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PERCEPÇÃO E TOMADA DE DECISÃO Professora Taís Brenner Oesterreich

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PERCEPÇÃO E

TOMADA DE DECISÃO

Professora Taís Brenner Oesterreich

Percepção

• Processo pelo qual os indivíduos

processam interpretam e organizam

suas impressões sensoriais,com a

finalidade de dar sentido ao

ambiente.

• O que uma pessoa percebe pode

ser diferente da realidade objetiva.

2

Por que a percepção é importante para o

estudo do Comportamento Organizacional?

• Porque o comportamento das

pessoas baseia-se na sua

percepção da realidade, e não da

realidade em si.

• O mundo como é percebido, é o

mundo importante para o

comportamento.

3

Você é bom com cores?!

Então dê uma olhada na figura a seguir...

4

ProfªDenise Ferreira5

As cores dos quadrados

“A” e “B” são iguais!?

6

ProfªDenise Ferreira7

Não?!!?!!!

8

Melhor olhar de novo......

ProfªDenise Ferreira9

Convencido?!

Volte se quiser... E não... Ninguém mudou

as cores dos quadrados enquanto eles

eram isolados... Você apenas acabou de

testemunhar um fato importantíssimo do

funcionamento do seu cérebro....

10

Ele se esforça ao máximo para enxergar

aqueles quadrados como eles deveriam ser...

Um preto e outro branco... Não importa se

eles são da mesma cor... Os quadrados

adjacentes dizem que eles tem que ter cores

diferentes... E seu cérebro faz você enxergar

assim....diferente....

11

ProfªDenise Ferreira12

Isso é importantíssimo... isso nos confere

maior precisão visual....é assim que

conseguimos perceber mais detalhes em todas

as paisagens que nos rodeiam dia-a-dia...mais

contraste entre as cores....

13

E só uma prova de que não importa o

que está no mundo ao seu redor... Mas

sim como você percebe esse mundo!!

14

Profª. Taís B. Oesterreich15

16

Fatores que influenciam a percepção

Observador• Nossa atenção parece ser

influenciada pelos nossos interesses.

• Nossos interesses pessoais diferem consideravelmente, o que um indivíduo percebe em uma situação, pode ser totalmente diferente da percepção do outro.

• As expectativas também podem distorcer a percepção. Faz com que vejamos aquilo que esperamos ver.

17

Fatores que influenciam a

percepção

O Alvo

As características do alvo que está sendo observado também afeta a percepção.

Ex: pessoas atraentes, sons, movimentos.

Como os alvos não são observados isoladamente a sua relação com o cenário influencia a percepção.

O que percebemos vai depender de como separamos a figura de seu cenário geral.

18

Fatores que influenciam

a percepção

A Situação

Os elementos que fazem parte do ambiente, influenciam a nossa percepção.

Ex:Trajes de gala para ir trabalhar.

Você reparará mais nas atitudes dos seus subordinados quando o gerente geral estiver na cidade.

19

A Teoria Da Atribuição

• Quando observamos o

comportamento,tentamos

determinar se suas causas

são internas ou externas.

20

A Teoria Da Atribuição

Causas Internas

• São aqueles vistos como sob o controle do indivíduo.

• Ex: Chegou atrasado porque ficou na farra.

• Considerado como comportamento usual.

Causas Externas

• Aqueles que são resultantes de estímulo de fora.A pessoa é vista como se tivesse sido forçada àquele comportamento por causa daquela situação.

• Ex: Chegou atrasado, teve problemas no trânsito.

21

A Teoria Da Atribuição

• A teoria explica a forma como

julgamos diferentemente as

pessoas, dependendo do sentido

que atribuímos ao comportamento.

• Esta determinação depende de três

fatores: Diferenciação, consenso e

coerência.

22

A Teoria Da Atribuição

A Diferenciação é quando o

individuo mostra ou não

comportamentos diferentes em

situações diversas.

Caso o comportamento seja usual,

será julgado como de causa

interna.

23

A Teoria Da Atribuição

Consenso

Quando todas as pessoas que

enfrentam uma determinada

situação respondem de maneira

semelhante.

Ex: Atrasado.

Quando todos os funcionários que

fazem o mesmo caminho estão

atrasados também.24

A Teoria da Atribuição

Coerência

O observador busca coerência nas

ações. A pessoa reage sempre da

mesma forma?

