perspectiva da protecÇÃo civil no ordenamento … · a) levantamento, previsão, avaliação e...

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1 Unidade de Planeamento Núcleo de Gestão e Ordenamento Territorial Maria Anderson PERSPECTIVA DA PROTECÇÃO CIVIL NO ORDENAMENTO TERRITORIAL

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Page 1: PERSPECTIVA DA PROTECÇÃO CIVIL NO ORDENAMENTO … · a) Levantamento, previsão, avaliação e prevenção de riscos colectivos de origem natural, humana ou tecnológica e análises

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Unidade de PlaneamentoNúcleo de Gestão e

Ordenamento Territorial

Maria Anderson

PERSPECTIVA DA

PROTECÇÃO CIVIL NO

ORDENAMENTO TERRITORIAL

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LEI DE BASES DA PROTECÇÃO CIVIL

Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho

CapCapíítulo Itulo I -- Objectivos e Objectivos e PrincPrinc íípiospios

Alínea f) do artigo 5.º, Princípios O princípio da Informação , que traduz o dever de assegurar a divulgação das informações relevantes em matéria de protecção Civil, com vista àprossecução dos objectivos previstos no antigo 4.º”

“ (…) Prevenir os riscos colectivos e a ocorrência de acidente grave e de catástrofes(…); Atenuar os riscos colectivos e limitar os seus efeitos (…) ”

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LEI DE BASES DA PROTECÇÃO CIVIL

Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho

CapCapíítulo Itulo I -- Objectivos e PrincObjectivos e Princ íípiospiosPonto 1, Artigo 7.ºInformação e Formação dos Cidadãos ´(…)Os cidadãos têm direito à informação sobre

os riscos a que estão sujeitos em certas áreas do território e sobre as medidas adoptadas e a adoptar com vista a prevenir ou a minimizar os efeitos(…)

CapCapíítulo IItulo II -- Alerta, contingência e calamidadeAlerta, contingência e calamidadePonto 1 do Artigo 10.º, Prioridade dos meios e recursos (Os meios e recursos utilizados para prevenir ou enfrentar os riscos de acidente são os previstos nos planos de emergência (…)”

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LEI DE BASES DA PROTECÇÃO CIVIL

Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho

CapCapíítulo IItulo II -- Alerta, Contingência e CalamidadeAlerta, Contingência e Calamidade

Artigo 26.º Utilização do Solo A Resolução de CM que proceda à Declaração da Situação de Calamidade pode determinar a suspensão dos Planos Municipais de Ordenamento do Território, dos Planos Especiais de Ordenamento do Território, podem ser condicionadas, restringidas;(…) Estas alterações são feitas ouvindo os municípios

abrangidos pela calamidade(…) “(…) Estes instrumentos de gestão territorial assim são criados estabelecem comportamentos de utilização do solo(…) ”“(…) Em todos estes procedimentos de alteração dos instrumentos de gestão territorial e na fase de acompanhamento e concertação a Comissão Mista de Coordenação deve incluir um Membro do MAI(…)

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LEI DE BASES DA PROTECÇÃO CIVIL

Lei n.º 27/2006, de 3 de Julho

CapCapíítulo IVtulo IV -- Estrutura de ProtecEstrutura de Protec çção Civilão CivilArtigo 47.º Instituições de Investigação técnica e cientifica (…)Os serviços e instituições de investigação técnica e científica, públicos ou privados, com competências específicas em domínios com interesse para a prossecução dos objectivos previstos no artigo 4.o da presentelei, cooperam com os órgãos de direcção, planeamento e coordenação que integram o sistema nacional de protecção civil.

2—A cooperação desenvolve-se nos seguintes domínios :a) Levantamento, previsão, avaliação e prevenção de riscos colectivos de origem natural, humana ou tecnológica e análises das vulnerabilidades das populações e dos sistemas ambientais a eles expostos (…)

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UNIDADES ORGÂNICAS NUCLEARES

Portaria n.º 338/2007 de 30 de Março

(…) este diploma determina a estrutura nuclear dos serviços e as competências das respectivas unidades orgânicas.Artigo 2.º, Unidade de Planeamento (…) a quem compete entre outras (…) O acompanhamento dos planos de desenvolvimento, ocupação e uso de solos, ao nível Regional eMunicipal(…)A coordenação dos serviços públicos e privados com responsabilidades em matéria de planeamento de emergência ”

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UNIDADES ORGÂNICAS NUCLEARES

Despacho do Presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil n.º 9390/2007, publicado no Diário da República, 2.ª Série – 24 de Maio de 2007

