pesquisa paternidade & cuidado ministério da saúde brasil 2017
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Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção à Saúde
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
Coordenação Nacional de Saúde do Homem
II Relatório da pesquisa Saúde do Homem, Paternidade e Cuidado
Brasil
Brasília – DF 2017
1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 3
OBJETIVOS ......................................................................................................................... 4
METODOLOGIA .......................................................................................................................... 5
PÚBLICO ALVO ............................................................................................................... 5
AMOSTRAGEM ............................................................................................................... 5
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..................................................................................... 5
COLETA DE DADOS .................................................................................................................... 6
ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................................... 7
Gráfico 1- Distribuição de respondentes por unidade federativa em %. .................................. 7
Gráfico 2- Idade dos respondentes ........................................................................................... 8
Gráfico 3-Escolaridade .............................................................................................................. 8
Gráfico 4- Renda familiar .......................................................................................................... 9
Gráfico 5- Estado civil ................................................................................................................ 9
Gráfico 6- Raça cor .................................................................................................................. 10
Gráfico 7- O Sr. costuma ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar da sua
saúde? ........................................................................................................................................ 10
Gráfico 8- Qual serviço o Sr. costuma usar ? ........................................................................... 11
Gráfico 9- Não vai por qual motivo? ....................................................................................... 11
Gráfico 10- O Sr. já recebeu orientação sobre planejamento familiar? ................................. 12
Gráfico 11- O Sr. foi internado nos últimos 12 meses? ........................................................... 12
Gráfico 12- O Sr. Participou das consultas de pré-natal com sua parceira? ........................... 13
Gráfico 13- Por que o Sr. não participou das consultas de pré-natal com a sua parceira? .... 13
Gráfico 14- Durante as consultas de pré-natal, o(a) profissional falava e dava instruções e
informações a quem? .................................................................................................................. 14
Gráfico 15- Nessas consultas o Sr. realizou exames? ............................................................. 14
Gráfico 16-Exames realizados nas consultas de pré-natal ...................................................... 15
Gráfico 17-Nestas consultas o Sr. atualizou seu cartão de vacina ? ....................................... 15
Gráfico 18- Durante o pré-natal de sua parceira o Sr. participou de alguma palestra, roda de
conversa, curso sobre cuidados com o bebê ? ........................................................................... 16
Gráfico 19- Em que local o Sr. participou dessas atividades? ................................................ 16
Gráfico 20- O Sr. e a sua parceira conversaram sobre a decisão de ter um parto normal ou
cesária? ...................................................................................................................................... 17
Gráfico 21-O Sr. acompanhou o nascimento do seu filho? ..................................................... 17
2
Gráfico 22- Em quais momentos? ........................................................................................... 18
Gráfico 23- Por que o Sr. não acompanhou o nascimento do seu filho? ................................ 18
Gráfico 24-Por que o serviço não permitiu? ........................................................................... 19
Gráfico 25-O Sr. tirou licença paternidade? ............................................................................ 20
Gráfico 26-Porque o Sr. não tirou licença paternidade? ......................................................... 20
Gráfico 27-O Sr. divide as atividades de cuidado diariamente com sua parceira? ................. 21
Gráfico 28- Quais as atividades o senhor realiza diariamente? .............................................. 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................22
ANEXO .................................................................................................................................... 24
A - ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS POR REGIÃO DO PAÍS........................................24
B- ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS POR UNIDADES FEDERATIVAS............................39
C- INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .......................................................................... 55
3
APRESENTAÇÃO
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem-PNAISH dispõe-se a
qualificar a saúde da população masculina na perspectiva de linhas de cuidado que
resguardem a integralidade da atenção. Reconhece que os homens buscam o serviço
de saúde por meio da atenção especializada, o que traz como consequência, o
agravamento de sua condição em virtude do retardo na atenção. Dessa forma, torna-
se necessário fortalecer e qualificar a atenção primária garantindo, assim, a promoção
da saúde e a prevenção do adoecimento. Muitos agravos poderiam ser evitados caso
os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária.
Um dos eixos da PNAISH é Paternidade e Cuidado que tem o objetivo de
engajar os homens nas ações do planejamento reprodutivo e no acompanhamento do
pré-natal, parto e pós parto de suas parceiras e nos cuidados no desenvolvimento da
criança, possibilitando a todos uma melhor qualidade de vida e vínculos afetivos
saudáveis.
Dentro desse eixo é desenvolvido a Estratégia Pré-Natal do Parceiro1, que busca
a valorização de modelos masculinos positivos e inspiram capacidade de ouvir,
negociar e cooperar, pautados no respeito, tolerância, autocontrole e cuidado. Outro
ponto importante é a possibilidade de integrar os homens na lógica dos serviços de
saúde ofertados, sobretudo na Rede Cegonha, possibilitando que eles realizem seus
exames preventivos de rotina, tais como: HIV, Sífilis e Hepatites, Hipertensão e
Diabetes, atualizem o cartão de vacinação, participem das atividades educativas, entre
outros e se preparem para o exercício de uma paternidade ativa.
Dessa forma, a Coordenação Nacional de Saúde do Homem juntamente com o
Departamento de Ouvidoria do SUS está realizando a pesquisa “Saúde do Homem,
Paternidade e Cuidado”. O presente relatório apresenta os dados nacional.
Com o objetivo de comparar os dados da pesquisa por região do país e
unidades federativas (UF), foi realizado um recorte no questionário de algumas
perguntas e respostas, e analisadas cada uma. O resultado da análise será apresentado
nos anexos A e B deste relatório.
1 http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/agosto/11/guia_PreNatal.pdf
4
OBJETIVOS
Obter dados sobre o acesso, acolhimento e cuidados com a saúde masculina
nos serviços públicos de saúde.
Levantar informações sobre o envolvimento do pai no pré-natal, nascimento e
cuidado com a criança.
5
METODOLOGIA
PÚBLICO-ALVO
Pais ou cuidadores que assumiram a figura paterna e que acompanharam o
pré-natal, parto e pós-parto de crianças nascidas no SUS no ano de 2014.
AMOSTRAGEM
A amostra foi composta por contatos de homens fornecidos por 42.972
mulheres entrevistadas na Pesquisa Rede Cegonha. Para esta pesquisa, os dados foram
extraídos a partir da Autorização de Internação Hospitalar (AIH) obtidos pelo Sistema
de Informação Hospitalar (SIH) de partos realizados pelo SUS, referentes às
competências de 2014.
Para obter o contato dos homens, foi realizada uma seleção através das AIHs
dos estabelecimentos com no mínimo 100 partos/ano. Neste relatório será
apresentada a análise dos dados das 7.584 entrevistas finalizadas com sucesso.
Foram excluídos os registros duplicados ou com telefones repetidos. Além
disso, não foi possível o contato com a totalidade das mulheres presentes na amostra.
Daquelas que foi possível o contato, não foram todas que forneceram o nome e
telefone de contato do pai. As tentativas em que não se conseguiu aplicar o
questionário com o entrevistado se referem a situações como “não atente”, “não
encontrado”, “ligação caiu”, “número errado”, “telefone não completa ligação”, entre
outras situações.
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
O questionário foi estruturado com um total de 22 questões fechadas, sendo
construído com objetivo de abordar aspectos do cuidado da saúde pelo entrevistado e
o seu papel na paternidade (ANEXO C).
6
COLETA DE DADOS
Para realização da pesquisa, contou-se com operadores do atendimento ativo
do Disque Saúde 136, ligados ao Departamento de Ouvidoria Geral do SUS – DOGES.
Os teleatendentes possuíam nível superior incompleto e foram devidamente
capacitados na temática e no questionário que foram utilizados na entrevista. A
capacitação foi realizada em parceria com o Núcleo de Pesquisa do DOGES e a área
Coordenação Nacional de Saúde do Homem – CNSH/DAPES/SAS/MS.
Durante a entrevista, os operadores seguiram um roteiro de coleta de dados
conforme o escopo da pesquisa com condutas padronizadas e registravam todas as
respostas dos entrevistados em um sistema informatizado, desenvolvido
exclusivamente para realização de pesquisas pelo DOGES chamado SPO, Sistema de
Pesquisa da Ouvidoria Geral do SUS.
A coleta de dados foi feita no período março a dezembro de 2016. Após a
conclusão das entrevistas, foi gerada, por meio do SPO, uma planilha unificada com
todas as respostas dadas pelos entrevistados para análise quantitativa das perguntas.
7
ANÁLISE DE DADOS
Gráfico 1- Distribuição de respondentes por unidade federativa em %.
Foram feitas entrevistas nas 27 Unidades (UF). A UF com maior número de questionários aplicados foi São Paulo, possivelmente devido
à maior quantidade de partos em números absolutos. Conforme apresentado no gráfico 1.
24,4
15,0
6,9 6,6 6,3 4,8 4,7
3,9 3,5 2,9 2,7 2,2 1,7 1,6 1,5 1,4 1,4 1,3 1,3 1,0 1,0 1,0 0,9 0,9 0,5 0,4 0,3
Participantes em % por UF
8
Com o objetivo de conhecer o público pesquisado, foram realizadas, no início
do questionário, algumas perguntas referentes ao perfil sóciodemográficos dos
pesquisados. Essas informações podem subsidiar os gestores para o planejamento e
execução de ações voltadas para essa população específica.
Gráfico 2- Idade dos respondentes.
A maior porcentagem de pais respondentes encontra-se na faixa etária de 30 a
39 anos, seguido dos de 20 a 29 anos de idade, juntas essas faixas etárias somam
80,2% do total de pais/parceiros.
Gráfico 3-Escolaridade
15 a 19anos
20 a 29anos
30 a 39anos
40 a 49anos
50 a 59anos
60 a 69anos
70 a 79anos
0,7
36,7 43,5
15,2
3,3 0,5 0,1
Faixa etária em %
NIVEL MEDIO COMPLETO (2º GRAU COMPLETO)
NIVEL FUNDAMENTAL INCOMPLETO (1º GRAU…
NIVEL MEDIO INCOMPLETO (2º GRAU INCOMPLETO)
NIVEL FUNDAMENTAL COMPLETO (1º GRAU COMPLETO)
SUPERIOR COMPLETO
SUPERIOR INCOMPLETO
NAO SABE LER/ESCREVER
ALFABET INDIVIDUO LE E ESCREVE P/ MENOS UM…
NIVEL MEDIO COMPLETO – NORMAL MAGISTERIO
ESPECIALIZACAO/RESIDENCIA
NÃO SABE / NÃO INFORMADO
NIVEL MEDIO COMPLETO � NORMAL MAGISTERIO…
DOUTORADO
POS-DOUTORADO
37,2
29,7
13,2
9,9
4,6
4,1
0,5
0,3
0,3
0,1
0,1
0,1
0,0
0,0
Escolaridade em %
9
Sobre o item escolaridade 37,2 % dos pais responderam que possuem o nivel
médio completo.
