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FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Administração Flávio Henrique Eleutério de Carvalho PERCEPÇÃO DE RISCO NA OPERAÇÃO DE LAVRA EM MINA A CÉU ABERTO - Um estudo de caso na KINROSS Paracatu- MG. Paracatu 2015

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FACULDADE TECSOMA

Curso de Graduação em Administração

Flávio Henrique Eleutério de Carvalho

PERCEPÇÃO DE RISCO NA OPERAÇÃO DE LAVRA EM MINA A CÉU ABERTO -

Um estudo de caso na KINROSS Paracatu- MG.

Paracatu

2015

Flávio Henrique Eleutério de Carvalho

PERCEPÇÃO DE RISCO NA OPERAÇÃO DE LAVRA EM MINA A CÉU ABERTO-

Um estudo de caso na KINROSS Paracatu- MG.

Monografia apresentada ao Curso de Administração

da Faculdade Tecsoma, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Administração.

Coordenador: Adm. Msc. Fernando Antônio Antunes

Orientador Especialista: Adm. Msc. Fernando

Antônio Antunes

Orientador Metodológico: Geraldo Batista Oliveira

Paracatu

2015

Ficha Catalográfica

Fonte: Elaborada pelo autor

C331 tb Carvalho, Flávio Henrique Eleutério, 1979

Percepção de Risco na Operação de Lavra em Mina

de Céu Aberto/ Flávio Henrique Eleutério de

Carvalho. Paracatu- 2015.

Orientador: Fernando Antônio Antunes

Orientador Metodológico: Geraldo Batista de Oliveira

1.Persepção. 2. Risco.

3.Segurança. 4. Motivação

CDU:658.3

Flávio Henrique Eleutério de Carvalho

PERCEPÇÃO DE RISCO NA OPERAÇÃO DE LAVRA EM MINA A CÉU ABERTO-

Um estudo de caso na KINROSS Paracatu –MG.

Monografia apresentada ao Curso de Administração

da Faculdade Tecsoma, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Administração.

Prof. Msc Fernando Antônio Antunes (Coordenador do curso)

Prof. Msc Fernando Antônio Antunes (Orientador)

Prof. Especialista Geraldo Benedito Batista de Oliveira (Orientador Metodológico)

Banca Examinadora

Banca Examinadora

Paracatu, 20 de novembro de 2015

DEDICATÓRIA

A Deus pelo Dom da vida, a minha esposa Ana Paula pela paciência e dedicação a minha

família que mesmo distante torceram pela realização deste sonho.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos professores pelo entendimento do meu trabalho em regime de turno, aos

colegas feitos ao longo de quatro anos, aos amigos distantes pela torcida e em especial aos meus

pais e irmãos que mesmo distante me apoiaram pela escolha e a todos que direto ou

indiretamente torceram por mais esta conquista.

RESUMO

O trabalho foi realizado na empresa Kinross Gold Corporation em Paracatu MG e tem como

objetivo analisar o ambiente de trabalho, que tem como atividade econômica a extração de

minério, verificando assim os motivos que expliquem os índices de acidente na operação de

lavra. Nos dias atuais, a segurança e a saúde do colaborador está em primeiro lugar, desta forma

a segurança nas empresas estão cada vez mais em destaque. Tal analise será realizada através

de uma pesquisa aplicada aos 159 operadores da empresa para saber o nível de segurança e suas

percepções em relação ao risco, avaliando assim o uso de critério em relação a melhorias para

que os colaboradores adotem uma postura crítica de analisar e se comprometerem segurança de

cada um e dos colegas no decorrer da execução de suas atividades. Desta forma, faz-se

necessário cumprir as regras e normas estabelecidas pela empresa em relação à segurança, para

minimizar cada vez mais os acidentes que vem acontecendo e buscar maior segurança para o

colaborador.

Palavras-chave: Percepção – Risco – Saúde - Segurança.

ABSTRACT

The work was carried out on company Kinross Gold Corporation in Paracatu - MG and aims to

analyze the working environment, economic activity the ore extraction, checking the reasons

that explain the accident in mining operation. Nowadays, the safety and health of employees

are in the first place, thus the security firms are increasingly in the spotlight. Such a review will

be conducted through a survey applied to 159 operators to know the level of security and their

perceptions about the risk, assessing how the use of discretion in relation to improvements for

developers to adopt a critical stance to analyze and engage each other's security and of the

colleagues in the course of executing its activities. In this way, it is necessary to comply with

the rules and standards set by the company in relation to security, to minimize more and more

accidents that has been going on and to seek greater security for the developer.

Keywords: Perception-Risk-Health-Security.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 - ORGANOGRAMA

FIGURA 2 – PIRÂMIDE DE BIRD

FIGURA 3 - CAPOTAMENTO DE CAMINHÃO

FIRURA 4 – CARREGAMENTO SHOVEL

FIGURA 5 – CARREGAMENTO PÁ MECÂNICA 994

FIGURA 6 – REUNIOES E MEDIÇÕES

LISTA DE TABELAS

QUADRO 1 - CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES 1° SEMESTRE MENSAL

QUADRO 2 - CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES2° SEMESTRE MENSAL

QUADRO 3 – DESCRIÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

QUADRO 4 – DESCRIÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS

QUADRO 5 – DESCRIÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS

QUADRO 6 – TOTAL DOS RECURSOS

QUADRO 7 - OS 14 PRINCIPIOS DE ADMINISTRAÇÃO - FAYOL

QUADRO 8 – CIVILIZAÇÃO INDUSTRIALIZADA SEGUNDO ELTON MAYO

QUADRO 9 – HIERARQUIA DE MASLOW, HIERARQUIA DE ALDERFER E FATORES

DE HEZEBERG

QUADRO 10 – TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

QUADRO 11 – TEORIA DOS DOIS FATOES

QUADRO 12 – TEORIA DE MC CLELLAND

QUADRO 13 – O PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES

QUADRO 14 – PROCESSO PRODUTIVO

QUADRO 15 – GEOLOGIA DA MINA EM SEU PROCESSO MINERAL

QUADRO 16 – PLANO DE CARREIRA

QUADRO 17 - OERADORES POR LETRA

QUADRO 17 – SUGESTÕES DE MELHORIA

LISTA DE ABREVEATURASS E SIGLAS

APR (Análise Preliminar de Risco)

CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)

DDS (Diálogo Diário de Segurança)

EPI (Equipamento de Proteção Individual)

EPI’s (Equipamento de Proteção Individual de Segurança)

NR (Normas Regulamentadoras)

RPM (Rio Paracatu Mineração)

PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos)

PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional)

PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)

SESMIT (Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho)

SIPATMIM (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho na Mineração)

SSOM (Segurança e Saúde Ocupacional na Mina)

Sumário

1. TÍTULO ................................................................................................................................. 1

2. TEMA .................................................................................................................................. 23

3.DADOS DA EMPRESA ...................................................................................................... 23

3.1 Razão Social ...................................................................................................................... 23

3.2 Nome Fantasia .................................................................................................................. 23

3.3 Endereço ............................................................................................................................ 23

3.4 CNPJ .................................................................................................................................. 23

3.5 Inscrição Estadual ............................................................................................................ 23

3.6 Quadro Societário ............................................................................................................. 23

3.7 Capital Social .................................................................................................................... 24

3.8 Organograma .................................................................................................................... 24

3.9. Objetivos ........................................................................................................................... 25

3.9.1 Objetivo Geral ................................................................................................................. 25

3.9.2 Objetivos específicos ....................................................................................................... 25

3.10. Problematização............................................................................................................. 25

3.11 Justificativa ..................................................................................................................... 26

3.12 Resultados Esperados ..................................................................................................... 27

3.13 Cronograma das atividades ........................................................................................... 28

3.14 Recursos ........................................................................................................................... 29

3.14.1 Recursos Humanos ....................................................................................................... 29

3.14.2 Recursos Materiais ....................................................................................................... 29

3.14.3 Recursos Financeiros ................................................................................................... 29

3.14.4 Demonstrativo total de recursos ................................................................................... 30

4. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 31

5. ABORDAGEM HISTÓRICA ........................................................................................... 32

5.1 A Evolução no Processo de Industrialização .................................................................. 32

5.2 Segurança no local de trabalho ....................................................................................... 36

5.3 Qualidade de vida no trabalho ........................................................................................ 40

5.4 História e conceito de Motivação .................................................................................... 44

5.4.1 Teorias Motivacionais .................................................................................................... 46

5.4.2 Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas ....................................................... 48

5.4.3 Teoria ERG (Existência, Relacionamento e Crescimento) ........................................... 50

5.4.4 Teoria dos Dois Fatores ................................................................................................. 50

5.4.5 Teoria de McClelland ..................................................................................................... 51

5.4.6 Teoria da Determinação de Metas ................................................................................. 53

5.4.7 Teoria da Equidade......................................................................................................... 53

5.5 Gestão de Risco ................................................................................................................. 54

5.6 Segurança .......................................................................................................................... 57

5.6.1 Intervenção de riscos ...................................................................................................... 58

5.6.2 Percepção e prevenção da Segurança ............................................................................ 59

5.6.3 Métodos na análise de risco ........................................................................................... 62

5.6.4 Normas e Tratamentos relacionados a Risco ................................................................ 65

5.7 O papel do Líder ............................................................................................................... 66

5.7.1 Relacionamento Interpessoal ........................................................................................ 69

6. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................... 73

6.1 A história da Mineração................................................................................................... 74

6.2 A Kinross ........................................................................................................................... 76

6.3 Tipos de Pesquisa .............................................................................................................. 81

6.4 Instrumentação de pesquisa ............................................................................................ 82

6.5 Coleta e análise de dados ................................................................................................. 83

7 PLANO DE AÇÃO .............................................................................................................. 95

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 96

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 98

APÊNDICE A ....................................................................................................................... 101

APÊNDICE B ........................................................................................................................ 146

23

1. TÍTULO

Percepção de Risco na Operação de Lavra em Mina a Céu Aberto: Um Estudo de Caso da

Kinross Paracatu- MG.

2. TEMA

Condições de trabalho, análise de risco e motivação.

3.DADOS DA EMPRESA

3.1 Razão Social

KINROSS BRASIL MINERAÇÃO S/A

3.2 Nome Fantasia

KINROSS PARACATU

3.3 Endereço

Rod BR 040 – KM 36,5S/N

3.4 CNPJ

20.346.524/0001-46

3.5 Inscrição Estadual

470.447.485.00-56

3.6 Quadro Societário

Empresa de capital aberto

24

3.7 Capital Social

Não divulgado

3.8 Organograma

GERENTE

CHEFE DEPARTAMENTO

ENGENHEIRO SUPERVISOR

OPERADORES

Figura 1 Organograma

Fonte: Kinross Gold

25

3.9. OBJETIVOS

3.9.1 Objetivo Geral

Analisar o ambiente de trabalho, que tem como atividade econômica a extração de

minério, bem como verificar os motivos que expliquem os índices de acidente na operação de

lavra.

3.9.2 Objetivos específicos

Avaliar o conhecimento dos operadores, em relação aos riscos existentes no ambiente

de trabalho;

Identificar os riscos na atividade na operação de lavra a céu aberto;

Realizar levantamento das ferramentas utilizadas, para minimizar os riscos de acidente

no setor;

Analisar o cenário de satisfação e/ou insatisfação para identificar a causa dos acidentes;

Sugerir ações de melhorias para mitigar os riscos que a operação de lavra oferece aos

operadores.

3.10. PROBLEMATIZAÇÃO

Nas últimas décadas a mineração vem sendo alvo de constantes acidentes que são

decorrentes as atividades de trabalho, tais acidentes não acontecem por acaso, pois são vários

indícios que contribuem para que eles ocorram. Destacando assim alguns dos mais

preocupantes, tais como: o estresse, pressão no trabalho, cumprimentos das metas e

relacionamento interpessoal, que são os principais indicadores que contribuem para a falta de

atenção do colaborador, fazendo com que os riscos fiquem imperceptíveis.

Apesar de haver uma estrutura bem organizada na empresa em estudo, em relação ao

processo estabelecido, ainda existem grandes índices de acidente. A preocupação com a

segurança do colaborador está distribuída em setores, que fiscalizam e elaboram uma série de

normas e requisitos para a minimização dos acidentes, tais como: Serviço de engenharia e

medicina do trabalho (SESMT), Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), Semana

Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho na Mineração (SIPATMIM), que são tratados

26

especificamente por profissionais qualificados que aplicam questionários avaliativos,

treinamentos e palestras. Apesar de ter estes profissionais envolvidos diretamente para melhoria

no trabalho, os acidentes ainda continuam acontecendo. Deste modo tem que analisar qual o

contexto para mudança neste cenário, onde todos de um modo geral, profissionais de segurança,

gestores e colaboradores percebam o perigo existente, de forma que o processo está diretamente

ligado a todos.

Partindo deste contexto, desenvolveu-se o seguinte problema em questão:

A mineradora apesar de usar ações preventivas para que os acidentes não ocorram, os índices

decorrentes da operação de lavra continuam altos, por quê?

3.11 JUSTIFICATIVA

Devido ao índice de acidentes em relação as atividades em mina de céu aberto

continuarem aumentando, os gestores da área têm se preocupado cada vez com a segurança dos

colaboradores, onde os acidentes ocorridos são vistos como um agravante no ganho financeiro

e estrutural da organização.

Para a segurança dos colaboradores, as grandes empresas fornecem os equipamentos

individuais de segurança (EPI’s), para segurança diária dos mesmos e tem em seu campo de

atuação profissional, cuja responsabilidade consiste em identificar, analisar e criar alternativas

para o bloqueio dos riscos. Se o índice de acidentes continuarem aumentando, os mesmos

impactam diretamente na produção, nos lucros e também na integridade física de seus

colaboradores.

De acordo com Falconi (2004, p.3), “[...] quanto maior a produtividade de uma

empresa, mais útil ela é para a sociedade, pois está atendendo as necessidades não só dos

clientes, mas de seus colaboradores também”. De acordo com a empresa em estudo, os índices

de acidentes aumentaram relativamente de um ano para o outro, isto é preocupante não só para

os gestores das organizações, mas para o campo da mineração, que envolve pessoas na mesma

área e muitas das vezes, dividindo o mesmo espaço. Para que tudo transcorra em perfeita

harmonia, como um conjunto de engrenagem, a segurança dos colaboradores tem que está em

plena evidencia, tornando assim um ambiente de trabalho mais seguro e mais produtivo.

Cardella (2009, p. 53), ressalta que “uma organização só sobrevive quando satisfaz e

não ameaça a satisfação das pessoas, isto se dá ao princípio da sobrevivência das organizações”.

Apesar da empresa em estudo inovar e preocupar com a saúde e segurança do

colaborador, a operação de lavra tem sofrido com os acidentes ocorridos, de acordo com a

27

pirâmide de Bird, que nos mostra uma estatística de que para 600 acidentes ou quase acidentes,

existe um risco para uma lesão grave ou um acidente fatal. No ano de 2014 a empresa citada

teve o número de 29 quase acidentes e 2 lesões leves. A figura abaixo relata um índice

proporcional que possa levar à uma fatalidade.

Pirâmide de Bird

Fonte: SEBRAT...,2012.

Tais acidentes acontecem devido à negligência dos operadores, que por algum motivo

colocam sua vida e a vida do próximo em risco. Por esta razão se faz necessário a identificação

dos riscos, deve-se também entender se a vida sócio econômica, emocional e familiar afetam

sua produtividade e sua percepção. Neste trabalho serão utilizadas pesquisas, para obter

informações sobre à temática do estudo em questão.

