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STCP Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

Av. Fernão de Magalhães 1862, 13º | 4350 158 Porto

Telefone: +351 225 071 000

Fax: +351 225 071 150

E-mail: [email protected]

Internet: www.stcp.pt

Capital Social: EUR 231.352.770,00

NIPC e Matrícula: 500 246 467

Conservatória do Registo Comercial do Porto 2ª secção

Índice

1 Relatório de Gestão ........................................................................................................ 4

1.1 APRESENTAÇÃO DA STCP ............................................................................................ 4

1.2 ACONTECIMENTOS RELEVANTES DO SEMESTRE .................................................................. 7

1.3 ATIVIDADE DO SEMESTRE .......................................................................................... 12

1.4 RESULTADOS CONSOLIDADOS ..................................................................................... 14

1.4.1 Evolução dos resultados .......................................................................................................... 14

1.4.2 Evolução Patrimonial ............................................................................................................... 16

1.5 IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS ......................................................................... 18

1.6 PERSPETIVAS PARA O EXERCÍCIO .................................................................................. 18

1.7 MODELO DE GOVERNO .......................................................................................... 19

1.7.1 Identificação dos Órgãos Sociais ............................................................................................. 19

1.7.2 Estatuto remuneratório ........................................................................................................... 20

1.7.3 Atribuições dos membros do Conselho de Administração ....................................................... 22

2 Demonstrações Financeiras Consolidadas ..................................................................... 25

2.1 NOTAS RELATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ................................. 31

3 Declaração de Conformidade ........................................................................................ 47

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 4 / 48

1 Relatório de Gestão

1.1 Apresentação da STCP

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. é uma sociedade anónima de capitais

exclusivamente públicos, abreviadamente designada por STCP, S.A..

Em 30 de junho de 2018 o capital social da empresa, totalmente realizado, era de 231.352.770,00

euros, representado por 46.270.554,00 ações, com o valor nominal de 5,00 euros cada, detido na

totalidade pelo Estado Português.

A sociedade tem por objeto principal a exploração do transporte rodoviário de passageiros na área

urbana do Grande Porto podendo ainda explorar transportes coletivos de passageiros de superfície

dentro e fora daquela área, bem como outras atividades complementares ou subsidiárias do seu objeto

principal.

A STCP tem uma rede de transportes com 488 km de extensão, que se desenvolve em 33 freguesias

dos 6 concelhos da Área Metropolitana do Porto, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Valongo e Vila

Nova de Gaia, e em desses concelhos, servindo aproximadamente 1 milhão de habitantes. A rede de

transportes é composta por 73 linhas, 69 operadas em modo autocarro e 3 em modo carro elétrico,

servindo 2.491 paragens.

A STCP, S.A. detém participações sociais nas seguintes empresas, que constituem o grupo STCP:

STCP Serviços Transportes Urbanos, Consultoria e Participações,

Unipessoal, Lda.

A STCP Serviço é uma empresa detida a 100% pela STCP, S.A. e que tem por missão a prestação de

serviços de transporte turístico em autocarro e / ou carro elétrico e a comercialização de viagens ou

outros produtos turísticos.

Em março de 2012 a STCP, S.A. deliberou cessar a atividade turística da STCP Serviços uma vez que

essa empresa não gerava rendimentos que permitissem a cobertura dos gastos. Assim, a partir daquela

data, o volume de negócios da STCP Serviços passou a ser nulo. Nos últimos anos têm sido

empreendidos esforços de resolução dos processos administrativos e financeiros pendentes,

nomeadamente o recebimento de dívidas de parceiros comerciais e de revendedores dos produtos

turísticos. Encontram-se também em resolução situações referentes a faturações recebidas de parceiros

para as quais a STCP Serviços tem a expetativa de efetuar encontro de contas.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 5 / 48

TIP Transportes Intermodais do Porto, A.C.E.

O TIP é um Agrupamento Complementar de Empresas constituído, em dezembro de 2002, pela Metro

do Porto, S.A., pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A. e pela empresa Caminhos de

Ferro Portugueses, com o objetivo de promover a implementação da intermodalidade nos transportes

públicos da Área Metropolitana do Porto (AMP) e Trofa.

Transpublicidade Publicidade em Transportes, S.A.

A Transpublicidade tem por objeto social a exploração de toda e qualquer publicidade em veículos e

instalações.

Metro do Porto, S.A.

A Metro do Porto tem por objeto a exploração de um sistema de metro ligeiro na área metropolitana

do Porto. A concessão compreende ainda a conceção e realização do projeto, a realização das obras

de construção e o fornecimento e montagem de equipamentos.

OPT Optimização e Planeamento de Transportes S.A.

A OPT, Optimização e Planeamento de Transportes, S.A., tem como área nuclear de atividade a gestão

operacional do transporte coletivo urbano, atuando em duas grandes áreas de desenvolvimento de

projetos de I&D, no âmbito do planeamento operacional de transportes coletivos, desenvolvendo

soluções informáticas avançadas para a gestão e otimização de sistemas de transportes e geração

automática de informação ao público. Realiza também trabalhos de consultoria na área do

planeamento operacional de transportes.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 6 / 48

As participações sociais da STCP, S.A., a 30 de junho de 2018, nas empresas subsidiárias,

associadas e participadas eram as seguintes:

Não ocorreu qualquer alteração nas participações sociais durante o primeiro semestre de 2018.

O grupo STCP utiliza a consolidação pelo método integral com a subsidiária STCP Serviços.

De salientar que das duas empresas STCP, S.A. e STCP Serviços, apenas a STCP, S.A. tem atividade

operacional.

As empresas associadas TIP Transportes Intermodais do Porto, ACE e Transpublicidade Publicidade

em Transportes, S.A. foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial.

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1.2 Acontecimentos relevantes do semestre

Início do mandato do Conselho de Administração da STCP

A 1 de janeiro teve início o mandato, para o período 2018 2020, dos novos membros do Conselho

de Administração da STCP:

Presidente Executivo - Dr. Paulo de Azevedo iniciou funções a 15 de janeiro

Vogal Executivo - Eng.º Ângelo Oliveira

Vogal Executiva - Dra. Isabel Moniz

Vogal Não Executiva - Dra. Paula Ramos

Vogal Não Executivo - Arq. Avelino Oliveira

A 2 de janeiro decorreu a Cerimónia de tomada de posse da nova Administração da STCP, com

a presença do Ministro do Ambiente, Eng.º João Pedro Matos Fernandes, realizada na Estação de

Recolha de Francos.

Atualização do Tarifário

O Tarifário foi atualizado em termos médios em 1,4%, a partir de 1 de janeiro, por autorização

do Despacho Normativo nº 21-A/2017, de 11 de dezembro.

Projeto FABULOS

Em janeiro decorreu em Helsínquia a primeira reunião do Projeto FABULOS (Sistemas de Operação

de Nível Urbano de Autocarros Automatizados Futuros), com todos os parceiros que fazem parte deste

projeto, integrado no programa europeu de I&D para conceção, teste e utilização de sistemas de gestão

de autocarros automatizados sem condutor, na frota de serviço público de transporte.

Certificados APCER renovados

A 18 de abril ocorreu o ato oficial de entrega dos Certificados APCER (Associação Portuguesa de

Certificação), renovados em 2017. A STCP

possui um Sistema Integrado de Gestão

certificado pelos referenciais: NP EN ISO

9001:2008 Sistemas de Gestão da

Qualidade; NP EN ISO 14001:2012

Sistema de Gestão Ambiental e OHSAS

18001: 2007 / NP 4397:2008 Sistemas

de gestão da Segurança e Saúde no

Trabalho.

Em junho foi realizada uma Auditoria

Interna ao Sistema Integrado de Gestão de acordo com os novos requisitos dos referenciais

de Gestão da Qualidade e do Ambiente, tendo por objetivo avaliar a adequabilidade do Sistema de

Gestão para a transição para estas novas versões normativas.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 8 / 48

Início da operação da nova geração de autocarros movidos a gás natural e dos autocarros

100% elétricos

A 20 de abril a STCP foi dado início à operação, na rede da STCP, dos autocarros 100% elétricos

e da nova geração de autocarros movidos a gás natural colocando, numa primeira fase, três

veículos em circulação, dois elétricos e um a gás natural comprimido.

No final do mês de junho encontravam-se já em operação na rede de transportes da empresa, 12 novos

autocarros, 6 movidos a energia elétrica e 6 da nova geração de gás natural.

Até ao final do ano está prevista a chegada da totalidade dos 15 autocarros elétricos e de 35 autocarros

a gás natural, do total das a integrar na frota da empresa até meados de 2020.

Este projeto conta com o financiamento parcial do Programa POSEUR - Programa Operacional de

Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

Estes novos veículos permitirão, entre outros aspetos, reduzir a zero as emissões de CO2, indo assim

ao encontro de uma política de aproveitamento de recursos energéticos não poluentes a que a STCP

pretende dar força.

No dia 20 de abril foi realizada uma cerimónia para assinalar a chegada dos novos veículos,

presidida pelo

Eng.º João

Pedro Matos

Fernandes,

Ministro do

Ambiente, que

contou ainda

com as

presenças do

Dr. José Gomes

Mendes,

Secretário de

Estado Adjunto

e do Ambiente,

do Presidente

do Conselho

Metropolitano

do Porto, Dr. Eduardo Vítor Rodrigues e dos autarcas da Área Metropolitana do Porto.

Novo percurso no término da linha 200 e Retomada a operação da linha ZR

A partir de 12 de fevereiro o término da linha 200 regressou ao Bolhão (Rua Firmeza), mas com novo

percurso de volta a partir da Av. dos Aliados, pela R. Trindade e Rua Gonçalo Cristóvão, após o desvio

da linha durante mais de um ano, devido a obras na zona do Bolhão.

A 21 de junho foi retomada a atividade da linha ZR que estava suspensa desde o dia 17 de dezembro

de 2017, devido às obras de consolidação da escarpa dos Guindais.

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STCP assinalou o Dia do Pai e o Dia da Mãe

A STCP assinalou o Dia do Pai, a 19 de março e o Dia da Mãe, a 1 de maio, com iniciativas que

envolveram os clientes e alguns dos colaboradores.

Foram distribuídos, pelos autocarros em circulação, marcadores de livro alusivos à ocasião e foi criada

uma moldura, com referências ao dia, onde dezenas de pessoas foram fotografadas, no interior dos

autocarros ou nas paragens.

Relatório de Segurança da operação do Carro Elétrico

Em prol da segurança intrínseca à operação do Carro Elétrico na cidade do Porto, a STCP e a Câmara

Municipal do Porto constituíram uma equipa de trabalho pluridisciplinar, responsável pela integração

de conhecimentos em diferentes áreas, da qual resultou o Relatório de Segurança das infraestruturas

intrínsecas à operacionalidade do Carro Elétrico no Porto.

Desfile de Carros Elétricos

No dia 5 de maio realizou-se o Desfile de Carros Elétricos históricos, permitindo que centenas de

pessoas tivessem a oportunidade

de entrar a bordo dos 16

emblemáticos elétricos que

desfilaram, saindo do Museu para

o seu passeio anual entre o Infante

e o Passeio Alegre.

A edição de 2018 teve como tema

centenário da conclusão da

linha de carro elétrico desde as

minas de São Pedro da Cova,

em Gondomar, até

Massarelos

começou com o transporte de

carga, graças a um veículo

chamado Zorra, mas que

rapidamente se tornou num percurso importante de deslocação e ligação constante entre Porto e

Gondomar. No âmbito do evento, o Museu do Carro Elétrico abriu as suas portas, de forma gratuita,

a mais de mil visitantes que por lá passaram, patenteando uma mostra de filigrana gondomarense.

Mobitrans no Museu do Carro Eléctrico

O Museu do Carro Elétrico foi palco do Mobitrans - 12º Encontro Transportes em Revista, que se

realizou nos dias 24 e 25 de maio e que contou com o patrocínio da STCP. Sob o tema de fundo

de 32 oradores provenientes dos mais variados campos, foram

partilhadas experiências e ideias enriquecedoras sobre como se perspetiva o funcionamento das

grandes áreas urbanas no futuro, especialmente no que respeita à questão dos transportes.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 10 / 48

O presidente da STCP, Dr. Paulo de Azevedo, o Administrador Executivo, Eng. Ângelo de Oliveira e a

Administradora não Executiva, Engª Paula Ramos tiveram intervenções de destaque no decorrer do

encontro.

