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CONCEPÇÃO DE RECURSOS DIDÁCTICOS PARA FORMAÇÃO EM TELETRABALHO Manual do Formando

Ser teletrabalhador

P E R F I L , D E L T A C O N S U L T O R E S E I S P A E M P A R C E R I A

L I S B O A , D E Z E M B R O D E 2 0 0 4

TELETRABALHO Manual do Formando

Ser Teletrabalhador

Curso

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P E R F I L , D E L T A C O N S U L T O R E S E I S P A E M P A R C E R I A

Ser Teletrabalhador

Ficha Técnica

Autor: Gabriela Paleta

Título: Manual do Formando “Ser Teletrabalhador”

Coordenação do Projecto: Maria da Graça Pinto e José Garcez de Lencastre Edição: Junho 2004

Produção apoiada por:

UNIÃO EUROPEIA FUNDO SOCIAL

EUROPEU

GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

PROGRAMA OPERACIONAL DO EMPREGO, FORMAÇÃO E

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E TRABALHO

© Perfil, DeltaConsultores e ISPA Lisboa, 2004

ÍndiceIntrodução 2 O perfil do teletrabalhador 4

Tomar uma decisão 5 O perfil do teletrabalhador 9

Procurar teletrabalho 11 Auto-análise 12 Redigir o Curriculum Vitae 13 Cartas de Apresentação 22 Planeamento e organização da pesquisa 25 Elaborar candidaturas virtuais 28 Guia de Entrevistas 29

Promover os seus serviços 36 Definir o seu produto 37 A praça 38 Promover os seus serviços 38 Estabelecer o preço 41

Planeamento e Gestão por Objectivos 47 O princípio do planeamento 47 O processo do plano 49

Gestão do Tempo 56 O que é o tempo? 57 A gestão do tempo 58 A matriz das prioridades 60 Os desperdiçadores de tempo 64 Dicas de ouro 68

Organização do espaço pessoal 70 Escolher o espaço de trabalho 70 Equipar o seu espaço 72 Avaliar o seu espaço 74 Recursos tecnológicos 75 Requisitos complementares 77 A não esquecer… 78 Dez sugestões para o seu escritório em casa 78

Atitudes e Valores 81 Valores e Princípios 83

Motivação e auto-estima 86 Motivação 86 Auto-estima 90 Estratégias para desenvolver a sua auto-estima 91

Assertividade 94 A assertividade 94 Os seus direitos 95 Os comportamentos humanos 96 Tipos de assertividade 101 As partes da intervenção assertiva 102 Como ser assertivo(a) 103 Técnicas para situações difíceis 103 Desenvolver capacidades assertivas 105

Gerir o stress 107 Tipos de stress 108 Tipos de stressores 110 O indivíduo e a sua resposta 111 Sintomas do stress 112 Técnicas para gerir o stress 113 Bibliografia 118 Informações 121

S E R T E L E T R A B A L H A D O R

Introdução Nos últimos anos, certos países vieram a registar um crescimento no número de pessoas qualificadas, com boas competências técnicas e profissionais que decidiram executar as suas tarefas a partir de casa ou mesmo abandonar as suas carreiras tradicionais e criar o seu próprio negócio como freelancers.

xistem cada vez mais pessoas a optar voluntariamente por sair dos seus actuais empregos e passarem a ser empregados por conta própria, assumindo os devidos riscos e os consequentes benefícios, como o de ser

o próprio patrão.

Algumas outras pessoas são impulsionadas para o empreendorismo pelos centros de emprego, agências de recrutamento e selecção, ou mesmo pela desactualização ou reforma antecipada obrigatória. Existem também as pessoas que se desviam da carreira tradicional para acompanharem os filhos e acham que o teletrabalho ou o freelance representam uma boa maneira de voltarem ao mundo do trabalho e ainda as pessoas que procuram uma maior flexibilidade nos seus compromissos de trabalho, para conseguirem equilibrar a vida pessoal com a vida profissional.

As facetas do teletrabalho são inúmeras, como são também as razões que levam as várias pessoas a optar por esta maneira de trabalhar.

O “Ser teletrabalhador” pretende ser útil para qualquer pessoa que pensa no teletrabalho como uma opção válida para o seu futuro profissional e mesmo para pessoas que querem somente reforçar as suas ideias sobre esta área.

Pretende ser, também, algo diferente do que uma habitual descrição das vantagens e desvantagens do teletrabalho. Existem já vários guias disponíveis no mercado que tratam das etapas para montar um negócio, como também centenas de recursos específicos sobre tópicos relacionados, como marketing ou planeamento financeiro.

O curso “Ser teletrabalhador” foca os aspectos pessoais e profissionais mais importantes, que um potencial teletrabalhador terá que considerar antes de começar, do que uma mera decisão sobre a localização do seu escritório.

É normal para muitos dos projectos de teletrabalho começarem com um escritório em casa, principalmente porque oferece um começo sem grandes custos e esforços. Alem disso, devido ao uso de tecnologias de informação e telecomunicações, hoje torna-se muito mais fácil comunicar e estar em contacto com os outros ficando em casa, do que no passado.

O “teletrabalhador” não é bem uma função nem uma profissão. É simplesmente uma maneira de trabalhar. Por isso uma pergunta geral do género “Como posso encontrar trabalho como teletrabalhador?” pode ter como resposta uma outra pergunta: “Que tipos de trabalho você faz normalmente?”, que também pode ter

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como resposta “Que tipo de trabalho pode ser feito através do teletrabalho?” e assim por diante.

Optar pelo teletrabalho é uma decisão que deve ser tomada com muito cuidado e cada pessoa deve ponderar com muita atenção certos aspectos da sua vida profissional e pessoal.

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Capítulo

1 O perfil do teletrabalhador Quais são os aspectos mais importantes que se devem ter em conta quando pensar em teletrabalhar? Será que qualquer pessoa pode desempenhar com sucesso tarefas ou projectos no teletrabalho? Ou precisará de algumas características ou competências específicas?

er teletrabalhador é algo ainda muito inovador para muitos mercados, pessoas e empresas do mundo. Os poucos anos de experiência nesta área defendem que teletrabalhar exige certas condições particulares em diversas zonas da vida pessoal e profissional de uma pessoa.

S Do ponto de vista das empresas, um estudo desenvolvido nos Estados Unidos da América sugere que existem 4 aspectos importantes a ser considerados nas políticas e nos programas de teletrabalho das empresas:

• As tarefas que devem ser realizadas pelos teletrabalhadores, e se o teletrabalho é a melhor maneira de resolve-las.

• O contexto organizacional. Será inútil implementar o teletrabalho numa empresa que não utiliza a comunicação electrónica (e-mail, discussão online etc.) ou numa organização onde a gestão ainda é muito burocrática e fortemente hierárquica. O teletrabalho funciona melhor numa empresa onde existe uma comunicação informal e onde os empregados são pró-activos, pensam e agem por eles próprios.

• O contexto familiar. Será difícil teletrabalhar com sucesso se a tarefa necessita de muita concentração e o teletrabalhador se encontra num apartamento pequeno, com crianças pequenas, paredes poucos grossos e vizinhos barulhentos.

• A personalidade, experiência e preferência do próprio indivíduo. Um jovem solteiro pode preferir a vida do escritório, onde poderá fazer novos

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contactos e oportunidades para socialização, enquanto uma pessoa com mais idade, uma vida de família calma e feliz, pode preferir trabalhar de casa, para aproveitar mais horas junto da sua família.

Do ponto de vista de uma pessoa que pensa teletrabalhar, existem dois caminhos que poderá escolher:

• Ser teletrabalhador empregado (ou por conta de outrém) - ter um emprego tradicional, por conta de outrém, numa empresa, mas desempenhar as suas tarefas num local diferente do edifício oficial da empresa.

• Ser teletrabalhador por conta própria (freelancer) – desenvolver uma actividade por conta própria, sem pertencer a alguma instituição ou empresa, a não ser a sua.

No primeiro caso, a pessoa trabalha normalmente na sua própria casa, mas também poderá deslocar-se a um centro regional para teletrabalhadores ou centro de teletrabalho, onde terá acesso a facilidades de tecnologia informática e de telecomunicações, caso este se encontre mais perto que o escritório da empresa.

No segundo caso, o freelancer tem a liberdade de decidir quem são os seus clientes e quais os trabalhos que aceita desempenhar e deve reunir-se dos meios e recursos necessários para o fazer.

Assim, antes de considerar alguns dos aspectos importantes da vida pessoal e profissional, uma pessoa que considera o teletrabalho uma opção interessante, deverá decidir se o seu objectivo é continuar na mesma função, mas trabalhar a partir de casa, ou oferecer os seus serviços como freelancer.

Tomar uma decisão Passamos agora a analisar os aspectos importantes que um potencial teletrabalhador deverá ter em conta antes de tomar alguma decisão com vista a esta forma e modalidade de trabalho.

Os aspectos analisados em seguida consideram os dois tipos de teletrabalhador, e são apresentados em 3 categorias:

• Aspectos a considerar por uma pessoa que se encontra empregada

• Aspectos a considerar por um freelancer

• Aspectos gerais

Aspectos a considerar por uma pessoa que se encontra empregada

• Quer manter o seu trabalho?

É mais importante trabalhar a partir de casa ou manter a sua actual função? A resposta a esta questão poderá influenciar as seguintes respostas.

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• Qual é o seu posicionamento na empresa?

Tem uma função importante? Contribui directa e significativamente para os lucros da empresa? Ou começou no mês passado e está já a pensar em teletrabalho?

• A empresa está preparada para o teletrabalho?

Tem e-mail instalado e funcional (nem sempre é a mesma coisa)? Está ligada a redes externas? Aceita a comunicação online como sendo primária? Isto é normalmente um sinal que o teletrabalho poderá ser algo a considerar. Se a empresa tem um sistema de Tecnologia de Informação (TI) arcaico, a comunicação é baseada no papel, dificilmente vai pensar em algo tão “estranho” como o teletrabalho.

• O seu superior hierárquico está preparado para o teletrabalho?

O que valoriza mais o seu superior: os seus resultados, o facto de chegar ou não a horas ou o parecer ou não muito atarefado(a)? Se os gestores não gerem com base nos resultados desejados, tendem a ser aterrorizados pela ideia de teletrabalho e “gerir à distância”, sem poderem controlar as pessoas a cada momento.

• Os seus colegas estão preparados para teletrabalho?

Como vão os seus colegas reagir ao teletrabalho? Preste atenção a todas as equipas em que está envolvido(a). Se existe um certo nível de sinergia e confiança, não trabalhar no mesmo escritório poderá correr bem. Se a sinergia e confiança ainda estão por desenvolver, então estar no mesmo local uma grande parte do tempo é importante, a não ser que a equipa utilize de forma intensa processos de comunicação electrónica.

• Que faria se estiver empregado(a), quiser teletrabalhar e o seu patrão ou sua chefia estiver interessado em convencê-lo(a) a mudar para um contrato de freelancer?

A manutenção da relação empregado/empregador é uma das principais chaves, referidas pela maioria dos praticantes e especialistas em teletrabalho, para o sucesso desta modalidade de trabalho. É importante saber que, se começar o seu negócio vai ser responsável por muitas coisas que actualmente são fornecidas pela empresa, consoante o seu contrato de trabalho, como por exemplo: salário garantido, férias, segurança social e contribuição para a reforma.

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Aspectos a considerar por um freelancer

• Quais são as suas competências?

Quais são as coisas que faz melhor? Quais são as tarefas que realiza com dificuldade no contexto do trabalho? Faz pouco sentido perseguir oportunidades de trabalho para as quais não está preparado.

• O que é que o mercado procura?

Quais são as competências que pouco se encontram no mercado? Poderá preparar-se para ser um bom profissional nestas áreas? Regra geral, se algo é fácil de aprender, certamente que não irá ser fácil daí retirar rendimentos/proveitos. É importante certificar-se que possui competências úteis e que exigem algum investimento de tempo e esforço, não algo que pode ser aprendido de um dia para outro e depois esquecido com a mesma velocidade.

• Como pode promover-se a si e às suas competências?

Marketing não é igual a vendas, publicidade ou a promoção. Marketing trata da compreensão das necessidades de potenciais clientes e de conseguir uma boa ligação a estes clientes e às suas necessidades. Em Marketing importa desenvolver produtos e serviços que servem aos clientes e que criam um ambiente de confiança e profissionalismo que os levam a adquirir esses produtos e serviços. Não é algo fácil!

• Em que redes/círculos deverá entrar?

Tendo ou não competências na área de marketing, uma das melhores formas de contactar potenciais clientes é através de uma rede de contactos. As redes de contactos podem ser formais (um empreendedor que desenvolve trabalhos independentes através de uma agência intermediária) ou informais (participar numa lista de discussão online). Instituições profissionais, partidos políticos, Câmaras de Comércio, Sindicados – são todos boas bases para redes de contactos pessoais. Estabelecer contactos leva tempo e esforço – as recompensas vêm em situações inesperadas.

• Deverá ser activo(a) online?

Existe uma grande diferença entre “estar online” e ser “activo online”. As pessoas que são activas online desenvolvem uma grande parte das suas redes de contactos e sustentam os seus contactos de negócios na Internet.

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• Quer construir um negócio ou só “ganhar algum dinheiro”?

Esta é provavelmente uma das perguntas chave para o teletrabalhador por conta própria. Existe uma grande diferença entre um empreendedor que procura construir um negócio e uma pessoa que é feliz só por fazer algum dinheiro extra. Cada pessoa deverá decidir o que realmente quer. Se quer trabalhar, mas sem assumir os riscos de ser um empreendedor, poderá tentar associar-se a outras pessoas e beneficiar da segurança de grupo. Ninguém deverá tentar montar um negócio se não está preparado para os riscos inerentes.

Aspectos gerais

• Está você e a sua família pronta para o teletrabalho?

Qual a reacção dos familiares que consigo coabitam a um trabalho desenvolvido a partir de casa e à sua presença constante em casa?

Embora o teletrabalho a partir de casa possa oferecer uma grande flexibilidade em controlar o tempo que passa com os seus filhos, nem sempre traz uma solução para o cuidado que elas requerem – combinar o trabalho a partir de casa com o cuidar dum filho é normalmente uma tarefa quase impossível. As mulheres, em particular, concluem que têm dificuldades em manter o trabalho e a família separadas ao trabalhar a partir de casa. Excepcionam-se algumas situações de apoio a familiares com deficiência ou doentes.

• Tem o espaço necessário e o equipamento adequado para trabalhar?

Dizer que se pode “desenrascar” com um computador em cima duma mesa velha, num canto da sala de estar, é mentira. Existem critérios ergonómicos importantes a respeitar e a sua condição física futura está em jogo.

• O mercado está suficientemente preparado?

Uma vez reunidas as competências e bem definido como estas se enquadram no mercado, é importante analisar a receptividade do mesmo para empregar estas suas competências em regime de teletrabalho.

• O seu ambiente de trabalho é adequado para o teletrabalho?

Importa demarcar claramente o espaço de trabalho em casa e garantir que este é respeitado em horários e aspectos físicos. Um estudo desenvolvido pela Management Technology Associates, nos Estados Unidos, sugere que um “espaço defendido” é extremamente importante no sucesso do teletrabalhador baseado em casa. “Espaço defendido” significa que o teletrabalhador pode:

♦ Controlar as interrupções

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♦ Fechar a porta quando não trabalha e desfrutar a sua vida privada sem telefonemas de negócio e sem ter de ver o seu trabalho à espera a cada momento.

O perfil do teletrabalhador Devido aos diferentes tipos de tarefas que podem ser desempenhadas no teletrabalho, é difícil padronizar um perfil definitivo do teletrabalhador.

Existem, de qualquer forma, algumas características pessoais importantes que podem influenciar o sucesso de uma pessoa em teletrabalho. Estas características dizem respeito mais ao carácter e tipologia da pessoa do que às suas competências, habilidades, funções ou bens materiais.

Para ter êxito como teletrabalhador, uma pessoa deverá ter:

• Desejo de teletrabalhar

• Capacidade para planear e organizar o seu trabalho

• Capacidade de trabalhar sozinha

• Boas competências de comunicação

• Sentido de responsabilidade

• Tenacidade

• Auto motivação

• Orientação para resultados

• Eficiência

• Pensamento lateral

• Capacidade de encontrar soluções positivas

• Respeito

• Humildade para reconhecer certas necessidades e erros

• Abertura para utilizar as novas tecnologias

• Capacidade para lidar com mudanças rápidas

• Autodisciplina.

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O teletrabalho visto através de 2 pontos de vista: Síntese

Das empresas - 4 aspectos importantes: as tarefas, o contexto organizacional, o contexto familiar e a personalidade, experiência e preferência da pessoa

Das pessoas - 2 aspectos: ser teletrabalhador por conta de outrém ou por conta própria (freelancer).

Como potencial teletrabalhador, deverá analisar algumas questões importantes antes de tomar uma decisão definitiva, questões gerais ligadas ao teletrabalho, como também questões mais específicas, relacionadas com o tipo de trabalho e os resultados que procura. Embora não existe um perfil padrão do teletrabalhador, existem algumas características pessoais importantes ligadas ao carácter e tipologia da pessoa, como por exemplo: autodisciplina, auto-motivação, responsabilidade, eficiência, respeito etc.

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Capítulo

2 Procurar teletrabalho Sabe quais são as etapas que deverá seguir na procura de teletrabalho? Conhece-se a si próprio(a) e às suas características pessoais? Sabe redigir um Curriculum Vitae e uma Carta de Apresentação? Sabe preparar bem as suas entrevistas e realizar candidaturas online?

rocurar teletrabalho não é algo muito fácil. Por isso, é recomendado que depois de ter tomada a decisão de teletrabalhar, uma pessoa deverá preparar com muita atenção os seus passos, a sua pesquisa e o seu êxito

nesta área. P Qualquer mudança importante na vida profissional de uma pessoa constitui uma boa oportunidade para rever as suas competências e capacidades, para reavaliar o seu currículo e a sua carreira.

Decidir ser teletrabalhador é uma mudança importante, se não para dar um outro toque à carreira, pelo menos pela novidade e inovação no trabalho que este processo implica.

A decisão de teletrabalhar passa e deve sempre passar primeiro por uma análise pormenorizada do que significa teletrabalho, quais são os seus benefícios e riscos, tanto para a pessoa em causa como também para as outras pessoas a ela ligada (principalmente o agregado familiar).

No capítulo anterior realizámos uma revisão ao perfil do teletrabalhador e dos aspectos essenciais que qualquer potencial teletrabalhador deverá considerar antes de tomar uma decisão.

Vamos rever agora alguns dos principais passos que um potencial teletrabalhador deverá seguir na procura de trabalho:

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• Auto-análise da sua personalidade

• Concepção do Curriculum Vitae

• Concepção de uma Carta de Apresentação

• Organização da pesquisa

• Elaboração de candidaturas virtuais

• Preparação e participação nas entrevistas

Auto-análise Um dos primeiros passos essenciais na procura de trabalho ou teletrabalho é a realização de uma auto-análise, usando um processo de reflexão, realista, das próprias competências e capacidades.

O objectivo da auto-análise permite ao potencial teletrabalhador identificar aquilo que é, aquilo que não é e aquilo que poderá ser (ou seja, permite objectivar o seu potencial).

Existem 3 elementos importantes a considerar numa auto-análise:

• Quem sou?

• O que quero?

• O que posso fazer?

O teletrabalho é, de uma certa maneira, um projecto pessoal, que faz parte da própria pessoa. Torna-se, assim, fundamental procurar, dentro da pessoa, respostas que reflectem a sua personalidade e os seus ideais pessoais e profissionais.

É como olhar no espelho e responder a questões relacionadas com a própria capacidade de adaptação a mudanças, objectividade, prudência, sinceridade, espontaneidade, o modo de assumir responsabilidades, a capacidade de comando, criatividade, a conformidade com as tarefas e responsabilidades conferidas etc., ou com as melhores qualidades e os piores defeitos.

Uma análise honesta da própria maneira de ser e de agir, de preferência comparada com a das pessoas que formam o ambiente familiar e social mais próximo, irá mostrar o seu verdadeiro perfil. O mesmo perfil que o potencial teletrabalhador terá de expor mais tarde perante potenciais empregadores ou clientes ou mesmo perante o superior para tentar convencê-lo de que o teletrabalho pode trazer benefícios importantes para a empresa.

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Redigir o Curriculum Vitae O Curriculum Vitae é um dos mais importantes instrumentos no processo de conquista do trabalho desejado. Normalmente é ele que abre a porta para uma possível entrevista.

Quando alguém responde a um anúncio ou faz uma candidatura espontânea, o Curriculum Vitae é o primeiro documento que chega à empresa. Assim, a necessidade de causar uma boa impressão começa logo aí.

O que é o “Curriculum Vitae” “Curriculum Vitae” representa uma expressão latina cuja utilização se vai difundindo para designar o conjunto de antecedentes de uma pessoa, que interessa conhecer, por exemplo, para a obtenção de um emprego. Pode substituir-se pela designação “historial” (Dicionário, de María Moliner).

Uma segunda definição descreve o “Curriculum Vitae” também como uma expressão latina, uma relação dos títulos, prémios, cargos, trabalhos realizados, dados biográficos etc., que qualificam uma determinada pessoa. (Dicionário da Língua Espanhola, Real Academia Espanhola).

Esta designação tornou-se muito popular nos últimos anos, principalmente devido às grandes empresas especializadas em recrutamento e selecção de recursos humanos. Elas padronizaram um requisito que anteriormente nem sequer era muito conhecido por esta expressão.

Hoje em dia, o Curriculum Vitae é solicitado pela maioria das empresas públicas ou privadas, além das empresas de recrutamento e selecção. O denominado Curriculum Vitae ou Currículo é um documento que contém as informações relevantes sobre uma pessoa que se candidata a um emprego. Essas informações permitem ao futuro empregador formar uma ideia sobre o candidato, sobre as suas competências, formação, experiência e personalidade. Por isto, o Curriculum Vitae deve ser elaborado com exigência de qualidade e rigor e com muito cuidado, de modo a levar a empresa a querer conhecer a pessoa.

Um seleccionador tem um único objectivo: determinar se esse currículo se ajusta à pessoa ideal para as necessidades da empresa. Para este efeito, o seleccionador analisa as características pessoais e profissionais apresentadas no Curriculum Vitae e decide se eles correspondem as exigências da companhia ou do trabalho a desempenhar.

Em teletrabalho, principalmente no caso dos freelancers, não existe um lugar a preencher numa dada empresa, mas sim, um projecto ou uma determinada tarefa que deve ser realizada e para a qual a empresa está disposta a contratar uma pessoa externa.

O Currículo é, neste caso, uma ferramenta essencial para apresentar e promover as capacidades e competências do teletrabalhador, a fim de conseguir o contrato e ganhar a empresa como sua cliente.

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Na procura de trabalho tradicional ou na procura de teletrabalho, é importante lembrar que o Curriculum Vitae por si próprio não é suficiente para obter um determinado posto de trabalho, mas é determinante para conseguir uma entrevista pessoal.

Aspectos essenciais do Curriculum Vitae Como já referimos na parte anterior, antes de começar a escrever o seu Curriculum Vitae, é recomendável levar algum tempo na auto-avaliação das próprias competências e capacidades, como também da experiência profissional ou extracurricular. Esta informação é útil na preparação de um currículo cuidado.

O conteúdo do Curriculum Vitae Um Curriculum Vitae deverá conter as seguintes partes:

• Título ou cabeçalho

• Dados pessoais

• Objectivo profissional

• Experiência profissional

• Habilitações literárias

• Formação complementar

• Outras competências

• Outros dados de interesse

O T Í T U L O O U C A B E Ç A L H O

Poderá ser “Curriculum Vitae de ....” ou simplesmente “Curriculum Vitae”

O S D A D O S P E S S O A I S

Aquilo que se procura ao apresentar um currículo é entrar em contacto com um possível cliente, pelo que se torna fundamental apresentar todos os dados necessários, de uma maneira correcta e sem erros.

Os dados pessoais são, normalmente:

• Nomes próprios e apelidos

• Data de nascimento

• Endereço pessoal

• Telefone de contacto

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• Fax

• Endereço electrónico

Todos os dados pessoais e endereços/contactos devem ser incluídos na parte de cima do currículo, logo na primeira página.

Existem alguns aspectos a ter em conta na redacção dos dados pessoais:

• Não se utilizam alcunhas,

• Utiliza-se uma morada e um telefone permanentes, onde é fácil ser encontrado(a),

• Mencionar o Web site pessoal só se este reflectir as ambições ou realizações profissionais da pessoa,

• Informações como a data de nascimento, nacionalidade ou estado civil não são normalmente incluídos nos modelos americanos de Curriculum Vitae para evitarem dar lugar a discriminações na altura de fazer a escolha de um candidato,

• No caso de se tratar de uma mulher, publicações especializadas na procura de emprego feminino recomendam atenção a dois aspectos importantes: o estado civil e os filhos. Desde que não seja pedido, é aconselhado não mencionar descendentes a cargo. No caso de a mulher ser solteira este dado poderá favorecer a candidatura, podendo assim ser ou não referido. Nos outros casos, não se torna oportuno,

• Mencionar um endereço de e-mail que pareça profissional (por exemplo o nome e apelido).

