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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

RAQUEL REGINA ZANON ALVES

PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANAS DE 0 A 4 ANOS DE ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAO INFANTIL DE ANTNIO PRADO

Caxias do Sul 2011

RAQUEL REGINA ZANON ALVES

PARASITOSES INTESTINAIS EM CRIANAS DE 0 A 4 ANOS DE ESCOLAS MUNICIPAIS DE EDUCAO INFANTIL DE ANTNIO PRADO

Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial de avaliao disciplina de tpicos Atuais em Biologia na Universidade de Caxias do Sul. Professora Josli Schwambach.

Caxias do Sul 2011

SUMRIO 1 TEMA..........................................................................................................................3

2 DELIMITAO DO TEMA....................................................................................3

3 PROBLEMA...............................................................................................................3

4 HIPTESES...............................................................................................................3 4.1 Hiptese Bsica.......................................................................................................3 4.2 Hipteses Secundrias............................................................................................3

5 OBJETIVOS...............................................................................................................4 5.1 Objetivo Geral.........................................................................................................4 5.2 Objetivos Especficos..............................................................................................4

6 JUSTIFICATIVA......................................................................................................4

7 REFERENCIAL TERICO.....................................................................................5

8 METODOLOGIA....................................................................................................11 8.1 Tipo de pesquisa....................................................................................................11 8.2 Mtodo Utilizado...................................................................................................11

9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS...................................................................12

1 TEMA

Prevalncia de parasitoses intestinais em crianas.

2 DELIMITAO DO TEMA

Prevalncia de parasitoses intestinais em crianas de 0 a 4 anos em Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS no ano de 2011.

3 PROBLEMA

Quais so as parasitoses intestinais existentes nas crianas de 0 a 4 anos em Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS apresentadas no ano de 2011? Quais os possveis mtodos de preveno de cada doena encontrada?

4 HIPTESES

4.1 Hiptese Bsica

As Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS na faixa etria de 0 a 4 anos apresentam ocorrncia de parasitoses intestinais no ano de 2011.

4.2 Hipteses Secundrias

a) As Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS na faixa etria de 0 a 4 anos apresentam ocorrncia de Amebase (Entamoeba hystolistica); b) As Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS na faixa etria de 0 a 4 anos apresentam ocorrncia de Ascaridase (Ascaris limbricoides); c) As Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS na faixa etria de 0 a 4 anos apresentam ocorrncia de Enterobase (Enterobius vermicularis); d) As Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS na faixa etria de 0 a 4 anos apresentam ocorrncia de Giardase (Giardia lamblia).

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Com esta pesquisa se pretende analisar a prevalncia e apontar possveis prevenes das parasitoses intestinais em crianas de 0 a 4 anos em Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS no ano de 2011.

5.2 Objetivos Especficos

a) Analisar a prevalncia de Amebase, Ascaridase, Enterobase e Giardase, em crianas de 0 a 4 anos de Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS no ano de 2011;

b) Abordar os possveis mtodos preventivos para a Amebase, Ascaridase, Enterobase e Giardase, em crianas de 0 a 4 anos de Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS no ano de 2011;

6 JUSTIFICATIVA

O estudo da parasitologia fundamental, pois as doenas parasitrias so freqentes na populao mundial e possuem elevada prevalncia no Brasil. Alguns parasitos representam um grave problema de sade pblica, sendo na maioria das vezes, ao lado da m nutrio, os responsveis por deficincia no aprendizado das crianas e no desenvolvimento fsico, podendo ocasionar incapacidade funcional, tornando-se uns dos principais fatores debilitantes da populao. Sendo assim, so estritamente necessrios estudos mais aprofundados nessa rea. Em Antnio Prado/RS, nunca foram realizados estudos sobre os possveis parasitas intestinais existentes nas crianas, de faixa etria de 0 a 4 anos, das Escolas Municipais de Educao Infantil. Esta pesquisa tem o intuito de contribuir para a conscientizao da populao sobre os problemas de sade pblica decorridos de contaminao por protozorios e vermes tpicos de reas carentes de saneamento bsico, que acabam sendo disseminados nas creches municipais. Juntamente ressaltar a devida importncia do controle dessas doenas, demonstrando como

isso pode ser feito por toda comunidade na tentativa de melhorar a sade das crianas, bem como a conscientizao dos seus mtodos de preveno.