Serviços especiais para grandes eventos

Durante o semestre foram desenvolvidas parcerias entre a STCP e várias instituições da Área

Metropolitana do Porto, para a melhoria da mobilidade e oferta em transporte público aos vários

eventos a realizar nesta área geográfica.

Entre 5 e 12 de maio foi realizado o Serviço Especial Queima das Fitas 2018 em conjunto com a

Federação Académica do Porto (FAP). A edição de 2018 foi globalmente positiva, tendo contribuído

para o sucesso desta operação o aumento expressivo de estudantes a recorrerem aos autocarros

enquanto meio de transporte preferencial, e a adoção de um conjunto de práticas que garantiram uma

maior segurança a todos. De assinalar ainda o aumento de cerca de 25% da oferta concedida pela

STCP.

A STCP teve uma operação especial para a iniciativa Serralves em Festa 2018, que decorreu

ininterruptamente de 1 a 3 de junho, tendo disponibilizado o serviço Vaivém, que assegurou as ligações

entre Serralves e a Boavista, durante o dia, e de Serralves à Baixa, durante a noite e a madrugada.

De 7 a 10 de junho, a STCP ofereceu reforços e ligações especiais de elevada frequência até à porta do

festival NOS Primavera Sound. Pese embora a intempérie que se fez sentir durante os dias do

festival, a afluência de passageiros nos autocarros da empresa foi expressiva, tendo tudo corrido dentro

do que havia sido planeado.

A STCP preparou uma operação especial para as festas do São João, na cidade do Porto. O serviço

durou toda a noite de dia 23 até à manhã de dia 24.

Aplicação ANDA disponível ao público

A aplicação ANDA, que permite o pagamento da viagem através do telemóvel, ficou disponível para o

público a partir do passado dia 29 de junho. É uma aplicação destinada a telemóveis com sistema

android, que permite aos seus utilizadores viajar nos transportes públicos da Área Metropolitana do

Porto, sem necessidade de conhecer previamente todas as regras tarifárias do Sistema Intermodal

Andante, e beneficiar do preço mais vantajoso para as viagens que realiza.

Aumento de Capital Social

Em maio ocorreu um aumento do capital social da STCP em 18.200.000 euros, por vontade expressa

do acionista único Estado Português, na Deliberação Social Unânime por Escrito, através da emissão de

3.640.000 novas ações, no valor nominal de 5 euros cada, subscritas pelo acionista único e realizado

em numerário. O capital social da STCP passou a 231.352. 770,00 euros.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 11 / 48

Pese embora a Deliberação Social Unânime por Escrito do Estado, referente ao aumento de capital, ser

de 29 de maio de 2018, o registo do aumento de capital junto da Conservatória do Registo Comercial

foi efetuado em 06 de julho de 2018.

Realização de dois empréstimos de médio e longo prazo

Durante o primeiro semestre foram contraídos dois empréstimos de médio e longo prazo, junto do

Estado Português. O primeiro empréstimo, no montante de 29.666.503,73 euros, ocorreu em janeiro.

Para o segundo, no montante de 17.589.232,29 euros, foi celebrado um contrato em maio, mas será

disponibilizado em duas tranches, tendo ocorrido a primeira no mês de junho, no valor de

8.427.624,65 euros, sendo a segunda a desembolsar até 5 de dezembro de 2018.

Estes empréstimos destinam-se a satisfazer as necessidades de financiamento associados aos fluxos,

vencidos e não pagos, do contrato swap da STCP, sendo as datas de pagamentos estabelecidas as

seguintes: em 31/01/2018 (29,7 milhões de euros), em 5/06/208 (8,4 milhões de euros) e em

05/12/2018 (9,2 milhões de euros).

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1.3 Atividade do Semestre

Dado que a STCP Serviços não tem atividade operacional desde março de 2012, a atividade do semestre

respeita apenas à STCP, S.A..

O primeiro semestre de 2018 marca o início do contrato de gestão de serviço público e de delegação

de competências entre o Estado, a Área Metropolitana do Porto e os Municípios nos quais a STCP

opera (Porto, Matosinhos, Maia, Valongo, Gaia e Gondomar).

abs. %

Atividade

Procura

Passageiros 10 3 36.780 36.789 -9,7 -0,03%

Autocarro 10 3 36.430 36.447 -16,9 -0,05%

Carro Elétrico 10 3 350 343 7,2 2,10%

Percurso médio passageiro km 3,72 3,69 0,03 0,7%

Passageiros km 10 3 136.787 135.879 907 0,7%

Oferta

Veículos km 10 3 11.247 11.251 -3,3 -0,03%

Autocarro 10 3 11.165 11.180 -14,2 -0,1%

Carro Elétrico 10 3 82 71 10,9 15,3%

Lotação Média nº 91,2 91,2 0,0 0,0

Lugares km 10 3 1.026.145 1.026.576 -431 -0,04%

Desempenho Operacional

Taxa de Ocupação % 13,3% 13,2% 0,001 p.p. 0,7%

Passageiros / Veículos km nº 3,27 3,27 0 0,0%

Receita de serviço de transporte [1] 10 3 € 23.519 22.447 1.072 4,8%

Autocarro 10 3 € 22.656 21.706 950 4,4%

Carro Elétrico 10 3 € 863 742 122 16,4%

Recursos Humanos a 30 de junho

Efetivo total [2] nº 1.224 1.220 4 0,3%

Pessoal tripulante [3] nº 927 899 28 3,1%

Pessoal tripulante no Efetivo Total % 75,7% 73,7% 0,02 p.p. 2,8%

Frota de Serviço Público a 30 de junho

Autocarros [4] nº 424 417 7 1,7%

Autocarros elétricos % 1,4% 0,0% 0,01 p.p. -

Autoarros gás natural % 61,1% 61,6% -0,01 p.p. -0,9%

Autoarros gás a gasóleo % 37,5% 38,4% -0,01 p.p. -2,3%

Carros elétricos nº 6 6 0 0

[2] Sem Órgãos Sociais e trabalhadores requisitados. Inclui cedidos.

[3] Com a categoria de Motoristas e Guarda-Freios.

[4] A frota de autocarros em 30/06/2017 era composta por 419 viaturas, 2 viaturas inoperacionais por motivos de acidente com danos

elevados, e em 30/06/2018 era composta por 431 viaturas, 7 das quais inoperacionais.

[1] Receita da venda de títulos de transporte. Inclui compensação de tarifário social andante. Valores líquidos de IVA.

Principais Indicadores STCP unid. 1S2018 1S2017variação

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 13 / 48

Ao longo do primeiro semestre deste ano, a STCP transportou cerca de 37 milhões de passageiros,

mantendo praticamente o nível de procura do período homólogo do ano anterior. No modo carro

elétrico foram transportados cerca de 350 passageiros, correspondendo a um acréscimo de 2,1%.

A receita de serviço de transporte aumentou 4,8%, cerca de 1,1 milhões de euros, quando comparada

com igual período de 2017, atingindo cerca de 23,5 milhões de euros. Para este resultado contribuiu

o aumento de tarifário, a partir de 1 de janeiro, com particular incidência do título Agente Único. A

receita de serviço de transporte do modo carro elétrico foi de 863 mil euros, correspondendo a um

aumento de 16,4%.

No primeiro semestre de 2018 a oferta total apresentou uma ligeira diminuição, face ao primeiro

semestre de 2017, de 0,03% (-3 mil quilómetros), atingindo 11,25 milhões de quilómetros percorridos.

Registou-se um aumento da oferta do modo carro elétrico face ao período homólogo do primeiro

semestre de 2017 em 15,3% (+11 mil quilómetros).

A contribuir para a quebra da oferta registada no semestre de 2018, refere-se:

A suspensão do serviço da linha ZR (desde o dia 17 de dezembro de 2017 até ao dia 20 de

junho de 2018), devido às obras de consolidação da escarpa dos Guindais (correspondendo a

cerca de 57 mil quilómetros no semestre de 2018);

O facto de a STCP estar sob o efeito de um pré-aviso de greve para sábados, domingos,

feriados e às duas últimas horas do período de trabalho, desde meados de 2017.

A 30 de junho de 2018 o efetivo, excluindo órgãos sociais, trabalhadores requisitados e licenças sem

vencimento e incluindo cedidos, era de 1.224. Comparativamente com 30 de junho de 2017, regista-

se um aumento de 4 trabalhadores. Contudo, a 31 de dezembro de 2017, a STCP contava já com um

efetivo de 1.242 trabalhadores, pelo que comparativamente com o final do ano de 2017, registou-se

uma redução líquida de 18 trabalhadores, correspondendo a 30 entradas (21 de pessoal tripulante, 8

trabalhadores da manutenção e uma advogada) e 48 saídas (34 de pessoal tripulante).

A 30 de junho de 2018, do total dos 927 trabalhadores pessoal tripulante, 21 encontravam-se

temporariamente afastados da função por motivos de saúde.

A partir do mês de abril a STCP começou a receber, gradualmente, a encomenda relativa aos contratos

celebrados em 2017 para a aquisição dos novos autocarros elétricos e a gás natural. Estes autocarros

terão como contrapartida, a muito curto prazo, o abate em igual número, dos autocarros antigos da

frota da empresa. No final do mês de junho estavam já ao serviço 12 novos autocarros, 6 elétricos e 6

da nova geração a gás natural.

Estes novos veículos permitirão, entre outros aspetos, reduzir no médio e longo prazo, os gastos com

combustíveis da empresa, bem como as emissões de CO2, indo assim ao encontro de uma política de

aproveitamento de recursos energéticos não poluentes a que a STCP pretende dar força, aprofundando

a sua responsabilidade social.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 14 / 48

1.4 Resultados Consolidados

1.4.1 Evolução dos resultados

O resultado líquido apurado no final do primeiro semestre de 2018 apresenta um agravamento de

aproximadamente 4 milhões de euros face ao registado no período homólogo do ano anterior,

passando de -244 mil euros, em 2017, para -4,23 milhões de euros em 2018.

O resultado líquido do período, excluído dos encargos (juros e variação de justo valor) com instrumentos

financeiros (swap), apresenta um agravamento de 777 mil euros (50%) quando comparado com o

primeiro semestre de 2017, atingindo o montante de -2,3 milhões de euros no final do primeiro

semestre de 2018, quando em 2017 o valor era de -1,6 milhões.

Para esta evolução contribuiu essencialmente a variação das provisões, uma vez que o primeiro

semestre de 2017 registou uma diminuição das provisões de aproximadamente 3,4 milhões de euros

(cerca de 2 milhões de euros relativos a processos judiciais em curso para swap, cerca de 1,2 milhões

abs. %

Rédito das vendas e dos serviços prestados 23.583 22.506 1.077 4,8%

Outros rendimentos e ganhos operacionais [1] 3.724 1.145 2.579 225,3%

Rendimentos e ganhos 27.307 23.651 3.656 15,5%

Inventários, materiais e serviços consumidos 10.209 9.853 357 3,6%

Gastos com o pessoal 15.636 14.142 1.494 10,6%

Outros gastos e perdas operacionais [2] 345 587 -242 -41,3%

Gastos e perdas 26.190 24.582 1.608 6,5%

EBITDA (x) 1.117 -931 2.047 220,0%

Indemnizações (ICCT) [3] 3 0 3 -

EBITDA RECORRENTE 1.119 -931 2.050 220,2%

Gastos depreciação e de amortização (y) 1.417 1.771 -354 -20,0%

Aumentos / diminuições de provisões (z) 43 -3.425 3.468 -101,3%

Resultados Operacionais (x)-(y)-(z) -344 723 -1.067 -147,6%

Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumentos financeiros 6.581 8.324 -1.743 -20,9%

Juros suportados com instrumentos financeiros 8.481 7.012 1.469 21,0%

Encargos com instrumentos financeiros (swap ) 1.900 -1.312 3.212 244,7%

Juros e encargos financeiros 1.982 2.272 -290 -12,8%

Resultados Financeiros -3.882 -960 -2.922 -304,4%

Imposto sobre o rendimento 7 7 0,05 0,7%

Resultado líquido do período -4.232 -244 -3.988 -1635,3%

Resultado líquido do período sem Encargos com instrumentos

financeiros (swap)-2.333 -1.556 -777 -49,9%

[3] Exclui indemnizações por cessação de contrato.