O B J E C T I V O P R O F I S S I O N A L

Um objectivo profissional transmite ao potencial cliente o tipo de trabalho que procura e as ambições neste campo do teletrabalhador.

É importante especificar o tipo de trabalho ou projectos que procura, como por exemplo: “Quero desenvolver uma carreira profissional como freelancer na área de design de moda”

Outro aspecto importante em estabelecer um objectivo profissional é adaptar o objectivo às diferentes empresas ou projectos para os quais se candidata.

E X P E R I Ê N C I A P R O F I S S I O N A L

Nesta parte deverá incluir as diferentes experiências profissionais realizadas pelo teletrabalhador na sua carreira. É fundamental mencionar certos detalhes como:

• A função desempenhada

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• O nome da empresa onde trabalhou

• O local do trabalho (cidade, país)

• As datas do emprego (desde...até...) ou do projecto desenvolvido

• A descrição das responsabilidades prévias, evidenciando as capacidades específicas e os resultados obtidos. Os exemplos numéricos e as quantidades comprováveis são sempre uma mais valia.

Isto dará, a quem ler o seu currículo, uma visão clara da capacidade de trabalho do teletrabalhador.

H A B I L I T A Ç Õ E S L I T E R Á R I A S

Refere-se a toda a educação ou formação de base ou académica realizada pelo teletrabalhador bem como referência a título ou títulos obtidos que sejam adequados/pertinentes. A informação deverá ser acompanhada de dados como: o estabelecimento de ensino, a localidade e as datas correspondentes.

F O R M A Ç Ã O C O M P L E M E N T A R

Na “Formação complementar” mencionam-se todos os conhecimentos e competências adquiridos pelo teletrabalhador, que façam parte da sua formação e complementem o seu perfil profissional, tais como: cursos de informática, cursos de línguas, formação profissional, seminários ou outros cursos.

Detalhes sobre os centros de ensino, certificados obtidos, estágios realizados, as datas e o local dos cursos, deverão ser incluídos.

O U T R A S C O M P E T Ê N C I A S

Neste capítulo podem-se incluir detalhes sobre:

• Conhecimentos informáticos,

• O domínio de línguas estrangeiras

• Outras habilidades como: liderança, formador, gestão de equipas ou projectos, etc.

No que diz respeito aos conhecimentos de informática, é conveniente que se descrevam quais são e se se trata de conhecimentos ao nível de utilizador ou de especialista em algum campo. O mais natural será especificar o grau de domínio de programas, aplicações e linguagens: processadores de texto, folhas de cálculo, bases de dados, Internet, correio electrónico, linguagens de programação e programas específicos.

No que se refere a idiomas normalmente assinala-se o nível falado e escrito (básico, razoável, excelente, nativo). Se for o caso pode-se também mencionar uma

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educação bilingue familiar, como é o caso de pessoas com pai e/ou mãe com diferentes línguas maternas.

O U T R O S D A D O S D E I N T E R E S S E

Referem-se aos dados que não foram referidos nos pontos anteriores e que forneçam informação importante sobre o perfil da pessoa, além de reflectirem actividades complementares, gostos e interesses, êxitos desportivos, literários e artísticos, bem como a participação em vários grupos ou associações etc.

Do mesmo modo, se for o caso, podem ser descritos pormenores que possam ser indispensáveis, dependendo da actividade relacionada com a candidatura que lhe interessa. Tudo isto tendo sempre em conta a adequação às características da empresa, instituição ou pessoa a quem se apresenta.

Informações que poderão ser incluídas:

• Participação em associações, voluntariado,

• Carta de condução,

• Disponibilidade para viajar,

• Gostos, interesses e características pessoais.

Tipos de Curriculum Vitae Para classificar os tipos de currículos devemos ter em conta diversos aspectos.

Alguns deles referem-se à maneira de apresentar tanto estudos como experiência sob um determinado ponto de vista cronológico, quer seja ascendente ou descendente.

Por outro lado, surge em muitas ocasiões o problema de uma pessoa ter estado inactivo(a) no mercado laboral durante um longo período de tempo, razão pela qual, ao descrever conhecimentos e/ou experiência, não é conveniente situá-los no tempo, para que não sejam salientados longos períodos vazios. Nestas ocasiões convém elaborar um currículo funcional.

Em terceiro lugar, há quem possua um Curriculum Vitae académico ou Curriculum Vitae profissional. Estes tipos de currículos referem-se principalmente à descrição exacta destes aspectos, e em certos casos é desse modo que é solicitado pelas empresas.

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O currículo cronológico Pode ser directo ou inverso:

• Cronológico directo – é o currículo em que os dados de formação e profissionais se organizam de tal maneira que os mais antigos ocupam os primeiros lugares. Este tipo de currículo é muito claro e simples já que nele se torna possível expor, cronologicamente, todos os estudos e toda a experiência, de forma que a pessoa que o ler consiga seguir toda a sua evolução.

• Cronológico inverso – é aquele em que todos os dados mais recentes surgem nos primeiros lugares, terminando-se com as coisas mais antigas que fizemos. É deste modo que se destacam as suas últimas actividades, que poderão ser de enorme interesse se tiveram a ver com o posto de trabalho a que se está a candidatar.

O currículo funcional É o currículo que destaca as actividades realizadas agrupando-as por experiências. Este tipo de Curriculum Vitae tem a vantagem de não manifestar de modo evidente as “lacunas” que possam existir no seu historial profissional.

Normalmente apresenta-se para um trabalho muito determinado, respondendo de perto ao que a empresa pede ou procura.

O currículo académico/profissional Consiste numa recapitulação das diferentes actividades académicas ou experiências profissionais que se foram desenvolvendo até à altura de apresentar.

Este tipo de Curriculum Vitae exige uma apresentação cronológica de todos os aspectos académicos ou profissionais, citando-os por ordem e salientando o tempo decorrido em cada. No caso do currículo profissional será necessário referir: nome da empresa, dimensão e importância, tarefas e responsabilidades, duração do contrato de trabalho.

Também é importante possuir documentação que sirva de suporte a este tipo de currículo, o que poderá ser feito com diplomas, certificados, registos etc.

CURRICULUM VITAE

Cronológico

Funcional

Inverso

Directo

Académico

Profissional

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A maioria dos candidatos utilizam normalmente a fórmula mais generalizada de currículo, que inclui uma apresentação sucinta dos dados pessoais, e mais destacada dos dados académicos e profissionais. É aconselhado, quando não for pedido, não conceber Curricula Vitae exageradamente extensos, pois os empregadores nem sempre têm tempo ou a preocupação de ler todo o conteúdo. Por outro lado poderá passar a imagem de uma pessoa que tem dificuldade em sintetizar, com dificuldade de síntese e de concentração no que é importante.

Com tudo isso, o Curriculum Vitae deve ser completo, sem omitir certos detalhes que podem ser úteis para quem os aprecia. Ao estruturar o seu Curriculum Vitae deve procurar incluir tudo que pode ser fundamental para uma pessoa se promover à frente dos futuros empregadores.

Além do conteúdo do currículo, muito importante é também o seu aspecto, a forma de apresentar e organizar a informação no papel. Foi comprovado que a apresentação formal de um currículo, ou aquilo que será apreciado em primeiro lugar, representa o modo como é elaborado. Por esse motivo deverá prestar atenção a todos os pormenores formais que se devem ter em conta na sua elaboração.

Elaboração do Curriculum Vitae Ao elaborar o seu currículo deverá reunir todas as informações que são considere necessário incluir, organizá-las por capítulos e conceber a estrutura e o formato do curriculum vitae.

Existe uma grande diversidade de modelos que podem ser utilizados, mas especialistas desta área recomendam que cada pessoa tente criar algo à imagem própria personalidade.

Na elaboração do Curriculum Vitae devem-se considerar 2 aspectos importantes:

• O formal

• O conteúdo.

À primeira vista, se um currículo for elaborado com meticulosidade tem mais probabilidades de ser visto “com bons olhos”. O aspecto deve ser limpo e atraente. O facto de tal não se verificar já constitui uma desvantagem.

Apresentamos em seguida algumas sugestões para redigir o aspecto formal do seu currículo:

• Utilizar papel de qualidade (90 ou 100 gramas), de cor branca ou creme claro, de tamanho A4.

• Não exceder 2 páginas. Caso contrário, o currículo torna-se muito comprido e os seleccionadores nem sempre têm paciência para ler todos os pormenores. O currículo constitui um elemento de recrutamento. Na entrevista poderão fornecer-se outros dados, eventualmente importantes, não incluídos no Curriculum Vitae. Os currículos académicos/profissionais

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poderão exceder mais de 2 páginas quando for pedido pela empresa ou está a candidatar-se para uma bolsa ou projecto especial.

• Boa qualidade de impressão. Actualmente é fácil ter acesso a um computador que lhe facilitará o trabalho e permitirá ver uma prova de apresentação. Além disso, tem a possibilidade de escolher entre vários níveis de qualidade da impressão.

• Escolher um tipo de letra agradável, que não seja rebuscado. É certo que são praticamente inúmeros os tipos de letra que nos oferece um processador de textos. No entanto, no caso do currículo, a simplicidade é a melhor solução. Utiliza-se letra entre os tamanhos 10 e 14.

• Evitar os sublinhados, itálicos ou negritos e utilizar a cor preta para imprimir/escrever.

• Ter cuidado com a pontuação, espaços, margens e intervalos.

• Se remeter fotocópias, deverão ser da melhor qualidade.

• Evitar dobrar ou agrafar o currículo. É melhor utilizar envelopes de tamanho A4.

• O envelope deverá ser da mesma ou de qualidade análoga à do papel em que foi elaborado o currículo.

• Procurar alguém que se possa pronunciar sobre estes aspectos do seu currículo. Dê atenção às críticas que lhe possam fazer. Uma segunda análise, de alguém em quem tenhamos confiança, é sempre útil.

Em relação ao aspecto do conteúdo do currículo deverá:

• Ter cuidado com a pontuação, espaços, margens e intervalos

• Utilizar frases curtas e concisas, evitar parágrafos com mais de 5 linhas e escolher termos simples em vez de uma redacção complexa, que dificulte a leitura e apreensão do conteúdo.

• Ter muita atenção com a ortografia, sintaxe e gramática. Procure ter à mão uma gramática e um dicionário. Poderão vir a ser úteis.

• Escrever os números como números e não por extenso. Por exemplo, escrever “82” em vez de “oitenta e dois”.

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• Não abusar de termos técnicos. Não se esqueça de que o seu Curriculum Vitae poderá ir parar às mãos de um especialista, mas não necessariamente da sua profissão.

Depois da preparação do Curriculum Vitae deve efectuar-se uma verificação final do mesmo, na qual deve prestar atenção aos aspectos formal e do conteúdo não só do currículo, mas também dos seus anexos.

Verificação do aspecto formal

• Está ordenado, claro e limpo.

• A qualidade da cópia ou da impressão é perfeita.

• Foi escrito em papel adequado.

• Os capítulos diferenciam-se perfeitamente.

• Os espaços, margens e intervalos estão correctos.

• Não tem manchas nem emendas.

• O tipo de letra é legível, simples e elegante.

• As datas são apresentadas por ordem.

Verificação do aspecto do conteúdo

• Os dados pessoais estão correctos.

• Todos os outros dados são correctos e exactos.

• A redacção e ortografia estão impecáveis.

• As palavras utilizadas são correctas.

• As abreviaturas estão explicadas.

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Cartas de Apresentação Uma candidatura é quase sempre composta por um Curriculum Vitae acompanhado por uma Carta de Apresentação. A finalidade da carta é a de apresentar, sumariamente, o motivo pelo qual decidimos enviar o nosso currículo a uma empresa, instituição ou pessoa.

Esquema de uma Carta de Apresentação

______________________________________________________________________________________________________________________________________________ DESPEDIDA

Assinatura

Anexo: Curriculum Vitae

Terceiro parágrafo

______________________________________________________________________________________________________________________________________________

Segundo parágrafo

______________________________________________________________________________________________________________________________________________

Primeiro parágrafo CORPO

Estimado(a) Senhor(a)

INTRODUÇÃO

Localidade, data

NOME DA EMPRESA Endereço

Cargo Nome DESTINATÁRIO(A)

Endereço Nome e apelidos CABEÇALHO DO REMETENTE

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Cabeçalho Pode decidir onde o quer colocar – ao centro ou a um dos lados. O importante é que contenha os seus dados pessoais: nome e apelidos, endereço e telefone.

Destinatário(a) Não se esqueça do tratamento que lhe deve dar: o nome deve ser precedido de Sr., Sr.ª, Dr. ou Dr.ª, conforme os casos. Em seguida mencione o seu cargo na empresa, depois o nome da empresa em maiúsculas e, por último, o endereço e a localidade.

A data Deve estar colocada à direita ou à esquerda. Deve indicar a localidade, o dia, mês e ano. Não se esqueça da vírgula depois da localidade e escreva o nome do mês por extenso. Numa carta deste tipo os hífens ou barras não são adequados.

A saudação As fórmulas são muito simples. Pode usar fórmulas do género: “Excelentíssimo(a) Senhor(a)”, “Caro(a) Senhor(a)”. Lembre-se de usar o feminino no caso de se tratar de uma mulher.

Os parágrafos Normalmente uma carta de apresentação tem 3 parágrafos que se dispõem da seguinte maneira:

• Primeiro parágrafo

Neste explicamos a razão que nos leva a enviar o nosso currículo, qual foi a razão que nos levou a dirigirmo-nos a essa empresa ou pessoa. Tenha em conta que a redacção deverá adequar-se ao tipo de carta de apresentação, ou seja, se está a responder a uma oferta, se a sua apresentação é espontânea ou simplesmente se está a responder a uma empresa de recrutamento e selecção.

No caso de se tratar de uma candidatura espontânea, uma boa maneira de chamar a atenção do destinatário e despertar o seu interesse é a de mencionar desde o início algo que se relacione com a sua pessoa. Por exemplo, qualquer actividade que tenha desenvolvido anteriormente ou qualquer projecto futuro que sabe que irá empreender. Uma maneira de fazer referência a este aspecto poderia ser “Conhecedor do trabalho que desenvolve nesse Departamento...”

Se a carta responde a um anúncio, deverá começar por fazer referência a ele. A maneira mais simples de o fazer será: “Em resposta ao anúncio publicado no ...., dia... pela vossa empresa.... venho por este meio apresentar...”

• Segundo parágrafo

Este parágrafo é o mais importante, uma vez que se refere aos seus conhecimentos e experiência, salientando o mais importante e adaptando tudo à função a que se candidata. A maneira de o fazer poderá ser por

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exemplo: “Como V. Ex.ª poderá verificar pelo meu currículo, possuo uma sólida formação académica, complementada pela experiência prática em...”

Procure demonstrar em que medida a sua formação e experiência poderão ser úteis, relacionando-as com o que sabe sobre a actividade da empresa ou o projecto em si ao qual se candidata.

Evite banalidades, falsos elogios e frases pomposas. Não fale dos seus problemas pessoais.

• Terceiro parágrafo

É nesta parte da carta que estabelece a possibilidade de um contacto pessoal, demonstrando a sua disponibilidade para realizar uma entrevista.

Procure convencer o empregador a conceder-lhe uma entrevista. Apesar de dever ser claro, convém não dizer tudo sobre si. Desperte nele o interesse em querer conhecê-lo melhor.

Lembre-se que a carta de apresentação tem por primeira finalidade a marcação de uma entrevista, e, só depois, a obtenção de um emprego.

Adopte, tanto quanto possível, a linguagem adequada à actividade específica da empresa.

A despedida Deve ser feita de uma maneira cortês, como por exemplo: “Subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos” ou “Subscrevo-me com a máxima consideração”.

A assinatura Deve assinar o nome e apelido, mesmo que a sua assinatura não seja muito legível. Evite qualquer tipo de floreados. Não quer dizer que deva modificar a sua assinatura, mas procure ser tão sóbrio quanto possível. Nunca deverá ser muito familiar e assinar apenas com o nome próprio.

Anexo Não se esqueça de mencionar o envio do seu Curriculum Vitae em anexo.

Tipos de Cartas de Apresentação • Carta de apresentação de resposta a uma oferta/um anúncio

É, ao mesmo tempo, uma carta de apresentação e um currículo resumido. Para além da referência à fonte do anúncio (nome da publicação, web site, data e eventualmente o número de referência do anúncio), esta carta deve conter os dados solicitados no anúncio.

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Deverá concluir a carta manifestando a sua disponibilidade para, numa próxima entrevista, poder esclarecer mais pormenorizadamente as suas competências profissionais.

• Carta de apresentação de candidatura espontânea

É uma carta dirigida a um empregador, oferecendo espontaneamente os seus serviços. Envia-se acompanhada do currículo.

Esta carta serve para suscitar o interesse do empregador e chamar a atenção sobre os seu currículo.

Embora muitas das candidaturas espontâneas fiquem sem resposta, é costume em muitas empresas conservá-las em arquivo durante um certo período de tempo, normalmente 6 meses a um ano, permitindo ao empregador fazer uma primeira escolha quando surge uma oportunidade.

• Carta de apresentação para uma empresa de recrutamento e selecção

Esta carta tem como finalidade a sua inscrição nas bases de dados das empresas de selecção de pessoal.

Planeamento e organização da pesquisa No momento quando o Curriculum Vitae e a Carta de apresentação estão prontos, o passo seguinte será planear e preparar a pesquisa de trabalho.

Começando pelos seus objectivos finais – de arranjar um certo tipo de emprego ou trabalho, com determinadas condições, o teletrabalhador deverá seguir os passos que se apresentam em seguida.

Os passos da pesquisa de trabalho • Definir e identificar o seu “público alvo”

O público alvo neste caso é constituído pelas empresas ou as instituições que podem vir a precisar dos serviços do teletrabalhador.

O público alvo pode ser definido pelo tipo de actividades desenvolvidas pelas empresas, sector empresarial, pelo tamanho da empresa (grande, média ou pequena) ou número de empregados.

A Internet e as listas classificadas oferecem informações bem organizadas que podem ajudar na melhor definição do público alvo.

• Definir a melhor estratégia de “ataque” para garantir sucesso

Nesta fase é importante realizar uma pesquisa sobre cada empresa que pertence ao público alvo e obter informações relevantes sobre elas:

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actividade desenvolvida, contactos, tipos de pessoas que procuram, potencial de desenvolvimento etc.

A maior parte das empresas e instituições hoje em dia dispõem de uma página de Internet onde as informações acima referidas se encontram com facilidade.

Também, na mesma página encontram-se informações sobre as candidaturas, normalmente localizadas na área de Recrutamento ou Recursos Humanos. Cada empresa tem um processo relativamente definido e assim, poderá saber se deverá enviar o seu Curriculum Vitae e a carta por correio ou em formato electrónico, ou mesmo realizar uma candidatura online.

Seguimentode

candidaturas

Currículo,Cartas e

candidaturas

Sistema deRegisto de

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Definirestratégia

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Planeamentoda

pesquisa

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pesquisa

• Utilizar um sistema simples para o registo de dados

Para que não existam falhas, é recomendável ter uma agenda electrónica ou escrita, onde possa ser efectuado um seguimento ou controlo de todas as candidaturas apresentadas.

Pode ser utilizado um sistema simples, numa folha de cálculo do Microsoft Excel, com o registo dos dados mais importantes tais como:

♦ Nome da empresa

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♦ Morada, telefone e fax

♦ E-mail e página Web

♦ Pessoa de contacto e função

♦ Carta / Curriculum Vitae enviado

♦ Chamadas efectuadas

♦ Respostas (telefónicas, por e-mail ou carta)

♦ Entrevistas marcadas

Sempre que possível registar a data de contacto ou troca de correspondência.

Manter os registos actualizados e bem organizados é essencial para o sucesso da pesquisa. Se o teletrabalhador não tratar este aspecto com muita atenção, corre o risco de não conseguir recordar oportunamente nem o conteúdo, nem o motivo, nem a data em que se dirigiu à empresa que o(a) contactou. Isto irá criar uma imagem negativa no seleccionador, que notará rapidamente que a pessoa não se recorda de como se produziu o pedido de emprego e poderá mesmo concluir que não é uma pessoa de confiança.

É igualmente importante não esquecer que muitas empresas não respondem de um modo imediato às candidaturas recebidas. Assim, será sempre oportuno ter à mão os dados que recordem as circunstâncias em que se dirigiu a esse determinado empregador.

• Imprimir e enviar o seu Curriculum Vitae e a Carta de Apresentação ou realizar as candidaturas online

Como já foi referido, deverá ter muita atenção à qualidade do papel utilizado e da impressão, como também do aspecto do envelope e das etiquetas, nas candidaturas por correio. Também, estar atento(a) às despesas que este tipo de candidaturas implicam.

Para efectuar candidaturas online, consulte o seguinte sub-capítulo do manual sobre este tópico (Elaborar candidaturas virtuais, pág. 28).

• Seguir as candidaturas efectuadas

É já um facto reconhecido que as empresas levam muito tempo a responder às candidaturas que recebem. Passadas 2 ou 3 semanas a partir da data em que foi enviada a candidatura, poderá entrar em contacto telefónico com a pessoa a quem dirigiu a carta e informar-se se já lá está ou se existe alguma resposta que lhe possam dar.

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Elaborar candidaturas virtuais As candidaturas via e-mail ou formulários em páginas Internet começaram a ser preferidas pelas empresas e candidatos devido às novas tecnologias que tornam o processamento dos dados muito mais rápido, eficaz e menos dispendioso.

Algumas sugestões para preparar uma boa candidatura virtual:

• Ter várias caixas de e-mail, pois assim poderá organizar uma caixa para assuntos pessoais e uma outra para fins profissionais

• Evitar endereços de e-mail ridículos ou inadequados, pelo menos nos que se destinam a fins profissionais. Opte por um endereço com o seu próprio nome e apelido, como por exemplo [email protected]

• Para fins profissionais o seu e-mail não pode ser confidencial. Se ficar preocupado(a) por ter de colocar o seu nome, morada ou outros dados no seu Curriculum Vitae isto não o(a) vai ajudar muito na sua procura

• Assegure-se que está a cumprir as regras dos aspectos formal e de conteúdo dos currículos, principalmente as relacionadas com a gramática, sintaxe e ortografia, espaços, margens e intervalos, termos utilizados, tipos de frases e parágrafos etc

• Crie o Curriculum Vitae num processador de texto de uso comum e certifique-se que a sua versão é compatível com a maioria dos processadores existentes no mercado

• Procure manter um tamanho razoável do seu documento (até cerca de 300 KByte), para não tornar difícil o seu envio (existem ligações à Internet ainda muito lentas)

• Não envie por e-mail o seu Curriculum Vitae comprimido (por exemplo: “zip”), pois não poderá ter a certeza que a pessoa que receberá o ficheiro utiliza o mesmo programa ou que o saiba utilizar

• Crie uma versão em texto puro do seu Curriculum Vitae para as candidaturas que vai realizar online. Os formulários para preenchimento online em geral apenas admitem texto puro e isto irá simplificar a sua tarefa

• Utilize um tipo de letra comum, para se certificar que o seu Curriculum Vitae vai aparecer no ecrã do destinatário tal qual como aparece no seu

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mailto:[email protected]


• Se preferir, pode proteger o documento contra alterações antes de o enviar. Por exemplo com o MS Word utilize a opção de Menu/Ferramentas /Proteger documento

• Verifique em Ficheiro/Propriedades/Sumário se os seus dados estão correctos antes de enviar o ficheiro

• Certifique-se que o documento não contém nenhum vírus, pois a maioria das empresas tem programas antivírus instalados e se o seu ficheiro for infectado pode não chegar ao destinatário.

Guia de Entrevistas É na entrevista que tudo se decide. O seu Curriculum Vitae pode ser fantástico e o seu perfil o procurado pela empresa, mas se a entrevista corre mal, dificilmente ficará com o emprego.

A entrevista de emprego é basicamente uma troca de informações, um diálogo entre si, o candidato a emprego, e o empregador.

Os seus objectivos são “vender” os seus serviços, fazer valer as suas competências, verificar se o posto de trabalho corresponde aos seus interesses e convencer o empregador a admiti-lo na sua empresa.

Os objectivos do empregador são de confirmar (ou não) a impressão com que ficou, depois de ter lido a sua carta de candidatura e o seu currículo, verificar se o seu perfil (capacidades, competências, motivações) correspondem às exigências da função e recolher outras informações que lhe permitam decidir sobre a sua admissão.

Consoante a dimensão da empresa pode, ou não, ter de realizar mais do que uma entrevista (individual ou em grupo), assim como um exame médico ou psicológico.

Preparar a entrevista Uma boa preparação poderá ser-lhe muito útil durante a entrevista, pois a natural emoção ou nervosismo poderá fazer com que tenha dificuldade em lembrar-se de algo importante.

• Reúna o máximo de informações sobre a empresa (ramo de actividade, dimensão, tipo de produtos ou serviços que presta, organização funcionamento, tipo de qualificações existentes, negócios e novos negócios, novos projectos, etc.)

• Releia o seu currículo e prepara-se para aprofundar os aspectos focados (formação, experiência profissional e extra-profissional).

• Prepare a documentação que achar conveniente para apresentar na entrevista (diplomas e certificados de cursos, estágios efectuados, trabalhos realizados, carteira profissional, cartas de recomendação).

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• Prepare-se para a eventualidade de ter que enfrentar mais do que um entrevistador.

