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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE NUTRIÇÃO PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ANA CRISTINA GUIMARÃES DE OLIVEIRA Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS

EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ANA CRISTINA GUIMARÃES DE OLIVEIRA

Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS

EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ANA CRISTINA GUIMARÃES DE OLIVEIRA

Trabalho de Graduação apresentado ao

Curso de Nutrição da Universidade Federal de

Mato Grosso como parte dos requisitos exigidos

para obtenção do título de Bacharel em Nutrição,

sob orientação da Profª. DSc. Ana Carolina

Pinheiro Volp.

Cuiabá-MT, outubro de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE NUTRIÇÃO

PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES INTERNADOS

EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

ANA CRISTINA GUIMARÃES DE OLIVEIRA

Orientador:

Profª. DSc. Ana Carolina Pinheiro Volp

MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA

JULGADO EM: ___/___/_____

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5

2. OBJETIVO ............................................................................................................................. 6

3. METODOLOGIA ................................................................................................................... 6

4. RESULTADOS ...................................................................................................................... 8

5. DISCUSSÃO .......................................................................................................................... 7

6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 10

7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 11

8. APÊNDICES ........................................................................................................................ 13

9. ANEXOS .............................................................................................................................. 14

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RESUMO

Os pacientes críticos internados em unidade de terapia intensiva tendem a ser mais vulneráveis

quanto às perdas calórico-proteicas durante o período de internação, que contribuem para uma

recuperação inadequada, aumento do tempo de permanência hospitalar e com um pior

prognóstico nutricional. A fim de identificar estes pacientes em risco nutricional, há inúmeros

estudos que dispõe de diferentes métodos para a realização da avaliação do estado nutricional.

Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o estado nutricional de pacientes adultos

internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Júlio Muller em Cuiabá

– MT. Trata-se de um estudo transversal, envolvendo pacientes admitidos na UTI. Para tanto,

o estado nutricional foi avaliado por meio de métodos objetivos (antropometria, sinais clínicos

e exames bioquímicos), subjetivos (avaliação global subjetiva) e da associação entre eles. Dos

19 pacientes avaliados, 63,2% eram do sexo feminino, com idade média de 56,6 anos. As

doenças do sistema respiratório (15,79%), nefropatias (15,79%) e pós operatórios (15,79%)

foram identificadas como as principais causas de internação. Em função dos parâmetros

antropométricos, com exceção da medida de EMAP (espessura do músculo adutor do polegar),

todos indicadores classificaram os pacientes da pesquisa como desnutridos ou em risco

nutricional, bem como a avaliação global subjetiva, que classificou 63,2% com desnutrição

grave e 26,3% com suspeita de desnutrição. Os exames hematológicos de maior relevância para

a avaliação do estado nutricional também reforçaram a prevalência de desnutrição encontrada,

uma vez que se observou valores de hematócrito e hemoglobina abaixo do padrão de referência,

assim como a contagem total de linfócitos (CTL), que indicou depleção moderada entre os

pacientes. De semelhante forma, marcadores de funções renais, concentrações séricas de

albumina e proteína C reativa (PCR) também foram encontradas abaixo dos valores de

referência. A fim de identificar o perfil nutricional dos pacientes internados, são utilizados

diversos métodos (objetivos e subjetivos) de avaliação nutricional. A associação entre os

diferentes métodos aumentam a possibilidade de uma avaliação do estado nutricional mais

fidedigna, que de encontro a um diagnóstico nutricional precoce possibilita uma melhor

intervenção nutricional e consequentemente elevam a chances de um melhor prognóstico

clínico.

PALAVRAS-CHAVE: Antropometria, paciente crítico, desnutrição hospitalar, terapia

intensiva, avalição nutricional.