Gráfico 4- Renda familiar.
Sobre a renda média dos respondentes 63,8 % relataram ter renda entre 1 e 2
salários minimos.
Gráfico 5- Estado civil
Sobre o estado civil 45,2 % relataram que são casados.
ENTRE 1 E 2 SALARIOS MINIMOS
MAIS DE 2 ATE 5 SALARIOS MINIMOS
MENOS DE 1 SALARIO MINIMO
NAO TEM RENDA
MAIS DE 5 ATE 10 SALARIOS MINIMOS
NAO SABE/NAO RESPONDEU
MAIS DE 10 SALARIOS MINIMOS
63,8
17,0
12,0
4,2
1,4
1,3
0,2
Renda Familiar em %
45,2
29,0
22,3
3,1
Estado Civil em %
CASADO SOLTEIRO UNIÃO ESTÁVEL DIVORCIADO/SEPARADO
10
Gráfico 6- Raça cor
Em relação a raça cor 52,8 % dos pais são pardos.
Conhecido o perfil dos entrevistados, segue abaixo a análise referente aos
questionamentos sobre o acesso e acolhimento, cuidados com a saúde dos
pais/parceiros nos serviços de saúde e exercício de uma paternidade ativa.
Gráfico 7- O sr. costuma ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar da sua saúde?
Quando questionado sobre o costume de ir ao estabelecimento de saúde 65%
dos pais disseram que tem o hábito de ir ao estabelecimento de saúde para cuidar da
sua saúde.
PARDA
BRANCA
PRETA
AMARELA
INDIGENA
NÃO SABE / NÃO INFORMADO
52,8
30,7
12,6
2,4
1,2
0,3
Raça cor em %
35%
65%
O SR. COSTUMA IR A POSTO DE SAÚDE, UPA, HOSPITAL PÚBLICO PARA CUIDAR DA SUA SAÚDE?
NÃO SIM
11
Gráfico 8- Qual serviço o sr. costuma usar?
Dos estabelecimentos de saúde procurados pelo os homens o que houve maior
incidencia de respostas foi a Unidade Básica de Saúde com 56,8% e em segundo lugar
os hospitais com 22,1%.
Gráfico 9- Não vai por qual motivo?
Quando questionado por qual motivo não utiliza os serviços de saúde 47,8 %
dos homens responderam que nunca precisaram do serviço,diante disso, podemos
levantar a hipótese das questões de barreiras socioculturais, esteriótipos de gênero,
pensamento mágico, papel de provedor, papel de cuidador, medo de descobrir
doenças) para esse número elevado.
UBS/CENTRO DE SAÚDE/POSTO DE SAÚDE
HOSPITAL
UPA
OUTRO
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
56,8
22,1
20,1
0,8
0,2
QUAL SERVIÇO O SR. COSTUMA USAR?
NUNCA PRECISOU
DEMORA NO ATENDIMENTO
TEM PLANO DE SAÚDE/UTILIZO SERVIÇO PRIVADO
OUTRO
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE…
ATENDIMENTO DOS PROFISSIONAIS NÃO É…
DIFICULDADE DE ACESSO
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
47,8
17,3
15,1
7,0
5,8
4,9
1,8
0,2
NÃO VAI POR QUAL MOTIVO?
12
Gráfico 10- O Sr. já recebeu orientação sobre planejamento familiar?
Em relação ao recebimento de orientações sobre planejamento familiar, 65%
dos homens relataram que as receberam nos serviços de saúde.
Gráfico 11- O Sr. foi internado nos últimos 12 meses ?
Sobre o fato de ser internado 94% dos homens informaram que não foram
internados nos ultimos 12 meses.
35%
65%
O SR. JÁ RECEBEU ORIENTAÇÃO SOBRE CAMISINHA, VASECTOMIA, ANTICONCEPCIONAL, GRAVIDEZ, PARTO NO
SERVIÇO DE SAÚDE (PLANEJAMENTO FAMILIAR)?
NÃO SIM
94%
6%
O SR. FOI INTERNADO NOS ÚLTIMOS 12 MESES?
NÃO SIM
13
Gráfico 12- O Sr. Participou das consultas de pre-natal com sua parceira?
Quando questionados se acompanharam a sua parceira nas consultas de pré-
natal, 75% responderam que sim.
Gráfico 13-Por que o sr. não participou das consultas de pré-natal com a sua parceira?
Dos 25% respondentes que disseram não ter acompanhado a sua parceira nas
consultas de pré-natal, 78,6 % relatou que o motivo foi devido a necessidade de
trabalhar.
25%
75%
O SR. PARTICIPOU DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL COM SUA PARCEIRA?
NÃO SIM
PRECISOU TRABALHAR
NÃO ACHOU NECESSÁRIO/IMPORTANTE - NÃO QUIS
NÃO SABIA QUE PODIA ACOMPANHAR
SEPARADO/DIVORCIADO/NÃO ESTÁ MAIS COM A…
OUTRO
A PARCEIRA NÃO QUIS
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
GRAVIDEZ NÃO FOI PLANEJADA/ GRAVIDEZ NÃO…
NÃO GOSTA DE HOSPITAL/POSTO DE SAÚDE
PRECISOU CUIDAR DOS OUTROS FILHOS
PRIVADO DE LIBERDADE
78,6 4,7
4,7
4,4
4,1
0,9
0,6
0,5
0,5
0,5
0,5
POR QUE O SR. NÃO PARTICIPOU DAS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL COM A SUA PARCEIRA?
14
Gráfico 14- Durante as consultas de pré-natal, o(a) profissional falava e dava instruções e
informações a quem?
O gráfico 14 demonstra que a maioria dos profissionais de saúde que realizam
as consultas de pré-natal ainda estão focando suas orientações principalmente na
gestante (56,8%), o que mostra também uma invisibilidade desse pai, mesmo quando
ele está presente. O percentual de profissionais que dirigiram a atenção para ambos
foi de 41,6%. Para sanar essa desigualdade é fundamental a qualificação desses
profissionais de saúde para um acolhimento e atendimento ideal ao pai/parceiro.
Gráfico 15- Nessas consultas o sr. realizou exames?
Sobre a realização de exames durante o pré-natal 82% dos pais responderam
que não realizaram nenhum exame.
PRINCIPALMENTE PARA A MÃE/GESTANTE
AOS DOIS, IGUALMENTE
NÃO LEMBRO
PRINCIPALMENTE PARA VOCÊ
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
56,8
41,6
0,8
0,5
0,3
DURANTE AS CONSULTAS DE PRÉ-NATAL, O (A) PROFISSIONAL DE SAÚDE FALAVA E DAVA INSTRUÇÕES E
INFORMAÇÕES A QUEM?
82%
1%
17%
NESTAS CONSULTAS O SR. REALIZOU EXAMES?
NÃO NÃO SABE / NÃO RESPONDEU SIM
15
Gráfico 16-Exames realizados nas consultas de pré-natal
Dos 17% dos homens que realizaram exames durante o pré-natal, o exame de
HIV foi o mais solicitado com 69,9%, seguido do exame de tipagem sanguinea com
66,2%, vale destacar que o exame de sifilis foi solicitado apenas em 45,8 % dos casos.
Podemos levantar a hipotese que os profissionais de saúde que solicitam exames
necessitam de qualificação para destacar a importância desse exame para diminuição
dos casos de sifilis em gestantes e sífilis congênita. Vale ainda lembrar que os testes
rápidos para HIV e IST são disponibilizados pelo Ministério da Saúde para os serviços
de todo Brasil.
Gráfico 17-Nestas consultas o sr. atualizou seu cartão de vacina ?
69,9 66,2 58,0 52,6 49,2 48,8 46,0 45,8 42,5 42,2 41,0
3,8
EXAMES REALIZADOS
66% 2%
32%
NESTAS CONSULTAS O SR. ATUALIZOU SEU CARTÃO DE VACINA?
NÃO NÃO SABE / NÃO RESPONDEU SIM
16
Em relação a atualização do cartão de vacinas, 66% dos respondentes
informaram que não atualizaram o seu cartão. Observa-se que talvez os profissionais
de saúde não estão qualificados ainda para atendimento integral do homem.
Lembrando que é um dos passos da Estratégia Pré-Natal do Parceiro.
Gráfico 18- Durante o pré-natal de sua parceira o sr. participou de alguma palestra, roda de
conversa, curso sobre cuidados com o bebê ?
Em relação a participação em palestras, rodas de conversas, cursos sobre
cuidados com o bebê, 81% dos respondentes disseram que não participam dessas
atividades. Esse dado relata que os profissionais de saúde talvez não estejam
estimulando os homens a participarem desses momentos. Por outro lado, os homens
ainda não se interessam por essas atividades.
Gráfico 19- Em que local o Sr. participou dessas atividades?
81%
19%
DURANTE O PRÉ-NATAL DE SUA PARCEIRA O SR. PARTICIPOU DE ALGUMA PALESTRA, RODA DE CONVERSA, CURSO SOBRE CUIDADOS
COM O BEBÊ?
NÃO SIM
SERVIÇOS DE SAÚDE
IGREJA
EMPRESA
OUTROS
ONG
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
85,1
6,1
3,6
3,0
1,6
0,6
EM QUAL LOCAL O SR. PARTICIPOU DESSAS ATIVIDADES?
17
Dos 19% dos pais/parceiros que relatam ter participado de atividades
educativas durante o pré-natal, 85,1% foram em serviços de saúde.
Gráfico 20- O sr. e a sua parceira conversaram sobre a decisão de ter um parto normal ou
cesaria?
O dado do gráfico 20 destaca que 69% dos respondentes participaram da
decisão do melhor tipo de parto para o nascimento do filho, esse dado demonstra que
a gravidez e parto está sendo discutido entre o casal, observa-se uma pequena
mudança cultural visto que há alguns anos atras essa era uma decisao exclusiva da
mulher.
Gráfico 21-O sr. acompanhou o nascimento do seu filho?
31%
69%
O SR. E A SUA PARCEIRA CONVERSARAM SOBRE A DECISÃO DE TER UM PARTO NORMAL OU CESÁRIA?
NÃO SIM
31%
69%
O SR. ACOMPANHOU O NASCIMENTO DO SEU FILHO?
