perfil epidemiolÓgico dos casos de sÍfilis … · a sífilis congênita é uma infecção...

33
ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM RENATA PEREIRA FERRO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA DE UMA MATERNIDADE FILANTRÓPICA NO PERÍODO DE 2016 E 2017 VITÓRIA 2018

Upload: lamphuc

Post on 15-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

RENATA PEREIRA FERRO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA DE UMA MATERNIDADE FILANTRÓPICA NO

PERÍODO DE 2016 E 2017

VITÓRIA

2018

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA – EMESCAM

RENATA PEREIRA FERRO

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA DE UMA MATERNIDADE FILANTRÓPICA NO

PERÍODO DE 2016 E 2017

Trabalho de Conclusão de Curso apresentada à Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - EMESCAM, para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem pelo curso de graduação em Enfermagem.

Orientador: Prof.ª Ms. Cristina Ribeiro Macedo.

VITÓRIA

2018

DEDICATÓRIA

A Deus por nunca me dar um fardo em que eu não consiga carregar, por estar sempre comigo durante todos os momentos. A Prof.ª Ms. Cristina Ribeiro Macedo, por toda dedicação e carinho para orientar, por disponibilizar seu tempo e dividir seus conhecimentos e ser uma profissional exemplar, por tornar possível a conclusão dessa pesquisa. Aos meus pais e a minha irmã Roberta que mesmo de longe sempre me incentivaram nos meus sonhos dizendo que eu era capaz. A Mariany Lemos por todo incentivo durante a pesquisa, agradeço o apoio e por estar comigo durante toda as fases do curso.

RESUMO

Introdução: A sífilis congênita é uma infecção bacteriana, causada pelo Treponema pallidum, de caráter sistêmico transmitida por via transplacentária, que ocorre em crianças cujas mães tiveram sífilis e não foram tratadas, tiveram tratamento inadequado ou ineficaz. Objetivo: Traçar perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita de uma maternidade filantrópica do ES, avaliar a prevalência de alterações clinicas radiológicas e laboratoriais relacionada a sífilis congênita e identificar qual o esquema terapêutico instituído e identificar o esquema terapêutico utilizado. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e exploratório com caráter quantitativo, realizado por meio da análise das fichas de notificação de sífilis congênita da instituição no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Resultados: Foram avaliadas no período de estudo um total de 204 fichas de notificação epidemiológica de sífilis congênita. Identificou-se como 23 anos a idade média das mães e 90,7% das fichas demonstraram a predominância na raça parda. Teve-se que 88,7% das puérperas realizaram o pré-natal. Em relação aos exames realizados no Recém-nascido foi identificado que 72,5% não tiveram alteração liquórica, quanto ao diagnóstico radiológico da criança, não foi detectado alterações de ossos longos em 70,6%. No que se refere ao diagnóstico clínico do recém-nascido, 85,3% se mostraram assintomáticos. Ao analisar o esquema terapêutico de escolha foi possível observar que 22,5% utilizaram Penicilina G procaína, 22,5% optaram por utilizar Penicilina G cristalina, 20,6% utilizaram Penicilina G benzatina e entre as 56 caselas marcadas como outros, 87,5% informam que foi utilizado ceftriaxona como tratamento e 2,5% dessas respostas não tinham a descrição do medicamento que foi utilizado como alternativa. Conclusão: Pode-se entender com esse estudo que a sífilis congênita ainda é um grave problema de saúde pública, que possui a taxa de transmissão vertical e ocorrência de desfechos negativos elevada como consequência do tratamento inadequado. Falta a conscientização do profissional de saúde no que se refere ao preenchimento adequado das fichas de notificação. Entender de forma global o problema poderia impactar de forma positiva no seu enfrentamento.

Plavras-chave: Sífilis Congênita. Cuidado Pré-Natal. Notificação Compulsória.

ABSTRACT

Introduction: Congenital syphilis is a bacterial infection caused by transplacentally transmitted Treponema pallidum, which occurs in children whose mothers had syphilis and were not treated, had inadequate or ineffective treatment. Objective: To determine the epidemiological profile of the congenital syphilis cases of a philanthropic motherhood of ES, to evaluate the prevalence of clinical and radiological alterations related to congenital syphilis and to identify the therapeutic regimen used and to identify the therapeutic regimen used. Method: This is a retrospective, descriptive and exploratory study with a quantitative character, carried out by means of the analysis of the report cards of congenital syphilis of the institution from January 2016 to December 2017. Results: They were evaluated in the study period a total of 204 records of epidemiological notification of congenital syphilis. The average age of the mothers was identified as 23 years old and 90.7% of the records showed the predominance of the brown breed. It was observed that 88.7% of the puerperal women had prenatal care. Regarding the examinations performed in the newborn, it was identified that 72.5% did not have cerebrospinal fluid alterations; in the radiological diagnosis of the child, no alterations of long bones were detected in 70.6%. Regarding the clinical diagnosis of the newborn, 85.3% were asymptomatic. When analyzing the therapeutic scheme of choice, it was possible to observe that 22.5% used procaine Penicillin G, 22.5% chose to use crystalline Penicillin G, 20.6% used penicillin G benzathine and among the 56 marked cases, 87, 5% report that ceftriaxone was used as treatment and 2.5% of these responses did not have the drug description that was used as an alternative. CONCLUSION: Congenital syphilis can still be understood as a serious public health problem, which has a high rate of transmission and a high incidence of negative outcomes as a consequence of inadequate treatment. There is a lack of awareness of the health professional regarding the adequate completion of the notification forms. Understanding the problem in a global way could positively impact your coping. Key words: Congenital syphilis. Prenatal care. Compulsory Notification.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7