Quanto mais coerente o

comportamento, mais inclinado fica

o observador a atribuí-lo a causas

internas.

25

Erro Fundamental de

atribuição

• A tendência de subestimar a influência de fatores externos e de superestimar os fatores internos no julgamento do comportamento alheio.

• Exemplo: gerente de vendas atribui o fraco desempenho da equipe à preguiça dos vendedores e não a um produto concorrente.

26

Viés de autoconveniência

• A tendência das pessoas

atribuírem seu próprio sucesso a

fatores internos e colocarem a

culpa dos fracassos em fatores

externos.

27

Simplificações usadas no

julgamento das outras pessoas

Percepção seletiva

• As pessoas interpretam seletivamente o que vêem, com base em seus próprios interesses, experiências passadas e atitudes.

• A seletividade nos permite uma leitura rápida dos outros e das situações com o risco de errarmos.

28

Efeito Halo

• Quando construímos

uma impressão geral

sobre uma pessoa

com base em uma

única característica.

29

Efeitos de contraste

• A avaliação das características de uma pessoa é afetada pela comparação com outras pessoas encontradas recentemente, que têm essas mesmas características avaliadas como melhores ou como piores.

• Ex. A avaliação de qualquer candidato pode sofrer distorções por causa da sua posição na ordem de chamada. Pode ser beneficiado se o candidato anterior for medíocre, ou prejudicado se o antecessor for brilhante.

30

Projeção

• Atribuição de características

próprias de um indivíduo a outras

pessoas.

• Os executivos, ao fazerem a

projeção,comprometem sua

capacidade de reagir às diferenças

individuais.Tendem a ver as

pessoas mais homogêneas do que

realmente são.31

Estereotipagem

• Julgamento de uma pessoa com

base na percepção sobre o grupo

do qual ela faz parte.

• Os muito ricos

• Os pobres

• Os médicos

• Os economistas

32

Generalização

• É um meio de simplificar o mundo

complexo e nos permitir manter a

coerência.

“Todos os atletas são

trabalhadores”

“Os homens não prestam”

“Mulheres são complicadas”

“Chefes novos são problemáticos”

33

Entrevista de Seleção

• As evidências indicam que os entrevistadores fazem julgamentos de percepção freqüentemente errôneos.

• As informações negativas colhidas no começo têm um peso muito maior do que as obtidas depois.

• A avaliação de um mesmo candidato, feita por dois avaliadores, pode ter inúmeras variações.

34

Profecia auto-realizada ou efeito

pigmaleão

• Quando uma pessoa tem uma percepção distorcida de outra, e a expectativa resultante é que a segunda pessoa se comporte de maneira coerente com essa percepção.

• Se um executivo espera grandes feitos de seus subordinados, provavelmente eles não o decepcionarão. O reverso também é verdadeiro.35

Avaliação de Desempenho

• Toda avaliação de funcionário depende muito do processo de percepção.

• As medidas objetivas dão margem a menos erros do que as medidas subjetivas.

• Avaliar o esforço e a lealdade do funcionário é difícil, pois o julgamento está suscetível de distorções e vieses de percepção.

36

Percepção e Tomada de

Decisão

• A forma como as pessoas tomam decisões e a qualidade das escolhas finais, dependem muito de suas percepções.

• A tomada de decisão ocorre em relação a um problema -discrepância entre o estado atual de coisas e o estado desejado, exigindo cursos de ações alternativos.

37

Conceito de Decisão

• Decisão: Escolhas feitas entre duas

ou mais alternativas.

• Todas as decisões requerem a

interpretação e a avaliação de

informações.

• Os dados vem de diversas fontes e

precisam ser selecionados,

processados e interpretados.

38

Processo Racional De Tomada

De Decisões

• Aquele que toma decisões para

otimizar é racional. Faz escolhas

consistentes, com maximização de

valor, dentro de certos limites.

• Escolhas feitas através de um

modelo chamado, modelo de

tomada de decisões racionais.

39

São seis as etapas do modelo.

1. Definir o problema (gasto maior que o previsto)

2. Identificar os critérios de decisão isto é, identificar o que é relevante decidir (preferências pessoais).

3. Dar pesos específicos a estes critérios. Para lhes dar a correta prioridade.

4. Desenvolver as alternativas. Listar as alternativas para decisão do problema.

5. Avaliar as alternativas. Comparando os pontos fracos e fortes das alternativas com os critérios e pesos.

6. Escolher a melhor alternativa. Cálculo da decisão ótima.

40

Premissas do Modelo

Este modelo possui diversas premissas.

