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Universidade Federal do Piauí - UFPI Centro de Ciências da Educação - CCE Depto. de Métodos e Tec. da Educação - DMTE Curso de Licenciatura em Pedagogia Literatura Infantil Prof. Jeymeson de Paula Veloso SEMINÁRIO DE LITERATURA INFANTIL ANA MARIA MACHADO Bisa Bia, Bisa Bel Passado, presente e futuro Refletindo comportamentos Equipe VIVENDO & APRENDENDO Fabiana Iraldo Ricardo Rosa Eu vou te contar uma história, Agora, atenção! Que começa aqui No meio da palma Da tua mão Bem no meio tem uma Linha ligada ao coração Quem sabia dessa história Antes mesmo da canção? Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão... Palavra Cantada ‘’ «Eu também sou inventora, todos os dias eu invento um jeito novo de viver» Ana Maria Machado

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Universidade Federal do Piauí - UFPICentro de Ciências da Educação - CCE

Depto. de Métodos e Tec. da Educação - DMTECurso de Licenciatura em Pedagogia

Literatura Infantil Prof. Jeymeson de Paula Veloso

SEMINÁRIO DE LITERATURA INFANTILANA MARIA MACHADO

Bisa Bia, Bisa BelPassado, presente e futuroRefletindo comportamentos

Equipe VIVENDO & APRENDENDO

FabianaIraldo

RicardoRosa

Eu vou te contar uma história,

Agora, atenção!Que começa aqui No meio da palma

Da tua mãoBem no meio tem uma

Linha ligada ao coraçãoQuem sabia dessa

história Antes mesmo da

canção?Dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão, dá tua mão...

Palavra Cantada

‘’

«Eu também sou inventora, todos

os dias eu invento um jeito novo

de viver»

Ana Maria Machado

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História de Ana

Na vida da escritora Ana Maria Machado, os números são sempre generosos. São 40 anos de carreira, mais de 100 livros publicados no Brasil e em mais de 18 países somando mais de dezoito milhões de exemplares vendidos. Os prêmios conquistados ao longo da carreira de escritora também são muitos, tantos que ela já perdeu a conta. Tudo impressiona na vida dessa carioca nascida em Santa Tereza, em pleno dia 24 de

dezembro.Vivendo atualmente no Rio de Janeiro, Ana começou a carreira como pintora. Estudou no Museu de ArteModerna e fez exposições individuais e

coletivas, enquanto fazia faculdade de Letras na UniversidadeFederal (depois de desistir do curso de Geografia). O objetivo era ser pintora mesmo, mas depois de doze anos às voltas com tintas e telas, resolveu que era hora de parar. Optou por privilegiar as palavras, apesar de continuar pintando até hoje. Afastada profissionalmente da pintura, Ana passou a trabalhar como professora em colégios e

faculdades, escreveu artigos para revistas e traduziu textos. Já tinha começado a ditadura, e ela resistia participando de reuniões e manifestações. No final do ano de 1969, depois de ser presa e ter diversos amigos também detidos, Ana deixou o Brasil e partiu para o exílio. A situação política se mostrou insustentável. Na bagagem para a Europa, levava cópias de algumas histórias infantis que estava escrevendo, a convite da revista

Recreio. Lutando para sobreviver com seu filho Rodrigo ainda pequeno, trabalhou como jornalista na revista Elle em Paris e na BBC de Londres, além de se tornar professora na Sorbonne. Nesse período, ela consegue participar de um seleto grupo de estudantes cujo mestre era Roland

Barthes, e termina sua tese de doutorado em Linguística e Semiologia sob a sua orientação. A tese resultou no livro "Recado do Nome", que trata da obra de Guimarães Rosa. Mesmo ocupada, Ana não parou de escrever as histórias infantis que vendia para a Editora Abril. A volta ao Brasil

veio no final de 1972, quando começou a trabalhar no Jornal do Brasil e na Rádio JB - ela foi chefe do setor de Radiojornalismo dessa rádio durante sete anos. Em 76, as histórias antes publicadas em revstas passaram a sair em livros. E Ana ganhou o prêmio João de Barro por ter

escrito o livro "História Meio ao Contrário", em 1977. O sucesso foi imenso, gerando muitos livros e prêmios em seguida. Dois anos depois, ela abriu a Livraria Malasartes com a idéia de ser um espaço para as crianças poderem ler e encontrar bons livros.

O jornalismo foi abandonado no ano de 1980, para que a partir de então Ana pudesse se dedicar ao que mais gosta: escrever seus livros, tantos os voltados para adultos como os infantis. E assim foi feito, e com tamanho sucesso que em 1993 ela se tornou hors-concours dos prêmios da

Fundação Nacional do Livro Infantil eJuvenil (FNLIJ). Finalmente, a coroação. Em 2000, Ana ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial. E em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o

Machado de Assis, pelo conjunto da obra. Em 2003, Ana Maria foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, substituindo o Dr. Evandro Lins e Silva. Pela

primeira vez, um autor com uma obra significativa para o público infantil havia sido escolhido para a Academia. A posse aconteceu no dia 29 de agosto de 2003, quando Ana foi recebida pelo acadêmico Tarcísio Padilha e fez uma linda e afetuosa homenagem ao seu antecessor