universidade, do prazo previsto no art. 7º da IN/TCU nº 55/2007. Fato

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No exercício de 2015, houve 216 atos de admissão, nove concessões de aposentadoria e duas concessões de pensão na UFVJM. Em consulta aos registros do Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessão do Tribunal de Contas da União – Sisac, verificou-se que foram cadastrados intempestivamente 144 atos de admissão e oito atos de aposentadoria. Além disso, a Universidade deixou de cadastrar 22 atos de admissão, um ato de aposentadoria e dois atos de pensão. Dessa forma, houve descumprimento do prazo estabelecido pelo art. 7º da IN TCU nº 55/2007, que determina que as informações pertinentes aos atos de admissão e concessões de aposentadoria e pensão deverão ser cadastradas no Sisac e disponibilizadas para o respectivo órgão de controle interno no prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data de sua publicação ou de assinatura do ato, ou da data do efetivo exercício do interessado, nos casos de admissão de pessoal. ##/Fato##

Causa

Fragilidades no dimensionamento e na atribuição de tarefas aos servidores da área de recursos humanos para o registro de atos de pessoal no Sisac. Pró-Reitor de Gestão de Pessoas – não adotou as medidas administrativas necessárias para garantir o cadastro e o envio tempestivo ao órgão de controle interno dos atos listados. Compete ao Pró-Reitor de Pessoas, nos termos do artigo 8º, incisos I e VII, do Regimento Interno da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, supervisionar, coordenar e avaliar as atividades desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, bem como cumprir e fazer cumprir a legislação vigente. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 359/2016/PROGEP/UFVJM, de 12/04/2016, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601500/04, de 08/04/2016, que requereu justificativas pelo descumprimento do prazo previsto no art. 7º da Instrução Normativa TCU nº 55/2007 para encaminhamento ao controle interno dos atos de admissão, aposentadoria e pensão, a Pró-Reitora de Gestão de Pessoas prestou os esclarecimentos descritos a seguir. “Atendendo à solicitação da Auditoria Interna nº 21601500/04 de 08/04/2016, recebido nesta Pró-Reitoria em data de 11/04/2016, encaminhamos os seguintes esclarecimentos: Item 01 – Admissão • Os processos elencados na solicitação, cujo registro no SISAC é de descumprimento do prazo, justificam-se pelo momento atual da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas. No final do ano de 2015 houve, com a nova gestão, um momento de transição, o qual modificou a estrutura destes setores, com a troca e a perda de três servidores. Tais mudanças influenciaram em todo o processo de trabalho, inclusive nos cadastros do SISAC, pois com a troca, surgiu a necessidade de se treinar nova servidora que adentrou ao setor responsável, demandando tempo e consequentemente, gerando atrasos nos cadastros. Com a perda das servidoras, os setores também sofreram prejuízos, pois a demanda cresceu a cada dia, mas a força de trabalho foi reduzida, isso também causou atrasos nos cadastros do SISAC. Atualmente, os setores encontram-se organizados, apesar da carência de servidores, e todo processo está sofrendo alteração a fim de que possamos cumprir o mais breve possível todas as demandas no prazo previsto.

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• Os processos elencados abaixo não foram cadastrados, pois os mesmos encontram-se em outros setores, devido ao trâmite que é necessário para a conclusão dos trabalhos desta Pró-Reitoria. Assim que chegarem ao Setor responsável, serão cadastrados e enviados ao CGU. - H. J. D. – 23086.001589/2015-51 - H. C. S. – 23086.002761/2015-93 - M. G. C. S. – 23086.002270/2015-42 - A. C. F. F. S. – 23086.001818/2015-37 - R. S. M. – 23086.002613/2015-79 - T. C.A. – 23086.001033/2015-64 - L. V. A. – 23086.002690/2015-29 - C. L. F. – 23086.000182/2015-14 • Os processos expostos a seguir já foram cadastrados no SISAC. Faltava o encaminhamento dos mesmos no sistema. O problema já foi resolvido: - V. A. R. S. – 23086.001847/2015-07 - J. J. M. – 23086.002462/2015-59 - V. K. – 23086.002275/2015-75 - T. A. L. – 23086.001500/2015-56 - R. T. G. – 23086.000178/2015-48 - B. A. S. – 23086.001160/2015-63 - B. F. C. – 23086.001768/2015-98 - J. M. A. G. – 23086.001990/2015-91 • Os processos discriminados abaixo foram cadastrados nesta data no sistema SISAC, pois havíamos ficado sem a senha de acesso desde o dia 15/02/2016 e a mesma foi recebida na data do dia 30/03/2016: - B. C. H – 23086.003946/2014-34 - R. F. A. – 23086.003951/2014-47 - R. F. M. – 23086.003285/2015-28 - S. S. C. C. – 23086.003082/2015-31 - H. C. – 23086.002761/2015-93 - F. H. M. – 23086.002165/2015-11 - J. H. F. – 23086.002692/2015-18 - L. P. O. – 23086.003081/2015-97 - B. F. C. S. – 23086.001768/2015-98 - J. A. M. S. – 23086.001161/2015-16 - L. R. S. – 23086.001819/2015-81 - M. A. M. – 23086.002106/2015-35 - T. A. L. – 23086.003335/2015-77 - B. F. G. – 23086.001498/2015-15 - A. R. P. S. – 23086.003952/2014-91 - F. F. M. – 23086.002164/2015-69 Item 02 – Aposentadorias A. A. R, foi cadastrado no sistema CGU/PAD, porém ao analisar a documentação verificou-se que não havia sido apresentado o Termo de Curatela/Interdição, diante disso foi solicitado consulta a PGF da UFVJM, que emitiu parecer favorável a não exigência do termo de curatela, entretanto foi determinado que fizesse consulta aos parentes mais próximos, que se manifestaram contrários a exigência do referido termo. Contudo, houve um atraso no envio do processo, haja vista que esta Pró-Reitoria está passando por um período de transição na sua gestão, com perda de servidores, o que ocasionou um atraso significativo no envio dos documentos aos órgãos de controle responsáveis, e para