3.12 RESULTADOS ESPERADOS

Contribuir com a organização em estudo através de pesquisa, analisando e identificando

os riscos existentes na atividade de lavra a céu aberto, com o intuito de minimizar os riscos que

a tal atividade proporciona aos operadores. Promovendo assim impactos positivos à

organização. Avaliando o conhecimento dos operadores do setor de lavra para melhor contribuir

com seu local de trabalho proporcionando assim mais segurança para todos.

28

3.13 CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES

QUADRO 1 - CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES 1° SEMESTRE MENSAL

ATIVIDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Escolha da empresa e do tema

Levantamento dos dados da empresa

Início da elaboração do projeto

Levantamento dos dados da empresa

Desenvolvimento do projeto

Finalização do projeto

Qualificação do projeto FONTE: Elaborado pelo autor

Nota: Cronograma elaborado para programação das atividades do projeto

QUADRO 2 - CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES2° SEMESTRE MENSAL

ATIVIDADE JUL AGOS AET OUT NOV DEZ

Revisão de material bibliográfico

Elaboração e aplicação da pesquisa

Tabulação dados sobre a pesquisa

aplicada

Desenvolvimento da monografia

Finalização e revisão da monografia

Entrega da monografia

Qualificação da monografia FONTE: Elaborado pelo autor

Nota: Cronograma elaborado para programação das atividades do projeto

29

3.14 RECURSOS

3.14.1 Recursos Humanos

QUADRO 3 – Descrição dos Recursos Humanos

Ação Responsável Tempo Valor Valor

Total

Orientação

metodológica

Especialista

Geraldo Batista

Fevereiro à

Dezembro 2015

R$0,00 R$0,00

Orientação de

estágio na empresa

Ricardo Figueiredo Fevereiro à

Dezembro 2015

R$0,00 R$0,00

Pesquisa

cliente/empresa

Agosto à Outubro

2015

R$0,00 R$0,00

Revisão gramatical Msc. Hamilton

Coelho

110 folhas R$1,00 R$110,00

Orientação

Monográfica

Agosto à

dezembro 2015

R$0,00 R$0,00

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: Quadro elaborado para levantar recursos humanos utilizados na elaboração do projeto

3.14.2 Recursos Materiais

QUADRO 4 – Descrição dos Recursos Materiais

Produto Quantidade Valor Unitário Valor Total

Papel A4 3 resmas R$ 14,50 R$ 43,50

Canetas 2 R$ 1,50 R$ 3,00

Impressora HP 1 R$ 0,00 R$ 0,00

Net book 1 R$ 0,00 R$ 0,00

Pendrive 1 R$ 0,00 R$ 0,00

Caderno 1 R$ 8,00 R$ 8,00

Pasta Suspensa com plástico 1 R$ 2,00 R$ 2,00

TOTAL R$ 56,50 Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: Quadro elaborado para levantar recursos materiais utilizados na elaboração do projeto.

3.14.3 Recursos Financeiros

QUADRO 5 – Descrição dos Recursos Financeiros

Produto Quantidade Valor Unitário Valor Total

Internet 11 meses R$ 80,00 R$ 880,00

Recarga Tonner 2 R$ 20,00 R$ 40,00

Impressão e encadernação de

projetos

6 R$ 25,00 R$ 150,00

Combustível 50 litros R$ 3,70 R$ 185,00

TOTAL R$ 1.255,00 Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: Quadro elaborado para levantar recursos financeiros utilizados na elaboração do projeto.

30

3.14.4 Demonstrativo total de recursos

Quadro 6 – Total dos Recursos

Recursos Valor

Recursos Humanos R$ 110,00

Recursos Materiais R$ 56,50

Recursos Financeiros R$ 1.255,00

TOTAL DE RECURSOS R$ 1.421,50 Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: Quadro dos recursos totais utilizados na elaboração do projeto.

31

4. INTRODUÇÃO

A extração do minério é uma atividade que apresenta risco à saúde do trabalhador ao

longo dos anos. Sabe-se que desde os primórdios a mineração não era bem vista perante a

sociedade. Ela era vista como um fator grave para a saúde do homem. No decorrer dos anos, a

tecnologia vem alimentando e trabalhando para que esta visão fosse mudada, a evolução em se

trabalhar em minas deu um grande salto, melhorando a qualidade de vida do trabalhador e se

preocupando cada dia com sua saúde e segurança.

Existem dois tipos de minas para exercer a atividade, a de céu aberto e a subterrânea. O

trabalho em questão trata da operação de lavra em mina a céu aberto, onde se tem uma livre

circulação na área trabalhada de lavra com caminhões de grande porte para a execução das

atividades de extração. Este trabalho tem como objetivo principal a identificar e analisar os

riscos existentes no local de trabalho e as condições de trabalho dos colaboradores da empresa.

Desta forma, a percepção de risco vai avaliar e usar como critério a melhoria para que

os colaboradores adotem uma postura crítica de analisar e se comprometerem com a segurança

de cada um e dos colegas no decorrer da execução de suas atividades.

32

5. ABORDAGEM HISTÓRICA

Por haver um grande fluxo de caminhões em mina de céu aberto, nota-se que há grandes

desafios para uma empresa deste porte manter da melhor forma possível à segurança e

integridade física de seus colaboradores. São realizados milhares de viagens diárias de

equipamentos pesados durante a jornada de turno, estabelecida pela empresa.

Sendo assim, o estudo em questão servirá para analisar a qualidade de vida dos

colaboradores e sua segurança em relação a sua atividade exercida. Desta forma será analisada

desde os primórdios até os dias atuais, a história e sua evolução no processo de industrialização.

5.1 A Evolução no Processo de Industrialização

O processo de industrialização vem evoluindo com o passar dos tempos, onde a

preocupação com a saúde e segurança do colaborador cresce a cada dia. Para entender melhor do

assunto, tudo começou historicamente com a Revolução Industrial, que se necessitava cada vez

de produtos para comércio, pelo fato se um grande aumento nesta demanda, sendo assim a

concentração em mão de obra estava cada vez maior, para que não faltassem produtos para a

venda. Devido a grandes estudiosos da época surgiu o movimento da Administração cinética, tal

movimento veio para melhorar cada vez mais a vida dos trabalhadores dentro da empresa. Desta

forma, será mais bem entendido como cada um deles se posicionavam.

Taylor foi quem transformou eficiência em várias técnicas. Taylor, citado por Araújo

(2004, p. 40) ressalta que “[...] a administração cientifica é uma verdadeira revolução mental, ela

se demonstrava como uma revolução na maneira de encarar o trabalho e as responsabilidades em

relação à empresa e aos colegas” o autor ainda esclarece que “[...] seu principal objetivo é o de

assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade do

empregado”, desta forma quanto mais aumentava a eficiência dos trabalhadores na empresa, mais

lucro o patrão tinha, assegurando de forma clara sua prosperidade, ou seja, sua vida bem

sucedida. Nas palavras de Taylor, citado por MAXIMIANO,

A prosperidade máxima de cada empregado significa não apenas salários mais altos,

mas também, e mais importante, significa o desenvolvimento de cada homem à sua

condição de eficácia máxima. A maioria das pessoas acredita que os interesses

fundamentais dos empregados e empregadores são antagônicos. A administração

cientifica no entanto tem por princípios que verdadeiros interesses dos dois são

idênticos. (MAXIMIANO, 2002, p.57).

33

Taylor ao utilizar uma série de experimentações demostrou um grande controle sobre as

maquinas para produção em massa, seu principal foco era a produção, onde tudo que se produzia

se consumia, Araújo cita nas palavras de Taylor que:

O trabalhador vem ao serviço em vez de empregar todo seu esforço para produzir a

maior soma possível de trabalho, quase sempre procura fazer menos do que pode

realmente- e produz muito menos do que é capaz- trabalhar deliberadamente devagar,

de modo a evitar a realização de toda tarefa diária, fazer cera é o que está

generalizando nas indústrias. (ARAUJO, 2004, p.40).

Foi a partir de então que os trabalhadores ficariam cada um responsável por um tipo de

processo de produção, sendo as pessoas vistas como maquinas que tinham que desenvolver suas

atividades o mais rápido possível, produzindo assim cada vez mais, onde os trabalhadores eram

comparados a maquinas, onde se exigia demais dos trabalhadores utilizando métodos

desumanos para com os mesmos.

Com do método de Taylor, Henry Ford soube dar continuidade ao seu processo, que

eram os quatros elementos essenciais da administração cientifica, como cita Araújo, (2004, p.

44), o “[...] desenvolvimento, padronizar a ação de cada operário e padronizar o quadro de

ferramentas”, seguindo da “[...] seleção cuidadosa e treinamento de operários, Ford se inspirou

neste item para seu rigor na seleção de treinamento para operários”, logo após vem a “ [...]

adaptação de operários de primeira ordem, pela constante ajuda e vigilância da direção pagará

a cada ser humano, bonificações diárias pelo trabalho realizado” e por último a “[...] revisão

equitativa do trabalho e responsabilidade entre operário e direção”.

Desta forma, Ford soube aproveitar ao máximo as dicas de Taylor para reduzir custos

em sua fábrica, melhorando assim a forma de trabalho das pessoas, ele conseguiu diminuir o

número de problemas que afetavam a qualidade do produto a ser comercializado. O sucesso de

sua experiência acabou sendo empregado em outros campos da economia industrial.

Consequentemente, a possibilidade lucrativa das indústrias aumentava cada vez mais.

Passando por mais um estudioso da época, Fayol notou que o método taylorismo não

funcionava muito, devido a saúde do trabalhador não corresponder a tantos esforços, para ele o

processo de administração tinha que ter um foco, um planejamento e controle para possíveis

metas cumpridas. Fayol tinha uma visão mais gerencial em relação à empresa. Fayol, citado

por Araújo, ressalta que:

A administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos

(família, negócios, governo), que sempre existem algum grau de planejamento,

organização, comando, coordenação e controle. Portanto, todos deveriam estuda-la, o

34

que exigiria uma teoria geral da administração que pudesse ser ensinada. (ARAUJO,

2004, p. 42).

A partir de então, teve início a Teoria Clássica, que para Fayol a estrutura da empresa

deve ser analisada de cima para baixo, criando sua própria teoria, onde as funções eram divididas

em seis etapas, como a seguir:

*Técnica (produção, manufatura)

*Comercial (compra, venda, troca)

*Financeira (procura e utilização de capital)

*Segurança (proteção das propriedades e das pessoas)

*Contabilidade (registro de estoque, balanço, custos, estatísticas)

*Administração (planejamento, organização, comando, coordenação e controle).

(MAXIMIANO, 2002, p.103).

Apesar da teoria de Fayol ter como ênfase a estrutura organizacional, nota que ele ajudou a

desenvolver a divisão dos trabalhos, como a seguir:

QUADRO 7 - OS 14 PRINCIPIOS DE ADMINISTRAÇÃO - FAYOL

Divisão de trabalho Consiste na especialização de tarefa das pessoas

para aumentar eficiência.

Autoridade e responsabilidade O direito de dar ordens e conseguir obediência,

devem estar equilibrados entre estar equilibrados

entre si.

Disciplina Depende da obediência e respeito aos acordos

estabelecidos.

Unidade de comando Deve-se haver somente um superior, para cada

empregado.

Unidade de direção Seguir uma direção em prol do mesmo objetivo.

Subordinação do interesse individual ao interesse

geral

Os interesses gerais devem ter prioridade aos

interesses particulares.

Remuneração do pessoal Salário justo para ambas as partes.

Centralização Refere-se à concentração da autoridade

hierarquicamente.

Cadeia de comando ou hierárquica Princípio de comando, a linha de autoridade que

segue da escala mais alta a mais baixa.

Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa e cada coisa

em seu lugar.

Equidade Experiência e justiça para alcançar a lealdade de

todos.

Estabilidade do pessoal Menor rotatividade de pessoal, traz mais

eficiência na organização.

Iniciativa Capacidade de visualizar algo a mais para a

organização.

Continua

35

Conclusão Espirito de equipe Harmonia e união entre os trabalhadores para

melhor desenvolvimento das atividades. Fonte: Adaptado pelo autor

Tais princípios serviram para dar um norte aos empregadores em relação de como se

devem conduzir uma frente de trabalho com os empregados. Dando continuidade aos estudiosos

da época tem-se Max Weber que estuda o tipo ideal de burocracia para as organizações.

Araújo ressalta que:

Entendemos que Max Weber não buscou traçar contornos preciosos para as estruturas

organizacionais, nem estabelecer paradigmático com relação ao cotidiano

administrativo, até porque era um cientista social um sociólogo, e pouco íntimo das

questões do dia a dia das empresas. Ele simplesmente procurou sintetizar os pontos

comuns a maioria das organizações de sua época, fazendo um contraste com a

sociedade primitiva e feudais. (ARAÚJO, 2004, p. 45).

Weber estava mais preocupado com autoridade e obediência, eram relacionados de

acordo com as regras estabelecidas entre patrão e funcionário. A partir de então se deu início a

mais um estudo, sendo este o das relações humanas, que tinha como objetivo estudar a

influência do ambiente de trabalho em relação a produtividade dos trabalhadores. Elton Mayo

com seu experimento revelou a importância de igualdade de sentimentos entre o grupo e a

relação organização e trabalhadores.

De acordo com Andrade & Amboni, (2009, p. 97), as principais decorrências desta

experiência foram: “[...] o nível de produção não é determinado pela capacidade física do

trabalhador, mas sim, pela integração social, o comportamento está apoiado ao grupo e

condicionado a normas e padrões sociais”.

Sendo assim a partir deste contexto, passou a se entender melhor de como o trabalhador

se sobressai perante algumas funções existentes no cotidiano, como por exemplo, valores,

crenças e objetivo comum comportamento de cada indivíduo em relação ao sistema social em

que vive. Mayo, citado por Maximiano, afirma que sua teoria, diz o seguinte:

A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores influencia

fortemente seu desempenho. Bom tratamento por parte da administração, reforçando

o sentido do grupo, produz bom desempenho. O efeito positivo de tratamento da

administração sobre o desempenho humano ficou conhecido como efeito

Hawthorne. (MAXIMIANO, 2002, p. 238).

Sendo assim, quanto mais atenção se dá ao trabalhador, suprindo suas necessidades,

mais ele se esforçará para retribuir a atenção, sendo mais produtivo para a empresa. Pode se

analisar que o trabalhador motivado pela organização mediante a satisfação de suas

36

necessidades, ele não focará somente no salário, mas a remuneração motivacional é um grande

componente. Foi a partir de então que surgiu a experiência de Maslow com a teoria das

necessidades, que se preocupa em satisfazer as necessidades humanas.

Maslow, citado por Andrade & Amboni, (2009, p. 122), “[...] motivação é alguma força

direcionada dentro dos indivíduos, pelo qual eles tentam alcançar uma meta, a fim de preencher

uma necessidade ou expectativa” os autores ainda destacam que, “[...] à medida que os

aspectos básicos que formam a qualidade de vida são preenchidos, podem deslocar seu

desejo para aspirações cada vez mais elevadas”.