7 REFERENCIAL TERICO

As helmintoses intestinais tem muita importncia no Brasil, pois os ndices so altos e as doenas causam reduo das condies fsicas, da capacidade para o aprendizado, atraso no desenvolvimento fsico, mental e social. Distrbios no metabolismo resultantes das leses intestinais, impedem a absoro adequada dos nutrientes, devendo ento ser oficialmente assistidas em locais com enriquecimento alimentar, exemplo creches (CIMERMAN;CIMERMAN,1999, p. 207). As infeces parasitrias constituem importante problema de sade pblica em pases em desenvolvimento, sendo que no Brasil representam um expressivo problema mdico-sanitrio e social. Acometem, com maior freqncia, a populao infantil, podendo interferir no seu desenvolvimento normal. (...) O conhecimento da histria natural dos parasitas e principais formas de transmisso, aliado as condies ambientais, scio-culturais e da comunidade em que vive o hospedeiro, traz benefcios adequando os mtodos preventivos e de educao sanitria ao nvel da populao (ISSLER; LEONE; MARCONDES, 1999, p. 368).

Conforme afirmam ISSLER; LEONE; MARCONDES (1999), uma das doenas muito encontradas em crianas a Amebase. Amebase a infeco causada pela Entamoeba histolytica, determina quadros desentricos alternados com evacuaes normais ou constipao intestinal. o Eventualmente (abscesso pode ocorrer o disseminao crebro hematognica cerebral,

comprometendo

fgado

amebiano),

(abscesso

meningoencefalite). Os principais mtodos de preveno para a Amebase so:Sendo a amebase um problema de cunho social, a erradicao desse mal endmico, j logrado h muito tempo nos pases desenvolvidos, depende acima de tudo de uma melhoria nas condies de vida das populaes que deveriam viver em habitaes co fossas sanitrias distantes das fontes de abastecimento de gua, com esgotos, gua potvel e boa alimentao. Alm dessa providncias, ao prprio homem essencial a educao, para que, tomando conhecimento dos meios e maneiras de contaminao da amebase, procure evit-los, praticando preceitos indispensveis de higiene pessoal: no ingerir gua e alimentos suspeitos; no usar excrementos como fertilizantes de hortas; manter sanitrios limpos; lavar as mos antes das refeies e aps a defecao; procurar tratar os portadores de cistos (CIMERMAN;

CIMERMAN,1999, p. 125).

Figura 7.1 - Ciclo de vida da Entamoeba histolytica

Foto 7.2 - Entamoeba histolytica

Foto 7.3 - Abscesso amebiano no fgado

Segundo afirmam ISSLER; LEONE; MARCONDES (1999), o Ascaris lumbricides um parasita especfico do homem, que causa a ascaridase, tem distribuio por todo o mundo, no Brasil acomete mais intensamente crianas, adolescentes e idosos. Habita o intestino delgado, jejuno e leo. O homem adquire a doena por meio da deglutio de ovos, presentes na gua, poeira, alimentos e objetos contaminados. A fase larvria dura duas semanas, sendo responsvel por manifestaes clnicas pulmonares e reaes alrgicas. Nas crianas, podem

ocorrer alteraes de origem nervosa do tipo insnia, cefalia etc. Podem surgir sintomas diversos como diarria, astenia, apatia, irritabilidade, anemia e formas clnicas graves como subocluso ou ocluso intestinal, Os principais mtodos de preveno para a Ascaridase so:O controle das helmintases faz-se interferindo na cadeia epidemolgica em diferentes pontos, particularmente empregando medidas que visam

promoo de sade, em particular educao para a sade, de modo a evitar contaminao no solo com fezes e contato direto com o solo; melhoria dos hbitos higinicos voltados para o preparo e o manuseio de alimentos, especialmente vegetais, e implementao de medidas de saneamento bsico (CIMERMAN; CIMERMAN,1999, p. 271).