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dificultar, a antiga cadastradora, a senhora N. B. F. O., não deu acesso à nova Pró-Reitora para renovar o perfil dos usuários. Em meados do mês de fevereiro do corrente ano, perdemos o acesso ao sistema SISAC, que só foi concedido em 30/03/2016. Ressaltamos que a ficha já foi liberada e o processo será encaminhado nesta semana para análise do controle interno da CGU. • M. C. L. R, e D. M. S, houve um atraso no envio do processo, devido ao momento de transição atravessado pela PROGEP, citado acima. Ressaltamos que dentro dessa semana serão cadastrados os processos de aposentadorias das servidoras acima e encaminhados para análise do controle interno da CGU. • M. A. C. B; I. L. R. C; H. M. M. L., M. C. R. P. S., N. B. F. O: os processos referentes aos servidores acima elencados foram restituídos à UFVJM, para atendimento de diligências, sendo os mesmos recebidos nesta Pró-reitoria em data de 1º de abril de 2016 pela Pró-reitora de Gestão de Pessoas. Conforme Ofício nº 8818/2016/CGUMG/CGU-PR, foi determinado um prazo de 30 (trinta) dias para atendimento das diligências. • V. B. R. T.: processo da ex-servidora foi solicitado para que a mesma fizesse uma retificação na Certidão de Tempo de Contribuição expedida pelo INSS, pois a referida certidão dispunha de tempo concomitante. Após o processo ser restituído a esta Pró-Reitoria para as providências cabíveis, a senhora V. dirigiu-se até o INSS, para realizar o procedimento, não sendo necessário a substituição da CTC. Tão logo foi resolvida a situação, o processo foi devolvido à CGU, com as explicações pertinentes, em data de 25/02/2016, recebido nesta casa em data de 26/02/2016, conforme cópia do AR. Quanto ao ato constar “não enviado”, ressalto que já foi disponibilizado para análise no sistema SISAC, tendo a demora atribuída à falta de acesso ao sistema. Item 3 – Pensões • A. V. P. e A. P. A: de fato os processos ainda estão sem cadastro no sistema SISAC. Como esta universidade tem um número muito pequeno de instituição de pensões, ao lavrar a portaria de concessão, o sistema não estava atualizado e foi realizado todo o trâmite nos processos com a fundamentação legal errônea. Quando os referidos processos chegaram para serem cadastrados, foi vislumbrado que a legislação havia sido alterada e as portarias incorretas. Descobrimos também que o sistema SIAPE, ainda não estava preparado para a nova modalidade de pensão, e diante disso, solicitamos consultas ao Alô Segepe, canal oficial de comunicação, para o Ministério do Planejamento e Orçamento – MPOG, o que por sua vez demandou um tempo muito grande. Após várias tentativas conseguimos lograr êxito, retificamos as portarias que foram novamente cadastradas e lançadas no sistema SIAPE para efeito de pagamento. Ressaltamos que os processos ainda estão no setor de Pagamento, tendo em vista que a folha se encerra no próximo dia 15/04/2016. Após a liberação dos processos providenciaremos o cadastro e envio dos referidos processos ao órgão de controle.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Os casos em que houve solicitação de alteração de dados nos atos cadastrados pela Universidade e devolução de processos para diligências são passíveis de justificativa. Porém, nos demais casos, em que pesem os esclarecimentos, constatou-se o descumprimento do prazo previsto no art. 7º da IN/TCU nº 55/2007, para o devido cadastramento dos atos de admissão e concessões de aposentadoria e pensão e consequente disponibilização para o órgão de controle interno. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Orientar formalmente os setores responsáveis da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas a cadastrar no Sisac e disponibilizar para o órgão de controle interno,

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no prazo de 60 dias, as informações pertinentes aos atos de admissão, aposentadoria e pensão, conforme determinado no art. 7º da IN/TCU nº 55/2007. 2.2.2 QUANTITATIVO DE PESSOAL

2.2.2.1 INFORMAÇÃO

Conformidade das terceirizações de mão-de-obra realizadas pela Universidade. Fato

O Decreto nº 2.271, de 07 de julho de 1997, dispõe sobre a contratação de serviços pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. Segundo a legislação vigente, a terceirização de serviços pela administração é viável e lícita quando diz respeito às atividades-meio dos entes públicos, não sendo cabível quando se destina ao exercício de atribuições próprias de servidores de cargos efetivos dos quadros do ente contratante. Durante o exercício de 2015, encontravam-se vigentes, na UFVJM, 32 contratos de terceirização de mão-de-obra, firmados com quinze empresas distintas, conforme informações disponibilizadas no Relatório de Gestão da Universidade. Com o objetivo de verificar a regularidade das contratações de mão-de-obra terceirizada pela UFVJM, no tocante às atividades desenvolvidas pelos contratados, foram realizadas entrevistas com quatorze trabalhadores das áreas de apoio, recepção e apoio à fiscalização de obras. A amostra foi selecionada com base nos dados disponibilizados pela Universidade. Como resultado dos trabalhos, não foram identificadas situações de utilização de mão-de-obra terceirizada na execução de atividades-fim ou de tarefas inerentes ao plano de cargos e salários da UFVJM. Cabe ressaltar que a União, por intermédio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e da Advocacia-Geral da União, firmou Termo de Conciliação Judicial (TCJ) com o Ministério Público do Trabalho, em 05/11/2007, em que se comprometeu a contratar serviços terceirizados apenas nas hipóteses previstas no Decreto nº 2.271/1997, bem como a substituir, até 2010, toda a força de trabalho terceirizada em desconformidade com a legislação vigente, por servidores concursados. Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201601500/02, de 08/04/2016, foi questionada à UFVJM a situação dos servidores terceirizados contratados em desconformidade com o citado TCJ. Em resposta, a Universidade informou, por e-mail, datado de 20/04/2016, o seguinte: “Com relação à sua pergunta se a UFVJM havia assinado o Termo de Conciliação Judicial de 05/011/2001, uma vez que essa assinatura teria ocorrido na gestão anterior, procurei junto à Reitoria e à Pro-Reitoria de Administração e não localizamos cópia de nenhum Termo de Conciliação, e ninguém tem lembrança desse assunto. Obtive junto à Diretoria de Logística, a informação de que apenas a vedação de contratação de cooperativas de mão de obra, prevista no Termo de Conciliação Judicial nos autos do Processo 01082-2002-020-10-00-0, em tramitação perante a MM. Vigésima Vara do Trabalho de Brasília-DF é observada e citada em nossos editais de contratação de terceirizados.

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Anexo encaminho cópia desse termo e do último edital desse tipo de contratação no qual consta essa vedação no item 3.5.8 cooperativas, em razão da vedação contida no Termo de Conciliação Judicial firmado entre o Ministério Público do Trabalho e a União, nos autos do Processo nº 01082.2002.020.10.00.0, da 20ª Vara do Trabalho de Brasília/D. No Termo de Conciliação Judicial de 5/11/2007 não há previsão de sua citação nos editais, o que ocorre explicitamente no termo acima mencionado. Apesar de não termos certeza de que o ex-reitor tenha assinado tal Termo de Conciliação, em nossos editais, como podem confirmar pela cópia anexa, há expressa citação de que o procedimento licitatório fundamenta-se, dentre outros, no Decreto 2271/97, principal compromisso assumido no referido Termo: Fundamenta-se a presente licitação na Lei. 10.520/2002; Lei 8.078/1990; Decreto n.º 5.450/2005; Decreto nº 3.555/2000; Decreto n.º 3.722/2001 e suas alterações posteriores; Decreto 2.271/1997; Lei Complementar n.º 123/2006, Lei Complementar nº 147/2014; Lei Decreto 6.204/2007 e suas alterações posteriores; Instrução Normativa do MARE n.º 05/1995 e suas alterações posteriores; Instrução Normativa da STL/MPOG nº 02/2010 e suas alterações posteriores, Instrução Normativa da STL/MPOG nº 02/2008 e suas alterações posteriores (inclusive IN 06/2013), subsidiariamente, pela Lei 8.666/93 e suas alterações posteriores, Lei 13.146/2015 e demais normas aplicáveis à matéria".