1. Clareza do problema: sem ambigüidades.

2. Conhecimento das opções: ciência das conseqüências.

3. Clareza das preferências: classificação e ponderação dos critérios e alternativas.

4. Preferências Constantes: critérios de decisão constantes e pesos atribuídos que sejam estáveis no decorrer do tempo.

5. Ausência de limitação de tempo ou custos:assume-se qualquer limitação de tempo e custo.

6. Retorno máximo: escolha do valor percebido que resulte no máximo retorno.

41

Criatividade na tomada das

decisões

• O tomador de decisões precisa ter

criatividade, isto é, habilidade de

gerar idéias úteis e novas. A

criatividade ajuda o tomador de

decisões identificar todas as

alternativas viáveis.

42

Os três componentes da

criatividade.

• A criatividade individual, requer:

43

Perícia

Pensamento

Criativo

Motivação

criatividade

Perícia

• É a base de todo trabalho criativo. O

potencial de criatividade é

maximizado quando a pessoa tem

habilidades, conhecimentos e

domínio dos assuntos relativos à

sua área de atuação.

44

Pensamento Criativo

• Engloba características de

personalidade: inteligência,

independência, autoconfiança,

propensão para correr riscos, centro

de controle interno, tolerância a

ambigüidade, perseverança diante

da frustração.

45

Motivação intrínseca pela

Tarefa

• Desejo de trabalhar em alguma coisa por ser interessante, envolvente, excitante, gratificante ou desafiadora. Este componente motivacional que faz com que a criatividade potencial se transforme em idéias criativas concretas. Por isso que pessoas criativas,

adoram seu trabalho!

46

O ambiente de trabalho pode ter

efeito significativo na motivação.

Cinco fatores organizacionais podem vir a ser obstáculos à criatividade.

1. Expectativa da avaliação. Preocupação com o trabalho a ser avaliado.

2. Supervisão – ser observado enquanto trabalha.

3. Motivadores externos – ênfase em recompensas externas.

4. Competição – enfrentar situações competitivas com os colegas.

5. Limitações de escolhas – receber limites dentro dos quais o trabalho pode ser realizado.

47

Como são realmente tomadas as

decisões dentro das organizações?

• Boa parte das decisões

tomadas no mundo real não

segue o modelo racional.

48

Como são realmente tomadas as

decisões dentro das organizações?

• As pessoas geralmente se

contentam em aceitar uma decisão

aceitável ou razoável para o seu

problema,sem buscar a alternativa

ótima.

Por esta razão os tomadores de

decisão fazem uso limitado de sua

criatividade.

49

Responda

• Quando escolheu o curso e a

faculdade, analisou todas as

alternativas viáveis? Todos os critérios

importantes para a sua decisão?

Avaliou cada uma das alternativas em

relação aos critérios, para encontrar a

faculdade ou o curso ideal?

• Caso a resposta seja NÃO,você em

vez de otimizar, apenas se satisfez.50

Limitação da Racionalidade

• Quando enfrentamos um problema

complexo, tendemos a reagir

reduzindo-o a um nível em que possa

ser mais facilmente compreendido.

Isso acontece porque a nossa

capacidade limitada de

processamento de informações torna

impossível assimilar e compreender

todos os dados necessários para a

otimização.51

Limitação da Racionalidade

• Dentro da limitação da

racionalidade a solução final vai

representar uma escolha

satisfatória e não a ideal.

52

Tomada De Decisão Intuitiva

• Tem sido cada vez mais revelada e já ganhou respeitabilidade.

• Conceito: Um processo inconsciente gerado pelas experiências vividas.

• Isso não acontece como uma alternativa ao método racional;na verdade, eles são complementares.

53

Quando as pessoas usam mais a

intuição para tomar decisões?

São 8 as identificações.1. Alto nível de incerteza.2. Poucos precedentes em que se basear.3. Variáveis menos previsíveis

cientificamente.4. Fatos limitados.5. Quando os fatos não indicam o

caminho.6. Dados analíticos não são úteis.7. Várias alternativas plausíveis.8. Limitação de tempo e pressão para a

decisão certa.