1S2018 1S2017variação

Resultados consolidados (10^3 €)

[2] Inclui prejuízos imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos; os aumentos / diminuições de dívidas a receber; os outros

gastos e perdas em propriedades de investimento e diferenças de câmbio desfavoráveis com pagamentos obtidos.

[1] Inclui as compensações financeiras a atribuir pelos municípios pelas obrigações de serviço público suportadas pela STCP; os trabalhos para a

própria entidade capitalizados; os ganhos imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos; os outros rendimentos e ganhos com

propriedades de investimento; diferenças de câmbio favoráveis com descontos de pagamento obtidos.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 15 / 48

de euros relativo a sinistros e o restante relativo a outras provisões), quando em igual período de 2018

se registou um aumento nas provisões de 43,3 mil euros (aumento de provisão para sinistros em 57,1

mil euros e reversão de provisão para processos judiciais em curso de 13,8 mil euros) e o acréscimo nos

gastos com pessoal, em 1,5 milhões de euros.

O EBITDA recorrente do primeiro semestre de 2018 foi positivo em cerca de 1,1 milhões de euros,

aumentando cerca de 2,1 milhões de euros (220%) face ao período homólogo de 2017, dado que os

rendimentos e ganhos foram de 27,3 milhões de euros (+15,5%) e os gastos e perdas operacionais

(sem depreciações, amortizações, provisões e imparidades) foram de 26,2 milhões de euros (+6,5%).

De realçar que o EBITDA recorrente apresentou uma melhoria significativa, pese embora as reposições

salariais, de acordo com as Leis do OE 2017 e 2018, estejam consideradas no primeiro semestre de

2018, no valor de cerca de 1,2 milhões de euros, não existentes no período homólogo de 2017.

Os rendimentos e ganhos do primeiro semestre de 2018 aumentaram 15,5% (cerca de 3,7 milhões

de euros) face ao semestre homólogo de 2017, atingindo 27,3 milhões de euros.

O rédito das vendas e dos serviços prestado aumentou 4,8%, dado o aumento de tarifas registado a 1

de janeiro.

Os outros rendimentos e ganhos aumentaram 225% (cerca de 2,6 milhões de euros)

fundamentalmente pela contabilização de 2,4 milhões de euros das compensações das obrigações de

serviço público a pagar pelos municípios, inexistente no primeiro semestre de 2017, e devido ao

aumento das a indemnizações por sinistros (+152 mil euros) e ao recebimento de multas de títulos de

transporte (aproximadamente 85 mil euros).

Os gastos e perdas do primeiro semestre de 2018 aumentaram 6,5% (cerca de 1,6 milhões de euros)

face ao semestre homólogo de 2017, atingindo 26,2 milhões de euros.

Os gastos de inventários, materiais e serviços consumidos cresceram 3,6% (357 mil euros),

correspondendo 204 mil euros ao acréscimo dos gastos com combustíveis (gás, gasóleo e eletricidade)

devido ao aumento de preços, 73 mil euros a acréscimo de gastos com manutenção, pneus e acessórios

de autocarros, 39 mil euros relativos aumento com limpeza, higiene e conforto e 27 mil relativo ao

aumento de gastos com comissões de títulos de transporte, em linha com o aumento da receita de

serviço público.

Os gastos com pessoal do primeiro semestre de 2018 aumentaram 10,6% (cerca de 1,5 milhões de

euros) face ao semestre homólogo de 2017, atingindo 15,6 milhões de euros. O aumento dos gastos

com pessoal, justifica-se essencialmente pelas reposições remuneratórias, de acordo com as Leis do OE

2017 e 2018 no valor de 1,2 milhões de euros, por cerca de 127 mil euros referente aos encargos a

pagar em 2019 relativos a férias e subsídio de férias, calculado com base na média do extra, feriados

e noturno, prestados de uma forma regular durante 11 meses e ainda por 391 mil euros respeitantes

a duodécimos de subsídio de natal uma vez que no ano de 2017, por lapso, os duodécimos deste

subsídio foram contabilizados apenas no mês de setembro.

Os outros gastos e perdas operacionais em 2018 registaram uma diminuição de 41,3% (242 mil euros)

devido à redução dos gastos com indemnizações por sinistros.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 16 / 48

Os resultados financeiros do primeiro semestre de 2018 foram negativos, em cerca de 3,9 milhões

de euros, agravando-se em 2,9 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2017. Este resultado

deve-se ao crescimento dos encargos com instrumentos financeiros (swap) em 3,2 milhões de euros

(os juros com swap foram de 8,5 milhões de euros, crescendo 1,5 milhões de euros face a 2017,

enquanto que a variação de justo valor foi positiva, no montante de 6,6 milhões de euros, contudo foi

inferior à variação de justo valor positiva de 8,3 milhões de euros registado no primeiro semestre de

2017). Os juros e encargos com financiamento reduziram 290 mil euros em 2018, quando comparado

com igual período de 2019, devido à amortização da dívida de alguns dos empréstimos celebrados

com o Estado Português e à amortização da dívida com o leasing de autocarros.

1.4.2 Evolução Patrimonial

No primeiro semestre de 2018 o ativo aumentou 27% (21,3 milhões de euros) face a 31 de dezembro

de 2017 situando-se em cerca de 100 milhões de euros.

O ativo não corrente teve um crescimento de 1,9 milhões de euros, fruto do investimento realizado no

semestre na nova frota de autocarros. O ativo corrente aumentou 19,4 milhões de euros, devido ao

crescimento de caixa e seus equivalente, pelo aumento de capital em numerário realizado em maio

pelo acionista Estado Português no montante de 18,2 milhões de euros (para pagamento de

investimentos na nova frota de autocarros e respetivos postos de carregamentos e abastecimento, a

realizar ao longo do ano de 2018, e para pagamento do serviço da dívida e encargos, com o leasing

de autocarros e com o empréstimo obrigacionista existente) e pelo aumento de outras contas a receber

por serviços prestados.

O capital próprio no final do primeiro semestre de 2018 apresentava o valor negativo de

aproximadamente 398 milhões de euros, registando um desagravamento de cerca de 14 milhões de

euros (3,4%) face a 31 de dezembro de 2017, devido por um lado ao aumento de capital em numerário

realizado em maio pelo acionista Estado Português no montante de 18,2 milhões de euros, e por outro

lado aos resultados líquidos negativos do semestre.

abs. %

Ativo não corrente 68.642 66.742 1.900 2,8%

Ativo corrente 31.026 11.622 19.404 167%

Total do ativo 99.668 78.365 21.304 27%

Capital próprio -397.667 -411.634 13.966 3,4%

Passivo não corrente 394.867 394.073 794 0,2%

Passivo corrente 102.469 95.926 6.543 7%

Total do passivo 497.336 489.998 7.337 1,5%

Total do capital próprio e do passivo 99.668 78.365 21.304 27%

30-06-2018 31-12-2017Demonstração da posição financeira

consolidada (10^3 €)

variação

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 17 / 48

Em 29 de maio, por Deliberação Social Unânime por Escrito do acionista único Estado Português, foi

decidido aumentar o Capital Social da empresa, em 18.200.000,00 euros, através da emissão de

3.640.000 novas ações, no valor nominal de 5 euros cada, subscritas pelo acionista único, e

integralmente realizado em numerário, tendo as formalidades legais para a sua concretização

terminado em julho de 2018.

O passivo, no primeiro semestre de 2018 agravou 1,5% (7,3 milhões de euros) face a 31 de dezembro

de 2017 situando-se em cerca de 497,3 milhões de euros, devido ao aumento em 3,5 milhões de euros

do passivo com outros instrumentos financeiros e ao aumento de dívidas a pagar.

Não existem dívidas em mora ao Estado e outros entes públicos, incluindo à Segurança Social.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 18 / 48

1.5 Identificação dos principais riscos

A STCP não possui um sistema global de gestão de riscos, encontrando-se a gestão de riscos

implementada na empresa de uma forma transversal, consoante a tipologia de risco, através da sua

política de gestão integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança e Saúde do Trabalho e cabendo a

todos os colaboradores a responsabilidade de reduzir os fatores de risco, minimizando o seu impacto

e identificando, sempre que possível, oportunidades de melhoria.

No primeiro semestre de 2018, no âmbito do processo para a transição para as novas versões

normativas ado Sistema Integrado de Gestão, foi elaborada a Matriz de Riscos e Oportunidades, por

processos, com atribuição de graus de probabilidade de ocorrência.

A STCP tem em vigor Planos de Prevenção de Risco, específicos, bem como a respetiva contratação de

apólices para cobertura de vários riscos operacionais.

Principais riscos estratégicos identificados:

- Aumento do regime concorrencial nas linhas de transporte

- Ineficácia do regime de fiscalização relativamente à exclusividade de exploração do transporte

público prestado pela STCP, na cidade do Porto

- Permanência do desequilíbrio económico-financeiro

- Aumento do preço dos combustíveis

1.6 Perspetivas para o exercício

A Assembleia Geral da STCP, iniciada no passado dia 22 de maio, tem marcada a sua continuação para

14 de agosto. Constam da ordem de trabalhos da Assembleia, a aprovação das contas individuais e

consolidadas de 2017 e a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento de Exploração e de

Investimentos para 2018. Esta aprovação permitirá a concretização de alguns dos projetos de

investimentos previstos para o ano de 2018 e a admissão de pessoal, quer para reposição das saídas

registadas ao longo do primeiro semestre, quer para acréscimo do efetivo, em particular de pessoal

tripulante, motoristas e guarda-freios.

Até ao final do ano de 2018 está prevista a entrada em operação dos 15 autocarros elétricos e de 35

autocarros a gás natural, do total das 188 a entrar até meados de 2020. A aquisição destas viaturas

resultou dos concursos públicos internacionais lançados em 21 de abril de 2017, que deram origem à

celebração dos respetivos contratos de fornecimento, em 30 de agosto de 2017, com as empresas

fornecedoras.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 19 / 48

1.7 Modelo de Governo

Na STCP, o modelo de governo, monista latino, é composto por um Conselho de Administração e dois

órgãos de fiscalização, o Conselho Fiscal e uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas - SROC.

1.7.1 Identificação dos Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas

Os Órgãos Sociais, Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal, foram designados através das

Deliberações Sociais Unânimes Por Escrito, de 25 de janeiro de 2016, tomadas ao abrigo da primeira

parte do nº 1 do artigo 54º do Código das Sociedades Comerciais.

Na Assembleia-Geral da STCP, de 30 de maio de 2016, foi votada favoravelmente a aprovação da

proposta do Conselho Fiscal, para o mandato correspondente ao triénio 2016 2018, de nomeação

para Revisor Oficial de Contas da Sociedade Baker Tilly, PG & Associados, SROC, S.A. representada

pelo sócio Fernando Manuel de Sousa Pires de Matos.

2018-2020

Cargo Órgãos Sociais Eleição

Mesa da Assembleia Geral

P res idente Jos é António F erreira de Barros 25-jan-16

Vice-P res idente Maria Teres a Vas concelos Abreu F lor Morais 25-jan-16

S ecretário Carlos Maria R ocha P inheiro Torres 25-jan-16

Conselho de Administração

P res idente E xecutivo P aulo de Azevedo P ereira da S ilva 15-jan-18

Vogal E xecutivo Ângelo Augus to S antos Oliveira 01-jan-18

Vogal E xecutivo Is abel Maria de Oliveira Botelho Moniz da Cruz Vilaça 01-jan-18

Vogal Não E xecutivo P aula Cris tina David Vaz R ibeiro R amos 01-jan-18

Vogal Não E xecutivo Avelino Jos é P into de Oliveira 01-jan-18

Conselho Fiscal

P res idente P edro R omano Martinez 25-jan-16

Vogal E fetivo Ana Alexandra F ilipe F reitas 25-jan-16

Vogal E fetivo P aulo Jorge R odrigues Mateus 25-jan-16

Vogal S uplente Dino Jorge R amos S antos 25-jan-16

Revisor Oficial de Contas

Baker T illy, P G & As s ociados , S R OC, S .A. 30-mai-16

R epres entada pelo s ócio F ernando Manuel de S ous a P ires

de Matos , R OC nº 757

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 20 / 48

Conselho de Administração

Considerando que, no dia 29 de novembro de 2016, entrou em vigor o Decreto-Lei n.º 82/2016, de

28 de novembro, no qual se regulou o novo modelo de gestão da STCP, prevendo-se a delegação,

parcial e temporária, de competências de autoridade de transportes do Estado para a Área

Metropolitana do Porto (AMP) relativas ao serviço de transporte público de passageiros, operado pela

STCP e a delegação, parcial e temporária, da gestão operacional da STCP;

Considerando que, no dia 2 de janeiro de 2017 foi celebrado o Contrato Interadministrativo de

Delegação de Competências entre o Estado e a AMP, que teve como objeto a delegação na AMP de

competências de autoridade de transportes do Estado relativas ao serviço de transporte público de

passageiros, explorado pela STCP;

Considerando que também no dia 2 de janeiro de 2017 foi celebrado o Contrato de Gestão

Operacional entre o Estado e a AMP, no âmbito do qual foi transferida para esta última entidade a

gestão operacional da STCP e em que o Estado atribui à AMP o direito de propor quatro dos cinco

membros do conselho de administração da STCP, incluindo o Presidente:

Foi eleito o Conselho de Administração por Deliberação Social Unânime por Escrito, de 29 de dezembro

de 2017, com produção de efeitos a 1 de janeiro de 2018, para um mandato de três anos 2018-2020.