2 OBJETIVOS .................................................................................................. 10

2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................. 10

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................ 10

3 METODOLOGIA ........................................................................................... 11

3.1 TIPO DE ESTUDO .................................................................................. 11

3.2 CENÁRIO ................................................................................................ 11

3.3 POPULAÇÃO ALVO ............................................................................... 11

3.3.1 Critérios de inclusão ...................................................................... 12

3.3.2 Critérios de exclusão ...................................................................... 12

3.4 COLETA DOS DADOS ........................................................................... 12

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA ......................................................................... 12

3.6 VARIÁVEIS DE ESTUDO ....................................................................... 13

3.6.1 Variáveis relacionadas à puérpera ................................................ 13

3.6.2 Variáveis relacionadas ao recém nato .......................................... 13

3.6.3 Considerações éticas ..................................................................... 13

4 RESULTADOS .............................................................................................. 15

5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 20

6 CONCLUSÃO ............................................................................................... 24

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 25

APÊNDICE A- CARTA DE ANUÊNCIA

APÊNDICE B- TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA

PROPONENTE

APÊNDICE C- TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

ANEXO A- FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE SÍFILIS CONGÊNITA

7

1 INTRODUÇÃO

A sífilis congênita é uma infecção bacteriana, causada pelo Treponema pallidum,

de caráter sistêmico transmitida por via transplacentária, que ocorre em crianças

cujas mães tiveram sífilis, mas não foram tratadas ou tiveram tratamento

inadequado ou ineficaz. A sífilis persiste como um grande problema de Saúde

Pública, sendo a doença de maior taxa de transmissão durante o ciclo grávido-

puerperal no Brasil (BRASIL, 2015; NONATO; MELO; GUIMARÃES, 2015).

A taxa de transmissão vertical da sífilis intrauterina é de até 80% e ocorre

também na passagem do feto pelo canal do parto. O estágio da sífilis na mãe e

a duração da exposição fetal influenciam diretamente na probabilidade da

infecção. Sendo assim, em caso de sífilis primária ou secundária durante a

gestação a chance de transmissão transplacentária é maior. Ocorrem mais de

300 mil mortes fetais e neonatais por ano no mundo e 215 mil crianças em

aumento do risco de morte prematura por causa de sífilis congênita (BRASIL,

2015; BRASIL, 2016).

O Ministério da Saúde, em 1993, tornou compulsória a notificação da sífilis

congênita por meio da publicação da Portaria nº 542. Após esse acontecimento

na tentativa de criar dados para que os municípios traçassem ações e medidas

para reduzirem a incidência e por fim alcançarem a eliminação da sífilis

congênita, em 2005 torna-se também de notificação compulsória a sífilis na

gestante (CHIUMENTO; GRIEP, 2015; BONI; PAGLIARI, 2016).

Sabe-se que a sífilis é uma doença conhecida há séculos, que tem agente

etiológico bem definido, tratamento eficaz e de baixo custo, entretanto, observa-

se que é grande a proporção de gestantes infectadas que não são sujeitas às

ações terapêuticas recomendadas pelo governo (MAGALHÃES, 2013).

A testagem para sífilis é considerada uma medida custo-efetiva. Os testes

rápidos, que apresentam sensibilidade e especificidade semelhantes aos de

testes treponêmicos realizados em laboratório, são realizados na própria

unidade de saúde e são tidos como referência em locais com baixo acesso a

laboratórios para a testagem para sífilis, por seus efeitos na ampliação do acesso

à testagem e tratamento mais precoce das gestantes e na redução de óbitos

fetais e neonatais causados pela sífilis congênita. Conforme o resultado da

8

sorologia positiva para sífilis após o teste, é possível a intervenção imediata com

a primeira dose do tratamento de penicilina Benzatina (DOMINGUES; LEAL,

2016).

Grande parte dos recém-nascidos infectados pela sífilis não apresentam sinais

ou sintomas ao nascer e isso dificulta o diagnóstico precoce e a conscientização

da mãe quanto à importância da investigação e do acompanhamento da criança

que, durante os primeiros anos de vida, pode desenvolver lesões progressivas

articulares, dentárias e oculares, sequelas irreversíveis como surdez e déficit de

aprendizagem (FELIZ et al., 2016).

Apesar de poder ser evitada e tratada, a sífilis ainda é um problema mundial.

Calcula-se que todos os anos cerca de 12 milhões de pessoas são infectadas. A

Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou os objetivos do desenvolvimento

do milênio que incluíam a redução da mortalidade infantil, a melhoria da saúde

materna, a luta contra o VIH/SIDA, paludismo e outras doenças, tendo uma

oportunidade única para mobilizar ações com propósito de evitar, e

subsequentemente eliminar, a sífilis congênita até 2015 (OMS, 2008).