54

Erros e vieses mais

comuns

• Os tomadores de decisões também

permitem que erros e vieses sistemáticos

atrapalhem seus julgamentos. Isso

acontece por causa da tentativa e agilizar

o processo decisório.

• Para minimizar o esforço e evitar dilemas,

as pessoas tendem a se valer

excessivamente da própria experiência, de

seus impulsos e de regras de “senso

comum” convenientes no momento.

55

Viés do Excesso de

confiança

• Já se disse que “nenhum problema

de julgamentos e tomada de

decisões é mais catastrófico do que

o excesso de confiança”.

56

Viés de Ancoragem

• O viés da ancoragem é a tendência

de nos fixarmos em uma informação

como ponto de partida. Uma vez

fixado este ponto, temos dificuldade

de ajuste diante de informações

posteriores.

• Nossa mente tende a dar uma

ênfase desproporcional à primeira

informação que recebemos. 57

Viés de Confirmação

• O viés da confirmação representa um tipo

específico de percepção seletiva.

Buscamos informações que corroboram

nossas escolhas anteriores e desprezamos

aquelas que as contestam. Também

tendemos a aceitar prontamente as

informações que confirmam nossos pontos

de vista pré-concebidos e somos críticos

ou céticos com aquelas que contrariam

esses pontos de vista.

58

Viés da Disponibilidade

• A tendência das pessoas julgarem

as coisas com base nas

informações mais facilmente

disponíveis.

• Eventos que despertam

emoções,particularmente vividos ou

que ocorrem mais recentemente

tendem a estar mais disponíveis em

nossa memória.59

Viés da Disponibilidade

• O viés da Disponibilidade pode

explicar porque os executivos,

quando fazem as suas avaliações

anuais, costumam dar mais peso

aos comportamentos mais recentes

de seus funcionários do que

aqueles de vários meses atrás.

60

Viés da Representatividade

• Milhões de meninos brasileiros, sonham

em jogar futebol na Seleção Brasileira.Na

verdade eles tem muito mais

probabilidade de se tornarem médicos do

que jogadores da seleção, mas estão

sofrendo do viés da representatividade.

• Conceito: Avaliação da probabilidade de

uma ocorrência, com base em analogias

e observações de situações idênticas

onde elas não existem.

61

Escalada do

Comprometimento

• Outro viés que ameaça as decisões

é o apego a uma decisão anterior, a

despeito de informações negativas.

• Ex. Perder dinheiro em um negócio

porque você se determinou a provar

que a sua decisão original estava

certa, continuou colocando recursos

em uma causa perdida desde o

início. 62

Diferenças Individuais: Estilos de

Tomada de Decisões

Existem quatro abordagens individuais diferentes.

Fundamento básico deste modelo: as pessoas diferem em duas dimensões:

1. Maneira de pensar. Algumas pessoas são lógicas e racionais. Elas processam informações sistematicamente. Outras são criativas e intuitivas. Percebem as coisas em seu conjunto.

2. Tolerância à ambigüidade. Necessidade de estruturar as informações para minimizar as ambigüidades, enquanto outras são capazes de processar muitos pensamentos ao mesmo tempo. 63

Diferenças Individuais: Estilos de

Tomada de Decisões

Quando estas duas são traduzidas

graficamente, formam 4 estilos de

tomada de decisões.

1. O Analítico

2. O conceitual

3. Diretivo

4. Comportamental

64

Modelo De Estilo Decisório

65

Analítico Conceitual

Diretivo Comportamental

Maneira de pensar

Racional Intuitivo

Baixa

Alta

To

lerâ

ncia

à A

mb

igü

idad

e

Estilo Diretivo

• As pessoas que se enquadram no

estilo diretivo têm pouca tolerância à

ambigüidade e buscam a

racionalidade. São eficientes e

lógicas, mas sua eficiência resulta

em decisões tomadas com base em

um mínimo de informações e

poucas alternativas avaliadas. Toma

decisões mais rápidas e voltadas

para o curto prazo. 66

Estilo Analítico

• Tem uma tolerância muito maior à

ambigüidade. Isto leva ao desejo de

mais informações e a consideração

de um maior de alternativas. É um

tomador de decisões cuidadoso e

capaz e se adaptar ou enfrentar

novas situações.

