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  • 7/22/2019 PERFURAO - SIDERLEY

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    FACULDADE DE CINCIAS, CULTURA E EXTENSO DO RN

    CURSO DE PETRLEO E GS

    DISCIPLINA: PERFURAO E COMPLETAO

    SIDERLEY RIBEIRO PEREIRA

    PERFURAO DIRECIONAL

    NATAL

    2011

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    SIDERLEY RIBEIRO PEREIRA

    PERFURAO DIRECIONAL

    Trabalho sobre Perfurao Direcional da

    disciplina de Perfurao e Completao

    de Poos como requisito para obteno

    de nota para segunda unidade do

    semestre 2011.2.

    NATAL

    2011

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    INTRODUO:

    A perfurao direcional corresponde a umas das principais tcnicas

    atualmente empregadas em poos de petrleo. Com ela possvel alcanar

    objetivos complexos e distantes, alm de promover uma maior produtividadedos reservatrios atravs da maior rea exposta ao poo.

    O aumento da escassez de recursos naturais leva a indstria a buscar

    combustvel fssil em locais cada vez mais remotos. Desse modo, surgiram os

    chamados poos de longo afastamentos.

    O contnuo desenvolvimento de novas ferramentas e tecnologias de

    perfurao direcional, est intimamente ligado s distncias perfuradas cadavez maiores. Idias inovadoras e prticas muitas vezes pouco convencionais

    tiveram um papel importante em tornar poos direcionais de grandes

    inclinaes e horizontais o padro utilizado na indstria.

    Figura 1: Imagem ilustrativa de Perfurao direcional.

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    1. PERFURAO DIRECIONAL:

    A perfurao direcional a tcnica de perfurao de poos de petrleo

    que permite que poos inclinados atinjam objetivos localizados em

    coordenadas diferentes daquelas da cabea do poo. Essa tcnica fundamental para a Engenharia do Petrleo, pois desde a sua inveno tem

    possibilitado, entre outros:

    Atingir alvos de difcil acesso.

    Sidetracks.

    Poos direcionais para explorao.

    Poos direcionados perfurados a partir de uma plataforma nica.

    Poos direcionais para controle de blowout.

    Poos multilaterais e horizontais.

    Perfurar uma falha ou um domo salino.

    Figura 2: Aplicaes de poos direcionais.

    Perfurar mltiplos poos de uma plataforma fixa, talvez seja a aplicao

    mais comum de poos direcionais. Uma grande vantagem tambm a

    construo dos poos via utilizao de template. O template atua como uma

    base guia para a perfurao dos poos, alm de alojar a cabea dos mesmos.

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    A vantagem da utilizao reside no fato de enquanto a plataforma de

    produo est sendo construda, perfuram-se os poos com uma sonda de

    perfurao flutuante. Com isso economiza-se um tempo considervel caso

    fosse necessrio esperar a construo da plataforma fixa para perfurar os

    poos, possibilitando o incio da produo mais rpido. Alm da otimizao das

    linhas de produo, j que o template pode reunir vrios poes em uma nica

    linha de produo conectados a plataforma produtora. A figura 2 um exemplo

    de arranjo submarino obtido com a utilizao de templates.

    Figura 3: Vrios poos direcionais perfurados a partir de um template.

    O controle de blowout feito pela perfurao de poos direcionais de

    alvio. O poo de alvio direcionado para passar o mais perto possvel do

    reservatrio do poo em blowout. Quando for verificado o contato hidrulico,

    injeta-se lama de perfurao pesada com o objetivo de matar o poo em fluxo

    descontrolado. Essa aplicao importantssima, pois muitos blowouts tem

    conseqncias catastrficas, destruindo a plataforma ou no permitindo sequer

    o acesso a mesma. Nesses casos a nica soluo para o problema pode ser a

    perfurao do poo de alivio, essa tcnica ilustrada na figura 3.

