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FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7 CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO CAROLINE OLIVEIRA MARTINS PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E O PAPEL DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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FACULDADE 7 DE SETEMBRO – FA7 CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO                      

CAROLINE OLIVEIRA MARTINS    

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E O PAPEL DA PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

                     

 

 FORTALEZA – 2011  

CAROLINE OLIVEIRA MARTINS                  

   

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E O PAPEL DA PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR

       

Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração.

   

Orientador: Prof. Ricardo Aquino Coimbra, Ms.                        

   

 

FORTALEZA - 2011

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E O PAPEL DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

   

Artigo científico apresentado à Faculdade 7 de Setembro como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Administração.          

Caroline Oliveira Martins

 

   Artigo científico aprovado em: / /

       

Prof. Ricardo Aquino Coimbra, Ms. (FA7)            1º Examinador:  

 2º Examinador:  

 

   

Prof. Francisco Hercílio de Brito Filho, Ms. (FA7) Coordenador do Curso    

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E O PAPEL DA

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

 

RESUMO  

 

A expectativa de vida dos brasileiros está cada vez maior, devido a fatores como melhor qualidade de vida, prevenção contra doenças, maior cuidado com o físico, entre outras causas. Consequentemente, o aposentado está passando mais tempo recebendo seu benefício, através da Previdência Social, enquanto a quantidade de trabalhadores na ativa está cada vez mais ineficiente para suprir esta demanda. A mídia expõe cada vez mais frequentemente opiniões de especialistas nada animadoras para as futuras gerações de aposentados, mas por outro lado, vêm sendo apresentada uma alternativa de investimento que se aperfeiçoa e apresenta crescentes superávits. O presente estudo visa demonstrar a atual situação da Previdência Social e a Previdência Complementar como alternativa de suplementar, ou até mesmo garantir, uma aposentadoria digna no futuro. Palavras-chave: Previdência Social, Previdência Complementar, déficit, superávit, futuro, qualidade.  

ABSTRACT

The life expectancy of Brazilians is increasing due to factors such as better quality of life, prevention of disease, greater care with the physical, among other causes. Consequently, the retiree is spending more time getting the benefit through Social Security, while the number of employees in active is increasingly inefficient to meet this demand. causes. The media exposes increasingly expert opinion nothing encouraging for future generations of retirees, but on the other hand, have been given an investment alternative that is perfected and has growing surpluses. This study aims to demonstrate the current situation of Social Security and Pension Funds as an alternative to supplement or even guarantee a decent retirement in the future. Keywords:  Social  Security,  Pension,  deficit,  surplus, future,  quality.  

   

 

 

 

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................

6

2 METODOLOGIA............................................................................................................. 8  

3 DESENVOLVIMENTO E CARACTERÍSTICAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E

SUPLEMENTAR................................................................................................................

10

3.1 Histórico da Previdência no Brasil...............................................................................

10

3.1.1 PRIMEIRA FASE.................................................................................................................

10  

3.1.2 SEGUNDA FASE.................................................................................................................

10  

3.1.3 TERCEIRA FASE.................................................................................................................

11  

3.2 SEGURIDADE E PREVIDÊNCIA SOCIAL...................................................................................

12  

3.3 Previdência Complementar........................................................................................... 13  

3.3.1 PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA...........................................................................................

15  

3.3.2 PREVIDÊNCIA PRIVADA FECHADA.........................................................................................

 

16  

4 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E DA

PREVIDÊNCIACOMPLEMENTAR..............................................................................

17

4.1 A Previdência Social......................................................................................................

17

4.1.1 ANÁLISE CRÍTICA DO DESENVOLVIMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.........................................

17  

4.1.2 O PRESENTE E AS PROJEÇÕES PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL....................................

20  

4.2 PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR..........................................................................................

21  

4.2.1 DESENVOLVIMENTO E CARACTERÍSTICAS DA PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR.............................. 21  

4.2.2 O PAPEL DO INVESTIMENTO NO PRESENTE PARA O FUTURO.....................................................

23  

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................

24  

6 FONTES DE PESQUISA................................................................................................

26  

1 INTRODUÇÃO  

A população está se preocupando cada vez mais cedo com a velhice e a qualidade de vida que desfrutarão nesta fase. Esta época deixa de ser vista como o “começo do fim” e passa a ser percebida como a fase do descanso e gozo das conquistas realizadas ao longo da existência.  

A PREVIDÊNCIA BRASILEIRA BASEIA-SE NO REGIME DE REPARTIÇÃO SEM RECURSOS CAPITALIZADOS. ONDE OS PROFISSIONAIS DA ATIVA CONTRIBUEM E PAGAM PELOS INATIVOS, E SEGUNDO A

PREVIDÊNCIA SOCIAL, OS CONTRIBUINTES DE HOJE CONTARIAM APENAS COM AS PRÓXIMAS

   

GERAÇÕES PARA GARANTIR SUA APOSENTADORIA.  

ESTE REGIME DE REPARTIÇÃO BÁSICO É ADOTADO EM DIVERSOS PAÍSES COMO ESTADOS UNIDOS, ALEMANHA, ESPANHA, FRANÇA E ATÉ NO JAPÃO, A DIFERENÇA É QUE POSSUEM UMA RESERVA

CAPITALIZADA EM FUNDOS INDIVIDUAIS PARA CUSTEAR UMA RENDA MÍNIMA DURANTE A

INATIVIDADE, QUE FUNCIONA COMO AMORTECEDOR PARA O FUTURO DO SISTEMA.  

NO BRASIL NÃO EXISTEM POUPANÇAS INDIVIDUAIS, APENAS AS CONTRIBUIÇÕES SOB REGIME DE

REPARTIÇÃO. DIVERSOS ESPECIALISTAS JÁ FAZEM O ALERTA E PREVÊEM AS CONSEQÜÊNCIAS

FUTURAS DA ATUAL SITUAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO PAÍS. AMARO (2011, P. 2), JÁ AFIRMA

QUE A POPULAÇÃO IDOSA TRIPLICARÁ NOS PRÓXIMOS 40 ANOS, PASSANDO DE 6,8% PARA 22,7%

(ACIMA DE 60 ANOS). AS PESSOAS NÃO SÃO INCENTIVADAS PELO GOVERNO A POUPAR E NÃO SÃO

CONSCIENTIZADAS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE GARANTIR UMA RENDA NA INATIVIDADE, POIS MUITOS

ESTÃO CONTANDO COM A “GARANTIA INTEGRAL” DO ESTADO.  

CONSTANTEMENTE OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO DIVULGAM OS RESULTADOS DE DÉFICIT DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL, UM ESTUDO DETALHADO BASEADOS NAS TEORIAS DE ESPECIALISTAS SERÁ

APRESENTADO MAIS ADIANTE. DIANTE DESSAS DIVULGAÇÕES, DAS CRÍTICAS E DAS PERSPECTIVAS, A

POPULAÇÃO ESTÁ PERCEBENDO CADA VEZ MAIS NITIDAMENTE A INVIABILIDADE DA APOSENTADORIA

GARANTIDA PELO GOVERNO. O FATO É QUE AS CONTRIBUIÇÕES REALIZADAS PELOS PROFISSIONAIS

DA ATIVA ESTÃO CADA VEZ INEFICIENTES DIANTE DAS SAÍDAS, OU SEJA, DAS APOSENTADORIAS

SOLICITADAS.  

DIANTE DESTES PROGNÓSTICOS, A ÚNICA CERTEZA QUE OS FUTUROS APOSENTADOS PODEM TER É

QUE A PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO RESISTIRÁ SE CONTINUAR A AVANÇAR DESTA FORMA. MUITOS

APOSENTADOS JÁ SOBREVIVEM COM DIFICULDADE RECEBENDO O ATUAL BENEFÍCIO, POIS PARA A

GRANDE MAIORIA NÃO GARANTE BOA MORADIA, ALIMENTAÇÃO ADEQUADA, COMPRA DE

MEDICAMENTOS, LAZER E TERAPIAS, ENTRE OUTROS FATORES FUNDAMENTAIS AOS IDOSOS.  