Como vestir-se Todas as pessoas se interrogam sobre o que vestir para ir a uma entrevista. Será mesmo necessário usar fato, já que nunca ou raramente o faz? E deverá vestir umas meias de vidro e uma mini-saia para causar uma boa impressão? Ou será que o entrevistador aprecia que seja espontânea e natural e que se vista como todos os dias?

• Não existe nenhuma resposta certa para estas perguntas, mas deve apostar num visual cuidado. Desta forma mostra que a entrevista é importante para si e que quer esforçar-se para conseguir o emprego.

• Adapte o seu vestuário à empresa para onde se vai candidatar e também ao posto. O responsável pelo recrutamento vai prestar mais atenção ao visual e à aparência na medida em que as funções são exercidas fora da empresa. Seja como for, roupa informal (jeans, calções e T-shirts) está quase sempre fora de questão.

• Vista o que vestir, garanta que fica confortável nas suas roupas. Se não sabe como comportar-se numa mini-saia e sapatos de salto alto, escolha umas calças. Se não se sentir à vontade quando usa gravata, deixe-a na gaveta e use uma boa camisa.

Pontualidade Chegue sempre a horas a qualquer entrevista. Se fizer esperar o seu potencial empregador logo no primeiro contacto, ele pode concluir que não é muito importante para si ou que é uma pessoa desleixada ou normalmente não cumpre horários.

• Uma boa desculpa para o atraso

Se chegar atrasado deve ter uma desculpa muito boa para justificar o seu atraso. Um engarrafamento ou uma morada difícil de encontrar são desculpas esfarrapadas. Quando se vai a uma entrevista é suposto contar com circunstâncias imprevistas e estar preparado e com tempo para elas.

Se mesmo assim chegar atrasado, peça desculpa mas não exagere. Há candidatos que chegam 5 minutos atrasados e que ficam 5 minutos a pedir desculpa.

• Chegar cedo

Chegar muito cedo também não é a melhor opção porque está a ser um peso para a recepcionista e vai parecer demasiado ansioso. Se fez mal as contas, vá dar mais uma volta ou tomar um café. Nunca beba álcool. Um

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copo de vinho ou de cerveja pode ter um efeito relaxante, mas também efeitos nefastos no hálito e na imagem com que o entrevistador vai ficar de si.

• Frio e calor

Se estiver muito frio e chegar cedo, aproveite para aquecer tranquilamente as mãos. Assim não vai ter que cumprimentar o entrevistador com uma mão gelada.

Também no meio de uma onda de calor, convém chegar cedo. Pode usar o tempo extra para ir à casa de banho lavar as mãos e refrescar-se. Assim evita um primeiro contacto com uma mão suada e pegajosa.

O grande momento do dia Faça da entrevista o momento principal do dia. Ou seja, disponibilize tempo e não marque outros encontros perto da sua entrevista que o façam estar a olhar constantemente para o relógio. Não ficaria bem e o seu nervosismo iria transparecer.

Durante a entrevista Deve ter cuidado com a forma como age durante uma entrevista. Um especialista em recursos humanos analisa o seu comportamento ao detalhe. Conhece o que deverá fazer e não se esqueça de desligar o telemóvel assim que entrar no edifício.

• O encontro

Muitas vezes tem que esperar um pouco até que o entrevistador apareça. Não se levante com um salto quando pensar que é ele que vai entrar. Espere tranquilamente até que lhe dirijam a palavra e levante-se só nessa altura.

Também não convém correr para o entrevistador com a mão esticada. Pode parecer excessivamente entusiasta ou desesperado. Espere que o outro tome a iniciativa de lhe apertar a mão.

Parecem pormenores e é uma questão de segundos, mas a primeira impressão é muito importante e forma-se nos primeiros minutos do encontro.

• Sentar-se

Deixe passar o entrevistador à frente quando se dirigem para o local da entrevista, a não ser que ele lhe abra a porta a si e faça sinal que pode passar.

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Quando lhe indicam um lugar onde pode sentar-se, se tiver escolha, opte por um lugar de onde possa facilmente ver o seu entrevistador. De modo geral, numa entrevista, os interlocutores sentam-se frente a frente.

• Postura

A sua postura deve dizer essencialmente: “estou à vontade”. Tente andar, sentar-se e estar em pé de forma descontraída. A maioria dos candidatos começa com uma postura bastante recta e contraída. Como estão nervosos, ficam muito direitos na cadeira e encostados às costas.

Vai sentir-se mais à vontade à medida que a conversa avança e pode mostrar isto através da sua postura. Deixe-se cair um pouco para trás, mude de posição de vez em quando, faça gestos, incline-se para frente... Não fique sentado sem se mexer, mas também não exagere!

Use as mãos para fazer gestos, para sublinhar coisas ou para ajudar às suas explicações. Muitas vezes, os gestos mostram que o outro se sente à vontade e que está cheio de entusiasmo. Evite, contudo, ser demasiado teatral.

• Contacto visual

Olhe para o entrevistador, mas não fixe nele o seu olhar, pois pode causar uma sensação desconfortável. Afastar constantemente o olhar também não dá bom resultado, porque ser sinal de incerteza, de que tem algo a esconder ou até de que está a mentir.

A arte de comunicar é reagir de forma flexível à situação. Tente olhar o entrevistador sempre que achar oportuno e tudo correrá bem.

Se houver vários entrevistadores, convém olhar para cada um mais ou menos em igual medida. Comece com a pessoa que lhe fez a pergunta e, de forma rápida, olhe a seguir para cada um dos outros.

Quando olha para o outro está a trocar impressões. Por isso, de vez em quando, diga que sim com a cabeça. Se inclinar a cabeça um pouco está a dar sinal de que está interessado e a ouvir com atenção.

• Sorrir

Uma das primeiras coisas que o entrevistador vê no candidato é o rosto. Portanto sorria quando o cumprimenta, pois dará de imediato uma impressão positiva. Ainda não lhe disse nada e já mostrou que é um prazer encontrar-se com ele e que está entusiasmado.

Durante a conversa sorria de vez em quando, pois se não o fizer dá a impressão de estar stressado e inseguro. Não exagere! Se sair de lá com dores nas bochechas, o entrevistador pode pensar que esteve a sorrir para esconder insegurança.

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Tenha atenção ao que faz com a cara. Se o entrevistador propuser uma coisa com que não está de acordo, é melhor não levantar as sobrancelhas. Isto pode querer dizer algo como: “O quê?” ou “Ah, se as coisas são assim!”. Claro que depende da situação porque, se as coisas estão a correr bem, uma sobrancelha levantada pode significar que está interessado.

• Despedir-se

Despeça-se descontraidamente, sem se mostrar demasiado ansioso. Não pergunte quando o irão contactar, refira apenas que aguarda então um contacto.

A Linguagem corporal Quando nos encontramos com alguém pela primeira vez, ficamos sempre com uma determinada impressão dessa pessoa logo no primeiro minuto. Muitas vezes, nas entrevistas se confia nas impressões. Não só no vestuário mas também na sua postura, o aperto de mão, a pontualidade e até os movimentos dos braços e pernas são avaliados minuciosamente pelo responsável pelo recrutamento. Está na hora de dar atenção à sua linguagem não verbal, ela é muito mais importante do que pode pensar!

A comunicação verbal é feita conscientemente mas o processo da comunicação não verbal é menos transparente. A comunicação não verbal é usada, em parte, de forma inconsciente, embora possamos usá-la também de forma consciente e estratégica. Ouve-se muitas vezes: “Não lhe disse nada, mas fiz-lhe sentir claramente que não gostei.”.

É principalmente a comunicação não verbal que é responsável pela primeira impressão de uma pessoa. O investigador americano Mehrabian fez uma estimativa da proporção verbal/não verbal do comportamento e concluiu que 55% da mensagem é transmitida via linguagem corporal. Ainda, segundo o mesmo estudo, a voz é responsável por 38% e as palavras apenas por 7%!

Projecte essa descoberta numa entrevista e logo perceberá o que está a dizer não é a única coisa importante. É a forma como fala que determina se vai ser considerado para a próxima volta ou não.

A entrevista é, portanto, o momento certo para ter atenção à impressão que dá não verbalmente.

Perguntas inevitáveis do entrevistador Estas são algumas das questões que seguramente lhe vão ser colocadas. Prepare-se para elas adequadamente.

• Diga-me porque é que havemos de o contratar?

• Quer falar mais pormenorizadamente sobre as suas experiências profissionais referidas no seu currículo?

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• Porque está interessado em colaborar com a nossa empresa?

• Porque quer deixar/deixou o seu actual emprego?

• Porquê teletrabalho?

• Quais são os seus pontos mais fortes e os mais fracos?

• Qual é o seu objectivo profissional?

• Fale numa situação do meio profissional em que ultrapassou certos desafios e conseguiu atingir os seus objectivos de maneira eficiente.

• Mencione os seus maiores êxitos e os seus piores fracassos.

• Fale num projecto em que trabalhou e descreva o que foi que mais gostou.

• Qual foi a sua experiência profissional mais desafiante e qual foi a mais satisfatória?

• Como é que o seu melhor amigo(a) o(a) descreveria?

• Quais são os seus interesses no tempo livre?

• Pratica algum desporto?

• Quais são os seus objectivos a longo prazo?

Depois da entrevista Depois da realização da entrevista, é conveniente que faça a sua auto-avaliação, a fim de corrigir pontos que considere não terem sido bem conseguidos.

Perguntas que pode explorar:

• Como decorreu a entrevista?

• Que aspectos despertaram maior interesse no entrevistador?

• Realcei suficientemente as minhas competências?

• Falei de mais ou de menos?

• Cortei a palavra ao entrevistador?

• Fui agressivo?

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• Dei uma imagem positiva de mim?

• Que aspectos poderei melhorar numa próxima entrevista?

Decorrido algum tempo após a realização da entrevista, e no caso de não ter sido informado sobre a decisão da empresa, poderá telefonar ao entrevistador, solicitando uma resposta.

No caso de receber uma resposta positiva, informando-o do dia e da hora em que terá de apresentar-se na empresa, deverá responder por telefone ou e-mail, confirmando a sua disponibilidade.

Saber como procurar trabalho e organizar a sua procura é a chave do seu sucesso. Existem alguns passos importantes que deverá

seguir na sua procura:

Síntese

Auto-análise Permite-lhe conhecer-se melhor a si próprio(a) e identificar o seu potencial. Conceber o Curriculum Vitae O CV é o documento que contém todas as informações relevantes sobre si que poderão atrair a atenção dos potenciais empregadores ou clientes. Escolhe o tipo de CV que deseja realizar, o conteúdo mais adequado para realçar as suas competências e cuide do aspecto formal, pois essa será a "embalagem que irá vender o seu produto" Conceber uma Carta de Apresentação A carta tem como finalidade apresentar, sumariamente, o motivo pelo qual decidimos enviar o nosso CV. Existem vários tipos de cartas que poderá utilizar, em função do seu objectivo. Organizar a pesquisa Criar um sistema para a sua pesquisa de trabalho é decisivo para obter os resultados esperados. Encaregue a pesquisa como um projecto que precisará de objectivos bem definidos, estratégia, planeamento e controlo. Elaborar candidaturas virtuais Hoje em dia é muito provável que terá de enviar o seu CV através dos meios electrónicos ou de um formulário colocado na Internet. Prepare-se. Preparar e participar nas entrevistas A entrevista é o momento quanto tem a oportunidade de "vender" os seus serviços, fazer valer as suas competências e verificar se o projecto/trabalho apresentado corresponde aos seus interesses. Tudo se decide neste momento e deverá estar muito bem preparado.

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Capítulo

3 Promover os seus serviços Saber escolher as modalidades e os canais adequados para promover os seus serviços de teletrabalho perante os potenciais clientes torna-se essencial num mercado em crescimento.

om o crescimento da utilização da Internet, muitos empresários pensaram em procurar realizar actividades em teletrabalho. Os teletrabalhadores freelancer devem negociar os contratos de trabalho com os seus clientes.

Se pedirem um preço muito elevado pelos seus serviços arriscam-se a perder boas oportunidades. Se pedirem um preço mais baixo é igualmente arriscado pois pode causar a impressão de menor qualidade.

C Mas o Preço adequado por si só não é suficiente para assegurar um fluxo de trabalho regular, nem para assegurar o seu sucesso como teletrabalhador. Deverá também considerar o seu Produto, neste caso o serviço que oferece, a maneira de Promover o serviço na Praça que poderá estar cheia de concorrentes.

Produto, Praça, Promoção e Preço – são conhecidos como os 4 P do marketing.

Praça

Promoção

Preço

Produto

4P4P Praça

Promoção

Preço

Produto

4P4P

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Definir o seu produto O teletrabalho não é um produto nem um serviço, é somente uma maneira de trabalhar.

O tipo de trabalho que uma pessoa desempenha, as competências que aplica, as experiências que oferece - formam o produto ou o serviço.

Este tema pode ser dividido nalgumas questões chave:

• Conhecer o produto ou serviço que se pretende vender

• Encontrar as pessoas que poderão estar interessadas em comprar

• Entrar em contacto com estas pessoas e estabelecer uma relação positiva

• Informá-las sobre o que pode oferecer.

Conhecer o produto ou serviço que se pretende vender Um teletrabalhador freelancer poderá vender 3 tipos de serviços:

• As suas próprias competências (arranjar um trabalho com contrato),

• Um produto criado com as suas competências e conhecimentos, que pode ser vendido a vários clientes,

• Um empregado convencional, com a possibilidade de teletrabalhar para um empregador que lhe paga um salário.

Para arranjar um emprego tradicional não precisa de vender ou promover os seus serviços ou as suas competências, basta seguir os passos elaborados no Capítulo anterior.

Pensar nas suas competências como um “produto” Muitas pessoas não conseguem arranjar trabalho como freelancer por não fazerem uma clara distinção entre “vender-se a si próprio” – o que se faz quando se candidata a um emprego tradicional, e “vender uma solução” para um problema particular, de curto prazo, que é a situação enfrentada pelos teletrabalhadores por conta própria.

Quando escreve uma mensagem, não deverá dizer algo do género:

“Faço tradução de Alemão para Português, por favor dêem-me trabalho”

Antes de conceber uma mensagem para se promover, o teletrabalhador deverá pensar seriamente e responder a algumas questões importantes como:

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• Que tipo de pessoas ou organizações poderão precisar de traduções de Alemão para Português?

• Destas, quais são as que têm página na Internet e que podem ser contactadas online?

• Como é possível encontrá-las e identificá-las?

• Qual é a melhor maneira de os contactar e atrair a sua atenção?

• Como podem ser convencidas que precisam dos seus serviços ou competências?

• Como podem ser convencidas que você é a melhor pessoa para realizar este trabalho?

• O que é possível fazer para simplificar o processo de decisão delas e levá-las a experimentarem os serviços?

Este tipo de pensamento representa a essência do marketing – que significa simplesmente compreender o mercado alvo e fazer este mercado trabalhar para si.

Cada pessoa tem que passar por isso sozinha. As respostas podem parecer simples e óbvias mas o essencial é o pensamento. Este tipo de análise de marketing não é difícil mas poucas pessoas conseguem fazê-la.

A praça Designa-se por praça o local de actuação dos actores principais envolvidos na troca: os compradores e os vendedores. É claro que a praça inclui mais do que isso, inclui todos os factores que influenciam a troca de bens e serviços, factores como: economia, sociedade, cultura, demografia, etc.

Deverá estudar o mercado onde irá agir de maneira regular a fim de ficar a par de todas as mudanças no seu sector de actividade bem como na economia nacional e internacional.

Por exemplo, conhece quantas pessoas estão ligadas à Internet em Portugal? Conhece quais as tendências no domínio das tecnologias informáticas? Ou a abertura das pessoas face à mudança?

Conhecer o seu mercado irá ajudá-lo(a) a tomar melhores decisões de negócios e definir com mais claridade as suas estratégias de produto, preço e promoção.

Promover os seus serviços A estratégia de “Custo Zero” Na Internet hoje em dia encontram-se milhões de listas de discussão ou fóruns online. Colocar a sua mensagem numa lista de distribuição adequada ou num

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fórum certo dá-lhe a oportunidade de “atingir” um tipo de pessoas que têm características conhecidas: estão interessadas no assunto que forma o tópico da lista. De modo geral, a publicação de uma mensagem apropriada num fórum de discussão adequado para os seus serviços é gratuita, mas poderá também optar por pagar para colocar o seu anúncio nas listas que pretende.

Deverá encontrar todas as listas que podem ser relacionadas com o tipo de trabalho que desempenha ou o tipo de serviços que oferece.

Subscreva todas as listas relevantes e leia todas as mensagens. Não arranque de imediato com o seu anúncio. Em alguns casos isso aborrece as pessoas e pode trazer mais prejuízos que benefícios.

O que deverá fazer é esperar por uma mensagem relacionada com o seu trabalho e preparar uma boa resposta, incluindo o seu nome e o seu endereço electrónico. Por exemplo, se fizer pesquisa de mercado deverá fornecer alguma informação útil das pesquisas que já desempenhou.

Se fizer isto regularmente, poderá tirar muitos proveitos:

• Construir uma reputação pessoal junto dos outros membros da lista de uma pessoa útil e bem informada sobre o assunto,

• As suas mensagens irão gerar respostas, algumas podendo ser de potenciais clientes,

• Irá construir uma rede de contactos no seu campo de trabalho,

• Irá aprender mais sobre a sua área de trabalho e, olhando para outros, aprenderá que tipo de mensagens recebem uma resposta positiva e que tipos de mensagens criam irritação.

Trata-se obviamente de marketing e não de vendas, o que significa que é preciso paciência – não é um método apropriado para vender um novo e espectacular produto em grandes quantidades rapidamente, mas é um bom método para desenvolver uma rede de bons contactos que vão com certeza resultar em negócios mais cedo ou mais tarde.

A estratégia de presença na Web Esta estratégia necessita um pouco mais de esforço e também algum, mas não muito, dinheiro. Poderá trazer muito bons resultados se combinada com a estratégia anterior. Hoje em dia para tratar com seriedade a venda online dos seus serviços é importante ter uma presença apropriada na web .

Construa um web site que contenha informação útil sobre o seu campo de actividade/trabalho. A informação poderá incluir: o seu currículo, exemplos do seu trabalho, clientes com quem trabalhou (com a autorização deles), FAQs, etc.

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O seu objectivo deverá ser construir um site interessante para as pessoas que poderão ser os seus clientes e não para qualquer pessoa que esteja interessada na área. Poderá pensar em utilizar várias línguas, as línguas dos seus clientes. Para reduzir custos e esforço poderá construir um web site comum com outros especialistas no seu campo.

Não abandone a estratégia das listas, mas sim utilize o endereço do seu site como ponto de referência – quando responder a mensagens direccione os leitores para a página da web para mais informações. Nenhuma destas acções irá custar dinheiro, mas irá precisar de investir tempo e esforço.

Existem vários sítios na Internet onde poderá obter conselhos sobre web sites e ferramentas para construir um eficiente site. A chave é ter a certeza que fornece um conteúdo realmente útil.

Uma estratégia colectiva Pode ir mais longe mais rápido desenvolvendo um “grupo de teletrabalhadores” que têm interesses comuns e formar uma “empresa virtual”, partilhando os custos e esforços de uma campanha comum de marketing ou publicidade. Esta solução pode requerer um maior esforço inicial mas o retorno pode ser mais sustentável.

O importante é descobrir 4-5 pessoas que têm competências ou perfis similares mas não idênticos e partilhar o esforço e os custos com o grupo.

O principal desafio será testar o conhecimento e as competências dos seus colegas de teletrabalho. Mas se for bem sucedido, o grupo e o seu web site podem tornar-se numa entidade reconhecida e começar a ter mais impacto no mercado do que um único indivíduo poderá ter.

Deverá ter ideias claras sobre responsabilidades e sobre a modalidade de distribuição do trabalho. Também deverá ter consciência sobre o que deverá ser feito, quais são os seus pontos fortes e quais são os seus clientes alvo.

Uma vez estabelecido grupo deverá partilhar o trabalho de monitorização, responder aos e-mails, etc. Uma pessoa pode responsabilizar-se por manter ligações excelentes no web site, outra pessoa por fazer publicidade nas listas, etc.

O papel dos serviços de trabalho Mesmo que alguns destes serviços funcionem, e é possível que encontre trabalho através deles, nunca deverá considerar isto como a sua única abordagem ao mercado. É provável que seja melhor para todos olharem para estes serviços como um recurso extra e não como a única solução para encontrar trabalho.

Mesmo que algumas empresas utilizem estes serviços para encontrar pessoas para uma tarefa temporária, a maior parte das empresas distribuem o trabalho que têm a pessoas que conhecem – por isso, vai ter que realizar o trabalho de arranjar clientes e desenvolver relações fortes com eles.

Os serviços e a atitude das empresas clientes evoluem rapidamente pelo que deverá considerar os serviços online como parte da sua estratégia de marketing.

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Exemplos de anúncios para teletrabalho Desenvolvimento de conteúdos para formação a distância; ensino e formação a distância.

Desenvolvimento de materiais, apresentações em Power Point para formação à distância. Ensino e formação a distância. Tutoria de formandos online. Coordenação de grupos de utilizadores locais via telefone, e-mail, chats ou sistemas de gestão de aprendizagem. Consultoria e assistência On-line.

Tradutor Inglês - Português, Português – Inglês

Traduções perfeitas e rápidas de Inglês para Português e de Português para Inglês a todos os níveis.

Assistente Pessoal Processamento de texto, organização de eventos e reuniões, pesquisas na Internet, serviços de notariado, registos, filtragem de e-mail, etc.

Introdução/Recolha de dados Estou à procura de teletrabalhos relacionados com a recolha de dados em computador. Sou muito dedicado, tenho acesso Internet de banda larga e posso receber e enviar ficheiros grandes se for preciso.

Estabelecer o preço Antes de avançar com uma taxa horária ou diária que lhe pareça justa para o seu trabalho e para o seu tempo, pense uma pouco sobre o seu objectivo em termos de preço – o que quer alcançar?

Existem pelo menos 3 modalidades a considerar na definição do preço mais adequado para si e para os seus serviços:

• O preço de sobrevivência

Prestar serviços ao preço mínimo possível, suficiente para cobrir os custos (incluindo o seu custo de vida e manter as suas competências actualizadas). É normalmente chamado o “custo de nível 0” (com qual nem se perde, nem se ganha).

• O preço do valor competitivo

Esta abordagem sugere que aumente o nível do seu preço muito sobre o “nível 0”, posicionando a sua oferta no topo dos serviços de qualidade no seu sector não deixando de ser competitivo e oferecendo bom valor aos seus clientes.

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• O preço “Prémio”

Significa posicionar os seus serviços numa classe elitista e atrair os clientes que querem e podem comprar o melhor.

É obvio que com a primeira opção o factor principal são as suas próprias necessidades, enquanto para as opções 2 e 3, deverá investigar os preços promovidos pelos seus concorrentes. Mesmo na primeira opção, a concorrência deverá ser considerada. Por exemplo, que acontecerá se existirem muitas pessoas com competências e habilitações iguais no mercado que ficarão felizes em trabalhar abaixo do “nível 0”?

Para estabelecer o preço certo para os seus serviços, comece por calcular o seu custo de “nível 0” e continue com as outras opções até encontrar o mix de preço adequado.

O preço de “nível 0” Este método é usado para cobrar os custos base do serviço. Este deverá ser sempre o primeiro passo no desenvolvimento de uma estratégia de preço.

Escreva todos os custos que terá no ano inteiro. Divida pelo número efectivo de dias úteis do ano. Esta operação vai dar-lhe o custo de “nível 0” diário. Lembre-se que:

• Não pode trabalhar 7 dias por semana, 365 dias por ano. Planeie tempo para os dias de descanso e férias.

• Deverá manter as suas competências actualizadas – planeie tempo para formação e aprendizagem.

• Inclua espaço para actividades de marketing. Estar 100% ocupado com clientes poderá trazer-lhe benefícios a curto prazo mas se não trabalhar na sua promoção poderá encontrar-se de repente sem trabalho.

• Não assuma automaticamente que vai poder trabalhar nos restantes dias–poderá encontrar-se sem clientes ou à espera de trabalhos que os seus clientes prometeram.

O melhor conselho é fazer 3 versões:

• Pessimista, para sobreviver ao pior cenário

• Optimista, para quando as coisas correm bem

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• Realista, que apresentará os acontecimentos mais prováveis.

Elementos do seu custo de “nível 0” Algumas ideias para ter em conta quando estabelecer o seu custo base:

• Custos do escritório (energia, renda, telefone, outras despesas)

• Depreciação do equipamento

• Aprendizagem e pesquisa (assinaturas de revistas de especialidade, associações, compra de livros, cursos, seminários e formação)

• Equivalente salarial (a quantia mensal que planeia ter para as suas despesas pessoais)

• Impostos, taxas, seguros, reforma (deverá calcular quantias apropriadas para cada uma)

O seu custo Agora calcule o número previsto de dias de trabalho que lhe vão render dinheiro por ano. Mais uma vez, analise as 3 versões: pessimista, optimista e realista.

Qual será o número máximo de dias rentáveis que poderá trabalhar por ano se tivesse trabalho? Muitas pessoas ao começar como teletrabalhadores pensam em termos de 52 semanas por ano, tirando 3-4 semanas de férias, mais os feriados e assumem que vão render dinheiro aproximadamente em 220-240 dias por ano. Isto pode ser uma desilusão.