Na última década no Brasil pode-se observar um aumento de notificação de

casos de sífilis em gestantes devido ao aprimoramento do sistema de vigilância

epidemiológica e à ampliação da distribuição de testes rápido, além da criação

da política de saúde, denominada Rede Cegonha, instituída em 2011 que

aumentou o acesso ao diagnóstico de sífilis em gestantes no país. Em 14 de

julho de 2005 foi instituída nacionalmente a notificação compulsória de sífilis

gestacional (BRASIL, 2016).

Foi observado pela Secretaria de Saúde do Espirito Santo que o estado possui

a segunda maior taxa de incidência de sífilis adquirida no cenário nacional, com

85,2 casos para cada 100.000 habitantes. Em resposta ao aumento da incidência

da epidemia de sífilis congênita verificada nos últimos anos, com intuito de

reorientar as intervenções sanitárias que vêm sendo feitas no estado e

municípios, foi lançado o Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita

(ESPÍRITO SANTO, 2017).

O Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita propõe ações desde a

assistência até a educação permanente. Dentre estas, destacam-se a realização

9

do pré-natal do homem, assegurar a aplicação da Penicilina G Benzatina em

todas as unidades básicas de saúde, garantir para todas as gestantes a

realização dos testes rápidos na 1º consulta de pré-natal e no 3º trimestre da

gravidez, entre outros objetivos (ESPÍRITO SANTO, 2017).

Através do tratamento concomitante do casal, em tempo hábil do pré-natal, a

chance de minimizar a sífilis congênita se torna maior, porém mesmo com alta

cobertura de pré-natal às gestantes e todas as medidas já tomadas ainda não

foi possível eliminar a sífilis congênita. A enfermagem, através do papel

desempenhado nas esquipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF), possui

extrema importância uma vez que realiza um conjunto de ações assistenciais,

além de consultas de pré-natal das gestantes (VASCONCELOS et al., 2016).

Cabe ao enfermeiro passar todas as informações dos serviços de saúde

relacionados ao cuidado pré-natal, além de acompanhar tal gestação na

promoção da saúde, prevenção e tratamento de distúrbios durante e após a

gravidez identificando precocemente riscos para a saúde da gestante e do

concepto. O pré-natal torna-se um momento oportuno para o enfermeiro

promover a educação em saúde abordando temas como sexualidade, infecções

sexualmente transmissíveis (IST), amamentação, planejamento familiar, nutrição

e higiene, parto e puerpério (VASCONCELOS et al., 2016).

O aumento do número de casos de sífilis e sífilis congênita evidenciados nos

últimos anos justifica esse estudo, tendo em vista as consequências

relacionadas ao agravo, ressalta-se a importância de rever e estudar fatores que

influenciam tal aumento.

Nesse contexto, fica evidente que o controle da transmissão vertical da sífilis

tornou-se um grande desafio no âmbito da saúde pública, cabendo ao enfermeiro

uma abordagem efetiva no seu enfrentamento, tendo em vista, a sua

proximidade no seu ato de cuidar, que é um importante paradigma da sua

atuação profissional a promoção e prevenção da saúde.

10

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Traçar perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita de uma maternidade

filantrópica.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

Avaliar a prevalência de alterações clinicas radiológicas e laboratoriais

relacionada a sífilis congênita.

Identificar o esquema terapêutico instituído para os recém-nascidos da

maternidade pesquisada.

11

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e exploratório com caráter

quantitativo, por quantificar, descrever, justificar e avaliar as condições e as

práticas construindo planos para melhorar a atenção a saúde.

3.2 CENÁRIO

O estudo foi realizado no Hospital Santa Casa- Unidade Promatre, o qual foi

fundado em 1938, sendo hospital de ensino da Escola Superior de Ciências da

Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM) Espírito Santo, Brasil. É

composta por médicos e residentes, equipe de enfermagem, assistente social,

acadêmicos dos cursos de medicina, enfermagem, serviço social e fisioterapia,

dentre outros, ofertando um serviço multiprofissional e interdisciplinar.

Possui atualmente 12 enfermarias com quatro a seis leitos cada, 81 leitos de

alojamento conjunto que atendem ao SUS e convênios/particular. Além disso,

dispõe de quatro salas de admissão/acolhimento, um centro obstétrico com cinco

leitos para trabalho de parto normal, uma enfermaria para atendimento clínico

com dois leitos, duas salas de parto normal, um centro cirúrgico com quatro salas

para parto cesáreo, uma Unidade Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) com 10

leitos, dentre outros setores. Tem funcionamento de 24 horas diárias e possui

atendimento por meio de demanda espontânea. Conta com aproximadamente

200 profissionais de saúde atuando de forma contínua.

3.3 POPULAÇÃO ALVO

Puérperas portadoras de sífilis congênita e seus conceptos nascidos em um

hospital filantrópico da região metropolitana de vitória no período de janeiro de

2016 a dezembro de 2017.

Foram avaliadas todas as fichas de notificações de sífilis congênita no período

de estudo citado acima para a identificação das variáveis relacionadas ao recém-

12

nascido e identificação das variáveis maternas. Estimou-se que no período

definido fossem encontrados em torno de 150 casos.

