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PERÍCIA MÉDICA

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PERÍCIA MÉDICA

Graduado em Medicina em 2006

Pós Graduado em Medicina do Trabalho pela FAMERP

Especializado em Medicina do Trabalho pela AMB

Especializado em Perícias Médicas e Medicina Legal pela FCMSCSP

[email protected]

Assistente Técnico em Perícias Médicas

Médico do Trabalho / Coordenador de PCMSO e Gestor de

ambulatórios da empresa AllCare Saúde Ocupacional

Coordenador Médico na empresa TIVIT

Dr. Renato Augusto Peresi

AGENDA

1Conceitos

2Perito x

Assistente

4Laudos

7Exame pericial

3Quesitos

6INSS

5Incapacidade

PERÍCIA MÉDICA - CONCEITO

Souza Lima (1901) “toda sindicância determinada por autoridade policial ou judiciária acompanhada de exame em que pela natureza do mesmo, os peritos são ou devem ser médicos”.

França (1874) “conjunto de procedimentos médicos e técnicos que tem como finalidade o esclarecimento de fatos à justiça

Munoz “Toda sindicância determinada por autoridade competente (judiciária ou não), acompanhada de exames de natureza médica, para esclarecer fatos que interessam em um processo judicial ou administrativo”.

É a atividade que possibilita a construção do relatório médico-legal.

[email protected]

PERÍCIA

Nas hipóteses em que a prova do fato depender de conhecimento técnico especializado, o juiz determinará, de ofício ou por requerimento de uma das partes, a produção de prova pericial.

A perícia técnica tem por objetivo auxiliar o juiz com um conhecimento especializado que ele não possui, de modo a lhe dar condições objetivas para que tome a melhor decisão possível, formando seu convencimento a partir do esclarecimento técnico de questões controvertidas.

PERÍCIA

[email protected]

PERÍCIA

Art 156. – Novo CPC

O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico

1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.

PERÍCIA

[email protected]

3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para a manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados,.

PERÍCIA

Art 157. – Novo CPC

2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e área de conhecimento.

PERÍCIA

[email protected]

PERÍCIA MÉDICA

54 especialidades médicas reconhecidas

Perícia Médica é a lógica do Direito; não a da Medicina. O conhecimento da lógica do Direito torna aquele que elabora perícias em um tipo específico de especialista, o especialista em Medicina Legal e Perícias Médicas.

O perito poderá necessitar de parecer de um ou mais especialistas para subsidiá-lo em seu laudo.

Como se trata de documento dirigido a leigos em Medicina, os laudos periciais devem ter linguagem objetiva e acessível, sem linguagem médica abusiva.

[email protected]

TIPOS DE PROVA JÚRIDICA

A perícia médica é uma prova técnica com base científica a serviço da justiça.

Fase de Instrução do Processo

[email protected]

DOCUMENTAL TÉCNICACIRCUSTANCIALTESTEMUNHAL

TIPOS DE PROVA JÚRIDICA

[email protected]

Artigo 464 – Novo CPC

1º O juiz indeferirá a perícia quando:

I – a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico

II – for desnecessária em vista de outras provas produzidas

III – a verificação for impraticável

TÉCNICA

MEDICINA

[email protected]

CURATIVA PREVENTIVA NORMATIVA

MEDICINA LEGAL

*Medicina legal: É a aplicação de conhecimentos médicos e biológicos para

a elaboração e a execução das leis que delas carecem

MEDICINA

[email protected]

MEDICINA LEGAL

Previdenciária

Securitária

Administrativa

PERÍCIAS MÉDICAS

Criminal

Civil

Trabalhista

EXEMPLOS

Caso 1: Vendedor (pracista) - atropelado

Quadro:

Fratura de tíbia; Rotura de baço; TCE; Descompensação cardio circulatório; Transtornos emocionais.

[email protected]

4 PERÍCIAS

1 Alta hospitalar

IML (lesões corporais)

2 Acidente de trabalho

INSS

3 Seguro Acidente

Perícia Securitária

4 Ação civil contra

o atropelador

[email protected]

Perícia é todo e qualquer ato propedêutico ou exame realizado por Médico, com a finalidade

de contribuir com as autoridades administrativas, policiais ou judiciárias na formação de

juízos a que estão obrigados;

É o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão de laudo sobre

questões médicas, mediante exame,vistoria,indagação, investigação,arbitramento, avaliação

ou certificação;

Os compromissos profissionais são tão distintos que o próprio Código de Ética Médica

dispõe de capítulo próprio para Perícias Médicas;