Para os empregados, uma empresa planeara entre 150 e 200 dias “produtivos” de trabalho por ano.

O preço de valor competitivo Nesta situação deverá considerar quanto vale o seu trabalho para o seu cliente e qual é a sua “posição” no mercado. Saber quanto tempo e esforço lhe leva para realizar algo. Deverá saber também que reputação tem e qual é a qualidade do seu currículo. Tente olhar na perspectiva do cliente.

Assumindo que o serviço que poderá oferecer é actualmente o requerido pelo cliente, este poderá olhar de seguinte maneira:

• Qual é o valor final que pode fazer?

Se os seus conhecimentos e experiência são muito procurados e existem poucas pessoas que podem executar trabalhos neste campo, os clientes

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poderão estar preparados para pagar muito mais do que o seu custo de “nível 0” ou o custo realista. Aconteceu em 1998 e 1999 quando o medo do Y2K, o vírus do milénio, aumentou o valor de mercado dos programadores com experiência em COBOL. Hoje em dia aumenta o valor de mercado das pessoas com habilitações em programação Web , sistemas de gestão de conhecimento, etc.

• Qual é o valor aos olhos do cliente?

O cliente deve sempre pensar que o trabalho que você irá fazer renderá mais, em termos de benefícios, do que aquilo que ele lhe pagará para o serviço.

• É o seu serviço uma solução para problemas urgentes?

Se o seu serviço for requerido com urgência e sem pré-aviso o valor deverá ser superior aos casos normais. Deverá ter uma estrutura de preços para trabalhos de urgência. Uma das características da nova economia é aumentar o ritmo dos negócios criando mais oportunidades para as pessoas e empresas que podem assegurar uma resposta rápida e eficiente às necessidades.

Se conhecer quanto é que os seus concorrentes cobram pelos seus serviços poderá decidir a sua “posição” em função da sua experiência, conhecimentos, habilidades, serviço e “imagem”. Se fizer isto bem, poderá justificar perante o seu cliente o preço que lhe propõe. Comece por descobrir quais são e quem são os seus concorrentes.

• O cliente: Poderá o cliente fazer isto sozinho? A que custo? Qual será o custo de contratar um empregado a tempo inteiro, comparado com o custo do seu serviço que é temporário?

• Outros consultores com uma oferta igual ou muito semelhante: Descubra o que outros teletrabalhadores cobram para trabalhos similares.

• Outros consultores com uma oferta mais cara que a sua: Se trabalhar sozinho(a), provavelmente a partir de casa, os seus custos irão com certeza ser mais baixos do que os custos deles. No entanto chama-se a atenção para a imagem e a credibilidade que uma grande ou mesmo uma média empresa apresenta.

• Outras formas de execução do mesmo trabalho: Por exemplo, se fizer pesquisas, poderá o mesmo ser comprado numa das grandes empresas de pesquisa do mercado e a que preço? Se fizer traduções, quais são as tarefas que um programa de tradução automática não consegue realizar e que precisam com certeza de um tradutor humano?

Dicas finais sobre o preço A mensagem mais importante é “Não estabeleça o seu preço no momento em que as oportunidades aparecem”.

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Organize-se! Passe pelo processo apresentado e verá o negócio tornar-se mais proveitoso e mais bem sucedido.

• Identifique os seus custos até ao detalhe. Seja confiante sobre o seu “nível 0”. Por vezes poderá fazer algum trabalho para ganhar experiência e currículo, mas deverá sempre saber quando está a ganhar e quando está a perder dinheiro.

• Tenha uma ideia clara da sua capacidade de trabalho – em dias e horas – incluindo férias, feriados, formação, tempo para relaxamento, etc.

• Estabeleça o seu preço de “nível 0” em dias, horas e meses.

• Compare o seu preço com o que os seus clientes acham que vale. Deverá depois procurar aumentar o seu preço quando e em quanto for possível. O preço “certo” é o preço que o cliente vai pagar enquanto sentir que receberá em troca o valor do dinheiro investido.

• Observe/analise a concorrência. Procure todos os possíveis concorrentes. Compare a sua posição com a deles e ajuste o seu preço em conformidade.

• Terá um sistema de preços que, no mínimo, irá cobrir os seus custos e, no máximo, lhe permitirá ter lucro, construir relações comerciais e ter uma carteira de clientes satisfeitos.

• Escreva o seu sistema de preços no papel. Pode optar por publicar ou não a sua fórmula de preço – poderá ser uma vantagem ou desvantagem, em função do mercado, mas assegure-se que tem uma fórmula!

• Esteja preparado(a) para ser flexível em arranjar trabalho, mas conheça sempre a sua margem de lucros ou prejuízo!

Produto, Praça, Promoção e Preço são os 4 pilares importantes do marketing.

O seu Produto é representado pelas actividades que pode desempenhar através das suas experiências, competências e conhecimentos. Defina o seu produto/serviço respondendo às questões colocadas. Estudar o mercado onde irá actuar é igualmente importante enquanto define a sua estratégia de marketing. Conheça os seus competitores mais importantes, o tipo de

Síntese

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clientes e as suas exigências, os preços praticados, a evolução, as tendências etc. Para promover os seus serviços poderá escolher entre várias estratégias que tem ao seu dispor:

• Estratégia de "Custo Zero"

• Estratégia de presença na Web

• Estratégia colectiva

• Estratégia dos Serviços de Trabalho

Estabeleça um preço adequado para os seus serviços, considerando 3 modalidades principais:

• Preço de sobrevivência

• Preço de valor competitivo

• Preço "prémio"

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Capítulo

4 Planeamento e Gestão por Objectivos “- Gatinho de Cheshire! O senhor poderia dizer-me, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui? – Isso depende muito de para onde quer ir, respondeu o Gato. – Não me importo muito para onde vou, respondeu a Alice. - Então não importa o caminho que escolhas, disse o Gato” (Extracto de “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carol).

uma historia engraçada para crianças (ou para crianças adultas), mas a mensagem é, sem dúvida, válida para qualquer idade: sem um objectivo bem definido não se podem tomar

boas decisões. Quanto mais cedo aprendermos a implementar esta filosofia na nossa vida, melhor.

É Muitas vezes encontramo-nos num cruzamento, com vários “caminhos” à nossa frente sem sabermos qual o melhor passo a dar a seguir. Como na história da Alice, se não soubemos para onde queremos ir, como poderemos decidir qual o melhor caminho para nos levar até lá?

O princípio do planeamento Ao conceber um plano deverá responder a 3 questões essenciais:

• Onde se encontra?

• Onde quer chegar?

• O que deverá fazer para lá chegar?

O propósito do planeamento é pensar sempre nas finalidades e objectivos, nos resultados das acções a desempenhar e identificar e relacionar estas acções.

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Fazer um acompanhamento das actividades a desenvolver diariamente e as metas estabelecidas é essencial para a qualidade do resultado final.

Um plano é:

• Um instrumento direccional

• Um mapa para as actividades futuras

• Um recurso para avaliação e tomada de medidas de correcção de desvios.

Benefícios do plano

• Traz motivação

• Permite uma adaptação às mudanças no ambiente externo ou interno

• Conjuga todas as metas do teletrabalhador, permitindo uma visão geral sobre a sua actividade e sobre os seus resultados nas áreas profissional e pessoal.

Os elementos de um bom plano

• Descrição da situação actual

• Objectivos claros

• Recursos disponíveis

• Tarefas a desenvolver, as pessoas responsáveis, as prioridades e as datas limite

• Mecanismos de controlo e avaliação

• Plano de contingência, para assegurar uma resposta eficiente em caso de crise.

Requisitos

Para pôr um plano em prática precisa de:

• Direcção

Ter uma visão e objectivos bem definidos e claros.

• Conhecimento

Ter as competências, informações e os conhecimentos adequados.

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• Recursos

Ter um espaço para trabalhar e todos os recursos necessários.

• Apoio

Ter uma rede de contactos que poderão fornecer um apoio em caso de necessidade.

O processo do plano O planeamento deve ser visto como algo que não é linear. Embora alguns dos passos devem ser seguidos numa ordem específica, uma vez definido, o plano deve ser constantemente avaliado, medido e redefinido em função dos resultados alcançados em cada momento.

Definir a visão A parte mais importante do plano é a definição do resultado final e a sua expressão em algumas frases (a visão) que vão servir de guia para o plano e para a sua implementação.

Para esclarecer qual é o resultado final desejado, poderá usar as seguintes perguntas como ponto de partida:

• Como quer que seja o futuro?

• Que padrões quer atingir e utilizar?

• Que benefícios deseja?

• Quais são os seus princípios e valores base que deseja utilizar?

A tentativa de responder a perguntas no plano ético ajuda estabelecer um quadro que pode ajudar a reagir a imprevistos sem prejudicar a integridade do plano.

A visão é o farol e a motivação nos períodos mais duros. Fornece a energia para a realização do plano. A visão tem que ser positiva e inspiradora.

Quando criar a visão preste atenção aos “assassinos” da visão, como a tradição, medo do ridículo, estereótipos, pensamento de curto prazo, etc.

Uma visão não é um destino, mas sim, uma estrutura que guia as actividades diárias. Se criar uma visão juntamente com mais pessoas, convém que essa seja partilhada pelas todas as pessoas envolvidas.

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Analisar a sua posição face à realidade actual A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Oportunities and Threats) é a metodologia mais eficiente para obter uma imagem adequada da sua realidade presente. Para realizar esta análise, tente responder às seguintes perguntas…

Strengths (pontos fortes)

• Quais são as suas vantagens?

• O que faz muito bem?

• Que recursos relevantes tem?

• Quais são os pontos fortes que os outros acham que tem?

Considere as respostas do seu próprio ponto de vista e do ponto de vista dos seus “clientes” ou das pessoas que dependem de si. É aconselhável dar respostas realistas e verdadeiras em vez de tentar ser modesto ou optimista em excesso.

Weaknesses (pontos fracos)

• O que pode melhorar?

• O que está a fazer mal?

• O que deve evitar?

Novamente, os aspectos devem ser considerados de um ponto de vista interno e externo: Os outros vêm pontos fracos diferentes? A sinceridade e o realismo devem estar na base das suas respostas.

Opportunities (oportunidades)

• Quais são as oportunidades das quais poderá tirar partido?

• Que tendências interessantes conhece?

As oportunidades podem aparecer de várias áreas como mudanças em tecnologias e mercados, mudanças nas políticas governamentais relacionadas com a área em que trabalha, mudanças nos padrões sociais, estilos de vida, etc.

Uma maneira útil para descobrir oportunidades é ver se os seus pontos fortes lhe oferecem algumas oportunidades. Uma outra forma consiste em ver se, eliminando alguns dos seus pontos fracos, surgem algumas oportunidades.

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Threats (ameaças)

• Que obstáculos enfrenta?

• O que é que a sua concorrência está a fazer?

• As mudanças da tecnologia estão a afectar o seu trabalho?

• Tem dívidas ou problemas de cash-flow?

As primeiras duas partes - Strengths e Weaknesses, descrevem a situação do ponto de vista interno. Aqui incluem-se coisas que podem ser controladas ou influenciadas pela própria pessoa.

As restantes duas – Oportunities e Threats, descrevem-na do ponto de vista externo, ou seja, as coisas que são capazes de acontecer, mas sobre as quais não pode ter nenhum controlo.

Realizar esta análise é muitas vezes algo elucidativo sobre a natureza e circunstâncias actuais, e permite evidenciar o que deve ser feito e, ao mesmo tempo, mostrar que certos problemas podem ser menores do que inicialmente se pensava.

Definir indicadores de sucesso Os indicadores de sucesso são medidos, normalmente, sob forma de números, que permitem saber se está a cumprir a visão geral. É importante saber que os indicadores de sucesso são exactamente isso: indicadores. Eles não são objectivos em si, mas servem para guiar as suas acções no cumprimento dos seus objectivos.

Estabelecer objectivos e tarefas Os Objectivos Um objectivo é um resultado desejado, a descrição de uma determinada situação que deverá acontecer depois de determinadas acções terem sido executadas.

“Aumentar as vendas” não é um objectivo, porque não descreve uma condição ou situação muito clara. “Aumentar as vendas em 20% sobre as do ano passado até ao

dia 15 de Dezembro de 2004” é uma definição mais adequada e mais fácil de medir.

T Time framed (limitado no tempo)

R Realistic (realista)

A Attainable (alcançável)

S Specific (específico)

M Measurable (mensurável) Todos os seus objectivos devem ser SMART (palavra anglo-saxónica que significa inteligente), ou seja:

Sempre que estabelecer um objectivo ou uma meta, quer para a sua vida profissional quer pessoal,

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assegure-se de que estas cinco características são cumpridas.

eSpecífico É importante que o seu objectivo seja fixado em termos tão específicos quanto possível. Se assim não for, é muito difícil dividi-lo nas etapas que devem consitiuir um plano de acção.

Os objectivos específicos devem incluir referências a números, quantidades, percentagens ou frequências. Um objectivo é específico quando torna evidente para todos o que se deve ou pretende alcançar.

Exemplo: conseguir uma redução dos custos em 30%.

Mensurável Uma vez especificado o objectivo ou meta, a próxima etapa é decidir como medi-la. Se é muito difícil medir, será ainda mais difícil atingi-la. Se o seu objectivo fosse “reduzir os custos”, teria de o dividir em etapas, pelo que iria começar por analisar as opções que tem e as acções que poderia implementar gradualmente para reduzir as suas despesas. O objectivo deve ser revisto regularmente, para avaliar o progresso conseguido.

Um objectivo mensurável deve fornecer uma base de comparação. Portanto, “reduzir os custos em 30% face ao ano passado” seria algo mais fácil de avaliar.

Alcançável Deve assegurar-se que é possível alcançar o seu objectivo. Ele deve ser aliciante e motivador, mas não demasiado difícil de realizar. Certifique-se que tem os recursos necessários, a disponibilidade e competência para realizar o que pretende.

Realista O seu objectivo deve ser realista. Porém, deve também representar um desafio, pois os objectivos demasiado fáceis de alcançar são pouco motivantes. A experiência demonstrou que as pessoas de sucesso impuseram a si próprias metas muito exigentes ao fim de se esforçarem e ultrapassarem os limites comuns.

Limitado no Tempo Ao impor um limite temporal aos seus objectivos, reforçará a urgência em empreender a acção - “antes agora que depois”. Os limites temporais devem ser realistas em relação às outras tarefas que tem para cumprir e devem também ser flexíveis. As circunstâncias podem estar sempre a mudar e, por vezes, poderá ter que corrigir o seu limite de tempo dum objectivo, por imposição dos acontecimentos.

Os limites de tempo estimulam uma pessoa a completar os seu objectivos. Um objectivo com um termo limite ajuda a organizar aquilo que deve acontecer, o período de tempo e quais as pessoas responsáveis.

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Tipos de objectivos Os objectivos podem ser de:

• Curto prazo

• Médio prazo

• Longo prazo

Eles fornecer-lhe-ão um quadro para você poder determinar o que é importante quando quiser atribuir prioridades às tarefas dentro do tempo que dispõe.

Os objectivos também podem ser gerais e específicos ou principais e secundários.

As Tarefas Para realizar um objectivo deverá dividi-lo em pedaços mais pequenos – as tarefas. As tarefas ajudam a tomar uma decisão sobre o que deve fazer, quando e como, o que pode delegar ou não fazer. Elas são a ligação entre os seus objectivos e as actividades diárias.

Se definir as tarefas de uma forma clara é mais provável que as cumpra.

As tarefas podem ser:

• Tangíveis e fáceis de especificar (por exemplo: emagrecer 6kg até 1 de Abril 2005)

• Intangíveis e difíceis de descrever ou de medir (melhorar uma relação). Neste caso deverá descrever a tarefa através das acções implicadas e estabelecer datas limite para analisar os resultados.

Se a tarefa se refere a algo comportamental ou que é difícil de exprimir em números (ou de medir), pode especificar a tarefa com um nome ou uma palavra-chave que irá simbolizar esta tarefa para si.

As tarefas podem ser também:

• Estáticas ou contínuas – que vão ficar no plano por longos períodos de tempo.

• Dinâmicas ou temporárias – que acabam quando determinadas acções forem executadas.

Para definir as tarefas, deverá responder às seguintes perguntas:

• O que deve ser feito?

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• Qual deverá ser o resultado?

• Quem vai fazer?

• Até quando?

As actividades Depois de ter definido as tarefas para cada objectivo, deverá dividi-las em pedaços ainda mais pequenos - as actividades.

As actividades são acções concretas que devem ser executadas para realizar cada uma das tarefas definidas para um objectivo. As actividades variam em função da natureza da tarefa.

Exemplo

Visão Quero saber falar bem inglês.

Objectivo Falar inglês de nível intermédio até 31 de Junho 2005.

Tarefas Estudar e praticar inglês (de Janeiro a Junho 2005)

Actividades Aprender 5 palavras novas por dia.

Fazer exercícios de gramática 3h por semana.

Ler um pequeno livro em inglês todos os meses.

Conversar 1h por semana com o John.

Ver 1 filme em inglês por semana.

Identificar os recursos implicados Neste passo deverá rever cada objectivo e as tarefas aferentes ao fim de identificar todos os recursos que serão necessários para atingir as suas metas.

Poderá incluir recursos como:

• Conhecimentos

• Financeiros

• Logísticos

• Humanos

• Informáticos

• Competências

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Enquadrar no tempo O passo seguinte será tentar enquadrar os seus objectivos e tarefas no tempo. Isto significa simplesmente identificar todos os termos limite que definiu e incluir toda a informação num grande calendário.

Com certeza que vai encontrar determinadas actividades que se vão sobrepor no tempo. No capítulo seguinte, iremos falar sobre a gestão das prioridades, conhecimentos que lhe vão ser úteis em lidar com as várias actividades a desempenhar no mesmo dia.

Avaliar e ajustar Estabelecer modalidades e períodos de avaliação do seu progresso e reajustar as suas acções em função dos mesmos.

Síntese

Para atingir os resultados que deseja em termos profissionais e não só, é imperativo saber planear e realizar o seu plano antes de arrancar.

Definir a visão

Analisar a realidade actual

Estabelecer objectivos

Estabelecer tarefas e actividades

Definir indicadores de sucesso

Identificar os recursos

Avaliar e ajustar

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Capítulo

5 Gestão do Tempo Todos temos o mesmo número de horas por dia – 24!

você que gere o tempo... ou é o tempo que o gere a si? Muitas pessoas parece que andam sempre de crise em crise. Como poderão progredir se não conseguem sequer manter o ritmo no que fazem? É

A gestão eficiente do tempo é uma decisão consciente onde uma pessoa decide o que é importante para ela e depois planeia o seu tempo e a sua vida em função delas. A chave é utilizar o pensamento pró-activo.

Não deverá esperar que o tempo tome conta da sua vida, mas sim, sentar-se no lugar do condutor e decidir por si próprio(a) o que vai fazer com o seu tempo. Quais são os seus valores e quais são os seus objectivos? Onde quer chegar? O que é mesmo importante para si? Que acções serão necessárias fazer para que as coisas aconteçam?

“Ninguém tem tempo que chegue, mas todos têm todo o tempo que existe.” Anónimo

Lembre-se dos imprevistos que possam surgir mesmo assim. Poderá reduzir estas ocorrências reactivas através do planeamento antecipado – sendo pro-activo(a).

Não existem ferramentas de gestão do tempo que funcionem sempre ou para todas as pessoas. Deverá decidir para si próprio(a) o que é melhor para si e que funciona melhor em cada momento. Deverá planear melhor a ocupação do seu tempo? Gerir melhor a sua agenda? Deverá redefinir as suas prioridades?

Também as áreas chave na vida de uma pessoa mudam com o tempo. Para um progenitor com filhos muito jovens a vida familiar ocupará mais tempo diariamente do que para uma pessoa solteira.

Um ponto chave é o equilíbrio! Deverá evitar concentrar-se numa só coisa, excluindo tudo resto. Deverá planear tempo para relaxar, para fazer exercício físico,

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para os amigos e para se divertir. Se não cuidar de si, não terá a energia que precisa para realizar aquilo que quer.

O que é o tempo? A maior parte dos livros, cursos e seminários de gestão do tempo não definem o tempo. Mas, sem saber exactamente o que é o tempo, como poderá pretender ser capaz de o gerir? Muitas pessoas usam expressões como “Não tenho tempo”. Poderemos questionar o que é que isso significa: “Tenho um horário preenchido?” ou “Tenho demasiadas coisas para fazer?”.

Immanuel Kant afirmou que o tempo não tem uma existência real fora da mente humana – e, mesmo assim, geralmente, as pessoas envolvidas no mundo dos negócios encontram-se numa “corrida constante contra o tempo”.

Existem 3 tipos de tempo:

• Tempo físico ou de evolução

Este tipo de tempo refere-se aos movimentos, às mudanças da vida ou aos acontecimentos intelectuais ou físicos. Segundo os cientistas, o tempo físico é algo estático, não “corre”. É o tipo de tempo a que se refere o provérbio “O tempo e a maré não esperam por ninguém.”

• Tempo relógio

O sentido geral de tempo do ser humano é obtido a partir do relógio. É uma medida arbitrária, mas consensual, para o tempo físico que utiliza como instrumentos de medida os relógios e os cronómetros.

O tempo relógio é utilizado para coordenação (ex. várias pessoas chegarem “a tempo” para uma reunião) ou para medir a duração das actividades.

Pode ser também definido como tempo quantitativo.

• Tempo interno ou psicológico

É a sensação que uma pessoa tem de “o tempo passar”. Inclui sentimentos como ansiedade, pressão, aborrecimento, etc.

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Várias culturas escolheram diferentes eventos físicos como base para as suas medições do tempo físico: o tempo que leva a cozer o arroz, um ano solar, um mês lunar, etc.

Os países definiram uma modalidade de divisão do tempo por zonas geográficas, começando em Greenwich, Inglaterra. Muitos países foram ainda mais longe, convencionando modos de aproveitamento da luz solar (a mudança do tempo duas vezes por ano).

A gestão do tempo Será que o tempo relógio pode ser gerido? Depende do que se entende por “gerir o tempo”.

Se alguém responder -“assegurar que a maneira de medir é sincronizada, regular e contínua” - estará muito perto da verdade.

Se fossemos viajar no espaço, a uma velocidade próxima da velocidade da luz, e depois voltássemos à Terra, o nosso relógio iria indicar um tempo diferente dos outros relógios que se encontram na Terra.

Os relógios são instrumentos precisos: podem ser sincronizados e andam a uma velocidade constante. Não é desejável que eles se atrasem, adiantem ou mesmo parem.

Então, para uma gestão competente do tempo relógio, deverá mudar de hora duas vezes por ano, mudar de hora quando viaja para outras zonas geográficas e acertar ou verificar a hora de um relógio electrónico quando falta a electricidade.

Voltando à pergunta inicial – será que o tempo relógio pode ser gerido?

Se por isso se entende: “seguir o movimento exacto do tempo relógio” a resposta é também sim.

Uma maneira para realizar isso é “ler” o relógio periodicamente, usando a sua habilidade para “dizer o tempo”, uma das primeiras lições de gestão do tempo. Mesmo assim, esta habilidade poderá não servir para nada nalgumas zonas isoladas da África, por exemplo.

Uma outra maneira de seguir o movimento do tempo relógio consiste em utilizar o “sentido do tempo” – a competência para estimar o tempo relógio em qualquer momento.

A gestão convencional do tempo refere-se ao tempo relógio que, basicamente, é uma variante do tempo físico. Foca-se na forma como se organizam e passam os diversos eventos na vida.

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Existem 4 princípios da gestão convencional do tempo:

• Determinar objectivos a curto e longo prazo

• Dividir os objectivos em tarefas mais pequenas

• Determinar prioridades

• Aprender a utilizar um sistema de planeamento diário (agenda).

Foi concluído que, na sociedade ocidental, a maior parte das pessoas passam mais tempo a calcular o IRS do que a estabelecer objectivos a longo prazo para as suas vidas. Para alcançar algo na vida, é necessário considerar com atenção os seus valores, objectivos e prioridades.

“Preocupações com a qualidade de vida tanto podem surgir de uma pessoa que usa um sistema de gestão do tempo convencional como de uma que não usa nenhum!” Stephen Covey – First Things First.

O tempo inclui eventos e a medição da duração destes eventos é feita com relógios.

Mas tempo é também aquele sentimento que se tem quando espera por alguma coisa (“o tempo está parado”), aquela pressão que sente quando trabalha para uma data limite (“o tempo pesa em cima da cabeça”) ou mesmo aquele prazer que tem quando lhe cai um bom livro nas mãos e que não consegue largar até à última página (“o tempo voa”).

A gestão do tempo interno (GTI), ao contrário da gestão convencional do tempo, fornece métodos para optimizar a maneira como um pessoa se relaciona ou se envolve nas actividades correntes.

A gestão do tempo interno foca-se em aumentar o envolvimento, mudando de “conter-se a fazer algo” para “dedicar-se a fazer algo”, mudando o “envolvimento” para “absorção”, conseguindo assim transformar certos sentimentos incómodos da passagem do tempo em energia positiva.