Os dados complementares serão retirados dos prontuários, reafirmamos o

compromisso ético de não exposição dos pacientes, os benefícios esperados

com o conhecimento da magnitude da sífilis congênita na Pro Matre serão

maiores do que os malefícios.

3.3.1 Critérios de inclusão

Todas os recém-nascidos (RN) notificados com sífilis congênita no período de

janeiro de 2016 a dezembro de 2017.

3.3.2 Critérios de exclusão

Todos os RN’s que tinham indicação de tratamento, mas foram transferidos da

instituição para a sua realização em outros serviços de referência.

3.4 COLETA DOS DADOS

Os dados foram coletados no período de março de 2018, após aprovação do

CEP EMESCAM. Para as informações pertinentes ao estudo foram utilizadas as

fichas de notificação de sífilis congênita (ANEXO A) no arquivo da Secretaria

Municipal de Saúde de Vitória (SEMUS), pois a Instituição de origem não

mantém tais fichas em seus arquivos.

3.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Foi realizada epidemiologia descritiva com cálculo percentuais, média e desvio

padrão, utilizando-se o programa estatístico SPSS versão 23, licenciado pela

EMESCAM, os dados foram descritos e representados por meio de tabelas e

gráficos.

13

3.6 VARIÁVEIS DE ESTUDO

3.6.1 Variáveis relacionadas à puérpera

Idade;

Raça/cor;

Ocupação;

Escolaridade;

Realização do pré-natal;

Diagnóstico de sífilis materna;

Teste não treponêmico no parto/ curetagem;

Esquema de tratamento.

Tratamento do parceiro

3.6.2 Variáveis relacionadas ao recém nato

Teste não treponêmico ao nascimento e na alta hospitalar

Líquor

Diagnóstico clínico de comorbidades

Presença de sinais e sintomas

Esquema de tratamento

Raio X de ossos longos

Evolução do caso (alta, óbito, transferência).

3.6.3 Considerações éticas

Atendendo às considerações da resolução 466/12 o presente estudo foi

submetido ao comitê de ética em pesquisas da EMESCAM para avaliação sendo

aprovada sob o parecer número 2.403.955. Foram preservadas as identidades

dos participantes da pesquisa, assim como o caráter de confidencialidade.

Para a realização do estudo, este foi submetido à avaliação (APÊNDICE A) e à

aprovação da diretora da instituição de saúde do cenário de estudo (APÊNDICE

B). O tipo de procedimento apresenta um risco mínimo, reduzido mediante

orientações e avisos da total proteção à confidencialidade, levando-se em

consideração o caráter quantitativo da pesquisa, cujo pesquisadores se

comprometeram a preservar a privacidade dos pacientes através do termo de

responsabilidade de utilização de dados (APÊNDICE C).

14

Os benefícios esperados com o estudo são no sentido de alertar e incentivar a

melhora dos serviços prestados para as comunidades desse estado, e mostrar

a importância da atenção primária que está diretamente relacionada com o

assunto abordado.

O presente estudo não necessitou do termo de consentimento livre esclarecido

(TCLE) pela impossibilidade de contatar os participantes da pesquisa, tendo em

vista tratar-se de um estudo retrospectivo.

15

4 RESULTADOS

4.1 VARIÁVEIS RELACIONADAS À PUÉRPERA

Foram avaliadas no período de estudo um total de 204 fichas de notificação

epidemiológica de sífilis congênita. Em relação as informações gerais das

puérperas, foi identificado que a idade materna, com desvio padrão de 5,0,

obteve-se uma idade mínima de 15 anos, idade média de 23 anos e idade

máxima de 40 anos. De acordo com a raça pode-se observar que 90,7% das

puérperas eram pardas, 2,0% brancas, 3,9% pretas e 2,9% das fichas tiveram

essa informação ignorada. Conforme a ocupação da mãe, 52,9% realizam

atividades do lar, 27,9% fora do lar, 19,1% das informações foram ignoradas/não

preenchidas na ficha de notificação.

Quanto a escolaridade, 18,6% possuem ensino médio completo (antigo colegial

ou 2º grau), 15,7% possuem ensino médio incompleto (antigo colegial ou 2º

grau), 15,7% possuem ensino fundamental completo (antigo ginásio ou 1º grau),

12,3% possuem 5ª à 8ª série incompleta do EF (antigo ginásio ou 1ºgrau), 2,5%

eram analfabetas e apenas 1% possuíam ensino superior incompleto.

16

Tabela 1: Frequência de realização do pré-natal e momento de realização do

diagnóstico de sífilis materna das mulheres atendidas em uma maternidade

filantrópica Vitória-ES no período janeiro 2016 a 2017.

Frequência Porcentagem

Realização do pré-natal

Ignorado 8 3,9

Não 15 7,4

Sim 181 88,7

Total 204 100,0

Diagnóstico de sífilis materna

Após o parto 1 ,5

Durante o pré-natal 150 73,5

Ignorado 10 4,9

No momento do

parto/curetagem

43 21,1

Total 204 100,0

De acordo com a tabela 1, no que se refere a realização do pré-natal pelas

puérperas, 88,7% das fichas informaram que elas realizaram, 7,4% não e 3,9%

responderam ignorado. E ao se avaliar o diagnóstico de sífilis materna, 73,5%

evidenciou-se o resultado confirmatório no pré-natal, 21,1% das puérperas no

momento do parto/curetagem e 4,9% das fichas obtiveram essa informação

ignorada/não preenchida.