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

[email protected]

Resolução 1635/02 CFM: CONSIDERANDO que a perícia médico-legal é um ato médico, e

como tal deve ser realizada, observando-se os princípios éticos contidos no Código de Ética

Médica;

Resolução 126/05: CONSIDERANDO que a perícia médica caracteriza-se como ato médico

por exigir conhecimento técnico pleno e integrado da profissão; sendo atividade médico

legal responsável pela produção da prova técnica em procedimentos administrativos e ou

em processos judiciais e que deve ser realizada por médico regularmente habilitado;

CFM

[email protected]

IX - SIGILO PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

• Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente.Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu impedimento; c) na investigação de suspeita de crime, o médico estará impedido de revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

IX - SIGILO PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

• Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

IX - SIGILO PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

• Art. 80. Expedir documento médico sem ter praticado ato profissional que o justifique, que seja tendencioso ou que não corresponda à verdade.

• Art. 81. Atestar como forma de obter vantagens.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

IX - SIGILO PROFISSIONAL

É vedado ao médico:

• Art. 88. Negar, ao paciente, acesso a seu prontuário, deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada, bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão, salvo quando ocasionarem riscos ao próprio paciente ou a terceiros.

• Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para atender ordem judicial ou para a sua própria defesa.

• § 1º Quando requisitado judicialmente o prontuário será disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz.

.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

XI - AUDITORIA E PERÍCIA MÉDICA

É vedado ao médico:

• Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por valores vinculados à glosa ou ao sucesso da causa, quando na função de perito ou de auditor.

• Art. 97. Autorizar, vetar, bem como modificar, quando na função de auditor ou de perito, procedimentos propedêuticos ou terapêuticos instituídos, salvo, no último caso, em situações de urgência, emergência ou iminente perigo de morte do paciente, comunicando, por escrito, o fato ao médico assistente.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

XI - AUDITORIA E PERÍCIA MÉDICA

É vedado ao médico:

• Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção quando designado para servir como perito ou como auditor, bem como ultrapassar os limites de suas atribuições e de sua competência.

CFM

[email protected]

Código de Ética Médica (2010)

PARECER no. 09/2006-CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

“ O exame médico-pericial é um ato médico, e como tal, por envolver a interação entre o

médico e o periciando, deve o médico perito agir com plena autonomia, decidindo pela

presença ou não de pessoas estranhas ao atendimento efetuado, sendo obrigatórias a

preservação da intimidade do paciente e a garantia do sigilo profissional, não podendo em

nenhuma hipótese, violar este principio ético fundamental.”

CFM

[email protected]

NOTA TÉCNICA nº 044/2012 -CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

“Exame médico-pericial. Presença de advogado a pedido do periciando. Possibilidade. Mero

conforto psicológico. Sigilo profissional preservado. Autonomia profissional do perito.

Garantia diante da não intervenção no ato pericial pelo advogado. Direito do médico-perito

decidir a respeito da presença do advogado caso se sinta pressionado. Necessidade de

justificação por escrito.

CFM

[email protected]

NOTA TÉCNICA SJ Nº 31/2015 -CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

“Pelas razões jurídicas acimas expendidas, entendemos que o advogado, no exercício de sua profissão, tem direito

assegurado pelo art. 7º, inc. I, III e VI, letras “c” e “d” do EOAB, Lei 8.906/94 de fazer-se acompanhar de seu

cliente, quando solicitado, nos exames periciais em âmbito judicial ou administrativo. Todavia, a atuação do

advogado, nestes casos, limitar-se-á a dar conforto e segurança jurídica ao periciando com sua presença, não

podendo interferir no ato médico-pericial a ser realizado, que é de competência exclusiva do médicoperito

designado para o mister. Consignamos, também, que o exame pericial é um ato médico. Assim, na hipótese do

médico-perito sentir-se, de alguma forma, pressionado por advogado que por ventura esteja acompanhando o

periciando, assiste-lhe o direito – com fundamento em sua autonomia profissional8 -, de decidir acerca da presença

do profissional da advocacia no recinto em que a perícia for realizada, mediante explicitação por escrito de seus

motivos, sob pena de recusa da realização da perícia.