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ABSTRACT

Critically ill patients admitted to an intensive care unit tend to be more vulnerable to caloric-

protein losses during the hospitalization period, which contribute to inadequate recovery, longer

hospital stay, and poorer nutritional prognosis. In order to identify these patients at nutritional

risk, there are numerous studies that have different methods for performing nutritional status

assessment. To evaluate the association between nutritional status and prognostic indicators of

adult patients admitted to the Intensive Care Unit of the Júlio Muller University

Hospital and m Cuiabá - MT. This is a cross-sectional study involving patients admitted to the

ICU. The nutritional status was evaluated through objective methods (anthropometry, clinical

signs and biochemical tests), subjective (subjective global assessment) and the association

between them. Of the 19 patients evaluated, 63.2% were female, with a mean age of 56.6

years. Respiratory system diseases (15.79%), nephropathies (15.79%) and postoperative

diseases (15.79%) were identified as the main causes of hospitalization. As a function of the

anthropometric parameters, all the indicators classified the patients of the research as

malnourished or at nutritional risk, as well as the subjective global evaluation, which classified

63.2% with malnutrition severe and 26.3% with suspected malnutrition. The hematological

exams of greater relevance for the evaluation of nutritional status also reinforced the prevalence

of malnutrition found, since values of hematocrit and hemoglobin below the reference standard

were observed, as well as the total lymphocyte count (CTL), which indicated moderate

depletion among patients. Similarly, markers of renal function, serum albumin and C-reactive

protein (CRP) levels were also found below the reference values. In order to identify the

nutritional profile of hospitalized patients, several methods (objective and subjective) of

nutritional evaluation are used. The association between the different methods increases the

possibility of an evaluation of the most reliable nutritional status, which, in view of an early

nutritional diagnosis, allows a better nutritional intervention and consequently increases the

chances of a better clinical prognosis.

KEY WORDS: anthropometry, critical patient, hospital undernourishment, intensive therapy,

nutritional assessment

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1. INTRODUÇÃO

São considerados pacientes críticos aqueles que configuram amplo espectro de

pacientes com diferentes doenças, respostas metabólicas e tratamentos, a desnutrição pode ser

preexistente, manifestar-se à internação ou desenvolver-se em decorrência do estado

hipercatabólico e hipermetabólico. Existe uma prevalência da desnutrição entre os pacientes

hospitalizados, sendo ainda mais elevada neste paciente devido à alteração no metabolismo dos

diferentes substratos e ao déficit de nutrientes(MONTEJO GONZÁLEZ; CULEBRAS-

FERNÁNDEZ; GARCÍA DE LORENZO Y MATEOS, 2006).

A desnutrição hospitalar é considerada um dos principais problemas de saúde pública

e, por isso tem ganhado destaque com o passar dos anos, já que há evidências suficientes

relacionando a desnutrição, principalmente energética-proteica, como um fator importante nas

taxas de morbimortalidade (MALAFAIA, 2009). Pacientes desnutridos apresentam maiores

complicações clínicas e consequentemente um maior tempo de internação (REZENDE, I.F.B;

OLIVEIRA, V.S; KUWANO, E.A; LEITE, A.P.B; RIOS, I; DÓREA, Y.S.S; CHAVES, 2004).

As alterações do estado nutricional podem surgir como consequência de um aporte de

nutrientes inadequado, ou como resultado de uma alteração no metabolismo ocasionado pela

própria instalação da doença. Em decorrência destas alterações segue-se uma redução da massa

corporal magra e subsequente perda de estrutura e função dos órgãos e tecidos que as compõem

o que pode ocasionar disfunção orgânica e morbimortalidade (SCHWEIGERT, 2008).

Através de uma avaliação nutricional do paciente crítico é possível estimar o risco de

mortalidade e morbidade oriundas de desnutrição, bem com identificar e individualizar as suas

causas e consequências, com indicação e intervenção mais precisa daqueles indivíduos com

maior possibilidade de beneficiar-se do suporte nutricional. Atualmente diversos métodos

podem ser utilizados para avaliação do estado nutricional, que incluem dados antropométricos

e de composição corporal, dietéticos, bioquímicos-imunológicos, história clínica, avaliação

subjetiva e exame físico. Contudo, a aplicação destes métodos no paciente crítico pode ser um

desafio devido as interferências originárias da doença aguda ou das medidas terapêuticas sobre

os resultados, afetando a interpretação destes (SCHWEIGERT, 2008).

Diante disto, faz-se necessário realizar a avaliação do estado nutricional, possibilitando

uma intervenção nutricional mais individualizada.

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2. OBJETIVO

Avaliar o estado nutricional de pacientes adultos internados na Unidade de Terapia

Intensiva do Hospital Universitário Júlio Muller em Cuiabá – MT.

3. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo observacional descritivo de corte transversal, realizado entre os

2017 e 2018, com todos os pacientes internados na UTI do HUJM. O estudo foi realizado

mediante a aprovação do Comitê de Ética (CAAE 51939415.0.0000.5541). A amostra foi

incluída por conveniência com os pacientes selecionados internados na UTI com até 48 horas

de admissão de ambos os sexos e maiores de 18 anos. Os indivíduos menores de idade ou que

já se encontravam em terapia intensiva por mais de 48 horas foram excluídos da amostragem.

Os voluntários ou familiares responsáveis foram informados, oralmente, e receberam

descrição impressa de todos os procedimentos adotados, bem como foram informados dos

riscos e benefícios de sua participação. Todos os participantes deram seu consentimento oral.

Os dados foram codificados mediante números e iniciais de maneira que somente os

pesquisadores envolvidos tiveram acesso à informação que associe os dados com a pessoa. O

anonimato dos indivíduos foram mantidos em todo tempo. O protocolo deste projeto foi

submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do HUJM.

Os riscos para os sujeitos da pesquisa foram considerados mínimos, ou seja, foram os

riscos inerentes a participação em uma pesquisa de análise antropométrica e de composição

corporal, bioquímica e clínica. Por isso foram tomados cuidados nos procedimentos de

avaliação antropométrica para evitar acidentes com os voluntários no momento das aferições,

e da mediação de pregas cutâneas. As coletas para exames bioquímicos foram realizadas pelo

o HUJM, posteriormente os dados foram acessados para as avaliações nutricionais (dados

secundários).

Dados de identificação dos pacientes, diagnósticos e informações gerais foram

tabulados e posteriormente foi realizada a avaliação global subjetiva (AGS). A AGS integra os

dados da história clínica recente, dados físicos (histórico de perda de peso, alteração na ingestão

alimentar, sintomas gastrointestinais, capacidade funcional ou nível de energia do paciente,

análise de perda de tecido adiposo subcutâneo e tecido muscular e presença de edema ou ascite

(DETSKY et al., 1987).

Em seguida foi realizada a avaliação nutricional utilizando a antropometria de

composição corporal, sinais clínicos e exames bioquímicos, conforme protocolo hospitalar.

Para avaliação antropométrica foram adotados os seguintes parâmetros:

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Índice de Massa Corporal: utilizado para classificação do estado nutricional, calculado

pela fórmula: IMC = peso (kg)/ estatura2 (m2). A classificação do estado nutricional dos

indivíduos adultos e idosos, foi realizada conforme os pontos de corte propostos pela

Organização Mundial de Saúde OMS (1998) e (LIPSCHITZ, 1994). É sabido que para o cálculo

deste índice são necessários os dados de peso e altura, os quais foram coletados diretamente

dos prontuários de cada paciente.

Circunferência do braço (CB): representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos

ósseo, muscular e gorduroso do braço. Para a sua obtenção, o braço do avaliado foi flexionado

em direção ao tórax, formando um ângulo de 90º. O ponto médio entre o acrômio e o olecrano

foi marcado e, com o braço estendido ao longo do corpo e com a palma da mão voltada para a

coxa, o braço foi contornado com a fita não extensível no ponto marcado de forma ajustada

(CUPPARI, 2005). O resultado obtido foi comparado aos valores de referências da NHANES

(National Health and Nutrition Examination Survey) demonstrados em tabelas de percentis por

Jelliffe (1966). A adequação da CB foi determinada pela CB (%)= CB obtida(cm) / CB percentil

50 x 100.

Circunferência muscular do braço (CMB): avalia a reserva de tecido muscular, sendo

obtida pelos valores de CB e prega cutânea tricipital (PCT) pela fórmula: CMB (cm) = CB (cm)

- π x [PCT (mm) / 10] (CUPPARI, 2005). O resultado obtido foi comparado aos valores de

referências da NHANES (National Health and Nutrition Examination Survey) demonstrados

em tabelas de percentis por Jelliffe (1966). A adequação da CMB foi determinada pela CMB

(%)= CMB obtida(cm) / CMB percentil 50 x 100.

