pesquisa científica - aula 7

P esquisa Fundamentos da

Científica

Os tipos de

Pesquisa Científica

Aula 7

Todas as aulas estão disponíveis em http://reeduc.com.br

Prof. Jefferson Baptista Macedo

Os tipos de Pesquisa

A escolha do Tipo de Pesquisa Para que um método de pesquisa

tenha seu emprego adequado é

preciso saber se ele responderá aos

objetivos da investigação científica que

se quer empreender (TURATO, 2003).

A opção pelo método e pela técnica de

pesquisa depende da natureza do

problema que preocupa o investigador,

ou do objeto que se deseja conhecer

(SANTOS; CLOS, 1998).

O melhor método é aquele que mais

ajuda na compreensão do fenômeno a

ser estudado (HAGUETTE, 1992).

© Prof. Jefferson Baptista Macedo/2014 – 2ª edição



A escolha do Tipo de Pesquisa Os tipos de Pesquisa podem ser

classificados de acordo com:

1)A natureza da Pesquisa

2)O objetivo da Pesquisa

3)O procedimento da Pesquisa

4)O tempo da Pesquisa

5)O tipo de análise da Pesquisa




Quanto à natureza

Empírica

Também chamada de Pesquisa Aplicada, é realizada por meio da aplicação da teoria.

Teórica

É também denominada de Pesquisa Pura. Refere-se

às Ciências Formais.



(GIL, 2008)

Quanto ao Objetivo

Exploratórias

Têm como objetivo

proporcionar maior familiaridade como o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou

aprimorar conceitos obre o

assunto.

Descritivas

Têm como objetivo primordial

a descrição das características de

determinado fenômeno ou o

estabelecimento de relações de

variáveis.

Explicativas

Têm como preocupação

central identificar os fatores que determinam ou

contribuem para a ocorrência de determinados fenômenos.




(GIL, 2008)

Quanto ao Procedimento

Bibliográfica

É desenvolvida com base em

material já elaborado, constituído

principalmente de livros e artigos

científicos, impressos ou

digitais.

Documental

Caracteriza-se pela natureza das fontes

a serem pesquisadas, que

devem ser registros oficiais:

documentos, prontuários,

registros, relatórios, tabelas estatísticas.

Experimental

Consiste na análise do objeto de estudo

por meio da manipulação,

controle e observação dos

efeitos causados. Também existem as

semi ou pré-experimentais.




(GIL, 2008)


Ex-post-facto

A tradução literal é “a partir do passado”.

Caracteriza-se pelo estudo realizado

após a ocorrência do acontecimento para se analisar

possíveis relações de variáveis.

Survey

Caracteriza-se pelo levantamento de

informações diretamente dos participantes da

pesquisa em grande escala

quantitativa, com toda população ou por amostragem.

Estudo de Caso

Estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de

maneira que permita seu

conhecimento detalhado dentro do contexto específico

em que o caso ocorre.




(GIL, 2008)


Estudo de Campo

Caracteriza-se pela pesquisa

realizada in loco. Permanência

dentro do contexto no qual a pesquisa é realizada, mas sem participação

ou influência.

Pesquisa Participante

Caracteriza-se pela interação

entre o pesquisador e

os sujeitos participantes da

pesquisa dentro do contexto ou da situação a ser investigada.

Pesquisa-Ação

Realizada em estreita associação da pesquisa com

uma ação realizada pelo pesquisador a fim de intervir no

fenômeno que está sendo pesquisado dentro do contexto

pesquisado.




(GIL, 2008)


Quanto ao tempo

Transversais

Também denominada de cross-sectional, ocorrem quando a

exposição da causa está presente no mesmo intervalo de tempo

analisado. Apresenta-se como uma fotografia ou corte instantâneo que se faz numa população por meio de uma amostragem, examinando-se a presença ou ausência da exposição e a presença ou ausência do efeito

Longitudinais

Destinam-se a estudar um processo ao longo do tempo para investigar mudanças, ou seja, refletem uma sequência de fatos. Podem ter a influência de fatores externos,

podendo mudar o grau de comparabilidade entre os grupos, mas são pesquisa valiosas. Os estudos longitudinais podem ser prospectivos ou retrospectivos.



(GIL, 2008)


Quanto ao tipo de Análise

Quantitativa

Caracteriza-se pelo levantamento de dados

numéricos e representativos de

fenômenos existentes em uma determinada

população ou amostra.

Qualitativa

Caracteriza-se pela análise aprofundada e minuciosa de questões

mais particulares e específicas, independente

do número de participantes.

(GIL, 2008)




Quantitativa Características

Busca explicação: os porquês. Preocupa-se

com identificação das causas que são origem

dos fenômenos.

Foco

Busca compreensão: o como. Refere-se ao

mundo dos símbolos/ significados de como os

fenômenos ocorrem.