Tal teoria parte da ideia de que se deve satisfazer as necessidades humanas,

sendo elas: Primarias que são: a fisiológica e de segurança e secundárias, que são as

sociais, de estima e de auto realização. Uma necessidade satisfeita deixa de ser fonte

de motivação para o comportamento por outro lado, uma necessidade não satisfeita

afeta diretamente o comportamento humano como fator desmotivador. Para Andrade

& Amboni,

Os níveis de satisfação para cada necessidade variam de sociedade para

sociedade. Certamente nos países de terceiro mundo as necessidades

fisiológicas e de segurança predominam sobre as demais, o que não deve

ocorrer em países com menores índices de pobreza. De qualquer modo, a

satisfação ainda que principal de qualquer nível de necessidade, implica o

surgimento de outras necessidades como predominantes. (ANDRADE;

AMBRONI, 2009, p. 124).

Por esta razão deve suprir as necessidades tanto primarias como secundárias, de

forma que o trabalhador passe a querer sempre algo a mais para vida tanto pessoal,

como profissional. Cada vez que se satisfazer uma necessidade, o organismo se refaz

voltando ao estado de equilíbrio e se renova para a busca de uma nova realização.

5.2 Segurança no local de trabalho

Nos dias atuais, as grandes empresas têm como objetivo a redução de acidentes,

garantindo a segurança e integridade física do trabalhador, sendo este um dos maiores desafios

vivido dentro das organizações. Com recursos cada vez maiores para evitá-los, ainda existem

acidentes em grande, média e pequena escala acontecendo.

Sendo assim as empresas buscam cada vez melhores meios de segurança ao trabalhador.

Cardella, diz que:

37

Segurança, é o conjunto de ações exercidas, com intuito de reduzir danos e perdas

provocados por agentes agressivos. Ela é uma das funções complementares que

devem ser exercidas juntamente com a missão de qualquer organização.

(CARDELLA, 2009, p.37).

Já Fernandez, (2011, p. 49) ressalta que, “[...] segurança são medidas e princípios de

ações implantadas nas empresas de qualquer ramo de atividade, com intenção de prevenir os

acidentes e resguardar a integridade física de seus trabalhadores”. Para Marras, (2011, p. 200),

“[...] a segurança no trabalho, também conhecida por segurança industrial, tem como

preocupação fundamental, a prevenção de acidentes no trabalho e a eliminação de causas de

acidente no trabalho”.

Pelos índices de acidentes estarem crescendo cada vez mais nas grandes empresas, teve-

se a necessidade de estudar uma forma da diminuição e minimização dos mesmos para melhores

condições de vida dos trabalhadores. Pois a cada dia as empresas estão pregando a segurança

como fator primordial.

Pode-se notar que os acidentes podem acontecer devido a vários fatores, sendo eles

internos e externos, dentre estes fatores a satisfação e a motivação influenciam muito nos

acidentes ocorridos. Para se ter uma boa relação entre empresa e colaborador, existem processos

a serem seguidos para que o local de trabalho se torne agradável, sendo assim devem ser

respeitados normas e culturas estabelecidas pelas empresas. De acordo com Maximiano cultura:

É um conjunto de premissas que um grupo prendeu a aceitar, como resultado da

solução de problema de adaptação ao ambiente e de integração interna. Essas

premissas funcionam suficientemente bem para serem consideradas validas e podem

ser ensinadas a novos integrantes, como sendo a forma correta de perceber, pensar e

sentir-se em relação a esses problemas de adaptação externa e integração interna.

(MAXIMIANO, 2006, p.440).

Sendo assim, o colaborador deve estar aberto a mudanças para se encaixar no mercado

de trabalho. As organizações nos dias atuais, estão cada vez mais se adequando para oferecer

melhore condições de trabalho, saúde e principalmente segurança. Para se entender melhor, é

imprescindível que se saiba o que vem a ser acidente de trabalho.

Para Araújo e Garcia,

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa

ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11, da Lei

nº 8.213, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou

perda, ou redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.

(ARAUJO & GARCIA, 2009, p.196).

38

Desta forma, as organizações buscam cada vez mais compromissos em analisar e

prevenir acidentes no local de trabalho. A saúde do trabalho, está cada vez mais presente de

forma que seu compromisso é a redução dos mesmos. Sendo assim, as organizações buscam

uma promoção adequada das condições ambientais, um controle cada vez mais rígido em

relação a eliminação e prevenção das causas prejudiciais à saúde do colaborador.

Marras, (2011, p. 200) ressalta que: “[...] acidente do trabalho é um acontecimento

involuntário resultante tanto de um ato inseguro quanto de uma situação que possa causar danos

ao trabalhador e a organização que o obriga”. Toda vez que acontece algum tipo de acidente,

ou algum tipo de doença profissional no trabalho é a empresa quem paga, ou seja, o custo é alto

para as organizações, por isto trabalha-se a forma de minimizar cada vez mais os acidentes. De

acordo com Marras, existem dois tipos de acidentes de trabalhos, ele os classifica em:

1. Acidentes sem afastamento: são aqueles que o empregado, depois de

mencionado ou atendido retorna imediatamente ao seu posto de trabalho.

2. Acidentes com afastamento: são aqueles que o trabalhador devido à natureza do

ferimento, deve deixar imediato os seus funções para submeter-se ao tratamento

de recuperação. (MARRAS, 2011, p. 201).

Quando um acidente acontece, há uma série de fatores relacionados ao mesmo, sendo

assim Marras destaca duas razões que causam acidentes de trabalho, como a seguir:

1. Ato inseguro: considera-se ato inseguro aquele provocado pelo trabalhador,

causando um acidente. Ele é responsável por 90% dos acidentes de trabalho. Os

principais motivos que leva o trabalhador a cometer tal ato é: excesso de confiança,

cansaço, preocupação, falta de experiência e inadaptação ao trabalho.

2. Condição insegura: é a situação que provoca um acidente. Uma escada quebrada

ou em más condições de uso, uma pilha de material em desequilíbrio, um ferro

pontiagudo em direção a passagem, falta de equipamento de proteção individual,

etc. (MARRAS, 2011, p.204)

Para que a minimização dos acidentes aconteça, a empresa em um todo deve estar a par

da consciência relacionada à segurança. As preocupações com os acidentes de trabalho estão

aumentando cada vez mais, fazendo com que a organização busque ajuda com órgãos de staff,

ou mesmo impostos pelas próprias empresas para fazer que a prevenção aos acidentes seja parte

da cultura organizacional, buscando assim a tão sonhada meta de acidentes zero. Snell e

Bohlander destacam que:

A maioria das empresas tem um programa de conscientização da segurança que

envolve o uso de vários meios. Palestras sobre o assunto, filmes produzidos

comercialmente, vídeos especialmente produzidos e outros meios, como folhetos, são

39

ensinar e motivar funcionários a seguir procedimentos de trabalho seguros. (SNELL;

BOHLANDER, 2013, p. 448).

Para que a consciência da segurança aconteça dentro das organizações, o gestor da cada

área é um dos principais responsáveis em se comunicar com os colaboradores, sobre a real

necessidade de trabalhar com a segurança. Para isto, a orientação diária é um dos principais

elementos e deve ser enfatizada continuamente a cada colaborador, sendo assim o gestor deve

estimular cada vez mais o espirito de segurança entre o grupo de trabalho.

As empresas nos dias atuais se preocupam cada vez mais com a saúde e segurança dos

colaboradores, desta forma, a mesma fornece o uso de EPI´s (Equipamento Individual de

Segurança), que são entregues aos colaboradores, de acordo com cada função, onde o

procedimento adequado, o uso de roupas e os equipamentos de proteção e riscos potenciais

devem ser amplamente explicados. Sendo assim os colaboradores devem estar atentos a todas

as recomendações exigidas pela empresa e agir corretamente em relação à segurança, pois ela

é o fator primordial para que o serviço seja bem executado.

As grandes empresas trabalham com uma comissão de prevenção de acidentes a CIPA

(Comissão Interna de prevenção de acidentes), que tem como objetivo principal a prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Desta forma se torna cada vez compatível a

preservação e promoção da saúde do trabalhador. Tal comissão tem como atribuição identificar

os riscos de processos de trabalhos, possibilitando ação preventiva na solução de problemas de

segurança e saúde no trabalho.

A segurança e saúde ocupacional na mineração têm como objetivo por disciplinar

os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma

a tornar compatível o planejamento e desenvolvimento da atividade mineira com

busca permanente de segurança e saúde dos trabalhadores. (NORMAS

REGULAMENTADORAS, 2009, p. 303).

Existem também outras acessórias relacionadas à segurança no local de trabalho, como

o SESMT, (Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), que tem como

objetivo promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho e no

caso da mineração a SIPATMIM (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho na

Mineração), que é relacionado a uma semana de atividades voltadas para a prevenção de

acidentes na Mineração, onde são tratados especificamente por profissionais qualificados que

aplicam questionários avaliativos, treinamentos e palestras.

40

Desta forma, as empresas estão cada vez mais se preocupando com os seus

colaboradores, implementando assim um sistema de saúde e segurança do trabalho. Para Araújo

e Garcia,

As organizações iniciam o processo de desenvolvimento de uma unidade responsável

pela saúde e segurança do trabalho, adotando as condições impostas pela legislação

trabalhista, garantindo a força do trabalho às condições adequadas para execução de

suas atividades. (ARAÚJO & GARCIA, 2009, p. 198).

Sendo assim, tal implementação serve para minimizar os acidentes e dar melhores

condições de trabalho aos colaboradores, para que eles se sintam mais seguros com o

cumprimento estabelecido pelas normas existentes de segurança na organização.

5.3 Qualidade de vida no trabalho

Com a teoria das relações humanas, Elton Mayo destaca que a evolução da eficiência

material aumentou significamente referente ao trabalho coletivo. Ele baseou-se em estudar os

problemas humanos, sociais e políticos baseados na industrialização e na tecnologia. Com o

aumento do progresso industrial, o ser humano teve um grande desgaste em relação ao trabalho

e sua produção, onde os métodos de trabalho visam eficiência e não cooperação. Elton Mayo,

nas palavras de Chiavenato, passa a defender os seguintes pontos de vista:

QUADRO 8 – CIVILIZAÇÃO INDUSTRIALIZADA SEGUNDO ELTON MAYO

O trabalho é uma atividade tipicamente grupal – o nível de produção é mais influenciado

pelas normas do grupo do que pelos incentivos salariais e materiais de produção. Sua

participação em relação aos níveis de vida é extremamente decisivo para sua produção.

O operário não reage como indivíduo isolado, mas como membro de um grupo social –

as mudanças tecnológicas tendem a romper os laços informais de camaradagem e de amizade

no trabalho.

A tarefa básica da Administração é formar uma elite capaz de compreender e de

comunicar - dotada de chefes democráticos, persuasivos e simpáticos a todo o pessoal. Onde

não se tem mais uma rotina clara estabelecida.

O ser humano é motivado pela necessidade de “estar junto”, de “ser reconhecida”, de

receber adequada comunicação – a organização eficiente é incapaz de elevar a

produtividade se as necessidades psicológicas do trabalhador não forem devidamente

cobertas, localizadas e satisfeitas.

A civilização industrializada traz como consequência a desintegração dos grupos

primários da sociedade - como a família, os grupos informais e a religião, enquanto a fábrica

surgirá como uma nova unidade social que proporcionará um novo lar, um local de

compreensão e de segurança emocional para os indivíduos.

Fonte: (CHIAVENATO, 2003, p. 108).

Adaptado pelo autor.

41

Segundo o autor, os métodos organizacionais não são os mesmos que os métodos

sociais, havendo assim um grande conflito entre os objetivos empresarial e os objetivos sociais.

As relações humanas vieram para minimizar estes conflitos, pois tal conflito deve ser evitado a

todo custo, através de tratamento preventivo originado da organização, sendo que este conflito

social pode prejudicar tanto o colaborador como a produção.

A qualidade de vida no trabalho pode ser considerada como um resultado de grande

importância para satisfação e desenvolvimento do comportamento e atitudes das pessoas em

relação ao trabalho. Norman Wilson, citado por Rebouças, destaca que a qualidade de vida no

trabalho sofre uma influência de dois fatores, como a seguir:

O nível de satisfação que as pessoas têm quanto aos trabalhos realizados,

correlacionado à contrapartida dos retornos financeiros recebidos (situação

relativamente fácil e de ser identificada e avaliada) e nível de satisfação e auto

realização pessoal e profissional quanto a própria realização das suas atividades, ou

seja, o trabalho em si (situação mais difícil e subjetiva de ser identificada e avaliada).

(REBOUÇAS, 2008, p. 165).

O fato qualidade de vida no trabalho vem sendo cada dia mais estudado e analisado para

que os trabalhadores se sintam confortáveis e seguros em seu local de trabalho. Tal expressão

tem sido usada com frequência dentro das organizações.

Rodrigues destaca que:

A Qualidade de Vida no Trabalho pode ser definida como uma forma de pensamento

envolvendo pessoas, trabalho e organização onde se destacam a preocupação com o

bem estar do trabalhador, com a eficácia organizacional, a participação dos

trabalhadores nas decisões e problemas de trabalho. (RODRIGUES, 1991, p.92).

Para ter qualidade de vida no trabalho, é necessário que o colaborador esteja bem

consigo e com os seus familiares e amigos, pois a qualidade está relacionada dentro e fora das

organizações, de acordo com Handy, citado por Rodrigues (1991, p. 96), “[...]o trabalho

organizacional é vital e pode ser visto como parte inseparável da vida humana”, ou seja, a

qualidade de vida está diretamente relacionada por vários aspectos da vida, dentro e fora das

organizações, por isto se faz necessário saber como anda a vida do colaborador dentro e fora da

empresa não isolando assim sua vida pessoal da profissional.

O ambiente de empresarial tem buscado grande competitividade em virtude das grandes

mudanças que vem ocorrendo na economia mundial, sendo assim, para uma melhor

produtividade as organizações têm como objetivo investir em qualidade de vida no trabalho

para melhor bem estar dos colaboradores e da organização. Para França e Arellano (2002), “[...]

42

Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma empresa no sentido de programar

melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho”.

Desta forma as autoras explicam que:

A qualidade de vida no trabalho deve ser considerada uma gestão dinâmica, porque

as organizações e as pessoas mudam constantemente e contingencial, porque depende

da realidade de cada empresa, do contexto em que está inserida. Fatores físicos,

aspectos sociológicos e psicológicos interferem igualmente na satisfação dos

indivíduos em situação de trabalho, sem deixar de considerar os aspectos tecnológicos

da organização do próprio trabalho, que em conjunto afetam a cultura e interferem no

clima organizacional, na produtividade e na satisfação dos empregados. (FRANÇA;

ARELLANO, 2002, p.299).

Desta forma, quanto mais a empresa mostrar sua realidade e seu foco, mais fácil será

para os colaboradores adequar-se a ela, trabalhando de forma gradativa aos fatores existentes

em relação a qualidade de vida dos colaboradores.

Para se ter qualidade de vida no trabalho, deve-se levar em consideração o desempenho

do cargo atribuído, o tipo de clima organizacional, satisfação do colaborador, produtividade,

entre outros. Chiavenato ressalta que:

Qualidade do trabalho elevada conduz a um clima de confiança e respeito mútuo, no

qual as pessoas tendem a aumentar suas contribuições e elevar suas oportunidades de

êxito psicológico enquanto a administração tende a reduzir mecanismos rígidos de

controle social. (CHIAVENATO, 2010, p.488).

Sendo assim, nota-se que qualidade de vida no trabalho, está relacionada em

características conjuntas de organização e colaboradores, para uma melhor reestruturação da

empresa, relacionadas a condições físicas e psicológicas referente ao clima organizacional.