Artigo 3.º, Núcleo de Gestão e Ordenamento Territorial (…) Cujas actividades têm por objectivo contribuir, no âmbito do PNPOT , para o processo de gestão do território, em matéria de Protecção Civil

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RESULTADOS No Acompanhamento de processos de

Planeamento e Gestão

No âmbito das suas competências e atravNo âmbito das suas competências e atravéés do s do NGOT, a Autoridade Nacional de ProtecNGOT, a Autoridade Nacional de Protecçção Civil ão Civil (ANPC) tem vindo a participar na elabora(ANPC) tem vindo a participar na elaboraçção e revisão ão e revisão dos Planos Regionais e Municipais de Ordenamento dos Planos Regionais e Municipais de Ordenamento do Territdo Territóório.rio.

Desde 2004 e atDesde 2004 e at éé ao final de 2007 ao final de 2007 a ANPC participou a ANPC participou em 42 processos de revisão dos Planos Directores em 42 processos de revisão dos Planos Directores Municipais (PDM).Municipais (PDM).

No ano de 2008 a No ano de 2008 a ANPC foi chamada a integrar 64 ANPC foi chamada a integrar 64 novas Comissões de Acompanhamento de PDM, novas Comissões de Acompanhamento de PDM, verificandoverificando--se assim um incremento na sua se assim um incremento na sua participaparticipaçção em cerca de 52%.ão em cerca de 52%.

ActualmenteActualmente a ANPC acompanha mais de 50% dos a ANPC acompanha mais de 50% dos processos de revisão dos PDM.processos de revisão dos PDM.

H. Vicêncio e C. Graça

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RESULTADOSNos conteúdos

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RESULTADOSNos Conteúdos

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DECRETO-LEI N.º254/2007, DE 12 DE JULHO

Estabelece o regime que visa preservar e proteger a qualidade doEstabelece o regime que visa preservar e proteger a qualidade doambiente e a saambiente e a saúúde humana, garantindo a prevende humana, garantindo a prevençção de acidentes ão de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas e a graves que envolvam substâncias perigosas e a limitalimita çção das suas ão das suas consequências atravconsequências atrav éés de medidas de acs de medidas de ac çção preventiva.ão preventiva.CAPÍTULO II Prevenção e controloPonto 1 do Artigo 5.º ((……) Prevê ainda que ) Prevê ainda que na Elaborana Elabora çção/revisão ão/revisão dos Planos dos Planos de Ordenamento de Ordenamento sejam fixadas distâncias de sejam fixadas distâncias de seguranseguran çça a entre estes estabelecimentos e um conjunto de elementos entre estes estabelecimentos e um conjunto de elementos expostosexpostosPonto 2 do Artigo 5.º ((……) ) Prevê a elaboraPrevê a elabora çção de uma portaria ão de uma portaria conjunta conjunta ( Minist( Ministéério do Ambiente, do Ordenamento do Territrio do Ambiente, do Ordenamento do Territóório e do rio e do Desenvolvimento Regional e MAI) para definiDesenvolvimento Regional e MAI) para definiçção dos critão dos critéérios de rios de referência ou condicionantes.referência ou condicionantes.Artigo 6.º “ ((……) Quando não for poss) Quando não for possíível garantir as distâncias de vel garantir as distâncias de seguransegurançça ,o operador deve adoptar as medidas ta ,o operador deve adoptar as medidas téécnicas cnicas complementares complementares a definir por portaria(a definir por portaria( ……))””Art. 17.Art. 17. ºº ao Art. 33.ao Art. 33. ºº todas as referências relacionadas com os todas as referências relacionadas com os Planos de Emergência, actuaPlanos de Emergência, actuaçção em caso de acidente ,etc nas quais ão em caso de acidente ,etc nas quais a ANPC tamba ANPC tambéém tem responsabilidades.m tem responsabilidades.

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CASO PRÁTICO

FLEXIBOLFLEXIBOL Localizada no concelho de S. João da Madeira, Localizada no concelho de S. João da Madeira, na fronteira com o concelho de Oliveira da Azemna fronteira com o concelho de Oliveira da Azemééis. is. Depois de todas as insuficiências detectadas em 2007 Depois de todas as insuficiências detectadas em 2007 (caracteriza(caracterizaçção do ão do ““efeito dominefeito dominó”ó”;; faltava o PEE faltava o PEE por parte por parte do municdo municíípio de S. João da Madeira, Falta de informapio de S. João da Madeira, Falta de informaçção ão ààpopulapopulaçção sobre comportamentos de autoão sobre comportamentos de auto--protecprotecçção) ão) consegueconsegue--se que no PDM seja considerada a faixa de se que no PDM seja considerada a faixa de seguransegurançça de 100m. a de 100m.

