pesquisa-aÇÃo e agÊncia em sala de aula

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PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA LAÍS LEMOS (UESC) ORIENTADOR: Dr. RODRIGO CAMARGO ARAGÃO FORTE – Formação, Linguagens e Tecnologias (DGP/CNPq)

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Page 1: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

LAÍS LEMOS (UESC)

ORIENTADOR: Dr. RODRIGO CAMARGO ARAGÃO

FORTE – Formação, Linguagens e Tecnologias (DGP/CNPq)

Page 2: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

INTRODUÇÃO Tema: Pesquisa-ação e agência em sala de aula;

Objetivo: Observar como a prática de pesquisa-ação no campo da linguística aplicada pode propiciar um agenciamento dos participantes no contexto de sala de aula;

Justificativa: Argumenta-se a importância da pesquisa-ação como uma possibilidade de agência dos participantes de uma sala de aula, na crença de que o papel do ensino e da pesquisa não pode ser negligenciado e que as emoções estendidas no processo de ensino/aprendizagem devem ser cuidadosamente consideradas como possibilidade de agenciamento.

Linguística Crítica (PENNYCOOK, 2001);

Biologia do Conhecer (MATURANA, 1998; 2001)

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PESQUISA-AÇÃO

Busca por novas formas de intervenção e investigação, privilegiando a participação em vista da transformação da realidade (BALDISSERA, 2001);

Tipo de estudo participativo;

O conhecer é construído pelas ações coletivas dos participantes;

“Uma metodologia do conhecer e do agir coletivo, em que o conhecer e o agir acontecem de forma simultânea numa relação dialética sobre a realidade social, e ao privilegiar a participação visa a transformação desse contexto” (BALDISSERA, 2001, p.10).

Page 4: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

PESQUISA-AÇÃO

Segundo Telles (2002) nesse tipo de investigação, pesquisador e docentes trabalham em conjunto, procurando compreender a prática do cotidiano escolar;

Oliveira (2012) argumenta que essa modalidade de pesquisa se destina à promoção de ações dialógicas, podendo promover a emancipação dos participantes na construção de sentidos no mundo;

Localmente situada (LEFFA, 2003 ; OLIVEIRA, 2012)

Formação docente crítica

Page 5: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

PESQUISA-AÇÃO Atuação engajada pelos participantes; Expostos a reflexões; Consciência de si; Transformação de conduta; Agência dos sujeitos em sala de aula; Ensino e Pesquisa; Teoria e Prática; Razão e Emoção;

EnsinoAprendizage

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Page 6: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

AGÊNCIA

“Forma de intervir no processo discursivo de construção de sentidos e representação de mundo” (JORDÃO, 2010, p. 432).

Page 7: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

AGÊNCIA Hibridismo – Diferença = Na construção dos sentidos; Caráter conflitante das representações; Resistência – Posicionamento do sujeito; Desafio às narrativas totalizadoras;

“Ação construída no processo discursivo de construção de sentidos, na produção e estabelecimento de discursos que definem e categorizam pessoas, ideias, conhecimento e formas de conhecer” (JORDÃO, 2010, p. 432)

Page 8: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

CONVERGÊNCIAS

Ensino & Pesquisa;

Teoria & Prática;

Razão & Emoção;

Page 9: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

ENSINO & PESQUISA

“O trabalho de pesquisa é imprescindível, inseparável do ensino” (LEFFA, 2003, p. 234).

Page 10: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

TEORIA & PRÁTICA

Postura crítica sob a Linguística Aplicada Relações globais e locais; Prática contextualizada;

“Em todo seu contexto como uma constante relação recíproca entre teoria e prática” (PENNYCOOK, 2001, p.3)

Inter-relação complexa

Page 11: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

RAZÃO & EMOÇÃO

o Emoções como variáveis;

o Complexo processo de ensino/aprendizagem de línguas;

o Heterogeneidade da sala de aula;

EMOÇÕES AÇÕES

“Disposições corporais que determinam ou especificam domínios de ações” (MATURANA, 1998, p.16).

Page 12: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

EMOÇÕES, REFLEXÃO E CONSCIÊNCIA DE SI

Elementos de transformação de ensino-aprendizagem;

Reflexão e ação responsiva dos sujeitos;

Transformação;

“Quando refletimos, vivemos uma transformação em nossa conduta e podemos observar e agir de uma forma que antes não podíamos” (ARAGÃO, 2008, p.315).