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 1º - Aos médicos que prestam assistência médica ao trabalhador, independentemente de sua especialidade ou local em que atuem, cabe:

• I -assistir ao trabalhador, elaborar seu prontuário médico e fazer todos os encaminhamentos devidos;

• II - fornecer atestados e pareceres para o afastamento do trabalho sempre que necessário, CONSIDERANDO que o repouso, o acesso a terapias ou o afastamento de determinados agentes agressivos faz parte do tratamento;

• III - fornecer laudos, pareceres e relatórios de exame médico e dar encaminhamento, sempre que necessário, para benefício do paciente e dentro dos preceitos éticos, quanto aos dados de diagnóstico, prognóstico e tempo previsto de tratamento. Quando requerido pelo paciente, deve o médico por à sua disposição tudo o que se refira ao seu atendimento, em especial cópia dos exames e prontuário médico.

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 2º - Para o estabelecimento do nexo causal entre os transtornos de saúde e as atividades do trabalhador, além do exame clínico (físico e mental) e os exames complementares, quando necessários, deve o médico considerar:

• I - a história clínica e ocupacional, decisiva em qualquer diagnóstico e/ou investigação de nexo causal;

• II - o estudo do local de trabalho;

• III - o estudo da organização do trabalho;

• IV - os dados epidemiológicos;

• V - a literatura atualizada;

• VI - a ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a condições agressivas;

• VII - a identificação de riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes e outros;

• VIII - o depoimento e a experiência dos trabalhadores;

• IX - os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da área da saúde.

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 3° - Aos médicos que trabalham em empresas, independentemente de sua especialidade, é atribuição:

• II - avaliar as condições de saúde do trabalhador para determinadas funções e/ou ambientes, indicando sua alocação para trabalhos compatíveis com suas condições de saúde, orientando-o, se necessário, no processo de adaptação;

• IV - Promover a emissão de Comunicação de Acidente do Trabalho, ou outro documento que comprove o evento infortunístico, sempre que houver acidente ou moléstia causada pelo trabalho. Essa emissão deve ser feita até mesmo na suspeita de nexo causal da doença com o trabalho. Deve ser fornecida cópia dessa documentação ao trabalhador;

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 6° - São atribuições e deveres do perito-médico de instituições previdenciárias e seguradoras:

• I - avaliar a capacidade de trabalho do segurado, através do exame clínico, analisando documentos, provas e laudos referentes ao caso;

• II - subsidiar tecnicamente a decisão para a concessão de benefícios;

• III - comunicar, por escrito, o resultado do exame médico-pericial ao periciando, com a devida identificação do perito-médico (CRM, nome e matrícula);

• IV - orientar o periciando para tratamento quando eventualmente não o estiver fazendo e encaminhá-lo para reabilitação, quando necessária.

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 10 - São atribuições e deveres do perito-médico judicial e assistentes técnicos:

• I - examinar clinicamente o trabalhador e solicitar os exames complementares necessários;

• II - o perito-médico judicial e assistentes técnicos, ao vistoriarem o local de trabalho, devem fazer-se acompanhar, se possível, pelo próprio trabalhador que está sendo objeto da perícia, para melhor conhecimento do seu ambiente de trabalho e função;

• III - estabelecer o nexo causal,

• Art. 11 - Deve o perito-médico judicial fornecer cópia de todos os documentos disponíveis para que os assistentes técnicos elaborem seus pareceres. Caso o perito-médico judicial necessite vistoriar a empresa (locais de trabalho e documentos sob sua guarda), ele deverá informar oficialmente o fato, com a devida antecedência, aos assistentes técnicos das partes (ano, mês, dia e hora da perícia).

CFM

[email protected]

RESOLUÇÃO CFM Nº 1.488, DE 11 DE FEVEREIRO DE 1998.

• Art. 10 - São atribuições e deveres do perito-médico judicial e assistentes técnicos:

• I - examinar clinicamente o trabalhador e solicitar os exames complementares necessários;

• II - o perito-médico judicial e assistentes técnicos, ao vistoriarem o local de trabalho, devem fazer-se acompanhar, se possível, pelo próprio trabalhador que está sendo objeto da perícia, para melhor conhecimento do seu ambiente de trabalho e função;

• III - estabelecer o nexo causal,

• Art. 11 - Deve o perito-médico judicial fornecer cópia de todos os documentos disponíveis para que os assistentes técnicos elaborem seus pareceres. Caso o perito-médico judicial necessite vistoriar a empresa (locais de trabalho e documentos sob sua guarda), ele deverá informar oficialmente o fato, com a devida antecedência, aos assistentes técnicos das partes (ano, mês, dia e hora da perícia).