67

Estilo conceitual

• Tem uma visão bastante ampla das

coisas, utilizando dados de várias

fontes e a considerar um grande

número de alternativas. Seu

enfoque é a longo prazo e elas são

ótimas para encontrar soluções

criativas para os problemas.

68

Estilo comportamental

• Caracteriza os tomadores de decisão que se preocupam com as pessoas da organização e com o desenvolvimento de seu pessoal. Preocupam-se com as realizações de seus subordinados e são receptivas a sugestões dos outros. Eles são focados no curto prazo e desprezam o uso de dados para a tomada de decisões. Esse executivo evita conflitos e busca a aceitação.

69

Para refletir...

• Por que é importante conhecermos

o enfoque dos estilos decisórios no

estudo do comportamento

organizacional?

70

Limitações Organizacionais

• Avaliação de Desempenho

• Sistemas de Recompensas

• Regulamentações Formais

• Limites de Tempo impostos pelo Sistema

• Precedentes Históricos – suas escolhas anteriores limitam suas opções agora.

• Ex: casamento,decisões governamentais sobre orçamento de um ano para outro.

71

Resumindo...

• As escolhas que fazemos hoje,

são em grande parte resultado

das escolhas que fazemos há

anos.

72

Diferenças Culturais

• O histórico cultural influi em sua

seleção de problemas,na

profundidade da análise, na lógica

da racionalidade ou se as decisões

organizacionais são tomadas em

grupo ou individualmente.

• As Culturas diferem quanto ao

tempo,à racionalidade, soluções de

problemas ou aceitação dos

mesmos.73

Ética no Processo

Decisório

• As considerações éticas devem

ser um critério importante na

orientação do processo decisório

de uma organização.

74

Três Critérios Éticos para o

Processo Decisório

• Você pode utilizar três critérios

diferentes para fazer uma escolha

com ética.

UTILITARISMO

JUSTIÇA

DIREITOS

75

Três Critérios Éticos para o

Processo Decisório

1. Critério Utilitarista, as decisões

são tomadas no sentido de

proporcionar o melhor para o maior

número.

76

Três Critérios Éticos para o

Processo Decisório

2. Critério da Justiça,estabelecer

e apoiar regras justas e imparciais,

de maneira que exista uma

distribuição eqüitativa de custos e

benefícios.

77

Três Critérios Éticos para o

Processo Decisório

3. Critérios nos direitos,tomar

decisões coerentes com os

direitos e liberdades fundamentais

dos cidadãos, de acordo com a

constituição.

78

Cada critério tem suas vantagens e

responsabilidades...

• Utilitarismo, pode promover a

eficiência e a produtividade, mas

pode resultar no desrespeito aos

direitos da minoria.

79

Cada critério tem suas vantagens

e responsabilidades...

• O uso dos Direitos protege os

indivíduos de atos ilegais e é

coerente com a liberdade e a

privacidade, mas pode acarretar

uma sobrecarga de questões legais,

sob o risco de prejudicar a eficiência

e a produtividade.

80

Cada critério tem suas vantagens

e responsabilidades...

• O enfoque na justiça, protege os

interesses dos menos poderosos e

sub-representados, mas pode

estimular um espírito de

acomodação que reduz a

propensão aos riscos, à inovação e

a produtividade.

81

Ética E Cultura Nacional

• O que é entendido como decisão ética na China pode não ser no Brasil ou Canadá.

• Não existem padrões éticos globais.

Ex. As propinas são comuns em Países como a China e o Brasil, um canadense que trabalha aqui pode enfrentar o dilema: devo pagar propina para assegurar o negócio? O roubo na China é punido com a vida. No Brasil...????82

Dilema Ético

• Imagine que você é um executivo

de nível médio em uma empresa

com cerca de mil funcionários.Como

você reagiria a cada uma das

situações a seguir?

83

Dilema Ético

Você está negociando um contrato com um potencial cliente muito grande, cujo representante insinuou que o negócio será certamente fechado caso sua empresa financie a ele e a sua mulher um cruzeiro pelo Caribe.Você sabe que os empregadores do representante não aprovariam esta conduta , mas tem a autorização para realizar a despesa. O que você faria?

84

Dilema Ético

Você precisa saber a opinião dos

consumidores que utilizam produtos

de seu concorrente. Você acha que

obteria respostas muito mais honestas

se as pessoas não soubessem a

identidade real de sua empresa.Seu

chefe sugere que você contate estes

consumidores usando um nome

fictício. O que você faria?