Na base da gestão convencional do tempo encontra-se o tempo físico, que corre a uma velocidade inalterável. A gestão do tempo interno baseia-se na convicção de que o tempo não corre e considera como instrumentos de medição os próprios sentimentos da pessoa, as percepções da passagem do tempo, que indicam se a pessoa está envolvida nas suas actividades ou não.

A melhor solução, em termos de produtividade e bem-estar, é utilizar uma combinação do tempo físico com o tempo interno, uma combinação entre a disciplina de planificação e organização das suas actividades com métodos para melhorar a sua maneira de as realizar.

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Já reparou como todas as pessoas estão tão ocupadas hoje em dia? Clientes, colegas, concorrentes, amigos – a vida está cheia de actividades. Muitas vezes tem que deixar para amanha as coisas que tem para fazer hoje e chega ao fim do dia perguntando o que é que realmente alcançou naquele dia.

O segredo é que, de facto, ninguém pode gerir o tempo! Ninguém consegue fazer o tempo andar mais depressa ou mais devagar. Ninguém pode recuperar o tempo perdido ou fazer com que o tempo ande para trás e para frente.

A gestão do tempo não existe!

O que pode fazer é gerir as suas actividades e a maneira como escolhe usar o seu tempo! Ou seja, decidir onde quer focar a sua energia diária.

A matriz das prioridades A única coisa que todos nós temos em comum é o facto de que todos dispormos de 24h por dia, sete dias por semana e 52 semanas por ano.

O tempo é um recurso precioso que não pode ser substituído.

Estabelecer Prioridades Uma vez decididos os objectivos e as tarefas a realizar, o passo seguinte é decidir qual a prioridade que cada uma delas deve ter. Isso será estabelecido com base num determinado número de factores e pela decisão de cumprir os objectivos a curto, médio ou longo prazo. Temos necessidade de destinar tempo, em cada dia, para as tarefas reactivas, bem como para as pró-activas e para as de manutenção, que são inevitáveis.

Porém, é muitas vezes possível reduzir o tempo gasto com algumas destas tarefas, desde que se saiba o tempo que normalmente se gasta com as tarefas reactivas.

Há ainda outros factores importantes que determinam a prioridade das tarefas, como o grau de importância e o grau de urgência. Deverá classificar as suas tarefas e actividades em função destes 2 critérios. (inspirado do livro “Os 7 Hábitos das pessoas altamente eficazes” de Stephen Covey, 2001).

Importância e Urgência Aquilo que é Urgente, necessita da sua atenção imediata (por exemplo: o telefone a tocar). Mas o facto de algo ser urgente, nem sempre significa que é também importante. Uma coisa é importante quando contribui para os seus objectivos.

Utilizando a seguinte matriz, poderá definir melhor as suas prioridades e escolher a melhor estratégia a seguir.

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I

II

IV

III

Importante

Urgente

Não importante

Não urgente

Quadrante I

Neste quadrante, as actividades executadas são urgentes e importantes, caracterizadas por situações de crise, problemas candentes e datas limite.

Desenvolver de forma permanente actividades neste quadrante resulta, a longo prazo, em stress, desgaste físico

e mental com impacto nos seus resultados.

Importante

Urgente

Actividades• crise • problemas urgentes • datas limite Resultados • stress • desgaste físico e mental

I

Quadrante II

As actividades do segundo quadrante incluem planeamento e prevenção, a construção de relações, atenção e aproveitamento das oportunidades.

Desenvolver acções neste quadrante traz vários benefícios, como uma melhor perspectiva e visão sobre a vida, equilíbrio, disciplina e controlo sobre uma grande parte do que acontece na sua vida.

Importante

Não urgente

Actividades• planeamento e prevenção • construir relações • agarrar oportunidades Resultados • Visão e perspectiva • Equilíbrio e disciplina

II

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Quadrante III

O terceiro quadrante inclui actividades urgentes, mas não importantes, como: responder a e-mails, interrupções, telefonemas, algumas reuniões.

Desenvolver acções neste quadrante pode trazer uma maior concentração naquilo

que acontece no curto prazo e, por não conseguir dar atenção aos planos de longo prazo, poderá chegar a não ter controlo sobre as actividades que desenvolve.

Não importante

Urgente Actividades• interrupções • e-mails • telefonemas, reuniões Resultados • Focagem no curto prazo • Sem controlo

III

Quadrante IV

O quarto quadrante refere-se a actividades que não são nem urgentes nem importantes, como algumas telefonemas ou reuniões, alguns e-mails e principalmente os desperdiçadores de tempo.

Não importante

Não urgente Actividades• telefonemas, e-mails • reuniões • desperdiçadores de tempo Resultados • Irresponsabilidade • Despedimento

IV Estas actividades tem resultados negativos sobre a vida de uma pessoa, a longo prazo, como irresponsabilidade, despedimento e dependência de outras pessoas.

A matriz mostra como deverá dividir as suas actividades consoante a importância e urgência de cada, e que medidas deverá tomar para realizar as actividades de cada quadrante.

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FAÇA JÁ

FAÇA VOCÊ

FAÇA MAIS

TARDE

ESQUEÇA

DELEGA

NÃO FAÇA

Importante

Urgente

ortante

Não urgente

Não imp


É importante observar que é preciso conhecer bem quais são as coisas importantes para si, o que significa ter objectivos claros, quer para a vida pessoal quer para a vida profissional.

A matriz permite-lhe olhar para as suas diferentes actividades para concentrar o seu esforço em desenvolver principalmente actividades que se encontram no segundo quadrante.

Lembre-se que 20% do esforço gera 80% dos resultados.

Como organizar as suas actividades por prioridades

• Actividades que TEM que fazer

• Actividades que DEVE fazer

• Actividades que PODE fazer

Conselhos para o planeamento das suas actividades • Faça as coisas mais importantes nas primeiras 5 horas do dia de trabalho (a

energia máxima de uma pessoa concentra-se nas primeiras 8h depois de ter acordado).

• Reserve tempo para as actividades importantes e deixe as menos importantes para preencher os espaços vazios da agenda.

• Para cada problema importante, reserve mais 50% do tempo que pensa necessitar.

• Reserve algum tempo para relaxar, principalmente entre os períodos longos de tempo ocupado

• Reserve tempo para actividades de lazer

• Mantenha uma atitude positiva. Lembre-se que as pessoas se preocupam com coisas que:

♦ 40% - nunca acontecem

♦ 35% - não podem ser mudadas

♦ 15% - provam ser melhores do que se esperava

♦ 8% - não são importantes

♦ 2% - são problemas reais

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Os desperdiçadores de tempo Impostos sobre si

(causas externas)

Impostos por si próprio(a)

(causas internas)

• Descrição de funções pouco clara

• Interrupções

• Espera por respostas

• Excesso de trabalho

• Comunicação deficiente

• Alterações de prioridades

• Falha de equipamentos

• Chefe desorganizado

• Burocracia

• Conflitos de prioridades

• Moral da empresa em baixo

• Pessoal não formado

• Exigências dos colegas ou clientes

• Falta de autoridade

• Viagens

• Erros dos outros

• Alterações de datas limite e prazos

• Reuniões

• Desorganização pessoal

• Insuficiente delegação de tarefas

• Atitude negativa perante o trabalho

• Distracção

• Não saber ouvir

• Indecisão

• Falhas na socialização

• Fadiga

• Falta de auto-disciplina

• Deixar tarefas por acabar

• Documentos mal arquivados/arrumados

• Protelar /Adiar resolução de problemas ou dificuldades

• Actividades extra

• Espaço de trabalho desorganizado

• Objectivos pessoais indefinidos

• Perfeccionismo

• Planeamento deficiente

• Preocupação

• Tentar fazer demasiadas coisas

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As Interrupções Quando lidar com as interrupções, o primeiro passo a dar deverá ser classificar a interrupção. Existem 3 categorias de interrupções:

• Interrupções desnecessárias

Surgem quando alguém aparece ao pé de si sem aviso ou telefona, assumindo que você tem tempo, está interessado(a) no assunto, tem a informação que procura ou que é o(a) responsável. Se não se tratar de nenhuma destas situações, pode classificar a interrupção como uma interrupção desnecessária – portanto, uma perda de tempo. Este tipo de interrupções deve ser evitado e, quando ocorre, imediatamente terminado.

• Interrupções necessárias

São as que têm real interesse para si e sobre as quais tem informações ou responsabilidades. Uma interrupção necessária é preciosa e deve ser tratada imediatamente.

• Interrupções inoportunas

São interrupções necessárias, mas que vêm num momento inconveniente para si. Elas devem ser reprogramadas e resolvidas num momento apropriado.

Para determinar com que tipo de interrupção está a lidar, deverá usar perguntas directas como: “Que posso fazer por si?”, “Como posso ajudá-lo(a)?”. Uma vez que a pessoa explicou o motivo ou que necessidade tem, poderá decidir que acção irá tomar e quando. Seja assertivo(a) quando explicar que não é uma boa altura e marque uma reunião para mais tarde, quando for conveniente para os dois.

Analise as suas interrupções e aplique soluções para as evitar. Do mesmo modo procure evitar desperdiçar o tempo das outras pessoas.

Como lidar com os telefonemas

• Planeie o tempo necessário para fazer todos os telefonemas importantes de seguida.

• Prepare as suas conversas telefónicas para saber o que tem para dizer e qual o resultado que espera.

• Não perca o relógio de vista.

• Se alguém não atende ou não está disponível, deixe mensagem para ser contactado(a) mais tarde ou num período que lhe seja conveniente.

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Protelar “Protelar” significa adiar sempre as coisas que tem para fazer.

Quando se encontra numa situação destas, pergunte a si próprio(a) o que é que realmente está a tentar evitar.

Se é uma actividade que possui aspectos desagradáveis, procure dividir a actividade em pedaços mais pequenos e fazer, em primeiro lugar, as partes mais desagradáveis. As restantes vão transformar-se em recompensa por ter acabado as primeiras.

• Marque uma data limite para realizar a actividade. Isso irá criar um sentimento de urgência e, desta forma, ser-lhe-á mais fácil decidir-se a acabá-la.

• Execute sempre as actividades prioritárias antes das actividades não prioritárias.

• Estabeleça um sistema de “prémios”. Prometa a si próprio(a) um café ou uma chocolate depois de ter acabado a actividade. Não antes!! Arranje um incentivo!

• Corte com as actividades pouco produtivas, como longas conversas ao telefone.

Mudança de prioridades Quando trabalha num ambiente ou num negócio em que as coisas mudam constantemente, a gerência vai também procurar mudar regularmente as prioridades para conseguir manter o ritmo.

Se considera que ocupa muito do seu tempo a fazer coisas que são urgentes mas não importantes, procure conhecer as razões e o processo que lhes dá origem. Conhecendo as razões, verifique se aquilo que está a fazer contribui realmente para o seu sucesso e para o sucesso da empresa.

Se as prioridades do seu ambiente de trabalho são importantes e necessárias, pelo menos vai compreender porquê e poderá planear de forma adequada. Poderá pedir conselhos a outros colegas se achar que tem demasiadas coisas para fazer ou se não conseguir distinguir qual a prioridade mais elevada. Informe os outros sobre conflitos de prioridades e peça ajuda para priorizar as actividades. Isso irá ajudá-lo(a) a

tomar decisões com base em informação mais completa e objectiva.

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Desorganização A confusão e desorganização de uma secretária, no escritório ou mesmo em casa, aumentam o seu desconforto e contribuem para o stress diário, impedindo-o(a) assim de desempenhar as suas actividades tirando o máximo rendimento do seu potencial. Recomenda-se que:

• Mantenha a secretária sempre limpa e arrumada.

• Ganhe consciência do tempo que perde procurando papéis em todo o lado.

• Faça sempre um plano do dia e tente cumpri-lo o melhor possível. Assim, vai evitar que se distraia com outras coisas e que chegue ao final do dia sem ter feito o que tinha para fazer.

• Seja assertivo(a) e decidido(a) consigo próprio(a) e para com os outros.

Reuniões As reuniões tanto podem ser para rentabilizar o tempo de um grupo de pessoas, como levá-las a perder tempo. Recomenda-se:

• Informe-se sempre, com antecedência, da agenda e objectivo da reunião

• Planeie a reunião cuidadosamente

• Marque reuniões somente quando é absolutamente necessário. Muitos assuntos podem ser resolvidos com uma conversa ou uma conferência telefónica ou mesmo com um e-mail (para vários destinatários).

• Se tiver de organizar uma reunião: estabeleça a agenda tendo em vista os objectivos a atingir, considerando o tempo das outras pessoas envolvidas, estabelecendo um tempo para cada assunto e distribuindo a agenda com antecedência.

• Evite as interrupções durante uma reunião, mas se acontecerem tente aproveitar o tempo.

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Dicas de ouro

• Planeie tempo para:

• Um bom sonho

• Um despertar alegre

• Um bom pequeno almoço

• Higiene pessoal

• Uma viagem tranquila para o trabalho

• Estabeleça datas limite para cada tarefa e actividade.

• Abandone as actividades não importantes – não merecem o desperdício da sua energia.

• Informe os outros dos períodos de tempo em que não quer ser interrompido.

• Não adie algo que TEM que fazer, somente porque é desagradável.

• Planeie bem as conversas telefónicas e as actividades mais exigentes.

• Mantenha as suas notas e ideias todas num mesmo sítio – vai evitar perder tempo à procura das pequenas anotações perdidas.

• Faça pausas cada vez que sente que o meio envolvente é incómodo ou o seu nível de energia se encontra a diminuir.

• Aprenda a dizer “NÃO”, ou, pelo menos, “SIM, MAS…”

• Verifique regularmente o tempo que tem à sua disposição para cada actividade e esteja preparado(a) para eventuais ajustes – é importante manter uma certa flexibilidade.

• Passe em revista as actividades realizadas no final do dia e os resultados obtidos.

• Planeie um final de dia descansado para relaxar e dormir bem.

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Conhecer o que é o tempo e entender a nossa própria atitude face ao tempo é importante para conseguirmos uma melhor gestão

das nossas actividades e dos nossos esforços. Lembre-se: o tempo não pode ser gerido! Para realizar os nossos objectivos e tarefas, devemos estabelecer as nossas prioridades, dividindo as actividades nos quatro quadrantes da matriz das prioridades, segundo 2 critérios: importância e urgência. Existem 2 tipos de desperdiçadores de tempo: impostos sobre nós (causas externas) e impostos por nós próprios (causas internas). A análise desses desperdiçadores, mas principalmente dos seus comportamentos e atitudes, permite-lhe melhorar o seu desempenho e identificar as áreas onde deve concentrar os seus esforços.

Síntese

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Capítulo

6 Organização do espaço pessoal Este capítulo trata assuntos como escolher, definir, equipar e avaliar um espaço adequado para teletrabalho e quais os recursos mais indicados para desempenhar com sucesso a sua actividade como teletrabalhador.

Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estado Unidos da América (1801-1809), estava muito avançado para o seu tempo quando construiu a sua casa em Monticello. Este grande homem da renascença americana

concebeu um quarto “integrado” - escritório e quarto de dormir, e antecipou muitas das características funcionais que, ao longo do tempo, vieram a tornar-se comuns nos escritórios de hoje, como uma cadeira giratória e apoios para os pés, um suporte que permitia ter a sua frente 4 livros abertos ao mesmo tempo e o pantógrafo – a copiadora pessoal do século dezoito.

O

Escolher o espaço de trabalho Como teletrabalhador, deverá criar um ambiente distinto onde irá trabalhar, uma zona onde não irá ser interrompido pelos amigos ou família, sobretudo se tem crianças no agregado familiar. É importante que exista um espaço em sua casa, especificamente reservado para a sua actividade profissional como teletrabalhador. Note-se que o teletrabalho requer equipamento informático (como o computador, monitor, impressora) mais ainda equipamento necessário às comunicações (modem, interface, cabos) pelo que o espaço ocupado por estes poderá ser significativo. As casas em Portugal não possuem em geral muitas divisões nem são, no caso de serem apartamentos, muito grandes, pelo que o aproveitamento do espaço torna-se crítico. Se ainda houver necessidade de partilha do espaço pela família poderá estar a criar-se uma situação potencialmente perturbadora do bem estar familiar e da sua produtividade. Tipicamente, podem ser adoptadas soluções, como por exemplo:

• Um quarto reservado exclusivamente para o teletrabalho

• Um espaço delimitado numa divisão reservada para o teletrabalho

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Normalmente, o espaço mínimo que precisa para uma mesa, cadeira e estantes deverá ter uma dimensão entre 1,80 m2 e 2,50 m2. Nos Estados Unidos existem soluções muito interessantes que consistem na instalação de anexos (divisões pré-fabricadas) que se podem juntar (fixar) a uma casa térrea e que possuem toda a infra-estrutura (cablagem, iluminação, mobiliário) necessária para o teletrabalho.

Definir o seu espaço O elemento mais importante num escritório em casa – quer viva num apartamento ou num palácio - é uma porta que fecha! Se vive num estúdio, deveria dividir o seu espaço e "fechá-lo" com um biombo do estilo japonês que o isola quando trabalha e que lhe permite, quando acabar de trabalhar, fechar, pelo menos visualmente, o seu escritório. Se não separar a sua área de trabalho da área pessoal, o seu trabalho vai fixá-lo constantemente enquanto está a descansar, a ver televisão, a dormir ou a comer. Uma outra opção é comprar mobília desenhada para ser fechada e assim esconder tudo. Existem empresas que tem disponíveis secretárias com cobertura, onde se podem "esconder" um computador com monitor, uma impressora e o teclado. Outras oferecem móveis modulares, multifuncionais que permitem mudar e adaptar a configuração às suas necessidades.

A harmonia entre a vida familiar e profissional do teletrabalhador passa por disciplina e aprendizagem não só do teletrabalhador, como também dos elementos que compõem o agregado familiar. Eles deverão saber e habituar-se, de forma natural, a respeitar os horários, a necessidade de isolamento, as necessidades específicas, a disponibilidade permanente de acesso ao equipamento de trabalho (telefone, computador, etc.). No seu escritório, deverá possuir mobiliário adequado ao trabalho, como secretária e cadeira que respeitem as regras da ergonomia e iluminação adequada, para evitar o cansaço.

Sendo difícil, principalmente para quem inicia uma vida profissional como teletrabalhador, encarar a permanência em casa - o seu ambiente familiar de sempre - como o seu ambiente de trabalho, algumas regras de conduta podem ser seguidas como forma de garantir, até certo ponto, um ambiente de trabalho produtivo e agradável:

• Estabelecer limites rigorosos entre onde acaba o ambiente familiar e onde começa o ambiente de trabalho.

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• Instalar armários exclusivamente para arquivo de assuntos de ordem profissional.

• Adquirir cadeira e secretária ergonomicamente desenhadas, de modo a minimizar a fadiga e o cansaço.

• Arrumar o espaço profissional e instalar uma iluminação que dê conforto e crie uma atmosfera adequada ao trabalho.

• Garantir que o equipamento necessário ao teletrabalho é exclusivamente utilizado com esta finalidade e está em boas condições de funcionamento.

• Estabelecer horários rígidos para as tarefas profissionais e para as tarefas domésticas (nomeadamente de modo a evitar barulhos e ruídos que possam distrair no trabalho).

• Faça com que os seus familiares próximos compreendam e respeitem o seu ambiente e os seus horários.

• Procure comportar-se como se se encontrasse no escritório habitual em presença dos seus colegas e do seu superior hierárquico.

É importante que os recursos utilizados na execução de trabalho pelo teletrabalhador estejam em perfeitas condições de funcionamento sem os quais poderá haver quebras do ritmo de trabalho ou perdas de produtividade. Não é, de forma alguma, razoável ou mesmo admissível que o teletrabalhador veja as suas condições normais de trabalhos perturbadas pela invasão do "seu espaço" por ruídos, equipamentos, utensílios ou pela presença inoportuna de um familiar ou amigo.

Equipar o seu espaço O equipamento necessário ao teletrabalho depende, naturalmente, da configuração tecnológica de suporte e do tipo de serviço prestado. Precisará dos seguintes tipos de equipamento de suporte:

• Para a comunicação vocal - telefone fixo ou telemóvel

• Para a comunicação escrita – computador, impressora, fax e equipamento (interface) de ligação à Internet (modem)

• Equipamento auxiliar - sistema de energia assistida e de protecção de dados (back-up).

Como escolher o seu equipamento? Em situações particulares poderá ser necessário outro tipo de equipamento com potencialidades e facilidades acrescidas. Deverá escolher o tipo de equipamento cujas funcionalidades respondam:

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• Às necessidades e serviços que os clientes ou o empregador requerem

• Às exigências técnicas do ambiente de teletrabalho.

Linhas de comunicação Salvo casos com características específicas, deverá ter no seu escritório uma linha de acesso a serviços de telecomunicações através de prestadores de serviços de telecomunicações e de acesso à Internet:

• Operador de serviço telefónico - fixo ou móvel

• Prestador de Serviço Internet

Com a abertura à concorrência dos serviços telefónicos, quer fixos quer móveis, existem no nosso país diversas empresas que fornecem estes serviços e que oferecem soluções adequadas às exigências do teletrabalho. Sistemas funcionais A escolha e instalação de equipamento informático para teletrabalho deve responder a critérios de qualidade e fiabilidade muito exigentes - se falhar o sistema de suporte à comunicação, o teletrabalhador terá a sua capacidade de trabalho drasticamente reduzida. Algumas ideias a ter em conta:

• O equipamento informático e de suporte à comunicação deve responder estritamente às características e funcionalidades necessárias ao tipo de trabalho em causa,

• Dadas as características do trabalho levado a cabo com meios informáticos deve ter-se em conta que também estes são falíveis pelo que deverá haver: sistema de back-up e sistema de recurso.

• Se o seu trabalho se desenvolve em torno de um empregador único ou de um cliente principal estabeleça a sua configuração de modo a garantir a compatibilidade absoluta entre o seu sistema e o sistema do seu empregador / cliente.

Escolher a mobília O mobiliário constitui um elemento fundamental para o conforto e funcionalidade do ambiente de teletrabalho. O básico necessário consiste em:

• Secretária e cadeira

• Mobiliário para o equipamento informático

• Estantes, armários e arquivos

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Diferentes fabricantes de mobiliário apresentam produtos que permitem a instalação do equipamento informático e de telecomunicações, como também a passagem de cabos e fios típicos deste tipo de ambiente de trabalho.

Dicas finais

• Arranje uma mesa em forma de "L" ou "U" - oferece mais espaço eficiente de trabalho, com muito espaço para manobras a sua volta

• Coloque todo o seu equipamento (computador, monitor, telefone, etc.) numa das asas da secretária e deixe a outra parte livre para poder espalhar os seus documentos enquanto trabalha

• Arranje a secretária de maneira a não ficar de frente para a porta - isto vai impedir que faça contacto visual imediato com as pessoas que entram e vai diminuir o número de interrupções durante o dia

• Lembra-se que, por vezes, vai precisar de andar, de se espreguiçar e inclinar durante o dia. Pense bem o seu espaço.

• Acrescente um estante por cima da sua secretária e vai ficar com um óptimo lugar para guardar livros, documentos, manuais, equipamento pequeno e outras coisas que vai precisar ter por perto

• Evite ter muitos objectos pessoais - fotografias, plantas etc. - a encher a sua zona de trabalho

• Certifique-se que tem gavetas suficientes próximo da secretária - para logística, equipamentos pequenos, papel, consumíveis ou seja quaisquer itens que precisa regularmente

• Use 5 minutos de cada dia para esvaziar e organizar a sua secretária antes de acabar de trabalhar - vai começar o dia seguinte com uma atitude muito positiva perante o trabalho.

Avaliar o seu espaço Uma vez instalado e a funcionar por algumas semanas, reveja o seu modo de utilizar o espaço:

• Ainda tem suficiente área para dossiers, papéis, contas, cartas e projectos actuais?

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• Usa as suas estantes de parede para guardar dossiers ou para arrumar lá as revistas?

• Deixa as coisas amontoar em cima da sua secretária? (Claro que deixa. Que pergunta é essa? Toda a gente deixa. Mas anda sempre à procura dos papéis que precisa?)

• Consegue aceder ao fax com facilidade, ou tem que fechar primeiro as gavetas de baixo antes de chegar a ver aquela mensagem sem se arranhar na esquina?

Recursos tecnológicos Os recursos necessários ao teletrabalho - equipamento, software, redes e serviços - dependem:

• Da rede e arquitectura tecnológica de suporte

• Do tipo e das características da actividade ou do serviço prestado pelo teletrabalhador.

Pela própria natureza do teletrabalho o equipamento necessário está intimamente ligado ao processo de comunicação entre o teletrabalhador e a empresa que o emprega ou com os seus clientes. Os recursos necessários não se confinam aos recursos necessários no seu local de trabalho. Poderá, em casos pontuais, vir a necessitar de instalações, equipamentos ou serviços que respondam a situações particulares. Requisitos mínimos Como requisitos mínimos para a realização de teletrabalho, temos, para a generalidade das aplicações:

• Equipamento informático

• Modem (fax-modem)

• Telefone / linha telefónica

O Computador Em geral, e caso a actividade se desenvolva a partir de casa ou de um tele-centro, é adequado adquirir um computador pessoal - desktop - com um monitor de média dimensão (17") ou superior pois constitui uma configuração cómoda (face aos períodos alongados de trabalho do teletrabalhador em frente do teclado e monitor) e ainda por serem de preço aceitável. Dependendo da frequência e tipo de deslocações que será necessário efectuar

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poderá pensar-se na aquisição de computadores portáteis. Estes são muito cómodos e úteis para os teletrabalhadores móveis ou para apoiar o trabalho em deslocações ocasionais como a apresentação de um trabalho ou uma demonstração a um cliente. No entanto, o seu preço e as características técnicas devem levar a uma análise cuidadosa desta opção. Os computadores portáteis revelam, com frequência, limitações ao nível dos programas e drivers que são requeridos para funcionalidades específicas ou apresentam limitações nas capacidades para expansão pelo que, para trabalho a partir de casa é preferível possuir uma configuração desktop.