CFM

[email protected]

PERITOS

CARACTERÍSTICAS DE UM PERITO

Sólida formação clínica;

Amplo domínio da legislação;

Profundo conhecimento de profissiografia,

disciplina legal e administrativa;

Atributos de caráter e personalidade.

[email protected]

MÉDICO PERITO

O perito deve ser imparcial e neutro em

relação aos interesses das partes,

condição que o diferencia dos assistentes

técnicos, pois estes também devem

possuir conhecimento especializado, mas

atuam em favor da parte que os elegeu.

NÃO JULGA

NÃO DEFENDE

NÃO ACUSA

[email protected]

TIPOS DE PERITO

O Perito oficial (marinha, INSS);

Perito AD HOC – nomeado pelo juízo em cada processo,

considerado de confiança do juiz – cível, trabalhista,

administrativo (CRM), justiça desportiva, etc.;

Assistente técnico – perito de confiança das partes no processo

(autor ou réu), contratados ou indicados para atuarem em

processos específicos.

[email protected]

JURISPERITO

Art 465 – O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia

e fixará de imediato o prazo para entrega do laudo.

1º Incumbe às partes, dentro de 15 dias contados da intimação do

despacho de nomeaçãodo perito.

I – Arguir o impedimento ou a suspeição do perito

II – Indicar assistente técnico

III – apresentar quesitos

[email protected]

ASSISTENTE TÉCNICO

Art 466 –

1º Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão

sujeitos a impedimento ou suspeição

O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o

acompanhamento das diligências e dos exames que realizar,

com prévia comunicação, comprovada nos autos, com

antecedência mínima de 5 dias.

[email protected]

PERITOASSISTENTE

TÉCNICO

Defende interesses

do trabalhador

Defende interesses

do empregador

Defende interesses

sociais/coletividade

= Defende interesses

do cliente

NÃO NEGAR O QUE É LEGITIMO

NÃO CONCEDER O QUE NÃO É DEVIDO ATIVIDADE

MÉDICO PERICIAL

JUSTO VERDADE

[email protected]

PRAZO LAUDO E PARECER

Art 477

Perito protocolará o laudo em juízo, no prazo estipulado pelo juiz,

pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento.

1º As partes serão intimadas para , querendo, manifestar-se sobre

o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 dias, podendo o

assistente técnico, em igual prazo, apresentar seu parecer.

[email protected]

EXAME MÉDICO PERICIAL / NEXO CAUSAL

[email protected]

Doença ou Lesão

Doença ou seqüela

de acidente

Doença profissional / trabalho

ou acidente de trabalho

Doença ou acidente

Morte

Incapacidade temporária ou

invalidez física e/ou mental

Exercício da

atividade laboral

Sequelas temporárias

ou permanentes

CONSULTA MÉDICA X PERÍCIA MÉDICA

CONSULTA MÉDICA PERÍCIA MÉDICA

Objetivo Obter a cura ou melhora Definir se há capacidade ou imcapacidade

MeiosAvaliação propedêutica –diagnóstico e tratamento

Avaliação propedêutica – análise de documentos, prontuarios

Exames Complementa HD Prova objetiva

Anamnese Confiável Confiável?

Exame físico Confiável Confiável?

Examescomplementares

Realizados em locais de confiança do médico

Já estão inseridos no processo ou são trazidos pelopericiando

Atestados médicosSem muita importância para a

avaliação clínicaImportantes para o esclarecimento das datas técnicas

e para comprovação histórica

Cópia do prontuário Eventualmente solicitado Muitas vezes fundamental

Parecer final Tende atender os anseios do pacienteAtende as necessidades administrativas e legais sendo

conclusiva e embasada

[email protected]

DOCUMENTOS ESCRITOS POR MÉDICOS

PODEM SER DE 3 ESPÉCIES DIFERENTES

RELATÓRIOSPARECERESATESTADOS

[email protected]

ATESTADO MÉDICO

“É a afirmação simples e por

escrito de um fato médico e suas

consequências"

Tais atestados, com exceção

dos de óbito, são redigidos em

papel usual de receituário,

timbrado, podendo servir, porém,

qualquer outro...

Tais documentos não têm forma

fixa.

Qualificar-se-á o paciente,

registrando-se que o documento

é passado a pedido do próprio

interessado, a fim deque não

surjam dúvidas no tocante à

regra do segredo profissional.

Constarão o estado mórbido e

demais fatos verificados e,

finalmente, em breve conclusão,

as consequências do que foi

apurado.