QUANDO A MÍDIA DIVULGA A REAL SITUAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL E AS PREVISÕES PARA O

FUTURO PRÓXIMO, AS PESSOAS DEPARAM-SE COM UM DESTINO CADA VEZ MAIS INCERTO. ATUALMENTE FAZ-SE NECESSÁRIO PLANEJAR A VELHICE, ALGO QUE ATÉ ANOS RECENTES NÃO

PREOCUPAVA TANTO O CIDADÃO BRASILEIRO. O SUJEITO VISUALIZA COMO DESEJA DESFRUTAR A

VIDA APÓS A APOSENTADORIA, REALIZA UMA MÉDIA DE QUANTO IRÁ NECESSITAR ALÉM DO

BENEFÍCIO DISPONIBILIZADO PELO GOVERNO PARA GARANTIR O PADRÃO DE VIDA PROJETADO, E

ENTÃO CONTRATA OS SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SUPLEMENTAR.  

A POPULAÇÃO ESTÁ PREOCUPADA EM GARANTIR UMA BOA VELHICE, TRANQÜILA E DIGNA. E A

FORMA MAIS PROCURADA DE ASSEGURAR O SOSSEGO NESTA FASE DA VIDA, É PARTICIPANDO DA

PREVIDÊNCIA PRIVADA.  

 

A PREVIDÊNCIA PRIVADA VEM NO SENTIDO SUPLEMENTAR, DE INCREMENTAR A RENDA MENSAL

PROPORCIONADA PELO GOVERNO NA FASE DA APOSENTADORIA. MAS DIANTE DO ATUAL CENÁRIO, BREVEMENTE APRESENTADO NESTA INTRODUÇÃO, MUITOS ESTÃO ADERINDO À MODALIDADE DE

INVESTIMENTO POR ACREDITAR QUE O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL É CONTESTÁVEL, OU SEJA, AS PESSOAS NÃO ESTÃO MAIS SEGURAS DESTE BENEFÍCIO.  

A seguir serão apresentadas as Hipóteses, pois trata-se de um estudo que procura

estabelecer relações de causa e efeito: simplificando, da atual situação da previdência social e o

efeito que exerce sobre o cidadão brasileiro, que procura com maior freqüência os planos de

previdência suplementar, seja como complemento da previdência social ou como única garantia

de renda.

EXISTEM APENAS DUAS SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA APRESENTADO. UM DELES, DEFENDIDO POR

DIVERSOS ESPECIALISTAS, SERIA UMA REFORMA NA PREVIDÊNCIA SOCIAL. O ATUAL MODELO DE

PREVIDÊNCIA APRESENTA DIVERSOS PROBLEMAS, SEJAM POR FATORES CONJUNTURAIS, ESTRUTURAIS OU GERENCIAIS, O RESULTADO É UM DÉFICIT CRESCENTE, DE ACORDO COM

ESPECIALISTAS. VISUALIZANDO AS EXPERIÊNCIAS DE DIVERSOS PAÍSES EM TODO O MUNDO, É

POSSÍVEL ANALISAR ALGUNS MODELOS ADOTADOS COMO ALTERNATIVAS DE REFORMA. O CASO

MAIS OUSADO FOI DA REFORMA CHILENA, ONDE A PARTIR DA DÉCADA DE 80, O TRABALHADOR

PASSOU A CONTAR COM UM FUNDO INDIVIDUAL DE CAPITALIZAÇÃO COMPULSÓRIO, ALÉM DISSO, PODERIA ESCOLHER UMA ADMINISTRADORA DE FUNDOS DE PENSÃO PARA GERENCIAR SEU FUNDO. ANTES DESTA REFORMA, O SISTEMA ATUAVA SOBRE REGIME DE CONTRIBUIÇÃO COMPULSÓRIA DE

REPARTIÇÃO, A PARTIR DA REFORMA O TRABALHADOR PODERIA OPTAR POR UMA DAS FORMAS DE

CONTRIBUIÇÃO. NA ARGENTINA O PROCESSO DE REFORMA INICIOU EM 1990, DEPOIS DE VÁRIOS

ESTUDOS E DEBATES, O MODELO APROVADO ERA UM SISTEMA MISTO PÚBLICO-PRIVADO, ONDE O

CIDADÃO OPTA POR UM DELES E POSSUI LIBERDADE PARA ESCOLHER UMA ADMINISTRADORA. O

ESTADO DESEMPENHA PAPEL BASTANTE ATIVO, MESMO NO QUE SE REFERE AO SISTEMA PRIVADO.

NO SISTEMA MEXICANO, APÓS A REFORMA, A PARTIR DE DETERMINADO VALOR DE SALÁRIO AS

CONTRIBUIÇÕES SÃO CAPITALIZADAS EM FUNDO INDIVIDUAL, O CONTRIBUINTE PODE ESCOLHER A

ADMINISTRADORA. DESTA FORMA, O SISTEMA MEXICANO É UM HÍBRIDO DE CAPITALIZAÇÃO E

REPARTIÇÃO.  

TODAS AS ALTERNATIVAS ADOTADAS NAS REFORMAS APRESENTADAS POSSUEM, TEORICAMENTE, UMA SÉRIE DE DISPOSITIVOS “INTELIGENTES”, VISANDO À PROTEÇÃO DO TRABALHADOR. O

CUMPRIMENTO DESSES DISPOSITIVOS FICA A CARGO DA INICIATIVA POLÍTICA DOS GOVERNANTES, PARA QUE O SISTEMA FUNCIONE CORRETAMENTE CONFORME O PLANEJAMENTO. ESTE MODELO

RESOLVE UMA SÉRIE DE PROBLEMAS, REDUZINDO OU ELIMINANDO O CHAMADO FREE-RIDER

(PESSOAS QUE RECEBEM BENEFÍCIO SEM TER CONTRIBUÍDO), A EVASÃO E DANDO TRANSPARÊNCIA

   

AO SISTEMA.  

O presente estudo tem por objetivo compreender a importância da participação da população na Previdência Privada na atualidade. Apresentando a finalidade desta modalidade de investimento e demonstrando a real situação da Previdência Pública no país, sua projeção e expectativas para o futuro, evidenciando a necessidade de firmar garantias para esta fase da vida, de forma tranqüila e segura.  

Os objetivos específicos foram definidos da seguinte forma:

·∙   APRESENTAR  A  EVOLUÇÃO  DA  PREVIDÊNCIA  SOCIAL  E  DA  PREVIDÊNCIA  COMPLEMENTAR;  

·∙   DEMONSTRAR  A  SITUAÇÃO  DA  PREVIDÊNCIA  SOCIAL  NO  PRESENTE;  

·∙   DEMONSTRAÇÃO  DAS  CARACTERÍSTICAS  E  VANTAGENS  DA  PREVIDÊNCIA  PRIVADA.  

 

2 METODOLOGIA

 

De acordo com Santos (2005, p. 111), “teoria e fato são objetos de interesse dos

cientistas, estudiosos e pesquisadores”. Primeiramente devem ser determinados os objetivos para

saber quais informações devem ser investigadas. No presente estudo, a forma de pesquisa deverá

ter uma abordagem qualitativa, dada a natureza do trabalho. Portanto, não serão citados dados

estatísticos. Este tipo de abordagem demanda uma série de leituras sobre assuntos relacionados,

para que possa ser realizada uma relação entre as opiniões de especialistas no assunto. Ainda

segundo Santos (2005, p. 111), “teoria e fato não são diametralmente opostos, são elementos de

um mesmo objetivo, ambos procuram a verdade, sendo portanto indispensáveis à abordagem

científica”.