Todas as pessoas têm em sua vida, potenciais correspondentes à condição de vida. Tais

condições estão interligadas com a satisfação de suas necessidades. Como por exemplo,

satisfação no cargo, na vida pessoal, humanização no trabalho, entre outras. Desta forma, nota-

se a importância do crescimento pessoal e profissional de cada colaborador. Para que isto

aconteça o colaborador deve desempenhar seu papel no desempenho e na cultura organizacional

da saúde no trabalho.

Devido a grandes pressões existentes no local de trabalho, os colaboradores podem

sofrer algum tipo de doenças mentais, como por exemplo, o estresse, que é associado a pressões,

esforço físico, problemas salarias, etc. Para França e Arellano,(2002),

43

O estresse é vivido no trabalho pela capacidade de adaptação, na qual sempre está

envolvido o equilíbrio obtido entre exigência e capacidade. Se o equilíbrio for

atingido, obter-se-á o bem estar. Se for negativo, gerará diferentes graus de incerteza,

conflitos e sensação de desamparo. O estresse é talvez a melhor medida do estado de

bem estar da pessoa, já que a qualidade de vida no trabalho é individualizada por meio

de suas diferentes manifestações de estresse. (FRANÇA; ARELLANO, 2002, p.301).

Desta forma o estresse deve ser medido pela exigência e capacidade que o colaborador

desenvolve dentro das organizações, observados pelo seu modo de agir e pelo grau de

produtividade dentro da organização. Para Snell e Bohlander, o estresse pode ser definido

como:

O estresse é qualquer exigência feita a um indivíduo que requeira um comportamento

caracterizado por grande esforço, responsabilidade, dedicação. O estresse se origina

de duas fontes básicas: atividade física e mental ou atividade emocional. A reação

física do corpo a ambos os tipos d estresse é a mesma. (SNELL; BOHLANDER, 2013,

p. 468).

São inúmeras as causas relacionadas ao estresse no trabalho, por isto deve estar atento

a cada uma delas, para poder assim abordar e tomar as melhores prevenções em relação ao

estresse no trabalho. O mesmo autor ainda ressalta que existem quatro tipos de fatores

relacionados a influência do estresse nos empregados, como a seguir:

Elevado nível de exigência; muitas tarefas a realizar em muito pouco tempo.

Grande esforço: necessidade de empregar muita energia mental ou física, por um

período muito longo.

Pouco controle: ter muito pouca influência sob o modo como o trabalho diário é

realizado no dia a dia.

Pouca compensação: receber feedback inadequado sobre desempenho e não obter

nenhum reconhecimento por um trabalho bem concluído.

(SNELL; BOHLANDER, 2013, p. 469).

Se estes fatores não estão bem trabalhados com os colaboradores, certamente poderá

haver algum dano, tanto para a empresa como para a saúde e qualidade de vida dos mesmos.

Podendo assim a empresa perder em produtividade.

Para saber se a produtividade do colaborador está satisfazendo as necessidades da

organização, deve-se observar alguns tópicos estabelecidos, como afirma Bennet, citado por

França e Arellano:

A melhora da produtividade significa motivação, dignidade, participação no desenho

e desempenho do trabalho na organização. Significa também desenvolver indivíduos

cujas vidas podem ser produtivas em todos os sentidos. Responsabilidades gerenciais

também influenciam o comportamento do outro. (FRANÇA; ARELLANO, 2002,

p.301).

44

Nota-se então que para aumentar a produtividade das organizações devem ser seguidas

algumas estratégias relacionadas a qualidade de vida no trabalho, quanto mais se tratar um

colaborador com dignidade e respeito, mais ele se sentirá motivado para exercer suas atividades

dentro da organização, aumentando sua autoestima e consequentemente sua produtividade.

Para lhe dar com alguns fatores relacionados a saúde dos colaboradores, as

organizações devem estar atentas ao seu modo de agir, como cita Snell, referindo-se a qualidade

de vida no trabalho:

Uma visão ampla de saúde inclui os aspectos emocional e físico da vida de uma

pessoa. Embora os problemas emocionais, crises, alcoolismo, e uso de drogas sejam

considerados problemas pessoais, eles se tornam problemas da empresa quando

afetam o comportamento e interferem no desempenho do trabalho. (SNELL;

BOHLANDER, 2013, p.463).

Desta forma a empresa deve contar com o apoio de uma assistência aos subordinados.

Geralmente os gestores recebem algum treinamento especifico para lhe dar com algum tipo de

situação parecida, mas quando o problema já está se agravando, deve encaminhar para um órgão

de assistência especifico para melhor atender as necessidades dos colaboradores.

Sayles e Strauss (1969), citado por Rodrigues (1991, p. 96), afirmam que “[...] os

empregados que possuem na sua vida na sua família insatisfação, tem o trabalho como o único

ou maior meio para obter a satisfação das necessidades sociais”, sendo assim, nota-se que este

empregado estará menos exigente em sua função, estando menos atento as suas atividades e

mais disposto a possíveis riscos.

O risco está sempre presente nas atividades do dia a dia, mas cabe o gestor orientar seus

colaboradores da melhor maneira possível, buscando melhores condições de trabalho, para

minimizar cada vez mais os acidentes dentro das organizações, sempre os alertando e

direcionando em relação ao uso correto dos equipamentos de segurança, quanto mais o

colaborador estiver exposto sem os equipamentos necessários adequados a sua função dentro

da organização, mais ele estará sujeito a algum tipo de acidente.

5.4 História e conceito de Motivação

Nos dias atuais as empresas estão cada vez mais utilizando a gestão de pessoas para o

estudo da motivação, investindo assim nos programas motivacionais.

45

O processo motivacional começou antes mesmo da Revolução Industrial, mas tal

processo era bem diferente dos métodos adotados nos dias de hoje. A motivação era usada como

forma de medo e punições, tanto física, como financeira e também social.

Para Bergamini:

A principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando, dessa forma,

um ambiente generalizado de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza

psicológica, podendo aparecer sob formas de restrições financeiras, chegando até a se

tornar mais sob a forma de prejuízos de ordem física. (BERGAMINI, 1997, p.19).

Foi a partir da Revolução Industrial, que os processos industriais passaram a ter um

aumento da eficiência, onde o papel dos gestores começou a ser exigido cada vez mais, para

obter mais produtividade.

A administração científica, foi um fator primordial para que a primeira mudança neste

setor acontecesse, Frederick Taylor citado por Casado, (2002, p. 249), diz que: “[...] em 1911,

retira do trabalhador o problema pelo bom ou mau desempenho e eficiência e coloca a

responsabilidade sobre o supervisor”, ainda sobre Taylor, Bergamini (1997, p. 20), destaca que,

“[...] Em lugar do clima de punição, adotou-se a crença de que o dinheiro seria a principal fonte

de incentivo a motivação”. Desta forma nota-se que os empregados escolheriam seus empregos

especificamente voltados a remuneração, tal prática mostrava que os trabalhadores não se

preocupavam com ambições de crescimento profissional, apenas com a remuneração que os

mesmos iriam receber.

A partir do momento que os trabalhadores perceberam que quanto mais trabalhassem,

mais produziam e mais alta seria sua remuneração, os mesmos notaram que suas vidas poderiam

estar em perigo, onde eles arriscavam sua segurança no local de trabalho.

Foi a partir de então que Elton Mayo na filosofia administrativa, citado por Bergamini (1997,

p.21), destaca, “[...]a importância de considerar a pessoa na sua totalidade. Pressupunha-se que

a melhor maneira de motivar os empregados, deveria caracterizar-se por forte ênfase do

comportamento social dos mesmos”.

Foi a partir de então, que os administradores e os supervisores começaram a fazer com que os

empregados sentissem que eram úteis e de suma importância para as organizações, abrindo

canais de comunicação para que fossem ouvidos e dessem algum tipo de opinião sob o modo

de executar seu trabalho.

Para Casado, a motivação ainda vai mais além, tendo alguns fatores a mais, maiores

perspectivas da natureza humana, ela destaca que:

46

Dentro da corrente de entendimento da motivação humana no trabalho, estão algumas

convicções básicas sob a natureza do homem. A primeira é que o indivíduo quer

contribuir para e com seu trabalho; a segunda, que o trabalho não é algo ruim nem

aversivo em si mesmo; a terceira julga que os empregados podem influir positivamente

nas decisões sobre seu trabalho numa direção que favoreça a qualidade para a

organização; e, finalmente, a quarta considera que o incremento da complexidade da

tarefa, assim com o controle de sua execução pelo próprio trabalhador, é um fator que

aumenta a satisfação do empregado. (Casado, 2002, p. 250).

Sendo assim, nota-se a importância do gestor de compreender a natureza humana,

estabelecendo aos empregados parceria entre eles e a organização.

5.4.1 Teorias Motivacionais

Para se ter um ambiente de trabalho satisfatório e exercer bem seu trabalho, o

relacionamento interpessoal nas organizações é muito importante, tanto para a os líderes como

para os colaboradores.

De acordo com Matthew; Deakins; Yong, (1998, p. 137), “[...] a interação humana é

bem ou mal sucedida num resultado direto da capacidade de comunicar”, os mesmos ainda

ressaltam que “[...] honestamente, a comunicação aberta pode ser uma das experiências mais

gratificantes da vida. A boa comunicação é ótimo negócio e o primeiro passo para uma liderança

eficaz”.

Sendo assim, partindo do processo estrutural e organizacional e relacionamento e a

comunicação tem uma grande relevância, os lideres tem que usar deste artifício para extrair o

máximo dos colaboradores fazendo com que eles se sintam realizados e motivados na

organização de forma que um bom relacionamento contribui para alto desempenho da empresa

como um todo.

Um ponto importante para que isto venha a acontecer é saber se o colaborador está

motivado em seu local de trabalho. Motivar empregados não é uma tarefa fácil, sendo assim

uma missão importantíssima do gestor responsável por sua equipe.

Para Vianna, citado por Tachizawa; Ferreira & Fortuna (2001, p.245) “[...] O líder deve

estar sempre procurando conhecer os fatores de motivação de sua equipe. Para tanto, deve

indagar das aspirações de seus colaboradores e verificar se a organização tem sido capaz de

satisfaze-las”.

Já Robbins e Finley, ainda citado por Tachizawa; Ferreira; Fortuna (2001, p.245),

47

“[...] A motivação resultaria da difusão de uma visão comum, um pensamento que possa arder

na mente e no coração da equipe, dando-lhe uma razão de ser”.

Pires, citado pelos mesmos autores, aponta que:

O estresse é um dos grandes inimigos da motivação e da produtividade. A seu ver, há

uma grande distância entre os desejos e a realidade da maioria das pessoas, e a

ansiedade daí decorrentes dificultam a realização profissional. (TACHIZAWA;

FERREIRA; FORTUNA, 2001, p.246).

As teorias motivacionais estão diretamente ligadas ao ganho material, ao

reconhecimento e a realização pessoal. Existem vários teóricos que classificam algumas teorias

em relação à motivação.

Começando com Abraham Maslow com a teoria da hierarquia das necessidades

humanas, Casado, (2002, p. 251), cita que Maslow “[...] concebe motivação como algo

constante, infinito e complexo, encontrado em todos os seres humanos”.

Ele acreditava que existia dois tipos de necessidades, as fisiológicas e as de auto realização,

onde se a necessidade primaria e secundárias estiverem satisfeitas o colaborador desenvolverá

uma maior produtividade para as organizações.

Logo após vem Clayton Alderfer, que completa a teoria das necessidades. Alderfer, citado por

Casado, (2002, p. 253) acredita que, “[...] existem três níveis de necessidades, a existência, o

relacionamento e o crescimento”.

Depois vem Frederick Herzberg com a teoria dos dois fatores, tal teoria relata os fatores

intrínsecos (motivação) e extrínsecos (higiênicos). Estes fatores são relacionados com

satisfação e insatisfação.

Herzberg, citado por Casado, destaca que:

Fatores motivadores são aqueles que fazem com que os indivíduos se sintam

especialmente bem e que são os de satisfação, sendo eles o de satisfação, crescimento,

progresso, responsabilidade, o próprio trabalho, o reconhecimento e a realização. E os

fatores higiênicos, aqueles que fazem com que os indivíduos não se sintam

insatisfeitos, mas não necessariamente satisfeitos, sendo eles, segurança, status,

relacionamento com os colegas, condições de trabalho, supervisão, política e

administração da empresa. (CASADO, 2002, p. 254).

Desta forma podemos comparar as teorias citadas acima, no quadro a seguir:

48

QUADRO 9 – HIERARQUIA DE MASLOW, HIERARQUIA DE ALDERFER E

FATORES DE HEZEBERG

MASLOW ALDERFER HERZBERG

Autorrealização Crescimento Fatores motivacionais

(Satisfação) Autoestima

Relacionamento Sociais Fatores higiênicos

(Insatisfação) Segurança

Existência Necessidades fisiológicas

Fonte: Casado, 2002, p. 254.

Tais teorias serão melhores explicadas a seguir.

5.4.2 Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas

A explicação para a motivação está diretamente ligada ao suprimento das necessidades

humanas. Quanto mais supri uma necessidade, mais motivado o colaborador fica em relação ao

seu trabalho. As necessidades humanas são divididas em dois grandes e importantes grupos: as

primárias, que são comuns a todas as pessoas sendo alimentação, reprodução, abrigo e

segurança e as secundárias que são influenciadas pela sociedade e personalidade, sendo elas

necessidades sociais, matérias, profissionais, etc.As necessidades básicas são inerentes à

condição humana e as necessidades adquiridas são provenientes de treinamentos, experiências

vividas e convivências de um modo geral.

Foi a partir de um estudo que as teorias da hierarquia das necessidades humanas foram

desenvolvidas, para melhorar a condição de vida dos colaboradores de forma que os mesmos

tivessem um objetivo e lutassem para suprirem tal objetivo. Maslow acreditava que as

necessidades humanas vão mais além que dois grandes grupos, ele acredita que as necessidades

se dividiam em cinco principais grupos. Como cita Maximiano:

Necessidades fisiológicas – necessidades de alimento, abrigo, repouso, exercício e

sexo.

Necessidade de segurança – necessidades de proteção contra ameaça, como as de

perda de emprego e riscos à integridade física e à sobrevivência.

Necessidades sociais – necessidade de amizade, afeto, interação e aceitação dentro do

grupo e da sociedade.

Necessidade de estima – necessidade de autoestima e estima por parte dos outros.

Necessidade de auto realização – necessidade de utilizar o potencial de aptidões e

habilidades, autodesenvolvimento e realização pessoal. (MAXIMIANO, 2006, p.

262).

49

Para Maslow, quanto mais o colaborador suprir uma necessidade, mais satisfeito o

mesmo ficara com a organização e principalmente consigo mesmo e desta forma ele sentirá

cada vez mais confiança em si próprio para estabelecer nova necessidade/meta a ser cumprida.

Desta forma, nota-se uma grande comparação com a teoria das relações humanas, Maslow cita

sua teoria em satisfazer as necessidades, tanto as fisiológicas como as de autor- realização para

que o colaborador se sinta motivado a buscar novas necessidades.

Como na figura a abaixo:

QUADRO 10 – TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS

Fonte: TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS..., 2013

De acordo com a figura, nota-se que o colaborador deve suprir cada necessidade, tanto

fisiológicas como de realização pessoal, sendo assim o mesmo se sentirá mais motivado e

buscara novas metas a serem cumpridas. Como por exemplo a necessidade básica que vem a

ser a da segurança, tal necessidade mostra que o trabalhador deve ter no mínimo algumas

condições de vida para poder desenvolver melhor seu papel junto a sociedade e a organização.