Em complementação, a UFVJM encaminhou o Ofício nº 122/2016/PROAD/UFVJM, de 26/04/2016, com as seguintes informações: “Em relação à correspondência supracitada, comunicamos que na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, as contratações de serviços terceirizados seguem as regras previstas no Decreto nº 2.271/97, bem como as demais normativas legais sobre o tema.” ##/Fato##

2.2.3 Gestão de Pessoas

2.2.3.1 CONSTATAÇÃO

Servidores da UFVJM em situações que indicam a incompatibilidade de horários na acumulação de cargos públicos, bem como na condição de sócio-administrador de empresas. Fato

Com o objetivo de identificar eventuais situações de acumulações indevidas de cargos e de cumprimento do regime de trabalho, foram efetuadas consultas aos sistemas coorporativos da Controladoria-Geral da União relativas a uma amostra de 44 professores da UFVJM. Com base no cruzamento da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do exercício de 2014, e do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape), situação em abril de 2016, e nas consultas aos sistemas coorporativos da CGU, foram identificadas treze ocorrências de acumulações de cargos sem a comprovação da compatibilidade de horários para o exercício de duas jornadas de trabalho e quatro casos em que o servidor figura como sócio-administrador de empresas, conforme demonstrado nos quadros a seguir.

Quadro- Acúmulo de cargos sem a comprovação de compatibilidade de horários

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CPF Outros vínculos empregatícios, além da UFVJM

Data a partir da qual os vínculos de trabalho superam 60 h semanais

01 ***.486.837-** Município de Diamantina (24 horas) 01/03/2013

02 ***.934.506-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 01/02/2003

03 ***.205.896-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 11/08/2003

04 ***.205.786-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 06/02/2001

05 ***.556.266-** Município de Teófilo Otoni (44 horas) 31/08/2007

06 ***.540.926-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 06/05/2013

07 ***.633.396-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 17/11/2014

08 ***.103.818-** Município de Teófilo Otoni (24 horas) 06/09/2012

09 ***.303.336-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 03/02/2014

10 ***.842.166-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 22/03/1990

11 ***.557.236-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 23/07/2002

12 ***.506.326-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 01/02/1995

13 ***.429.376-** Secretaria Estadual de Educação (24 horas) 02/05/1995

Quadro – Servidores que possuem vínculos de sócio-administrador de empresas

CPF Empresa em que figura como sócio-administrador

Data a partir da qual consta o vínculo de sócio-administrador

01 ***.060.796-** Homeomed Servicos Médicos, Assessoria e Consultoria Médica Sociedade Simples Ltda. – ME

13/12/2012

02 ***.206.356-** RV Consultoria e Serviços Médicos Ltda. 10/04/2012

03 ***.339.016-** C&R Serviços Médicos Ltda. 10/11/2000

04 ***.474.686-** Vilarino Consultoria e Serviços Ltda 16/10/2012

A regra geral de acumulação de cargos públicos está prevista na Constituição da República de 1988 nos seguintes termos:

Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...] XVI — é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

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a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; XVII — a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;

A Advocacia-Geral da União (AGU), por meio do Parecer GQ-145/1998, o qual é vinculante para a Administração Federal, nos termos do § 1º do art. 40 da Lei Complementar nº 73/1993, tem posicionamento no sentido de que é ilícita a acumulação de cargos públicos na qual resulte carga horária superior a sessenta horas semanais. Posteriormente, a própria AGU, ao analisar a necessidade de revisão do Parecer GQ-145/98, emitiu a Nota nº 114/2010/DECOR/CGU/AGU, tendo esta sido aprovada pelo Excelentíssimo Advogado-Geral da União, por meio de despacho datado de 5 de novembro de 2010. Por meio desta nota, foi mantido o posicionamento exarado no Parecer nº GQ – 145/98, reforçando o limite de 60 horas semanais, enquanto limite único a todos os profissionais sujeitos à acumulação de cargos, inclusive àqueles da área da saúde, conforme se depreende dos trechos a seguir:

24. A partir dessa constatação, duas questões se colocam: é possível instituir limite único de jornada para todos os servidores, ou seria necessário atentar-se às especificidades dos casos concretos? ii) e. caso se admita a instituição de limite único, o limite máximo de 60 horas semanais considerado aceitável por esta instituição é adequado ou necessita ser revisto? 25. No que tange ao primeiro questionamento, consideramos inexistir qualquer óbice à instituição de limite único para todas as categorias. De fato, a limitação de jornada diz respeito à capacidade humana de produzir, que é finita, e à necessidade de repouso para que o indivíduo se recupere e se insira adequadamente na sociedade em que vive, estabelecendo laços de fraternidade e fortalecendo seus laços familiares. 26. Percebe-se, assim, que a referida limitação se relaciona intimamente com a dignidade da pessoa humana, fundamento do sistema jurídico pátrio (art. 1º, III, CRFB). Por decorrer de circunstância afeta à condição humana, o fato de algumas categorias desenvolverem atividades em regime de horário distinto das demais não afasta as conclusões aqui apresentadas. Se os profissionais da área da saúde podem laborar em regime de plantão de 12 ou 24 horas, é de se imaginar que, para a sua recuperação, demandem mais tempo do que aqueles que trabalham em jornadas diárias de até 8 horas. 34. Resta perquirir se o limite estabelecido por esta Advocacia-Geral da União no PARECER GQ-145, de 60 horas semanais, é adequado. 35. A referida limitação da jornada decorre de cálculo que parte da premissa de que ao servidor deve ser concedido intervalo interjornadas de, ao menos, 11 horas. Inspira-se em dispositivo da CLT que prevê este intervalo mínimo para os trabalhadores. Assim, admite-se que o servidor desempenhe suas funções durante os cinco dias úteis, em dois turnos

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diários de 6 horas cada, sendo-lhe concedida uma hora para almoço, deslocamento e repouso antes do segundo turno. [...] 47. Dessa forma, diante da ausência de posição consolidada acerca da matéria no âmbito da jurisprudência pátria e do Pretório Excelso a justificar a modificação do posicionamento adotado no PARECER GQ-145 e da razoabilidade do limite imposto em tal manifestação, pugnamos por sua manutenção.

Ademais, a situação de sócio-administrador ou proprietário de firma individual é vedada ao servidor público, conforme inciso X, do artigo 117, da Lei nº 8.112/1990:

Art.117. Ao servidor é proibido: X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário;

##/Fato##

Causa

Falhas nos controles internos no que tange à verificação da carga horária máxima para o acúmulo de vínculos empregatícios dos servidores da UFVJM e à verificação de ocorrências de servidores que atuam como sócio-administrador de empresas. Pró-Reitor de Gestão de Pessoas- não instituiu controles eficientes com vistas a minimizar a ocorrência de situações de extrapolação de carga horária máxima de trabalho e de descumprimento do regime de trabalho. Compete ao Pró-Reitor de Pessoas, nos termos do artigo 8º, incisos I e VII, do Regimento Interno da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, supervisionar, coordenar e avaliar as atividades desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, bem como cumprir e fazer cumprir a legislação vigente. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Questionado por intermédio da Solicitação de Auditoria nº 201601500/06, de 22/04/2016, sobre a regularidade da situação dos servidores apontados, o Reitor informou, por meio do Ofício 104/2016/GAB, de 26/04/2016, o seguinte: “Com relação à Solicitação de Auditoria nº 201601500/06, informamos que em virtude do curto prazo para sua resposta, tornou-se impossível as análises das 17 ocorrências, constantes das duas planilhas, informamos, no entanto, que já convocamos os referidos servidores a apresentarem documentação e justificativas quanto a possíveis descumprimentos do inciso X do artigo 117 da Lei nº 8.112/1990 e descumprimento do Parecer GQ AGU nº 145/1998, relativamente à carga horária superior a 60 horas. Ao final das apurações preliminares, para os casos de confirmação de indícios dos possíveis descumprimentos, será recomendada a abertura de procedimento apuratório, nos quais se observem entre outros, os princípios da ampla defesa e do contraditório.” ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

O Reitor informou que procederá à análise das dezessete ocorrências apontadas. Torna-se necessária a implementação de medidas administrativas com vistas a comprovar o efetivo cumprimento da jornada de trabalho dos servidores, a adequação da carga horária ao limite legal permitido e a aderência dos servidores à proibição legal de atuar como sócio-administrador de empresas.