A PESQUISA SE UTILIZA DE MÉTODOS PARA ALCANÇAR AFIRMAÇÕES QUE POSSAM SER

APRESENTADAS COMO VÁLIDAS (SANTOS, 2005, P. 178). PARA ATINGIR OS OBJETIVOS DA

PESQUISA, SERÁ NECESSÁRIO ESTUDAR E ENTENDER A DINÂMICA DA PREVIDÊNCIA NO BRASIL, SEU

DESENVOLVIMENTO, SURGIMENTO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, CARACTERÍSTICAS DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL E COMPLEMENTAR, REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, SITUAÇÃO ATUAL DA

PREVIDÊNCIA SOCIAL E PREVISÃO DOS ESPECIALISTAS, NECESSIDADE DE PARTICIPAR DA

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, CRÍTICA SOBRE O FUTURO, ENTRE OUTROS ASPECTOS

CONSIDERADOS RELEVANTES PARA REALIZAR UM ESTUDO CONSISTENTE SOBRE A IMPORTÂNCIA DO

 

PLANEJAMENTO DA APOSENTADORIA.  

SEGUNDO SANTOS (2005, P. 173), “A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA É FEITA COM BASE NOS

DOCUMENTOS JÁ ELABORADOS, TAIS COMO LIVROS, DICIONÁRIOS, ENCICLOPÉDIAS, PERIÓDICOS, COMO JORNAIS E REVISTAS, ALÉM DE PUBLICAÇÕES, COMO COMUNICAÇÃO E ARTIGOS CIENTÍFICOS, RESENHAS E ENSAIOS CRÍTICOS”. PARA ESTUDAR A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR É PRECISO OBTER

DIVERSAS INFORMAÇÕES, ATRAVÉS DE UM BOM EMBASAMENTO TEÓRICO PARA ASSIM OBTER

INFORMAÇÕES CONSISTENTES SOBRE ANÁLISES DOS DADOS LEVANTADOS. TEORIAS RELACIONADAS

AO ASSUNTO, DIRETAMENTE, INDIRETAMENTE E COMPLEMENTARES, SÃO NECESSÁRIAS PARA

IDENTIFICAR, BUSCAR E ANALISAR AS INFORMAÇÕES CORRETAS E INDISPENSÁVEIS PARA O

DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO.  

APÓS A PRIMEIRA ETAPA, AS INFORMAÇÕES SERÃO SELECIONADAS PARA COMPOR O TRABALHO, DE

FORMA A PROPORCIONAR COERÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO. SOB A LUZ DAS TEORIAS

PRETENDE-SE DEMONSTRAR A RELEVÂNCIA DO PLANEJAMENTO DE UMA PREVIDÊNCIA PRIVADA, SEJA ENQUANTO COMPLEMENTO DA APOSENTADORIA PROPORCIONADA PELO ESTADO, SEJA COMO

ÚNICA GARANTIA DE RENDA NESTA FASE.  

APÓS FAZER TODO ESTE LEVANTAMENTO, PARA CONCLUIR O TRABALHO, SERÁ REALIZADO UM

ESTUDO COMPARATIVO, ENTRE A PREVIDÊNCIA SOCIAL E SUA SITUAÇÃO ATUAL E AS EXPECTATIVAS

PARA SEU FUTURO, E O DESENVOLVIMENTO DA PREVIDÊNCIA SUPLEMENTAR.  

 

3 DESENVOLVIMENTO E CARACTERÍSTICAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E

SUPLEMENTAR

3.1 Histórico da Previdência no Brasil  

 

3.1.1 Primeira Fase

A primeira fase da história da previdência complementar tem início antes da legislação específica sobre o tema. Segundo Monteiro (2011, p. 1), “a Previdência Social no Brasil possui mais de 100 anos de história. A primeira legislação pertinente ao tema é datada de 1888, quando foi regulamentado o direito à aposentadoria para empregados dos Correios”.  

MAS SOMENTE EM 1904 FOI CRIADA A PRIMEIRA ENTIDADE DESTINADA AO OFERECIMENTO DE

   

BENEFÍCIOS QUE ATUALMENTE CARACTERIZAM A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, A CAPRE (HOJE

PREVI), FORMADA POR UM GRUPO DE EMPREGADOS DO BANCO DA REPÚBLICA DO BRASIL (ATUAL

BANCO DO BRASIL).  

EM 1970 SURGIU A FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL – PETROS E EM 1974 A

FUNDAÇÃO CESP, ENTIDADES SURGIDAS ANTES DA PRIMEIRA LEI ESPECÍFICA SOBRE O TEMA.  

SEGUNDO PAIXÃO (2006, P. 1), “NESTE PRIMEIRO MOMENTO, A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR É UM

FENÔMENO TIPICAMENTE ASSOCIADO À GRANDE EMPRESA E, SOBRETUDO À GRANDE EMPRESA

ESTATAL”.  

AO CONTRÁRIO DO QUE MUITOS IMAGINAM, A PREVIDÊNCIA SOCIAL E A PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR DESENVOLVERAM-SE SIMULTANEAMENTE, CONFORME FOI VERIFICADO

ANTERIORMENTE. A LEI ELÓI CHAVES FOI CONSIDERADA COMO SENDO FUNDAMENTAL PARA A

PREVIDÊNCIA SOCIAL, MAS SEU REGIME CARACTERIZAVA A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR:  

O fato considerado como ponto de partida para a Previdência Social propriamente dita no país, contudo, é a Lei Elói Chaves (Decreto nº 4.682) de 1923. Ela criou a Caixa de Aposentadoria e Pensões para empregados de empresas ferroviárias, estabelecendo assistência médica, aposentadoria e pensões, válido inclusive para seus familiares. (MONTEIRO, 2011, p. 1)

3.1.2 Segunda Fase

 

A segunda fase do desenvolvimento da previdência no Brasil caracteriza-se pelo

aprimoramento do órgão público regulador e executor da Previdência Social. Segundo Monteiro

(2011, p. 1), o Ministério da Previdência foi criado em 1974, até então, as questões relativas à

previdência estava sob o comando do Ministério do Trabalho e Emprego (denominado Ministério

do Trabalho e Previdência Social na época). Os benefícios da previdência foram estendidos a

todos trabalhadores com a Constituição de 1988, passando a garantir renda mensal vitalícia aos

portadores de deficiência e idosos. O INPS – Instituto Nacional de Previdência Social - mudou

seu nome em 1990, para INSS – Instituto Nacional de Seguro Social.

PARALELAMENTE, A SEGUNDA FASE É MARCADA PELA REGULAMENTAÇÃO DAS ENTIDADES E DAS

NORMAS QUE PERMEIAM A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.  

A Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, foi aprovada em um contexto de fomento ao

 

mercado de capitais por parte do poder público. Seu objetivo foi disciplinar os fundos de pensão enquanto entidades captadoras de poupança popular, estimulando seu crescimento de modo que pudessem canalizar investimentos para aplicações em Bolsa de Valores. A norma veio no mesmo ambiente da reformulação da legislação sobre sociedades anônimas (Lei nº 6.404/76, que substitui a Lei das S.A. de 1940). (PAIXAO, 2006, p. 1)

 

3.1.3 Terceira Fase

Caracterizada pela modernização da legislação que rege a previdência complementar.

Teve início com a Emenda Constitucional nº 20, de 15.12.1998, segundo Paixão (2006, p. 1),

“esta emenda deu nova redação ao art. 202 da Constituição Federal, que tratava de outro tema,

dedicando-o inteiramente à previdência complementar”.

POSTERIORMENTE A LEI QUE TRAZ NORMAS GERAIS SOBRE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, A LEI

COMPLEMENTAR Nº 109, DE 29 DE MAIO DE 2001.  

A nova redação do art. 202 da CF exigiu a elaboração de duas leis complementares. Uma prevista no caput do dispositivo constitucional, que traz normas gerais sobre a previdência complementar, e que veio a ser a Lei Complementar nº 109 de maio de 2001; e outra, prevista no § 4º do art. 202, contendo normas específicas para disciplinar “a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001.(PAIXAO, 2006, p. 1)

Completando o processo de aprimoramento da legislação, a Emenda Constitucional nº 40, de 29.05.2003. Segundo Paixão (2006, p. 2), “deu nova redação ao artigo que trata do sistema financeiro nacional CF, a referência ‘a seguros, previdência e capitalização’. De um ângulo constitucional, portanto, a previdência complementar é hoje tema claramente inserido no campo social”.  