NÃO SIM
18
Sobre o fato de acompanhar o nascimento do filho 69% dos respondentes
informaram que acompanharam o parto, esse dado demonstra que a Lei 11.108/20052
está sendo parcialmente cumprida.
Gráfico 22- Em quais momentos?
Dos 69% respondentes que acompanharam o parto, 91,2% informaram que
acompanharam depois do parto e o menor quantitativo foi de pais que acompanharam
no momento do parto 48,5%. Esse dado demonstra que ainda existem barreiras para
que os homens estejam participando de todo o processo como é garantido pela Lei do
Acompanhante (11.108/2005).
Gráfico 23- Por que o sr. não acompanhou o nascimento do seu filho?
2 Lei 11.108/2005 que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11108.htm
DEPOIS DO PARTO
ANTES DO PARTO
DURANTE O PARTO
91,2
75,2
48,5
EM QUAIS MOMENTOS ?
SERVIÇO DE SAÚDE NÃO PERMITIU ACOMPANHANTE
ESTAVA NO TRABALHO/ESTUDANDO
NÃO ACHOU NECESSÁRIO/ NÃO QUIS
NÃO CHEGOU A TEMPO
NÃO SABIA QUE PODIA
ESTAVA COM OS OUTROS FILHOS
OUTRO MOTIVO
ESTAVA VIAJANDO
SEPARADO/DIVORCIADO/NÃO ESTÁ MAIS COM A…
MÃE DA CRIANÇA NÃO QUIS
NÃO FOI AVISADO DO PARTO
NÃO GOSTA DE HOSPITAL
ESTAVA DOENTE/HOSPITALIZADO
PRIVADO DE LIBERDADE
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
31,8 27,0
10,0 8,7
4,7 3,7 3,6 3,3
1,7 1,7 1,6
0,8 0,6 0,4 0,2
POR QUE O SR. NÃO ACOMPANHOU O NASCIMENTO DO SEU FILHO?
19
O gráfico 23 apresenta o dado que a maior barreira para o pai/parceiro está
presente no parto é devido ao impedimento do próprio serviço de saúde com 31,8 %.
Destaca-se também que 27% dos respondentes relataram que estavam no
trabalho/estudando, seguido de não achou necessário participar desde momento com
10%. O que demonstra a necessidade dos profissionais de saúde incentivarem a
participação do homem no momento de pré parto, parto e pós-parto, destacando os
benefícios dessa presença.
Gráfico 24-Por que o serviço não permitiu?
Dos 31,8% que responderam não ter acompanhado o nascimento do seu filho
pelo o fato do serviço de saúde não permitir acompanhante, 33,6% relataram que o
motivo é a proibição de acompanhante do sexo masculino, seguido da proibição pelo
profissional médico com 20,1%.
33,6
20,1
18,9
9,7
8,5
7,5
1,2
0,5
SERVIÇO NÃO PERMITE HOMEM
O PROFISSIONAL MÉDICO NÃO PERMITIUACOMPANHANTE
OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NÃO PERMITIUACOMPANHANTE
NÃO SABE/NÃO RESPONDEU
OUTRO
ESTABELECIMENTO NÃO TINHA INFRAESTRUTURA(NÃO HAVIA ESPAÇO/ACOMODAÇÕES PARA O
ACOMPANHANTE FICAR, NÃO HAVIA…
O COMPANHEIRO ERA MENOR DE IDADE
NÃO TINHA FEITO O CURSO DE PATERNIDADE
POR QUE O SERVIÇO NÃO PERMITIU?
20
Gráfico 25-O Sr. tirou licença paternidade?
Existe um equilíbrio entre os respondentes que tiraram licença paternidade
(52%) e os que não tiraram (48%). Observa-se no gráfico 26 que o maior quantitativo
para não gozar da licença paternidade é devido ao fato dos pais trabalharem por conta
própria com 52,4%. Mas uma vez a questão trabalhista está envolvida como um
impedimento para ter acesso a um direito garantido pela Constituição Federal e outras
legislações.
Gráfico 26-Porque o Sr. não tirou licença paternidade?
48%
52%
O SR. TIROU LICENÇA PATERNIDADE?
NÃO SIM
52,4
19,0
7,5
7,3
5,9
3,8
2,3
0,7
0,7
0,3
TRABALHAVA POR CONTA PRÓPRIA E NÃO PODIA…
NÃO ESTAVA TRABALHANDO
NÃO SABIA QUE PODIA
NÃO QUIS
O TRABALHO (EMPREGADOR) NÃO PERMITIU
OUTRO
ESTAVA DE FÉRIAS
APOSENTADO
NÃO SABE / NÃO RESPONDEU
PRIVADO DE LIBERDADE
POR QUE O SR. NÃO TIROU LICENÇA PATERNIDADE?
21
Gráfico 27-O Sr. divide as atividades de cuidado diariamente com sua parceira?
Nessa questão, 87% dos pais/parceiros informaram que dividem as atividades
em casa com a parceira. Dentre as atividades, o lazer e o brincar com o filho foi a mais
relatada com 96,6% seguido dos cuidados com a saúde com 93,1% (gráfico 28).
Analisando esse dado é possível levantar a hipótese que os homens estão dividindo o
cuidado de forma integral com as mulheres dentro de casa, porém pode ser que esse
dado esteja equivocado.
Gráfico 28- Quais atividades o senhor realiza diariamente?
13%
87%
O SR. DIVIDE AS ATIVIDADES DE CUIDADO DIARIAMENTE COM SUA PARCEIRA?
NÃO SIM
96,6
93,1
92,8
84,1
82,3
74,7
50,6
1,7
LAZER/BRINCAR
CUIDADOS COM A SAÚDE
ALIMENTAÇÃO
TROCA DE FRALDAS E ROUPAS
BANHO
ATIVIDADES DOMÉSTICAS
ACOMPANHA A CRIANÇA NA…
OUTRAS
QUAIS ATIVIDADES O SENHOR REALIZA DIARIAMENTE?
22
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se com a análise dos dados que:
- Mais de um terço dos homens não tem o hábito de ir ao estabelecimento de saúde
para cuidar da sua saúde;
- Mais da metade dos homens que disseram usar os serviços de saúde, procuram a
atenção básica para se cuidar;
- Quase metade dos homens que disseram não procurar os serviços de saúde
relataram que o principal motivo é não precisarem;
- Aproximadamente um terço dos homens nunca recebeu orientação sobre
planejamento familiar;
- 1 de cada 4 homens pesquisados não acompanhou a sua parceira nas consultas de
pré-natal;
- De cada 5 homens que não acompanharam a sua parceira nas consultas de pré-natal
aproximadamente 4 deles relataram que o principal motivo foi por conta do trabalho;
- Dos homens que relataram acompanhar a sua parceira nas consultas de pré-natal, a
maioria informou que o profissional de saúde durante essas consultas davam
instruções e informações apenas para a mãe/gestante;
- Aproximadamente 4 de cada 5 homens que acompanharam a sua parceira nas
consultas de pré-natal relataram que o profissional de saúde não solicitou exames de
rotina para o parceiro;
- Dos homens que disseram ter realizado exames, o mais solicitado pelos profissionais
de saúde durante as consultas de pré-natal foi o HIV;
- 2 de cada 3 homens que acompanharam suas parceiras nas consultas de pré-natal
não atualizaram o cartão de vacina;
- 4 de cada 5 homens pesquisados não participaram de nenhuma palestra, roda de
conversa ou curso sobre cuidados com o bebê durante o pré-natal de sua parceira;
- Aproximadamente 1 de cada 3 homens não acompanhou o nascimento do seu filho,
desses, 1/3 relatou que o motivo foi o serviço de saúde não permitir acompanhante.
- 1/3 dos homens que relatou que o serviço não permite acompanhante, falou que o
motivo é o serviço não permitir homem acompanhando o parto;
23
- Dos homens que acompanharam o nascimento do filho, apenas metade participaram
no momento do parto.
- Aproximadamente metade dos homens relatou não ter tirado a licença paternidade,
desses, a maioria relatou que o motivo foi por trabalhar por conta própria;
- Aproximadamente 9 de cada 10 homens pesquisados dividem as atividades de
cuidado (cuidado com a criança, atividades domésticas) com a parceira.
Diante desses dados observa-se que é necessário uma qualificação de gestores e
profissionais de saúde para implantar/implementar a estratégia pré-natal do parceiro e
uma sensibilização da população sobre o assunto, o que contribuirá significativamente
para aumentar os vínculos entre pai, mãe e filhos e ao mesmo tempo estimulará o
autocuidado, diminuirá os índices de morbimortalidade e promoverá a saúde da
população masculina.
24
ANEXO A
ANÁLISE DOS DADOS POR REGIÃO DO PAÍS
Com o objetivo de comparar os dados da pesquisa por região do país, foi
realizado um recorte no questionário de algumas perguntas e respostas, e analisadas
cada uma, segue abaixo o resultado.
1- % de homens que costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar
de sua saúde, por região.
Nessa questão, foi perguntado ao entrevistado se ele costumava buscar
determinados serviços públicos de saúde, 65% afirmaram frequentam postos de
saúde, UPAs ou hospitais.
Fazendo uma análise por região do país, observa que os homens procuram mais
esses serviços na região Sudeste (67,1%), seguido da região Sul, Nordeste, Norte e
Centro Oeste com 66%; 65,8%; 63,7% e 56,1% respectivamente.
Sudeste Sul Nordeste Brasil Norte Centro- Oeste
67,1 66,0 65,8
65,0 63,7
56,1
% de homens que costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar de sua saúde, por região.
25
2- % dos principias serviços públicos de saúde mais acessados pelos homens, por
região.
Dos 65% que disserem ter o hábito de ir aos serviços públicos de saúde, 56,8%
afirmam que vão ao atendimento primário como unidades básicas de saúde.
Fazendo uma análise por região do país, observa que os entrevistados
procuram mais a atenção primária na região Sul (64,8%) e a região que os homens
procuram menos esse serviço é a Centro Oeste (49,2%). Vale lembrar que no Brasil,
esse tipo de serviço é a porta de entrada no SUS contribuindo para universalização no
acesso, integralidade e equidade no atendimento.
Pode analisar ainda, que 22,1% dos respondentes no Brasil relataram que
acessam os serviços públicos de saúde pelos hospitais. Fazendo uma análise por região
do país, o maior percentual foi na região Centro Oeste (28,9%), e o menor percentual
na região Sul (15,5%). Esse dado demostra, que um grande número de homens
acredita que seus problemas de saúde só possam ser resolvidos apenas na atenção
secundária.