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##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Promover, nos termos do art. 133 da Lei nº 8.112/90, as medidas administrativas cabíveis com vistas à apuração das situações que indicam a acumulação de cargos públicos com incompatibilidade de horários para os servidores cujos CPFs são listados a seguir: ***.486.837-**, ***.934.506-**, ***.205.896-**, ***.205.786-**, ***.556.266-**, ***.540.926-**, ***633.396-**, ***.103.818-**, ***.303.336-**, ***.842.166-**, ***.557.236-**, ***.506.326-** e ***.429.376-**. Recomendação 2: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, as medidas administrativas cabíveis com vistas à apuração das situações que indicam servidores, cujos CPFs são listados a seguir, que atuam como sócio-administrador de empresas, fato que contraria o disposto no inciso X do art. 117 da Lei nº 8.112/90: CPFs ***.060.796-**, ***.206.356-**, ***.339.016-** e ***.474.686-**. Recomendação 3: Implementar controles internos, de forma a verificar, periodicamente, a ocorrência de eventual infração ao cumprimento da jornada de trabalho pelos servidores da Universidade. 3 CONTROLES DA GESTÃO

3.1 CONTROLES INTERNOS

3.1.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

3.1.1.1 INFORMAÇÃO

Avaliação da Conformidade das Peças. Fato

A partir dos exames de verificação de conformidade das peças apresentadas pela UFVJM no sistema e-Contas à DN TCU nº 321/2015, verificou-se a ausência dos seguintes itens no Relatório de Gestão apresentado pela UFVJM:

a) Item 4.1.1 Informações sobre o programa de trabalho e as estratégias de execução; b) Item 4.1.2 Descrição sintética dos objetivos do exercício; c) Item 4.1.3 Estágio de implementação do planejamento estratégico; d) Item 4.1.4 Vinculação dos planos da unidade com as competências institucionais e

outros planos; e) Item 4.1.5 Desdobramentos do plano estratégico; f) Item 4.2 Formas e instrumentos de monitoramento da execução e dos resultados dos

planos; Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201601500/05, de 19/04/2016, requereram-se justificativas para a ausência dos citados itens no Relatório de Gestão. A UFVJM, por meio do Ofício nº 104/2016/GAB, de 26/04/2016, prestou os seguintes esclarecimentos:

Item 4.1.1 Informações sobre o programa de trabalho e as estratégias de execução

Esclarecemos que, conforme instruções contidas nas orientações para elaboração do Relatório de Gestão referente ao exercício de 2015, presentes na plataforma e-

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Contas, e pelo fato de o item 4.1.1 – Informações sobre o programa de trabalho e as estratégias de execução – não ter sido atribuído a esta UPC, não houve obrigatoriedade em prestar informações relativas a este item.

Item 4.1.2 Descrição sintética dos objetivos do exercício

Os temas de que tratam este item 4.1.2, assim como os dois próximos itens 4.1.3 e 4.1.4, foram, até certo grau, abordados pelo Relatório de Gestão 2015 desta UPC, em seu item 3.1 – Planejamento Organizacional – porém de forma contínua, sem estarem distribuídos entre os itens elencados pela Solicitação de Auditoria nº 201601500/05.

No que tange à descrição sintetizada dos objetivos do exercício, o texto integrante do Relatório de Gestão, em seu item 3.1, inicia-se descrevendo que “o desenvolvimento da UFVJM está calcado no seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), cuja vigência é de 2012 a 2016”. Continua o texto, informando-se que “além do PDI, são também norteadores de desenvolvimento da UFVJM as propostas apresentadas no pleito eleitoral de 2015, que foram elaboradas segundo três grandes eixos estratégicos: VIDA E BEM ESTAR NOS CAMPI; GESTÃO ACADÊMICA; e ESTRUTURA FÍSICA, ADMINISTRATIVA E PREDIAL”. Depara-se assim, conforme conclui o texto, com estes dois “balizadores” norteadores dos objetivos institucionais: os objetivos instituídos pelo PDI e os eixos propostos pela nova equipe gestora.

No PDI tem-se, sinteticamente em seu item 5, a apresentação dos objetivos institucionais:

“a) intensificar a atuação da Universidade junto à comunidade, integrando suas funções acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão para o atendimento das demandas sociais;

b) ampliar a atuação da UFVJM no desenvolvimento social e econômico da região abrangida pelos Vales do Jequitinhonha e Mucuri;

c) elaborar política de educação inclusiva da UFVJM;

d) expandir suas unidades de graduação de acordo com as demandas futuras;

e) expandir a cobertura da região no ensino à distância;

f) planejar o incremento de iniciativas de expansão sob amparo do REUNI;

g) promover a articulação da Educação Superior com a Educação Básica;

h) implementar mecanismos de gestão acadêmica e administrativa, de modo a alcançar um novo patamar de qualidade no exercício das funções acadêmicas;

i) fortalecer a pesquisa mediante o incentivo ao desenvolvimento de programas, o intercâmbio com instituições nacionais e internacionais, a crescente qualificação de pesquisadores e grupos de pesquisa, bem como a divulgação do conhecimento produzido;

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j) informatizar e integrar em sistema a área de pesquisa;

k) fortalecer as parcerias com órgãos governamentais, empresas e organizações do terceiro setor, para o desenvolvimento de programas educacionais de interesse mútuo;

l) definir política de relacionamento com agências de fomento à pesquisa;

m) estimular a extensão universitária, mediante o incremento da relação entre Universidade e os diversos segmentos da sociedade;

n) promover a realização de fóruns de discussão com a participação de agentes multiplicadores para a definição de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável da Região;

o) estabelecer políticas internas de desenvolvimento de pessoas, na área docente e administrativa, que possam melhorar a titulação e promover o aperfeiçoamento continuado;

p) implementar políticas de apoio ao corpo discente, incluindo ações nos âmbitos social, acadêmico e cultural;

q) promover a revisão e adequação curricular de seus cursos;

r) sistematizar a avaliação interna do desenvolvimento institucional e do ensino”.

Explica o PDI que “estas são as linhas estratégicas básicas que deverão orientar o subsequente ritmo de implementação, a transcorrer no próximo horizonte estratégico de desenvolvimento da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri”.

O endereço eletrônico para acesso ao PDI 2012-2016 da UFVJM é descrito a seguir:

http://www.ufvjm.edu.br/cppd/formularios/doc_download/2328-.html

Item 4.1.3 Estágio de implementação do planejamento estratégico

O Relatório de Gestão, ainda em seu item 3.1, prossegue destacando que “a implantação dessas propostas já se iniciaram, mas devido à complexidade do trabalho e o pouco tempo decorrido entre a posse da gestão e a apresentação deste relatório, somados ao conturbado segundo semestre de 2015 (com greve na instituição e grandes dificuldades financeiras), poucos são os resultados concretos a serem relatados neste momento”.