85

Dilema Ético

Você se depara com a oportunidade

de roubar R$ 300 mil de sua

empresa, com a absoluta garantia de

não ser descoberto nem detido. O que

você faria?

86

Tomada de Decisões em

Grupo

• Os grupos oferecem excelente

veículo para a realização de

diferentes etapas do processo de

tomada de decisões.

• São uma fonte de coleta mais ampla

e profunda de informações.

87

Vantagens

• Melhor desempenho, a partir de uma base mais ampla de

conhecimentos e experiências.

• Maior criatividade, perspectiva mais aberta e maior eficiência na

abordagem dos problemas.

• Disposição para reagir às mudanças e correr riscos.

• Responsabilidade nas decisões, compromisso em comum.

• Geram Decisões de qualidade mais elevadas.

• Grupos compostos por pessoas com históricos diferentes, a análise

será mais crítica e as alternativas mais extensivas.

• Quando a solução final for escolhida, haverá mais gente para apoiá-

la e implementá-la.

88

Desvantagens

• Quando os objetivos são mal definidos ou conflitantes;

• Os grupos são menos eficientes que os indivíduos em termos de rapidez;

• Decisões em grupo, consome tempo;

• Conflitos entre os membros, causados pelas várias emoções e reações humanas;

• Demora no processo de decisão;

• Predomínio de um grupo ou facção dentro da equipe.

• Pressões geradas em relação à conformidade na tomada de decisões.

89

Eficiência e Eficácia

• Ao decidirmos pelo uso dos

grupos no processo decisório,

devemos questionar se os

ganhos em eficácia serão

suficientes para suplantar as

perdas em eficiência.

90

Pensamento Grupal e Mudança

de Posição Grupal

• Dois fenômenos têm o potencial

de afetar a capacidade de avaliar

objetivamente as alternativas e

chegar a soluções de qualidade.

91

Pensamento Grupal

• Está relacionado com as normas.

• Pressões para conformidade impedem que o

grupo avalie criticamente propostas

incomuns, minoritárias ou impopulares.

• É como uma doença que afeta muitos

grupos e pode prejudicar seu desempenho.

Isto descreve uma deterioração mental do

indivíduo, seu senso de realidade e seu

julgamento moral, como resultado da

pressão do grupo.

92

Mudança de Posição

Grupal

• Refere-se à situação em que, ao discutir

um conjunto de alternativas e escolher

uma solução, os membros do grupo

tendem a exagerar suas posições

iniciais.Muitas vezes o cuidado excessivo

domina,evidências indicam que e há

uma mudança conservadora.

• Mais freqüentemente acontece que os

grupos tendem a assumir posturas de

risco.

93

Sintomas do fenômeno do

Pensamento Grupal

1. Racionalizam quaisquer resistências às suas premissas.

2. Exercem pressão direta sobre àqueles que possuem dúvidas ou sobre quem questiona a validade dos argumentos.

3. Os membros que tem dúvidas não se desviam do que parece ser o consenso do grupo, seja ficando calado, seja minimizando para si mesmo suas dúvidas.

4. Parece haver uma ilusão de unanimidade.Se alguém permanece calado, assume-se que esteja de pleno acordo.Torna-se voto favorável.

94

• As pessoas que têm um

posicionamento diferente daquele

da maioria dominante são

pressionados a suprimir, a

esconder ou modificar seus

verdadeiros sentimentos e

convicções.

95

O Pensamento grupal ataca

todos os grupos?

96

• Não, é só quando o grupo se

sente ameaçado coletivamente

em perder sua imagem positiva.

• O pensamento grupal é uma

forma do grupo proteger sua

imagem positiva.

97

Como amenizar o pensamento

grupal?

• Encorajar os líderes do grupo a assumirem um papel imparcial.

• Devem procurar a contribuição de todos os membros e evitar a manifestação de suas opiniões,especialmente nos primeiros estágios das deliberações.

• Indicar um membro do grupo para fazer o papel de advogado do diabo.Terá a função de desafiar abertamente a posição da maioria e oferecer perspectivas divergentes.

98

Como amenizar o pensamento

grupal?

• Utilizar exercícios que estimulem a

discussão ativa das alternativas

diferentes, sem ameaça ao grupo e

intensificando a proteção de sua

identidade.