Esta necessidade demostra que se deve ter uma moradia para descanso e abrigar a família, uma

segurança em relação ao seu trabalho e a sua saúde.

Enfim ele se sentirá mais confortável e feliz, de forma que suas necessidades estão sendo

supridas e o mesmo buscará novas necessidades, melhorando assim seu desempenho

profissional, aumentando sua produtividade, pois em tal teoria as pessoas estão em um processo

50

contínuo de desenvolvimento, progredindo ao longo de cada necessidade suprida, buscando

sempre novas realizações.

5.4.3 Teoria ERG (Existência, Relacionamento e Crescimento)

Clayton Alderfer, com a teoria ERG (Existência, Relacionamento e Crescimento), é

outro teórico com a teoria da hierarquia das necessidades. Para ele existem apenas três

principais grupos.

Tais grupos são as principais necessidades a serem supridas. Como Maximiano descreve

a seguir:

Existence (existência) – compreende as necessidades básicas, fisiológica e de

segurança de Maslow.

Relatedness (relacionamento) – compreende as necessidades das relações pessoais

significativas e as necessidades de estima, de Maslow.

Growth (Crescimento) – é a necessidade ou desejo intrínseco de crescimento pessoal

e autorrealização. (MAXIMIANO, 2006, p. 264).

A teoria de Alderfer se diferencia da de Maslow pelo fato de que ele acredita que

satisfazer as necessidades, não precisa ser seguido de forma sequencial, ele acredita em dois

princípios fundamentais como base de sua teoria, como demonstra Maximiano, (2006, p. 264),

“[...] Mais de uma necessidade pode funcionar a mesmo tempo e se uma necessidade de ordem

elevada permanece insatisfeita, aumenta o desejo de fazer uma de ordem inferior”.

Essas duas teorias citadas a cima, acrescentam uma a outra, de forma a considerar os

dois princípios como ideia de hierarquia.

5.4.4 Teoria dos Dois Fatores

Herzberg com o surgimento da teoria dos dois fatores, mostra a interação que pode haver

no ambiente de trabalho e no próprio trabalho em si. Sua teoria se divide em dois grupos

principais, sendo eles motivacionais e higiênicos. Herzberg, citado por Maximiano, mostra a

divisão dos grupos:

1° Fatores relacionados ao próprio trabalho, chamados de fatores motivacionais ou

intrínsecos. Conteúdo do trabalho em si (natureza das tarefas e sua sintonia com os interesses e qualificação da pessoa); Sentido de realização de algo importante; Exercício da responsabilidade; Possibilidade de crescimento; Orgulho e crescimento de prestigio decorrentes a profissão e Reconhecimento pelo trabalho bem feito.

51

2° Fatores relacionados com condições de trabalho, chamados de fatores extrínsecos

ou higiênicos. Estilo de supervisão do chefe. Relações pessoais com os colegas.

Salário; Politicas de administração pessoal e Condições físicas e segurança do

trabalho. (MAXIMIANO, 2006, p. 268).

De acordo com Herzberg, as pessoas se sentem mais à vontade no seu trabalho do que

do ambiente de trabalho, ou seja, os trabalhadores gostam mais de desempenharem tarefas que

correspondem diretamente com suas capacidades de execução. Veja na figura a seguir:

QUADRO 11 – TEORIA DOS DOIS FATOES

Fonte: TEORIAS MOTIVACIONAIS..., 2013.

As teorias motivacionais são cada uma de uma forma, mas se analisa-las a fundo, nota-

se que uma completa a outra, a palavra motivação representa a busca por algo, onde se mede o

comportamento das pessoas de acordo com uma ação praticada. Satisfazer as necessidades das

pessoas fazem com que elas se sintam cada vez mais encorajadas a lutar por aquilo que almejam,

por isto o fator motivacional dentro das organizações, não só melhoram o desempenho dos

colaboradores, mas aumentam cada vez mais a produtividade.

5.4.5 Teoria de McClelland

David McClelland identificou que o ser humano tem três necessidades especificas que

se encaixam e completam nas propostas de Maslow. Para ele o ser humano tem que suprir três

52

necessidades para um melhor desenvolvimento e produtividade dentro das organizações. Sendo

elas: Necessidade de Realização, Necessidade de Poder e Necessidade de Associação ou

Filiação. Tais necessidades são representadas por símbolos que destacam cada tipo de pessoa,

a nAch, a nAff e a nPow, como no quadro a seguir:

QUADRO 12 – TEORIA DE McClelland

CONCEITO SÍMBOLO DEFINIÇÃO

Necessidade de Realização nAch Necessidade de sucesso,

avaliado segundo algum

padrão internalizado de

excelência.

Necessidade de Filiação nAff Necessidade de

relacionamento e amizade.

Necessidade de Poder nPow Necessidade de controlar

ou influenciar direta ou

indiretamente outras

pessoas. (Fonte: Maximiano, 2006, p. 265)

Esses três tipos de pessoas têm tipos de necessidade diferentes. As do tipo nAch, são as

que tem necessidades de realização, como a seguir:

Escolhem metas que são desafiadoras, porém viáveis.

Não se arriscam demasiadamente, preferindo as situações cujos resultados podem

controlar.

Dão mais importância à realização da meta que às possíveis recompensas.

Precisam de feedback específico sobre seu desempenho.

Dedicam tempo a pensar sobre realização de alto nível.

(MAXIMIANO, 2006, p. 265).

Essas pessoas precisam ter algum sucesso, com um padrão alto de excelência para se

sentirem satisfeitos e motivados para melhor desempenho e maior satisfação tanto na vida

pessoal como no ambiente de trabalho. Logo após vem as pessoas tipo nAff, que tem a

necessidade tipo filiação.

Capacidade de satisfazer a necessidade de filiação influenciada pelo ambiente que

cerca a pessoa que cerca a pessoa e por suas habilidades interpessoais. Porém as

pessoas que têm grande necessidade de filiação frequentemente sofrem de carência de

habilidades interpessoais.

Essas necessidades são atendidas muitas vezes pelas pela organização informal, em

atividades que ficam fora do horário de trabalho, tais como almoço ou conversas no

corredor. (MAXIMIANO, 2006, p. 265).

53

Essas necessidades não se preocupam muito com as realizações profissionais, mas com

as necessidades de relacionamento entre as pessoas, que proporcionam contato com outras

pessoas. Por último vem as pessoas com necessidade nPow, que sentem um elevado nível de

poder:

Pode-se fazer a necessidade de poder de muitas maneiras, controle de recursos,

informações e pessoas.

Normalmente a necessidade de poder desconsidera o valor material, o que importa é

o que se consegue fazer com o poder.

Normalmente pode-se contar com os nPows para realizar atividades extras.

(MAXIMIANO, 2006, p. 265).

Essas pessoas tem a necessidade de influencias outras pessoas e o local que estão

inseridos, tendo conseguem mesmo a tentativa de dominação perante as outras pessoas.

5.4.6 Teoria da Determinação de Metas

Edwin Locke apresenta uma teoria onde as pessoas têm a necessidade de perceber e

definir objetivos para satisfazer suas necessidades. Essas metas a serem cumpridas dependem

muito do gestor que devem traçar e clarear ao máximo essas metas para que os liderados possam

assim executá-las da melhor maneira possível, realizando assim suas necessidades.

De acordo com Casado, nas palavras de Locke, tal atividade se assimila da seguinte forma:

Metas com razoável grau de dificuldade e definidas com a participação dos

empregados, produzem melhores resultados do que com metas muito fáceis ou que

foram definidas sem participação dos envolvidos na sua consecução. A participação

aumenta a aceitação da meta, o que a torna mais atraente para o trabalhador.

(CASADO, 2002, p. 255).

Esta teoria mostra que o feedback do gestor é de suma importância para que o

colaborador mantenha seu desempenho cada vez mais alinhado aos propósitos à satisfação do

trabalhador, aumentando assim a produtividade.

5.4.7 Teoria da Equidade

Esta teoria é considerada nova em relação as anteriores, ela serve para mostrar as

reflexões de equidade e inequidade, ou seja, a equidade se define em entrega individual que

vem a ser o esforço e a recompensa que vem a ser o pagamento.

54

De acordo com Casado, esta teoria se dá da seguinte maneira:

O tema central da teoria motivacional é que o maior determinante do desempenho e

da satisfação no trabalho é o grau de equidade ou inequidade que um indivíduo

percebe na situação profissional. Deve-se ressaltar um diferencial importante:

enquanto outras pessoas consideram um conteúdo objetivo do trabalho ou as

características das necessidades individuais, para esta teoria é a percepção da equidade

que estimula o comportamento e traz satisfação. (CASAD0, 2002, p. 255).

A autora quer dizer que, se um indivíduo está se sentindo menos recompensado referente

ao outro, ele irá procurar alguma forma para superar esta inequidade. Esta teoria se dá não

somente com a quantidade de recompensas entre os colaboradores, mas sim pela comparação

que os colaboradores recebem.

5.5 Gestão de Risco

O trabalho ocupa um lugar central na comunidade, pois é ele quem nos garante a

sobrevivência e dele que tiramos nosso sustento, mas ele pode vir a causar algum dano à saúde

se não praticado corretamente, dentro das normas estabelecidas pela empresa.

Para Araújo & Garcia, (2009, p.225) “[...] acidente do trabalho é aquele que provoca

lesões ou perturbações funcionais e a doença profissional é desencadeada no exercício do

trabalho”.

Já Cardella, a gestão de risco se dá da seguinte maneira:

O sistema de gestão de risco é o conjunto de instrumentos que a organização utiliza

para planejar, operar e controlar suas atividades no exercício da função controle de

riscos. São instrumentos do sistema de gestão, princípios, politicas, diretrizes,

objetivos, estratégias, metodologia programas, sistemas organizacionais e

operacionais. (CARDELLA, 2009, p. 69).

As junções destes sistemas se dão pelo fato de que a organização tenta manter cada vez

mais o nível de riscos abaixo do tolerável.

Por ser um trabalho pesado como o de extração mineral, nota-se que ele apresenta

grandes fatores para risco de possíveis doenças, devido a jornada de trabalho ser em regime de

turno. Desta forma, existem alguns pontos negativos durante tal período, como por exemplo o

trabalho noturno, diferentes dias trabalhados faz com que o organismo não se adapte,

ocasionando assim algum tipo de mudança de humor no organismo.

Barbosa destaca que:

55

É importante compreender por que existe o trabalho em turnos e que dinâmica social

leva a essa forma de organização do trabalho. A partir deste conhecimento, o gestor

poderá efetuar intervenções visando minimizar as consequências danosas à

integridade dos trabalhadores. (BARBOSA, 2009, p. 46).

O trabalho em turno acontece devido à uma série de fatores essenciais para a população,

as causas tecnológicas e para as imposições econômicas. O trabalho em regime de turno pode

vir a causar na maioria das vezes algum tipo de desgaste de diversas ordens, efeitos biológicos

referentes aos esforços impostos, o ritmo de desempenho não é o mesmo, o ritmo de perturbação

do sono depende do descanso proporcionado pelo sono, a perturbação do apetite causadas pela

alteração de horários de refeição e as dores existentes no corpo e no organismo originados pela

alimentação irregular devido aos horários que compromete a digestão.

O trabalho em regime de turno também contribui para o aumento de estresse, devido a

cobrança dos gestores ser cada vez maior. Sendo assim, as pessoas estão dispostas a correr um

certo nível de risco em seu local de trabalho.

Por esta razão, o gestor deve buscar cada vez mais, melhores condições e

direcionamento de trabalho para seus colaboradores, mostrando-os os melhores caminhos a

percorrerem, Lida nos mostra que os gestores devem seguir alguns pontos, a seguir:

Instruir os trabalhadores – mostrar as ligações entre comportamentos de riscos e

respectivos acidentes, bem como suas consequências em termos humanos, sociais e

materiais. Isto é particularmente válido quando há falha na percepção do risco, ou

seja, o risco real é maior que aquele suposto pelo trabalhador.

Conceder incentivos – reforçar a pratica de atos seguros, visando aumentar a

frequência dos mesmos.

Aplicar punições – aumentar a consequência sobre aqueles que praticam atos

inseguros, como punições. (LIDA, 2005, p. 428)

Sendo assim quanto mais informação quanto aos riscos que as pessoas estão expostas,

mais as organizações tendem a reduzir os acidentes nos locais de trabalho. Os acidentes na

maioria das vezes resultam em interações inadequadas, tal interação se dá entre o homem e o

seu posto de trabalho.

O risco está diretamente ligado à atenção e comportamento do operador, de fato que

inadequações do posto de trabalho, produtos mal projetados e falhas nas maquinas, podem vir

a acarretar um acidente de trabalho. Acidentes e doenças profissionais podem ser considerados

da seguinte forma:

Doença profissional – assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício

do trabalho e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e

da Previdência Social.

56

Doença do trabalho – assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de

condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente

relacionada a não doença do trabalho, a doença degenerativa e inerente ao grupo

etário. (BARBOSA, 2009, p. 16).

Os acidentes se dão pelo fato de que o trabalhador e o local de trabalho resultam de alterações

inadequadas. O acidente ocorre quando há uma junção de fatores negativos,

Estas causas não se dão sozinhas, isoladas, de fato que os acidentes só ocorrem devidos

à junção de vários fatores que estão diretamente ligados aos trabalhadores. Existem também

fatores relacionados à saúde ocupacional do trabalhador, como o estresse, por exemplo. Lida

ressalta que:

O acidente pode ser causado por um comportamento de risco do operador e do

sistema. Pode ser explicado também pelas inadequações do posto de trabalho,

produtos mal projetados ou falha das maquinas. A explicação pode vir também do

meio ambiente. (LIDA, 2005, p. 429).

As causas relacionadas ao risco, não aparecem sozinhas, isoladas, o risco está presente

quando se tem pontos negativos, podendo assim acarretar um acidente.

No local de trabalho, existem condições inseguras que possam vir a gerar um acidente, entre

estas condições possa estar equipamentos e máquinas inadequadas, mal conservadas, posto de

trabalho sem condições de segurança, ambientes inadequados, sujos, entre outros.

As condições de trabalho estão diretamente ligadas com a organização, o local de

trabalho e os trabalhadores, estes três elementos precisam andar juntos para que o risco ao

acidente possa diminuir cada vez mais. O método de análise de riscos consiste em identificar

perigos e analisar os riscos. Para Cardella:

Perigo é a qualidade daquilo que pode causar danos. Portanto, identificar perigos é

identificar substancias perigosas, agentes perigosas, produtos perigosos, operações ou

eventos danosos. A escolha do tipo de perigo depende do método adotado e dos

objetivos do estudo, mas a análise de riscos associados sempre requer identificação

de eventos perigosos. Pois a eles podem associar frequência e consequência.

(CARDELLA, 2009, p. 109).

Ao identificar o perigo, o trabalhador deve comunicar ao gestor para que o mesmo tome

as decisões necessárias para que o acidente não aconteça, pois a saúde do trabalhador está em

primeiro lugar e sua prevenção é o que mais interessa a organização.

Todo acidente causa danos tanto físico, como psicológicos, por isso quanto menos

acidente acontece, mais o trabalhador sentira segura dentro da empresa.