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    Figura 4: Perfurao de poo de alvio para controle de blowout.

    importante ressaltar a importncia dos poos direcionais minimizando

    os impactos ao meio ambiente. Uma vez que se consiga perfurar vrios poos

    de uma mesma posio da sonda (utilizando o template), atenua-se o impacto

    das linhas de amarrao da embarcao sobre o fundo marinho, e tambm

    permite explorar reservatrios localizados sob reas de proteo ambiental

    sem causar prejuzos ao ecossistema local.

    2. PLANEJAMENTO DIRECIONAL:

    O correto planejamento a chave para o sucesso de um poo direcional.

    Poos que apresentam grandes giros ou de grandes afastamentos costumam

    ser significativamente mais complexos, por isso um planejamento adequado se

    faz fundamental. Assim, ao ser realizado o planejamento deve-se

    primeiramente traar a trajetria direcional. Em seguida, so escolhidos os

    componentes direcionais a serem utilizados na perfurao.

    A trajetria direcional deve, alem de atingir o objetivo, atender as

    necessidades da equipe de gelogos interessados em atravessar determinadas

    formaes e ao mesmo tempo ser exeqvel tecnicamente.

    Assim, os dados bsicos para a realizao de um projeto de perfurao

    iro variar de acordo com o tipo de poo, isto , se exploratrio ou de

    desenvolvimento.

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    Poos Exploratrios: Incluem informaes geolgicas da rea, presses,

    fluidos do reservatrio esperados; dados relativos trajetria direcional, como

    ganho de ngulo, afastamento e profundidade e; operaes a serem

    realizadas, como testemunhagem, testes de formao e perfilagem.

    Poos de Desenvolvimento: Espaamento entre os poos, informaes

    relevantes de poos de correlao, regio de contato leo/ gua, dados

    geolgicos como dip de camadas e presena ou no de falhas, tipo de

    completao, numero total de poos e possibilidade de se perfurar e produzir

    simultaneamente.

    3. TIPOS DE TRAJETRIAS DE POOS DIRECIONAIS:

    a) Tipo I ou Slant Caracteriza-se por ter o ponto de desvio (KOP) a

    baixa profundidade, um trecho de ganho de ngulo e depois um trecho com

    inclinao constante at atinge o alvo. o tipo de direcional mais comum por

    ser simples e econmico.

    b) Tipo II ou em S Caracteriza-se por ter um trecho de ganho de

    ngulo, um trecho reto e inclinado e um trecho com perda de ngulo. O poo

    pode atingir o alvo na vertical ou no. Este tipo de poo executado quando o

    afastamento do alvo pequeno em relao profundidade do objetivo. Tem

    como desvantagens o alto desgaste do revestimento e da coluna de

    perfurao, os altos torques e arrastes, e o aumento da possibilidade de

    formao de chavetas.

    c) Tipo III Caracteriza-se por ter o KOP grande profundidade, e um

    trecho de ganho de ngulo para atingir o alvo. muito utilizado paraaproveitamento de poos j perfurados.

    d) Horizontal Caracteriza-se por ter inclinao final perto de noventa

    graus. Sua vantagem ter uma maior rea exposta no reservatrio. Eles so

    utilizados preferencialmente em formaes delgadas, em formaes

    naturalmente fraturadas, reservatrios com problema de cone de gs e de

    gua, mltiplas formaes com alto mergulho e como poos injetores.

    Atualmente, o tipo de poo direcional mais perfurado no Brasil para produoe injeo.

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    e) Poo de longo afastamento ou ERW (Extended Reach Well) Possui

    um grande afastamento entre a locao da sonda e o alvo. Normalmente um

    poo considerado ERW quando a relao entre o afastamento e a

    profundidade vertical final maior que 2. Se produtores, normalmente

    terminam com um trecho horizontal no interior do reservatrio.

    f) Poos Multilaterais Possuem a caracterstica de ter um poo principal

    e pelo menos um lateral. Normalmente o poo principal e os laterais so

    horizontais. Possuem apenas uma cabea de poo. Eles so classificados em

    6 tipos a depender do grau de complexidade da juno entre o poo principal e

    as ramificaes.