Page 13: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ... Pesquisa-ação Ensino & Pesquisa; Teoria & Prática; Razão & Emoção; Ação participativa; Reflexão e consciência de si; Agência dos sujeitos em sala de aula; Transformação;

“Propicia o empoderamento dos participantes, contribuindo para o desenvolvimento de resultados a partir do conhecimento vivenciado por eles, propiciando uma contínua construção identitária, favorecida pela auto-reflexão e consciência de si” (OLIVEIRA, 2012, p.58-9).

Page 14: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

REFERÊNCIAS

ARAGÃO, R. Cognição, emoção e reflexão na sala de aula: por uma abordagem sistêmica do ensino/aprendizagem de inglês. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 101-120, 2005.

 ___________. São as histórias que nos dizem mais: emoção, reflexão e ação na sala de aula. 2007. 287 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

 ___________. Emoções e pesquisa narrativa: transformando experiências de aprendizagem. Revista Brasileira de Lingüística Aplicada, v. 8, n. 2, p. 295-308, 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbla/v8n2/03.pdf>. Acesso em: 28 Mar. 2015.

___________. Emoção no ensino/aprendizado de línguas. IN: MASTRELLA-DE-ANDRADE, M. R. (Org.). Afetividade e emoções no ensino/aprendizagem de línguas: Múltiplos olhares. Campinas: Pontes Editores, 2011. Vol.18.

 _____________. Reflexão, identidade e emoção na aprendizagem de inglês. Revista Contexturas, n.22, p. 28-48, 2014.

BALDISSERA, A. Pesquisa-ação: uma metodologia do “conhecer” e do “agir” coletivo. Sociedade em Debate, Pelotas, v. 7, n. 2, p. 5-25, ago. 2001.

 BRASIL. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, 2006.

CAVALCANTI. M.C. A propósito de linguística aplicada. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas: Unicamp, vol. 07, 1986.

CELANI, Maria Antonieta Alba. Questões de ética na pesquisa em Lingüística Aplicada. Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 8, n. 1, p. 101-122, jan./jun. 2005. Disponível em: < http://rle.ucpel.edu.br/index.php/rle/article/viewFile/198/165>. Acesso em: 25 Mar. 2015.

 ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-ação. Educar. Curitiba, n.16, p.181-191. Editora da UFPR. 2000.

 

Page 15: PESQUISA-AÇÃO E AGÊNCIA EM SALA DE AULA

 JORDÃO, Clarissa Menezes. A posição de professor de inglês no Brasil: hibridismo, identidade e agência. R. Let, & Let. Uberlândia-MG, v.26, n.2, p.427-442, jul/dez 2010.

 LEFFA, V. O ensino do inglês no futuro: da dicotomia para a convergência. In: STEVENS, Cristina Maria Teixeira; CUNHA, Maria Jandyra Cavalcanti. Caminhos e colheita: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: Editora UnB, 2003. p. 225-250.

 MATURANA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

 MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.

 OLIVEIRA, Ana Larissa Marciotto. A pesquisa-ação colaborativa e a prática docente localmente situada: dois estudos em perspectiva. Calidoscópio. São Leopoldo-RS: Unisinos, vol. 10, n. 1, p. 58-64, jan.-abr. 2012.

 PAIVA, V.L.M.O. Reflexões sobre ética na pesquisa  Revista Brasileira de Lingüística Aplicada. Belo Horizonte. v. 5, n. 1, p. 43-61, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1984-63982005000100003&script=sci_arttext>. Acesso em: 25 mar. 2015.

 PENNYCOOK, A. Critical applied linguistics: A critical introduction. Mahwah, NJ: Erlbaum. 206 pp., p.1-23, 2001.

 TELLES, João A. “É pesquisa, é? Ah, não quero, não, bem!” Sobre pesquisa acadêmica e sua relação com a prática do professor de línguas. Linguagem & Ensino, v. 5, n. 2, 2002. p. 91-116. Disponível em: <http://www.rle.ucpel.tche.br/index.php/rle/article/view/238/205>. Acesso em: 26 mar. 2015.