57

O acidente de trabalho é um evento indesejado, inesperado, cuja principal

característica é provocar no trabalhador lesão corporal ou perturbação funcional que

possa vir a causar a morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade

para o trabalho. E quando este evento não gera dano nem ao homem nem a empresa,

estamos diante de um incidente (quase acidente). (BARSANO E BARBOSA, 2012,

p. 63).

Quando acontece um acidente dentro das organizações, o sindicato dos trabalhadores

diz que algo em relação a segurança do trabalho falhou, ou seja, algo estava errado em relação

a política de segurança da empresa, pois o principal objetivo da empresa é preservar e prevenir

os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho.

5.6 Segurança

A função da segurança serve para minimizar cada vez mais os acidentes e riscos à saúde

do trabalhador, Cardella, nos mostra que:

A função segurança, é o conjunto de ações exercidas com o intuito de reduzir danos e

perdas provocadas por agentes agressivos. Ela é uma das cinco funções

complementares vitais que devem ser exercidas juntamente com a missão de qualquer

organização. Dirigir esforços para a função segurança sem considerar a produtividade,

a qualidade de produtos, a prevenção ambiental e o desenvolvimento das pessoas é

grave falha conceitual e estratégica.

(CARDELLA, 2009, p. 37).

Para que a segurança esteja cada vez mais presente na organização, é necessário que as

organizações juntamente com os colaboradores estejam em um equilíbrio vital para a

minimização e diminuição dos acidentes.

Por isto se deve cada vez mais monitorar a segurança, de forma a verificar

periodicamente os atributos de um objetivo, para que esta monitoração funcione é feito inspeção

regulamente em todo tipo de serviço e equipamentos que envolve as atividades realizadas para

a prevenção de acidentes.

O monitoramento é atividade essencial ao exercício das funções operação e

manutenção. Tanto numa como em outra deve ser utilizado para focalizar o ambiente,

insumos, produtos, agentes de ruptura e sistema de controle de emergência.

(CARDELLA, 2009, p. 76).

O monitoramento serve para produzir indicadores de forma que o mais importante para

a organização é a segurança do trabalhador.

Assim sendo, o monitoramento deve estar atento a tudo que abrange a segurança, aos

indicadores de perigo e a função segurança de risco. Cardella, destaca que:

58

Os indicadores de perigo incluem os de agressividade, capacidade agressiva,

mobilidade e expansividade, exposição e frequência de demandas; os da função

segurança incluem os de liderança, cultura organizacional, sistema de gestão e sistema

operacional de controle de riscos e de emergências e os indicadores de riscos incluem

os de ocorrências anormais, acidentes, danos e perdas. (CARDELLA, 2009, p. 76).

Se soubermos ao certo as relações entre os fatores de risco deve-se entender que a forma

de minimizar tais riscos para prevenir e dar melhores condições a vida dos trabalhadores e

buscar o não acidente dentro das organizações. Não é uma tarefa fácil, mas buscar a trabalhar

tal característica com o trabalhador a cada dia faz com que haja uma queda no índice de

acidentes.

5.6.1 Intervenção de riscos

Sabemos que nem toda intervenção de risco se resultará em efeito imediato, por isto os

planejamentos das atividades são planos feitos em longo prazo, de forma que esta prevenção

aconteça de acordo com os programas de segurança elaborados pela organização. Os programas

são criados justamente para a minimização dos acidentes, com pessoas multidisciplinares para

a elaboração dos mesmos em prol do mesmo objetivo dos gestores da organização.

O acompanhamento da segurança pode ser feito por meio de inspeções periódicas aos

principais postos de trabalho, podendo usar questionários ou check List para fazer as

verificações. Se houver um acidente deve ser preparado um relatório minucioso,

descrevendo o tipo de acidente, a lesão causada e as condições do local onde ocorreu

o acidente, verificando principalmente se houve algum desvio em relação as

condições normais de operação. (LIDA, 2005, p. 451).

Desta forma, nota-se que todo acompanhamento para saber ao certo a causa do acidente

é de fundamental importância para que se constaste a causa real do mesmo, dirigindo assim ao

gestor da área para a resolução do problema. Toda organização deve implantar práticas de

segurança no trabalho, de forma a identificar cada vez mais as situações de risco dentro das

organizações, para cada vez mais prevenir a saúde e segurança do trabalhador. Para

desenvolver pratica de segurança na organização, devem-se utilizar modificações sempre que

necessário para melhorar a cada dia a segurança dos trabalhadores.

Desta forma, Lida, destaca alguns pontos importantes para que tal transformação

aconteça:

Descobrir condições inseguras - as condições inseguras devem ser descobertas por

pessoas especializadas ou pelos próprios trabalhadores, desde que estes recebam um

treinamento adequado para reconhecer essas condições.

59

Adotar práticas seguras – o conhecimento de condições inseguras facilita o

trabalhador a adotar práticas seguras no trabalho. Como por exemplo, uso dos EPI’s,

comportamento emergenciais como cortar fonte de energia, desligar a máquina,

disparar o alarme, etc.

Conservar e manter limpo – a conservação e limpeza ajudam a prevenir situação de

perigo e motivam o trabalhador a adotar práticas seguras. (LIDA, 2005, p. 453).

Sendo assim, nota-se que a importância de alguns fatores é de suma importância para a

prevenção e minimização de acidentes. São fatores básicos que podem vir a salvar vidas e

minimizar acidentes dentro da organização. A organização faz uma auditoria para avaliar seu

sistema de segurança e prevenção de acidentes, esta auditoria da uma grande ênfase no sistema

de gestão, para saber ao certo qual o uso de diretrizes, planos, normas e procedimentos são

utilizados para a percepção e prevenção de acidentes.

A auditoria de segurança é a avaliação, documentada e periódica da eficiência e

eficácia da organização no exercício da função segurança. Juntamente com ela vem o

diagnóstico da segurança que consiste em abordar a organização, caracterizando-a do

ponto de vista da segurança. O diagnóstico é fundamental para elaborar o plano de

ação de melhorias. (CARDELLA, 2009, p. 77).

Portanto a auditoria serve para focalizar cada vez mais a questão segurança e o

diagnostico vai um pouco mais além, ele não só focaliza a segurança mais também os perigos

e riscos existentes na organização.

5.6.2 Percepção e prevenção da Segurança

Para que a percepção do risco aconteça, devem ser feitos treinamentos com os

trabalhadores sempre que necessário, pois o mesmo visa transmitir as práticas seguras no

trabalho, de forma a desenvolver cada vez mais a capacidade de reconhecer condições

inseguras, de forma a criar certa habilidade para evitar e prevenir acidentes. Existem duas

modalidades de treinamento, a simples e a efetiva, Lida explica cada uma delas, como a seguir:

A modalidade simples, ocorre no próprio local de trabalho onde um trabalhador mais

experiente ou o supervisor treina o novato. Este treinamento tem vantagem de ser feito

nas condições reais de trabalho, mas também tem desvantagem de não ser método

sistemático. A outra modalidade é o efetivo, que consiste em aulas apresentadas por

especialistas. Essas aulas devem ser realizadas em sessões diárias de trinta minutos

para não interferir muito na rotina de trabalho. Cada grupo deve ter ao máximo 15

alunos para facilitar a manifestação individual de cada participante. As aulas devem

ser completadas por vídeos, discussões e visitas in loco onde são as fontes de perigo.

(LIDA, 2005, p. 454).

60

Só os treinamentos não são suficientes para garantir a segurança no local de trabalho,

eles são peças complementares que a organização deve estabelecer para maiores

conhecimentos, a organização deve ter programas de valorização do empregado, recompensas

e prêmios que visam reforçar cada vez mais o comportamento seguro dentro das empresas.

Toda empresa deve ter o Programa de Prevenção em Segurança do Trabalho, para isto

devem contar com o apoio do Programa de Controle Medico e Saúde Ocupacional (PCMSO),

que visa a preservação da saúde dos trabalhadores. Para Barsano e Barbosa, o PCMSO de define

da seguinte maneira:

É um programa que especifica procedimentos e condutas a serem adotadas pelas

empresas em função dos riscos a que os empregados se expõem no ambiente de

trabalho. O objetivo é prevenir, detectar precocemente, monitorar e controlar

possíveis danos à saúde do empregado. (BARSANO E BARBOSA, 2012, p. 218).

Além de ele ser um programa voltado diretamente para a saúde do trabalhador, ele deve

conter alguns pontos específicos, como cita Basano e Barbosa:

Considerar questões de incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores

na abordagem entre sua saúde e o trabalho.

Ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnostico dos agravos à saúde relacionados

ao trabalho.

Ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores.

Obedecer um planejamento em que estejam previstas as ações de saúde a serem

executadas durante o ano devendo estas ser objeto de relatório anal. (BARSANO E

BARBOSA, 2012, p. 219).

O PCMSO serve para cuidar e estabelecer uma segurança a mais em relação a saúde do

trabalhador, sendo ele parte integrante do conjunto de iniciativas da empresa em relação à saúde

dos trabalhadores. Quando se fala de segurança e saúde no trabalho, se tem como prioridade a

prevenção de situações perigosas em relação a integridade física do trabalhador.

Para alcançar este objetivo, as empresas contam com comissões especializadas para

conhecer profundamente os riscos provenientes do ambiente de trabalho em relação às

maquinas e equipamentos utilizados.

Nos dias atuais as empresas contam com medidas de proteção administrativa, medidas

de proteção coletiva e medidas de proteção individual para que o colaborador esteja cada vez

mais seguro em seu ambiente de trabalho.

Para Barsano e Barbosa, (2012, p. 121) “[...] Medidas de proteção administrativas são

as primeiras providências a serem tomadas pelos profissionais da segurança de trabalho como

61

forma de eliminar determinado risco que coloca em perigo a integridade física e psíquica do

trabalhador”.

Estas medidas são de suma importância para que o trabalhador se sinta mais seguro na

organização. Além da medida administrativa tem a medida coletiva que para os autores são:

Procedimentos e equipamentos utilizados e até mesmo projetados para a proteção de

um grupo de pessoas, a fim de realizar uma determinada tarefa ou qualquer atividade.

É importante salientar que essas medidas são de cunho coletivo, ou seja, visam a

segurança de diversos trabalhadores envolvidos numa mesma atividade de trabalho.

(BARSANO E BARBOSA, 2012, p. 122).

Esse tipo de equipamento visa manter a saúde e segurança de um determinado grupo

que estejam realizando alguma atividade em conjunto que possa causar algum dano à saúde de

tais trabalhadores.

Além dos equipamentos coletivos, existem também as medidas de proteção individual,

que são adotadas pelas empresas para conservar a saúde e segurança do colaborador em sua

atividade de serviço, tal medida visa a proteção de cada colaborador individual, sendo assim é

de uso obrigatório tais equipamentos.

Este passo deve ser constatado como o último passo, pois primeiro passo a ser analisado

deve ser o risco da atividade, dos quais o trabalhador deve ser protegido. Para os autores é

importante salientar que:

As medidas de proteção individual devem ser adotadas em último caso, após serem

esgotadas as outras medidas de proteção e mesmo assim, ainda persistir o risco acima

dos limites toleráveis de segurança, colocando em perigo a integridade física e

psíquica do trabalhador. (BARSANO E BARBOSA, 2012, p. 123).

Tais equipamentos são fornecidos gratuitamente pela empresa aos funcionários e só

podem ser utilizados se os mesmos tiverem o Certificado de Aprovação expedido pelo órgão

competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

Para que os colaboradores se sintam seguros no local de trabalho, além das medidas de

proteção e das medidas de segurança, devem ter em seu local de trabalho um ambiente limpo e

organizado.

As maquinas e equipamentos de trabalho devem ser adequados de acordo com a

atividade exercida, isto faz com que o trabalhador se sinta importante na organização,

aumentando assim sua autoestima e automaticamente sua produtividade, o contrário também é

verdadeiro.

62

As condições de trabalho visa estabelecer parâmetros que permitam o colaborador a se

adequar e adaptar ao local de trabalho, assim como os equipamentos deve ser adequado ao posto

de trabalho.

Barsano e Barbosa (2012, p. 199), esclarecem a importância sobre equipamentos de

trabalho, como a seguir: “[...] Todo equipamento que compõem um posto de trabalho devem

estar adequados às características psicológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho a ser

executado”.

Portanto todo equipamento deve estar de acordo com as atividades exercidas de forma que o

trabalhador se adeque da melhor maneira possível para executar suas atividades com êxito.

Assim como o equipamento a organização é de suma importância para que o trabalho

seja bem executado. Barsano e Barbosa destacam que:

A organização do trabalho deve ser adequada as características psicológicas dos

trabalhadores e a natureza do trabalho a ser executada. A organização do trabalho deve

levar em consideração no mínimo: as normas de produção, o modo operatório, a

exigência do tempo, a determinação do conteúdo do tempo, o ritmo de trabalho e o

conteúdo das tarefas. (BARSANO E BARBOSA, 2012, p. 123).

Sendo assim, nota-se a importância do local de trabalho ser mantido em um estado limpo

e higiênico, para que os colaboradores se desenvolvam mais e se sintam cada vez mais

valorizados pela organização. Tal valorização trará para a empresa um colaborador mais

satisfeito e automaticamente mais produtivo.

5.6.3 Métodos na análise de risco

As grandes empresas trabalham com uma serie de métodos para a eliminação e

minimização dos riscos. Tal tratamento serve para colocar mais segurança no local de trabalho

e prevenir cada vez mais a saúde e integridade do trabalhador.

Os métodos de avaliação de riscos estão divididos em grupos com características para serem

agrupados de acordo com o tipo e formato dos dados disponíveis pela organização.

O sucesso na realização da análise e avaliação dos riscos é resultado de um amplo e

detalhado mapeamento das ameaças e riscos, e da compreensão das consequências resultantes

da sua concretização.

Desta forma, fica claro a necessidade de se realizar o estudo dos riscos, através de

técnicas apropriadas.

63

Todos os dias antes dos colaboradores iniciarem suas atividades é realizado o DDS

(Diálogo Diário de Segurança), que serve para divulgar as medidas de prevenção de acidentes

de trabalho que deverão ser adotadas e mostrar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

Para Zocchio, esta ferramenta é de suma importância dentro das organizações, como a

seguir:

O DDS (Dialogo Diário de Segurança), é usado pelas organizações como ferramenta

de discursão e analise da segurança, a troca de informações e fatos que acontece, sendo

as outras organizações também mencionadas, a ferramenta é de fácil aplicação e pode

ser usada por qualquer pessoa que tenha a informação correta a se passar, esta reunião

tem uma duração média de 5 a 10 minutos. (ZOCCHIO, 1992, p. 197).

O DDS serve para mostrar ao colaborador como está seu local de trabalho antes mesmo

de começar a exercer suas atividades, nele se fala também de fatos ocorridos em outras

organizações em relação a risco e acidentes ocorridos, para que o trabalhador tenha mais

atenção ao manusear seus equipamentos ou maquinas de trabalho.

O mesmo autor ainda ressalta a importância de usar corretamente o EPI (Equipamento

de Proteção Individual) e que o mesmo serve para resguardar sua integridade física.

A função do EPI é neutralizar ou atenuar a ação de agente agressivo contra o corpo da

pessoa que usa. Portanto, os EPIs evitam lesões ou amenizam sua gravidade; também

protegem o corpo e o organismo contra os efeitos nocivos e lentos de substancias com

características tóxicas, alérgicas ou outras, das quais resultam em doenças

ocupacionais. (ZOCCHIO, 1992, p. 199).

O uso adequado deste equipamento de segurança deve partir das pessoas que

supervisionam seu uso, pois cabe a ele o papel de atingir com sucesso o uso adequado dos

mesmos.