Modem A ligação de dados - acesso à Internet ou transmissão de dados - é conseguida pelo recurso a uma linha telefónica e a um equipamento de interface que converte os sinais digitais do equipamento informático em sinais analógicos permitindo o seu envio e recepção através das redes telefónicas.

• Modem (Modulator-Demodulator) é o equipamento que permite a ligação do computador à linha telefónica para o acesso a serviços de dados (Internet, correio electrónico etc.).

• Fax-modem é o mesmo que o modem, mas permite também o envio e recepção de fax (telecópia) através da linha telefónica normal. Este equipamento é extremamente útil dada a qualidade da imagem enviada bem como pela possibilidade de, com software específico, permitir o envio de fax para vários destinos e poder ser programado para fazê-lo a horas de tarifa baixa.

• De notar que, frequentemente, não é suficiente a existência no local de teletrabalho de fax-modem pois, embora este tenha as vantagens acima indicadas, obriga à ligação em permanência do sistema com os correspondentes custos de energia e de ligação telefónica.

Ao referir como requisito necessário para teletrabalho o computador e o modem, supõe-se também a necessidade de software para que estes possam ser utilizados:

• Sistema operativo

• Programas (por exemplo: programa de processamento de texto, folha de cálculo e base de dados)

• Utilitários para funções ou tarefas específicas (por exemplo: programa de desenho, editor de áudio)

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• Conjunto de ferramentas de suporte à comunicação (browser Internet, programa de e-mail, programa para fax-modem)

A referência exaustiva ao software que pode ser necessário em situações particulares cai fora do âmbito desta apresentação.

Linha telefónica A linha telefónica ou acesso telefónico constitui o requisito mínimo à comunicação do teletrabalhador e serve de suporte à comunicação de dados (acesso à Internet ou transferência/transmissão de dados). Embora o requisito mínimo para o teletrabalho seja um acesso telefónico este revela-se nitidamente insatisfatório pois estando o teletrabalhador em casa - a trabalhar - não é prático partilhar o acesso telefónico entre utilização familiar e a utilização profissional. O teletrabalhador tem que estar acessível aos seus clientes e à sua empresa e não deve ser pressionado pelo ambiente familiar para interrupções, quebras de ritmo, distracções, etc. Por outro lado sendo os custos deste acesso suportados pelo empregador ou por um cliente, não fará sentido que a linha esteja ocupada deixando um cliente ou um contacto telefónico da empresa em espera, por um motivo que poderá ser de carácter social. Recomenda-se pois a existência de linhas independentes, para finalidades profissionais e para utilização familiar.

Requisitos complementares O início de uma actuação profissional como teletrabalhador requer equipamento mínimo - computador, modem, acesso telefónico e conta num prestador de serviços Internet.

O desenvolvimento da actividade em condições de crescimento exige que, no local de trabalho, o teletrabalhador disponha de equipamento mais completo e de melhores performances. É claro que o equipamento necessário depende da profissão desempenhada (por exemplo, um técnico de desenho necessitará provavelmente de um plotter).

Em quaisquer circunstâncias recomenda-se que o teletrabalhador inicie a sua actividade com a instalação do equipamento mínimo, até ganhar experiência e uma percepção correcta de quais são efectivamente as suas necessidades face às exigências que decorrem do trabalho que lhe é encomendado pela sua empresa ou pelos clientes.

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A não esquecer…• Harmonize o espaço familiar e o espaço dedicado ao teletrabalho

• Crie um ambiente de trabalho agradável e produtivo com o isolamento necessário perante as distracções e perturbações

• Garanta que o espaço dedicado ao teletrabalho é suficiente para alojar o equipamento necessário

• Garanta o acesso fácil a serviços de telecomunicações

• Garanta o cumprimento de normas de segurança, higiene e ergonomia

• Comece por dotar o seu posto de teletrabalho com o equipamento mínimo: computador, fax-modem e acesso telefónico

• Escolha um prestador de serviço Internet que garanta apoio e assistência rápida e eficiente sem descurar o factor “preço”

• Estabeleça um modelo de ambiente de trabalho que lhe permita manter-se informado do que se passa no campo tecnológico

• Estabeleça regras de protecção de dados (back-ups) e siga-as escrupulosamente.

Dez sugestões para organizar o seu escritório em casa

• Certifique-se que todas as pessoas em sua casa compreendem que este espaço é exclusivamente dedicado ao seu escritório, durante as horas de trabalho.

• Escolha um espaço adequado para trabalhar. Enquanto possível, mantenha este espaço separado do espaço social ou de uso privado da casa.

• Escolha móveis confortáveis e iluminação adequada que irá contribuir para reduzir o cansaço, desconforto, tensão e mesmo prever potenciais lesões.

• Arranje tabuleiros sobrepostos para os seguintes fins, num local integrado no posto de trabalho:

♦ Entradas – onde deverá guardar as cartas recebidas até serem abertas. Uma vez abertas, não devem permanecer aqui.

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♦ Saídas – para as cartas a expedir.

♦ Arquivo – para tudo o que deve arquivar para referência ou tratamento posterior.

• Arquivar, Fazer e Deitar fora. Estas deveriam ser as únicas opções quando lidar com a papelada. Se quiser arquivar para uso futuro, utilize o tabuleiro “Arquivo”. Se está em causa uma acção ou uma tomada de decisão, poderá agir de imediato ou estabelecer uma data limite (guardá-la numa pasta para “Agir” bem à vista). Normalmente, 80% da correspondência que recebe pode deitar fora. O melhor é fazer isso o mais cedo possível.

Algumas perguntas para fazer a si próprio(a) quando vai decidir se vale a pena guardar certos papéis ou não:

♦ Se deitar isto fora o que (de grave) poderá acontecer?

♦ Existe alguma forma alternativa de obter novamente este documento se for necessário no futuro?

♦ O documento envolve algum prazo para resposta, tratamento ou encaminhamento?

♦ Vai contribuir para melhorar a sua vida pessoal ou profissional se o guardar?

♦ Envolve algum tipo de consequências legais ou fiscais se deitar fora/destruir?

• Arranje um caixote para lixo e um para recicláveis perto do lugar onde abre o correio. Vai facilitar o trabalho de deitar fora os papéis que não precisa de guardar.

• Crie uma bandeja para “Agir” onde vai guardar todos os papeis que necessitam uma acção da sua parte, seguindo um sistema de organização à sua escolha que lhe permita resolver todos os assuntos em tempo útil.

• Crie um sistema análogo para a organização dos ficheiros electrónicos e ficheiros de documentos em papel. Construa um sistema simples que lhe permita encontrar aquilo que precisa em menos de 5 segundos.

• Para os documentos que é legalmente obrigado(a) a guardar (em particular por períodos longos de tempo) ou para ficheiros que precisa mas que raramente utiliza, crie ficheiros de arquivo. Poderá guardá-los num sítio

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menos acessível, como um armário ou mesmo na garagem ou arrecadação. Isto vai libertar um pouco o seu espaço de trabalho para os ficheiros de referência e para os que exigem acção imediata (os que vai precisar com mais frequência). Certifique-se que a área onde guarda os seus arquivos é segura e seca.

• Utilize as paredes para gavetas e prateleiras onde poderá guardar livros, cadernos, revistas e a logística. Estes podem ser embutidas ou não.

Nenhum sistema de organização se mantém para sempre. Ele irá deixar de funcionar por completo se não tomar medidas regulares para o respeitar e desenvolver.

O espaço onde irá desempenhar a sua actividade como teletrabalhador é muito importante, por isso deve escolher

o local com muita atenção e assegurar que cumpre as condições mínimas para um espaço de trabalho. Crie uma atmosfera confortável, com muito ar fresco e luz natural, escolhe uma decoração ao seu gosto, que lhe oferece o ambiente própice para o trabalho, escolhe mobília adequada e que lhe permite muita organização e arrumação. Escolhe os equipamentos técnicos e de suporte mais adequados, em função das suas necessidades e do trabalho a desempenhar: equipamento para comunicação vocal, para comunicação escrita e equipamento auxiliar.

Síntese

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Capítulo

7 Atitudes e Valores “Se pensa que é pequeno demais para fazer alguma diferença, nunca esteve na cama com um mosquito!” Anita Roddick

atitude é normalmente definida como a disposição ou tendência de responder positiva ou negativamente a certas coisas (ideias, objectos,

pessoas, situações). A atitude envolve (ou relaciona-se com) as nossas opiniões ou crenças e baseia-se na nossa educação e experiência passadas.

A A sua atitude face a si próprio(a) e face ao meio envolvente determina o curso da sua vida. As pessoas que têm uma atitude positiva tendem ter sucesso na vida.

As origens da palavra atitude A palavra “atitude” tem raízes latins e a mesma origem que “aptidão” - a palavra “aptus” que significava adequado, apropriado ou a qualidade de ser bom para um certo propósito.

A palavra “atitude” distinguiu-se de “aptidão” no início do século XVIII, quando ficou sinónima dos termos “disposição para” e “postura” nas artes (design). Por exemplo, a postura de uma estátua ou pintura era descrita como “atitude”.

No final do século XVIII, a atitude foi também associada com a postura de uma pessoa ou um animal, relacionada com uma acção específica ou com uma disposição mental. No teatro, reproduzir um certo personagem numa postura específica, significava evidenciar uma atitude em particular.

Só no final do século XIX, o sentido da atitude começou a mudar do fisiológico para psicológico, sendo então associada com comportamentos representando emoções ou crenças, e principalmente os comportamentos relacionados com a política como, por exemplo, “a atitude dos abolicionistas contra o esclavagismo”.

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No século XX, a atitude passou a estar identificada como a forma habitual de pensar ou a postura intelectual face um certo objecto ou acção. Se alguém é predisposto a ter medo de quedas, a pessoa deveria ter uma atitude habitual de evitar qualquer actividade como subir as montanhas, o que iria efectivamente colocá-la em risco de uma queda. Por isso, o significado da atitude incluiu não só a disposição face a um objecto ou evento, mas também a predisposição rotineira de alguém para um objecto ou evento futuro.

Os seis tipos de atitudes Em 1928, Eduardo Spranger escreveu um livro chamado “Tipos do Ser Humano”. Ele identificou seis atitudes ou modalidades de ver ou olhar o mundo. Estas atitudes são uma espécie de janela através de qual as pessoas identificam o mundo envolvente e procuram satisfação nas suas vidas.

Teórica A pessoa possui uma paixão para a descoberta, sistematização e análise e manifesta uma procura activa de conhecimento. Procura factos e dados de um problema e procura descobrir a melhor solução com base nestas informações. Estas pessoas são excelentes para se tornarem peritos em alguma área.

Elas estão normalmente predispostas para se esforçarem um pouco mais para continuar a sua educação e formação profissional. Adoram desafiar os seus conhecimentos presentes e são muito bons nas suas áreas.

Utilitária A pessoa com esta atitude, gosta de obter retorno do investimento de tempo, recursos e dinheiro que faz. Se não existem benefícios ou espaço para progresso, não se mantém como uma pessoa motivada.

É uma pessoa eficiente, prática, que não perde tempo ou dinheiro e trabalha melhor em ambientes que promovem estes valores.

Estética Estas pessoas não se sentem bem em ambientes banais. Gostam de estar em ambientes harmoniosos e bonitos, onde encontram a liberdade de actuar e crescer ao seu ritmo e desejo. Gostam de manifestar e experimentar as suas impressões sobre o mundo e procuram alcançar forma e harmonia na vida. Preferem poder exprimir as suas ideias e opiniões de forma aberta, porque isto vai contribuir para melhorar a sua riqueza pessoal.

Social As pessoas com esta atitude têm uma paixão que os leva a procurarem eliminar os sentimentos de ódio e os conflitos no mundo. Dedicam-se a apoiar os outros a tornarem-se naquilo para o que têm potencial. Colocam as pessoas acima do dinheiro e preferem a harmonia ao chãos.

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Individualista Esta palavra diz tudo. Estas pessoas adoram o poder e o reconhecimento público. Gostam de atingir uma posição e usá-la para influenciar os outros. Aprendem rapidamente a desenvolver e manter as relações pelo estabelecimento de contactos chave, pessoas que em algum dia podem vir a precisar para avançar na carreira.

Têm boas competências de liderança e adoram as recompensas materiais que isto implica. Adoram tomar decisões e exercer a autoridade.

Tradicional As pessoas com esta atitude gostam de procurar e perseguir um sentido mais elevado na vida e de desenvolver um sistema e uma forma própria para viver. Para trabalharem precisam que a empresa esteja em sintonia com os seus valores e crenças. Valorizam as pessoas, não as suas posições, e adoram a liberdade de envolver-se em bons projectos. Respeitam e admiram as empresas dedicadas à comunidade.

Tornar uma atitude em acção

• Compreenda o poder da sua atitude.

• Procure gerir o seu nível de stress, porque com menos stress terá mais energia para exercer o pensamento positivo.

• Escolhe controlar a sua vida, escolhendo a sua atitude.

• Identifique as atitudes que o(a) impedem de avançar e as que o(a) propagam para a frente.

• Repense a sua atitude negativa.

• Encontre a sua visão e paixão.

• Seja pró-activo(a).

• Descubra como motivar-se a si próprio(a).

Nunca desista!

• Construa relações sustentáveis.

• Veja a mudança como uma oportunidade.

• Deixe uma herança durável.

Valores e Princípios “Os valores são como as impressões digitais. Todos tem um conjunto diferente e deixam-nas em tudo o que fazem.” Elvis Presley

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Os valores são princípios, crenças, missões ou filosofias realmente importantes para uma pessoa. Conscientes ou não, cada ser humano tem um conjunto de valores que guiam ou motivam o seu comportamento numa determinada situação, na interacção com os outros e no envolvimento na área profissional.

Os valores ajudam a distinguir o bem do mal e informam sobre como conduzir a nossa vida de uma maneira significante.

Os valores variam desde o mais comum, como a crença no trabalho duro, na autoconfiança e na pontualidade, até aos valores mais no âmbito psicológico, como a preocupação com os outros, confiança noutras pessoas, busca de harmonia e de consensos.

Quando examinamos as vidas das pessoas famosas, frequentemente aprendemos sobre os importantes valores pessoais que os guiaram na vida. Examinando de mais perto, apercebemo-nos que, muitas vezes, foram estes valores que projectaram estas pessoas para o níveis notáveis de sucesso e realização. Por exemplo, um famoso actor que era motivado pelo seu compromisso com a justiça social, chegou a desempenhar muitos papéis de relevo relacionados com aquele valor, enquanto um famoso CEO foi motivado pelo valor pessoal que os computadores deveriam ser usados com facilidade por qualquer pessoa de nível médio. Quaisquer que sejam ou tivessem sido os valores pessoais destas pessoas, foram o empenho e determinação em implementar aqueles valores nas suas vidas que os levaram ao sucesso.

Assim como os indivíduos têm valores pessoais, as empresas também promovem e acreditam num conjunto de valores essenciais. Por exemplo, se examinamos de perto a maioria das empresas, descobrimos que um ou mais dos valores empresariais que as levou ao presente nível de sucesso, como a empresa americana Apple Computers e a sua crença nos valores de fácil utilização e serviço para a sociedade (a Apple criou o computador Macintosh para acabar com o medo das pessoas perante os computadores).

Igualmente, na política, os políticos e os partidos políticos têm valores que vão desde ajudar os mais pobres, melhorar as condições para a classe média até preocupações ambientais, promover consenso (unidade e harmonia) e muitos outros que representam algo de importante e significativo para as pessoas.

Tipos de valores Os valores podem ser classificados em 4 categorias:

• Pessoais

Os valores pessoais são princípios que o(a) definem como indivíduo. Valores como honestidade, segurança e confiança determinam a sua maneira de enfrentar o mundo e se relacionar com as pessoas.

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• Culturais

Os valores culturais, como a prática de tradições e crenças, são princípios que mantém conexões com as suas raízes culturais. Eles ajudam-no(a) sentir-se ligado(a) a uma comunidade mais alargada com a mesma origem e os mesmos antepassados.

• Sociais

Os valores sociais são princípios que determinam a sua maneira de se relacionar com os outros em situações sociais, incluindo os envolvendo família, amigos e colegas de trabalho.

• Profissionais

Os valores profissionais são princípios que guiam o seu comportamento em contexto de trabalho. Eles definem a sua maneira de trabalhar e de se relacionar com os seus colegas de trabalho, chefes e clientes. Estes valores reflectem também o seu potencial para progredir na carreira.

A nossa atitude de dia a dia influencia o nosso comportamento e, assim, as nossas actividades e os nossos resultados. Mantenha

sempre uma atitude positiva, uma mente aberta e procura oportunidades para crescer e se desenvolver a si próprio(a). Segundo E. Spranger, existem 6 tipos de atitudes: teórica, utilitária, estética, social, individualista e tradicional. Os valores são princípios, crenças ou filosofias importantes que nos ajudam a distinguir entre o bem e o mau e guiam o nosso comportamento de cada dia. Existem 4 tipos de valores: pessoais, culturais, sociais e profissionais.

Síntese

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Capítulo

8 Motivação e auto-estima “A inspiração vem enquanto olhamos para os outros. A motivação vem de dentro de nós” Autor desconhecido

odos nós temos razões para nos levantarmos da cama todas as manhãs. Os nossos motivos (do latino “movere” – movimentar) são os maiores determinantes do nosso comportamento. T

Motivação O que é a motivação? Um motivo é uma razão para fazer algo. A motivação considera os factores que influenciam e determinam as pessoas a comportarem-se de uma determinada maneira.

Segundo J. Arnold (1991) a motivação envolve três componentes importantes:

• Direcção – o que a pessoa tenta fazer.

• Esforço – a força ou empenho com que a pessoa tenta.

• Perseverança – durante quanto tempo a pessoa tenta.

Motivar outras pessoas significa levá-las na direcção que nós queremos, para atingir um determinado resultado. Motivar-se a si próprio(a) significa estabelecer livremente uma direcção e depois escolher uma forma de acção adequada para obter o resultado desejado.

A motivação pode ser descrita como um comportamento determinado pelos objectivos. Os seres humanos são motivados quando acreditam ou esperam que uma acção vá trazer um resultado e uma recompensa ou retribuição correspondente ao esforço despendido – uma que lhes satisfaça as necessidades.

As pessoas bem motivadas são as que têm objectivos bem definidos e que desenvolvem livremente actividades para atingir esses objectivos. Essas pessoas podem ser auto-motivadas, que é a melhor forma de motivação enquanto caminham na direcção certa ou motivadas por factores externos, como acontece com a maior parte das pessoas, principalmente na área profissional.

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As organizações e empresas que englobam trabalhadores satisfeitos oferecem o contexto mais adequado para atingir níveis elevados de motivação, promovendo incentivos e recompensas, trabalho satisfatório e oportunidades para aprendizagem e desenvolvimento, para que os seus empregados atinjam os resultados desejados .

Quer se trate de um trabalhador por conta própria ou de um trabalhador por conta de outrém, é importante conhecer o processo da motivação dos seres humanos, como funciona e que tipos de motivação existem.

Definir objectivo

Necessidade Agir

Atingir objectivo

Definir objectivo

Necessidade Agir

Atingir objectivo

O processo da motivação apresentado acima é iniciado pelo reconhecimento consciente ou inconsciente da insatisfação de necessidades. As necessidades criam desejos ou vontades de atingir ou obter algo. São definidos objectivos que vão satisfazer estas necessidades pelo que é definido um certo caminho ou plano de acção. Se o objectivo for atingido, a necessidade fica satisfeita e o comportamento vai ser provavelmente o mesmo da próxima vez que essa necessidade surja novamente. Se o objectivo não for atingido, é pouco provável que da próxima vez se repita o mesmo.

Tipos de motivação A motivação no trabalho pode acontecer em duas formas. Primeira, as pessoas podem motivar-se a elas próprias através da procura, descoberta e execução de trabalho que lhes traz a satisfação das necessidades. Segunda, as pessoas podem ser motivadas pela empresa através de incentivos como salário, promoção, prémios, etc.

Existem dois tipos de motivação identificados pelo F. Herzberg (1957):

• Motivação intrínseca – corresponde aos factores que são gerados internamente e que fazem com que as pessoas se comportam de uma certa maneira ou se movam numa certa direcção. Estes factores incluem responsabilidade (o sentimento de que o trabalho é importante), autonomia (a liberdade de acção), razão para usar e desenvolver competências, trabalho interessante e aliciante, oportunidades de desenvolvimento e progresso na carreira.

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• Motivação extrínseca – tudo que se faz para motivar as pessoas. Inclui recompensas, como um aumento salarial, prémios ou promoções, punições como acções disciplinares e críticas.

Os factores extrínsecos podem ter um efeito imediato e poderoso, mas não irá durar muito tempo. Os factores intrínsecos, relacionados com a “qualidade de vida do trabalho” (uma frase que surgiu deste conceito), têm um efeito mais profundo e de longa duração, por serem inerentes aos indivíduos e não impostos pelo exterior.

Teorias da motivação Existem diversas teorias sobre a motivação. Umas são populares por serem mais atraentes para a imaginação do público, mesmo que não tenham sobrevivido às investigações científicas ou ao teste do tempo. Outras são populares por serem intuitivas ou surpreendentes.

As teorias da motivação que mais influenciaram foram classificadas da seguinte forma (Michael Armstrong, 2001):

• Teoria instrumental – argumenta que as recompensas ou as punições (a cenoura ou o pau) servem para assegurar que as pessoas têm um determinado comportamento e que agem de uma determinada maneira.

• Teoria de conteúdo – focalizada no conteúdo da motivação, argumenta que a motivação trata essencialmente de agir para satisfazer as necessidades e identifica as principais necessidades que influenciam o comportamento. A teoria das necessidades foi originada por Abraham Maslow (1954).

• Teoria do processo – foca os processos psicológicos que afectam a motivação, com referências às expectativas, objectivos e percepções da ética.

A hierarquia das necessidades do Maslow É a mais famosa classificação das necessidades. Maslow sugeriu que existem 5 categorias importantes de necessidades que se aplicam às pessoas em geral.

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Necessidades fisiológicas

Necessidades de segurança

Necessidades sociais

Necessidades de auto-estima

Auto realização

Necessidades fisiológicas

Necessidades de segurança

Necessidades sociais

Necessidades de auto-estima

Auto realização

Fisiológicas – a necessidade de oxigénio, comida, água e de sexo.

De segurança – as necessidades de protecção face aos perigos e face à privação das necessidades fisiológicas.

Sociais – as necessidades de amor, carrinho e aceitação num grupo.

Auto-estima – a necessidade de ter uma sólida, estável e elevada consideração por nós próprios e de ter o respeito e consideração dos outros (prestígio). Estas necessidades podem ser divididas em 2 categorias:

• O desejo de realização, de adequação, de confiança à frente de toda a gente, de liberdade e independência

• O desejo de reputação ou status, definido como respeito ou confiança dada pelas outras pessoas e manifestado através do reconhecimento, atenção, importância ou apreciação.

Auto-realização – a necessidade de desenvolver competências e habilidades para realizar o nosso potencial.

Segundo Maslow, esta hierarquia tem as seguintes propriedades:

• Uma necessidade transforma-se num motivador eficiente somente quando as necessidades abaixo dela forem mais ou menos satisfeitas. É pouco provável uma pessoa preocupar-se com os tubarões (ameaça à segurança) quando se está a afogar (perigo de morte).

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• Uma necessidade satisfeita não significa necessariamente um factor de motivação.

• A ausência de necessidades por satisfazer pode afectar a nossa saúde mental. Imagine a frustração, ansiedade e depressão que surgem por falta de confiança na própria pessoa, por perda do respeito dos outros, por incapacidade em manter relações ou desenvolver competências.

• A experiência de auto-realização estimula o desejo de ter mais. Maslow argumentou que as pessoas que se auto-realizam têm “experiências de pico”. Uma vez tendo tido uma, queremos ter outra. A necessidade de auto-realização não pode ser satisfeita da mesma maneira que as outras.

Auto-estima Auto-estima é a emoção ou o sentimento que uma pessoa tem de si em relação ao seu próprio valor, que se compõe pela consciência da sua própria competência e do seu próprio respeito. A auto-estima é um factor inibitivo da performance de uma pessoa, ou, por outras palavras, a performance de alguém nunca vai exceder a sua auto-estima. Isto resulta também da hierarquia das necessidades de Maslow, onde as necessidades de auto-estima devem ser satisfeitas antes de passar para as necessidades de auto-realização.

A auto-estima de uma pessoa pode ser considerada como uma multiplicação da sua própria competência e do seu próprio respeito. Quando a sua competência é 10 e o auto-respeito é 10, a sua auto-estima é 100. Quando a sua competência é 3 e o auto-respeito é 3, a sua auto-estima é somente 9, o que significa menos de 10% do seu potencial. A performance e produtividade da pessoa serão também menos de 10% do seu potencial.