Prega cutânea tricipital (PCT): esta medida de avaliação de tecido adiposo é

rotineiramente usada na prática clínica (CUPPARI, 2005). As medidas da espessura da PCT

foram realizadas no hemicorpo direito do indivíduo, utilizando o dedo indicador e o polegar da

mão esquerda para diferenciar o tecido adiposo subcutâneo do tecido muscular.

Aproximadamente, um centímetro abaixo do ponto pinçado pelos dedos, foram introduzidas as

pontas do adipômetro. A leitura marcada no adipômetro foi feita após dois segundos do

pinçamento (o resultado foi expresso em média de três medidas da mesma dobra). Sua medida

isolada foi comparada ao padrão de referência da NHANES III demonstrados em tabelas de

percentis por Jelliffe (1966). A adequação da PCT foi determinada pela PCT (%)= PCT

obtida(cm) / PCT percentil 50 x 100.

Espessura do músculo adutor do polegar (EMAP): foi realizada com o paciente sentado

com braço flexionado a aproximadamente 90º, o antebraço e a mão apoiados sobre o joelho.

Foi utilizado o plicômetro com pressão contínua de 10g/mm2 para pinçar o músculo adutor no

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vértice de um triângulo imaginário, formado pela extensão do polegar e indicador. O

procedimento será feito na mão não dominante por três vezes, sendo usada a média como

medida da EMAP. Para classificação dos valores obtidos, foi utilizada a proposta

(BRAGAGNOLO et al., 2009). que considera valores de eutrofia para EMAP da mão não

dominante >13,1mm e, de desnutrição, valores <13,1mm.

Já para o conjunto de dados bioquímicos foram elencados exames laboratoriais. Os

níveis de hemograma, contagem total de linfócitos, ureia, creatinina, albumina sérica, proteína

C-reativa e magnésio foram mensurados e avaliados, bem como a presença ou ausência de

edema, anasarca, ascite, uso de drogas vasoativas e desfecho clínico. Vale ressaltar que nem

todos os pacientes possuíam todos os dados bioquímicos, foram então utilizados os dados mais

relevantes para a pesquisa.

Para análise dos dados foram descritas as prevalências e percentuais das condições

avaliadas (estado nutricional antropométrico e perfil bioquímico) dos pacientes. Os valores

mínimo e máximo juntamente com a mediana também foram descritos.

4. RESULTADOS

Foram avaliados 19 pacientes que atenderam os critérios de inclusão da pesquisa,

sendo a maioria dos participantes do sexo feminino (63,2%). A maior parte dos pacientes eram

adultos (42,1%), seguido pelos idosos (36,8%), de acordo com a classificação de idade. Do

número total de participantes, 63,2% encontravam-se em desnutrição grave e 26,3%

apresentaram suspeita de desnutrição, segundo a avalição global subjetiva. No que diz respeito

ao uso de drogas vasoativas, 42,1% estavam em uso no momento da pesquisa. E em relação ao

desfecho clinico, 78,9% foram transferidos para outras clínicas, 10,5% receberam alta, e os

outros 10,5% foram a óbito. A descrição completa do perfil nutricional dos pacientes é

demonstrada na tabela 1.

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Tabela 1. Caracterização e dados gerais de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital

Universitário Júlio Müller – HUJM, em Cuiabá –MT, 2017 – 2018.

Desfecho Clínico

Alta 2 10,5

Transferência 15 78,9

Óbito 2 10,5

Total 19 100,0

Na figura 1 estão ilustrados os diagnósticos clínicos de internação na UTI. As principais

causas de internação na UTI durante o período avaliado foram doenças renais, doenças

respiratórias e pós operatórios, todas apareceram com o mesmo percentual de 15,79% seguidas

de neoplasias com 10,52%. Foram admitidos pacientes com outros diagnósticos menos

prevalentes, como pancreatites, lúpus, megaesôfago chagásico, entre outras, que juntos

representavam 42,11%.

Na avaliação nutricional em função dos parâmetros antropométricos, representados na

tabela 2, a maior parte dos pacientes foram classificados como desnutridos, principalmente pelo

IMC, CB e PCT. Contudo, os valores de EMAP indicaram eutrofia em sua totalidade.

Observou-se também que 52,6% dos pacientes apresentavam-se edemaciados.