3.2 Seguridade e Previdência Social

A seguridade social existe no sentido de amparar ao cidadão e sua família diante de

eventos que comprometam sua capacidade de trabalho, decorrentes de doença, invalidez,

desemprego, morte e incapacidade econômica em geral. De acordo com Rocha (2000, p. 31), a

   

expressão seguridade social, como está posta na Carta de Princípios, é o termo genérico utilizado

pelo legislador constituinte para designar o sistema de proteção dispensado aos trabalhadores e

seus dependentes no caso de cessão ou ausência da capacidade laboral, uma vez que é da força de

trabalho que a maior parte das pessoas obtém os recursos necessários a sua subsistência. Neste

sistema, a seguridade social é o gênero do qual são espécies a previdência, a saúde e a assistência

social.

A PREVIDÊNCIA SOCIAL É MANTIDA PELO GOVERNO FEDERAL, E APESAR DA DEFINIÇÃO GENÉRICA

COMPORTA UMA SÉRIE DE VARIANTES NA PRÁTICA. A EVOLUÇÃO DE CADA SISTEMA EM PARTICULAR

DEPENDE DE FATORES ECONÔMICO-SOCIAIS, CULTURAIS, HISTÓRICOS E POLÍTICOS.  

No que tange a previdência social, ela é um seguro social compulsório, eminentemente contributivo – este é o seu principal traço distintivo – mantido com recursos dos trabalhadores e de toda a sociedade – que busca propiciar meios dispensáveis à subsistência dos segurados e seus dependentes quando não podem obtê-los ou não é socialmente desejável que eles sejam auferidos através do trabalho por motivo de maternidade, velhice, invalidez, morte, etc. (ROCHA, 2000, p. 33)

As contribuições dos trabalhadores ativos financiam o benefício concedido às pessoas

que se aposentam. O valor máximo pago pela Previdência Social equivale a dez salários

mínimos. Segundo o autor Rocha (2000, p. 33), a previdência social no Brasil é efetuada

mediante o Regime Geral de Previdência Social e dos regimes próprios de previdência dos

servidores públicos e dos militares (art. 6º do Decreto 3.048/99). Onde o regime geral é regulado

pela Lei nº 8.213/91, sendo responsável pela sua concretização a autarquia federal denominada

Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, vinculado ao Ministério da Previdência Social e

instituído pelo Decreto nº 99.350/90, conforme autorização contida na Lei nº 8.029, de 12.04.90.

Diante da atual situação enfrentada pela Previdência Social os prognósticos realizados

por especialistas (AMARO, 2011, p. 2) não são nada animadores. O número de aposentados vem

crescendo constantemente, a dinâmica demográfica tem se caracterizado por uma rápida queda da

fecundidade – número de filhos vivos tidos por uma mulher durante o ciclo reprodutivo-, aliada a

crescentes valores de expectativas de vida. Conseqüentemente, as aposentadorias a serem pagas

são, gradativamente, um volume de recursos muito superior ao arrecadado, este é o principal

sintoma de desequilíbrio na Previdência Social. Esta situação representa um sério problema de

caixa para o Governo, a diferença já chega a alguns bilhões de reais ao ano, e segundo os

 

especialistas poderá inviabilizar o sistema em alguns anos.

   

O secretário de Política de Previdência Social, do Ministério da Previdência, Leonardo Rolim, informou hoje que a previsão do governo para o déficit da Previdência com o novo salário mínimo de R$ 545 aumentará de R$ 41,3 bilhões para R$ 42,4 bilhões em 2011. A previsão anterior havia sido divulgada no fim do ano passado considerando o valor atual sem reajuste (...) O secretário ainda ressaltou que cada R$ 1 de aumento do salário mínimo gera impacto sobre o sistema previdenciário de R$ 184 milhões por ano. Se forem considerados os benefícios assistenciais pagos pelo INSS, o abono salarial e seguro desemprego, o montante atinge a cifra de R$ 386 milhões/ano. (BITENCOURT, 2011, p. 1)

 

3.3 Previdência Complementar

 

O teto da Previdência Social equivale a dez salários mínimos, em uma análise primária, a

previdência suplementar é uma ótima alternativa para os trabalhadores que atualmente possuem um salário

superior a este valor. De acordo com Fulgencio (2007, p. 500), a previdência complementar é uma

instituição paralela à Previdência Social, diferindo no fato de que a Previdência Social é de caráter público

e obrigatório, e a Previdência Privada (Supletiva) é opcional e voluntária com benefícios sob a forma de

pecúlio ou renda. Foi criada com o objetivo de suplementar os benefícios do Seguro Social.

A previdência complementar permite ao participante, por ocasião de aposentadoria ou

regate integral dos recursos acumulados, garantir o atual padrão de vida ou até mesmo um padrão

de vida melhor, proporcionando maior tranqüilidade e conforto na sua aposentadoria. “A

Previdência Privada foi legalmente instituída pela Lei nº 6.435, de 15.7.1977 atualmente

substituída pela Lei Complementar nº 109, de 29.05.2001.” (FULGENCIO, 2007, p. 500)

O Brasil possui hoje, em termos absolutos, o oitavo sistema de previdência complementar do mundo que conta com 370 fundos de pensão, com mais de 2.300 patrocinadores sendo 87% de empresas privadas, administrando mais de 1.000 planos de benefícios, com recursos de R$420 milhões, cobrindo aproximadamente 3% da população economicamente ativa e já pagando mensalmente mais de 600 mil benefícios de aposentadoria e pensões. (PENA, 2008, p. 13)

A previdência complementar é indicada para qualquer pessoa, independentemente de sua

classe social e renda. Os trabalhadores estão cada vez mais conscientes da importância do

planejamento da aposentadoria, da visão do futuro que anseiam, do que pretendem desfrutar na

   

velhice. Segundo a Constituição Federal de 1988, no art. 202, “o regime de previdência privada,

de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de

previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício

contratado, e regulado por lei complementar”.

Como é comum na maior parte dos países, ao lado de um regime público universal e obrigatório, permite-se a existência de regimes de previdência complementar – que podem ser públicos ou privados – e de natureza facultativa, tendo como destinatários aqueles que possuem um nível de renda superior ao limite teto pago aos benefícios do regime compulsório. (ROCHA, 2000, p. 41).

Alguns trabalhados possuem a opção de aderir à previdência complementar disponível

para todas as pessoas dispostas a contribuir e gerar a reserva de forma voluntária, é a chamada

previdência privada aberta, disponível em instituições financeiras e outras entidades totalmente

direcionadas a este produto. Algumas empresas disponibilizam a previdência privada fechada,

disponível apenas para seus funcionários. “A Lei 6.435/77 instituiu dois sistemas de previdência

supletiva: a previdência privada fechada e a previdência privada aberta”. (POVOAS, 2000, p.

260)

 

3.3.1 PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA  

As entidades de previdência privada aberta são franqueadas ao público geral. Está disponível

para todo cidadão que desejar incrementar a aposentadoria e possuir recursos suficientes para isso.

Segundo Fulgencio (2007, p. 501), uma entidade de previdência privada aberta é toda entidade

constituída com a finalidade única de instituir planos de pecúlio e/ou rendas para quaisquer pessoas,

mediante contribuição regular de seus participantes, segundo normas técnicas e gerais aprovadas pelo

órgão normativo. Quando possui fins lucrativos é organizada como Sociedade Anônima, caso contrário,

adota a forma de sociedade ou fundação. Para garantia de todas as suas obrigações, a entidade deve

construir reservas técnicas, fundos especiais e provisões, onde parte desses recursos deverá ser aplicada na

formação de uma carteira de ações.

Povoas (2000) descreve brevemente como o sistema de previdência privada aberta está

disponível e quem é seu agente regulador e executor:

 

 

O sistema de entidades abertas engloba as operadoras, entidades associativas sem fins lucrativos e sociedades anônimas naturalmente com fins lucrativos, que instituem planos nos quais podem ser inscritas todas as pessoas que o desejem, que tenham capacidade para contratar. O seu órgão normativo é o Conselho Nacional de Seguros Privados, e o seu órgão executivo é a Superintendência de Seguros Privados. (POVOAS, 2000, p. 261)

 

A previdência privada aberta pode ser contratada principalmente nas instituições

bancárias. O plano é personalizado, o proponente opta pela porcentagem sobre as contribuições

que deseja aplicar, tudo dentro dos normativos do Banco Central. O cliente informa se

acompanha ou não o mercado financeiro, se declara imposto de renda, opta pelo regime de

tributação mais adequado, e no ato da contratação já é possível realizar uma projeção de quanto

será o saldo no futuro determinado, para poder visualizar uma boa simulação. O cliente não

escolhe uma ocasião para se aposentar, não é necessário determinar essa informação, pois se

desejar poderá continuar a depositar até decidir aposentar-se.