A auto-estima não é algo estático, mas sim, algo influenciável pelo comportamento da pessoa e pelos modos em que os resultados desse comportamento influenciam as percepções sobre a própria competência e o próprio respeito. De modo similar, a auto-estima não é uma constante em todas as áreas da vida. Ela varia com as crenças de competência e respeito em cada área.

Criar e manter a sua auto-estima é uma das coisas mais importantes para o desenvolvimento, bem-estar e eficácia de uma pessoa.

A tarefa mais importante dos pais é estimular o desenvolvimento sustentável da auto-estima dos seus filhos. A tarefa mais importante dos gestores é a de estimular o desenvolvimento contínuo dos seus empregados. A tarefa mais importante de um cônjuge é a de estimular o desenvolvimento contínuo do parceiro(a).

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A auto-estima não é algo fixo e inalterável. É algo muito influenciável por todos os sucessos e fracassos de cada dia. Uma pessoa pode e deve trabalhar para aproveitar o potencial da sua auto-estima em cada momento.

Se alguém não possui auto-estima, é muito pouco provável que consiga encorajar outras pessoas e contribuir para o seu desenvolvimento.

Estratégias para desenvolver a sua auto-estima

• Aumente a confiança em si próprio

A confiança em si próprio existe dentro de nós e começa a construir-se a partir de lá. Quando pretende alcançar algo, imagine-se naquela situação e descreva o seu sentimento de sucesso. Feche os olhos e imagine todos os pormenores – como se sente, como se comporta, como se comportam os outros, como é o sucesso. Depois transforme o que vê em acções.

“Somos o que pensamos.” Desconhecido

• Procure a companhia dos outros

Fale bem das outras pessoas. Faça uma lista das coisas que gosta e aprecia nos outros. Dê uma ajuda a alguém sempre que puder. Ajudando os outros, sentimos mais controlo sobre as nossas próprias vidas.

• Evite o perfeccionismo

O perfeccionismo paralisa-o(a) e é uma barreira à realização dos seus objectivos.

• Cuide da sua aparência física

A sua aparência física é um factor crítico na sua auto-estima. Resista aos impulsos de ter um aspecto descuidado nos dias em que se sente mal. De facto, é nesses dias que deverá ter cuidados extra e assegurar-se que tem uma aparência excelente.

• Descubra a sua própria energia criativa

Faça exercício físico regularmente – quando usar o seu corpo de maneira eficiente, irá sentir-se mais em controlo. Ouça música, passe mais tempo na natureza, medite. Enquanto faz isto tudo, liberte a sua mente, permita que os seus pensamentos passeiem livremente. Sonhe de olhos abertos e centre-se em si próprio(a). Quais eram as suas paixões quando era criança? Quais são as suas fantasias de hoje?

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• Respeite-se

Enumere 50 motivos para se respeitar a si próprio(a). Se não encontrar motivos suficientes, pense nas pessoas que o admiram ou o têm admirado e escreva o que eles dirão sobre si.

• Procure uma reserva de força

Quando passar por tempos difíceis, procure uma força ou conhecimento (conhecimento é poder) que sabe que não usará se não for esta situação delicada.

• Actue de acordo com os seus valores

Por vezes os valores confrontam-se. Nesta situação, tente explorar e compreender as várias consequências de cada acção. Depois escolhe a que corresponde melhor para cada situação.

• Seja bom/boa consigo próprio(a) diariamente

Faça algo que lhe fará sentir bem - algo só para si - todos os dias.

• Desafie-se a si próprio(a)

Inscreva-se num curso, viaje para sítios novos, faça as mesmas coisas de maneira diferente - é mais fácil descobrir novas faces da sua personalidade se estiver longe do que lhe é familiar. Ao enfrentar novos desafios, ganhará uma nova confiança e aumentará o seu sentido de realização.

• Pratique optimismo

Questione as suas crenças pessimistas. Pense nas desgraças como temporárias e específicas, em vez de permanentes e gerais. Por exemplo, “Todos os chefes são estúpidos!” é uma observação permanente e abrangente, uma visão que determina sentimentos de desespero. “Ele esteve de mal humor hoje de manhã” é uma explicação que apresenta uma visão temporária e específica. Deixe espaço para esperança e melhoramento.

• Não leve tudo pessoalmente

Quando alguém se comporta de uma maneira que considera grosseira, isto diz algo sobre aquela pessoa e sobre os seus sentimentos naquele momento. Tente entender o medo ou a dor da pessoa e agir a partir desta perspectiva.

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• Não leve as coisas muito seriamente

Tente ver a parte engraçada das calamidades diárias. Quando consegue ver ambas faces, engraçada e séria, de uma situação, a sua perspectiva e a sua reacção vão ser mais equilibradas e descontraia. Vai conseguir passar com mais facilidade sobre desilusões e momentos embaraçosos e mais pessoas vão gostar de si.

“Não leve a vida muito seriamente. Nunca vais sair dela vivo!” Bugs Bunny

A motivação considera os factores que influenciam e determinam uma pessoa a comportar-se de uma determinada maneira.

Segundo J. Arnold inclui 3 componentes importantes: a direcção, esforço e perseverança. O processo de motivação começa com a existência de uma necessidade, para qual definimos um objectivo, agimos para atingir esse objectivo e fechamos o ciclo com a re-avaliação da necessidade inicial. Segundo F. Herzberg existem 2 tipos de motivação: intrínseca e extrínseca. Existem também várias teorias da motivação, dos quais, a mais conhecida é a "Hierarquia das necessidades" do Maslow. A auto-estima é a emoção ou o sentimento que uma pessoa tem de si em relação ao seu próprio valor, que se compõe pela consciência da sua própria competência e do seu respeito por sí próprio. Uma auto-estima elevada é importante para atingir os seus objectivos seja na sua vida pessoal como na vida profissional.

Síntese

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Capítulo

9 Assertividade Pensa com frequência que os outros o(a) forçam a pensar como eles? É-lhe difícil exprimir os seus sentimentos positivos ou negativos de uma maneira aberta e honesta? Por vezes perde o controlo e grita com as pessoas que não merecem?

ma resposta afirmativa a qualquer uma destas perguntas pode significar a expressão de um problema comum conhecido como “falta de assertividade”. Se não consegue dizer o que pensa, costuma fazer

trabalhos que são dos outros, diz que “sim” quando gostaria de dizer que “não”, quando confrontado tenta reagir, porém, só surge uma ideia duas horas depois... É provável que lhe falte um pequeno ajuste no comportamento.

U Ser assertivo é algo cada vez mais importante, tanto para o mundo de trabalho como para as relações sociais em geral. Aumenta a auto-estima e a confiança, reduz os níveis de stress e ajuda as pessoas a obter o máximo do seu ambiente de trabalho. As pessoas assertivas ganham o respeito e a amizade dos colegas de trabalho, por serem justas e positivas. Elas sentem-se bem com elas próprias e com as suas competências, respondem bem a situações difíceis e gerem o seu tempo de maneira eficiente, sabendo dizer “Não” aos pedidos injustos.

A assertividade A palavra “assertividade” vem do latim “assertorius” que significa preocupação com as liberdades do ser humano.

A assertividade representa a habilidade ou capacidade de expressar honestamente as suas opiniões, atitudes, direitos e sentimentos, sem ansiedade excessiva, de maneira a não violar os direitos dos outros.

O objectivo do comportamento assertivo é o de assegurar que os direitos e as necessidades de uma pessoa são protegidas e satisfeitas, considerando ao mesmo tempo as das outras pessoas.

“A assertividade é, basicamente, a habilidade de expressar os seus pensamentos e sentimentos de maneira que claramente exprima as suas necessidades e mantenha as linhas de comunicação aberta entre si e os outros.” (The Wellness Workbook, Ryan and Travis).

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É uma maneira de comunicar apropriada, directa, aberta e honesta, que é expressiva e natural. Actuar assertivamente permite-lhe sentir-se auto-confiante e poderá trazer-lhe o respeito das outras pessoas à sua volta. Pode aumentar as suas oportunidades de ter relações honestas e vai ajudá-lo(a) a sentir-se melhor consigo próprio(a) nas situações do dia a dia. Isto, em troca, poderá melhorar a sua capacidade para tomar decisões e, provavelmente, as probabilidades de obter aquilo que realmente deseja da vida.

Muitas pessoas confundem a assertividade com agressividade ou com “mandar”. A verdadeira assertividade é mais que isto. Assertividade considera os direitos e as necessidades de todas as pessoas. Parte do princípio que todos são iguais. Uma pessoa pode ser assertiva sem impor as suas opiniões e sem ser mal-educada.

Os seus direitos Todas as pessoas têm direitos humanos básicos que nos conferem dignidade como indivíduos. Não permitindo que os seus direitos sejam violados, não significa que é uma pessoa egoísta, mas sim, que mantém o seu próprio respeito. Conhecer os seus direitos e respeitar também os direitos dos outros são as bases da assertividade.

Tem o direito de:

• Decidir como conduzir a sua vida. Isto inclui perseguir os seus sonhos ou objectivos e estabelecer as suas prioridades.

• Ter os seus próprios valores, opiniões e emoções, e respeitar-se a si próprio por tê-las, independentemente da opinião dos outros.

• Não justificar ou explicar as suas acções ou sentimentos a outras pessoas.

• Dizer aos outros como deverão tratá-lo(a).

• Se exprimir e disser “Não”, “Não sei”, “Não compreendo” ou “Não me interessa”, tem o direito de levar o tempo que necessitar para formular as suas ideias antes de as exprimir.

• Pedir informações ou ajuda, sem sentimentos negativos relativos às suas necessidades.

• Mudar de opinião, de errar e de agir de maneira ilógica por vezes – com completa aceitação e compreensão das consequências.

• Gostar de si próprio, mesmo que não seja perfeito(a), e que, por vezes, faça menos do que aquilo que é capaz de fazer.

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• Ter relações positivas e satisfatórias com que se sente confortável e livre para exprimir-se honestamente, e o direito de mudar ou acabar relações se elas não servem as suas necessidades.

• Mudar, aumentar ou desenvolver a sua vida de qualquer maneira à sua escolha.

Muitas pessoas sentem que responder às suas necessidades legítimas e afirmar os seus direitos é igual a serem egoístas. O egoísmo significa estar preocupado somente com os seus direitos, sem nenhuma consideração ou respeito para com as outras pessoas. Os seus direitos implicam automaticamente a preocupação com os direitos legítimos dos outros.

Os comportamentos humanos Enquanto uma pessoa cresce, aprende a adaptar o seu comportamento, resultado dos acontecimentos que experimenta ao longo da vida. Modela-se a si própria com base nas pessoas à sua volta, como a família, os professores e os amigos e também com base noutras coisas como televisão e revistas. Se, durante este tempo, a sua auto-estima é corroída, por exemplo se a pessoa é muito criticada em família ou ridiculizada na escola, é muito provável que, na sua vida adulta, venha a reagir de maneira passiva ou agressiva em situações desconfortáveis.

Uma pessoa que tenha aprendido a reagir passivamente ou agressivamente na vida, pode no entanto mudar e aprender a ser mais assertiva.

Existem quatro tipos de comportamentos humanos comummente aceites:

• Passivo

• Manipulativo

• Agressivo

• Assertivo

Comportamento Passivo O comportamento passivo significa a não expressão de sentimentos, necessidades, direitos e opiniões próprias e a sobre-consideração dos sentimentos, necessidades, direitos e opiniões das outras pessoas.

O objectivo do comportamento passivo é de evitar conflitos e conseguir agradar aos outros a todo o custo.

Reacções

Sentimentos Conter os seus próprios sentimentos ou exprimi-los de maneira indirecta ou inadequada.

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Necessidades Tratar as necessidades dos outros como sendo mais importantes do que as suas. Renunciar a estas repetidamente.

Direitos As outras pessoas têm direitos mas não consegue assegurar o mesmo privilégio para si mesmo.

Opiniões Vê-se a si próprio(a) como tendo pouco ou nada para contribuir e ver as outras pessoas como tendo sempre razão. Tem medo de dizer o que pensa, e que os seus pensamentos sejam ridicularizados.

Efeitos sobre a própria pessoa

A curto prazo

• Reduz a ansiedade, evita a culpabilidade e o martírio.

A longo prazo

• Percas contínuas de auto-estima, tensões internas crescentes causando stress, irritação e depressão acentuada.

Existem efeitos positivos imediatos do comportamento passivo, mas os efeitos de longo prazo podem prejudicar a própria saúde e fazer com que as outras pessoas se irritem consigo e percam o respeito pela sua pessoa.

As pessoas passivas tendem...

• Adiar as coisas

• Ceder com facilidade face às outras pessoas

• Fazer coisas que não querem realmente fazer porque aceitam fazer o que os outros querem

• Não defendem os seus direitos.

Comportamento Agressivo A agressividade é o oposto da assertividade. A agressividade significa exprimir os seus sentimentos, necessidades, direitos e opiniões sem respeito pelos sentimentos, necessidades, direitos e opiniões das outras pessoas.

O objectivo do comportamento agressivo é ganhar, à custa dos outros se for necessário.

Reacções

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Sentimentos Exprimir os seus sentimentos de maneira exigente, irritada ou inapropriada.

Necessidades As suas próprias necessidades são mais importantes que as das outras pessoas, que são ignoradas e descartadas.

Direitos Defender os seus direitos, mas de maneira que violam os direitos das outras pessoas.

Opiniões Achar que dá algum contributo e os outros não.


A curto prazo

• Libertação da tensão, a pessoa sente-se mais poderosa.

A longo prazo

• Sentimentos de culpabilidade e vergonha, culpar os outros pela sua irritação, auto-estima decrescente e ressentimentos nas outras pessoas.

Embora os efeitos de curto prazo possam ser recompensadores, os efeitos duradouros a longo prazo do uso da agressividade são menos proveitosos e podem causar problemas para si e para os outros.

As pessoas agressivas são pessoas que...

• Dominam os outros

• Tendem a ser mal-educadas, sarcásticas e abusivas

• Fazem as coisas como elas querem, independentemente do que as outras pessoas querem

• Exprimem as suas ideias sem ouvir os outros.

Comportamento Manipulativo O comportamento manipulativo pretende “cair nas boas graças” das outras pessoas em situações que podem vir a ser proveitosas. O seu estilo de interacção caracteriza-se por manobras de distracção ou manipulação dos sentimentos dos outros.

Reacções

Sentimentos É capaz de esconder os seus verdadeiros sentimentos e

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pretender estar interessado e respeitar os sentimentos dos outros, mas, de forma indirecta, pretende tirar proveito disso para se sentir reconhecido.

Necessidades Utiliza as outras pessoas de forma camuflada para realizar as suas próprias necessidades, sem exprimir directamente os seus objectivos.

Direitos Tende a defender os seus direitos desvalorizando os direitos das outras pessoas, explorando as tradições, convicções e escrúpulos dos outros e fazendo chantagem moral.

Opiniões Esquiva-se aos encontros e não se envolve directamente com as pessoas. É uma pessoa muito “teatral”, que nunca exprima as suas opiniões de maneira clara. Emprega frequentemente o “nós” e não o “eu”.


A curto prazo

• Evita a responsabilidade e a culpabilidade, tenta convencer os outros das suas “boas intenções”, os seus talentos e capacidades indispensáveis.

A longo prazo

• Perder a credibilidade à medida que os seus “truques” são descobertos.

• Dificilmente recupera a confiança dos outros, uma vez perdida.

As pessoas manipuladoras são pessoas que….

• Exageram e caricaturam partes da informação emitida pelos outros

• São mais hábeis em criar conflitos do que reduzir as tensões

• Mudam de pontos de vista, de acordo com as pessoas com quem comunicam

• Exploram os outros para satisfazerem as suas próprias vontades.

Comportamento Assertivo Contrastando com os outros comportamentos, o comportamento assertivo significa exprimir os seus próprios sentimentos, necessidades, direitos e opiniões mantendo o respeito pelos sentimentos, necessidades, direitos e opiniões das outras pessoas.

O objectivo do comportamento assertivo não é ganhar, mas sim, conseguir sair de certas situações desconfortáveis sentindo-se bem consigo próprio por ter dito as coisas que queria dizer sem magoar ninguém.

99


Reacções

Sentimentos É capaz de exprimir os seus sentimentos de maneira directa, honesta e apropriada.

Necessidades Tem necessidades que precisam ser satisfeitas, se não, vai sentir-se depreciado, rejeitado, irritado e triste.

Direitos Tem direitos humanos básicos e é possível defender os seus próprios direitos de maneira a não ignorar ou violar os direitos dos outros.

Opiniões Contribui independentemente da opinião das outras pessoas.


A curto prazo

• Libertação da tensão, sem sentimentos de culpa, redução da ansiedade, do stress e resolução de situações difíceis com êxito.

A longo prazo

• Desenvolve as suas capacidades de comunicação

• Aumenta a sua auto-estima e confiança em si próprio(a)

• Ajuda-o(a) a ganhar o respeito dos outros

• Melhora as suas capacidades de decisão

• Melhora as suas relações sociais.

A assertividade é uma atitude benéfica e honesta para si e para os outros.

As pessoas assertivas são pessoas que:

• Respeitam-se a si próprias e às outras pessoas

• Responsabilizam-se pelas suas próprias acções e escolhas

• Pedem abertamente aquilo que desejam

• Têm confiança nelas próprias

• Não baseiam as suas decisões na aprovação das outras pessoas.

100


Tipos de assertividade Existem 4 tipos de assertividade:

• Assertividade Básica

É a expressão simples e directa dos seus sentimentos, crenças e opiniões. Normalmente é uma declaração simples do género “Eu quero” ou “Eu sinto”.

• Assertividade Empática

Implica uma certa sensibilidade para com a outra pessoa. Normalmente contém duas partes: um reconhecimento dos sentimentos ou da situação da outra pessoa, seguido de uma declaração em que defende os seus direitos.

“Sei que estiveste muito ocupado, mas quero sentir que a nossa relação é importante para ti. Quero que arranjes tempo para mim e para nós”

• Assertividade “Crescente”

Acontece quando a outra pessoa não responde à assertividade básica e continua a violar os seus direitos. Gradualmente aumenta a assertividade e torna-se mais firme. Pode incluir afirmações de possíveis consequências da sua parte mas apenas depois das declarações de assertividade básica. Por exemplo, “Se não acabar de me arranjar o carro até amanha às 17.00 horas, vou ter que ligar para a DECO.”

• Assertividade “Eu”

Este tipo é principalmente usado para exprimir sentimentos negativos. Implica uma declaração em três partes:

♦ Descrever o comportamento – “Quando você faz...”

♦ Descrever como este comportamento o(a) afecta - “Os efeitos são...”

♦ Descrever o que quer mudar – “Eu preferia...”

A ênfase deste tipo de assertividade é feita na parte “Eu quero”, “Eu sinto” das declarações. Quando exprimimos a irritação, a tendência normal é de culpar a outra pessoa, deixarmo-nos levar pela situação e pela emoção.

A assertividade “linguagem Eu” ajuda a focar a irritação de maneira construtiva e exprimir os seus sentimentos com mais claridade.

101


“Como não compraste os legumes que disseste que ias comprar, não pude cozinhar o jantar para os meus pais. Fiquei magoada e chateada contigo. Da próxima vez, gostaria que cumprisses as tuas promessas.”

As partes da intervenção assertiva “Reparei que cada vez que nós nos preparamos para ir a algum lado, começas a apressar para me acabar de vestir assim que tu ficas pronta, mesmo que ainda não sejam horas de saída.

Compreendo que fiques ansiosa quando já estás pronta e eu não, mas quando fazes isso, eu fico todo atrapalhado e demoro ainda mais tempo. Quando entrarmos no carro já estamos chateados e sem disposição para sair.

A partir de agora, certificar-nos-emos que sabemos a que horas vamos sair e se ficares pronta antes de mim, por favor, vai para outro quarto, lê o jornal ou vê televisão! Se entrares no quarto antes da hora marcada e começas a apressar-me, vou te lembrar das horas e pedir-te que vás para outro quarto. Eu sei que isto pode parecer estranho no início, mas aposto que nos iremos divertir mais tarde.”

Existem 3 partes em cada intervenção assertiva

• Empatia/validação

Tente fazer algo que mostre o seu entendimento dos sentimentos da outra pessoa. Isto prova que não procura ser agressivo ou provocar uma discussão e que não está a acusá-la directamente. No exemplo acima “Compreendo que fiques ansiosa quando já estás pronta e eu não...”

• Especificar a problema

Esta parte descreve o problema que provoca a insatisfação, e a razão pela qual precisa de uma mudança. Por exemplo “... mas quando fazes isto, eu fico todo atrapalhado e demoro ainda mais tempo. Quando entrarmos no carro já estamos chateados e sem disposição para sair.”

• Especificar aquilo que se pretende mudar

É um pedido específico para uma mudança específica no comportamento da outra pessoa. Por exemplo “A partir de agora, certificar-nos-emos que sabemos a que horas vamos sair e se ficares pronta antes de mim, por favor, vai para outro quarto, lê o jornal ou vê televisão!”

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Como ser assertivo(a) • Use a linguagem corporal assertiva. Olhe para a outra pessoa,

mantenha uma postura direita e confiante, evite usar gestos de rejeição, assegure-se de que tem uma expressão facial agradável, mas séria, mantenha uma voz calma, suave e não abrasiva.

• Use declarações com “Eu”. Foque o problema na resolução, não acuse ou culpabilize a outra pessoa. Por exemplo: “Gostava de poder contar as minhas histórias sem interrupções”, em vez de “Interrompes sempre as minhas histórias!”

• Utilize factos, não sentenças. Por exemplo: “A tua pontuação precisa de ser trabalhada e a formatação é inconsistente” em vez de “Fizeste um mau trabalho” ou “Já reparaste que a tua camisa tem umas nódoas?” em vez de “Não vais sair assim, pois não?”

• Assuma a responsabilidade pelos seus sentimentos, pensamentos e opiniões. Exemplo: “Fico irritado quando não cumpra as suas promessas” em vez de “Deixa-me irritado” ou “Creio que a melhor política será...” em vez de “A única coisa sensata será...”

• Faça pedidos claros e directos. Não convide as pessoa a dizer não. Exemplo: “Podes, por favor...?” em vez de “Importas-te..? ou “Porque não fazes...?”

Técnicas para situações difíceis Técnica do “disco riscado” Esta é uma técnica útil e pode funcionar na generalidade das situações. Ensaie aquilo que quer dizer repetindo várias vezes o que quer ou precisa. Durante a conversa, volte a repetir o seu ponto de vista, usando uma voz agradável e de baixo tom, especificando o que deseja com claridade e precisão. Não se deixe enganar pelos argumentos que a outra pessoa possa usar e evite perder-se em explicações. Isto ajuda a ignorar a manipulação e a lógica irrelevantes que a outra pessoa possa usar.

Exemplo: Vai devolver algo a uma loja que sabe que normalmente lhe devolve o dinheiro, mas o vendedor começa primeiro por questionar a sua decisão, tenta sugerir que é estranho ter mudado de ideias, diz que só lhe pode dar um crédito para a mesma loja, etc. Utilizando a técnica do “disco riscado”, entre na loja e diga “Decidi que não preciso deste item e gostaria de receber o dinheiro de volta”. Depois, independentemente do que o vendedor disser, continua a repetir - “Decidi que não preciso deste item e gostaria de receber o dinheiro de volta”. Se o vendedor não compreender, peça para falar com o gerente da loja e repita o mesmo.

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Técnica do “fogging” (nevoeiro) É uma forma de desviar as críticas negativas e manipulativas. Concorde com alguns factos, mas mantenha o direito de escolher o seu comportamento.

Exemplo: Mãe: “A tua saia é muito curta, não achas que devias usar saias compridas? Estão na moda.” A filha: “Sim, é verdade, as saias agora são mais curtas.” Concorde com quantos factos quiser, mas não concorde em mudar o comprimento da sua saia.

"Fogging” é uma técnica óptimo para evitar discussões e fazer as pessoas pararem de criticar. Com a família, se vivem juntos, o melhor é ouvi-los até ao fim e depois, assertivamente, dar a sua resposta.

Técnica da “mudança do foco” Use-a quando a outra pessoa não está a ouvir ou tente usar o humor ou a distracção para evitar certos assuntos. Pare de falar sobre o problema e fale sobre o comportamento actual da outra pessoa.

Exemplo: “Estás a desviar-te do assunto. Estou a ficar frustrado porque sinto que não estás a ouvir.”

Técnica da “difusão” Deixar alguém “arrefecer” antes de discutir um certo assunto.

Exemplo: “Vejo que está chateado e até compreendo porquê. Vamos falar sobre isso mais tarde”. Também, se a pessoa não quer mudar de disposição, sempre pode deixá-la assim e ir-se embora.

Técnica do “interrogatório assertivo” É similar à técnica “mudança de foco”. “Pare um minuto. Algo não está a funcionar bem. O que se passa? Como caímos nesta discussão?” Isto ajuda a identificar o verdadeiro problema quando a discussão é sobre algo mais do que o tópico imediato.

Por exemplo:

• “Podes ajudar-me com este problema de estatística?”

• “Podes deixar-me em paz? Já sabes que tenho muito trabalho hoje!”