Ao analisar os dados de exames bioquímicos (tabela 3), observou-se a prevalência de

hipoalbuminemia, baixas concentrações de hemoglobina e depleção moderada segundo a

contagem total de linfócitos (CTL). De modo semelhante, os exames de hemácias, hematócrito,

red cells distribuition width (RDW), plaquetas, magnésio, proteína C reativa (PCR), creatinina

e ureia apresentaram, em sua maioria, resultados fora dos valores de referência. Apenas os

dados de leucograma se encontravam dentro da normalidade.

Variáveis n %

Sexo

Feminino 12 63,2

Masculino 7 36,8

Total 19 100,0

Classificação de idade

Jovem 4 21,1

Adulto 8 42,1

Idoso 7 36,8

total 19 100,0

ASG

Bem nutrido 2 10,5

Suspeita de desnutrição 5 26,3

Desnutrido Grave 12 63,2

Total 19 100,0

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Tabela 2. Descrição do perfil antropométrico dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital

Universitário Júlio Muler – HUJM, em Cuiabá – MT, 2017-2018.

Antropometria n %

IMC

Desnutrição 6 46,15

Eutrofia 5 38,56

Excesso de Peso 2 15,38

PCT

Desnutrição 7 46,67

Eutrofia 1 6,66

Sobrepeso 7 46,67

CB

Desnutrição 12 70,59

Eutrofia 4 23,53

Sobrepeso 1 5,88

CMB

Desnutrição Leve 6 37,5

Desnutrição Moderada 4 25

Desnutrição Grave 2 12,5

Eutrofia 4 25

EMAP Desnutrição 0 0

Eutrofia 16 100

Edema

Presença 10 52,6

Ausência 9 47,4

Total 19 100

Anasarca

Presença 2 10,53

Ausência 17 89,47

Total 19 100

Ascite

Presença 2 10,53

Ausência 17 89,47

Total 19 100

0 20 40 60 80 100

Outros

Pós operatório

Nefropatias

Doenças respiratórias

Neoplasias

Frequência relativa (%)

Figura 1. Distribuição da frequência relativa dos diagnósticos clínicos dos pacientes da Unidade de Terapia

Intensiva – UTI do Hospital Universitário Júlio Müller – HUJM, em Cuiabá – MT entre junho e outubro de 2018.

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Tabela 3. Análise descritiva do perfil nutricional segundo os parâmetros bioquímicos dos pacientes internados na

Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Júlio Müller – HUJM, em Cuiabá –MT, 2017 – 2018.

Exame n % Mediana Mínimo Máximo

Hemoglobina

Sem anemia 0 0,0

9,5 6 10,6 Com anemia 9 100,0

Total 9 100,0

Hemácias

Normal 0 0,0

3,41 2,95 3,93 Alterada 9 100,0

Total 9 100,0

Hematócrito

Normal 0 0,0

29,4 19,5 32 Alterado 9 100,0

Total 9 100,0

Leucócitos

Normal 6 66,7

8710 4680 15680 Leucocitose 3 33,3

Total 9 100,0

Plaquetas

Normal 4 44,4

31900 22,900 249000 Alterada 5 55,6

Total 9 100,0

VCM

Anemia microcítica 2 22,2

84,4 73,8 97,1 Anemia normocítica 7 77,8

Total 9 100,0

RDW

Sem anisocitose 2 22,2

16,2 12,8 32,1 Com anisocitose 7 77,8

Total 9 100,0

CTL

Depleção leve 3 37,5

871 174,6 2038,4 Depleção moderada 4 50,0

Depleção grave 2 25,0

Total 8 100,0

Albumina

Depleção leve 3 21,4

2,8 1,8 3,5 Depleção moderada 9 64,3

Depleção grave 2 14,3

Total 14 100,0

PCR

Normal 1 6,3

52,1

0,9 269 Inflamação 15 93,8

Total 16 100,0

Creatinina

Normal 2 15,4

1 0,3 49,2 Alterada 11 84,6

Total 13 100,0

Ureia

Normal 4 25,0 41 1,2 191

Alterada 12 75,0

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Tabela 3. Continuação.