Relativamente ao PDI, cuja vigência terminará em 2016 (quando então prevê-se a elaboração de um novo PDI que abarque novo período de vigência), o planejamento estratégico proposto por este documento encontra-se próximo de seu termo. As metas estipuladas pelo Plano, em cada uma das linhas de atuação vinculadas ao ensino, à pesquisa e à extensão, conforme descritas analiticamente pelo documento, nortearam as ações implementadas pela gestão, especificamente no período entre os anos de 2012 a 2015.

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O endereço eletrônico para acesso do Relatório da Equipe Gestora 2011/2015, que apresenta as ações implementadas pela instituição neste período, é descrito a seguir:

http://www.ufvjm.edu.br/universidade/relatorios/gestao/doc_download/4092-html

Item 4.1.4 Vinculação dos planos da unidade com as competências institucionais e outros planos

Conforme apresentado pelo item 3.1 do Relatório de Gestão, “o desenvolvimento da UFVJM está calcado no seu Plano de Desenvolvimento Institucional”. Ainda conforme resposta apresentada para o item 4.1.2 desta Solicitação de Auditoria, o advento da posse de uma nova equipe gestora pressupõe, além do que estipula o PDI, a proposição de ações acessórias que estejam em sintonia, tanto com o PDI quanto com o Estatuto da UFVJM (as ações, distribuídas entre os três eixos estratégicos, encontram-se analiticamente apresentados no Relatório de Gestão ao longo do item 3.1). No Estatuto da UFVJM encontram-se listadas as competências institucionais, descritas no capítulo que elenca os objetivos e as finalidades da UPC.

O endereço eletrônico para acesso ao Estatuto da UFVJM é descrito a seguir:

http://www.ufvjm.edu.br/universidade/institucional.html

Item 4.1.5 Desdobramentos do plano estratégico

Esclarecemos que, também para este item, conforme instruções contidas nas orientações para elaboração do Relatório de Gestão referente ao exercício de 2015, presentes na plataforma e-Contas, e pelo fato de o item 4.1.5 – Desdobramentos do plano estratégico – não ter sido atribuído a esta UPC, não houve obrigatoriedade em prestar informações relativas a este tema.

Item 4.2 Formas e instrumentos de monitoramento da execução e dos resultados dos planos

Na UFVJM, com a posse do novo reitor em agosto de 2015, foi formada uma nova equipe gestora composta por reitor, vice-reitor, pró-reitores, diretores e assessores, a quem foi delegada a missão de planejar e conduzir a Gestão 2015-2019 da instituição.

Nas primeiras reuniões de trabalho conduzidas pelo reitor a partir de agosto de 2015, ocorridas nos campi da Universidade, foi comunicado que a atuação da Equipe Gestora 2015-2019 primará pelos valores de gestão transparente e participativa. Nestes encontros, tem sido esclarecido que a instituição encontra-se em um momento de organização e que a equipe gestora possui como meta realizar uma gestão próxima da comunidade acadêmica, com momentos de diálogo com servidores e discentes, pretendendo assim atingir uma administração pautada pela transparência e pela participação das comunidades acadêmica e das regiões onde encontram-se inseridos os campi da UFVJM.

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Esta etapa de organização pela qual passa atualmente a instituição encontra justificativa no fato de que a sua transformação em universidade federal ocorreu relativamente de forma recente, em 2005, e desde então temos acompanhado os esforços de toda a comunidade acadêmica para construir e consolidar a sua nova estrutura organizacional, com repercussão em crescimento em todas as frentes coordenadas pela UFVJM, ou seja, no ensino, na pesquisa e na extensão.

Como dito, planejamento é um dos instrumentos com os quais a equipe gestora atingirá suas metas e objetivos. O planejamento pertence à etapa inicial do processo administrativo e sua realização permitirá que as demais etapas sejam desenvolvidas em função do estabelecimento dos objetivos organizacionais, considerando-se os recursos necessários para atingi-los de maneira eficaz.

A definição de metas e a obtenção dos resultados pretendidos requerem o auxílio de metodologias de trabalho que irão disciplinar o desenvolvimento de todas as tarefas necessárias para um permanente processo de melhorias contínuas.

Para o estudo e definição de adoção de algumas destas metodologias, utilizadas pelos mais variados tipos de organizações, a reitoria constituiu em janeiro de 2016 a Comissão de Metas, cujas atribuições envolverão o acompanhamento dos processos de planejamento e de implementação das metas que serão estipuladas por cada órgão interno participante, e a definição dos instrumentos de monitoramento de sua execução e dos resultados dos planos, tendo os membros da comissão o compromisso de atuarem como facilitadores nestes processos, juntamente com os setores envolvidos.

Verificaram-se, também, inconsistências nas informações apresentadas nos seguintes quadros constantes no Relatório de Gestão da Universidade:

a) Quadro 75 – Composição da força de trabalho da UFVJM; b) Quadro 76 – Distribuição da Lotação Efetiva; c) Quadro 77 – Detalhamento da estrutura de cargos em comissão e funções

gratificadas da UPC.

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201601500/08, de 27/04/2016, requereram-se justificativas para as inconsistências apresentadas nos citados quadros no Relatório de Gestão. A UFVJM, por meio do Ofício nº 401/2016/PROGEP/UFVJM, de 28/04/2016, prestou os seguintes esclarecimentos:

“Em atendimento à Solicitação de Auditoria número 201601500/08, encaminhamos os quadros do Relatório de Gestão da UFVJM, corrigidas as inconsistências. Os erros se deram por digitação de linhas indevidas e má interpretação das descrições do quadro por apresentar divergências nas nomenclaturas em relação ao nosso formulário de Força de Trabalho.

Esclarecemos que nossa força de trabalho total, com referência ao ano de 2015 é composta por 546 servidores técnico-administrativos, 672 docentes, 44 professores substitutos, totalizando 1262 servidores; mais 01 servidor em exercício descentralizado, 01 servidor em exercício provisório, 22 servidores sem vínculo com a Administração Pública, sendo, 4 servidores extra-quadro e 18 residentes médicos.

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QUADRO 75 – FORÇA DE TRABALHO DA UPC

Tipologias dos Cargos Lotação Ingressos no

Exercício

Egressos no

Exercício Autorizada Efetiva

1. Servidores em Cargos Efetivos (1.1 + 1.2) 251 1220 166 53

1.1. Membros de poder e agentes políticos - - - -

1.2. Servidores de Carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 251 1220 166 53

1.2.1. Servidores de carreira vinculada ao órgão 251 1218 165 52

1.2.2. Servidores de carreira em exercício descentralizado -

01

- -

1.2.3. Servidores de carreira em exercício provisório - 01 01 01

1.2.4. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas - - - -

2. Servidores com Contratos Temporários - 44 58 29

3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública - 22 - -

4. Total de Servidores (1+2+3) 251 1286 224 82

Fonte: Progep

QUADRO 76 – DISTRIBUIÇÃO DA LOTAÇÃO EFETIVA

Tipologias dos Cargos Lotação Efetiva

Área Meio Área Fim

1. Servidores de Carreira (1.1) 160 1060

1.1. Servidores de Carreira (1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4) 160 1060

1.1.2. Servidores de carreira vinculada ao órgão 159 1059

1.1.3. Servidores de carreira em exercício descentralizado 01 -

1.1.4. Servidores de carreira em exercício provisório - 01

1.1.5. Servidores requisitados de outros órgãos e esferas - -

2. Servidores com Contratos Temporários - 44

3. Servidores sem Vínculo com a Administração Pública 4 18

4. Total de Servidores (1+2+3) 164 1122

QUADRO 77 – DETALHAMENTO DA ESTRUTURA DE CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES GRATIFICADAS DA UPC

Tipologias dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas Lotação Ingressos no