59,5 55,3
49,2
56,0
64,8
56,8
17,1 22,6
28,9 23,5
15,5
22,1
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principias serviços públicos de saúde mais acessados pelos homens, por região.
UBS/CENTRO DE SAÚDE/POSTO DE SAÚDE HOSPITAL
26
3- % de homens que não costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para
cuidar de sua saúde, por região.
34,5% dos entrevistados afirmaram que não tem o costume de frequentar
serviços públicos de saúde. Este dado nos mostra que aproximadamente um terço dos
homens não costumam frequentar postos de saúde, UPAs ou hospitais públicos para
cuidar da saúde.
Fazendo uma análise por região do país, observa que os homens procuram
menos esses serviços na região Centro Oeste (43,9%), seguido da região Norte,
Nordeste, Sul e Sudeste com 36,3%; 34,2%; 34% e 32,9% respectivamente.
Centro- Oeste Norte Brasil Nordeste Sul Sudeste
43,9
36,3 34,5 34,2 34,0 32,9
% de homens que não costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar de sua saúde, por região.
27
4- % dos principais motivos pelos quais os homens não acessam os serviços de saúde
públicos, por região.
Os homens que relataram não frequentar serviço público de saúde, afirmaram
que o principalmente motivo foi nunca precisarem (47,8%). Analisando por região, o
maior percentual dessa resposta foi na região Sul (53,5%) e o menor percentual na
região Sudeste (45,3%).
Outro motivo que o homem relata que não vai aos serviços públicos de saúde é
a demora no atendimento (17,3%). Analisando por região, o maior percentual foi na
região Sudeste (18,4%) e o menor percentual na região Sul (15,8%).
O terceiro principal motivo que os homens relataram não ir aos serviços
públicos de saúde é porque tem plano de saúde/utiliza serviço privado (15,1%).
Analisando por região, o maior percentual foi na região Sudeste (18,6%) e o menor
percentual na região Nordeste (11,3%).
15,7 11,3
12,8 18,6 12,7 15,1
17,0 16,1 17,6 18,4 15,8 17,3
48,4 49,1 46,6 45,3
53,5 47,8
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principais motivos pelos quais os homens não acessam os serviços de saúde públicos, por região.
TEM PLANO DE SAÚDE/UTILIZO SERVIÇO PRIVADO
DEMORA NO ATENDIMENTO
NUNCA PRECISOU
28
5- % de homens que receberam orientação sobre planejamento familiar nos serviços
de saúde, por região.
Aos entrevistados, foi questionado se receberam orientação sobre
planejamento familiar nos serviços de saúde, no total 65% responderam que sim.
Analisando por região, o maior percentual foi na região Sul (65,9%) e o menor
percentual na região Centro Oeste (62%).
6- % de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira, por
região.
Sul Norte Sudeste Brasil Nordeste Centro-Oeste
65,9 65,4 65,1 65,0
64,7
62,0
% de homens que receberam orientação sobre planejamento familiar nos serviços de saúde, por região.
Nordeste Norte Brasil Centro-Oeste
Sudeste Sul
34,8
28,7 25,0
23,0 21,5 17,8
% de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira, por região.
29
Foi perguntado também aos homens, se acompanharam suas parceiras nas
consultas de pré-natal. 25% dos entrevistados afirmaram que não haviam ido a essas
consultas. Analisando por região, o maior percentual foi na região Nordeste (34,8%) e
o menor percentual na região Sul (17,8%).
Sabe-se que o foco dado na abordagem reprodutiva ainda é muito direcionado
as mulheres, com o entendimento de que elas se reproduzem e têm filhos. Assim, a
contracepção e a fecundação são responsabilidades da mulher e o homem atua como
coadjuvante. É necessário que os profissionais de saúde sejam sensibilizados sobre a
importância de envolver o homem no planejamento reprodutivo, pré-natal, parto, pós-
parto e cuidados com o desenvolvimento da criança.
7- % dos principais motivos pelos os quais os homens não participaram das consultas
de pré-natal com a parceira, por região.
Para os homens que afirmaram não ter acompanhado suas parceiras durante o
pré-natal, foi questionada a razão que os levaram a não ter ido às consultas. O
principal motivo, com 78,6% das respostas, foi “Precisei trabalhar”. Analisando por
região, o maior percentual foi na região Sudeste (81%) e o menor percentual na região
Centro Oeste (69,7%).
Outro motivo importante de destacar dos homens não ter acompanhado sua
parceira nas consultas de pré-natal foi “não sabia que podia/ não achou
8,3 9,9 12,5 8,4 9,9 9,4
72,7 79,6 69,7
81,0 76,7 78,6
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principais motivos pelos os quais os homens não participaram das consultas de pré-natal com a parceira,
por região.
NÃO SABIA QUE PODIA/NÃO ACHOU NECESSÁRIO/IMPORTANTE -
PRECISOU TRABALHAR
30
necessário/importante” (9,4%). Analisando por região, o maior percentual foi na região
Centro Oeste (12, 5%) e o menor percentual na região Norte (8,3%).
O envolvimento do pai/parceiro no período do pré-natal traz diversos aspectos
positivos como o apoio emocional à gestante e para o estabelecimento de vínculo
afetivo com o bebê que está por vir. Sabe-se que as mulheres que são apoiadas pelo
parceiro apresentam menos sintomas físicos e emocionais, menor risco de
complicações no trabalho de parto e parto e maior adaptação no período puerperal.
Importante que os profissionais de saúde envolvam o homem em todo esse processo.
8- % de homens que relataram o direcionamento das instruções e informações dos
profissionais de saúde durante as consultas de pré-natal com a sua parceira, por
região.
Foi perguntado também, para quem o (a) profissional de saúde falava e dava
instruções e informações durante as consultas de pré-natal. O objetivo foi avaliar a
receptividade dos serviços à figura masculina. Mais da metade dos entrevistados
(56,8%) relataram que o profissional falava e dava informações principalmente para a
gestante. Analisando por região, o maior percentual foi na região Centro Oeste (61,6%)
e o menor percentual na região Sul (51,3%).
41,5 36,4 37,2
42,7 47,8 41,6
56,8 61,5 61,6 55,7 51,3 56,8
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% de homens que relataram o direcionamento das instruções e informações dos profissionais de saúde
durante as consultas de pré-natal com a sua parceira, por região.
AOS DOIS, IGUALMENTE PRINCIPALMENTE PARA A MÃE/GESTANTE
31
Os homens também relataram que o direcionamento das informações dos
profissionais de saúde durante as consultas de pré-natal foi tanto para ele como a
parceira (41,6%). Analisando por região, o maior percentual foi na região Sul (47,8%) e
o menor percentual na região Nordeste (36,4%).
Estes dados demonstram que muitos profissionais não percebem o pré-natal
como uma oportunidade de ampliar o acesso e acolhimento do homem nos serviços
de saúde. Além disso, esses profissionais não favorecem o desenvolvimento dos pais
no compromisso com cuidado com a criança, o fortalecimento do vínculo com a
parceira bem como as responsabilidades relacionadas à reprodução.
9- % de homens que realizaram exames durante as consultas de pré-natal com a
parceria, por região.
Foi questionado também, se durante as consultas de pré-natal, os homens
realizaram algum exame. Observando o gráfico acima, apenas 17,4% dos entrevistados
responderam que sim. Analisando por região, o maior percentual foi na região
Nordeste (20,2%) e o menor percentual na região Centro Oeste (13,6%). Fica evidente,
que para a maior parte dos entrevistados, exames clínicos e laboratoriais não foram
solicitados pelos profissionais de saúde.
Ao acompanhar a gestante nas consultas de pré-natal, o homem pode ser
sensibilizado e orientado com relação aos cuidados com a sua saúde e o profissional
Nordeste Sul Brasil Norte Sudeste Centro-Oeste
20,2 17,8 17,4 17,3 16,6
13,6
% de homens que realizaram exames durante as consultas de pré-natal com a parceria, por região.
32
deve aproveitar a oportunidade para solicitar testes rápidos e exames de rotina. Esta é
uma ação de prevenção e um dos passos da Estratégia Pré-Natal do Parceiro.
10- % de homens que atualizaram o cartão de vacina durante as consultas de pré-
natal com a parceria, por região.
Além da realização de exames, atuando na perspectiva da prevenção de
doenças, é importante que o pai/parceiro atualize o cartão de vacinação. O percentual
que atualizou o cartão, durante as consultas de pré-natal da parceira, foi de apenas
32,6%. Analisando por região, o maior percentual foi na região Nordeste (34,3%) e o
menor percentual na região Centro Oeste (24,6%).
11- % de homens que participaram de atividades educativas durante o pré-natal de
sua parceira, por região.
Nordeste Norte Sul Sudeste Brasil Centro-Oeste
34,3 33,6 33,3 33,0 32,6 24,6
% de homens que atualizaram o cartão de vacina durante as consultas de pré-natal com a parceria, por
região.
Centro- Oeste Norte Sudeste Brasil Sul Nordeste
23,6 19,0 18,9 18,7 17,3 17,2
% de homens que participaram de atividades educativas durante o pré-natal de sua parceira, por
região.
33
Ao analisarmos o gráfico acima, constata-se que apenas 18,7% dos
entrevistados participaram de atividades educativas durante as consultas de pré-natal.
Ao observar por região, o maior percentual foi na região Centro Oeste (23,6%) e o
menor percentual na região Nordeste (17,2%).
Sabe-se que a presença do homem nas consultas de pré-natal, pode se
transformar em um momento para o profissional envolvê-lo nas atividades educativas
que tratam da gestação e cuidados com o bebê bem como orientações gerais sobre
atividades físicas, alimentação saudável, cuidados gerais com a saúde, sexualidade,
paternidade entre outros.
12- % de homens que não acompanharam o nascimento do filho, por região.
Sobre o acompanhamento do nascimento da criança, foi perguntado se o
homem havia participado desse momento, 31,3% afirmaram não estar presente no
momento em que o filho nasceu. Analisando por região, o maior percentual foi na
região Nordeste (41,8%) e o menor percentual na região Sul (22,3%).
Cabe destacar a existência da lei número 11.108/2005 que garante a
parturiente à presença de acompanhante, de sua escolha, durante o trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato.
Importante destacar que a presença do homem no nascimento do filho
favorece o estreitamento dos laços afetivos com a família, dar suporte emocional a
Nordeste Centro-Oeste
Norte Brasil Sudeste Sul
41,8 36,5 34,6
31,3 25,3
22,3
% de homens que não acompanharam o nascimento do filho, por região.