5. DISCUSSÃO

Os resultados encontrados demonstraram que os perfis dos pacientes eram

predominantemente do sexo feminino 63,2%, este dado se mostra contrário ao que vêm sendo

confirmado em pesquisas recentes. Em um estudo realizado em quatro UTIs do estado de São

Paulo demonstrou-se que 56,7% dos pacientes internados eram do sexo masculino (DA SILVA;

DE SOUSA; PADILHA, 2010). Tal achado pode ser resultante da baixa procura de serviços de

saúde pela população masculina, dificultando ainda mais a tomada de medidas preventivas.

Apesar do atual estudo demonstrar uma maior prevalência de pacientes adultos

internados, não há uma diferença expressiva em relação aos idosos. Devido ao aumento da

expectativa de vida da população, a prevalência de internações de idosos tem se tornado cada

vez mais frequentes em unidades de terapia intensiva. Este fato é evidenciado em estudos

anteriores que demonstram a predominância de idosos internados na faixa etária de 61 a 70 anos

(ROCHA et al., 2007).

Em relação ao desfecho clínico da unidade estudada, observou-se que 10,5% dos

pacientes foram a óbito, uma vez que a maioria foram transferidos para outras clínicas, tais

fatos não corroboram com a literatura (ROCHA et al., 2007), onde verificou-se um menor valor

para o percentual de transferências (58,4%) e um resultado mais elevado em relação a taxa de

mortalidade encontrada (32,6%).

No que diz respeito as causas de internação, segundo o censo da (ROCHA et al., 2007),

as quatro principais foram cardiopatias, doenças do sistema respiratório, sepse e pós operatório.

Ao analisar os resultados obtidos no presente estudo foi possível confirmar estes dados

encontrados nos últimos censos. Já que as doenças respiratórias e pós operatórios apareceram

como uma das principais causas de internações.

Quanto a classificação obtida pelo método de avaliação global subjetiva, grande parte

dos pacientes apresentaram desnutrição grave ou suspeita de desnutrição, 63,2% e 26,3%

respectivamente. O percentual encontrado de pacientes com desnutrição grave apresentou-se

Exame n % Mediana Mínimo Máximo

Magnésio

Normal 2 12,5

2,05 0,3 5,1 Alterada 14 87,5

Total 16 100,0

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bem acima da média obtida em um estudo de (GUSMÃO et al., 2010), onde foi constatado um

percentual de 16,9% de pacientes gravemente desnutridos.

Foi encontrada também uma tendência entre os métodos objetivos e subjetivos, que

demonstraram similaridade entre os diagnósticos da AGS com os antropométricos (IMC, PCT,

CMB, CB). Todos apontaram para a mesma direção, distinguindo-se em graus de desnutrição

segundo as particularidades de cada indicador. Desta forma, o método subjetivo de avaliação

(AGS) parece ser uma alternativa de grande valia para a avaliação nutricional do paciente,

quando os profissionais de saúde dispuserem de pouco tempo, falta de equipamentos e pouca

prática antropométrica para as aferições.

Em contrapartida, os valores encontrados nas aferições de EMAP mostraram total

adequação, isto é, todos os pacientes encontravam-se em eutrofia segundo este parâmetro.

Contudo, foi demonstrado em estudos por (KARST; VIEIRA; BARBIERO, 2015), resultados

semelhantes de avaliação nutricional entre a AGS e a espessura do músculo adutor do polegar

(EMAP), uma vez que ambas indicaram risco nutricional entre as mulheres participantes do

estudo. Vale ressaltar que grande parte dos pacientes (52,6%) apresentavam-se edemaciados no

momento da pesquisa, desta forma não se pode descartar a possibilidade de interferências

devido a este fato durante as aferições.

Os indicadores bioquímicos são importantes pois fornecem medidas objetivas das

alterações do estado nutricional. Mas apesar das vantagens oferecidas por este método como,

reconhecimento precoce de problemas nutricionais, identificação de excessos ou deficiências

de nutrientes antes de qualquer sinal ou sintoma e monitoramento do indivíduo em tratamento,

este deve ser usado de forma complementar, e não isolada, na avaliação nutricional, pois

possuem uma série de limitações em sua aplicação. Tais como baixa especificidade para

problemas de ordem nutricional, influência da própria doença instalada, interação com uso de

drogas e por fim possuem um custo mais elevado quando comparado aos métodos

antropométricos (ROCHA; FORTES, 2013).