    Figura 5: Tipos de poos direcionais.

    Figura 6: Poos multilaterais.

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    4. COLUNA DE PERFURAO DIRECIONAL:

    Atualmente, com o avano da tecnologia, novas ferramentas foram

    introduzidas, possibilitando a perfurao de poos mais complexos de maneira

    mais eficiente, isto , com grande reduo de tempo de sonda. Assim, a colunade perfurao direcional tpica composta basicamente por tubos de

    perfurao ( drillpipe DP) acrescidos de um conjunto de ferramentas referidas

    como composio de fundo ou bottom hole assembly(BHA).

    O BHA composto, pelos tubos pesados ou heavy weight drill pipes

    (HWDP), os comandos ou drill collars, estabilizadores, equipamentos de

    registro direcional, equipamentos de LWD, ferramentas de desvio e, por fim, a

    broca.

    5.2 FERRAMENTAS DEFLETORAS:

    Uma vez determinada a trajetria, surge a necessidade de implement-la.

    Tal operao impossvel sem a utilizao de ferramentas defletoras. Os

    desvios na direo do poo podem ser feitos atravs do whipstock, jateamento,

    motores de deslocamento positivo (PDM- Positive Displacement Motor),

    Steerable Systems (SS) e Rotary Steerable Systems (RSS).

    5.2.1 Whipstock:

    Ferramenta utilizada em poo aberto que corresponde a uma cunha de

    ao temperado, com uma extremidade em forma de ponta e uma ranhura

    cncava que guia a broca do whipstock ( menor que a broca de perfurao) de

    encontro parede do poo. Sua utilizao atualmente esta associada a

    operaes de desvio (sidetrack) em janelas abertas no revestimento. Variaesdesta natureza so muito usadas na perfurao e completao de poos

    multilaterais.

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    Figura 7: Variao do Whipstock para aplicaes em sidetracks.

    5.2.2 Jateamento:

    Indicado nos casos em que a formao muito mole ou frivel. Nesta

    operao so usadas brocas tritnicas com um ou dois jatos de maior

    dimetro. A fora hidrulica desgasta o poo na direo em que a vazo

    maior, permitindo a deflexo do mesmo.

    Consiste em utilizar uma broca com um jato maior que orientado na

    direo desejada. O sistema de mule shoe alinhado na direo que aponta o

    jato maior. A eroso lateral provocada pela energia hidrulica da lama faz com

    que a coluna de perfurao sem rotao deslize no poo recm perfurado pela

    ao do fluido. Aps 1 a 2 metros terem sido perfurados, a coluna girada para

    perfurar um trecho entre 6 a 7 metros onde uma foto tirada para avaliar o

    ltimo trecho jateado. Se necessrio outro trecho perfurado utilizando-se o

    jateamento.

    Figura 8: Broca utilizada em jateamento.

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    5.2.3 Motores de Deslocamento Positivo (PDM):

    Referido normalmente como motor de fundo, o PDM equivale a um motor

    hidrulico conectado logo acima da broca e movimentado pelo fluxo de fluido

    de perfurao que bombeado atravs da coluna.

    Sua principal funo transmitir rotao e torque a broca, de maneira

    independente rotao da coluna. A deflexo obtida atravs de um sub torto

    (bent sub) posicionado acima do motor durante a perfurao.

    Figura 9: Motor de fundo.

    5.2.4 Steerable System:

    A perfurao realizada atravs do sistema steerable se divide em dois modos:

    Orientado: O motor orientado da superfcie girando-se a mesa rotativa ou top

    drive, com o acompanhamento da indicao da toolface no painel de superfcie doMWD, at que a direo desejada seja obtida. Em seguida, perfura-se um pequeno

    trecho apenas pela ao da broca, e uma vez alcanada a direo desejada, a coluna

    deslizada poo a dentro.

    Rotativo: A coluna inteira gira da mesma maneira e a operao prossegue

    mantendo a trajetria.