SerSeráá o suficiente?o suficiente?

A ANPC reflecte que em matA ANPC reflecte que em matééria de planeamento de ria de planeamento de emergência, quando exista uma emergência, quando exista uma áárea ou parque industrial rea ou parque industrial com estabelecimentos abrangidos pelo Dec. Lei 254/2007 com estabelecimentos abrangidos pelo Dec. Lei 254/2007 na fronteira de dois (ou mais) deverna fronteira de dois (ou mais) deveráá contemplarcontemplar --se a se a elaboraelabora çção de Planos Intermunicipais de Emergência ão de Planos Intermunicipais de Emergência Externos, envolvendo assim os ServiExternos, envolvendo assim os Servi çços de Protecos de Protec çção ão Civil dos concelhos com contiguidade do risco Civil dos concelhos com contiguidade do risco derivado da localizaderivado da localiza çção e funcionamento de indão e funcionamento de ind úústrias strias SevesoSeveso . .

Flexibol – S. João da Madeira

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PROPOSTASNa definição dos critérios de referência que

permitirão fixar as distâncias de segurança

A ANPC constituiu um GT envolvendo o NGOT e o NRA que elaborou A ANPC constituiu um GT envolvendo o NGOT e o NRA que elaborou um documento para colocar um documento para colocar ààdiscussão os pontos essenciais a incluir na futura Portaria, na discussão os pontos essenciais a incluir na futura Portaria, na perspectiva da Protecperspectiva da Protecçção Civil.ão Civil.

11-- GostarGostarííamos de participar na discussão da portaria amos de participar na discussão da portaria nos aspectos que permitem definir os critérios de referência ou condicionantes que fixarão as distâncias de seguranque fixarão as distâncias de segurançça entre estes estabelecimentos e a entre estes estabelecimentos e o conjunto de elementos expostos.o conjunto de elementos expostos.

••Neste ponto achamos importante o reconhecimento dos pontos sensNeste ponto achamos importante o reconhecimento dos pontos sensííveis ou IE crveis ou IE crííticas para o ticas para o socorro, para alsocorro, para aléém dos elementos expostos jm dos elementos expostos jáá identificados no presente DL;identificados no presente DL;

••Achamos importante a consideraAchamos importante a consideraçção dos sistemas de informaão dos sistemas de informaçção ão àà populapopulaçção com um critão com um critéério;rio;

••Achamos importante a definiAchamos importante a definiçção dos planos de Emergência Intermunicipaisão dos planos de Emergência Intermunicipais

((……) )

De notar que a ANPC deve solicitar De notar que a ANPC deve solicitar àà Câmara Municipal de Matosinhos que, atCâmara Municipal de Matosinhos que, atéé àà publicapublicaçção da Portaria ão da Portaria referida no nreferida no nºº 1 e do parecer da APA, não aceite projectos nem aprove licencia1 e do parecer da APA, não aceite projectos nem aprove licenciamentos nas imediamentos nas imediaçções ões deste e de outros estabelecimentos da Directiva Seveso. deste e de outros estabelecimentos da Directiva Seveso.

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PROPOSTASNa implementação da referida portaria

A ANPC constituiu um GT envolvendo o NGOT e o NRA que elaborou A ANPC constituiu um GT envolvendo o NGOT e o NRA que elaborou um documento para colocar um documento para colocar ààdiscussão os pontos essenciais a incluir na futura Portaria, na discussão os pontos essenciais a incluir na futura Portaria, na perspectiva da Protecperspectiva da Protecçção Civil.ão Civil.

11-- GostarGostarííamos de participar na discussão da portaria relativamente aos amos de participar na discussão da portaria relativamente aos aspectos da sua implementação

Demonstrar ao poder local as vantagens que podem advir se integrarem as medidas de mitigação dos riscos OportunidadesA definição de objectivos e actividades a médio longo prazo;A possibilidade de definirem planos específicos , desde palnos para uma área de corredor, para a definição e manutenção de espaços abertos; A possibilidade de definir novos instrumentos de gestão territorial ou sub-divisões; A possibilidade de valorizar espaços e criar novos codigos Revisão de novos projectos;Influência positiva nos investimentos públicos em Infraestruturas, em Serviços, em Equipamentos.

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