34
mulher e constrói um vínculo com o recém-nascido, favorecendo a transição para a
paternidade.
13- % dos principais motivos pelos quais os homens não acompanharam o
nascimento do filho, por região.
Foi perguntado qual o motivo pelo qual os homens não acompanharam o
nascimento do filho. A resposta mais frequente, com 31,8%, foi que o serviço de saúde
não permitia acompanhante. Analisando por região, o maior percentual foi na região
Centro Oeste (43,6%) e o menor percentual na região Sudeste (27,8%).
Embora exista uma lei que garanta a gestante a presenta de um acompanhante,
percebe-se que diversos serviços não estão cumprindo esse dispositivo legal, e em
muitos casos, o homem e a gestante não reivindicam este direito por desconhecê-lo.
Outra resposta dada por muitos entrevistados foi que não achou necessário/
não quis acompanhar o nascimento do filho (10%). Analisando por região, o maior
percentual foi na região Sudeste (12,4%) e o menor percentual na região Norte (6,8%).
Pode- se observar com esse dado que os homens não priorizam os momentos do ciclo
gravídico, incluindo o nascimento do bebê.
3,4 4,8 3,7 4,6 6,7 4,7
6,8 8,5 9,5 12,4
8,3 10,0
31,5 32,5
43,6
27,8 33,6
31,8
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principais motivos pelos quais os homens não acompanharam o nascimento do filho, por região.
SERVIÇO DE SAÚDE NÃO PERMITIU ACOMPANHANTENÃO ACHOU NECESSÁRIO/ NÃO QUISNÃO SABIA QUE PODIA
35
O terceiro principal motivo que os homens relataram não ter acompanhado o
nascimento do filho, foi por não saber que podiam (4,7%). Analisando por região, o
maior percentual foi na região Sul (6,7%) e o menor percentual na região Norte (3,4%).
14- % dos principais motivos pelos quais os homens foram impedidos pelos serviços
de saúde de acompanhar o nascimento do filho, por região.
Ao ser questionado o porquê do serviço de saúde não permitir acompanhante
no parto, 33,6% informou que o principal motivo foi o serviço não permitir homem
como acompanhante. Analisando por região, o maior percentual foi na região
Nordeste (47,5%) e o menor percentual na região Sul (17,6%).
Outra resposta dada por muitos entrevistados para esse impedimento foi
devido o profissional médico não permitir (20,1%). Analisando por região, o maior
percentual foi na região Sul (34,1%) e o menor percentual na região Norte (8,7%).
O terceiro principal motivo que os homens relataram do serviço de saúde não
permitir acompanhante no nascimento do filho, foi outro profissional (que não o
médico) não permitir (18,9%). Analisando por região, o maior percentual foi na região
Sudeste (22,8%) e o menor percentual na região Norte (10,9%).
10,9 17,5 15,2 22,8 20,0
18,9
8,7 13,2
18,1
25,1 34,1
20,1
43,5 47,5
35,2 22,8 17,6
33,6
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principais motivos pelos quais os homens foram impedidos pelos serviços de saúde de acompanhar o
nascimento do filho, por região.
SERVIÇO NÃO PERMITE HOMEM
O PROFISSIONAL MÉDICO NÃO PERMITIU ACOMPANHANTE
OUTRO PROFISSIONAL DE SAÚDE NÃO PERMITIU ACOMPANHANTE
36
15- % de homens que não tiraram licença paternidade, por região.
Ao ser questionado se tiraram licença paternidade, 47,7% dos entrevistados
afirmaram não ter usufruído deste direito. Analisando por região, o maior percentual
foi na região Norte (51,9%) e o menor percentual na região Centro Oeste (45,6%).
Sabe-se que a licença paternidade é um direito concedido pela Constituição
Federal/88 e se inicia em dia útil a partir da data do nascimento da criança. Ela é de
cinco dias sem implicações ou prejuízos trabalhistas e tem por objetivo principal
permitir a presença do pai nos primeiros dias após o parto da mulher e os primeiros
dias de vida do seu filho.
Com o objetivo de ampliar esse direito no dia 08 de Março de 2016, foi
sancionada a Lei nº 13.257, que dispõe sobre as políticas públicas para primeira
infância. Dentro dessa lei existem artigos específicos ligados ao exercício da
paternidade ativa, como ampliação da licença paternidade em mais 15 dias, para os
empregados que trabalhem em empresas que façam parte do Programa Empresa
Cidadã.
Outro ganho para o envolvimento do homem nos cuidados com a criança foi o
decreto nº 8.737 de 03 de maio de 2016, que amplia a licença paternidade para os
servidores públicos federais em mais 15 dias, além dos 5 garantidos pela Constituição
Federal.
16- % dos principais motivos pelos quais os homens não tiraram licença paternidade,
por região.
Norte Nordeste Brasil Sul Sudeste Centro-Oeste
51,9 51,6
47,7 47,5 45,6 45,6
% de homens que não tiraram licença paternidade por, região.
37
Foi questionado também a razão desses homens não terem tirado a licença
paternidade. 52,4% dos entrevistados afirmou serem autônomos, desta forma, não
puderam parar de trabalhar. Analisando por região, o maior percentual foi na região
Sul (58,3%) e o menor percentual na região Nordeste (49%).
O segundo motivo mais frequente foi não estar trabalhando, com 19% das
respostas. Analisando por região, o maior percentual foi na região Sudeste (20,9%) e o
menor percentual na região Sul (13%).
No entanto, ainda houve casos em que o homem não sabia que podia tirar a
licença paternidade (7,5%). Analisando por região, o maior percentual foi nas regiões
Norte e Nordeste (9,6% cada uma) e o menor percentual na região Sudeste (6,0%).
Para evitar esse motivo, os profissionais de saúde devem falar dos direitos dos homens
durante as consultas de pré-natal.
9,6 9,6 8,3 6,0 7,1 7,5
18,7 20,5 15,0
20,9 13,0 19,0
51,6 49,0 51,5 52,8 58,3 52,4
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Brasil
% dos principais motivos pelos quais os homens não tiraram licença paternidade, por região.
NÃO SABIA QUE PODIA
NÃO ESTAVA TRABALHANDO
TRABALHAVA POR CONTA PRÓPRIA E NÃO PODIA PARAR
38
17- % de homens que dividem diariamente as atividades de cuidado com a parceira,
por região.
Foi questionado também sobre a divisão diária das atividades de cuidado com a
parceira, seja no cuidado com os filhos ou na divisão de atividades domésticas. 86%
dos homens responderam que sim. Analisando por região, o maior percentual foi na
região Sul (89,5%) e o menor percentual na região Nordeste (81,8%).
Isso se deve a inserção da mulher no mercado de trabalho e a sua participação
no sustento da casa. Como já mencionado, essa participação do homem no cuidado
com a criança e a divisão das tarefas domésticas, favorece a interação e o
estabelecimento de vínculo pai-filho, estimulando ao mesmo tempo o
desenvolvimento saudável da criança e fortalecendo o núcleo familiar.
Sul Sudeste Brasil Centro-Oeste
Norte Nordeste
89,5 89,3
86,6
83,3 82,9 81,8
% de homens que dividem diariamente as atividades de cuidado com a parceira, por região.
39
ANEXO B
ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS POR UNIDADES FEDERATIVAS
Com o objetivo de comparar os dados da pesquisa por unidades federativas
(UF), foi realizado um recorte no questionário de algumas perguntas e respostas, e
analisadas cada uma, segue abaixo o resultado.
1-% de homens que costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar
de sua saúde, por UF.
Nessa questão, foi perguntado ao entrevistado se ele costumava buscar
determinados serviços públicos de saúde, 65% afirmaram ter o costume de frequentar
postos de saúde, UPAs ou hospitais.
Fazendo uma análise por unidades federativas, observa que os homens
procuraram mais os serviços públicos de saúde no estado de Mato Grosso do Sul (79%)
e o Amapá foi à unidade federada onde os respondentes menos procuraram esses
serviços (48%).
MS
TO AM RO SE
MG CE
RS PI
SP
MA PE PB
ES
BR
ASI
L
PR
BA SC AL RJ
AC
MT
RR
RN PA
GO DF
AP
79
72 71 71 69 69 68 68 68 67 67 67 67 66 65 65 64 64 62 62 62 62 61 60 57
53 50
48
% de homens que costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar de sua saúde, por UF.
40
2- % de homens que acessam os serviços públicos de saúde pela atenção primária,
por UF.
Dos 65% respondentes que disseram ter o hábito de ir aos serviços públicos de
saúde, 56% afirmam que vão ao atendimento primário, como unidades básicas de
saúde.
Fazendo uma análise por unidades federativas, observa que a localidade que os
homens procuraram mais a atenção primária foi o estado do Amapá (83%) e o estado
que procuraram menos esse serviço foi o Rio de Janeiro (38%). Vale lembrar que no
Brasil, esse tipo de serviço é a porta de entrada no SUS contribuindo para
universalização no acesso, integralidade e equidade no atendimento.
AP
RR SE RS
AL
MT
SC AC
PR
MS PI
BA
MG
SP TO PA
AM ES
BR
ASI
L
RN PE
CE
PB
GO
MA
RO DF RJ
83 82
68 67 66 66 64 64 61 61 59 58 58 58 58 58 57 56 56
53 52 50 50
45 43 41 39 38
% de homens que acessam os serviços públicos de saúde pela atenção primária, por UF.
41
3-% de homens que não costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para
cuidar de sua saúde, por UF.
35% dos entrevistados afirmaram que não tem o costume de frequentar
serviços públicos de saúde. Este dado nos mostra que aproximadamente um terço dos
homens não costumam frequentar postos de saúde, UPAs ou hospitais públicos para
cuidar da saúde.
Fazendo uma análise por unidades federativas, observa que a maior
porcentagem de homens que não procuram os serviços públicos de saúde se encontra
no estado do Amapá (52%) e a menor porcentagem no estado de Mato Grosso do Sul
(21%).
AP
DF
GO PA
RN RR
MT
AC RJ
AL SC BA PR
BR
ASI
L
ES PB PE
MA SP P
I
RS
CE
MG SE RO
AM TO MS
52 50
47
43 40 39 38 38 38 38
36 36 35 35 34 33 33 33 33 32 32 32 31 31 29 29 28
21
% de homens que não costumam ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar de sua saúde, por UF.
42
4- % de homens que não acessaram os serviços públicos de saúde porque nunca
precisaram, por UF.