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    5.2.5 Sistemas Rotary Steerable:

    So ferramentas que permitem fazer mudanas de inclinao e direo

    enquanto a coluna gira. Por essa razo, produzem poos sem tortuosidades,

    com menores arraste e torque, melhor transmisso de peso broca e com

    taxas de penetrao maiores.

    Sistemas Rotary Steerable So ferramentas que permitem fazer

    mudanas de inclinao e direo enquanto a coluna gira. Por essa razo,

    produzem poos sem tortuosidades, com menores arraste e torque, melhor

    transmisso de peso broca e com taxas de penetrao maiores.

    H basicamente dois mtodos de atuao desses sistemas:

    Push the bit: A alterao da trajetria feita atravs de um empurro

    que a ferramenta exerce contra a parede do poo, atravs da atuao de um

    pisto ou brao articulado. Exige a utilizao de brocas com capacidade de

    corte lateral (active gauge) e a intensidade da alterao ou Dog Leg Severity

    resultante muito influenciada pela competncia das formaes sendo

    perfuradas e da qualidade do poo prximo broca. De uma maneira geral, a

    qualidade do poo sendo perfurado no diferencia muito de um poo perfurado

    com motor de fundo steerable.

    Figura 10: Push the bit.

    Point the bit: A broca apontada na direo desejada. Gera-se umaflexo no eixo rotativo conectado broca que permite desviar o poo de forma

    constante e uniforme, na intensidade desejada. Neste sistema a qualidade do

    poo perfurado superior gerada pelos outros sistemas.

    A evoluo desses sistemas caminha para ferramentas controladas a

    distncia ou automticas. Neste ltimo caso, a ferramenta recebe a informao

    da trajetria do poo e, praticamente sem interferncia de operadores, faz toda

    a curva e navegao no reservatrio como se fosse uma perfuraoconvencional.

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    Figura 11 : Point the bit

    6. TECNOLOGIAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM REGISTROS

    DIRECIONAIS:

    Existem vrios tipos de equipamentos disponveis para realizao do

    registro direcional. Em funo do tipo de medio, podem ser classificados em

    magnticos e giroscpicos. Quanto freqncia de medio possvel

    classificar em registro simples, mltiplos e contnuos.

    6.1 EQUIPAMENTOS DE REGISTRO:

    6.1.1 Equipamentos Magnticos:

    So aqueles que no podem ser utilizados prximos ou dentro de poos

    revestidos por serem sensveis ao ao presente no revestimento. A sua

    utilizao requer a utilizao de comandos no magnticos (monel) com o

    objetivo de alojar os sensores magnticos responsveis pela leitura diminuindo

    assim a interferncia magntica provocada pela prpria coluna de perfurao.

    O Magnetic Single Shot (MSS) um equipamento composta de umabssola magntica, um inclinmetro e uma cmera fotogrfica, alojados dentro

    de um monel. Essa ferramenta registra simultaneamente a direo magntica,

    a inclinao e a orientao da tool face. A direo dos registros obtidos dever

    ser corrigida pela declinao de local de acordo com o mapa magntico local.

    O Magnetic Multi Shot (MMS), ou equipamento magntico de registro

    mltiplo, funciona anlogo ao anterior. Porm, possui capacidade de realizar e

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    registrar mltiplas medidas. Sua maior aplicao esta em investigar todo o

    poo aps a perfurao o na orientao de testemunhos.

    Figura 12: Magnetic Multi Shot.

    6.1.2 Equipamentos Giroscpicos:

    No sofrem influncia magntica possibilitando assim a investigao e

    registro direcional do poo aps o mesmo est revestido.

    Gyroscopic Single Shot (GSS): Este equipamento registra e grava a

    direo do poo em um filme em forma de disco. O registro direcional feito

    por uma bssola giroscpica. Indicado em locais que possa existir interferncia

    magntica ou poos muito prximos.