No que tange os parâmetros hematológicos, com exceção dos leucócitos, todos os

indicadores encontravam-se alterados. Neste sentido, os parâmetros mais utilizados em

avaliação nutricional são: hematócrito, que está mais relacionado com as anemias, e

hemoglobina, que apesar de ser um índice sensível e pouco especifico está mais relacionada a

desnutrição (ROCHA; FORTES, 2013). Verificou-se que ambos apresentaram valores abaixo

dos níveis normais, sendo assim, é possível dizer que os participantes do estudo encontravam-

se em risco nutricional.

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Ainda dentro dos parâmetros hematológicos, foi possível observar que a maioria dos

pacientes apresentavam depleção moderada (50%) segundo a contagem total de linfócitos

(CTL). Esta é uma medida que se encontra reduzida no paciente desnutrido, e está associada ao

aumento de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados, que quando desnutridos

apresentam comprometimento da produção de células de defesa, culminando na redução da

competência imunológica do indivíduo (ROCHA; FORTES, 2013).

De semelhante forma, os valores de albumina também se mostraram abaixo do que é

recomendado. Todos os pacientes avaliados quanto a dosagem de albumina sérica apresentaram

algum grau de depleção, sendo a depleção moderada a mais predominante entre eles. Esta é a

proteína circulante mais abundante do plasma e dos líquidos extracelulares. Possui importância

preponderante na determinação da pressão oncótica além de ser responsável por funções de

ligações e transporte de inúmeras substâncias como o magnésio, por exemplo. Dito isto, é

possível compreender as alterações encontradas (87,5%) nos níveis deste elemento na pesquisa.

Em relação a avaliação da desnutrição aguada, a albumina apresenta baixa sensibilidade, mas

possui boa acurácia para predizer a sobrevivência dos casos criticamente doentes. As situações

de estresse metabólico, edema, doenças hepáticas, entre outras, são limitações importantes no

uso da albumina como indicador nutricional (ROCHA; FORTES, 2013).

Os marcadores de funções renais, apresentaram resultados relevantes fora dos valores

de referência. Atualmente inúmeros estudos associam as baixas concentrações de ureia com a

redução da sobrevida, talvez justificada pelo reflexo da intensa perda de massa muscular

esquelética e a baixa ingestão de proteínas. A creatinina (produto do metabolismo da creatina)

é um indicador ainda melhor de catabolismo muscular pois sofre menos influência da dieta.

Desta forma, é possível dizer que os pacientes se encontravam em intenso catabolismo

muscular. Além disto, há estudos relatando a associação das concentrações mais elevados de

creatinina com o aumento do tempo de permanência e mortalidade (SOUZA et al., 2014).

Por fim, foi observado as concentrações de PCR, um indicador amplamente utilizado

por profissionais de saúde em ambiente hospitalar. Este marcador é utilizado para indicar uma

inflamação sistêmica de fase aguda, já que seus níveis aumentam rapidamente em decorrência

de algum processo inflamatório. Alguns estudos demonstram que pacientes desnutridos

apresentam maiores níveis séricos de PCR quando comparados aos bem nutridos. Além das

altas concentrações desta proteína também serem associadas com o aumento da perda de peso,

tornando-se assim um parâmetro indireto da desnutrição como consequência do catabolismo.

Vale ressaltar que já existem estudos que relatam também a PCR como forte preditora de

mortalidade por doenças cardiovasculares (SOUZA et al., 2014).

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6. CONCLUSÃO

A aplicabilidade de diferentes métodos na avaliação do estado nutricional ficou

evidente no presente estudo. Neste contexto, foi possível identificar a prevalência de

desnutrição segundo os métodos empregados. Os exames bioquímicos se mostraram

importantes na avalição nutricional desde que não usados isoladamente, mas como forma

complementar aos outros indicadores.

Outro parâmetro utilizado para este mesmo fim, foi o método subjetivo da AGS, que

se mostrou importante na detecção de risco nutricional, e mais do que isso, apresentou forte

semelhança com os métodos objetivos (antropometria, IMC e exames bioquímicos), reforçando

a prevalência de desnutrição encontrada.