 

 

3.3.2 Previdência Privada Fechada

 

As entidades de previdência privada fechada são destinadas, especificamente, a pessoas

vinculadas às empresas patrocinadas. O funcionamento é restrito a empresas, ou grupos de

empresas. De acordo com Fulgencio (2007, p. 501), uma entidade de previdência privada fechada

é toda entidade constituída sob a forma de sociedade ou fundação, com a finalidade de instituir

planos privados de concessão de benefícios complementares assemelhados ao da previdência

social, acessíveis aos empregados ou dirigentes de uma empresa ou grupo de empresas, as quais

para os efeitos do regulamento que as regem, são denominadas patrocinadoras. Essas entidades

são investidoras institucionais porquanto a regulamentação determina que parte dos seus recursos

seja aplicada na manutenção de carteiras de ações. Esses recursos provêm das contribuições de

seus participantes, dos empregados ou de ambos, são os chamados fundos de pensão.

POVOAS (2000), DESCREVE BREVEMENTE PARA QUEM A PREVIDÊNCIA PRIVADA FECHADA É

   

DISPONIBILIZADA E QUEM É SEU AGENTE REGULADOR E EXECUTOR:  

O sistema das entidades fechadas engloba as organizações de empregadores, que por si sós ou agrupados, criam operadoras para proporcionarem, exclusivamente, aos respectivos empregados, planos de benefícios previdenciários; tem como órgão normativo o Conselho da Previdência Complementar e como órgão executivo, a Secretaria da Previdência Complementar; o adjetivo fechada significa que tais planos servem exclusivamente os trabalhadores dessas organizações. (POVOAS, 2000, p. 260)

Atualmente é comum que uma empresa, ou grupo de empresas, ofereçam a seus

colaboradores planos de previdência privada fechada. Muitas dessas organizações colaboram

junto ao empregado nesta modalidade de investimento, de forma a incentivar sua participação. Há

alguns anos atrás este sistema era mais comum nos grandes órgãos públicos, como nos Correios e

no Banco do Brasil, por exemplo. Mas nos dias de hoje é cada vez mais comum nas organizações

privadas.

NAS DUAS MODALIDADES DE PREVIDÊNCIA PRIVADA: ABERTA E FECHADA, A PARTICIPAÇÃO DO

TRABALHADOR É OPCIONAL, MAS A CONTRIBUIÇÃO AO FUNDO COMUM DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

CONTINUA SENDO COMPULSÓRIA.  

 

4 PERSPECTIVAS PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL E DA

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

4.1 A Previdência Social  

4.1.1 Análise crítica do desenvolvimento da Previdência Social  

A Previdência Social surgiu na Europa, no século XVIII, no Brasil possui cerca de 100

anos de história. Em termos gerais, a primeira medida de proteção social que se conhece no país é

a Lei nº 3.724, de 15 de janeiro de 1919. Que estabelecia o seguro de acidentes de trabalho,

tornando obrigatório ao empregador a indenização dos acidentes ocorridos na execução do

trabalho. Todavia, a Lei Eloy Chaves (Decreto-Lei nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) é

 

efetivamente considerada o ponto de partida do sistema previdenciário brasileiro. O processo de

expansão da cobertura previdenciária ocorreu na década de 70, com a inclusão dos empregados

domésticos (1972); regulamentação da inscrição de autônomos em caráter compulsório (1973);

instituição do amparo previdenciário aos maiores de 70 anos de idade e aos inválidos

não-segurados (1974); e extensão dos benefícios de previdência e assistência social aos

empregadores rurais e seus dependentes (1976). Em agosto de 1987, através do Decreto-Lei nº

2.351, o governo instituiu o Piso Nacional de Salários e o Salário Mínimo de Referência.

(ÚCLEO..., 1997, p. 6-13)

Segundo Oliveira, Beltrão e Ferreira (1997, p. 1) “o Brasil ainda convive com uma

estrutura de proteção social herdada em grande parte do Estado Novo. Do imposto sindical

obrigatório até o sistema de Previdência Social rígido, abrangente e centralizado, é o Estado que

dita as regras”. Desde os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), evoluindo para o Fundo

de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e passando pelo Programa de Integração Social

(PIS)/Programa de Amparo ao Servidor Público (Pasep) e chegando ao Fundo de Amparo ao

Trabalhador (FAT), especialistas afirmam que o esquema de poupança compulsória é uma

constante no financiamento das políticas sociais, gerando recursos cuja aplicação encontra-se sob

controle estatal. Após todos os anos de evolução, extinção e criação de órgãos, hoje a Seguridade

Social é considerada permanentemente insolvente: quando há insuficiência de recursos para a

cobertura dos compromissos, ou se recorre a aumentos nas contribuições (aumentos de alíquotas,

elevação do teto de contribuições, novas bases etc.) ou se recorre aos recursos da União.”

(NÚCLEO..., 1997, p. 1)

HÁ ALGUNS ANOS ATRÁS JÁ AFIRMAVA-SE QUE A GESTÃO DO ESTADO CAMINHAVA PARA UM RUMO

CATASTRÓFICO, QUE JÁ NAQUELA ÉPOCA NÃO SE TRATAVA MAIS DA GESTÃO DE UM ATIVO, MAS DE

UM PASSIVO (NÚCLEO..., 1997, P. 2). TODA A CONTRIBUIÇÃO DE UMA VIDA DE TRABALHO É

UTILIZADA PARA MANTER A APOSENTADORIA DOS PROFISSIONAIS QUE NÃO ESTÃO MAIS NA ATIVA, NA ESPERANÇA DE QUE AS PRÓXIMAS GERAÇÕES VENHAM A FAZER O MESMO NO FUTURO. FORA O

DÉFICIT QUE AUMENTA CONSTANTEMENTE, PRECISAM SER LEVADAS EM CONSIDERAÇÃO AS NOVAS

FORMAS DE TRABALHO, COMO O TRABALHO AUTÔNOMO, A TERCEIRIZAÇÃO E AS PROFISSÕES

NÃO-CONVENCIONAIS, QUE NÃO CONTRIBUEM PARA O INSS, AS APOSENTADORIAS LIBERADAS PARA

TRABALHADORES RURAIS, OS QUAIS NUNCA CONTRIBUÍRAM, ENTRE OUTROS FATORES QUE INDICAM

QUE O REGIME DE REPARTIÇÃO SIMPLES NÃO SE APLICA MAIS À NOSSA REALIDADE, PAÍSES COMO

CHILE, ARGENTINA E FRANÇA JÁ OPTARAM PELA REFORMA DA PREVIDÊNCIA.  