Outra técnica de suma importância para as organizações é a APR (Análise Preliminar

de Risco), tal técnica consiste em estudar antecipadamente e detalhadamente todas as fazes do

trabalho, a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução.

Para Cardella, esta técnica serve para descrever o objeto em estudo, com o foco voltado

para a diminuição dos riscos.

APR (Análise Preliminar de Riscos), é uma técnica de identificação de perigos e

análise de riscos que consiste em identificar eventos perigosos, causas e

consequências e estabelecer medidas de controle. Preliminar, porque é utilizada como

primeira abordagem do objeto de estudo. Num grande número de casos é suficiente

para estabelecer medidas de controle de riscos. O objeto da APR, pode ser área,

sistema, procedimento, projeto ou atividade. O foco da APR são todos os perigos do

tipo evento perigoso ou indesejável. (CARDELLA, 2009, p. 133).

64

Tal técnica serve para a prevenção e minimização dos riscos, garantindo cada vez mais

a segurança do colaborador. Para a elaboração de uma APR, devem ser observados e relatados

todos os riscos do ambiente.

Para descobrir os riscos podemos usar como base o PPRA (Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais), de acordo com a Norma Regulamentadora (NR )9 esta norma tem como

objetivo:

Estabelecer a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos

empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do PPRA,

visando a prevenção da saúde e da integridade dos trabalhadores através da

antecipação, reconhecimento, avaliação e consequentemente controle da ocorrência

de riscos ambientais existentes ou que venha a existir no ambiente de trabalho, tendo

em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. (NORMAS

REGULAMENTADORAS, 2007, p. 93).

As grandes organizações trabalham o Programa de Gerenciamento de Riscos, que ainda

nas Normas Técnicas, esta ferramenta é de suma importância para a organização:

O Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), é uma ferramenta de análise de

riscos, sua aplicação é por meio de uma auditoria da área onde seu principal objetivo

é prevenir a ocorrência de acidentes e danos ao meio ambiente, o levantamento das

informações é a fase onde se identifica como está a segurança e saúde do trabalho na

empresa. Para que esta ferramenta tenha eficiência e política da organização tem que

coincidir com seus objetivos, partindo do nível mais alto até o chão de fábrica.

(NORMAS REGULAMENTADORAS, 2007, p. 95).

A junção destas ferramentas citadas acima, tem como se evitar e minimizar cada vez

mais os acidentes ocorridos dentro das organizações, tais ferramentas, serve para a constatação

de um acidente de trabalho tudo aquilo que contribui direta ou indiretamente para a ocorrência

de um acidente, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, sendo de leve ou grande

resultado.

Nos locais de trabalho, o trabalhador consegue prever o risco, mas muitas das vezes ele

é ignorado pelo mesmo para adiantar o processo de produção, tal ato, pode a vir causar um

acidente ou incidentes graves, como na figura a seguir:

65

FIGURA 3 - CAPOTAMENTO DE CAMINHÃO

Fonte: Kinross, 2009.

Tal acidente aconteceu devido o colaborador não estar ao máximo atento com sua

atividade, aonde o mesmo veio a subir em uma leira de segurança, ocorrendo assim o

capotamento do caminhão.

5.6.4 Normas e Tratamentos relacionados a Risco

Quando se fala de identificação de riscos, observa-se que ele deve ocorrer através do

processo de análise, de forma a estabelecer um plano de ação eficaz para o processo.

A partir de sua identificação, o tratamento passa a fornecer novos controles e visa

modificar os existentes para que isto não ocorra.

Assim sendo, os riscos podem ser evitados, isto dependerá do colaborador, que ao prever

o risco avisa ao supervisor para o mesmo tomar as decisões cabíveis, encontrando assim um

plano de ação eficaz.

O Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) têm como principal

objetivo estabelecer diretrizes sobre a preservação da saúde e quais diretrizes devem ser

seguidas para referentes aos riscos que os colaboradores estão expostos, perante as atividades

desenvolvidas.

66

Esta norma Regulamentadora NR-7, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação por parte de todos os empregadores e instituições do PCMSO, com o

objetivo de promoção da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. (NORMA

REGULAMENTADORA, 2007, p. 79).

A Norma Regulamentadora, NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mina, define

que forma e estrutura as empresas ao exercerem atividades na operação de lavra no campo da

mineração, ela serve para determinar tudo aquilo que tem que ser instalado e como deve agir

para que a operação seja a mais segura possível.

A NR-22 (SSOM), NR-7(PCMSO) e a NR-9(PPRA), servem para se complementarem,

de forma a elaborarem medidas de controle em prol de um único objetivo, a segurança e

integridade do trabalhador. Elas servem para analisar e identificar as reais condições de trabalho

que o colaborador está exposto, visando prevenir o meio ambiente e controlar os riscos

ocupacionais.

5.7 O papel do Líder

Nos dias atuais liderar pessoas é um desafio muito grande nas empresas, tanto para quem

lidera como para quem é liderado. Este é um tema ao qual diariamente precisa ser trabalhado.

Embora exista uma literatura ampla sobre isto, sabemos que este assunto somente aprendeu

com a prática, humildade, paciência e muita determinação.

Slater destaca que:

No passado, a tarefa do gerente era assumir compromissos e manter a ordem, o que

criava um clima propício ao comodismo. Os líderes do futuro, ao contrário, levantam

questões, debatem-nas, resolvem-nas. Eles não têm medo de ir contra a corrente hoje,

pois sabem que seu compromisso é com o amanhã. Eles trabalham com uma visão de

como a empresa poderá vir a ser no futuro. (SLATER, 1999, p. 1).

Desta forma, nota-se a importância do líder, dentro das organizações, onde eles visão

cada vez mais a melhoria para com a empresa e com os colaboradores. Sabe-se que liderar é

uma questão complexa, mas não podemos dizer que ser liderado é menos complexo.

O liderado deve também buscar a sua realização, o seu crescimento e a capacitação

constante.

Para Schermerhorn, liderança se define da seguinte maneira:

Em gestão, liderança é o processo de elevar o entusiasmo das pessoas para o trabalho

e inspirá-las a cumprir os planos e atingir os objetivos. Por meio da liderança os

gerentes criam comprometimento para com uma mesma visão, encorajam atividades

67

que dão suporte as metas e influenciam outros a executar o melhor trabalho para o

bem da organização. (SCHERMERHORN, 2011, p. 17).

O grande líder é aquele que pode contar com uma grande equipe. Diante deste exposto,

sabemos que o líder é a pessoa que busca entender sua equipe de forma a transformá-la em uma

equipe altamente capacitada para a melhoria constante da organização, podendo assim confiar

que a equipe está pronta para exercer suas atividades perante sua tomada de decisão.

Slater, nos mostra que:

A arte de gerenciar e liderar se reduz a uma questão muito simples, que é determinar

e enfrentar a realidade das pessoas, situações, produtos e em seguida atuar com

objetividade e rapidez nessa realidade. Gerenciar se resume em definir e agir, nada de

esperar o próximo plano, nada se repensar o que aconteceu. Temos que agir,

estabelecer metas e agir. (SLATER, 1999, p. 19).

O grande líder é aquele que desenvolve talentos em suas atividades profissionais,

capacitados a assumir desafios em suas decisões, responsáveis pelas suas realizações e

preparados para assumir as consequências dos seus atos.

Um bom líder busca compreender a real situação dos liderados para a melhor tomada

de decisão de forma a desenvolver pessoas para que cada vez mais estas assumam riscos e

possam inovar em suas atividades profissionais, realizando trabalhos de qualidade.

Para Gomes, Gomes e Almeida, a tomada de decisão se dá da seguinte maneira:

A tomada de decisão é um esforço para tentar resolver problemas de objetivos

conflitantes, cuja presença impede a existência da solução ótima e conduz à procura

do melhor compromisso. Com objetivos que ajudam a determinar quais informações

devem ser obtidas, permitindo justificar decisões perante os outros, estabelecendo a

importância de uma escolha e permitindo estabelecer o tempo e o esforço necessário

para cumprir uma tarefa. (GOMES, L.; GOMES, C. E ALMEIDA, 2009, p. 2).

A tomada de decisão requer uma serie de conjuntos relacionados ao trabalho de acordo

com sua composição.

A decisão deve ser tomada quando uma ou mais oportunidade ou problema existe, em

prol de seu melhoramento para a organização.

Ela não é uma tarefa muito fácil, pois com ela é preciso de uma série de informações,

atribuir de forma clara a importância destas informações para a busca de alternativas de solução

do problema.

Para Schermerhorn, o processo gerencial se dá como a seguir:

68

O ponto mais alto da função de todo gerente está em conseguir ajudar uma

organização a atingir um desempenho elevado com a melhor utilização de seus

recursos humanos e materiais. Se a produtividade na forma de níveis elevados de

eficiência e eficácia de desempenho for uma medida de sucesso organizacional, os

gerentes são os principais responsáveis por isso. É tarefa de eles mobilizarem

tecnologia e talento na criação ambiente nos quais as pessoas trabalhem com afinco e

desempenhem ao máximo suas habilidades. (SCHERMERHORN, 2011, p. 15).

O papel do líder é fundamental importância no gerenciamento do capital humano e é

por esse motivo que existe uma expectativa muito grande quanto ao desempenho desse

profissional diante de seus liderados.

O mesmo autor ressalta que a função do gestor é reconhecer uma série de fatores, tais

como:

Os gerentes devem ter a capacidade de reconhecer problemas e oportunidades de

desempenho, tomar decisões acertadas e adotar ações adequadas. Eles fazem isto por

meio de um processo de gestão, planejando, organizando, liderando e controlando o

uso dos recursos para atingir as metas de desempenho. (SCHERMERHORN, 2011, p.

15).

Sendo assim, um bom líder, é aquele que consegue bons resultados, através do

desempenho de sua equipe, incentivando o crescimento e preservando a harmonia e o bem estar

do grupo dentro da organização.

O papel decisório na organização visa a eficácia e eficiência das tomadas de decisão,

em função de várias informações cedidas pela organização, de forma a avaliar a decisão a ser

tomada em um ambiente de incertezas.

Para Gomes, Gomes e Almeida, o processo de decisão deve passar por uma análise e

identificação do problema, como a seguir:

A situação e o ambiente onde o problema está inserido, devem ser claramente

identificados por meio de levantamento de informações para que se possa chegar a

uma decisão segura e precisa. Para isto devemos fazer um rigoroso levantamento das

informações. (GOMES, L.; GOMES, C. E ALMEIDA, 2009, p. 23).

Quanto mais informações o gestor tiver em relação ao problema, mais seguro e preciso

ele será perante a tomada de decisão.

Analisando o problema, planejando com várias alternativas para a melhor tomada de

decisão. Como na figura a seguir:

69

QUADRO 13 – O PROCESSO DECISÓRIO NAS ORGANIZAÇÕES

Fonte: PORTAL ADMINISTRAÇÃO..., 2014

O processo decisório deve seguir uma linha de alternativas com vantagens e

desvantagens de cada alternativa, para a melhor tomada de decisão, sendo esta a mais precisa e

mais eficaz para a organização.

Uma vez identificada o gestor deve buscar da melhor maneira possível que solucione o

problema, fazendo assim uma previsão de metas possíveis com um tempo estimulado para a

execução e solução do problema, traçando o melhor objetivo e buscando sempre a melhor opção

para que o problema seja solucionado com eficiência.

5.7.1 Relacionamento Interpessoal

Para que a organização sobreviva e desenvolva no mercado, ela precisa de pessoas, estas

pessoas são as peças mais importantes da organização, pois são elas que fazem o processo

acontecer. Para que o desenvolvimento aconteça da melhor maneira possível, o convívio entre

as pessoas deve ser acolhedor, tal convívio se dá nas relações interpessoais.

Este relacionamento é um dos papeis mais importantes que a organização deve pregar,

pelo fato de que o colaborador passa uma boa parte do dia no local de trabalho e quando se tem

70

união no serviço, a produção aumenta o os colaboradores buscam o mesmo objetivo proposto

pela empresa.

Para comprovar que o relacionamento é de suma importância, tem-se o relacionamento

das relações humanas, que serve para tentar descobrir os fatores existentes tantos os sociais

como os psicológicos serem mais eficientes. Com estes fatores que se teve a experiência de

Hawthorne, os pesquisadores mostravam que a preocupação dos gestores fazia a produtividade

aumentar gradativamente, como citado por Storner e Freeman:

A supervisão simpática havia reforçado havia reforçado a motivação, os empregados

trabalhariam mais caso acreditassem que a administração estava preocupada com seu

bem estar e que os supervisores prestavam atenção especial a eles. (STORNER E

FREEMAN, 2012, p. 31).

Desta forma nota-se que as pessoas têm certa necessidade de serem vistas dentro da

organização e precisa de no miminho de condições adequadas de serviço para poder exercer

bem suas atividades.

Apesar de saber que a convivência deve ser a melhor possível, sabe-se ao certo que

adaptar-se a essa realidade não é tão simples assim, pois o relacionamento interpessoal por si é

conflitante, isto se dá pelo fato de que as pessoas são diferentes e tem personalidades diferentes.

Nos dias atuais as grandes empresas vêm trabalhando este conceito para melhorar o convívio

entre as pessoas na organização, tornando assim o local de trabalho mais agradável a todos.

Sabe-se que a personalidade tem uma série de fatores que envolvem as pessoas, como

por exemplo, aspectos afetivos, intelectuais, cultural, entre outros. A cultura é um fator de suma

importância, pois ela traz consigo valores e crenças que a pessoa traz desde que nasceu, de

acordo com aquilo que ela preza e aprendeu de seus antepassados. Para Kanaane, em relação a

cultura se deve considerar:

Há de se considerarem as influências da cultura tanto em seu aspecto social, quanto

nas condições estabelecidas pela própria organização, com fator fundamental na

determinação as concepções sobre o trabalho. É neste momento que fica ressaltada a

importância da Antropologia nas organizações, que propicia a compreensão daquilo

que se conhece por cultura organizacional. (KANAANE, 1999, p. 99).

O autor acredita que a convivência no ambiente de trabalho faz com que os

colaboradores venham a se adaptar com o clima por ela estabelecido. Por isto avaliar a cultura

do colaborador é sempre importante para seu melhor desenvolvimento no trabalho.

71

Toda empresa depende do desempenho do colaborador para chegar ao sucesso, por isto

deve-se desenvolver e estudar cada vez mais uma forma de como o ser humano deve atuar no

mercado. Desta forma, a gestão de pessoas deve estar cada vez mais presente, pois é o gestor

que orienta e gere o comportamento do colaborador na organização.

Cada empresa trabalha de uma forma sua gestão, pois esta área além de ser sensível para

quem gere, depende também de uma série de fatores existentes em cada organização.

Para Tachizawa, o modelo de gestão tem variáveis importantes em relação ao

relacionamento interpessoal na organização:

O modelo de gestão da organização tenderá a pautar-se por valores, e não por regras

e papéis, enfatizando-se o aprendizado e os aperfeiçoamentos continuo. A

organização assimilará conceitos como sistema flexíveis e procedimentos adaptativos,

ampla delegação no processo de tomada de decisão, múltiplos fluxos no processo de

comunicação em todas as direções com base nas tecnologias da informação, recursos

humanos de múltiplas habilidades cumprindo tarefas variáveis autodefinidas e quase

sempre autocontroladas. (TACHIZAWA, 2001, p. 25).