Exercício Egressos no

Exercício Autorizada Efetiva

1. Cargos em Comissão 54 54 46 46 1.1. Cargos Natureza Especial - - - - 1.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior 54 50 46 46

1.2.1. Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão 54 45 46 46

1.2.2. Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado - 01 - -

1.2.3. Servidores de Outros Órgãos e Esferas - - - -

1.2.4. Sem Vínculo - 01 - -

1.2.5. Aposentados - 03 - -

2. Funções Gratificadas 148 114 62 59 2.1. Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão 148 114 62 59

2.2. Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado - - - -

2.3. Servidores de Outros órgãos e Esferas - - - -

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3. Função Comissionada de Coordenação de Curso 59 59 39 39 3.1. Servidores de Carreira Vinculada ao Órgão 59 59 39 39

3.2. Servidores de Carreira em Exercício Descentralizado - - - -

3.3. Servidores de Outros órgãos e Esferas - - - -

4. Total de Servidores em Cargo e em Função (1+2+3) 261 227 147 144 Fonte: Progep

##/Fato##

3.1.1.2 CONSTATAÇÃO

Falta de registro e de atualização de informações relativas a processos disciplinares no sistema CGU-PAD. Fato

Em consulta ao Sistema de Gestão de Processos Disciplinares - CGU-PAD, verificou-se a ausência de registros e atualizações de informações, tendo em vista que, dos dezessete processos administrativos instaurados no exercício, oito não estavam registrados no sistema e os demais processos não tiveram seus dados atualizados. Verificou-se ainda que houve descumprimento do prazo máximo de 30 dias, a contar da ocorrência do fato ou ato de que tratam, para a inserção de processos administrativos disciplinares/sindicâncias no CGU-PAD, em desacordo com o § 3º, do art. 1º da Portaria CGU nº 1.043, de 24/07/2007. A UFVJM não instituiu uma Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar – CPPAD. Para cada processo instaurado é designada uma comissão, composta por 3 (três) servidores estáveis. Por meio do Ofício nº 26.029/2015/CSAE/CORAS/CRG/CGU-PR, de 10/11/2015, o Corregedor Setorial da Área de Educação da Controladoria-Geral da União fez as seguintes considerações sobre o cadastramento de informações referentes a procedimentos disciplinares no CGU-PAD:

Em consulta ao sistema CGU-PAD (vide Anexo I), considerando o período de setembro de 2014 a agosto de 2015, verificou-se que permanecem 03 processos na fase de instauração/instrução desde 2010, 2013 e 2014, respectivamente. No período analisado, ocorreu um incremento de 52 para 70 no número total de processos registrados, dos quais apenas 32 encontram-se julgados, sendo que em nenhum consta a anexação de peças processuais. No caso dessa Unidade, chama a atenção a quantidade de procedimentos anulados por decisão administrativa num total de 19 para um universo de 70 registros no CGU-PAD. Assim, solicito informações acerca da relação de processos instaurados, que se encontram cadastrados como em fase de instrução há 01 (um) ano ou mais (vide Anexo I), com o fito de esclarecer se realmente estão paralisados ou se não houve a respectiva atualização no sistema CGU-PAD. Lembro que a maioria destes processos refere-se à apuração de fatos de baixa complexidade e que não demandariam, a princípio, maior tempo para o seu deslinde. Aproveitando o ensejo, solicito ainda, a adoção das seguintes providências: a) Por ocasião da atualização dos registros no CGU-PAD sejam anexadas as

principais peças processuais (Portarias, Indiciação, Relatório Final, Parecer

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Jurídico e Decisão Final), tendo em vista que em 100% dos processos verificados em amostra não houve a referida anexação;

b) Esclarecimento dessa Entidade em relação ao elevado número de procedimentos anulados por decisão administrativa num total de 19 para um universo de 70 registros no CGU/PAD;

c) Efetuar, caso existam, o cadastramento dos procedimentos que estejam em andamento nessa Unidade junto o CGU/PAD.

##/Fato##

Causa

Falhas nos controles internos da entidade relacionadas à inexistência de procedimentos para registro das informações sobre processos disciplinares. Coordenador do sistema CGU-PAD no âmbito da UFVJM - na condição de administrador do sistema CGU-PAD, não promoveu rotina que redundasse em registro dos processos disciplinares instaurados na UFVJM. A designação do coordenador do CGU-PAD se deu por meio da Portaria nº 861, de 06/05/2013. ##/Causa##

Manifestação da Unidade Examinada

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201601500/03, de 08/04/2016, pela qual foram requeridas informações sobre o processo de cadastramento e atualização de processos disciplinares no CGU-PAD, a UFVJM apresentou a seguinte manifestação, por meio de correio eletrônico, de 12/04/2016:

De acordo com as orientações da então Coordenadoria de Assuntos de Sindicância e de Processos Administrativos a comissão era responsável por apresentar o referido processo ao gestor do sistema CGU-PAD, para cadastramento e posterior atualização do sistema. No entanto, apesar do contínuo esforço em buscar as informações para a atualização foram frustradas, tendo em vista que as comissões mesmo sendo informadas da necessidade não apresentavam o processo.

No que se refere às justificativas para a não composição da Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar – CPPAD, a UFVJM apresentou a seguinte manifestação, também por meio de correio eletrônico, de 12/04/2016:

A CPPAD ainda não foi composta no âmbito da UFVJM tendo em vista a escassez de servidores pertencentes ao quadro da instituição.

Por meio do Ofício nº 97/2016/GAB, de 15/04/2016, a UFVJM respondeu aos questionamentos da Corregedoria Setorial da Área de Educação da Controladoria-Geral da União, nos seguintes termos:

2. Insta destacar que esta Reitoria iniciou os trabalhos nesta casa em agosto de 2015 sem um processo de transição efetiva da gestão anterior da UFVJM para a atual. 3. Em função da falta de transição, a atual gestão encontrou muitas dificuldades em conhecer diversos procedimentos, bem como para promover as mudanças na estrutura organizacional de alguns setores em vista do bom

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andamento da instituição. Dentre elas, aquelas relativas às formas pelas quais os processos administrativos eram conduzidos na instituição. 4. Na UFVJM ainda não foi possível instalar Comissão Permanente de Processos Administrativos frente o reduzido número de servidores que atendem a Reitoria, de maneira que contamos com apenas uma servidora na função de auxiliar nos trâmites administrativos dos procedimentos disciplinares. 5. Dentre os serviços administrativos relacionados aos PAD’s, a referida servidora foi designada como responsável pela gestão do sistema CGU/PAD através da Portaria nº 345 de 15 de fevereiro de 2016. A inclusão da servidora no referido sistema foi solicitada ao Núcleo para Assuntos Disciplinares, por e-mail, em 15 de março de 2016. (...) 7. Diante deste histórico, informamos que aguardaremos o devido cadastro da servidora para que então possamos iniciar a atualização dos registros no Sistema CGU-PAD com a anexação das principais peças processuais, conforme solicitado na alínea “a” do item 6 do referido ofício. Do mesmo modo, a solicitação da alínea “c” do item 6 será devidamente atendida tão logo a servidora tenha acesso ao sistema.