Os homens que relataram não frequentar os serviços públicos de saúde,
afirmaram que o principalmente motivo foi nunca precisarem (48%). Analisando por
unidade federada, o maior percentual dessa resposta foi no estado de Mato Grosso do
Sul (75%) e o menor percentual no Espirito Santo (19%).
5- % de homens que não acessaram os serviços públicos de saúde devido à demora
no atendimento, por UF.
MS
RR
TO PB BA
PR RS
MG
RN SC MT PI
RO PE
BR
ASI
L
AM A
C
CE
GO AL SE SP DF
PA RJ
AP
MA ES
75 73
59 57 55 54 54 54 52 51 50 50 50 49 48 47 46 46 46 45 45 43 43 42 42 38
28
19
% de homens que não acessaram os serviços públicos de saúde porque nunca precisaram, por UF.
ES RO AC
AP AL
AM
MA
GO CE
MG
DF
SP
BR
ASI
L
PE
PR RS RJ
PA PI
PB SC SE BA
MT
RR
RN
MS
TO
26 25 23 23 23
21 21 20 20 19 18 18 17 17 17 16 16 16 16 14 14 14 13 13
9 6 6
5
% de homens que não acessaram os serviços públicos de saúde devido à demora no atendimento, por UF.
43
Outro motivo que os homens relataram não acessar os serviços públicos de
saúde foi devido à demora no atendimento (17,3%). Analisando por UF, o maior
percentual foi no estado do Espirito Santo (26%) e o menor percentual em Tocantins
(5%).
6- % de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira, por
UF.
Foi perguntado também aos homens, se acompanharam suas parceiras nas
consultas de pré-natal. 25% dos entrevistados afirmaram que não haviam ido a essas
consultas. Analisando por UF, o maior percentual foi no estado da Paraíba (43%) e os
menores percentuais em Mato Grosso e Rio Grade do Sul (17% cada um).
Sabe-se que o foco dado na abordagem reprodutiva ainda é muito direcionado
as mulheres, com o entendimento de que elas se reproduzem e têm filhos. Assim, a
contracepção e a fecundação são responsabilidades da mulher e o homem atua como
coadjuvante. É necessário que os profissionais de saúde sejam sensibilizados sobre a
importância de envolver o homem no planejamento reprodutivo, pré-natal, parto, pós-
parto e cuidados com o desenvolvimento da criança.
PB
RN
TO PE
AL PI
CE BA
AM MS
MA
PA SE RR
BR
ASI
L
AP
GO AC
RJ
DF
MG
SP ES RO SC PR RS
MT
43
38 38 37 36 35 35
33 32 31 30 28
25 25 25 24 24 24 23 22 22 21 20 20
18 18 17 17
% de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira, por UF.
44
7- % de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira
porque precisaram trabalhar por UF.
Para os homens que afirmaram não ter acompanhado suas parceiras durante o
pré-natal, foi questionada a razão que os levaram a não ter ido às consultas. O
principal motivo, com 79% das respostas, foi “Precisei trabalhar”. Analisando por UF, o
maior percentual foi no estado de Rondônia (100%) e o menor percentual em Roraima
(29%).
8- % de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira
porque não sabiam que podiam/não quiseram, por UF.
RO
RN
AM PR ES PE
MG RJ
TO SP CE
BR
ASI
L
MS BA
AL
PB SC MA SE DF PI
RS AC
PA
GO
MT
AP
RR
100
87 86 85 84 84 83 80 80 80 79 79 78 78 78 78 77 77 75 73 71 70 69 67 65 61 50
29
% de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira porque precisaram trabalhar, por UF.
SE
GO
MA
RR
DF
RS AC
PA PI
CE
MT
AL
RN
BR
ASI
L
SP MG
BA
PE ES PR SC PB
TO AM MS RJ
AP
RO
21
15 14 14 14 13 13 12 11 11 11 10 10 9 9 9 9 8 8 8 8 7 7 5 4
2 0 0
% de homens que não participaram das consultas de pré-natal com a parceira porque não sabiam que podiam/não
quiseram, por UF.
45
Outro motivo importante de destacar dos homens não ter acompanhado sua
parceira nas consultas de pré-natal foi “não sabia que podiam/ não quisera” (9%).
Analisando por UF, o maior percentual foi no estado de Sergipe (21%) e os menores
percentuais em Rondônia e Amapá (0%).
O envolvimento do pai/parceiro no período do pré-natal traz diversos aspectos
positivos como o apoio emocional à gestante e para o estabelecimento de vínculo
afetivo com o bebê que está por vir. Sabe-se que as mulheres que são apoiadas pelo
parceiro apresentam menos sintomas físicos e emocionais, menor risco de
complicações no trabalho de parto e parto e maior adaptação no período puerperal.
Importante que os profissionais de saúde envolvam o homem em todo esse processo.
9- % de homens que relataram que as informações fornecidas pelos profissionais de
saúde durante as consultas de pré-natal com a parceira foram principalmente para a
gestante, por UF.
Foi perguntado também, para quem o (a) profissional de saúde falava e dava
informações durante as consultas de pré-natal, o objetivo foi avaliar a receptividade
dos serviços à figura masculina. Mais da metade dos entrevistados (57%) relataram
que o profissional falava e dava informações principalmente para a gestante.
AL
RO CE SE RN
GO
MT PI
DF
PA PE
PB
PR
BR
ASI
L
ES RJ
SP AC
BA
MG
AM
MA
TO AP
MS
SC RS
RR
80 73
69 67 67 66 62 62 61 60 59 58 57 57 56 56 56 56 55 55 55 54 53 53 50 50 48
38
% de homens que relataram que as informações fornecidas pelos profissionais de saúde durante as
consultas de pré-natal com a parceira foram principalmente para a gestante, por UF.
46
Analisando por UF, o maior percentual foi no estado de Alagoas (80%) e o menor
percentual em Roraima (38%).
Estes dados demonstram que muitos profissionais não percebem o pré-natal
como uma oportunidade de ampliar o acesso e acolhimento do homem nos serviços
de saúde. Além disso, esses profissionais não favorecem o desenvolvimento dos pais
no compromisso com cuidado com a criança, o fortalecimento do vínculo com a
parceira bem como as responsabilidades relacionadas à reprodução.
10- % de homens que realizaram exames durante as consultas de pré-natal com a
parceria, por UF.
Foi questionado também, se durante as consultas de pré-natal, os homens
realizaram algum exame. Observando o gráfico acima, apenas 17% dos entrevistados
responderam que sim. Analisando por UF, o maior percentual foi no estado do Amapá
(32%) e o menor percentual no Distrito Federal (9%). Fica evidente, que para a maior
parte dos entrevistados, exames clínicos e laboratoriais não foram solicitados pelos
profissionais de saúde.
Ao acompanhar a gestante nas consultas de pré-natal, o homem pode ser
sensibilizado e orientado com relação aos cuidados com a sua saúde e o profissional
deve aproveitar a oportunidade para solicitar testes rápidos e exames de rotina.
AP
MA
RR
PB PE
AL
SC PA SP RS
MT PI
BA
BR
ASI
L
MS SE
GO RJ
RN
TO PR AC
CE ES MG
RO
AM DF
32 31 29
25 23 22 22 20 20 19 19 18 18 17 17 17 16 15 15 14 14 13 13 13 12 12 11
9
% de homens que realizaram exames durante as consultas de pré-natal com a parceria, por UF.
47
11- % de homens que atualizaram o cartão de vacina durante as consultas de pré-
natal com a parceria, por UF.
Além da realização de exames, atuando na perspectiva da prevenção de
doenças, é importante que o pai/parceiro atualize o cartão de vacinação. O percentual
que atualizou o cartão, durante as consultas de pré-natal da parceira, foi de apenas
33%. Analisando por UF, o maior percentual foi no estado de Roraima (52%) e os
menores percentuais no Rio de Janeiro e Distrito Federal ambos com (19%).
12- % de homens que participaram de atividades educativas durante o pré-natal de
sua parceira, por UF.
RR PI
PB
TO SC MA
AP
MS
MG CE
SP PE
RS
AC
BR
ASI
L
BA
AM MT
RN ES RO AL
SE PR
PA
GO RJ
DF
52 48
43 41 39 39 37 37 36 36 34 33 33 33 33 32 32 31 31 31 30 30 30 29 27 25 19 19
% de homens que atualizaram o cartão de vacina durante as consultas de pré-natal com a parceria, por UF.
DF
RR
AP PI
RJ
AM
MA
MG SE
BR
ASI
L
PA PR SC PE
SP CE
AL
RS
MT AC
GO BA
ES PB
RN
MS
TO RO
36 36 32
28 27 26
20 20 19 19 18 18 18 17 17 17 17 16 16 16 16 15 15 14 14 13 11 10
% de homens que participaram de atividades educativas durante o pré-natal de sua parceira, por UF.
48
Ao analisarmos o gráfico acima, constata-se que apenas 19% dos entrevistados
participaram de atividades educativas durante as consultas de pré-natal. Ao observar
por UF, o maior percentual foi no Distrito Federal e Roraima (36% cada um) e o menor
percentual no estado de Rondônia (10%).
Sabe-se que a presença do homem nas consultas de pré-natal, pode se
transformar em um momento para o profissional envolvê-lo nas atividades educativas
que tratam da gestação e cuidados com o bebê bem como orientações gerais sobre
atividades físicas, alimentação saudável, cuidados gerais com a saúde, sexualidade,
paternidade entre outros.
13- % de homens que não acompanharam o nascimento do filho, por UF.
Sobre o acompanhamento do nascimento da criança, foi perguntado se o
homem havia participado desse momento, 31% afirmaram não estar presente no
momento em que o filho nasceu. Analisando por UF o maior percentual foi no estado
de Sergipe (53%) e os menores percentuais em Santa Catarina e Rio Grande do Sul
(18% cada um).
SE AP AL
PA PI
MT BA
PB PE
CE
GO
RN ES RR
MA DF RJ
RO PR
BR
ASI
L
MS
TO SP AC
AM M
G
RS
SC
53 52 48 47 45 43 42 42 40 39 39 38 37 36 36 34 34 32 31 31 31
28 27 26 25 25
18 18
% de homens que não acompanharam o nascimento do filho, por UF.
49
Cabe destacar a existência da lei número 11.108/2005 que garante a
parturiente à presença de acompanhante, de sua escolha, durante o trabalho de parto,
parto e pós-parto imediato.
Importante saber que a presença do homem no nascimento do filho favorece o
estreitamento dos laços afetivos com a família, dar suporte emocional a mulher e
constrói um vínculo com o recém-nascido, favorecendo a transição para a paternidade.
14- % dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque o serviço
de saúde não permitiu, por UF.
Foi perguntado qual o motivo pelo qual os homens não acompanharam o
nascimento do filho. A resposta mais frequente, com 32%, foi que o serviço de saúde
não permitia acompanhante. Analisando por UF, o maior percentual foi no distrito
Federal (55%) e o menor percentual no estado do Acre (11%).
Embora exista uma lei que garanta a gestante a presenta de um acompanhante,
percebe-se que diversos serviços não estão cumprindo esse dispositivo legal. E em
muitos casos, o homem e a gestante não reivindicam este direito por desconhecê-lo.
DF
AP
RO RJ
GO SE BA
CE
RS
PR
PB
MT
PA
BR
ASI
L
MS
RR ES PE
MA
RN SP AL
AM M
G
TO PI
SC AC
55 54 54
43 40 40 38 38 38 37
34 33 33 32 30 30 30 29 29 27 26 25 25 23 23
20 19
11
% dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque o serviço de saúde não permitiu, por UF.
50
15- % dos homens que foram impedidos de acompanhar o nascimento do filho
porque o serviço de saúde não permitia homem, por UF.
Ao ser questionado o porquê do serviço de saúde não permitir acompanhante
no parto, 34% informaram que o principal motivo foi o serviço não permitir homem
como acompanhante. Analisando por UF, o maior percentual foi no estado do Rio
Grande do Norte (88%) e o menor percentual em santa Catarina (0%).
16- % dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque o
profissional médico não permitiu, por UF.
RN
MA PI
RR
AP PE
MT AC
AM SE CE
MS
RO AL
PB
TO BA
BR
ASI
L
PA DF
GO
MG
ES RJ
PR RS
SP SC
88 75
67 67 57 56 53 50 50 50 43 43 43 40 40 40 35 34 33 33 29 29 29 28 21 18 17
0
% dos homens que foram impedidos de acompanhar o nascimento do filho porque o serviço de saúde não
permitia homem, por UF.
RS
PB
PR SC MG
AP
MS
SP GO BA
BR
ASI
L
RJ
DF ES RO CE
MT
AL SE
MA
PA PE AC
AM P
I
RN RR
TO
36 33 33
30 29 29 29 28
24 21 20
15 14 14 14 13 13 10 10
8 6 5
0 0 0 0 0 0
% dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque o profissional médico não permitiu, por UF.
51
Outra resposta dada por muitos entrevistados do porquê do serviço de saúde
não permitir acompanhante no parto, foi devido o profissional médico não permitir
(20%). Analisando por UF, o maior percentual foi no Rio Grande do Sul (36%) e os
menores percentuais nos estados de Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Piauí,
Amazonas e Acre (0%).
17- % dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque não
acharam necessário/não sabiam que podia, por UF.
Outra resposta dada por muitos entrevistados do porquê de não ter
acompanhado o nascimento do filho, foi por não achar necessário/ não saber que
podia (15%). Analisando por UF, o maior percentual foi no estado de Santa Catarina
(25%) e o menor percentual em Roraima e Rondônia (0%). Pode- se observar com esse
dado que os homens não priorizam os momentos do ciclo gravídico, incluindo o
nascimento do bebê.
SC AL
MG RJ
MS
SP MA
PA CE SE DF
PE
BR
ASI
L
TO MT PI
PR RS ES GO PB BA
AP
RN
AM A
C
RO RR
25
19 18 18 17 17 17 17 16 16 16 15 15 14 13 13 13 11 11 10 9 9 8 7 6 6
0 0
% dos homens que não acompanharam o nascimento do filho porque não acharam necessário/não sabiam que
podia, por UF.
52
18- % de homens que não tiraram licença paternidade, por UF.
Ao ser questionado se tiraram licença paternidade, 48% dos entrevistados
afirmaram não ter usufruído deste direito. Analisando por UF, o maior percentual foi
no Estado de Roraima (64%) e o menor percentual no Amapá (36%).
Sabe-se que a licença paternidade é um direito concedido pela Constituição
Federal/88 e se inicia em dia útil a partir da data do nascimento da criança. Ela é de
cinco dias sem implicações ou prejuízos trabalhistas e tem por objetivo principal
permitir a presença do pai nos primeiros dias após o parto da mulher e os primeiros
dias de vida do seu filho.
Com o objetivo de ampliar esse direito no dia 08 de Março de 2016, foi
sancionada a Lei nº 13.257, que dispõe sobre as políticas públicas para primeira
infância. Dentro dessa lei existem artigos específicos ligados ao exercício da
paternidade ativa, como ampliação da licença paternidade em mais 15 dias, para os
empregados que trabalhem em empresas que façam parte do Programa Empresa
Cidadã.
Outro ganho para o envolvimento do homem nos cuidados com a criança foi o
decreto nº 8.737 de 03 de maio de 2016, que amplia a licença paternidade para os
servidores públicos federais em mais 15 dias, além dos 5 garantidos pela Constituição
Federal.
RR PI
MA CE
AL
PA
TO AC
MG SE BA
PB RS
MT
RO PR
MS
GO
BR
ASI
L
PE
RN SC ES SP DF RJ
AM AP
64 61 59 59 58 58 54 54 52 52 51 50 49 49 49 48 48 48 48 45 45 44 44 43 42 41 38 36
% de homens que não tiraram licença paternidade, por UF.
53
19- % dos homens que não tiraram a licença paternidade por desconhecimento desse
direito, por UF.
Foi questionado também, a razão desses homens não terem tirado a licença
paternidade 8% dos entrevistados afirmaram que não sabia que podia usufruir desse
direito. Analisando por UF, o maior percentual foi no estado de Tocantins (16%) e o
menor percentual no Amapá (0%). Para estimular os homens a usufruírem da licença
paternidade, os profissionais da saúde devem falar dos direitos durante as consultas
de pré-natal.
20- % de homens que dividem diariamente as atividades de cuidado com a parceira,
por UF.
TO PB
RO SE
MT
AL
CE
RR PI
BA
RN
MS
AM
BR
ASI
L
PR
PA
MG
DF ES SC RS RJ
GO PE
MA AC
SP AP
16 15 15 14 14 13 12 11 10 10 9 8 8 8 7 7 7 7 7 7 7 7 7 6 6 5 5
0
% dos homens que não tiraram a licença paternidade por desconhecimento desse direito, por UF.
RR ES PR SC MG
SP SE RS
MS
CE RJ PI
BR
ASI
L
MA
RO
MT
AP
PB
PA
RN
AM DF
GO AL
BA
AC
TO PE
96 91 91 90 89 89 88 88 88 88 87 87 87 86 85 85 84 84 84 83 83 83 82 81 80 79 78 78
% de homens que dividem diariamente as atividades de cuidado com a parceira, por UF
54
Foi questionado também sobre a divisão diária das atividades de cuidado com a
parceira, seja no cuidado com os filhos ou na divisão de atividades domésticas. 87%
dos homens responderam que sim. Analisando por UF, o maior percentual foi no
estado de Roraima (96%) e o menor percentual em Pernambuco (78%).
Isso se deve a inserção da mulher no mercado de trabalho e a sua participação
no sustento da casa. Como já mencionado, essa participação do homem no cuidado
com a criança e a divisão das tarefas domésticas, favorece a interação e o
estabelecimento de vínculo pai-filho, estimulando ao mesmo tempo, o
desenvolvimento saudável da criança e fortalecendo o núcleo familiar.
55
ANEXO C
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Bom dia/ boa tarde/ boa noite. Meu nome é_________________ e falo em nome do Ministério da Saúde. Gostaria de falar com a sra. ___________________________ (nome do sistema). O Ministério da Saúde está realizando uma pesquisa para avaliar a saúde do homem e o seu envolvimento na paternidade. Precisaremos falar com o pai/responsável da criança que nasceu no período de ____________ (período de internação no sistema). Caso a mulher afirme já ter respondido a pesquisa: Anteriormente, entramos em contato com a senhora para avaliar a satisfação das mulheres que tiveram partos pelo SUS com relação aos serviços utilizados. Agora, o Ministério da Saúde está realizando uma pesquisa para avaliar a saúde do homem e o seu envolvimento na paternidade. Precisaremos falar com o pai/responsável da criança que nasceu no período de ____________ (período de internação no sistema). Ele se encontra? Poderia me informar o nome (nome e sobrenome) dele? Caso o pai/responsável não resida no local, anotar o telefone e ligar em seguida. Se a mãe não quiser fornecer o telefone do pai/responsável: Finalizar a ligação com a frase de encerramento. Em seguida, interromper pesquisa com “Outros” e escrever em observação “Não quis fornecer o número do pai”. Sugestão de encerramento com a mãe: Srª. O Ministério da Saúde agradece sua colaboração, tenha um (a) bom dia/boa tarde/boa noite. (A entrevista poderá ser feita com o pai biológico ou quem assume o papel de parceiro/cuidador que tenha acompanhado o período de gestação). Ao conseguir contato com o pai/cuidador, informar:
Bom dia/Boa tarde/Boa noite. Meu nome é_________________ e falo em nome do Ministério da Saúde. Gostaria de falar com o Sr. __________ (nome do pai registrado no sistema). MOTIVO DO CONTATO: O Ministério da Saúde está realizando uma pesquisa para avaliar a saúde do homem e o seu envolvimento na paternidade. Contamos com a sua
Em alguns códigos, o operador encontrará o nome e telefone do pai no sistema. Nestas
situações, ligar primeiro para o telefone do pai. Se não conseguir contato, ligar para o
número de telefone da mãe da criança.
56
colaboração para responder um pequeno questionário por telefone. Faremos perguntas referentes aos cuidados com sua saúde e ao período de gestação/parto da criança nascida no período _______________ (olhar o período de internação no sistema). O senhor poderia colaborar e responder a essas perguntas?
SE HOUVER A NECESSIDADE, PARA ESCLARECIMENTO DE ALGUM QUESTIONAMENTO DO CIDADÃO:
INFORMAR QUE O TEMPO MÉDIO DA PESQUISA É DE 8 MINUTOS.