Desta forma, nota-se que a aplicação de diferentes instrumentos em conjunto,

aumentam a chance de um real diagnóstico nutricional. Assim, se associados a um diagnóstico

médico precoce, os pacientes poderão se beneficiar de um melhor prognóstico clinico.

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7. REFERÊNCIAS

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confiável na avaliação nutricional de pacientes cirúrgicos. Revista do Colégio Brasileiro de

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CUPPARI, L. NUTRIÇÃO CLÍNICA NO ADULTO. [s.l: s.n.].

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da unidade de terapia intensiva: unidade de internação ou intermediária? Revista Latino-

Americana de Enfermagem, v. 18, n. 2, p. 224–232, 2010.

DETSKY, A. et al. What is subjective global assessment of nutritional status? Journal of

Parenteral and Enteral Nutrition, v. 11, n. 1, p. 8–13, jan. 1987.

GUSMÃO, M. H. L. et al. Desnutrição, Inflamação e outros fatores de risco para doença

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345, 2010.

KARST, F. P.; VIEIRA, R. M.; BARBIERO, S. Relação da espessura do músculo adutor do

polegar e avaliação subjetiva global em unidade de terapia intensiva cardiológica. Revista

Brasileira de Terapia Intensiva, v. 27, n. 4, p. 369–375, 2015.

LIPSCHITZ, D. A. Screening for nutritional status in the elderly. Primary care, v. 21, n. 1, p.

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MALAFAIA, G. A desnutrição proteico-calórica como agravante da saúde de pacientes

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MONTEJO GONZÁLEZ, J. C.; CULEBRAS-FERNÁNDEZ, J. M.; GARCÍA DE LORENZO

Y MATEOS, A. Recomendaciones para la valoración nutricional del paciente crítico. Revista

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REZENDE, I.F.B; OLIVEIRA, V.S; KUWANO, E.A; LEITE, A.P.B; RIOS, I; DÓREA,

Y.S.S; CHAVES, V. L. Prevalência da desnutrição hospitalar em pacientes internados em um

hospital filantrópico em Salvador ( BA ), Brasil. Revista de Ciências Médicas e Biológicas,

v. 2, n. 71, p. 194–200, 2004.

ROCHA, M. DO S. DA et al. Caracterização da população atendida em unidade de terapia

intensiva: subsídio para a assistência. Rev. enferm. UERJ, v. 15, n. 3, p. 411–416, 2007.

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SOUZA, S. P. DE et al. Inverse association between serum creatinine and mortality in acute

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8. APÊNDICES

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9. ANEXOS

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Avaliação subjetiva global do estado nutricional

(Selecione a categoria apropriada com um X ou entre com valor numérico onde indicado por “#’)

A. História

1. Alteração no peso Perda total nos últimos 6 meses: total = #_______kg; % perda = #_______

Alteração nas últimas duas semanas: _____aumento _____sem alteração _____diminuição. 2.

2.Alteração na ingestão alimentar

_____ sem alteração

_____alterada _____duração = # _____semanas.

_____tipo: _____dieta sólida _____dieta líquida completa _____líquidos hipocalóricos

_____inanição.

3.Sintomas gastrintestinais (que persistam por > 2 semanas)

_____nenhum _____náusea _____vômitos _____diarréia _____anorexia.

4. Capacidade funcional

_____sem disfunção (capacidade completa)

_____disfunção _____duração = # _____semanas.

_____tipo: _____trabalho sub-ótimo _____ambulatório _____acamado.

5.Doença e sua relação com necessidades nutricionais

Diagnóstico primário (especificar)__________________________________________________

Demanda metabólica (stress): _____sem stress _____baixo stress _____stress moderado

_____stress elevado.

B. Exame Físico (para cada categoria, especificar: 0 = normal, 1+ = leve, 2+ = moderada, 3+

= grave).

#_____perda de gordura subcutânea (tríceps, tórax)

#_____perda muscular (quadríceps, deltóide)

#_____edema tornozelo

#_____edema sacral

#_____ascite

C. Avaliação subjetiva global (selecione uma)

_____A = bem nutrido

_____B = moderadamente (ou suspeita de ser) desnutrido

_____C = gravemente desnutrido