   

NO  BRASIL,  OCORRERAM  ALGUMAS   INICIATIVAS  QUE  VIERAM  NA  FINALIDADE  DE  TENTAR  ADEQUAR  PARTES  DA  

CONSTITUIÇÃO  FEDERAL  À  REALIDADE  ATUAL.  COM  A  EMENDA  CONSTITUCIONAL  20/1998,  E  A  LEI  9.876,  DE  1999,  QUE  

INSTITUIU  O  FATOR  PREVIDENCIÁRIO,  O  REGIME  PRÓPRIO  DE  PREVIDÊNCIA  DOS  SERVIDORES  PÚBLICOS  DA  UNIÃO,  ESTADOS,  

DISTRITO  FEDERAL  E  MUNICÍPIOS  PASSOU  A  TER  CARÁTER  CONTRIBUTIVO,  PASSANDO  A  SEGUIR   OS  REQUISITOS  E  CRITÉRIOS  

FIXADOS   PARA   O   REGIME   GERAL   DE   PREVIDÊNCIA   SOCIAL  )ENTENDA,  2011.(  A  CONTRIBUIÇممO   PARA   O   CUSTEIO   DA  

PREVIDÊNCIA   SOCIAL   DOS   SERVIDORES   PBLICOS   NممO   INCIDE   SOBRE   OS   PROVENTOS   OU   AS   PENSÕES   DOS   APOSENTADOS   E  

PENSIONISTAS,   TENDO   COMO   CONTRIBUINTES   APENAS   OS   SERVIDORES   TITULARES   DE   CARGOS   EFETIVOS .  A  PARTIR   DA  

EC-­‐ 20/98,  PARA  APOSENTAR-­‐ SE  COMO  SERVIDOR  PBLICO,  É  PRECISO  POSSUIR  UM  TEMPO  MييNIMO  DE  CONTRIBUIÇممO  DE  

DEZ   ANOS.  ANTERIORMENTE   À  EMENDA,  O   VALOR   DO   BENEFييCIO   ERA   DETERMINADO  DE   ACORDO   COM   A   MÉDIA   DOS  

LTIMOS  36  SALللRIOS  DE  CONTRIBUIÇممO  DO  SEGURADO.   (NONAHAY;  FREITAS,  2011)  

A  EMENDA  CONSTITUCIONAL  41/2003  REDUZIU  A  PROTEÇÃO  PREVIDENCIÁRIA  DOS  AGENTES  PÚBLICOS  OCUPANTES  DE  CARGO  EFETIVO  E  VITALÍCIO,  PRATICAMENTE  EQUIPARANDO  AS  NORMAS  DOS  REGIMES  PRÓPRIOS  DE  PREVIDÊNCIA  ÀS  DO  REGIME  GERAL.  A  EMENDA  CONSTITUCIONAL  47/2005  ALTEROU,  MAIS  UMA  VEZ,  OS  SISTEMAS  PREVIDENCIÁRIOS  

PÚBLICOS,  ALTERANDO  O  TETO  REMUNERATÓRIO  E  AMPLIANDO  O  ROL  DE  CASOS  EM  QUE  SE  ADMITE  A  CONCESSÃO  DE  

APOSENTADORIA.  (BARROSO,  2006)  

Em 13/02/2007, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de Lei 6272/05, que cria a

Receita Federal do Brasil, ou, a “Super Receita”. Que consiste basicamente na união da

arrecadação da Receita Federal com a receita previdenciária, transferindo para a União o controle

dos recursos que financiam o pagamento dos benefícios por parte do INSS. Segundo

especialistas, a nova lei abre a possibilidade de desvios dessa arrecadação para, por exemplo,

compor o Superávit Primário. Como por exemplo, o que ocorre com o Cofins (Contribuição para

o Financiamento da Seguridade Social), que deveria ser aplicada na seguridade social e não é,

sendo descaradamente desviada para outros fins. (ARRUDA, 2007)

A Lei 10.666 de 08/05/03 determinou as alíquotas do SAT (Seguro de Acidente de

Trabalho), pago pelas empresas sobre o total da Folha de Pagamentos mensal. As quais são

calculadas de acordo com o Ramo de Atividade Econômica – CNAE (Classificação Nacional de

Atividades Econômicas) informadas na GFIP, e conforme o Art. 86 da IN 03/2005 – INSS, e pelo

grau de risco da empresa. A Lei demonstrou-se ineficiente a partir do instante em que nivelou

todos com o mesmo CNAE. Com o Decreto 6.042/07, a Previdência Social sofreu alteração do

regulamento em seu anexo V e reclassificou os graus de riscos dos ramos de atividades das

empresas. Tomando por base os benefícios concedidos entre 2000 e 2004, houve uma

 

reclassificação das empresas de acordo com a sinistralidade dos acidentes, e não apenas pelo

risco potencial. (O QUÊ..., 2011)

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou o Projeto de Lei nº 56 de 2009, que visa beneficiar os aposentados que retornaram ao mercado de trabalho na qualidade de empregados, prevendo a isenção nos recolhimentos de contribuição previdenciária e restabelecimento do pecúlio, que consiste na restituição dos valores das contribuições até então recolhidas. (SANTOS; VIANA, 2010)

Mesmo após verificar as principais alterações normativas, segundo especialistas, as reformas mais recentes, as novas leis e as emendas, não foram suficientes para estabilizar nem para equilibrar o sistema previdenciário e já há necessidade de novas reformas (ABINAJM, 2007).

 

 

4.1.2 O PRESENTE E AS PROJEÇÕES PARA O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL  

A expectativa de vida dos brasileiros está aumentando desproporcionalmente ao número

de nascimentos, as pessoas estão vivendo mais. Analisando o regime de repartição sem recursos

capitalizados, podemos perceber que as contribuições dos profissionais da ativa a partir de

determinado momento não seria mais suficiente para manter os aposentados. Segundo os estudos

realizados para este trabalho, tudo indica que este problema já é real, e está cada vez mais grave.

SEGUNDO O IPEA (COMUNICADO Nº 64 – PNAD 2009 – PRIMEIRAS ANÁLISES: TENDÊNCIAS

DEMOGRÁFICAS), DE ACORDO COM OS ESTUDOS DO IBGE, A POPULAÇÃO BRASILEIRA CHEGARÁ AO

SEU PICO POPULACIONAL EM 2030, COM CERCA DE 206 MILHÕES DE HABITANTES. A PARTIR DESSA

DATA, O PAÍS TENDERÁ A POSSUIR UMA POPULAÇÃO ESTÁVEL DE CERCA DE 200 MILHÕES DE

PESSOAS, E A SOCIEDADE ENVELHECERÁ COMO UM TODO. DE ACORDO COM ESSAS PROJEÇÕES, EM

2030 ESTIMA-SE QUE HAVERÁ 1,1 TRABALHADORES ECONOMICAMENTE ATIVOS PARA CADA

APOSENTADO. ESPECIALISTAS JÁ AFIRMAM QUE A PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO TERÁ COMO RESISTIR, E

QUEBRARÁ EM 2030. (SANTORO, 2011, P. 1)  

CERTAMENTE AS PREVISÕES DE DÉFICITS SUPERIORES AOS DOS ANOS ANTERIORES CONSTITUEM UM

ASSUNTO BASTANTE POLÊMICO E QUE ESTÁ SENDO DIVULGADO SISTEMATICAMENTE NA MÍDIA. DE

ACORDO COM MONTEIRO (2007, P. 1), HÁ VÁRIAS EXPLICAÇÕES PARA O PROBLEMA, O MESMO

ARGUMENTA QUE A INCLUSÃO DOS TRABALHADORES RURAIS, CUJA MAIORIA NUNCA CONTRIBUIU, AUMENTOU A DEFICIÊNCIA NESTE SISTEMA. O AUTOR AFIRMA AINDA QUE A PREVIDÊNCIA SOCIAL JÁ

   

FOI ALVO DE DIVERSOS CORRUPTOS, QUE SANGRARAM OS COFRES PÚBLICOS COM APOSENTADORIAS

PARA MORTOS, PERÍCIAS MÉDICAS FALSAS OU SUPERFATURAMENTO DE BENEFÍCIOS. DEMONSTRA

AINDA, UM DOS CASOS MAIS FAMOSOS, O DA QUADRILHA CHEFIADA PELA ADVOGADA GEORGINA DE

FREITAS, PRESA EM 1998, ESTE GRUPO TERIA ROUBADO DOS COFRES PÚBLICOS CERCA DE R$ 800

MILHÕES.  