Em relação ao teste não treponêmico no parto/curetagem, 90.2% obtiveram

resultado reagente, 8,3% não reagente e 1,5% não realizaram o teste.

17

Tabela 2: Realização do tratamento das mulheres das mulheres atendidas

em uma maternidade filantrópica Vitória-ES no período janeiro 2016 a 2017.

Esquema de tratamento Frequência Porcentagem

Adequado 21 10,3

Ignorado 25 12,3

Inadequado 84 41,2

Conforme os esquemas de tratamento 41,2% realizaram tratamento inadequado,

36,3% não realizaram, 12,3% das fichas não obtinham essa informação. Apenas

10,3% obtiveram tratamento adequado.

5.2 VARIÁVEIS RELACIONADAS AO RECÉM NATO

De acordo com o teste confirmatório treponêmico no parto/curetagem, 49,5%

não realizaram, 45,1% reagente e 5,4% não reagente. Porém no teste

treponêmico após 18 meses, 61,1% das respostas foram marcadas como “não

se aplica”, 31,1% ignorado, 4,4% não realizado e 2,5 não reagente.

No que diz respeito ao teste não treponêmico/liquor, 81,9% obtiveram resultado

não reagente, 16,7% ignorado e 1,5% reagente. Conforme a evidência do

Treponema pallidum, 66,2% não foram observados, 25,0% foram ignorados,

8,8% não obtiveram.

Ao analisar a alteração liquórica, 72,5% não tiveram, 12,7% não realizaram,

8,8% tiveram alteração e 5,9% responderam ignorado.

Sobre o diagnóstico Radiológico da Criança à alteração dos exames dos ossos

longos, 70,6% não tiveram alterações, 14,7% não realizaram, 14,2% ignoraram

e 0,5% tiveram alteração.

Quanto ao diagnóstico clínico do recém-nascido, 85,3% se mostraram

assintomáticos, 11.3% assintomáticos, 2% ignorado, 1,5% responderam que o

diagnóstico clínico não se aplica.

18

Tabela 3: Sinais e sintomas apresentados pelos recém-nascidos atendidos em uma maternidade filantrópica Vitória-ES, no período janeiro 2016 a 2017.

Sinais ou sintomas Nº de pacientes Porcetagem (n = 204)

Icterícia 42 20,59

Lesões cutâneas 2 0,98

Outro 2 0,98

Observa-se na tabela 3 que em relação aos sinais e sintomas, 42 fichas de

notificação informaram que o paciente teve icterícia, 2 fichas relataram possuir

lesões cutâneas e 2 fichas mencionaram ter outro sinal ou sintoma.

Tabela 4: Esquema de tratamento realizado pelos recém-nascidos atendidos em uma maternidade filantrópica Vitória-ES, no período janeiro 2016 a 2017.

Tratamento Frequência Porcentagem

Ignorado

6 2,9

Não realizado

12 5,9

Outro esquema

56 27,5

Penicilina G benzatina 50.000 UI/Kg/Dia

42 20,6

Penicilina G cristalina 100.000 a 150.000 UI/Kg/Dia - 10 dias

42 20,6

Penicilina G procaína 50.000 UI/Kg/Dia - 10 dias

46 22,5

Total 204 100,0

Em relação ao esquema de tratamento, 22,5% utilizaram Penicilina G procaína

50.000 UI/Kg/Dia - 10 dias, 20,6% utilizaram Penicilina G cristalina 100.000 a

150.000 UI/Kg/Dia - 10 dias, 20,6% utilizaram Penicilina G benzatina 50.000

UI/Kg/Dia, 5,9% não realizaram tratamento, 2,9% responderam ignorado e

27,7% responderam que realizaram o tratamento com outro medicamento.

Entre as 56 caselas marcadas como outros, 87,5% informam que foi utilizado

ceftriaxona como tratamento e 2,5% dessas respostas não tinham a descrição

do medicamento que foi utilizado como alternativa.

19

Observou-se quanto a evolução dos casos que 97,1% permaneceram vivos,

1,5% natimorto, 1,0% aborto e 0,5% dos casos evoluíram para óbito por sífilis

congênita.

20

5 DISCUSSÃO

Durante a coleta de dados da presente pesquisa, observou-se na ficha de

notificação de sífilis congênita grande quantidade de caselas preenchidas como

vazias ou marcadas como ignorado. Tais constatações também foram

encontradas por Saraceni et al., entre os anos 1999 e 2000, onde percebeu que

em relação a variável etnia da criança, 100% dos casos não foram preenchidos,

contra 7,8% percebidos na pesquisa realizada com as fichas de 2016-2017 de

uma maternidade filantrópica do município de Vitória ES (SARACENI et al.,

2005).