A Vogal Executiva, Dra. Isabel Maria de Oliveira Botelho Moniz da Cruz Vilaça, tem as competências

previstas no n.º 4 do artigo 31.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro, na sua atual redação,

e na alínea b) do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 82/2016, de 28 de novembro.

1.7.2 Estatuto remuneratório

Para efeitos de fixação das remunerações dos órgãos sociais, a empresa SCP, S.A. foi classificada pela

Resolução do Conselho de Ministros nº 36/2012, de 26 de março, com classificação C.

1. Mesa da Assembleia Geral

A Deliberação Social Unânime Por Escrito, de 25 de janeiro de 2016, fixou para os membros da Mesa

da Assembleia Geral, os seguintes valores para as senhas de presença:

Presidente: valor ilíquido de 500,00 €.

Vice-Presidente: valor ilíquido de 425,00 €.

Secretário: valor ilíquido de 350,00 €.

Foi determinado que aos valores ilíquidos fixados, sejam aplicadas as reduções e reversões

remuneratórias legalmente aplicáveis. São aplicáveis ainda a todas estas remunerações outras

disposições que vierem a ser legalmente determinadas.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 21 / 48

2. Conselho de Administração

A Deliberação Social Unânime Por Escrito, de 29 de dezembro de 2017, com efeitos a 1 de janeiro de

2018, ao abrigo do EGP, fixa as seguintes remunerações dos membros do Conselho de Administração:

Presidente Executivo: valor mensal ilíquido de 4.578,20 €, pago 14 vezes por ano, acrescido de

40% a título de abono mensal para despesas de representação, no montante de 1.831,28 €, pago

12 vezes por ano.

Vogais Executivos: valor mensal ilíquido de 3.662,56 €, pago 14 vezes por ano, acrescido de 40%

a título de abono mensal para despesas de representação, no montante de 1.465,02€, pago 12

vezes por ano.

Vogais Não Executivos: valor mensal ilíquido de 915,64 €, pago 14 vezes por ano.

Os membros do Conselho de Administração auferem ainda as seguintes regalias ou benefícios

remuneratórios:

i) Benefícios sociais de aplicação generalizada a todos os trabalhadores da empresa, com

exceção aos respeitantes a planos complementares de reforma, aposentação,

sobrevivência ou invalidez, nos termos do artigo 34.º do EGP;

ii) O valor mensal de combustível e portagens afeto às viaturas de serviço é de um quarto do

abono mensal para despesas de representação fixadas nos termos do n.º 3 do artigo 33.º

do EGP;

iii) Abono para despesas com comunicações, onde se inclui o telefone móvel, o telefone

domiciliário e a internet, cujo valor máximo global mensal não pode exceder 80,00 €, nos

termos do disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 32.º do EGP; e

iv) A atribuição do subsídio de refeição nas condições previstas no artigo 20.º da Lei n.º

42/2016, de 28 de dezembro;

Não é permitida:

A utilização de cartões de crédito e outros instrumentos de pagamento, tendo por objeto a

realização de despesas ao serviço da empresa, nos termos do disposto no nº 1 do artigo 32º

do EGP; e

O reembolso de quaisquer despesas que possam ser consideradas como despesas de

representação pessoal nos termos do disposto no nº 2 do artigo 32º do EGP.

3. Conselho Fiscal

A Deliberação Social Unânime Por Escrito, de 25 de janeiro de 2016, fixou para os membros do

Conselho Fiscal, o seguinte estatuto remuneratório:

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 22 / 48

Presidente: valor ilíquido de 1.281,90 €, pago 14 vezes por ano.

Vogais: valor ilíquido de 961,42 €, pago 14 vezes por ano.

Foi determinado que aos valores ilíquidos fixados, sejam aplicadas as reduções e reversões

remuneratórias legalmente aplicáveis. São aplicáveis ainda a todas estas remunerações outras

disposições que vierem a ser legalmente determinadas.

4. Revisor Oficial de Contas (ROC)

A Deliberação Social Unânime Por Escrito, de 30 de novembro de 2016, deliberou:

1. A remuneração anual ilíquida do ROC será a constante de contrato de prestação de serviços a

celebrar entre a STCP e o ROC, com o limite máximo equivalente a 22,5% da quantia

correspondente a doze meses da remuneração global ilíquida atribuída, nos termos legais, ao

Presidente do Conselho de Administração da empresa classificada como C.

2. Por aplicação ao artigo 101º do Decreto-Lei nº 18/2016, de 13 de abril, que promulgou os

efeitos do Programa de Assistência Económica e Financeira, da aplicação dos valores

constantes do ponto imediatamente anterior não pode resultar num aumento dos valores das

remunerações auferidas pelo ROC, tendo por referência os montantes atribuídos à data da

entrada em vigor das Resoluções de Conselhos de Ministros nºs 16/2012 e 18/2012.

3. Ao valor mensal determinado aplicam-se as reduções remuneratórias legalmente vigentes e

eventuais outras disposições que venham a ser aprovadas.

4. Ao valor da prestação de serviços, pago doze meses por ano, acresce o IVA, à taxa legal em

vigor.

5. Deverão ser reembolsadas pela entidade, ao ROC, as despesas de transporte e alojamento,

bem como quaisquer outras realizadas no exercício das suas funções.

O Conselho de Administração aprovou na sua reunião de 5 de dezembro de 2016, ata nº 40/16, o

valor mensal a pagar, em doze meses por ano, à Sociedade Baker Tilly, PG & Associados, SROC, S.A.

para a elaboração da certificação legal das contas individuais, de € 1.442,13 (mil quatrocentos e

quarenta e dois euros e treze cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor.

O valor aprovado está sujeito ao consagrado na Deliberação Social Unânime Por Escrito, de 30 de

novembro de 2016.

1.7.3 Atribuições dos membros do Conselho de Administração

Por deliberação do Conselho de Administração, tomada em reunião de 15 de janeiro de 2018, foi

definida a afetação direta das áreas da macro estrutura da Empresa e a nomeação dos representantes

da STCP nas empresas participadas, do seguinte modo:

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 23 / 48

Presidente Executivo Dr. Paulo de Azevedo Pereira da Silva

Exerce funções executivas, sendo responsável pela coordenação direta do Departamento de Marketing,

do Departamento de Assessoria Jurídica, do Serviço de Secretariado Geral e Apoio ao Conselho de

Administração e do Museu do Carro Eléctrico.

Representa a STCP no Conselho de Administração nas empresas participadas: Transportes Intermodais

do Porto, ACE (TIP-ACE), na Metro do Porto S.A. e na TRANSPUBLICIDADE Publicidade em

Transportes, S.A..

Vogal Executivo Eng.º Ângelo Augusto santos Oliveira

Exerce funções executivas, sendo responsável pela coordenação direta do Departamento de Operações,

Unidade de Manutenção da Frota, Unidade do Carro Elétrico e Gabinete de Informática e

Comunicações. Representante do Conselho de Administração para o Sistema Integrado de Gestão e

Qualidade.

Representa a STCP no Conselho de Administração da empresa participada OPT Optimização e

Planeamento de Transportes, S.A..

Vogal Executivo Dra. Isabel Maria de Oliveira Botelho Moniz da Cruz Vilaça

Exerce funções executivas, sendo responsável pela coordenação direta do Gabinete de Controlo de

Gestão e Auditoria, Departamento de Recursos Humanos e Departamento Administrativo e Financeiro.

Representante do Conselho de Administração para as relações com a Comissão do Mercado de Valores

Mobiliários (CMVM).

É a gerente da STCP SERVIÇOS Transportes Urbanos, Consultoria e Participações, Unipessoal, Lda..

Vogal Não Executiva Eng.ª Paula Cristina David Vaz Ribeiro Ramos

Exerce funções não executivas. Acompanha e avalia continuamente a gestão da empresa por parte dos

demais gestores, com vista a assegurar a prossecução dos objetivos estratégicos da empresa, a

eficiência das suas atividades e a conciliação dos interesses dos acionistas com o interesse geral.

Vogal Não Executivo Arq.º Avelino José Pinto de Oliveira

Exercem funções não executivas. Acompanham e avaliam continuamente a gestão da empresa por

parte dos demais gestores, com vista a assegurar a prossecução dos objetivos estratégicos da empresa,

a eficiência das suas atividades e a conciliação dos interesses dos acionistas com o interesse geral.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 24 / 48

Porto, 18 de setembro de 2018

O Conselho de Administração

Presidente executivo:

(Paulo de Azevedo Pereira da Silva)

Vogais executivos:

(Ângelo Augusto Santos Oliveira)

(Isabel Maria de Oliveira Botelho Moniz da Cruz Vilaça)

Vogais não executivos:

(Paula Cristina David Vaz Ribeiro Ramos)

(Avelino José Pinto de Oliveira)

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 25 / 48

2 Demonstrações Financeiras Consolidadas (Informação financeira não sujeita a auditoria ou revisão limitada)

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 26 / 48

DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017

(Montantes expressos em euros)

ATIVO Notas 30 junho 2018 31 dezembro 2017

Ativo não corrente 68.641.816,07 66.742.193,89

Ativos fixos tangíveis 8 54.671.165,32 53.220.220,89

Propriedades de investimento 10 13.281.427,51 13.316.627,51

Outros ativos fixos intangíveis 9 114.688,97 19.646,33

Participações financeiras pelo método da equivalência patrimonial 4.2 253.513,30 137.340,05

Participações financeiras pelo método do custo 12 25.000,00 25.000,00

Outros investimentos financeiros 31.912,55 23.359,11

Outras contas a receber 264.108,42

Ativo corrente 31.026.335,99 11.622.443,29

Inventários 453.818,67 472.776,48

Clientes 2.096.921,97 3.254.283,53

Outras contas a receber 13 8.797.445,46 3.847.463,06

Impostos sobre o rendimento a receber 6 594.632,65 548.036,20

Caixa e seus equivalentes 7 19.083.517,24 3.499.884,02

Total do ativo 99.668.152,06 78.364.637,18

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 30 junho 2018 31 dezembro 2017

Capital próprio

Capital nominal 25 231.352.770,00 213.152.770,00

Reservas não distribuíveis 75.378,27 75.378,27

Reservas distribuíveis 930.935,58 930.935,58

Excedentes de valorização de ativos fixos 42.391.652,05 42.783.224,91

Ajustamentos ao valor de ativos financeiros 170.135,37 135.967,24

Resultados acumulados -668.356.007,56 -653.671.062,12

Resultado líquido do período -4.232.252,59 -15.040.914,55

Interesses minoritários

Total do capital próprio -397.667.388,88 -411.633.700,67

Passivo

Passivo não corrente 394.866.526,71 394.072.690,13

Provisões 24 19.955.260,85 19.911.994,28

Outros instrumentos financeiros 21 372.393.594,41 370.685.143,43

Responsabilidades por benefícios de reforma 23 480.697,00 477.652,00

Passivos por locação financeira 20.1 2.036.974,45 2.997.900,42

Passivo corrente 102.469.014,23 95.925.647,72

Fornecedores 2.192.888,69 1.139.173,97

Empréstimos e descobertos bancários 9.545,33 5.516,22

Outros instrumentos financeiros 21 85.326.167,40 83.569.892,80

Outras contas a pagar 14 13.022.961,60 9.302.410,42

Passivos por locação financeira 20.1 1.917.451,21 1.908.654,31

Total do passivo 497.335.540,94 489.998.337,85

Total do capital próprio e do passivo 99.668.152,06 78.364.637,18

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 27 / 48

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

Dos semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017

(Montantes expressos em euros)