Figura 7.4 - Ciclo de vida do Ascaris lumbricides

Foto 7.5 - Ascaris lumbricide

Foto 7.6 - Obstruo intestinal por Ascaris lumbricides

A enterobase uma parasitose causada pelo Enterobius vermicularis, que acomete a regio cecal do intestino, mais conhecida como oxiurase. O sintoma mais comum dessa verminose o prurido anal, principalmente noturno, que decorre da presena do parasita (fmea grvida) na regio anal e perianal; tambm pode localizar-se na vulva, dando origem a vulvovaginites. Podem ocorrer insnia, hiperatividade e enurese noturna. O contgio atravs dos ovos, que so liberados de forma infectante, que contaminam com facilidade alimentos, roupas de cama, mos e outras partes do corpo. A auto-infestao freqente principalmente em crianas. A orientao higinica deve abranger o indivduo, a famlia e outras pessoas que convivam com o hospedeiro, principalmente em instituies do tipo creches e orfanatos. Para controlar a Enterobase, necessrio impedir a contaminao das mos de crianas com ovos, usando por exemplo, macaco para dormir, cortando suas unhas e tendo cuidados bsicos de higiene. Caso uma epssoa apresente Enterobase, deve-se tratar todos os circundantes (CIMERMAN; CIMERMAN,1999).

Figura 7.7 Ciclo de vida do Enterobius vermicularis

Foto 7.8 Enterobius vermicularis sobre a pele de um nus humano

A giardase uma parasitose causada pelo protozorio Giardia lamblia. um protozorio cosmopolita, de regies tropicais, parasita mamferos, co, gato, coelhos, cobaias etc. Foram encontrados cistos de Giardia lamblia em intestino de baratas e moscas, sendo que nesses locais sua viabilidade menos que no meio externo, onde pode permanecer vivel at 60 dias. A transmisso se faz por meio da ingesto de alimentos contaminados com fezes humanas, fmites e principalmente nas crianas menores pela m higiene das mos ao alimentar-se.A Giardia lamblia encontrada em toda extenso do duodeno e sua patogenia est ligada ao nmero ao nmero de parasitas e a deficincia IgA e IgE na mucosa digestiva, podendo, nesses casos, desenvolver formas graves. A patogenia dessa parasitose possui dois mecanismos: o mecnico, no qual o contato direto com a mucosa acarretaria uma barreira mecnica dificultando a absoro de vitaminas lipossolveis, cidos graxo e ferro; a ao direta por invaso mucosa, irritao do epitlio com produo excessiva de muco e alteraes enzimticas. A sintomatologia mais encontrada nesse quadro a diarria de evoluo crnica, com aparecimento de muco, sndrome de m absoro intestinal e sndrome dispptica (pseudo-ulcerosa), (ISSLER; LEONE; MARCONDES, 1999, p. 375).

Conforme afirmam CIMERMAN; CIMERMAN (1999), possvel evitar a contaminao, atravs de: fervura da gua de uso domstico por cinco minutos, pois a clorao ineficiente para destruio dos cistos; saneamento bsico; educao sanitria e higiene pessoal; combate aos artrpodes (moscas e baratas).