Assim como no presente estudo, pode-se observar a precariedade das

informações contidas na ficha de notificação de sífilis congênita também na

pesquisa de Boni e Pagliari (2017), a qual analisou os resultados dos testes de

VDRL das fichas de sífilis em gestantes no período de janeiro de 2013 a

dezembro de 2014 e as Notificações compulsórias de sífilis congênita, obteve-

se 526 laudos de exames VDRL de gestantes, os quais foram identificados com

a falta das informações relacionadas sobre o tratamento materno após a

positividade dos exames e também ter encontrado diversos dados respondidos

como ignorado ou em branco.

Quanto ao perfil das gestantes positivas para a sífilis, a faixa etária predominante

neste estudo teve média de 23 anos, o que também foi encontrado no estudo de

Soares et al., que em sua pesquisa obteve, em relação a idade materna, 75% de

idades entre 20 a 34 anos (SOARES et al., 2017).

Um estudo realizado por Domingues e Leal em 2016 estimou que dos casos de

sífilis gestacional não tratados 25,6% resultaram em óbito precoce ou tardio. No

presente estudo realizado com uma amostra menor, pode-se perceber que 3%

dos casos evoluíram a óbito, sendo divididos em óbito por sífilis congênita,

natimorto e aborto. Este valor também pode estar relacionado a problemas na

notificação como evidenciado no estudo usado para comparação realizado em

2013 pela mesma autoria. (DOMINGUES; LEAL, 2013; DOMINGUES; LEAL,

2016).

21

Em 2016, na pesquisa de DOMINGUES e LEAL, pode-se s observar um gradiente

de infecção pela sífilis e de sífilis congênita segundo escolaridade materna: quanto

menor a escolaridade da mulher, maior a ocorrência de infecção pela sífilis e de

sífilis congênita, em que 60,6% possuíam ensino fundamental incompleto, sendo

que na atual pesquisa, foram encontrados 15,3% puérperas que possuíam

escolaridade entre analfabetismo e ensino fundamental incompleto.

O manual do Ministério da Saúde (MS), intitulado diretrizes para o controle da

sífilis congênita, afirma que toda criança diagnosticada ou com suspeita de sífilis

congênita tem indicação para receber o tratamento específico e adequado a fim

de tratar também a neurossífilis. Apesar disso, na instituição do estudo no

período referido, foi encontrado 5,9% de casos não tratados e 2,9% notificados

como ignorado (BRASIL, 2016).

Conforme a pesquisa de Cooper et al. (2016), a eliminação da transmissão da sífilis

entre mãe e feto depende da assistência dos serviços no pré-natal. As

consequências do diagnóstico tardio e o tratamento inadequado dos recém-nascidos

infectados podem suceder a complicações severas, que afetam inclusive o sistema

nervoso central, ossos, articulações e dentes.

De acordo com o protocolo para prevenção da transmissão vertical de HIV e

Sífilis do Ministério da Saúde publicado em 2007, o pré-natal possui elevada

cobertura no Brasil, fato esse que também foi encontrado na presente pesquisa,

a qual obteve 88,7% das fichas de notificação de sífilis congênita com respostas

afirmando a realização do pré-natal. Isto também pode ser observado na

pesquisa de Cavalcante, Pereira, Castro (2017) em que 81,4% das realizaram o

pré-natal na gestação (BRASIL, 2007; CAVALCANTE; PEREIRA; CASTRO,

2017).

Entretanto a qualidade da assistência à gestante está abaixo das necessidades.

Apesar de a Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal prever a

realização de exames rotineiros relacionados a sífilis, o MS verificou que a rotina

preconizada e o tratamento adequado por vezes não são observados (BRASIL,

2006).

O protocolo ainda preconiza que tratando adequadamente a gestante e o

parceiro durante o momento do pré-natal após a realização do diagnóstico de

22

sífilis, é possível erradicar a sífilis congênita como problema de saúde pública, e

em relação ao Manual de pré-natal e puerpério vigente, é necessário a testagem

para sífilis e HIV na avaliação pré-concepcional como investigação realizada

sempre que possível (BRASIL, 2006).

Analisando os resultados desta pesquisa e de acordo com Guinsburg e Santos

(2010), mesmo com o conhecimento das medidas que são capazes de diminuir

a incidência da sífilis congênita ou até mesmo eliminar, os casos da doença

continuam crescentes.

De acordo com Azevedo et al. (2017), para erradicar os riscos do tratamento de

transmissão da sífilis ao feto, é necessário realizar corretamente o tratamento da

gestante e do parceiro sexual, sendo o tratamento baseado na prescrição de

penicilina G benzatina realizada em até três doses a depender do estágio da

doença.

Para Guanabara et al. (2017), a não realização do tratamento do parceiro sexual

dificulta o tratamento adequado da gestante. Além disso a pesquisa traz relatos

de profissionais da saúde que afirmam que os parceiros não comparecem ás

consultas de pré-natal devido à ausência de sinais e sintomas, motivo pelo qual

eles não se identificam no problema.

Em 2017, foi publicado o boletim epidemiológico de sífilis que atualiza a definição

para confirmação dos casos de sífilis congênita, desconsiderando o tratamento

do parceiro sexual da mãe como critério diagnóstico (BRASIL, 2017).