Notas 30 junho 2018 30 junho 2017

RENDIMENTOS E GANHOS

Rédito das vendas e dos serviços prestados 15 23.583.323,23 22.506.445,04

Outros rendimentos e ganhos operacionais 16 3.366.923,90 785.609,96

Trabalhos para a própria entidade capitalizados 4.647,90 10.927,18

Lucros imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 118.338,52 179.987,64

Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumentos financeiros 18 6.581.260,17 8.324.128,86

Outros rendimentos e ganhos financeiros 18 233.748,50 168.210,88

Total de Rendimentos e Ganhos 33.888.242,22 31.975.309,56

GASTOS E PERDAS

Inventários consumidos e vendidos 607.025,83 596.192,40

Materiais e serviços consumidos 9.602.466,46 9.256.772,72

Gastos com o pessoal 15.636.360,34 14.142.476,31

Gastos de depreciação e de amortização 8-9 1.417.179,75 1.771.370,00

Aumentos / diminuições de provisões 24 43.266,57 -3.424.916,72

Outros gastos e perdas operacionais 17 310.359,76 555.981,94

Aumentos / diminuições de ajustamentos de dívidas a receber -555,00

Prejuízos imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos 4.2 2.532,65

Juros e outros gastos e perdas financeiros 19 10.494.444,69 9.315.065,71

Total de Gastos e Perdas 38.113.636,05 32.212.387,36

Resultado antes de impostos -4.225.393,83 -237.077,80

Imposto sobre o rendimento 6.858,76 6.810,00

Resultado antes da consideração dos interesses minoritários -4.232.252,59 -243.887,80

Resultado afeto aos Interesses minoritários

Resultado líquido do período -4.232.252,59 -243.887,80

Resultado por ação 28 -0,10 -0,01

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 28 / 48

DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO

Dos semestres findos em 30 de junho de 2018 e 2017

(Montantes expressos em euros)

Notas 30 junho 2018 30 junho 2017

Resultado líquido do período -4.232.252,59 -243.887,80

Itens que não irão ser reclassificados para resultados:

Remensuração passivo (ativo) líquido de benefícios definidos

-1.803,00 14.724,00

Outros

367,38

Itens que poderão vir a ser reclassificadas para resultados:

Outros rendimentos e gastos reconhecidos diretamente em capital próprio

-1.435,62 14.724,00

Total do rendimento integral do período -4.233.688,21 -229.163,80

Atribuível a :

Acionista da empresa mãe

-4.233.688,21 -229.163,80

-4.233.688,21 -229.163,80

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S18 Pág. 29 / 48

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

Dos exercícios findos em 30 de junho de 2018 e 2017

(Montantes expressos em euros)

Notas 30 junho 2018 30 junho 2017

Fluxos de caixa das atividades operacionais-Método direto

Recebimentos de clientes 23.685.532,44 23.296.598,31

Pagamentos a fornecedores -10.831.343,10 -11.146.785,79

Pagamentos ao pessoal -12.152.308,79 -11.671.805,55

Fluxo gerado pelas operações 701.880,55 478.006,97

Pagamento/Recebimento do imposto sobre o rendimento 39.090,62 -31.006,25

Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional 761.091,51 -2.215.463,42

Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 1.502.062,68 -1.768.462,70

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Pagamentos respeitantes a :

Ativos fixos tangíveis -3.107.320,35 -301.947,19

Ativos intangíveis -123.490,38 -2.613,81

Investimentos financeiros -8.333,95 -6.536,17

Outros ativos -40.393,13 -43.158,01

-3.279.537,81 -354.255,18

Recebimentos provenientes de:

Ativos fixos tangíveis 1.824,46 23.923,50

Outros ativos 131.680,00

Subsídios de investimento 434.950,94 11.757,18

Juros e rendimentos similares 174.928,09 181.570,25

743.383,49 217.250,93

Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -2.536.154,32 -137.004,25

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 38.135.338,38 6.982.014,82

Realização de capitais e outros instrumentos de capital 18.200.000,00 13.491.175,00

56.335.338,38 20.473.189,82

Pagamentos respeitantes a :

Financiamentos obtidos -37.180,89 -33.563,20

Juros e gastos similares -38.510.210,00 -7.086.690,58

Outras operações de financiamento -1.170.222,63 -1.160.095,02

-39.717.613,52 -8.280.348,80

Fluxos das atividades de financiamento (3) 16.617.724,86 12.192.841,02

Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) 15.583.633,22 10.287.374,07

Caixa e seus equivalentes no início do período 3.499.884,02 2.922.207,39

Caixa e seus equivalentes no final do período 7 19.083.517,24 13.209.581,46

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2017 Pág. 30 / 48

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO CONSOLIDADODos exercícios findos em 30 de junho de 2018 e 2017

(Montantes expressos em euros)

Capital nominalReservas não

distribuíveisReservas distribuíveis

Excedente de

valorização de

ativos fixos

Ajustamentos ao valor

de ativos financeiros

Resultados

acumulados

Resultado líquido do

períodoTotal capital próprio

Posição em 01.01.2018 213.152.770,00 75.378,27 930.935,58 42.783.224,91 135.967,24 -653.671.062,12 -15.040.914,55 -411.633.700,67

Aumentos / reduções de capital 18.200.000,00 18.200.000,00

Realização do excedente de valorização de ativos fixos -391.572,86 391.572,86

Outros aumentos / diminuições de valor em instrumentos financeiros 34.168,13 -34.168,13

Transferências -15.040.914,55 15.040.914,55

Rendimento integral:

Resultado líquido do período -4.232.252,59 -4.232.252,59

Remensuração do passivo (ativo) líquido de beneficios definidos -1.803,00 -1.803,00

Outros ganhos / perdas reconhecidos directamente no capital próprio 367,38 367,38

Total do rendimento integral do exercício: -1.435,62 -4.232.252,59 -4.233.688,21

Posição em 30.06.2018 231.352.770,00 75.378,27 930.935,58 42.391.652,05 170.135,37 -668.356.007,56 -4.232.252,59 -397.667.388,88

Capital nominalReservas não

distribuíveisReservas distribuíveis

Excedente de

valorização de

ativos fixos

Ajustamentos ao valor

de ativos financeiros

Resultados

acumulados

Resultado líquido do

períodoTotal capital próprio

Posição em 01.01.2017 143.289.490,00 75.378,27 930.935,58 43.546.802,56 135.967,32 -627.490.454,12 -26.912.661,71 -466.424.542,10

Aumentos / reduções de capital 13.491.175,00 13.491.175,00

Realização do excedente de valorização de ativos fixos -383.140,89 383.140,89

Outros aumentos / diminuições de valor em instrumentos financeiros

Transferências -26.912.661,71 26.912.661,71

Rendimento integral:

Resultado líquido do período -243.887,80 -243.887,80

Aumentos / diminuições no excedente de valorização de ativos fixos

Remensuração do passivo (ativo) líquido de beneficios definidos 14.724,00 14.724,00

Total do rendimento integral do exercício: 14.724,00 -243.887,80 -229.163,80

Posição em 30.06.2017 156.780.665,00 75.378,27 930.935,58 43.163.661,67 135.967,32 -654.005.250,94 -243.887,80 -453.162.530,90

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S218 Pág. 31 / 48

2.1 Notas relativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas

Semestre findo em 30 de junho de 2018

(Montantes expressos em euros)

1. Nota Introdutória

O Grupo STCP era constituído, em 30 junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, pela STCP, S.A. e

pela STCP Serviços Transportes Urbanos Consultoria e Participações, Unipessoal, Lda.

Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.

O Decreto-Lei n.º 202/94, de 23 de julho, transformou a empresa Serviço de Transportes Colectivos do

Porto, criada pelo Decreto-Lei n.º 38144, de 30 de dezembro de 1950, em sociedade anónima de

capitais exclusivamente públicos com a denominação de Sociedade de Transportes Colectivos do Porto,

S.A..

A STCP tem a sua sede na Avenida Fernão de Magalhães, 1862 - 13º piso, no Porto.

A sua principal atividade é o transporte coletivo público rodoviário de passageiros, em regime de

exclusividade dentro dos limites do concelho do Porto, e no regime geral de concorrência nos concelhos

limítrofes - Matosinhos, Maia, Valongo, Gondomar e Vila Nova de Gaia integrados na Área

Metropolitana do Porto. Explora maioritariamente o modo autocarro e residualmente o modo carro

elétrico.

Em outubro de 2013, foi publicado o decreto-lei n.º 133/2013, que veio proceder a uma reestruturação

do quadro normativo aplicável às empresas públicas de forma a torná-lo mais coerente e abrangente,

com vista a submeter a um mesmo regime as matérias nucleares referentes a todas as organizações

empresariais direta ou indiretamente detidas pelo Estado, de natureza administrativa ou empresarial,

independentemente da forma jurídica que assumam. Foi assim alargado o âmbito setorial de aplicação

do setor público empresarial e densificado o conceito de empresa pública, ficando a STCP, por força

deste normativo, abrangida pelos princípios e regras preconizadas neste diploma.

Nos termos do Decreto-Lei n.º 33/2018, de 15 de maio, a empresa submeteu em maio de 2018 o

pedido de regime de exceção ao Princípio da Unidade de Tesouraria, pelo prazo de dois anos, tendo

sido concedida, pelo Oficio 2018/11914 do IGCP, de 18 de julho, autorização para exceção ao

cumprimento do princípio da unidade de tesouraria, no que respeita a garantias bancárias, empréstimos

bancários já contraídos, custódia de valores mobiliários que não sejam de dívida pública e serviço de

recolha contratualizado.

Em 2018, a empresa continuou a cumprir as orientações preconizadas no artigo 21º da lei n.º 42/2016

de 28 de dezembro e reconfirmado pelo art.º 23º da Lei nº 114/2017, de 29 de dezembro, no que diz

respeito à reposição integral dos direitos adquiridos pelos instrumentos de regulamentação coletiva do

trabalho vigentes na STCP.

A STCP celebrou, em 8 de agosto de 2014, um Contrato de Serviço Público com o Estado Português,

que tem por objeto a exploração do serviço público de transporte de passageiros por autocarro no

território de seis municípios associados da AMP. Em 10 de dezembro de 2014, foi efetuado um

aditamento ao referido contrato.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S218 Pág. 32 / 48

Conforme definido no decreto-lei n.º 82/2016, de 28 de novembro, foi determinada a descentralização,

parcial e temporária, de competências de autoridade de transportes, do Estado para a Área

Metropolitana do Porto, relativas ao serviço de transporte público de passageiros operado pela STCP, e

a descentralização, parcial e temporária, da gestão operacional da STCP.

Em 2 de janeiro de 2017 foi assinado o Contrato Interadministrativo de Delegação de Competências,

celebrado entre o Estado Português e a Área Metropolitana do Porto, do Contrato Interadministrativo

Área Metropolitana do Porto (AMP) e os Municípios do Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia,

Gondomar e Valongo e do Contrato de Gestão Operacional, celebrado entre o Estado Português e a

Área Metropolitana do Porto. Com a assinatura destes contratos o Estado delegou na AMP

competências de autoridade de transportes relativas ao serviço público de passageiros, explorado pela

STCP e transferiu também para a AMP a gestão operacional da STCP, pelo período de sete anos.

A 28 de julho de 2017 foi assinado um segundo aditamento ao Contrato de Serviço Público com o

Estado Português e a Área Metropolitana do Porto, com vigência até 31 de dezembro de 2024.

Desde 2008 que a STCP possui o seu Sistema Integrado de Gestão certificado pelos referenciais de

gestão da Qualidade, do Ambiente e da Segurança e Saúde no Trabalho. No final do ano de 2017 foi

iniciado um novo ciclo de certificação, após a concretização da auditoria de renovação realizada pela

Entidade Certificadora. Em de junho de 2018 foi realizada uma Auditoria Interna ao Sistema Integrado

de Gestão, já de acordo com os novos requisitos dos referenciais de Gestão da Qualidade e do

Ambiente.

STCP Serviços Transportes Urbanos Consultoria e Participações, Unipessoal, Lda.

A STCP SERVIÇOS desenvolvia a operação turística do Carro Elétrico bem como outras atividades no âmbito do setor turístico.