[email protected]

ATESTADO MÉDICO

Para fins previdenciários e similares

Atestados para intervenção compulsória;

Atestados para abonos de faltas laborais ou escolares,

Atestados de aptidão física,

Atestados de comparecimento à consulta médica (também chamados de declaração de comparecimento)

Atestado de óbito.

[email protected]

ATESTADO MÉDICO

Resolução CFM 1658/2002

Art. 1º O atestado médico é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável dopaciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários.

Art. 2º Ao fornecer o atestado, deverá o médico registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dosexames e tratamentos realizados, de maneira que possa atender às pesquisas de informações dos médicosperitos das empresas ou dos órgãos públicos da Previdência Social e da Justiça.

[email protected]

ATESTADO MÉDICO

Resolução CFM 1658/2002

Art. 3º Na elaboração do atestado médico, o médico assistente observará os seguintes procedimentos:I - especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente; II - estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente; III - registrar os dados de maneira legível; IV - identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho

Regional de Medicina.

[email protected]

ATESTADO MÉDICO

Resolução CFM 1658/2002

Art. 6º

• O atestado médico goza da presunção de veracidade, devendo ser acatado por quem de direito, salvo se houver divergência de entendimento por médico da instituição ou perito.

• Em caso de indício de falsidade no atestado, detectado por médico em função pericial, este se obriga a representar ao CRM de sua jurisdição.

[email protected]

É a resposta a uma consulta feita por interessado a

um ou mais médicos, a uma comissão de

profissionais ou a uma sociedade científica sobre

fatos referentes a questão a ser esclarecida.

Esses pareceres constam, comumente, de quatro

partes: preâmbulo, exposição, discussão e

conclusões, faltando, é claro a parte de descrição

propriamente dita, porquanto, em geral,não há

exames a serem feitos. Mas podem existir.

PARECER MÉDICO-LEGAL

[email protected]

=

RELATÓRIO MÉDICOLEGAL

e compromissados na forma das leis....

bem metódico, constará das seguintes

RELATÓRIOMÉDICO-LEGAL

=LAUDO JUDICIAL

[email protected]

LAUDO MÉDICO JUDICIAL

1PREÂMBULO

2QUESITOS

3HISTÓRICO

4DESCRIÇÃO

5DISCUSSÃO

6CONCLUSÃO

RESPOSTA

AOS

QUESITOS

[email protected]

1. PREÂMBULO

NOME;

TÍTULO DOS PERITOS;

NOME DA AUTORIDADE QUE

DETERMINOU O EXAME;

LOCAL,DIA E HORA EXATOS.

[email protected]

2. QUESITOS

TRANSCRIÇÃO

DOS QUESITOS

[email protected]

3. HISTÓRICO

Conterá no primeiro item todos os informes, colhidos do

interessado ou seus parentes e amigos e que possam auxiliar a

ação pericial, como esclarecimento sobre um ferimento, acidente,

morte, condições de violência...

O registro desses elementos, em local distinto e especial visa pôr a

coberto a responsabilidade do perito quanto à sua veracidade.

Estes elementos, que têm a presunção de falsidade, serão

tomados, entretanto, em conta, se coincidirem com as verificações

pessoais dos peritos, assim, então, esclarecidas e completadas.

[email protected]

4. DESCRIÇÃO

[email protected]

Descrição é a parte básica do relatório, contendo o

visum et repertum.

Isenta o mais possível de informações, discussões,

diagnósticos, conclusões, essa parte do laudo deve

ser a reprodução fiel e minuciosa de todos os exames

praticados e de todas as verificações feitas.

5. DISCUSSÃO

Farão os peritos todos os diagnósticos que julgarem

necessários, exteriorizando, suas impressões

pessoais, comentando os dados obtidos pelo exame,

cotejando-os com os informes registrados no histórico,

documentando os seus acertos com referências e

citações de tratadistas adequados ao caso.

[email protected]

6. CONCLUSÕES

Conterão uma síntese do que

peritos conseguirem deduzir do

exame e da discussão.

[email protected]

[email protected]

RESPOSTA AOS

QUESITOS

Finalmente, a resposta aos quesitos será

sumária e a mais possível concludente e

não dubitativa.

O resultado do trabalho do

perito, expresso no laudo

pericial, tem o potencial de

influenciar decisivamente o

magistrado na formação de

sua convicção.

Poderá o juiz, também, valer-

se do parecer apresentado

pelos assistentes técnicos

das partes.

Poderão os juízes, ainda,

sempre que as suas

convicções estejam em

oposição com a opinião dos

peritos, rejeitar os laudos.

[email protected]