    Gyroscopic Multi Shot (GMS): Giroscpico de registro mltiplo. Sua

    operao pode ser feita por intermedirio de cabo, no qual a ferramenta

    parada na posio de interesse e ento o registro armazenado.

    6.1.3 Steering Tool:

    composto por um sensor magntico e um sensor gravitacional de

    inclinao que transmitem os dados para a subsuperficie em tempo real

    atravs de um cabo eltrico. Utilizado com motor de fundo fornece a cada

    instante a posio do poo (inclinao e direo). No pode ser utilizado na

    perfurao rotativa, pois a transmisso feita por um cabo e a rotao dacoluna enrolaria o cabo. Possibilita o acompanhamento da perfurao em

    tempo real.

    6.1.4 Measurement While Drilling(MWD):

    As ferramentas de MWD so similares ao steering tool. A diferena que

    os dados so transmitidos na forma de pulsos de presso via fluido de

    perfurao. Um atuador instalado No Bottom Hole Assembly (BHA), conhecido

    como pulser, introduz perturbaes na coluna de fluido. Essas perturbaes se

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    propagam at a superfcie onde so detectadas por um transdutor de presso e

    depois decoficadas. Podendo ser usado tambm na perfurao rotativa.

    Possibilitando a reduo de tempo de sonda; um sistema mais preciso nas

    operaes com motor de fundo; o registro direcional praticamente contnuo no

    poo.

    6.1.5 LWD:

    O Logging While Drilling (LWD) so ferramentas que fazem parte do BHA

    e permitem a perfilagem enquanto se perfura. Existe diversos tipos de LWD,

    por exemplo:

    Raios gama.

    Resistividade.

    Snicos e de densidade neutro.

    Ressonncia magntica.

    Testes de presso.

    Esta ferramenta possibilita maior conhecimento do reservatrio e umadescida de revestimento mais rpida, uma vez que no necessrio descer

    equipamento de perfilagem. Esse tipo de ferramenta transmite informaes

    para superfcie via fluido de perfurao em tempo real. Em conjunto com o

    sistema Rotary steerable possibilita o ajuste da trajetria do poo enquanto o

    mesmo est sendo perfurado.

    Figura 13: Ferramenta de LWD e MWD integrado.

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    11. FERRAMENTAS ADICIONAIS DA PERFURAO DIRECIONAL:

    Comandos no magnticos: Em geral para diminuir a interferncia

    magntica ao redor dos instrumentos magnticos de registros direcionais,

    necessrio se colocar na coluna um comando especial "MONEL" sem

    magnetismo remanescente. Este comando deve ter uma permeabilidade

    magntica variando um pouco dependendo do fabricante da sua composio

    qumica.

    O instrumento colocado dentro deste comando sofre apenas a ao do

    magnetismo terrestre, com uma restrio: apesar do MONEL no interferir na

    leitura da bssola magntica do instrumento, ele no impede a interferncia de

    corpos magnticos que eventualmente se encontrem por perto, apenas a

    influncia magntica da coluna de perfurao evitada. O comprimento do

    comando no magntico requerido para evitar a interferncia da coluna de

    perfurao, e funo da inclinao, direo e locao do poo em relao ao

    globo terrestre.

    Comandos curtos (Short drill colars ou pup colars): So ferramentas

    requeridas para mudar a distancia entre estabilizadores ou entre broca e

    estabilizador, em geral modificar a rigidez da coluna, mudando assim as taxas

    de Build-up ou Dropoff do angulo vertical. Em alguns casos so usados para

    dar maior rigidez a coluna, tentando eliminar algum desvio, como uma tpica

    tangent assenbly.

    Bent subs: So subs de cruzamento nos quais o eixo do pino de conexo

    forma um eixo com o ngulo do sub, portanto quando um motor hidrulico

    conectado a esta ferramenta, o mesmo forado a perfura para fora do eixo dopoo, produzindo assim mudana de ngulo ou direo desejada. Dependendo

    da taxa desta mudana, diferentes valores do ngulo do Best sub so usados.