INFORMAR QUE FOI FEITO UM CONTATO COM A MÃE DA CRIANÇA (OLHA O NOME NO SISTEMA)
Se o cidadão não quiser responder: Senhor, sua participação é de grande importância para avaliarmos a sua saúde. Caso o cidadão responda que bebê nasceu morto ou faleceu após o parto, falar: “Lamentamos a sua perda”. Caso ele concorde em participar: Para sua segurança, esta LIGAÇÃO ESTÁ SENDO gravada. Nos casos que o cidadão apresentar dúvida sobre a pesquisa. Caso tenha alguma dúvida sobre a pesquisa, o senhor poderá ligar no Disque Saúde 136. Confirmar dados: Nome, UF, Município, Nome da Mãe, Estabelecimento e Período de internação. Coletar perguntas de Perfil: Idade: _____________________ Estado Civil: |__| Casado; |__| Solteiro; |__| Viúvo; |__| Divorciado; |__| Separado; |__| União Estável; |__| Não sabe / Não respondeu. Raça/cor?
57
|__| Branca |__| Preta |__| Amarela |__| Parda |__| Indígena |__| Não sabe / Não respondeu Escolaridade: |__| Não sabe ler/escrever |__| Alfabetizado |__| Nível Fundamental Incompleto |__| Nível Fundamental Completo |__| Nível Médio Incompleto |__| Nível Médio Completo |__| Superior Incompleto |__| Superior Completo |__| Não sabe / Não respondeu Renda familiar: |__| Não tem renda |__| Menos de 1 Salário Mínimo |__| Entre 1 e 2 Salários Mínimos |__| Mais de 2 e até 5 Salários Mínimos |__| Mais de 5 e até 10 Salários Mínimos |__| Mais de 10 Salários Mínimos |__| Não sabe / Não respondeu
Questionário
1- O Sr. costuma ir a posto de saúde, UPA, hospital público para cuidar da sua saúde?
( ) Sim (bloquear a 3) ( ) Não (bloquear a 2) ( ) Não sabe / Não respondeu (bloquear a 2 e 3) 2. Qual serviço o Sr. costuma usar? ( ) UBS/Centro de Saúde/Posto de Saúde ( ) UPA ( ) Hospital ( ) Outro___________________ ( ) Não sabe / Não respondeu
58
3. Não vai por qual motivo? ( ) Horário de funcionamento dos serviços de saúde não atende as minhas necessidades ( ) Demora no atendimento ( ) Atendimento dos profissionais não é satisfatório ( ) Nunca precisei ( ) Tenho Plano de Saúde/utilizo serviço privado ( ) Dificuldade de acesso (distancia do estabelecimento de saúde) ( ) Outro. Qual?___________________ ( ) Não sabe / Não respondeu
OBS: rever a primeira opção;
orientar sobre as respostas sobre outros-trabalho pois são todos os serviços de saúde e não somente centros de saúde;
incluir nunca precisei a opção não cuido da minha saúde
4. O Sr já recebeu orientação sobre camisinha, vasectomia, anticoncepcional, gravidez, parto no serviço de saúde (planejamento familiar)?
ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: Planejamento Familiar: É o direito que toda pessoa tem à informação, à assistência especializada e ao acesso aos recursos que permitam optar livre e conscientemente por ter ou não ter filhos. O número, o espaçamento entre eles e a escolha do método anticoncepcional mais adequado são opções que todo casal deve ter o direito de escolher de forma livre e por meio da informação, sem discriminação, coerção ou violência. O planejamento familiar é um direito do cidadão e um dever do estado, garantido pela constituição federal e regulamentado pela lei no. 9.263, de 12 de janeiro de 1996. ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe / Não respondeu
5. O senhor foi internado nos últimos 12 meses? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe / Não respondeu
6. O Sr. participou das consultas de pré-natal com sua parceira? ( ) Sim (bloquear 7) ( ) Não (bloquear 8, 9, 10, 11) ( ) Não sabe / Não respondeu (bloquear a 7,8, 9, 10, 11) 7. Por que o Sr. não participou das consultas de pré-natal com a sua parceira? ( ) Precisei trabalhar ( ) Não sabia que podia acompanhar
59
( ) Não achei necessário/importante - não quis ( ) A parceira não quis ( ) Precisei cuidar dos outros filhos ( ) Não gosto de hospital/posto de saúde ( ) Gravidez não foi planejada/ gravidez não oportuna ( ) Privado de liberdade (preso) ( ) Separado/divorciado/não está mais com a parceira ( ) Outro. Qual? _______________________________________________ ( ) Não sabe / Não respondeu
8. Durante as consultas de pré-natal, o(a) profissional de saúde falava e dava instruções e informações a quem?
ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: Aguardar alguns segundos para o entrevistado se manifestar. Caso ele não responda, ler as opções de resposta. ( ) Aos dois, igualmente ( ) Principalmente para a mãe/gestante ( ) Principalmente para você ( ) Não lembro ( ) Não sabe / Não respondeu
9. Nestas consultas o Sr. realizou exames? Se o homem perguntar que exames falar: (Tipagem sanguínea e Fator RH ; Hepatite B; Sífilis; HIV; Hepatite C; Hemograma; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose; Pressão Arterial): ( ) Sim ( ) Não (bloquear 10) ( ) Não sabe / Não respondeu (bloquear 10) 10. Sim. Quais? (Multipla escolha) ( ) Tipagem sanguínea e Fator RH ( ) Hepatite B ( ) Sífilis ( ) Hepatite C ( ) HIV ( ) Hemograma completo ( ) Colesterol e/ou Triglicerídeos ( ) Glicose (açúcar no sangue) ( ) Fezes ( ) Urina ( ) Pressão arterial (medir pressão) ( ) Outros. Quais?____________. ( ) Não sabe/não respondeu
11. Nestas consultas o Sr. atualizou seu cartão de vacina?
60
ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE São vacinas destinadas ao público adulto: Hepatite B; Febre amarela; Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola); Dupla adulto (Difteria e Tétano). Essas vacinas você pode encontrar nas Unidades Básicas de Saúde. ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe / Não respondeu
12. Durante o pré-natal de sua parceira o Sr. participou de alguma palestra, roda de conversa, curso sobre cuidados com o bebê?
( ) Sim ( ) Não (Bloquear 13) ( ) Não sabe / Não respondeu (Bloquear 13) 13. Em qual local o Sr. participou dessas atividades? ( ) Serviços de saúde (hospital, ubs, upa..) ( ) Empresa ( ) ONG ( ) Igreja ( ) Outros. Qual? 14. O Sr. e a sua parceira conversaram sobre a decisão de ter um parto normal ou
cesária? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe / Não respondeu
15. O Sr. acompanhou o nascimento do seu filho? ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: Se o entrevistado responder “Não”, é necessário questionar se ele não acompanhou nem antes, nem durante e nem depois do parto. Se ele responder que acompanhou em algum desses momentos, alterar a sinalização para “Sim”. ( ) Sim (Bloquear 17) ( ) Não (Bloquear 16) ( ) Não sabe/ não respondeu (Bloquear 16 e 17)
16. Em quais momentos? ( ) Antes do parto ( ) Durante o parto ( ) Depois do parto ( ) Não sabe/não respondeu 17. Por que o Sr. Não acompanhou o nascimento do seu filho?
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ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: Caso o entrevistado responda que o serviço/médico não permitiu acompanhante ou não permitiu homem como acompanhante, ou fez uma cobrança financeira, orientar que toda mulher tem direito, sem qualquer custo, a um acompanhante de livre escolha, antes, durante e após o parto independente da idade (lei 11.108/2005). Para maiores informações, ligar no Disque Saúde 136 para fazer o registro de uma denúncia.
( ) Não sabia que podia (Bloquear 18) ( ) Mãe da criança não quis (Bloquear 18) ( ) Serviço de saúde não permitiu acompanhante ( ) Não fui avisado do parto (Bloquear 18) ( ) Não cheguei a tempo (Bloquear 18) ( ) Estava no trabalho/estudando (Bloquear 18) ( ) Estava com os outros filhos (Bloquear 18) ( ) Não achei necessário/ não quis (Bloquear 18) ( ) Não gosto de hospital (Bloquear 18) ( ) Estava doente/hospitalizado (Bloquear 18) ( ) Estava viajando (Bloquear 18) ( ) Separado/divorciado/não está mais com a parceira (Bloquear 18) ( ) Privado de liberdade (preso) (Bloquear 18) ( ) Outro motivo. Qual? _______ (Bloquear 18) ( ) Não sabe / Não respondeu (Bloquear 18)
18. Por que o serviço não permitiu? ( ) O companheiro era menor de idade ( ) Serviço não permite homem ( ) O profissional médico não permitiu acompanhante ( ) Outro profissional de saúde não permitiu acompanhante ( ) Estabelecimento não tinha infraestrutura (ex. não havia espaço/acomodações para o acompanhante ficar, não havia disponibilidade de roupas adequadas) ( ) Não tinha feito o curso de paternidade ( ) Outro. Qual? ______________________________________ ( ) Não sabe/Não respondeu 19. O Sr. tirou licença paternidade?
ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: a licença paternidade foi concedida pela Constituição Federal/88, garantindo ao homem faltar 5 dias de trabalho sem implicações trabalhistas. Os funcionários de empresas cadastradas no programa empresa cidadã têm direito a 20 dias de licença paternidade pela Lei º 13.257 de 08 de março de 2016. ( ) Sim (bloquear 19) ( ) Não ( ) Não sabe / Não respondeu (bloquear 19) 20. Por que o Sr. não tirou licença paternidade? ( ) Não estava trabalhando
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( ) Não sabia que podia ( ) O trabalho (empregador) não permitiu ( ) Trabalhava por conta própria e não podia parar ( ) Não quis ( ) Estava de férias ( ) Aposentado ( ) Privado de liberdade (preso) ( ) Outro. Qual? __________________________________________ ( ) Não sabe / Não respondeu 21. O Sr. divide as atividades de cuidado diariamente (cuidado com a criança,
atividades domésticas) com sua parceira? ( ) Sim ( ) Não (finalizar pesquisa) ( ) Não sabe / Não respondeu (finalizar pesquisa) 22. Quais atividades o senhor realiza diariamente? (Multipla escolha)
ORIENTAÇÃO AO TELEATENDENTE: Perguntar, por último, se participa de atividades domésticas. Caso entrevistado responda que não realizar nenhuma das atividades listadas diariamente, o operador deverá voltar à questão 21 e alterar a resposta para “Não”. ( ) Alimentação ( ) Banho ( ) Lazer/brincar ( ) Troca de fraldas e roupas ( ) Acompanha a criança na escola/creche/estudos ( ) Cuidados com a saúde (consultas, vacinas, medicamentos) ( ) Atividades domésticas (lavar, passar, cozinhar) ( ) Outras. Quais?___________ Encerramento: Sr. Muito obrigado por sua colaboração, o Ministério da Saúde agradece tenha bom dia/tarde/noite.