99

Mudança de Posição

Grupal

• Uma mudança no caráter da decisão,

entre a decisão do grupo e a decisão

individual, que pode ser feita pelos

membros;pode tender para o

conservadorismo ou para a postura de

risco.

• A explicação mais plausível desse

fenômeno, é a difusão das

responsabilidades, estas decisões

isentam os membros, individualmente, da

responsabilidade pela escolha final.100

Como podemos usar estas

descobertas?

• A direção de mudança, para

cautela ou o risco, vai depender

das inclinações pessoais antes

da discussão.

101

Técnica de Tomada de

Decisões

• A forma mais comum de tomada de

decisões em grupo ocorre nos

grupos de interação. Nesses

grupos os membros interagem face

a face, usando a interação verbal

para se comunicarem.

• Estes grupos pressionam seus

membros à conformidade de

opinião.102

Técnicas que podem ajudar a

superar as pressões.

• Brainstorming, processo de geração

de idéias que estimula

especificamente toda e qualquer

alternativa, ao mesmo tempo que

impede quaisquer críticas a essas

alternativas.

• É simplesmente uma ajuda para

gerar idéias.

103

Técnica de Grupo Nominal

• Método de tomada de decisões em grupo no qual os membros se reúnem para escolher uma solução,de maneira sistemática porém independente.

• Esta técnica restringe a discussão e a comunicação interpessoal durante o processo de tomada de decisão.O problema é apresentado e as seguintes etapas se sucedem:

104

Técnica de Grupo Nominal

1. Pessoas reunidas em grupo, sem discussão, cada membro coloca, por escrito,suas idéias sobre o problema.

2. Cada participante apresenta uma idéia ao grupo, até que todas tenham sido apresentadas e registradas. Nenhuma discussão é iniciada sem que essa etapa se encerre.

3. O grupo discute as idéias e as avalia.

4. Cada participante faz uma classificação das idéias apresentadas.A idéia que receber a melhor votação será a decisão final.

105

Técnica de Grupo Nominal

• A principal vantagem desta técnica

é que ela permite que o grupo se

reúna formalmente sem restringir o

pensamento independente, como

ocorre com o grupo de interação.

106

Reunião Eletrônica

• Os participantes interagem com

computadores, permitindo o

anonimato dos comentários e da

votação de cada um.

• É uma mescla da técnica de grupo

nominal com uma sofisticada

tecnologia de informação.

107

Reunião Eletrônica

• Até 50 pessoas se sentam a uma

mesa em forma de ferradura, cada

uma com um terminal de

computador à frente.As questões

são apresentadas e os participantes

digitam a resposta em seu terminal.

Os comentários individuais bem

como os votos de cada um, são

apresentados em uma tela de

projeção colocada na sala.108

Reunião Eletrônica

• As principais vantagens:

• Anonimato

• Honestidade

• Velocidade

109

Qual a melhor Técnica?

• A escolha da Técnica mais

adequada vai depender dos critérios

a serem enfatizados e de uma

análise de custo - beneficio.

110

• Grupo de interação - reforça a

coesão de grupo.

• O brainstorming mantém a

pressão social ao mínimo.

• Grupo Nominal é uma forma barata

de gerar muitas idéias.

• Reuniões Eletrônicas processam

rapidamente as idéias.

111

Avaliação da Eficácia dos Grupos

Critério de EficáciaTipos de Grupo

Interação Brainstorming Nominal Eletrônica

Número de idéias Baixo Moderado Alto Alto

Qualidade das idéias Baixo Moderado Alto Alto

Pressão social Alto Baixo Moderado Baixo

Custo Baixo Baixo Baixo Alto

Velocidade Moderado Moderado Moderado Alto

Orientação para a tarefa Baixo Alto Alto Alto

Potencial de conflitos

interpessoaisAlto Baixo Moderado Baixo

Sensação de realização Alto a Baixo Alto Alto Alto

Comprometimento com a

soluçãoAlto Não se aplica Moderado Moderado

Desenvolvimento da coesão

do grupoAlto Alto Moderado Baixo

112FONTE: Robbins (2002, p. 204)

Tamanho do Grupo

Grupos maiores – eficazes para

tarefas de levantamento de

informações.

Grupos Menores – eficazes para

implementações de ações.

113

Referências

• ROBBINS, S. P. Comportamento

Organizacional.11.ed. São Paulo:

Pearson Prentice Hall, 2005.

114