O boletim ainda apresenta os resultados referentes ao tratamento da sífilis, no

qual a prescrição de pelo menos uma dose de penicilina benzatina foi muito

superior a nível nacional quando comparado ao resultado obtido no presente

estudo, entretanto, quando observados outros esquemas de tratamento verifica-

se a inversão dos valores, sendo que a pesquisa atual apresenta dados muito

maiores do que o boletim, em relação às informações ignoradas, os documentos

também não demonstram equilíbrio de proporção (BRASIL, 2017).

O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas

com Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério Da Saúde publicado

em 2015 afirma que existe uma complexidade no diagnóstico da criança uma

23

vez que mais da metade delas são assintomáticas ao nascimento e quando

possuem expressão clínica os sinais e sintomas são discretos e pouco

específicos (BRASIL, 2015).

Pode-se também ter a mesma percepção pois 75,5% das respostas relataram

que os recém-nascidos não obtiveram sinais e sintomas, 4% responderam que

não se aplica/ignorado, e 20% das respostas marcadas que obtiveram sinais e

sintomas. Através da tabela 2 pode-se observar que 42 pacientes apresentaram

icterícia, 2 pacientes demonstraram lesões cutâneas e 2 participantes marcaram

como outro sinal ou sintoma.

Não existe uma avaliação complementar para determinar com precisão o

diagnóstico da infecção na criança. Nessa perspectiva, ressalta-se o Protocolo

Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com

Infecções Sexualmente Transmissíveis que afirma que a associação de critérios

epidemiológicos, clínicos e laboratoriais deve ser a base para o diagnóstico da

sífilis na criança (BRASIL, 2015).

24

6 CONCLUSÃO

Tendo em vista que a realidade da instituição em questão é de em média 400

nascidos vivos por mês, em relação aos dados encontrados nesta pesquisa

temos que 21,25 casos de nascidos vivos em cada 1000 apresentam sífilis

congênita na instituição da pesquisa. Conforme a meta do milênio, que preconiza

a redução de 1 caso para cada 1000 nascidos vivos, pode-se concluir que ainda

há um longo caminho a ser percorrido para alcançar o objetivo de redução ao

ideal.

Em relação a isto, pode-se entender com esse estudo que a sífilis congênita

ainda é um grave problema de saúde pública, que possui a taxa de transmissão

vertical e ocorrência de desfechos negativos elevada como consequência do

tratamento inadequado, que está diretamente relacionado com o pré-natal o qual

possui alta cobertura nacional embora este estudo evidencia a baixa qualidade

do mesmo.

Algumas estratégias vêm sendo utilizadas como ferramenta de enfrentamento.

Sabe-se que o ministério da saúde já realizou projetos a fim de combater a SC

como por exemplo a Rede Cegonha que aumentou o acesso ao diagnóstico de

sífilis em gestantes no país desde sua instituição em 2011. Outro fator importante

a ser ressaltado é quanto a importância da proposta o Ministério da Saúde na

execução do pré-natal do homem que proporciona a conscientização dos

homens quanto ao dever e o direito na participação do planejamento reprodutivo.

Apesar da magnitude do problema levantado, é de suma importância o

enfrentamento deste impasse com a utilização de estratégias. Sabe-se que o

profissional enfermeiro possui a responsabilidade de notificar doenças de agravo

e de propagar educação em saúde de forma ampliada a fim de ofertar o cuidado

humanizado com eficiência.

Vale ressaltar a dificuldade encontrada pelos pesquisadores em virtude da

precariedade dos dados. Falta a conscientização do profissional de saúde no

que se refere ao preenchimento adequado das fichas de notificação, entender

de forma global o problema poderia impactar positivamente no seu

enfrentamento.

25

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, A. C. et al., Evolução da qualidade das informações das declarações de óbito com menções de sífilis congênita nos óbitos perinatais no Brasil. Cad. Saúde colet., Rio de Janeiro, v. 25, n. 3, p. 259-267, julho 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2017000300259&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 de junho de 2018.

BONI, S.M.; PAGLIARI P.B. Incidência De Sífilis Congênita E Sua Prevalência Em Gestantes Em Um Município Do Noroeste Do Paraná. Revista Saúde e Pesquisa, v.9, n.3, p.517-524, set. /dez. 2016. Disponível em <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/5530/2919> Acesso em 04 de setembro de 2017.

BRASIL. Governo do Estado do Espírito Santo. Secretaria de Saúde. Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita, Vitória, Espírito Santo, 2017. Disponível em <http://saude.es.gov.br/Media/sesa/Orient.%20Cidad%C3%A3o/S%C3%ADfilis/Plano%20S%C3%ADfilis_VERS%C3%83O%20FINAL.pdf> Acesso em 22 de agosto de 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: MS; 2015. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_integral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf> Acesso em: 06 de junho de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde, Boletim Epidemiológico – Sífilis Ano V v.47, n.35 - 2016. Disponível em <http://portalarquivos.saude.gov.br/imagens/pdf/2016/outubro/31/2016_030_Sifilis-publicao2.pdf> Acesso em 02 de maio de 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde, Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, Brasilia- DF, 2015. Disponível em <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2015/58572/pcdt_transm_vertical_091215_pdf_12930.pdf> Acesso em 02 de maio de 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico: Sífilis 2017. v.48 nº 36. Brasília, 19 de setembro de 2017. Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/novembro/13/BE-2017-038-Boletim-Sifilis-11-2017-publicacao-.pdf> Acesso em: 06 de junho de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Diretrizes para o Controle da Sífilis Congênita. 2. ed. Brasília: Editora MS, 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_sifilis_bolso.pdf> Acesso em: 06 de junho de 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis. 1. ed. Brasília: Editora MS, 2007. Disponível em:

26

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_prevencao_transmissao_verticalhivsifilis_manualbolso.pdf>. Acesso em: 06 de junho de 2018.