No que tange aos demais questionamentos, a UFVJM informou, para cada processo, a fase atual em que se encontra e a justificativa para aqueles que foram anulados administrativamente. ##/ManifestacaoUnidadeExaminada##

Análise do Controle Interno

Os registros das informações relativas a processos disciplinares no sistema CGU-PAD, além do cumprimento de obrigação regulamentar, propiciará ferramenta gerencial sobre as ações de correição executadas pela Universidade. A instituição da Comissão Permanente de Sindicância e Processo Administrativo Disciplinar, dotada de infraestrutura física e tecnológica adequada, possibilitará um controle efetivo sobre o andamento dos processos, bem como sobre a integridade e confiabilidade das informações no sistema CGU-PAD. ##/AnaliseControleInterno##

Recomendações: Recomendação 1: Adotar as medidas administrativas cabíveis para instituir a Comissão de Sindicância e Inquérito Administrativo da UFVJM, dotando-a de estrutura física e quantitativo de recursos humanos adequados. Recomendação 2: Criar rotinas sistematizadas com a finalidade de registrar e atualizar tempestivamente as informações acerca dos processos disciplinares no Sistema CGU-PAD, em observância ao disposto na Portaria CGU nº 1.043, de 24/07/2007. 3.1.1.3 INFORMAÇÃO

Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU. Fato

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Por meio do Ofício nº 081/2016/GAB, de 31/03/2016, a UFVJM encaminhou as informações pertinentes à atualização do Plano de Providências Permanentes. Verificou-se que das vinte e cinco recomendações emitidas pela CGU-Regional/MG, oito permaneceram pendentes de atendimento, conforme descrito no quadro a seguir:

Relatório de Auditoria

Item do Relatório (número e descrição

sumária) Recomendação Manifestação da Unidade

201405725

1.1.1.2 Acompanhamento inadequado da fiscalização quanto a possível utilização de projeto de fundações superdimensionado na obra do Contrato nº 010/2012.

Recomendação 1: Elaborar laudo técnico de engenharia com parecer conclusivo sobre o projeto de fundações utilizado, para viabilizar o levantamento da diferença de preços entre os quantitativos do projeto de fundações e as medições de serviço efetuadas, incluindo perfuração de estacas e lançamento de concreto, bem como de outros serviços da obra que foram medidos no item de concreto de fundações, a fim de identificar o prejuízo total causado aos cofres públicos.

Frente o quadro reduzido de servidores da área de Engenharia na instituição e o fato deles terem atuado como fiscais da obra, a Reitoria da UFVJM solicitou apoio junto a outras instituições federais de ensino, a exemplo da UFMG e IFNMG, sem conseguir resultados satisfatórios na designação de um perito.

201405725

1.2.1.1 Incompatibilidade entre os quantitativos acrescidos por meio do 1º Termo Aditivo ao Contrato nº 010/2012 e os serviços inicialmente contratados.

Recomendação 1: Elaborar levantamento de todos os serviços que foram executados na obra e comparar os quantitativos com os serviços medidos, considerando a planilha inicial da contratada e os serviços que tiveram os quantitativos acrescidos por meio do 1º termo aditivo, promovendo a Administração o ressarcimento dos valores pagos indevidamente.

Frente o quadro reduzido de servidores da área de Engenharia na instituição e o fato deles terem atuado como fiscais da obra, a Reitoria da UFVJM solicitou apoio junto a outras instituições federais de ensino, a exemplo da UFMG e IFNMG, sem conseguir resultados satisfatórios na designação de um perito.

201405725

1.2.3.1 Falta de planejamento e inexistência de projeto básico relativo à Concorrência Pública nº 013/2009, que resultou na celebração de termos aditivos ao Contrato nº 010/2010, referente às obras do Conjunto 1, Moradia Estudantil ( Etapa I).

Recomendação 1: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, apuração de responsabilidades em virtude da autorização de certame licitatório, cujo objeto envolveu obras e serviços de engenharia, sem a existência de projeto básico contemplando todos os elementos exigidos no artigo 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/93.

Sabendo-se que a nova gestão da UFVJM entrou em exercício em Agosto de 2015 e frente às dificuldades iniciais que naturalmente são encontradas em início de gestão, procedeu-se a análise acurada do Relatório para se entender o caso. Desta feita, a Reitoria já expediu seu juízo de admissibilidade e o Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado no dia 11 de março de 2016.

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Relatório de Auditoria

Item do Relatório (número e descrição

sumária) Recomendação Manifestação da Unidade

201405725

1.2.3.4 Abandono das obras de construção dos Conjuntos 3, 4 e 5, Moradia Estudantil, objeto do Contrato nº 034/2011, pela mesma empresa responsável pelo abandono das obras do Contrato nº 037/2011 e pela execução incompleta do Contrato nº 010/2010.

Recomendação 1: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, apuração de responsabilidades em virtude das falhas na fiscalização das obras do Contrato nº 034/2011, caracterizadas pela falta de capacidade técnico-operacional da empresa Barracho e Souza Engenharia e Comércio Ltda., a qual acarretou o inadimplemento da execução contratual.

Sabendo-se que a nova gestão da UFVJM entrou em exercício em Agosto de 2015 e frente às dificuldades iniciais que naturalmente são encontradas em início de gestão, procedeu-se a análise acurada do Relatório para se entender o caso. Desta feita, a Reitoria já expediu seu juízo de admissibilidade e o Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado no dia 11 de março de 2016.

201405725

1.2.3.5 Abandono das obras de Complementação do Conjunto 1, Moradia Estudantil (Etapa II) por empresa que não dispunha de capacitação técnico-profissional para sua execução, com atuação intempestiva da UFVJM na detecção das falhas existentes na obra.

Recomendação 1: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, apuração de responsabilidades em virtude das falhas na fiscalização das obras do Contrato nº 041/2012, caracterizadas pela falta de capacidade técnica e profissional da equipe da empresa contratada, sem prejuízo da aplicação das sanções administrativas cabíveis, nos termos dos artigos 86 e 87 da Lei nº 8.666/93, em desfavor da empresa Construtora SB Alcântara e Empreendimentos Ltda. em decorrência do inadimplemento da execução contratual.

Sabendo-se que a nova gestão da UFVJM entrou em exercício em Agosto de 2015 e frente às dificuldades iniciais que naturalmente são encontradas em início de gestão, procedeu-se a análise acurada do Relatório para se entender o caso. Desta feita, a Reitoria já expediu seu juízo de admissibilidade e o Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado no dia 11 de março de 2016.

201405725

1.1.1.2 Acompanhamento inadequado da fiscalização quanto a possível utilização de projeto de fundações superdimensionado na obra do Contrato nº 010/2012.

Recomendação 2: Adotar as medidas cabíveis para ressarcimento ao erário dos valores decorrentes do prejuízo identificado em virtude do levantamento consignado na Recomendação 1.

A recomendação será devidamente cumprida pela UFVJM após o devido desconto do valor referente à multa do saldo remanescente da empresa que depende da expedição da nota fiscal pelos serviços prestados pela empresa.

Recomendação 3: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, apuração de responsabilidades em virtude de acompanhamento inadequado do superdimensionamento de estacas no projeto de fundações referente ao Contrato nº 010/2012.