• “É assim tão difícil ajudares-me durante 15 minutos? Ontem à noite disseste que me ias ajudar.”

• “Estou farto que me interrompas com estas coisas sempre que estou a fazer algo.”

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• “O quê? Vamos parar um bocado. Como é que fomos do meu problema de estatística até à tua irritação com as minhas interrupções?”

O problema real não é a estatística mas sim o tempo. Agora o tema foi lançado e os dois aperceberam-se como é que a discussão evoluiu noutros sentidos.

Técnica da “reformulação” Ajuda a confirmar que entendeu a outra pessoa e ganhar tempo para escolher uma resposta mais adequada.

• Exemplo: “O que está a dizer é...”

Técnica da “especificação” É muito importante explicar com clareza o que deseja que aconteça. Isso ajuda a evitar distracções.

• Exemplo: “O que eu quero é que tu tires a tua roupa do chão e a arrumes no armário”.

Desenvolver capacidades assertivas • Seja directo, honesto e aberto sobre os seus sentimentos, opiniões e

necessidades. Exprima pedidos razoáveis directa e firmemente. Exprima os seus objectivos ou intenções de maneira directa e honesta. Exprima o seu ponto de vista sem hesitar e sem pedir desculpas. Ser responsável pelo seu próprio comportamento vai fazê-lo(a) sentir-se bem consigo mesmo.

• Não deixe que os seus amigos imponham os seus comportamentos, valores e ideias sobre si. Em vez disso, deixe-os saber o que pensa, sente e quer.

• Seja honesto(a) quando dá e recebe elogios. Deverá receber os elogios de forma sempre tranquila e neutra, sem os minimizar e sem se sentir obrigado(a) a elogiar em troca.

• Aprenda a dizer “Não” aos pedidos injustos. Utilize a palavra “não” e ofereça uma explicação se achar importante. Não peça desculpa e não invente desculpas. Utilize o ponto de vista da outra pessoa, o que vai transmitir-lhe a mensagem de que o pedido dela foi compreendido.

• Evite as questões “Porquê?”. Elas fazem o ouvinte sentir-se e actuar na defensiva.

• Reconheça e respeite os direitos dos seus amigos, colegas etc. Por exemplo, se está chateado(a) com eles, use palavras como “eu” e “nós” para exprimir

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os seus sentimentos em vez de palavras que culpam e apontam para uma só pessoa.

• Quando comunicar com os outros utilize um tom de voz e uma postura apropriada. Mantenha contacto visual. O tom de voz deve ser adequado para a situação. Posicione-se a uma distância confortável da outra pessoa. Os gestos podem ser utilizados para acentuar aquilo que está a dizer.

• Peça feedback.

Existem 4 tipos principais de comportamentos humanos: passivo, agressivo, manipulativo e assertivo.

Uma intervenção assertiva é composta por 3 partes essenciais: empatia ou validação, especificação do problema e a especificação do que se pretende mudar. Ser assertivo é uma arte que pode ser aprendida, através de utilização de técnicas e comportamentos, e que pode influenciar as suas relações de trabalho, com os seus clientes e colaboradores, como também as suas relações pessoais com familiares e amigos.

Síntese

106


Capítulo

10 Gerir o stress No decorrer do ciclo de vida, sobrevivemos naturalmente a acontecimentos stressantes, apesar deles nos acontecer todos os dias. Qual será a melhor maneira de reagir face a estes problemas?

urante os anos ‘30 do século passado, os soldados sujeitos a bombardeamentos chamaram a atenção de Walter B. Cannon, um fisiologista de Harvard que começou a estudar e analisar a bioquímica do

susto. Os seus estudos revelaram que o medo não estava somente na mente mas também nas glândulas supra-renais localizadas por cima dos rins. Nas suas experiências conseguiu localizar uma hormona chamada epinefrina que provocava reacções de medo, luta ou fuga. Esta hormona é hoje conhecida como adrenalina, que vem das glândulas que o produzem, e tem um papel importante na resposta ao stress, ao lado de outras hormonas como a noradrenalina e a cortisona.

D

Mas o que é, de facto, o stress?

Define-se como stress aquela reacção que as pessoas têm frente as pressões excessivas ou outro tipo de exigências solicitantes. O stress surge quando as pessoas se preocupam demasiado com o facto de não conseguirem realizar determinadas coisas.

Stress significa o desgaste experimentado pela mente e pelo corpo humano quando a pessoa tenta sobreviver num ambiente em contínua mudança.

S = P > R

O stress aparece quando a pressão é maior que os recursos da própria pessoa.

É verdade que a vida sem estímulos seria algo absolutamente aborrecido e sombrio, mas também, a vida com demasiados estímulos tende a ser desagradável e cansativa, e pode, por fim, degradar a saúde e o bem estar do ser humano.

Demasiado stress pode afectar seriamente a capacidade do ser humano para actuar com eficiência, assim como ao nível do seu relacionamento com os outros.

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Tipos de stress O nível de stress sob a qual uma pessoa funciona é muito importante.

Se não se encontrar sob um nível suficiente de stress a sua performance pode ser muito baixa, porque está aborrecido(a) e desmotivado(a). Se se encontrar sob demasiado stress os seus resultados poderão ser também baixos pois os problemas relacionadas com o stress interferem com a sua performance.

Optimizar o seu nível de stress depende do tipo de stress que está a experimentar.

Stress de curto prazo O stress de curto prazo pode ser representado por reuniões difíceis, competições ou situações de confronto.

O gráfico ao lado mostra a relação entre o stress de curto prazo e a qualidade da sua performance.

Quando o stress tem um nível baixo, a sua performance é igualmente baixa porque tem falta de motivação ou concentração e sente-se aborrecido(a). Quando o stress está a um nível muito alto, a performance pode sofrer de todos os sintomas de excesso de stress de curto prazo. No meio, a um nível

moderado de stress, existe uma zona de performance máxima. Se conseguir manter-se naquela zona, vai ficar em condições(a) para ter bons resultados sem estar excessivamente stressado(a) ou infeliz.

Zona de

performance

máxima

Stress óptimo

Stress

Per

form

ance

Stress baixoAborrecimento

Stress altoAnsiedade/Tristeza

Zona de

performance

máxima

Stress óptimo

Stress

Per

form

ance



Zona de

performance

máxima

Stress óptimo

Stress

Per

form

ance



Zona de

performance

máxima

Stress óptimo

Stress

Per

form

ance



Este gráfico e a zona de performance máxima têm formas diferentes para cada pessoa. Algumas pessoas podem ser mais eficientes a um nível de stress que deixam outros aborrecidos ou estafados. É possível que alguém que funciona bem a um nível baixo de stress possa experimentar dificuldades a um nível mais alto, como também alguém que tenha resultados médios a um nível baixo possa ter resultados excepcionais sob uma grande pressão.

Stress de longo prazo Os problemas de stress de longo prazo estão associados ao cansaço, ao moral e à saúde e não à adrenalina.

O gráfico seguinte mostra o modo como a performance pode sofrer quando a pessoa se encontra sob um stress excessivo.

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Performance

Stress contínuo

cansaço

exaustão

doença

esgotamento Performance desejado

Performance realizado

Trabalho eficiente e saudável

• Durante a primeira fase vai enfrentar os desafios com muita energia. A sua resposta vai provavelmente ser positiva e eficiente.

• Passado algum tempo começa a sentir-se seriamente cansada. Vai sentir ansiedade, frustração e irritação. A qualidade do trabalho começa a enfraquecer.

• Enquanto o stress alto continua, a pessoa começa a sentir um sentimento de fracasso e pode adoecer frequentemente. Vai-se sentir explorada. Neste momento vai começar a distanciar-se do seu empregador e possivelmente começar a procurar um novo emprego.

• Se os níveis de stress continuarem altos a pessoa pode vir a experimentar depressão, esgotamento nervoso ou outra forma de doença causada pelo stress.

A um nível superficial pode parecer que é uma medida de força manter-se a trabalhar durante um stress extremo, sendo muito fácil deixar-se ir até um nível onde o seu trabalho e a sua saúde mental e física começam a sofrer.

O stress também pode ser usado como desculpa para deixar de fazer qualquer actividade por se encontrar stressado(a), momento no qual a sua performance pára ou baixa consideravelmente.

A posição mais forte e flexível é aquela que lhe permite gerir activamente os seus níveis de stress e cansaço de maneira a conseguir produzir trabalho de qualidade a longo prazo.

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Tipos de stressores A arte de gestão do stress é manter-se a um nível de estimulação que é saudável e agradável.

A maioria das pessoas acham que certos aspectos das suas vidas e do seu trabalho podem causar stress. É também importante saber que o stress pode ser causado pelo seu ambiente e mesmo pela sua alimentação diária. As estratégias que pode utilizar para controlar o seu stress devem ser escolhidas tendo em conta as causas do stress.

Existem 2 tipos principais de stressores (os factores que geram o stress):

Stressores Externos

• O ambiente físico – barulho, luzes fortes, calor/frio, espaços pequenos.

• Interacção social – agressividade, intimidação, falta de educação.

• Organizacional – regras, normas, datas limite.

• Acontecimentos importantes na vida – nascimento, casamento, divórcio, morte, desemprego, promoção.

• Dificuldades diárias – transporte, chaves perdidas, falhas técnicas etc.

Stressores Internos

• Escolhas da vida – cafeína, programa sobrecarregado, poucas horas de descanso.

• Negativismo – pensamento pessimista, autocríticas e perfeccionismo.

• Armadilhas da mente – expectativas demasiado realistas, levar as coisas a peito, pensamento tipo “tudo ou nada”, exagero e pensamento rígido.

• Tipo de personalidade – principalmente para as pessoas que são perfeccionistas ou viciadas no trabalho.

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O indivíduo e a sua resposta Todas as pessoas são diferentes, têm percepções e reacções próprias. Não existe um único nível de stress que seja óptimo para todas as pessoas. Uns são mais sensíveis que outros, devido às experiências de vida, à saúde, religião, cultura, etc.

A maior parte do stress é auto-gerado pela própria pessoa. A percepção da vida – se um certo acontecimento provoca um sentimento de medo ou de excitação, de felicidade ou de tristeza – depende em larga escala da medida em que a pessoa se percebe a si própria.

O stress auto-gerado é um pouco paradoxal, pois a maioria das pessoas pensam em causas externas quando estão chateadas ou irritadas.

Reconhecer que o stress é auto-gerado pela nossa própria mente é o primeiro e mais importante passo para tratá-lo.

O stress é controlado pelo Sistema Endócrino. Certas pressões sobre a mente e sobre o corpo resultam da secreção de hormonas. As reacções do Sistema Endócrino manifestam-se através da dilatação da pupila, transpiração, aumento da pressão do sangue e do ritmo cardíaco, respiração acelerada, tensão muscular e alerta mental.

O sistema de adaptação do corpo ao stress inclui 3 fases:

Alarme Uma resposta do tipo “luta ou corre”, que prepara o corpo para uma acção imediata.

Adaptação Se as pressões persistem, o corpo prepara-se para uma protecção de longa duração, produzindo hormonas para aumentar o nível de açúcar no sangue. Esta fase é comum e não necessariamente prejudicial, mas deverá incluir períodos de relaxamento e descanso, para equilibrar a resposta de stress.

O cansaço, a falta de concentração, irritação e letargia resultam quando o stress se prolonga.

Desgaste Em situações crónicas, as pessoas sofrem de desgaste; os recursos emocionais, físicos e mentais sofrem muito, o corpo experimenta um desgaste de adrenalina que leva a uma tolerância reduzida a stress, desgaste mental e físico progressivo, doença e, no final, colapso.

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Sintomas do stress Existem vários tipos de sintomas do stress.

Sintomas físicos

• Cansaço

• Dores de cabeça

• Sofrimento

• Infecções

• Indigestão

• Tontura

• Palpitações

• Transpiração

• Desmaio

• Dificuldades de respiração

• Perda de impulso sexual

• Dificuldades de digestão

• Insónia

Sintomas mentais

• Falta de concentração

• Perdas de memória

• Dificuldades em tomar decisões

• Confusão

• Desorientação

• Ataque de pânica

Sintomas comportamentais

• Mudanças de apetite

• Desordens alimentares – anorexia, bulimia

• Aumento do consumo de tabaco

• Inquietação

• Hipocondria

112


• Roer as unhas

Sintomas emocionais

• Depressão

• Impaciência

• Raiva

• Deterioração da higiene pessoal e da aparência

Stress não significa um mau estado de saúde mas existem várias doenças causadas por ele. Aproximadamente 80% das doenças modernas tem as suas origens no stress: doenças cardiovasculares, doenças do sistema imunitário, asma, diabetes, úlceras, enxaquecas, síndroma pré menstrual, depressão, desordens digestivas, etc.

Técnicas para gerir o stress O primeiro e mais importante passo no caminho da gestão do stress é a identificação do problema.

Identificar o problema significa procurar descobrir as causas que provocam o stress, principalmente aquele stress que tem efeitos negativos, como a redução da performance. Isto não significa que é uma pessoa fraca ou que não tem a habilidade para lidar com a situação. Trata-se apenas de identificar correctamente o problema para poder planear medidas adequadas para o ultrapassar.

Para identificar qual a técnica mais adequada para combater o stress deverá passar pelo seguinte processo CEC ou seja:

Consciência Identificar qual é a causa do stress e determinar qual é a sua reacção imediata perante essa pressão.

Equilíbrio Existe uma linha muito fina entre o stress positivo e o stress negativo. Deverá saber quanto pode aguentar antes que o stress se torne negativo.

Controlo O stress prolongado provoca baixa performance e tem efeitos negativos sobre a própria saúde. Deverá identificar o que pode fazer para se ajudar a si próprio(a) a combater os efeitos negativos do stress e planear a sua resposta.

Existem várias técnicas para as diferentes causas de stress, mas elas podem ser concentradas em 3 categorias principais:

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• Mudar a maneira de pensar

• Mudar o comportamento

• Mudar o estilo de vida

Mudar a maneira de pensar

• Reenquadramento

É uma técnica que implica mudar a maneira como olha para as coisas de modo a sentir-se melhor em relação a elas. Existem várias maneiras de interpretar a mesma situação, só tem de escolher uma.

O reenquadramento não modifica a realidade exterior e ajuda-o(a) a ver as coisas com outros olhos, de uma maneira menos stressante.

• Pensamento positivo

Esqueça os fracassos, os momentos de desespero, as críticas, os cenários pretos. O stress deixa as pessoas vulneráveis a sugestões negativas.

Concentre-se no oposto, concentre-se na parte positiva da situação:

♦ Nos seus pontos fortes

♦ Nas oportunidades

♦ Na aprendizagem

Mudar o comportamento

• Seja assertivo(a)

A assertividade ajuda a gerir as situações stressantes e, com o tempo, a reduzir a sua frequência. A falta de assertividade normalmente mostra auto-estima e autoconfiança baixas. A chave da assertividade é a comunicação verbal e não verbal.

• Organize-se

A falta de organização é uma das mais comuns causas do stress. As coisas estruturadas oferecem segurança face a imprevistos. Realize uma lista de prioridades para os objectivos, tarefas e actividades faça das mesmas algo mais fácil de gerir e de atingir.

Evite sobrecarregar a sua mente. A organização ajuda-o(a) a evitar o caos pessoal e profissional. Utilize um sistema simples de gestão do tempo.

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• Socialize

Um problema partilhado torna-se mais fácil de suportar. Desenvolva uma rede de amigos e colegas suporte com quem possa partilhar certos assuntos. Os acontecimentos não são stressantes, a nossa maneira de os ver é que os tornam assim.

Ter um diário ou escrever notas pode ajudar a eliminar sentimentos, mas não releia o que escreveu.

• Ria

O humor é um dos melhores redutores de stress. Aplica-se em qualquer situação, em casa ou no trabalho. O riso alivia a tensão muscular e melhora a respiração. Também determina a produção dos calmantes naturais do corpo humano no sangue.

• Diversão e distracção

Faça uma pausa, distancie-se das coisas que o(a) incomodam. Esta atitude não resolve o problema mas reduz o nível do stress e ajuda a se acalmar para poder pensar numa solução lógica e de cabeça fria.

Mude o estilo de vida

• Dieta

Adopte uma dieta saudável e variada pois as opções alimentares podem favorecer ou aliviar o stress. Os peritos em alimentação aconselham o consumo regular de:

♦ Frutas e vegetais,

♦ Gorduras mais naturais (como o azeite ou gorduras de frutos secos) em vez de gorduras nocivas (como as gorduras animais)

♦ Cereais integrais, como o arroz integral e cevada, em vez de cereais refinados como arroz branco ou farinha de trigo branca

Se tiver uma dieta equilibrada poderá minimizar o stress químico no seu corpo. Ele vai receber os nutrientes de que necessita para funcionar eficazmente.

A informação apresentada é meramente informativa. Para uma informação adequada a si próprio, o melhor será consultar o seu nutricionista ou médico de família.

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• Cafeína, cigarros e álcool

A cafeína é um estimulante. Uma das razões pela qual o bebe é para aumentar a sua energia. Se beber muitos cafés por dia, pode experimentar reduzir o stress com um descafeinado.

O tabaco pode causar relaxamento a curto prazo mas os seus efeitos tóxicos aumentam o ritmo cardíaco e o stress no seu corpo. Se fumar, tente medir o seu pulso antes e depois do cigarro e verá a diferença. Fumar prejudica gravemente a saúde. Depois do período inicial, ao deixar de fumar, a maioria das pessoas sentem-se mais relaxadas de maneira geral.

O álcool em quantidades pequenas pode também ajudar a relaxar. Em grandes quantidades aumenta o stress e modifica o equilíbrio do seu corpo, causando fraqueza e dores de cabeça. Em grandes quantidades por períodos prolongados tem efeitos negativos na sua saúde e no seu corpo.

• Exercício físico

Fazer exercício físico tem muitos benefícios, não só para reduzir o stress, mas também para aumentar a resistência do seu corpo.

Gasta o excesso de energia, melhora a circulação do sangue, diminui a pressão arterial, esvazia a sua mente de preocupações, melhora a sua imagem de si próprio(a), fá-lo(a) sentir melhor consigo próprio(a) e aumenta os contactos sociais.

• Sono

Também é um bom redutor de stress. As pessoas gerem pior o stress quando estão cansadas. O sono assegura o “recarregamento” do corpo com energia para enfrentar novos desafios.

• Lazer

Praticar os seus interesses oferece-lhe uma pausa aos seus stressores.

• Relaxamento

As técnicas de relaxamento reduzem a pressão do sangue, reduzem o cansaço e o sofrimento, invocam sonolência e reduzem a tensão muscular. Também diminui as preocupações, aumenta a concentração e a produtividade.

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• Assegure um ambiente adequado

Pode reduzir o seu nível de stress melhorando a qualidade do seu ambiente. As seguintes actividades poderão reduzir significativamente o seu stress ambiental:

♦ Melhore a qualidade do ar

♦ Introduza plantas na proximidade

♦ Melhore a iluminação, usando mais luz natural se possível

♦ Mantenha um ambiente decorado e arrumado

♦ Reduza o nível de barulho

♦ Assegure-se que o mobiliário está bem posicionado e confortável

O stress aquela reacção que as pessoas têm frente as pressões excessivas ou outro tipo de exigências solicitantes, o desgaste

experimentado pela mente e pelo corpo humano quando a pessoa tenta sobreviver num ambiente em contínua mudança. Analisando o stress em relação com a performance, o stress pode ser de 2 tipos: stress de curto prazo, causado por eventos temporários, e stress de longo prazo, que pode causar esgotamento físico e nervoso e até doenças. Os stressores principais podem ser internos ou externos. Eles originam sintomas físicos, mentais, comportamentais e emocionais. Para melhor gerir o seu stress tente identificar e avaliar os factores que lhe causam o stress, e decidir realizar algumas mudanças na sua maneira de pensar, no seu comportamento e no seu estilo de vida.

Síntese

117


Bibliografia Capítulo 1 – O perfil do teletrabalhador Mirti Consortium – CD-ROM “Implementing Telework” – Models of Industrial Relations in Telework Innovation, 1998.

Euro-Telework (http://www.telework-mirti.org)

European Telework Online (http://www.eto.org.uk)

Capítulo 2 – Procurar teletrabalho Azat, Gloria Serrato - “Como fazer um Curriculum”,Colecção “Chaves do Êxito”, Editorial Estampa, 1999.

Instituto de Emprego e Formação Profissional - Guia prático de “Como procurar emprego”, 5ª edição, 2000.

Jornal “Expresso Emprego” (http://www.expressoemprego.pt)

Superemprego Online (http://www.superemprego.pt)

Euro-Telework (http://www.telework-mirti.org)

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Capítulo 3 – Promover os seus serviços European Telework Online (http://www.eto.org.uk)

Capítulo 4 – Planeamento e Gestão por Objectivos Mindtools – Essencial skills for an excellent career (http://www.mindtools.com)

Capítulo 5 – Gestão do tempo Jones, Katie - “Gerir o Tempo”, Colecção “Manual de auto-formação”, Livros e Livros, 2002.

Covey, Stephen – “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, Nova Cultural 2001

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Thiagarajan, Sivasailam – “Training Games” (http://www.thiagi.com/games.html)

Capítulo 6 – Organizar o seu espaço de teletrabalho Berner, Jeff – “The Joy of working from home”, 1996 (http://www.worldmind.com/Cognoscenti/Home_Office/organize.html)

Capítulo 7 – Atitudes e Valores Personal Interests, Attitudes and ValuesTM (http://www.personality-tests-personality-profiles.com)

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Capítulo 8 – Motivação e Auto-estima Armstrong, Michael - “A Handbook of Human Resource Management Practice”, Oitava edição, Kogan Page, 2001

Huczynski, Andrzej e Buchanan, David - “Organizational Behaviour – An Introductory Text”, Quarta edição, Pearson Education, 2001

Motivation versus Self-control (http://www.wsanchez.net/papers/motives)

Twelve steps to increase your self-esteem (http://www.more-selfesteem.com/newsletter8.htm)

Capítulo 9 – Assertividade Sorensen, Stuart – “Understanding Assertiveness” (http://www.mhsanctuary.com/articles/assert.htm)

Assertiveness Test (http://discoveryhealth.queendom.com/access_assertiveness.html)

Cadogan, Donald – “How Self-Assertive are You?”, 1990 (www.theoaktree.com/assrtquz.htm)

Assertiveness – Analysis and Development (http://www.coun.uvic.ca/personal/assert.html)

Assertiveness (http://www.couns.uiuc.edu/Brochures/assertiv.htm)

Counseling Services – Assertiveness (http://ub-counseling.buffalo.edu/assertiveness.shtml)

Capítulo 10 – Gestão do stress Miosh, Graham Clarke - “Stress management”, National Health, Safety & Environmental Manager, MIIRSM

Mindtools – Essencial skills for an excellent career (http://www.mindtools.com)

119

http://www.wsanchez.net/papers/motives

http://www.more-selfesteem.com/newsletter8.htm

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http://ub-counseling.buffalo.edu/assertiveness.shtml

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Índice Remissivo

a visão, 47 assertividade, 91 atitude, 78 auto-estima, 87 candidaturas virtuais, 27 carta de apresentação, 21 centro de teletrabalho, 5 currículo cronológico, 17 currículo funcional, 17 curriculum vitae, 18 curriculum vitae, 10, 11, 12, 13, 16, 18, 20, 21, 23, 24 CV académico, 16 CV profissional, 16 desperdiçadores de tempo, 62 entrevistas, 28 espaço de trabalho, 67 freelancer, 5 matriz das prioridades, 58 motivação, 83

objectivos, 49 planeamento, 45 praça, 35, 37 preço, 35, 40 preço de “nível 0”, 41 preço de sobrevivência, 40 preço de valor competitivo, 42 produto, 35, 36 promoção, 35 promover os seus serviços, 37 sintomas do stress, 108 stress, 103 stressadores, 106 swot, 48 teletrabalhador, 4 teletrabalhador empregado, 5 teletrabalhador por conta própria, 5, 8 tele-trabalho, 10 tempo, 55 valores, 80

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Informações m http://www.elearning-pt.com/teletrabalho encontra-se mais informação sobre o conjunto de produtos desenvolvidos pela parceria no quadro da formação para teletrabalho. Para informações mais detalhadas por favor envie uma mensagem e-mail para [email protected] ou

contacte qualquer dos membros da parceria:

Perfil Psicologia e Trabalho Lda.

Dr.ª Graça Pinto Estrada de Moscavide, 23-4.º Frt. 1800-277 Lisboa

Tel.: 218 538 440 Fax: 218 535 867 E-mail: [email protected] Website: http://www.perfil.com.pt

DeltaConsultores

Eng.º José Lencastre Rua da Bempostinha n.º 25 CV 1150-065 Lisboa

Tel.: 218 850 051 Fax.: 218 850 246 E-mail: [email protected] Website: http://www.dlt.pt

E

ISPA Instituto Superior de Psicologia Aplicada

Dr.ª Sílvia Ramalho Rua Jardim do Tabaco, 34 1149-041 Lisboa

Tel.: 218 811 700 Fax: 218 860 054 E-mail: [email protected] Website: http://www.ispa.pt

© Perfil, DeltaConsultores e ISPA

Ficheiro: MN-SerTT_ParteA_V10.doc

Impresso em: 10/10/2005

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