Foto 7.9 Giardia lamblia

Figura 7.10 Ciclo da Giardia lamblia

importante ressaltar que as anlises sero por amostras fecais, para detectar a presena de trofozotos, cistos e oocistos de protozorios, ovos e larvas de helmintos. Atravs do mtodo de Hoffmann Pons & Janer ou Lutz. Baseado no princpio da sedimentao espontnea em gua, para evidenciar ovos pesados de helmintos quando a sedimentao ficar por um perodo de tempo de, no mnimo, uma hora, e para os ovos leves de helmintos e cistos de protozorios quando a sedimentao for por um perodo de 24 horas. Utilizando a seguinte tcnica:Adicionar cerca de 2 g de fezes em um bquer ou borrel contendo gua e homogeneizar o material. Coar esta suspenso em funil de vidro atravs de uma gaze dobrada em quatro, recolher o material em um recipiente cnico apropriado (copo de sedimentao), no qual ocorrer a sedimentao, em geral aps uma a 24 horas. Recolher do fundo do copo cerca de 50 mm cbicos de sedimento utilizando uma pipeta de Pasteur ou canudo, tampandoo com o dedo indicador. Depositar o sedimento em lmina, adicionar uma gota de lugol, cobrir com uma lamnula e observar ao microscpio (CIMERMAN; CIMERMAN, 1999, p. 346-347).

8 METODOLOGIA

8.1 Tipo de Pesquisa

Esta pesquisa experimental, atravs de testes laboratoriais visando confirmar a presena de Amebase, Ascaridase, Enterobase e Giardase, em crianas de 0 a 4 anos de Escolas Municipais de Educao Infantil de Antnio Prado/RS no ano de 2011. O mtodo de abordagem da pesquisa o dedutivo, pois parte de um contedo de maior abrangncia, partindo de leis e teorias universais, para derivar delas vrias conseqncias que servem como explicaes e previses. Os mtodos de procedimento so o quantitativo e o qualitativo. A tcnica utilizada a testagem de amostra de fezes do mtodo de Hoffmann Pons & Janer Lutz.

8.2 Mtodo Utilizado

O mtodo utilizado para a pesquisa ser a coleta de 40 amostras de fezes de crianas de 0 a 4 anos de Escolas Municipais de Educao Infantil na cidade de Antnio Prado, Rio Grande do Sul. Essas amostras sero coletadas nos meses de maio e setembro de 2011. O critrio para a escolha das crianas ser inicialmente a apresentao de algum sintoma citado nesta pesquisa e por conseguinte, em caso de no haverem 40 crianas com sintomas aparentes, ser feito um sorteio. As amostras sero encaminhadas para anlise no laboratrio de parasitologia da Universidade de Caxias do Sul, sendo realizada a anlise pela acadmica Raquel Regina Zanon Alves atravs do mtodo de Hoffmann Pons & Janer ou Lutz.

9 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS CIMERMAN, Benjamin; CIMERMAN, Srgio. Parasitologia humana e seus fundamentos. So Paulo: Atheneu, 1999. XIV, 375 p. ISSLER, Hugo; LEONE, Claudio; MARCONDES, Eduardo. Pediatria na ateno primria. So Paulo: Sarvier, 1999. 437 p. SIQUEIRA, Rosangela Vieira; FIORINI, Joo Evangelista. Conhecimentos e procedimentos de crianas em idade escolar frente a parasitoses intestinais. R. Um. Alfenas, Alfenas, 5: 215-220,1999. Disponvel em: Acesso em: 12 out. 2011. CHAVES, der Mauro Silveira. ET AL. Levantamento de Protozoonoses e Verminoses nas sete creches municipais de Uruguaiana, Rio Grande do Sul-Brasil. RBAC, vol. 38(1): 39-41, 2006. Disponvel em: < http://www.sbac.org.br/pt/pdfs/rbac/rbac_38_01/rbac3801_10.pdf> Acesso em: 12 out. 2011 PROTOZOONOSES Amebase Celular. 2007. il. Disponvel em: . Acesso em: 19 out. 2011. PROTISTAS. 2008., il. color. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011. PORTAL Dia-a-dia Educao: Ascaridase. 2011. il. Color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. WIKIPEDIA: Ascarase. 2011. il. color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. SIAS: Parasitologia. 2011. il. color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. PORTAL So Francisco: Enterobase. 2011. il. color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. ESPAO da Blue: Vermes. 2011. il. color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. SIS: O que significa parasitoses intestinais. 2011. il. color. Disponvel em: . Acesso em: 14 nov. 2011. POLICLNICA Veterinria de Cotia: Zoonoses. 2011. . Acesso em: 14 nov. 2011.