Visto que a Recomendação 2 da Constatação 1.1.1.2 está condicionada à Recomendação 1, interpretamos que a Recomendação 3 também deverá ser acatada após a efetiva realização da Recomendação 1 que foi objeto de solicitação aprovada de concessão de novo prazo.

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Relatório de Auditoria

Item do Relatório (número e descrição

sumária) Recomendação Manifestação da Unidade

201405725

1.2.3.3 Abandono das obras de construção do Conjunto 2 e Anexos (restaurante/lavanderia e biblioteca/sala de tv e vídeo/ salão de jogos) - Moradia Estudantil, objeto do Contrato nº 037/2011, pela mesma empresa responsável pela execução incompleta do objeto do Contrato nº 010/2010.

Recomendação 1: Promover, nos termos do "caput" do art. 143 da Lei nº 8.112/90, apuração de responsabilidades em virtude das falhas na fiscalização das obras do Contrato nº 037/2011, caracterizadas pela falta de capacidade técnico-operacional da empresa Barracho e Souza Engenharia e Comércio Ltda., a qual acarretou o inadimplemento da execução contratual.

Sabendo-se que a nova gestão da UFVJM entrou em exercício em Agosto de 2015 e frente às dificuldades iniciais que naturalmente são encontradas em início de gestão, procedeu-se a análise acurada do Relatório para se entender o caso. Desta feita, a Reitoria já expediu seu juízo de admissibilidade e o Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado no dia 11 de março de 2016.

##/Fato##

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201601500 Unidade(s) Auditada(s): UNIVERSIDADE FED.VALES JEQUITINHONHA E MUCURI Ministério Supervisor: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Município (UF): Diamantina (MG) Exercício: 2015 1. Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01/01/2015 e 31/12/2015 pelos responsáveis das áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução Normativa TCU nº 63/2010.

2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

3. As seguintes constatações subsidiaram a certificação dos agentes do Rol de Responsáveis:

– Ausência de laudos periciais atualizados para amparar os pagamentos relativos ao adicional de insalubridade, no âmbito da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. (item 2.1.1.1)

– Servidores da UFVJM em situações que indicam a incompatibilidade de horários na acumulação de cargos públicos, bem como na condição de sócio-administrador de empresas. (item 2.2.3.1)

4. Diante dos exames realizados e da identificação de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e as constatações mencionadas, proponho que o encaminhamento das contas dos integrantes do Rol de Responsáveis seja conforme indicado a seguir:

CPF do agente público

Cargo ou função

Avaliação do órgão de

Controle Interno

Fundamentação da avaliação do Controle Interno

***.362.406-** Pró-Reitora de Gestão de Pessoas

Regular com

Ressalva Itens 2.1.1.1 e 2.2.3.1 do Relatório de Auditoria nº 201601500

Demais integrantes do Rol de Responsáveis

Regularidade Considerando o escopo do Relatório de auditoria, não foram identificadas irregularidades com

Certificado de Auditoria

Anual de Contas

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CPF do agente público

Cargo ou função

Avaliação do órgão de

Controle Interno

Fundamentação da avaliação do Controle Interno

participação determinante destes agentes.

5. Ressalta-se que dentre os responsáveis certificados por Regularidade há agentes cuja gestão não foi analisada por não estar englobada no escopo da auditoria de contas, definido conforme art. 9º, § 6º, da Decisão Normativa TCU nº 147/2015.

Belo Horizonte (MG), 02 de agosto de 2016. O presente certificado encontra-se amparado no relatório de auditoria, e a opção pela certificação foi decidida pela Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Minas Gerais – em exercício.

Chefe da Controladoria Regional da União no Estado de Minas Gerais – em exercício

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Parecer: 201601500 Unidade Auditada: Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Ministério Supervisor: Ministério da Educação Município (UF): Diamantina (MG) Exercício: 2015 Autoridade Supervisora: José Mendonça Bezerra Filho

Tendo em vista os aspectos observados na prestação de contas anual do exercício de 2015 da

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, expresso a seguinte opinião acerca dos atos de

gestão com base nos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria.

Para o escopo do trabalho de auditoria foram selecionados processos e fluxos considerados

estratégicos para a universidade, dentre os quais destaco, especialmente, os controles internos vinculados à

gestão dos instrumentos firmados com Fundações de Apoio e a execução do Programa Nacional de

Assistência Estudantil (PNAES). Em complementação, avaliou-se também o cumprimento dos objetivos

estratégicos e da execução física das ações da Lei Orçamentária Anual para programas temáticos; os

indicadores instituídos para aferição de desempenho da gestão; e tópicos específicos de gestão de pessoas.

No que se refere aos controles instituídos pela universidade para a gestão de instrumentos firmados

com Fundações de Apoio, verificou-se desalinhamentos da gestão aos padrões estabelecidos na Lei n°

8.958/94 e normativos relacionados. Cinco quesitos de conformidade foram avaliados: regulação geral do

processo; credenciamento; contratualização; anuência da gestão financeira; e acompanhamento e fiscalização.

Apurou-se, em essência, que o relacionamento entre a UFVJM e a Fundação Diamantinense de Apoio ao

Ensino, Pesquisa e Extensão - Fundaepe apresenta falhas no acompanhamento, controle, avaliação e

transparência dos projetos executados pela fundação de apoio. Essas fragilidades se materializam na ausência

de normativos sobre a sistemática de gestão, controle, fiscalização e análise das prestações de contas dos

convênios; inexistência de aprovação prévia pelos órgãos colegiados, bem como de registro centralizado;

inexistência de procedimentos de controle referentes às movimentações de recursos em conta específica e

individual; ressarcimento de recursos da universidade utilizados pela Fundaepe; ausência de relatórios de

avaliação dos projetos executados, bem como divulgação das informações requeridas pelo art. 4º-A da Lei nº

8.958/1994 em site próprio da fundação de apoio.

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Quanto ao PNAES, a avaliação abarcou seis quesitos: controles do ciclo gestão; priorização e

conformidade da aplicação dos recursos; divulgação aos potenciais beneficiários; seleção de beneficiários;

contrapartida dos beneficiários; e avaliação dos resultados. Evidenciou-se um contexto positivo para a gestão

do programa, já que a escolha das áreas de atuação e a aplicação dos recursos do Programa estão de acordo

com as modalidades previstas no Decreto nº 7.234/2010; os instrumentos de divulgação do programa são

adequados para atingir o público-alvo da política pública. Por outro lado, os exames apontaram falhas, tais

como a falta de utilização de um sistema informatizado para acompanhamento da execução das ações do

PNAES; ausência de estudos e análises sobre a demanda do corpo discente por assistência estudantil; bem

como a ausência de mecanismos de acompanhamento e avaliação dos resultados do Programa.

No âmbito dos demais itens do escopo, ressalto fragilidades na gestão de recursos humanos

resultando na ausência de laudos periciais atualizados para amparar os pagamentos relativos ao adicional de

insalubridade e a incompatibilidade de horários na acumulação de cargos públicos, bem o desempenho de

função de sócio-administrador de empresas, por parte de servidores da universidade.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92,

combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010

e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria. Desse

modo, o Ministro de Estado supervisor deverá ser informado de que as peças sob a responsabilidade da CGU

estão inseridas no Sistema e-Contas do TCU, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que

trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União por meio do mesmo

sistema.

Brasília/DF, /08/2016.

Diretor de Auditoria da Área Social