    O Dog leg obtido com o Bent Sub e funao do ngulo do mesmo, do diametro

    do poo, do dimetro do motor hidrulico, da distancia entre a broca e o Bent

    Sub e o OD dos comandos acima do Bent Sub. O Bent Downhler Motor

    tambm utilizvel. Este recurso em vez de usar um Bent Sub no topo do

    motor hidrulico, usa um Bent Housing com um ngulo definitivo, no corpo doreferido motor. Existe tambm um Bent Sub Hidrulico chamado Dina Flex,

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    esta ferramenta funciona hidraulicamente, ou seja a orientao feita com a

    ferramenta alinhada com poo. Somente quando requerida pela ao das

    bombas, a deflexo feita pela Duna Flex.

    Drilling Jars: Em poos direcionais devido aos comandos trabalharem no

    lado baixo do poo e da eventual criao de um dog leg aumentando assim a

    possibilidade de priso, conveniente o uso do Drilling Jar como parte

    integrada do BHA. Os Earthquaker Jar so os mais comumente usados,pela

    simplicidade de operao quer proporcionam. Somente o tracionamento da

    coluna requerido, quando se deseja quer o Jar golpeie para cima ao passo

    que, apenas arriando o peso sobre o Jar fazendo com que o mesmo golpeie

    para baixo, este Jar pode ser usado durante muitas horas consecutivas de

    perfurao e o ajuste da sua carga de impacto (para baixo ou para cima

    independentemente) pode inclusive ser feita no campo. Deve trabalhar sob

    teno e esta situao cerca de 45 acima da linha neutra.

    Heave Weigt Drill Pipe (HWDP): Estes tubos vem sendo uma exigncia

    em perfurao de poos direcionais. Os mesmos alm de proporcionarem um

    meio de evitar o stress excessivo da coluna de Drill Pipe, permitem a aplicao

    de peso sobre eles, diminuem o toque rotativo, evitam sensivelmente a

    possibilidade de priso por presso diferencial, diminuem o Drag e reduzem o

    tempo de manobra (vantagem sobre os DCs), pois no necessitam de colar de

    segurana e elevadores de comandos (usam a mesma cunha dos Drill Pipes).

    12. ALGUNS PROBLEMAS DA PERFURAO DIRECIONAL:

    a) Repassamento - Operao que requer muito cuidado e deve serevitada, salvo se no houver outra alternativa. Se um poo deve ser repassado,

    uma coluna de repassamento com estabilizadores devidamente posicionados

    deve ser usada e a operao deve ser controlada por tcnicos experientes. O

    maior perigo do repassamento em poos direcionais o side track acidental,

    dirigido para a parte baixa do poo, particularmente em formaes moles, onde

    o controle da operao deve ser redobrado.

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    b) Pecaria em Poos Direcionais A operao de pesca feita de

    maneira idntica um poo vertical, com vantagem de que, neste caso, o peixe

    estar sempre no lado baixo do poo, facilitando assim o seu encamisamento,

    a no ser. Em perfurao direcional, boa prtica se trabalha a coluna sempre

    que a perfurao est parada; isto evita o risco de priso por diferencial de

    presso.

    c) Fadiga da Coluna em Poos Direcionais - Uma das conseqncias de

    um dog reg abrupto o "stress" que o mesmo ocasiona nos componentes da

    coluna de perfurao, criando a possibilidade de defeito por fadiga. A alta

    tenso nos Drill Pipes, causada pelo do BHA, um fator que deve ser checado

    sempre que um tubo defeituoso se apresenta. O BHA no deveria ter,

    normalmente, mais do que 10 ou 15% de peso, acima do requerente na

    perfurao. A fadiga nos Drill Pi'pes se apresenta especialmente se uma

    coluna pesada usada num repassamento. Isto porque o repassamento feito

    quase sem peso a tenso nos Drill Pipes durante a operao, mxima.

    d) Completao em Poos Direcionais - Se o ngulo do poo no muito

    alto 50), a completao se processa identicamente de um poo vertical. Em

    poos de grande inclinao, algumas vezes, no possvel descer algumas

    ferramentas com o wire line, como certos tipos de Packers permanentes ou

    Bridge Pfugs, e os mesmos so descidos com uma coluna de tubing ou driU

    pipe. A mesma coluna se torna necessria para se correr os perfis eltricos.