CAVALCANTE, P. A.; PEREIRA, R. B. L.; CASTRO, J. G. D. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 26, n. 2, p. 255-264, junho 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222017000200255&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 de junho de 2018.

CHIUMENTO, D.A.; GRIEP, R. Perfil Epidemiológico Da Sífilis Congênita No Município De Cascavel/Pr Nos Anos De 2010 A 2014. Revista Thêma et Scientia, v. 5, n.2, p. 106-111 jul/dez 2015 – Edição Especial de Medicina. Disponível em <http://www.themaetscientia.fag.edu.br/index.php/RTES/article/view/336/352>. Acesso em 04 de setembro de 2017.

COOPER, J.M. et al. Em tempo: a persistência da sífilis congênita no Brasil- Mais avanços são necessários! Revista Paulista de Pediatria (English Edition). Volume 34, Issue 3, Set. 2016, páginas 251-253. Diponível em: < https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2359348216300367?via%3Dihub>. Acesso em: 12 de junho de 2018.

DOMINGUES, R.M.S.M.; LEAL, M.C. Incidência de sífilis congênita e fatores associados à transmissão vertical da sífilis: dados do estudo Nascer no Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.32, n.6, e00082415, jun. 2016.. Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2016000605002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 22 de agosto de 2017.

DOMINGUES, R.M.S.M et al. Sífilis congênita: evento sentinela da qualidade da assistência pré-natal. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 47, n. 1, p. 147-157, fevereiro de 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000100019&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 04 de junho de 2018.

FELIZ, M.C. et al. Aderência ao seguimento no cuidado ao recém-nascido exposto à sífilis e características associadas à interrupção do acompanhamento. Revista bras. epidemiol., São Paulo, v. 19, n. 4, p. 727-739, Dez. 2016. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2016000400727&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 04 de setembro de 2017.

GUINSBURG, Ruth; SANTOS, Amélia Miyashiro Nunes. Critérios diagnósticos e tratamento da sífilis congênita. 2010. 17 f. Documento Científico – Departamento de Neonatologia Sociedade Brasileira de Pediatria. Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: < http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/tratamento_sifilis.pdf>. Acesso em: 13 de junho de 2018.

HENZ, G.S; MEDEIROS, C.R.G; SALVADORI, M. A inclusão materna durante o

pré-natal. Rev. Enferm. Atenção Saúde. Lajeado-RS. 6(1):52-66. Jan/Jun 2017.

27

Disponível em:

<http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/enfer/article/view/2053>.

Acesso em: 11 de junho de 2018.

MAGALHÃES, DMS et al. Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro v.29, n.6, p.1109-1120, jun. 2013. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/12082> Acesso em 02 de agosto de 2017.

NONATO, SM; MELO, APS; GUIMARAES, MDC. Sífilis na gestação e fatores associados à sífilis congênita em Belo Horizonte MG, 2010-2013. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 24, n. 4, p. 681-694, dez. 2015. Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222015000400681&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 02 de maio de 2017.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Eliminação mundial da sífilis congênita: fundamento lógico e estratégia para ação. Genebra: Organização Mundial de Saúde; 2008. Disponível em <http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/43782/4/9789248595851_por.pdf> Acesso em 02 de maio de 2017.

SARACENI, Valéria et al. Estudo de confiabilidade do SINAN a partir das Campanhas para a Eliminação da Sífilis Congênita no Município do Rio de Janeiro. Rev. bras. epidemiol., São Paulo , v. 8, n. 4, p. 419-424, Dec. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2005000400010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 07 de junho de 2018.

SOARES, Larissa Gramazio et al. Sífilis gestacional e congênita: características maternas, neonatais e desfecho dos casos. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. Recife, v. 17, n. 4, p. 781-789, dezembro de 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292017000400781&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 12 de junho de 2018.

VASCONCELOS, MIO et al. Sífilis Na Gestação: Estratégias E Desafios Dos Enfermeiros Da Atenção Básica Para O Tratamento Simultâneo Do Casal. Revista Brasileira de Promoção da Saúde, Fortaleza, v.29, p. 85-92, dez. 2016. Disponível em <http://periodicos.unifor.br/RBPS/article/view/6409/5216> Acesso em 04 de setembro de 2017.

APÊNDICE A- CARTA DE ANUÊNCIA

APÊNDICE B- TERMO DE AUTORIZAÇÃO INSTITUCIONAL DA

PROPONENTE

APÊNDICE C- TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

ANEXO A- FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE SÍFILIS CONGÊNITA

ANEXO A- FICHA DE NOTIFICAÇÃO DE SÍFILIS CONGÊNITA