Qualitativa

Fatos naturais descritos

(incidência/prevalência).

Objeto

de estudo

Fenômenos humanos apreendidos

(significados).

Distancia-se do fato pesquisado.

Papel do

Pesquisador

Envolve-se no fenômeno de interesse.





Randômica: representativa

estatisticamente de uma população.

Amostra/

grupo para estudo

Proposital, intencional: sujeitos individualmente

eleitos, tamanho pequeno.

Qualitativa

Técnicas estatísticas, habitualmente feitas por

especialistas.

Tratamento/

análise dos dados

Análise de conteúdo: categorias por relevância

teórica de repetição.

Experimentos e surveys, observação dirigida,

questionários fechados.

Instrumentos de

pesquisa

Combinação de instrumentos mistos, análise de conteúdo,

discurso etc.





Fidedignidade atribuída ao rigor da reprodutibilidade

dos resultados.

Critério de

confiabilidade

Validade atribuída ao rigor da validade dos dados/achados.

Qualitativa

Em linguagem matemática (tabelas, quadros), habitualmente em

separado no relatório.

Apresentação dos

resultados

Tópicos redigidos com observações do campo e

citações literais(falas), não separados da discussão.

Confirmação ou refutação das hipóteses

previamente definidas. Generalização dos

resultados e conclusões.

Discussão dos

resultados e

conclusões

Interpretação simultânea à apresentação de

resultados, revisão de hipóteses, conceitos ou

pressupostos.




Quando utilizar a abordagem

Qualitativa Quando utilizar a abordagem

Quantitativa

• Para avaliar resultados individuais dos participantes de um programa, serviço ou atividade.

• Para responder questões sobre como, o que e por que.

• Para avaliar a dinâmica interna de processos e atividades.

• Para avaliar atividades cujos objetivos são gerais e pouco específicos.

• Quando a coleta quantitativa de dados é tão rotineira que não se presta mais atenção ao significado expresso por eles.

• Para avaliar resultados que podem ser contados e expressos em números, taxas e proporções.

• Para conhecer a eficiência de uma ação, programa ou serviço.

• Para responder a questões relativas à quantidade.

• Quando o objeto a ser investigado possui diferenças de grau, exigindo uma lógica de mais ou de menos.

• Quando se busca estabelecer relações significativas entre variáveis.




Quantitativa Aspectos

• Possibilita a análise direta dos dados.

• Tem força demonstrativa.

• Permite generalização pela representatividade.

• Permite inferência para outros contextos.

Vantagens

• Permite interação e considera a subjetividade dos sujeitos.

• Permite compreender resultados individualizados.

• Permite compreender a dinâmica interna de programas e atividades.

• Permite compreender aspectos minuciosos e mais particulares.

Qualitativa

• O significado é sacrificado em detrimento do rigor e precisão exigidos pela análise.

• Não possibilita análises aprofundadas de relações.

• Os resultados podem ser considerados como verdade absoluta.

Desvantagens

• Pode conduzir a uma excessiva coleta de dados.

• Depende de uma capacidade maior de análise por parte do pesquisador.

• Exige maior uso do recurso tempo.



P esquisa Fundamentos da

Científica

Prof. Jefferson Baptista Macedo

Doutorando em Psicologia da Educação-PUCSP. Mestre em Semiótica, Tecnologias de Informação e

Educação. Graduado em Pedagogia e Pós-graduado em Psicopedagogia pela Universidade Braz

Cubas e Pós-graduado em Liderança e Gestão de Pessoas pelo Leadership Training Ministry-LTM

(CAN). Coordenador Acadêmico dos Cursos de Pedagogia, Letras e História e Coordenador do Apoio

Psicopedagógico da Universidade de Mogi das Cruzes/Campus Villa-Lobos até 2013. Coordenador

Pedagógico do Programa Alfabetização Solidária na Universidade Braz Cubas até 2009. Coordenador

do Projeto África/Moçambique pelo Instituto Shaddai desde 2001. Professor convidado do LTM -

Leadership Training Ministry - Alberta/Canadá desde 2001. Professor dos cursos de Psicologia,

Pedagogia e Pós-graduação em Psicopedagogia da Universidade Braz Cubas/SP até 2009. Professor

de Pós-graduação em Metodologias de Trabalho com Famílias e Direito Educacional da Faculdade

Bagozzi – Curitiba/PR. Professor dos cursos de Pedagogia, Psicologia, Direito e Pós-graduação em

Psicopedagogia e Direito Processual na Universidade de Mogi das Cruzes/SP. Delegado

representante de Mogi das Cruzes na CONAE 2010/Brasília. Pesquisador na área de Políticas

Educacionais e Práticas Educativas do Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas da UMC e PUCSP.

pesquisa científica - aula 7

Education