    Entretanto, estes poos de grande inclinao so raramente perfurados. Uma

    boa caracterstica de um poo direcional, que por vez, o mesmo expe mais

    a formao produtora, aumentando assim o ndice de produtividade.

    e) Foras de Frico em Poos Direcionais - Somente, uma parte do peso

    da coluna de perfurao se tem disponvel para mover as ferramentas em

    poos de grande inclinao. Em poo com inclinao de 70, mais de 90% do

    peso da coluna de perfurao, suportado pelo lado baixo do mesmo. Isto no

    s dificulta a rotao da coluna, como tambm desgasta rapidamente as juntas

    dos Drill Pipes.

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    Para reduzir a frico, deve-se usar lama de emulso base leo. Esta

    mesma fora de frico tambm mais difcil a descida do revestimento em

    poos muito inclinados.

    Os centralizadores colocados na coluna de revestimento ajudam a reduzir

    a frico e aumentam a probabilidade de uma boa cimentao: A circulao

    tambm afetada em poos de grande inclinao. Na parte baixa do poo, a

    Iama perde um pouco a velocidade de circulao, devido maior concentrao

    de cascalho, ao passo que, na parte alta, a lama mais limpa flui mais

    livremente.

    13. EMPRESAS QUE TRABALHAM COM A PERFURAO DIRECIONAL:

    A) PETROBRAS:

    B) HALLIBURTON:

    C) SCHLUMBERGER:

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    D) BJ services:

    E) Baker Hughes, NOV, Franks international, Smith, Weatherford, FMC

    technologies, Subsea 7, Oceanering e Fugro.

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    CONCLUSO

    A perfurao direcional corresponde a umas das principais tcnicas

    atualmente empregadas em poos de petrleo. Com ela possvel alcanar

    objetivos complexos e distantes, alm de promover uma maior produtividade

    dos reservatrios atravs da maior rea exposta ao poo. A perfurao

    direcional a tcnica de intencionalmente, desviar a trajetria de um poo

    vertical, para atingir objetivos que no se encontram diretamente abaixo da sua

    locao na superfcie.

    Essa tcnica fundamental para a Engenharia do Petrleo, pois desde a

    sua inveno tem possibilitado, entre outros: Atingir alvos de difcil acesso,

    promovendo maiores exploraes, poos direcionados perfurados a partir deuma plataforma nica, poos direcionais para controle de blowout, perfurar uma

    falha ou um domo salino. Perfurar mltiplos poos de uma plataforma fixa,

    talvez seja a aplicao mais comum de poos direcionais.

    A vantagem da utilizao reside no fato de enquanto a plataforma de

    produo est sendo construda, perfuram-se os poos com uma sonda de

    perfurao flutuante. Com isso economiza-se um tempo considervel caso

    fosse necessrio esperar a construo da plataforma fixa para perfurar os

    poos, possibilitando o incio da produo mais rpido. Alm da otimizao das

    linhas de produo.

    importante ressaltar a importncia dos poos direcionais minimizando

    os impactos ao meio ambiente. Uma vez que se consiga perfurar vrios poos

    de uma mesma posio da sonda (utilizando o template), atenua-se o impacto

    das linhas de amarrao da embarcao sobre o fundo marinho, e tambm

    permite explorar reservatrios localizados sob reas de proteo ambiental

    sem causar prejuzos ao ecossistema local.

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    REFERNCIAS:

    Apostila Perfurao Direcional Oto.

    Curso Bsico de Perfurao Direcional Halliburton.

    Perfurao Direcional - Joo Carlos R. Plcido.

    Perfurao Direcional- ENG LIBERAL RAMOS JUNIOR