SEGUNDO O PUBLICADO NO SITE DO JORNAL CIDADE (DÉFICIT..., 2011) EM FEVEREIRO DESTE ANO, A PREVIDÊNCIA SOCIAL REGISTROU NO MÊS DE JANEIRO UM DÉFICIT DE R$ 3,021 BILHÕES, E AINDA

DE ACORDO COM A MESMA FONTE, PESQUISAS JÁ DEMONSTRAM QUE A ARRECADAÇÃO TOTAL DA

PREVIDÊNCIA FOI DE R$ 17,115 BILHÕES COM UM GASTO DE R$ 20,137 BILHÕES. NO MESMO

PERÍODO DO ANO ANTERIOR, FOI REGISTRADO UM DÉFICIT DE 3,708 BILHÕES. A ARRECADAÇÃO FOI

DE R$ 14,076 BILHÕES E A DESPESA FICOU EM 17,784 BILHÕES. PARA ESTE ANO, A PREVISÃO DE

DÉFICIT É DE R$ 42,4 BILHÕES. A CONTA JÁ CONSIDERA O SALÁRIO MÍNIMO DE R$ 545. (DÉFICIT..., 2011).  

O secretário de Política de Previdência Social, Leonardo Rolim, a previsão do governo

para o déficit da Previdência com o novo salário mínimo de R$ 545,00, que aumentará de R$41,3

bilhões para R$ 42,4 bilhões em 2011. (BITENCOURT, 2011)

4.2 A Previdência Complementar

4.2.1 Desenvolvimento e características da Previdência Complementar  

 

É adicional ao sistema de previdência fornecido pelo Estado, não sendo obrigatória. A

atuação neste segmento é constituída pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar

(EFPCs), ou fundos de pensão, atrelados a uma empresa específica e seus participantes

obrigatoriamente necessitam ter vínculo empregatício, neste caso o empregador usualmente

realiza aportes junto ao empregado; e pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar

(EAPCs), adesão opcional disponível para todos. (MACHADO, 2006 apud MASSUQUETTI;

KOPPE, 2008, p. 208).

EM AMBAS AS FORMAS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR É ADOTADO O REGIME DE CAPITALIZAÇÃO

INDIVIDUAL, ONDE CADA PARTICIPANTE POSSUI SEU FUNDO PARTICULAR, ONDE IRÁ ACUMULAR SUA

RESERVA DE ACORDO COM SUA CONTRIBUIÇÃO, PROJETANDO ASSIM SUA RENDA NO FUTURO. ESTA

 

MODALIDADE DE INVESTIMENTO POSSUI O PRINCÍPIO BÁSICO DE AQUISIÇÃO DE RENDA, OU SEJA, COMPLEMENTANDO A APOSENTADORIA PROPORCIONADA PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL, QUE MUITAS

VEZES NÃO ATENDE ÀS NECESSIDADES NEM MANTÉM O PADRÃO DE VIDA LEVADO DURANTE A

ATIVIDADE PROFISSIONAL. A FIM DE TORNAR ESTA RELAÇÃO DE LONGO PRAZO CONFIÁVEL, A

LEGISLAÇÃO BRASILEIRA SE DESENVOLVEU CORRIGINDO E AGREGANDO NORMAS E LEIS QUE

EFETUAM A REGULAMENTAÇÃO DOS PLANOS E DAS EMPRESAS DE PREVIDÊNCIA. ESTAS INICIATIVAS

GERARAM CREDIBILIDADE E CLAREZA JUNTO AOS PARTICIPANTES QUE OPTAM POR PARTICIPAR NA

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.  

O PARTICIPANTE DECIDE QUAL PORCENTAGEM DOS DEPÓSITOS REALIZADOS MENSALMENTE SERÁ

APLICADO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS, TUDO DE ACORDO COM SEU PERFIL, ONDE OS

RENDIMENTOS SÃO REPASSADOS PARA SUA CONTA INDIVIDUAL, INCREMENTANDO SUA RESERVA. EXISTEM AINDA DUAS OPÇÕES DE MODALIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR QUE

PROPORCIONA AO PARTICIPANTE UM PLANO MAIS PERSONALIZADO. PARA AS PESSOAS QUE

DECLARAM IMPORTO DE RENDA, EXISTE A OPÇÃO DE ESCOLHER O PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS

LIVRE (PGBL), ONDE AS APLICAÇÕES PODEM SER DEDUZIDAS NA DECLARAÇÃO DE IMPORTO DE

RENDA ATÉ O MONTANTE 12% DA RENDA BRUTA ANUAL. NO MOMENTO DO RESGATE OU DA

APOSENTADORIA, HAVERÁ A INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE ACORDO COM A TABELA VIGENTE À ÉPOCA

E ESTABELECIDA PELA RECEITA FEDERAL. A SEGUNDA MODALIDADE FOI CRIADA EM 2002, COMO

PARTE DE UM CONJUNTO DE INICIATIVAS TOMADAS COM O OBJETIVO DE DISSEMINAR A PREVIDÊNCIA

COMPLEMENTAR PARA AS CAMADAS MAIS POPULARES. O VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRE

(VGBL) É UMA MODALIDADE ONDE O IMPOSTO DE RENDA INCIDIDO NO MOMENTO DO RESGATE OU

DA APOSENTADORIA É CALCULADO SOMENTE SOBRE O VALOR DOS RENDIMENTOS, E NÃO DO TOTAL

ACUMULADO. EM CONTRAPARTIDA, NÃO PODEM SER DEDUZIDOS ANUALMENTE NA DECLARAÇÃO DE

IMPOSTO DE RENDA.  

O NÚMERO DE PARTICIPANTES DAS ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR CRESCE

GRADATIVAMENTE, O QUE OCORRE DEVIDO AO NOVO PERFIL DEMOGRÁFICOECONÔMICO DO

BRASILEIRO, DESTACANDO-SE O CICLO DE VIDA MAIS EXTENSO E A EVOLUÇÃO DA INFORMALIDADE

LABORAL, BEM COMO O AUMENTO DO NÍVEL DE ESCOLARIDADE DA POPULAÇÃO, QUE AMPLIA A

PREOCUPAÇÃO COM O FUTURO. A PREOCUPAÇÃO COM A APOSENTADORIA ENTRA CADA VEZ MAIS

CEDO NA LISTA DE PRIORIDADES DO BRASILEIRO, JUNTAMENTE COM A MORADIA EM IMÓVEL

PRÓPRIO, AUTOMÓVEL E SAÚDE. DE ACORDO COM ESPECIALISTAS, A CONSCIENTIZAÇÃO DE QUE A

PREVIDÊNCIA SOCIAL JÁ NÃO É CAPAZ DE SUSTENTAR O TRABALHADOR AO SE APOSENTAR

JUNTAMENTE COM UMA REGULAMENTAÇÃO MAIS RÍGIDA POR PARTE DOS ÓRGÃOS COMPETENTES, FAZ COM QUE A BUSCA POR PLANOS DE POUPANÇA COMPLEMENTAR SEJA INICIADA PRECOCEMENTE, DESTACANDO-SE TAMBÉM O MONTANTE ACUMULADO NO ATIVO DAS INSTITUIÇÕES. (MASSUQUETTI; KOPPE, 2008, P. 212)  

   

4.2.2 O papel do investimento no presente para o futuro  

 

  Segundo  Carlos  Paula,  diretor  de  Análise  Técnica  da  Previc  ,  as  previdências  complementares  

podem  ser  uma  opção  relevante  para  quem  quer  manter  o  padrão  de  renda  na  aposentadoria,  já  que  o  

aumento   da   expectativa   de   vida   do   brasileiro   poderá   gerar  maiores   preocupações   no   futuro.   A  maior  

expectativa  de  vida  da  população  significa  que  pessoas  receberão  o  benefício  por  mais  tempo,  e  a  nova  

realidade  demográfica  aponta  que  em  um  futuro  próximo  o  Brasil  será  um  país  de  poucos  jovens,  o  que  

será  inviável  para  sustentar  o  sistema  público  de  previdência.  (A  VEZ...,  2011)  

  Pesquisas   apontam   e   comprovam   o   constante   crescimento   dos   fundos   de   Previdência  

Complementar.  Segundo  Bellotto     (2011),  os  fundos  de  previdência  aberta,  que  recebem  aplicações  de  

planos  PGBL  e  VGBL,   captaram  R$  3,5  bilhões  no  primeiro  bimestre  do   ano,   um  aumento  de  49%  em  

relação  ao  mesmo  período  de  2010.  Só  em  fevereiro,  mês  mais  curto,  a  captação   líquida   foi  de  R$  1,7  

bilhão,  com  alta  de  45,6%,  aponta  levantamento  da  consultoria  NetQuant.  (BELLOTTO,  2011)  

Em fevereiro deste ano, a Previc determinou o que seria feito do superávit de R$ 15

bilhões da Caixa de Funcionários do Banco do Brasil (Previ), foi aprovada a divisão do valor

entre todos os participantes do Plano 1 (o mais antigo) e o patrocinador, o Banco do Brasil.