Após análise da evolução do negócio, concluiu-se não se justificar a manutenção deste ramo de negócio, atendendo a que este poderia ser assegurado através da solução resultante do enquadramento com o serviço público no âmbito da STCP, S.A.

Assim, a partir de 9 de março de 2012, decidiu-se cessar, com a Carristur, a parceria que desenvolvia na área do turismo, desde junho de 2004.

Durante os últimos anos empreenderam-se esforços de resolução de todos os processos administrativos / financeiros que se encontravam pendentes.

2. Principais políticas contabilísticas

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram consistentes durante os períodos apresentados e são as seguintes:

2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros de registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, referidas nota 4 e foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de janeiro de 2018.

As demonstrações financeiras consolidadas semestrais foram preparadas de acordo com as disposições da IAS34 Relato Financeiro Intercalar, pelo que devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2017.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S218 Pág. 33 / 48

2.2. Políticas contabilísticas As políticas contabilísticas adotadas são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, e descritas nas respetivas notas, exceto no que respeita às normas e interpretações cuja data de eficácia corresponde aos exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2018, das quais não resultaram impactos no rendimento integral ou na posição financeira do Grupo.

3. Alterações de políticas contabilísticas e correção de erros fundamentais Durante o semestre findo em 30 de junho de 2018 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas ou correção de erros materiais de períodos anteriores.

4. Empresas incluídas na consolidação

Em 30 de junho de 2018 as empresas incluídas na consolidação são:

4.1 Empresas subsidiárias

Designação Social Sede % Efetiva Atividade

Participações, Unipessoal, Lda. (*)Porto 100%

Atividades de operador turístico e

transporte terrestres, urbanos e

suburbanos de passageiros.

(*) Até julho de 2007 era designada por STCP CONSULTORIA.

4.2 Empresas associadas

Em 30 de junho de 2018, as empresas associadas são:

As participações financeiras em empresas associadas estavam valorizadas da seguinte forma:

30-Jun-18 31-Dez-17

TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACE 146.968,96 28.630,44

Transpublicidade - Publicidade em Transportes, S.A. 106.544,34 108.709,61

253.513,30 137.340,05

Estas empresas associadas foram incluídas na consolidação pelo método de equivalência patrimonial. No primeiro semestre de 2017, foi reconhecido um ganho de 179.987,64 euros, devido aos resultados positivos obtidos pelo TIP, ACE, que pela primeira vez, conseguiu que os seus capitais próprios sejam positivos, tendo sido anulada a provisão existente a 31 de dezembro de 2017, na proporção dos seus capitais próprios negativos. Em 2018, mantém-se a tendência de resultados positivos desta participada tendo sido contabilizado um ganho de 118.338,52.

Designação Social Sede % Controlo % Participação

TIP - Transportes Intermodais do Porto, ACE Porto 33,33% 33,33%

Lisboa 20% 20%

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S218 Pág. 34 / 48

5. Alterações no perímetro de consolidação No semestre findo em 30 de junho de 2018 não se verificaram alterações no perímetro de consolidação.

6. Imposto sobre o rendimento O Grupo está sujeito ao regime geral de IRC, mas dada a sua situação deficitária nunca pagou imposto sobre o rendimento. Suporta apenas os encargos decorrentes da tributação autónoma e tem efetuado o pagamento especial por conta a que se encontra obrigado.

Face ao exposto, não se procedeu ao reconhecimento de qualquer ativo ou passivo por impostos diferidos, por não se prever a possibilidade de dedução a lucros fiscais futuros, dos prejuízos fiscais reportáveis até à data.

7. Caixa e seus equivalentes O detalhe de Caixa e equivalentes era o seguinte:

30-junho-2018 30-junho-2017

Numerário 155.218,27 103.191,04

Depósitos bancários 18.928.298,97 13.106.390,42

Caixa e equivalentes de caixa no Balanço 19.083.517,24 13.209.581,46

Caixa e equivalentes na Demonstração de fluxos de caixa 19.083.517,24 13.209.581,46

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S218 Pág. 35 / 48

8. Ativos fixos tangíveis

O detalhe dos movimentos ocorridos, durante o primeiro semestre de 2018, no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Ativo bruto Terrenos e recursos

naturais Edifícios/outras

construções Equipamento

básico Equipamento

transporte Ferramentas e

utensílios Equipamento administrativo

Outras imobilizações

corpóreas

Ativos tangíveis em curso

Total dos ativos fixos tangíveis

Saldo a 01.01.2018 32.730.992,71 24.717.965,85 68.883.363,62 1.313.989,20 733.491,15 4.179.916,51 1.798.340,61 91.822,77 134.449.882,42

Movimentos do 1º semestre de 2018

Adições 19.088,34 4.154.344,02 1.527,80 25.336,43 124.751,11 4.325.047,70

Abates/Vendas -914,86 -3.640,01 -4.554,87

Regularizações e transferências 0,00

Aumento/diminuição subsídio ao investimento -889.337,76 -570.000,00 -1.459.337,76

Saldo a 30.06.2018 32.730.992,71 24.737.054,19 72.148.369,88 1.313.989,20 734.104,09 4.201.612,93 1.798.340,61 -353.426,12 137.311.037,49

Amortizações Acumuladas Terrenos e recursos

naturais Edifícios/outras

construções Equipamento

básico Equipamento

transporte Ferramentas e

utensílios Equipamento administrativo

Outras imobilizações

corpóreas

Ativos tangíveis em curso

Total dos ativos fixos tangíveis

Saldo a 01.01.2018 17.408.073,07 57.257.326,63 1.269.088,31 672.524,02 3.919.909,66 702.739,84 0,00 81.229.661,53

Movimentos do 1º semestre de 2018

Amortizações e reintegrações exercício 494.556,82 1.088.862,55 4.152,68 8.297,83 48.582,51 1.216,25 1.645.668,64

Abates/Vendas -914,86 -2.437,82 -3.352,68

Regularizações e transferências 0,00

Aumento/diminuição subsídio ao investimento -11.061,32 -209.124,16 -11.376,22 -543,62 -232.105,32

Saldo a 30.06.2018 0,00 17.891.568,57 58.137.065,02 1.273.240,99 679.906,99 3.954.678,13 703.412,47 82.639.872,17

Valor Líquido:

a 01 de janeiro de 2018 32.730.992,71 7.309.892,78 11.626.036,99 44.900,89 60.967,13 260.006,85 1.095.600,77 91.822,77 53.220.220,89

a 30 de junho de 20187 32.730.992,71 6.845.485,62 14.011.304,86 40.748,21 54.197,10 246.934,80 1.094.928,14 -353.426,12 54.671.165,32

O Grupo não procedeu à divulgação das restrições de titularidade de ativos, nem de ativos fixos dados como garantias de passivos, uma vez que não existem situações que se enquadrem neste âmbito.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 36 / 48

9. Outros ativos intangíveis

O detalhe dos movimentos ocorridos, no primeiro semestre de 2018, no valor dos outros ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações e perdas de imparidade acumuladas, foi o seguinte:

Ativo bruto Despesas de

investigação e desenvolvimento

Propriedade industrial e

outros direitos

Outros ativos intangíveis

Ativos Intangíveis em curso

Total de ativos fixos intangíveis

Saldo a 01.01.2018 88.749,10 5.254.441,01 1.106.517,00 5.000,00 6.454.707,11

Movimentos do 1º semestre de 2018

Adições 4.641,89 94.017,18 98.659,07

Abates/Vendas

Regularizações e transferências

Aumento/diminuição Subsídio ao investimento

Saldo a 30.06.2018 88.749,10 5.259.082,90 1.106.517,00 99.017,18 6.553.366,18

Amortizações Acumuladas Despesas de

investigação e desenvolvimento

Propriedade industrial e

outros direitos

Outros ativos intangíveis

Ativos Intangíveis em curso

Total de ativos fixos intangíveis

Saldo a 01.01.2018 88.749,10 5.239.794,68 1.106.517,00 6.435.060,78

Movimentos do 1º semestre de 2018

Amortizações e reintegrações do exercício 4.715,79 4.715,79

Abates/Vendas

Regularizações e transferências

Aumento/diminuição Subsídio ao investimento -1.099,36 -1.099,36

Saldo a 30.06.2018 88.749,10 5.243.411,11 1.106.517,00 6.438.677,21

Valor Líquido: a 01 de janeiro de 2018 14.646,33 5.000,00 19.646,33

a 30 de junho de 2018 15.671,79 99.017,18 114.688,97

10. Propriedades de investimento

Movimentos na rubrica de propriedades de investimento durante o primeiro semestre de 2018:

2018

Propriedades investimento Terrenos e recursos

naturais Edifícios e outras

construções

Adiantamentos por conta propriedades

de Investimento Total

Saldo a 01.01.2018 11.224.496,02 2.067.405,49 24.726,00 13.316.627,51

Variação justo valor

Transferências

Abates/Vendas -35.200,00 -35.200,00

Saldo a 30.06.2018 11.189.296,02 2.067.405,49 24.726,00 13.281.427,51

12. Participações financeiras pelo método do custo

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, esta rubrica inclui investimentos nas seguintes entidades:

Participações em outras empresas % participação 30-junho-18 31-dezembro-17

Metro do Porto, S.A. (*) 16,60%

OPT - Optimização e Planeamento de Transportes, S.A. 8,30% 25.000,00 25.000,00

25.000,00 25.000,00

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 37 / 48

(*) A sua valorização é nula porque até outubro de 2008 era detida em 20% e os capitais próprios da participada eram negativos, sendo até essa data valorizada pelo método de equivalência patrimonial.

13. Outras contas a receber

O detalhe das outras contas a receber era o seguinte:

30-junho-2018 31-dezembro-2017

Outras dívidas de terceiros correntes 4.004.058,22 2.152.308,62

Adiantamento a Fornecedores e saldos devedores 3.279,77 13.357,38

Estado e outros entes públicos - IVA a recuperar /reembolsos pedidos 1.287.975,53 339.496,66

Pessoal 260.428,13 264.160,64

Outros devedores 2.478.367,97 1.561.287,12

Ajustamentos acumulados em dívidas de terceiros -25.993,18 -25.993,18

Outros ativos correntes 4.793.387,24 1.695.154,44

Acréscimo de rendimentos 4.086.075,03 1.061.925,47

Rédito dos serviços prestados 3.329.358,31 544.997,99

Subsídios à exploração 725.713,97 498.317,65

Outros rendimentos operacionais 31.002,75 18.609,83

Gastos diferidos 707.312,21 633.228,97

Materiais e serviços consumidos 493.128,50 417.362,06

Outros gastos e perdas operacionais 214.183,71 215.866,91

Outras contas a receber correntes 8.797.445,46 3.847.463,06

14. Outras contas a pagar O detalhe das outras contas a pagar era o seguinte:

30-junho-2018 31-dezembro-2017

Outras dívidas a terceiros 4.425.040,65 1.695.118,77

Adiantamento a clientes e saldos credores clientes e out. devedores 1.698,95 1.113,90

Estado e outros entes públicos 1.424.570,98 990.639,09

IRS/IRC retido a terceiros 310.433,61 253.808,17

Contribuições p/ sistemas de Seg. Social 709.401,13 600.980,84

Outros impostos e taxas 404.736,24 135.850,08

Pessoal 131.156,68 133.650,74

Fornecedores de imobilizado 2.282.791,70 83.728,37

Outros credores 584.822,34 485.986,67

Outros passivos correntes 8.597.920,95 7.607.291,65

Acréscimo de gastos 6.676.375,40 5.709.567,97

Materiais e serviços consumidos 2.290.054,40 1.817.050,26

Remunerações a liquidar 4.301.025,64 3.765.972,70

Impostos a liquidar 81.719,04 104.879,52

Outros acréscimos de gastos 3.576,32 21.665,49

Rendimentos e ganhos diferidos 1.921.545,55 1.897.723,68

Prestações de serviços 176.394,77 183.733,61

Outros rendimentos diferidos 1.745.150,78 1.713.990,07

Outras contas a pagar correntes 13.022.961,60 9.302.410,42

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 38 / 48

15. Rédito das vendas e dos serviços prestados

O detalhe do rédito das vendas e dos serviços prestados, realizado integralmente no mercado nacional, era o seguinte:

30-junho-2018 30-junho-2017

Rédito dos serviços prestados 23.583.323,23 22.506.445,04

Transporte público de passageiros 23.519.049,32 22.447.304,25

Alugueres de autocarros 4.875,00 6.775,00

Aluguer de carros elétricos 59.398,91 52.365,79

16. Outros rendimentos e ganhos operacionais

O detalhe dos outros rendimentos e ganhos operacionais era o seguinte:

30-junho-2018 30-junho-2017

Rendimentos suplementares 468.813,85 433.959,69

Subsídios à exploração 2.419.047,00

Regularização de existências 27.878,73 22.497,77

Indemnizações de sinistros recebidos 323.242,51 171.119,13

Outros subsídios 762,56

Ganhos com ativos fixos tangíveis e intangíveis 286,95 19.450,00

Benefícios e penalidades contratuais 1.933,54 127.443,55

Outros rendimentos operacionais 124.958,76 11.139,82

3.366.923,90 785.609,96

17. Outros gastos e perdas operacionais O detalhe dos outros gastos e perdas operacionais era o seguinte:

30-junho-2018 30-junho-2017

Impostos e taxas 75.149,34 81.747,25

Regularização de existências 1.783,57

Indemnizações de sinistros de autocarros 169.252,60 409.645,20

Perdas com ativos fixos tangíveis e intangíveis 5,84 534,46

Quotizações 20.765,05 19.977,08

Donativos 43.400,00 41.406,70

Multas e penalidades contratuais 211,09 180,00

Outros gastos operacionais 1.575,84 707,68

310.359,76 555.981,94

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 39 / 48

18. Rendimentos e ganhos financeiros O detalhe dos rendimentos e ganhos financeiros era o seguinte:

Juros e outros ganhos financeiras 30-junho-2018 30-junho-2017

Rendimentos e ganhos com propriedades investimento 230.275,18 166.410,00

Diferenças de câmbio favoráveis 78,19

Descontos de pronto pagamento obtidos 3.473,32 1.722,69

233.748,50 168.210,88

Ajustamentos positivos e mais-valias de instrumentos financeiros 30-junho-2018 30-junho-2017

Ajustamentos positivos nos instrumentos financeiros (nota 17.2) 6.581.260,17 8.324.128,86

6.581.260,17 8.324.128,86

19. Gastos e perdas financeiros

O detalhe dos gastos e perdas financeiros era o seguinte:

Juros e outros gastos e perdas financeiras 30-junho-2018 30-junho-2017

Juros suportados 10.352.829,60 9.177.702,30

Despesas e descontos com emissão financiamento 2.132,70 2.137,68

Outras despesas financeiras com o financiamento 101.227,57 101.110,68

Gastos e perdas em propriedades investimento 31.381,81 31.178,07

Outros gastos e perdas financeiras 6.873,01 2.936,98

10.494.444,69 9.315.065,71

20. Locação

20.1 Locação Financeira

Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017 o Grupo mantinha responsabilidades, como

locatária, relativas a rendas de contratos de locação financeira, no montante de 3.993.613,55 euros e

4.966.471,34 euros, respetivamente (com IVA incluído quando este não é dedutível):

20.2 Locação Operacional Em 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, o Grupo mantinha responsabilidades, como

locatária, relativas a rendas de contratos de locação operacional, no montante de 85.156,18 euros e

101.321,11 euros, respetivamente (com serviços incluídos e com IVA incluído quando este não é

dedutível).

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 40 / 48

21. Outros instrumentos financeiros

Detalhe da rubrica outros instrumentos financeiros a 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017:

Em 30 de junho de 2018 Custo amortizado Montante nominal

Total Corrente Não Corrente Total Corrente Não Corrente

Obrigacionista 2007 99.997.175,67 9.648,83 99.987.526,84 100.000.000,00 100.000.000,00 Emp. obrigacionista não convertível 99.997.175,67 9.648,83 99.987.526,84 100.000.000,00 100.000.000,00

DGTF 1º Empréstimo 2014 202.754.021,95 77.233.085,03 125.520.936,92 200.833.499,12 75.312.562,20 125.520.936,92

DGTF 1º Empréstimo 2015 3.812.887,54 1.164.554,24 2.648.333,30 3.783.333,32 1.135.000,02 2.648.333,30

DGTF 2º Empréstimo 2015 2.667.360,78 813.425,33 1.853.935,45 2.648.479,18 794.543,73 1.853.935,45

DGTF 3º Empréstimo 2015 3.691.615,06 1.124.948,41 2.566.666,65 3.666.666,66 1.100.000,01 2.566.666,65

DGTF 1º Empréstimo 2017 14.656.012,29 1.232.923,79 13.423.088,50 14.643.369,27 1.220.280,77 13.423.088,50

DGTF 2º Empréstimo 2017 29.680.941,42 2.486.646,33 27.194.295,09 29.666.503,73 2.472.208,64 27.194.295,09

DGTF 1º Empréstimo 2018 8.432.195,70 4.571,05 8.427.624,65 8.427.624,65 8.427.624,65

Emp.participantes no capital 265.695.034,74 84.060.154,18 181.634.880,56 263.669.475,93 82.034.595,37 181.634.880,56

Justo valor

Total Corrente Não Corrente

SWAP- BST OBR07 92.027.551,40 1.256.364,39 90.771.187,01

Instrumentos derivados 92.027.551,40 1.256.364,39 90.771.187,01

Outros Inst. financeiros 457.719.761,81 85.326.167,40 372.393.594,41 363.669.475,93 82.034.595,37 281.634.880,56

Em 31 de dezembro de 2017 Custo amortizado Montante nominal

Total Corrente Não Corrente Total Corrente Não Corrente

Obrigacionista 2007 100.097.265,08 111.845,74 99.985.419,34 100.000.000,00 100.000.000,00 Emp. obrigacionista não convertível 100.097.265,08 111.845,74 99.985.419,34 100.000.000,00 100.000.000,00

DGTF 1º Empréstimo 2014 201.119.387,27 50.494.262,95 150.625.124,32 200.833.499,12 50.208.374,80 150.625.124,32

DGTF 1º Empréstimo 2015 3.787.716,96 761.050,32 3.026.666,64 3.783.333,32 756.666,68 3.026.666,64

DGTF 2º Empréstimo 2015 2.651.279,80 532.496,44 2.118.783,36 2.648.479,18 529.695,82 2.118.783,36

DGTF 3º Empréstimo 2015 3.670.367,14 737.033,82 2.933.333,32 3.666.666,66 733.333,34 2.933.333,32

DGTF 1º Empréstimo 2017 14.706.885,10 63.515,83 14.643.369,27 14.643.369,27 0,00 14.643.369,27

Emp.participantes no capital 225.935.636,27 52.588.359,36 173.347.276,91 225.575.347,55 52.228.070,64 173.347.276,91

Justo valor

Total Corrente Não Corrente

SWAP- BST OBR07 128.222.134,88 30.869.687,70 97.352.447,18

Instrumentos derivados 128.222.134,88 30.869.687,70 97.352.447,18

Outros Inst. financeiros 454.255.036,23 83.569.892,80 370.685.143,43 325.575.347,55 52.228.070,64 273.347.276,91

21.1. Financiamentos obtidos

Empréstimos Obrigacionistas

Em 30 de junho de 2018 o Grupo detinha um empréstimo por obrigações com as seguintes características:

Emissão de 2007: Empréstimo obrigacionista no montante de 100.000.000,00 euros com uma maturidade de 15 anos. A subscrição foi privada e direta. A taxa é variável, indexada à Euribor 6 meses e o cupão de juros é semestral. Existe Call-Option a partir do 5º ano, total ou parcial. Este empréstimo foi admitido à cotação em março de 2011.

Em 30 de junho de 2018 a taxa do cupão é de -0,2621%. Atendendo ao nível negativo das taxas de juro, não tem havido lugar ao processamento de juros negativos nas datas de vencimento.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 41 / 48

Este empréstimo usufrui da garantia pessoal do Estado Português. Pelo contrato de Garantia, a Republica Portuguesa garante incondicional e irrevogavelmente o pagamento dos montantes correspondentes ao capital e juros exigíveis nos termos e condições do contrato.

Embora não seja referido especificamente neste empréstimo, a generalidade deste tipo de contratos prevê no seu clausulado um conjunto habitual de covenants default negative pledge pari passu es pelas contrapartes.

Em 30 de junho de 2018, data do balanço, o Grupo não tinha situações de incumprimento relacionadas com o empréstimo contraído.

Empréstimos concedidos pelo Acionista único: Estado Português

Em 30 de junho de 2018, o Grupo detém ainda sete empréstimos de mútuo com as seguintes características:

1. Empréstimo de mútuo concedido em outubro de 2014, no valor de 301.250.248,72 euros destinado a satisfazer as necessidades de financiamento desta sociedade no período compreendido entre outubro e dezembro de 2014. O empréstimo foi disponibilizado em três tranches:

De 122.166.600 euros, em 6 de outubro de 2014, a taxa fixa;

De 177.083.648,72 euros, em 27 de novembro de 2014, a taxa fixa;

De 2.000.000 euros, em 15 de dezembro de 2014, a taxa fixa.

2. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro n.º 629/15-SET, de 4 de maio, e da Secretaria de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, de 15 de maio de 2015, foi aprovada a concessão de um empréstimo de médio/longo prazo no valor de 4.540.000 euros, para fazer face a necessidades operacionais relativas ao 2º trimestre de 2015. A disponibilização foi faseada, nos seguintes montantes e datas:

1.875.000 euros, realizada em 22 de maio de 2015;

1.511.000 euros, realizada na mesma data, 22 de maio;

1.154.000 euros, realizada em 16 de junho de 2015.

3. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro n.º 1220/15-SET, de 4 de agosto, e da Secretaria de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, de 16 de setembro de 2015, foi aprovada a concessão de um segundo empréstimo de médio e longo prazo, no valor de 3.178.175 euros, tendo sido igualmente autorizado o respetivo endividamento, para fazer face às necessidades operacionais relativas ao 3º trimestre de 2015:

1.472.710 euros, realizada em 30 de setembro de 2015;

1.705.465 euros, realizada na mesma data, 30 de setembro.

4. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro n.º 1900/15-SET, de 19 de novembro, foi aprovada a concessão de um terceiro empréstimo em 2015 de médio e longo prazo, no valor de 4.400.000 euros para fazer face a parte das necessidades de financiamento operacionais da empresa, relativas ao 4º trimestre de 2015. A verba foi disponibilizada numa única tranche em 26 de novembro de 2015.

5. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro n.º 340/17-SET, de 31 de maio, foi aprovada a concessão de um empréstimo de médio e longo prazo, no valor de 14.643.369,27 euros, para fazer face às necessidades de financiamento associadas aos fluxos da operação swap a vencer em 2017. O capital mutuado é disponibilizado em duas tranches:

6.947.865,80 euros, realizada em 5 de junho de 2017;

7.695.503,47 euros, a desembolsar até 5 de dezembro de 2017.

6. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro nº 1140/17-SET, de 15 de dezembro de 2017, foi aprovada a concessão de um empréstimo de médio e longo prazo, no valor de

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 42 / 48

29.666.503,73 euros destinado a fazer face a necessidades de financiamento associadas aos fluxos, vencidos e não pagos, do contrato swap, cujo pagamento estava previsto para 31 de janeiro de 2018.

O valor foi desembolsado em 29 de janeiro de 2018.

7. Por Despacho da Secretaria de Estado do Tesouro n.º 407/18-SET, de 25 de maio, foi aprovada a concessão de um empréstimo de médio e longo prazo, no valor de até 17.589.232,29 euros. O empréstimo destina-se a fazer face às necessidades de financiamento associadas aos fluxos, a vencer em 2018, do contrato de swap. O capital mutuado é disponibilizado em duas tranches:

8.427.624,65 euros, realizada em 5 de junho de 2018;

9.161.607,64 euros, a desembolsar até 5 de dezembro de 2018. As obrigações com o serviço da dívida vencida, dos referidos empréstimos concedidos pelo acionista único, têm sido cumpridas por via da conversão dos créditos detidos pelo Estado/Direção Geral do Tesouro e Finanças em capital social da STCP. A 30 de junho de 2018, o Grupo não regista situações de incumprimento em nenhum dos empréstimos contraídos.

21.2. Instrumentos financeiros derivados Em 30 de junho de 2018, o Grupo detinha em carteira uma operação de cobertura do risco de taxa de juro que replica 25% do valor nominal do empréstimo obrigacionista emitido em 2007. Esta operação terá maturidade em 2022.