(CONSELHEIRO, 2011, p. 1)

A PREVIDÊNCIA SOCIAL APRESENTA CRESCENTES DÉFICITS, E A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

CRESCENTES SUPERÁVITS, CURIOSAMENTE A SITUAÇÃO ESTÁ GERANDO CERTO “DESCONFORTO”

ENTRE AS PARTES. AO DAR POSSE AO NOVO DIRETOR DA SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE

PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR (PREVIC), JOSÉ MARIA RABELO, O MINISTRO DA PREVIDÊNCIA

SOCIAL, GARIBALDI ALVES FILHO, REALIZOU UM COMENTÁRIO QUE GEROU DISCUSSÕES SOBRE A

ATUAL SITUAÇÃO E O FUTURO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. O MINISTRO AFIRMOU QUE O BRASIL É UM

PAÍS “INJUSTO”, POSSUINDO UM SISTEMA PREVIDENIÁRIO “RICO E OUTRO “POBRE”, E QUE “UM PAÍS

QUE TEM UMA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR COM CAPITAL DE R$ 536 BILHÕES PARA ATENDER 2,7

MILHÕES DE PESSOAS É UM PAÍS INJUSTO, PORQUE TEM DE OUTRO LADO UMA PREVIDÊNCIA GERAL

DEFICITÁRIA EM R$ 42 BILHÕES COM 24 MILHÕES DE PENSIONISTAS”, DISSE O MINISTRO, CITANDO

NÚMEROS DE 2010. (RODRIGUES, 2011, P. 1).  

A platéia era composta por dirigentes dos maiores fundos de pensão do país, e o ministro perguntou-lhes se não achavam injusta essa situação. Muitos aspectos positivos da Previdência Complementar deveriam ter sido citados, culminando no fato de o patrimônio dessas instituições

 

serem equivalentes a 17% do PIB. Mas o fato é que não é responsabilidade das instituições de Previdência Privada determinar as políticas da seguridade e previdência social, este papel cabe ao Estado.  

NO   SEMINÁRIO   "PREVIDÊNCIA   COMPLEMENTAR:   ASPECTOS   LEGAIS,   DOUTRINÁRIOS   E   JURISPRUDENCIAIS",  

REALIZADO  NA  ESMEC,  MEDIÇÃO  REALIZADA  POR  EMÍLIO  DE  MEDEIROS  VIANA,  O  PALESTRANTE  AFIRMOU  QUE  O  BRASIL

TEM UM DOS MELHORES MODELOS DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR DO MUNDO, COM UM PATRIMÔNIO

ESTIMADO EM R$ 517 BILHÕES, BENEFICIANDO, DIRETAMENTE, 2,6 MILHÕES DE BRASILEIROS E,

INDIRETAMENTE, CERCA DE 10 MILHÕES DE PESSOAS.  NA  OPINIÃO  DELE,  A PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR É

O FUTURO E REPRESENTA O MELHOR INVESTIMENTO DO MERCADO A LONGO PRAZO.   (SEMINÁRIO...,  

2011)  

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

   

O Banco Mundial realizou uma pesquisa denominada “Envelhecendo em um Brasil mais

velho” (MARANHÃO, 2011), onde o principal assunto abordado foi a inversão da pirâmide

populacional brasileira e, consequentemente, os efeitos desse acontecimento. Este fato deve-se à

redução da taxa de mortalidade e da taxa de fecundidade. A previsão é de que até 2050, a

população idosa triplicará, indo dos 20 milhões atuais para cerca de 65 milhões, ou seja, pelo

menos 50 % dos habitantes serão idosos. Este fato torna a situação do INSS, já preocupante na

atualidade, insustentável no futuro. Coimbra (apud MARANHÃO, 2011), afirma que o déficit

atual do INSS já está na casa dos R$ 90 bilhões por ano, segundo o mesmo, a questão deve-se a

todos os problemas já conhecidos, como benefícios sociais, as aposentadorias rurais, o setor

público e as aposentadorias com pouco tempo de contribuição, e agora a queda exponencial no

número de contribuintes.

Analisando os países de alta renda, foi verificado que primeiramente os países enriqueceram para posteriormente envelhecer. De acordo com o estudo, a fração de idosos brasileiros levou cerca de 22 anos para irem de 7% para 14%, enquanto em outros países levou mais de um século para acontecer. A situação demonstra que o país necessita urgentemente de reformas que equilibrem esta desproporção, a qual requer alterações efetivas em diversas políticas públicas como programas de educação, saúde, geração de emprego e previdência social, de incentivos para que as pessoas permaneçam por mais tempo na ativa, aumentando as contribuições, diminuição da informalidade, desoneração da folha de pagamento, a fim de incentivar as contratações, de

   

situações favoráveis para o crescimento e maior competitividade do país. (BITELO, 2011)  

O governo da França, diante da insustentabilidade do sistema previdenciário (devido ao

aumento da expectativa de vida da população e os efeitos da crise financeira internacional), aumentou de

60 para 62 anos a idade mínima para aposentadoria a partir de 2018, o que gerou muitas manifestações

populares e violentos protestos. Na ocasião o então ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas,

garantiu que a situação previdenciária no país não chegará ao ponto a que chegou a França, e que as

mudanças não precisam ser feitas de forma tão apressada no nosso país. Ainda na opinião do ex-ministro

brasileiro, os países europeus “se achavam muito poderosos” e, por isso, não modernizaram as regras da

previdência acompanhando o desenvolvimento da sociedade. (ROMBO..., 2010)

Em contrapartida, foi demonstrado no presente estudo o crescente superávit das

instituições de Previdência Complementar. A regulamentação e controle dessas instituições por

parte dos órgãos competentes conferem maior credibilidade e confiabilidade ao investimento, que

é de longo prazo. As pessoas estão aderindo cada vez mais cedo à previdência complementar,

como alternativa de incrementar a renda na aposentadoria, o brasileiro está consciente desta

necessidade. Ainda segundo Coimbra (apud MARANHAO, 2011), uma boa dica é que todos

aqueles que tenham condições de investir, que paguem um plano de previdência complementar,

pois é uma boa maneira de manter os ganhos acima do teto da previdência pública, conforme a

contribuição é possível dobrar os ganhos na aposentadoria.

Realizada com o objetivo de possuir uma renda bruta que atenda às necessidades e seja

suficiente para garantir a qualidade de vida ou como única fonte de renda, a adesão à previdência

complementar é um dos investimentos mais inteligentes e importantes que o cidadão deve fazer.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

 

A  VEZ  da  Previdência  Complementar:  Banco  de  dados.  Disponível  em:  <http://www.previ.com.br/portal/page?_pageid=57,1712052&_dad=portal&_schema=PORTAL>.  Acesso  em:  16  abr.  2011.  

 

AMARO,  M.  N.  Especialista  defende  reforma  no  setor.  Correio  do  Estado.  [s.l.],  14  fev.  2011.  Economia.  Disponível  em:  <http://www.correiodoestado.com.br/noticias/especialista-defende-reforma-no-setor_99362/>.  Acesso  em:  14  fev.  2011.    

ARRUDA, F. A. Super-receita e nova reforma da previdência – novos ataques aos trabalhadores: Banco de dados. Disponível em: <http://www.lsr-cit.org/nacional/25-nacional/166--super-receita-e-nova-reforma-da-previdencia-novos-ataques-aos-trabalhadores>. Acesso em: 15 abr. 2011.  

BARROSO, G. H. F. Aposentadoria especial e a conversão do tempo de serviço especial em comum: Banco de dados. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/15051/aposentadoria-especial-e-a-conversao-do-tempo

-de-servico-especial-em-comum/1>. Acesso em: 01 abr. 2011.  

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