A operação referenciada foi objeto de uma ação judicial proposta pela Instituição de Crédito perante o Tribunal do Comércio Inglês, requerendo a apreciação da validade do contrato, tendo o Grupo contestado e pugnado a improcedência da ação.

Com base nos fundamentos jurídicos de nulidade do contrato, o Grupo desvinculou-se do cumprimento de obrigações que dele decorre, e na pendência do litígio, o Grupo suspendeu o pagamento dos cupões desde o dia 5 de dezembro de 2013.

Em 2 de maio de 2017, o Banco Santander Totta, S.A. e as Empresas de Transporte, com a concordância da República Portuguesa, chegaram a acordo para terminar os processos judiciais intentados pelo Banco junto do Commercial Court de Londres (High Court of Justice) em maio de 2013, relativos aos contratos swap por si celebrados com as Empresas de Transporte.

No quadro do referido acordo, ficou estabelecido que as Empresas de Transporte cumprirão os contratos swap objeto dos Processos Judiciais e desistirão do pedido de admissão de recurso pendente.

Em 31 de janeiro de 2018, e de acordo com o previsto, o Grupo procedeu ao pagamento do montante dos fluxos vencidos e não pagos do referido contrato e que ascendiam a 29.666.505,73 euros.

Em 30 de junho de 2018, o valor de mercado do instrumento derivado contratado ascendia ao montante negativo de 92.027.551,40 euros. A valorização de mercado deste instrumento derivado foi efetuada pela contraparte, Banco Santander Totta, S.A..

22. Gestão de riscos O Grupo está exposto aos riscos de mercado: de taxa de juro, de crédito e de liquidez.

O Grupo não está diretamente exposto ao risco cambial.

STCP Relatório e Contas Consolidadas 1S2018 Pág. 43 / 48

22.1. Risco de taxa de juro No primeiro semestre de 2018, a exposição do Grupo ao risco de taxa de juro está presente na

variabilidade da Euribor 6 meses da emissão obrigacionista de 2007.

Em 30 de junho de 2018, efetuada uma análise de sensibilidade a variações de + 0,5% na taxa do

cupão, até à maturidade, verifica-se um aumento nos encargos em cerca de 1,4 milhões de euros.

22.2. Risco de liquidez

A gestão do risco de liquidez é de importância muito relevante para o Grupo, atendendo ao facto de

este não gerar excedente de tesouraria suficiente para se auto sustentar.

A política de gestão deste risco assenta na garantia de cumprimento atempado e cabal dos

compromissos assumidos no decurso da atividade.

Com a finalidade de mitigar este risco, o Grupo:

1. Procede ao planeamento financeiro, prevendo num horizonte temporal alargado a sua tesouraria;

2. Reporta as necessidades previsionais de financiamento, por forma a garantir fundos necessários à prossecução da sua atividade operacional, financeira e de investimento.

3. Reporta mensalmente o acompanhamento de execução ao Acionista.

22.3. Risco de crédito

A política de gestão do risco de crédito tem por objetivo garantir a cobrança do crédito concedido a

terceiros no âmbito da sua atividade principal e atividades acessórias, a cuja exposição o Grupo está

sujeito, pretendendo-se o cumprimento em conformidade com as condições acordadas.

Para mitigar o risco, o Grupo analisa e acompanha a carteira de crédito, implementando procedimentos

tendentes a minorar as situações de incumprimento.

O Conselho de Administração entende que, a 30 de junho de 2018 e 31 de dezembro de 2017, as

perdas por imparidade registadas, resultantes de dívidas a receber, refletem a realidade do risco de

incobrabilidade assumido pelo Grupo.

23. Responsabilidades por benefícios de reforma e invalidez O Grupo possui, desde 1 de maio de 1975, um plano de benefícios definido que prevê a atribuição de

complementos de pensões de reforma e invalidez a todos os trabalhadores, conforme previsto nos

acordos da empresa e legislação em vigor, calculado com base numa fórmula fixada e pago desde que

o somatório da pensão atribuída pela Segurança Social com o respetivo complemento não ultrapasse

os 650 euros (valor em vigor desde 2007).

Em dezembro de 1998 o Grupo transferiu a sua responsabilidade para o Fundo de Pensões BPI Aberto, procedendo, com a assinatura do contrato de adesão, a uma dotação inicial de 3.042.667 euros, correspondente a 304.158,66 unidades de participação.

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A 30 de junho de 2018, de acordo com o estudo atuarial levado a efeito pelo BPI PENSÕES, o valor presente das obrigações assumidas com responsabilidades por complementos de pensões de reforma e invalidez era o seguinte:

30-junho-18 31-dezembro-17

Custo com serviços passados de reformados 1.940.419,00 2.119.771,00

O valor dos ativos no fundo era, a 30 de junho de 2018, de 1.459.722 euros (o que representa um nível de financiamento de 75,2%), comparativamente com 1.642.119 euros (o que representa um nível de financiamento de 77,5%), em 31 de dezembro de 2017.

24. Provisões Foram constituídas as seguintes provisões:

Processos judiciais em curso: de acordo com os encargos que o Grupo poderá vir a suportar por processos pendentes no final de cada exercício em Tribunal e correspondendo ao valor previsível global.

Acidentes de trabalho e doenças profissionais: de acordo com os encargos que o Grupo deverá vir a suportar no futuro pelas pensões vigentes em 30 de junho de 2018. Até fevereiro de 1998, o Grupo foi auto-segurador relativamente a estes acidentes, existindo, no entanto, um seguro parcial para grandes riscos. A partir de 1 de março de 1998, o Grupo transferiu para uma seguradora a responsabilidade decorrente de acidentes de trabalho, com franquia de 30 dias. A partir de 1 de março de 2009, a responsabilidade decorrente de acidentes de trabalho deixou de contemplar franquia.

Outros riscos e encargos: de acordo com os encargos que o Grupo poderá vir a suportar por processos de sinistros ocorridos com a sua frota, da sua responsabilidade, pendentes em 30 de junho de 2018, bem como por encargos decorrentes de outros riscos existentes nessa mesma data (nomeadamente para fazer face aos compromissos assumidos com prejuízos em associadas, bem como para fazer face a outras obrigações legais).

O movimento nas provisões, no primeiro semestre de 2018, foi o seguinte:

Rubricas Saldo 01.01.18 Aumentos Diminuições Saldo 30.06.2018

Processos judiciais em curso 16.017.222,80 13.804,67 16.003.418,13

Acidentes de trabalho e doenças profissionais. 430.333,24 430.333,24

Outros riscos e encargos 3.464.438,24 57.071,24 3.521.509,48

19.911.994,28 57.071,24 13.804,67 19.955.260,85

O Grupo tem uma sentença desfavorável no âmbito de um processo judicial cujo valor é materialmente

relevante, mas não provisionado:

Processo judicial, instaurado pela ANTROP, contra o Estado Português e contra a STCP e Carris nos termos da qual se reclamava a anulação da Resolução do Conselho de Ministros nº 52/2003 de 27 de março na parte que atribui à Carris e à STCP as indemnizações compensatórias de respetivamente 40.916.478,00 euros e de 12.376.201,00. A decisão do Supremo Tribunal de justiça, de 12 de janeiro de 2012, foi no sentido de anular aquela resolução. Assim, pode estar em causa a devolução das indemnizações compensatórias por parte da STCP. O facto de a STCP não ter efetuado o provisionamento de quaisquer valores para este processo decorre do seu entendimento sobre a responsabilidade do Estado nas matérias em litígio. Do acima exposto, podemos concluir que estamos na presença de um passivo contingente porque a possibilidade de ocorrência de qualquer reembolso futuro é inferior a 50% e porque não é possível estimar o montante dos eventuais reembolsos futuros

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nem o seu prazo de ocorrência. Desta forma não é possível calcular uma estimativa do seu efeito financeiro.

25. Capital nominal Em 31 de dezembro de 2017, a quantia escriturada do capital social emitido pela STCP, SA

correspondia à rubrica Capital social, no montante de 213.152.770 euros, totalmente realizado, e

representada por 42.630.554 ações em forma meramente escritural, com o valor nominal de 5 euros

cada, totalmente detido pelo Estado Português, sendo que, a essa data, se aguardava o registo na

Conservatória do Registo Comercial do último aumento de capital social.

Em 29 de maio de 2018, por vontade expressa do acionista único Estado Português, por meio de

Deliberação Social Unânime por Escrito, foi decidido aumentar o Capital Social da empresa em

18.200.000 euros, através da emissão de 3.640.000 novas ações, no valor nominal de 5 euros cada,

subscritas pelo acionista único, e integralmente realizado em numerário nessa data, tendo apenas as

formalidades legais para a sua concretização terminado em julho de 2018.

Em 30 de junho de 2018, a quantia escriturada do capital social emitido pela empresa correspondia à

rubrica Capital social, no montante de 231.352.770 euros, totalmente realizado, e representada por

46.270.554 ações em forma meramente escritural, com o valor nominal de 5 euros cada, totalmente

detido pelo Estado Português.

O capital social do Grupo é detido a 100% pelo Estado Português.

26. Partes relacionadas As participadas do Grupo têm relações entre si que se qualificam como transações com partes

relacionadas, as quais foram efetuadas a preços de mercado.

Nos procedimentos de consolidação, as transações entre empresas incluídas na consolidação pelo

método de integração global são eliminadas, uma vez que as demonstrações financeiras consolidadas

apresentam informação da detentora e das suas subsidiárias como se de uma única empresa se tratasse.

As transações com entidades relacionadas e não consolidadas, ou consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, tinham o seguinte detalhe:

Entidades relacionadas 30-jun-18 31-dez-17

Custos operacionais Proveitos operacionais Custos operacionais Proveitos operacionais

Metro, S.A. 25.320,00 31.595,33 73.574,30 131.493,56

TIP,ACE 861.569,77 16.597.817,87 1.666.155,88 35.568.055,08

Transpublicidade, S.A. 73.534,60 167.002,54

OPT 46.266,53 89.524,96

27. Resultados por ação Os resultados por ação foram calculados da seguinte forma:

30-junho-2018 30-junho-2017

Resultados líquidos do período -4.232.252,59 -243.887,80

Nº médio ponderado de ações 43.277.665 29.032.653 Resultado por ação básico -0,10 -0,01

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28. Capital próprio negativo No semestre findo em 30 de junho de 2018, o Grupo obteve um resultado negativo de 4.232.252,59

euros, verificando-se que, nessa data, o seu passivo total excede o seu ativo total em 397.667.388,88

euros.

A STCP apresenta sistematicamente resultados líquidos e capitais próprios negativos. O Acionista

sempre assumiu as responsabilidades globais com terceiros. É entendimento da STCP que, por

desenvolver um serviço de interesse geral, com uma quota relevante de serviço social, desempenha um

papel vital na mobilidade da Área Metropolitana do Porto, garantido dessa forma o empenhamento

do Acionista para a manutenção da atividade da empresa.

29. Aprovação das demonstrações financeiras As presentes demonstrações financeiras consolidadas do primeiro semestre de 2018 foram aprovadas

pelo Conselho de Administração em 04 de setembro de 2018.

Porto, 18 de setembro de 2018

O Contabilista Certificado n.º 6622 O Conselho de Administração

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3 Declaração de Conformidade

Declaração emitida nos termos e para os efeitos do disposto na alínea c) do nº 1 do Art.º 246º

do Código dos Valores Mobiliários

Nos termos do disposto na alínea c) do nº 1 do Artigo 246º do Código dos Valores Mobiliários, os

membros do Conselho de Administração da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, S.A.,

declaram que, quanto é do seu conhecimento:

a) As demonstrações financeiras consolidadas semestrais foram elaboradas em conformidade

com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do ativo

e do passivo, da situação financeira e dos resultados da sociedade e das sociedades incluídas

no seu perímetro da consolidação; e

b) O relatório de gestão intercalar contém uma indicação fiel dos acontecimentos importantes

que ocorreram no primeiro semestre de 2018 e o impacto dos mesmos nas respetivas

demonstrações financeiras, bem como uma descrição dos principais riscos e incertezas para os

seis meses seguintes.

Porto, 18 de setembro de 2018

O Conselho de Administração

Presidente executivo:

(Paulo de Azevedo Pereira da Silva)

Vogais executivos:

(Ângelo Augusto Santos Oliveira)

(Isabel Maria de Oliveira Botelho Moniz da Cruz Vilaça)

Vogais não executivos:

(Paula Cristina David Vaz Ribeiro Ramos)

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