Este contexto se dá pelo fato de que as organizações buscam um grau de excelência na

gestão para com seus colaboradores, buscando assim o melhoramento de cada um perante seu

papel dentro da empresa.

Existem fatores que devem ser levados em consideração para que o colaborador exerça

sua atividade da melhor maneira possível. Tais fatores como, por exemplo, criatividade,

motivação, capacitação, entre outros, devem ser considerados. Para Tachizawa, as pessoas dão

personalidade própria a empresa:

No que se refere a pessoas e talentos, há que levar em conta certas novidades como

autocontrole, auto avaliação e constante capacitação interna num ambiente

generalista. Registra-se ainda, a perspectiva de evolução da mão de obra, tendo como

valores centrais o capital humano, competência, motivação, criatividade, trabalho em

grupo, adaptabilidade a mudanças e alto grau de compromisso. (TACHIZAWA,

2001, p. 26).

Para o autor são as pessoas que geram e fortalecem cada vez mais a organização, fazendo

com que a mesma se destaque no mercado cada vez mais. O bom relacionamento entre as

pessoas dentro da organização pode vir a evitar conflitos. Elas devem a aprender a controlar

seus sentimentos e comportamentos, de forma a se relacionarem da melhor maneira possível

com os colegas de trabalho.

Sabe-se que nem sempre acontece assim, pelo fato de se ter alguma rincha, ciúmes que

venham a com prometer o relacionamento, sendo ele muito das vezes de forma irônica e

72

individualista. Tal comportamento gera cada vez mais dificuldade de relacionamento entre os

grupos. Para Jung, harmonia é um grande fator nas empresas, ele destaca que:

No ambiente de trabalho o que predomina e o que deve avaliar são as condições para

uma verdadeira harmonia entre o homem e o trabalho, e vice versa. Identificando o

real motivo e o propósito de um relacionamento caminhará se para um processo

evolutivo para alcançar com êxito um bom relacionamento com os colegas de

trabalho. (JUNG, 2002, p. 105).

A relação entre as pessoas se dá a partir do momento que os deveres e obrigações forem

cumpridos dentro das organizações fazendo com que elas tenham uma relação harmônica entre

si. Estudar as pessoas é de suma importância para a organização, pois são elas que fazem o

processo acontecer e quanto mais o relacionamento interpessoal for harmônico e satisfatório no

local de trabalho, mais produtivo será o colaborador.

73

6. Estudo de Caso

Dentre os objetivos propostos que vem a ser a análise do ambiente de trabalho, que tem

como atividade econômica a extração de minério verificando assim os motivos que expliquem

os índices de acidentes ocorrentes na operação de lavra a céu aberto, tal estudo servirá para

entender este processo e quais as causas nele encontradas para que tais acidentes continuem

acontecendo. Acidente do trabalho é a causa, o evento indesejado, inesperado, que se tem como

característica principal a provocação de alguma lesão ou perturbação no trabalhador. Para

Barsano e Barbosa, acidente do trabalho se dá como a seguir:

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício de trabalho a serviço da empresa,

provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou

a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. (BOSANO E

BARBOSA, 2012, p. 63).

Os acidentes não acontecem por acaso, por isto a atenção em todas as áreas que se

trabalha é de suma importância para evitar acidentes e proteger a saúde e integridade física do

trabalhador. Quanto mais redução de acidentes houver dentro da organização, mais qualidade

de vida o colaborador terá perante sua atividade de trabalho.

Cardella, ressalta que:

A redução de acidentes é um dos mais fortes desafios à inteligência do homem. Muito

trabalho físico e mental e grandes somas de recursos tem sido aplicado em prevenção,

mas os acidentes continuam ocorrendo, desafiando permanentemente todos esses

esforços. (CARDELLA, 2009, p. 23).

Para que os acidentes diminuam é preciso uma série de fatores, as grandes empresas já

contam com vários tipos de prevenções, normas e requisitos para a minimização dos acidentes,

como por exemplo: Serviço de engenharia e medicina do trabalho, Comissão Interna de

Prevenção de Acidentes, Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho na Mineração,

que são tratados especificamente por profissionais qualificados. Tais profissionais procuram

cada vez mais melhorar o quadro com avanços tecnológicos para que se possa chegar a obter o

tão esperado acidente zero dentro das organizações. Cardella, ainda ressalta que:

O homem cria condições altamente perigosas ao introduzir avanços tecnológicos

proporcionados pela visão cartesiana (elevadas velocidades, temperaturas, pressões,

etc.), e no controle dos riscos utiliza em demasia consciente ou inconsciente

instrumento subjetivo, como “torcer para dar certo” e explicações como do tipo “foi

fatalidade”, “deu azar”. (CARDELLA, 2009, p. 25).

74

Para que a diminuição de acidentes aconteça, não se pode esperar semente da empresa,

os colaboradores de cada área precisam estar atentos para exercer suas atividades com

segurança, observando ao seu redor tudo o que estiver fora do esperado, dirigindo ao supervisor

sempre que estiver dúvidas de como proceder em determinada situação.

6.1 A história da Mineração

Desde os primórdios, até os dias atuais, a mineração tem sido de suma importância para

humanidade. Para Hartman e Mutmansky, citado por Curi “[...] A mineração em sua forma mais

simples surgiu há mais de 450 mil anos, na era Paleolítica. A mineração evoluiu a partir da

idade da pedra e pode ser considerada como a segunda atividade industrial mais antiga da

humanidade” (CURI, 2014, p.9).

A história da Mineração é recorrente desde a chegada dos portugueses no Brasil até os

dias atuais, tal processo aconteceu desde que tal atividade era conhecida como garimpo,

destinado como serviço clandestino.

Para uma melhor explicação relativa a mineração no Brasil, nota-se que ela aconteceu com a

chegada dos portugueses à Proclamação da República.

Aí outras civilizações chegaram, com fome de sangue, de ouro, de terra e de todas

suas riquezas, trazendo em uma mão a cruz e na outra a espada. Sem conhecer ou

querer aprender os costumes de nossos povos. Roubaram nossas terras e nos levaram

para longe delas, transformando em escravos os “filhos do sol”. (SCLIAR, 1996,

p.55).

A descoberta no Brasil insere diretamente devido aos portugueses comprar ouro

diretamente dos nativos, onde Portugal representava um gigantesco polo comercial, sendo

assim a preocupação de Portugal aumenta cada vez mais em se tratando das riquezas minerais.

Os portugueses chegaram ao Brasil em busca de civilizações que conheciam a localização e os

métodos de lavrar as minas e beneficiar os minérios.

Os portugueses buscavam sempre metais preciosos para melhores e maiores riquezas.

José Anchieta foi quem deu as primeiras notícias referentes ao minério de ferro em 1554 de

acordo com Scliar.

A produção de minério de ferro em escala comercial, iniciou com Afonso Sardinha

Filho, que construiu duas forjas catalãs, em Araiçoaba, perto de Sorocaba. O minério

era lavrado em uma mina descoberta alguns anos antes por seu pai. A fábrica de

Araiçoaba funcionou bem até 1629, quando morreu Sardinha, declinando a partir

dessa data. (SCLIAR, 1996, p. 59).

75

De acordo com Scliar, as primeiras descobertas de minas de ouro no Brasil aconteceram

em Minas Gerais, mas também foram encontrados depósitos de ouro em Goiás, Mato Grosso e

Bahia. Além do ouro em torno de 1730 foram descobertas Minas de Diamante em Diamantina,

Minas Gerais, o que fez o Brasil se ser o mais importante neste aspecto.

Sílvio Fróes, citado por Scliar, descreve que “[...] o ciclo do ouro cumpriu um

importante papel na acumulação primitiva de riquezas que foi em torno de 840 toneladas o que

na época significava 2/3 da produção mundial”. (FRÓES apud SCLIAR, 2006, p. 61).

Figueiredo destaca que:

O ouro ocupa uma posição de relevo na indústria mineral em todo o mundo, o Brasil

que já foi o maior produtor de ouro do mundo durante o período colonial, voltou nas

últimas décadas a ocupar uma posição de destaque entre os maiores produtores

mundiais e está entre os países de maior potencial para a descoberta de novas jazidas.

(FIGUEIREDO, 2000, p. 143).

Com a grande descoberta e fervor causado pelo ouro, Oliveira nos mostra que:

Durante o fervor do ouro, a operação de lavra era realizada em aluviões e a mão de

obra era escrava, pois eles não tinham conhecimento e técnicas para a extração e lavra

do ouro, por isso o minério era extraído apenas superficialmente, onde o ouro

encontrava em estado livre, facilitando assim seu beneficiamento. (OLIVEIRA, 1937,

p. 29)

Desta forma nota-se que quando se descobriu o ouro, o mesmo era retirado de uma

maneira simples, nas superfícies dos terrenos. A extração mineral tem como objetivo maximizar

sua riqueza futura visando o aproveitamento econômico de seus recursos naturais. Curi destaca

que:

Um projeto de mina, é o conjunto de estudos necessários a implantação de uma mina.

Tais estudos requerem uma ampla variedade de conhecimentos e técnicas e abrange

diversas especialidades da Engenharia, que são complementares. Assim o sucesso de

um projeto de mina estará sempre fortemente dependente da correção de que os

diversos estudos pertinentes forem convenientemente executados e inter-

relacionados. (CURI, 2014, p. 15).

Curi, ainda destaca que “[...] os minérios são constituídos por um ou mais minerais ou

rochas, que sob condições favoráveis, podem ser trabalhados comercialmente, possibilitando a

extração mineral de um ou mais metais”. (CURI, 2014, p. 16). Desta forma nota-se que na

76

operação de lavra, os minerais podem ser economicamente aproveitados, sempre havendo em

tal operação mais de uma riqueza a ser explorada.

Curi ressalta que: “[...] a lavra representa um conjunto de trabalhos que possibilitam a

sempre desejável exploração econômica, segura e ambientalmente sustentável do minério”

(CURI, 2014, p. 17). Para que uma mina seja explorada, ela conta com o apoio de toda uma

equipe, ou seja, parte integrante de uma infraestrutura de apoio da produção, onde se faz um

estudo para saber a viabilidade da reserva mineral, cuja jazida deve ser exaurida para que a

extração mineral aconteça.

Desta forma, Curi destaca que:

No caso de projetos de lavra de minas a céu aberto, especificamente, a determinação

das curvas de parametrização da reserva mineral está no centro do alvo a se atingir,

pois elas possibilitam quantificar e sequenciar o minério a ser lavrado durante a fase

de produção da mina. (CURI, 2014, p. 28).

A operação de lavra em seu setor de mineração se divide em carregamento e transporte,

infraestrutura, perfuração e desmonte. Para que a operação de lavra aconteça é necessário um

planejamento da lavra e sua viabilidade, considerando os aspectos econômicos, legais,

tecnológicos e ambientais.

Nas últimas décadas a mineração vem sendo uma das principais fontes de renda das

famílias, sendo assim um dos setores básicos da economia. Existem dois tipos de operação de

lavra. Mina a céu aberto e mina subterrânea. No estudo em questão será priorizada a operação

de lavra em mina a céu aberto. A lavra de céu aberto possui uma estrutura côncava como um

funil e as paredes de cada andar são chamadas de taludes.

6.2 A Kinross

A Kinross Gold Corporation, é uma empresa global, com sede situada no Canadá com

presença no Brasil, Chile, Equador, Estados Unidos, Ghana, Mauritânia e Rússia.

A empresa investe permanentemente em tecnologias de extração do ouro que viabilizam as

operações em Paracatu, assegurando níveis médios de produção até 75 milhões

toneladas/ano. A Mina Morro do Ouro está situada na Rod BR 040 – KM 36,5 S/N, Paracatu,

Minas Gerais. A seis km da cidade. Todo o processo é monitorado de acordo com os mais altos

padrões de segurança e qualidade de vida do colaborador incluindo a utilização de insumos

importantes para o processo.

77

A Kinross Paracatu é certificada e observa as determinações e práticas previstas para

transporte, manuseio, tratamento e destinação final do produto, incluindo ainda dos resíduos

gerados. Por volta de 1987, a Mina Morro do Ouro começou a ser explorada, inicialmente

conhecida como Rio Paracatu Mineração (RPM), a empresa foi desenvolvida juntamente com

Autram Mineração e a Rio Tinto, que foi a última empresa a exercer suas operações antes da

Kinross.

Em 1996 a lavra era concentrada em minério oxidado, mais macio. Em 1997 a Lavra do

minério sulfetado, mais duro e em 2002 houve a necessidade de expansão para dar sobrevida à

RPM. Em 2005 a Kinross Gold, passou a ter total responsabilidade pelas operações realizadas

da extração do ouro, comprando assim a propriedade para dar continuidade a tal atividade.

A Kinross é o maior produtor de ouro no Brasil, responsável por 25% da produção

nacional com operação de lavra na Mina Morro do Ouro, localizada em Paracatu no noroeste

Mineiro, tem uma vida útil estimada até 2030. O seu movimento anual de minério é de 73Mton,

tem um mercado de exportação equivalente a 100% comercializado. Sua produção anual chega

aproximadamente a 514 M/koz, suas reservas e recursos equivalem a 17,38 Moz de ouro, com

um teor médio de 0,4 gramas de ouro por tonelada de minério.

O processo produtivo da Kinross, se dá da seguinte maneira:

QUADRO 14 – PROCESSO PRODUTIVO

Fonte: Jornal Interno Kinross, 2009.

78

A Kinross em Paracatu, tem suas operações certificadas pelos padrões ISO 14001 da

Organização Internacional de Padrões, SA8000 da Social Accountability International

(Contabilidade Social Internacional), OHSAS18001 do Occupational Health and Safety

Advisory Service (Conselho de Serviço de Saúde e Segurança Ocupacional), entre outros

prêmios e certificações.

Juntamente com processo produtivo se tem a geologia da mina, como a seguir:

QUADRO 15 – GEOLOGIA DA MINA EM SEU PROCESSO MINERAL

Fonte: Jornal Interno Kinross, 2009.

A Kinross, tem em seu histórico de produção 400.000.000t de minério lavrado, 0,45g/t

de teor de Au, (Ouro) 5.000.000 oz de sondagem, 92.500 metros perfurados (sendo 52.000 nos

últimos 4 anos) e uma vida útil estimada de 30 anos. A lavra de Mina acontece com a escavação

e carregamento, compostas da seguinte maneira: 2 escavadeiras elétricas a cabo, sendo elas a

Mutamba e Barriguda, que fazem o carregamento da frota de caminhões CAT 793, com carga

máxima de 90 toneladas.

79

FIRURA 4 – CARREGAMENTO SHOVEL

Fonte: Fotografia do autor.

O carregamento é feito por carregadeiras sob Pneus a diesel, no modelo CAT. 994 que

carregam a frota de 15 caminhões CAT.793, com carga máxima da caçamba de 35ton com

250ton cada caminhão, chegando a uma velocidade de 60 Km/h.

Esses caminhões são destinados ao transporte de estéril (Material não minério) e

transporte de minério, onde é alimentado a britagem da planta 02.

FIGURA 5 – CARREGAMENTO PÁ MECÂNICA 994

Fonte: Fotografia do autor.

80

Para que a extração do minério aconteça, a empresa passa por uma série de técnicas de

controle. Começando pelo desmonte de rochas, que é feito 1 vez ao dia, constituída de tubo

plástico com presença de gás deflagrador. Em seguida e feito o tamponamento específico, que

é o confinamento dos gases originados durante a detonação, com a utilização de brita nos furos

em locais aonde não se utiliza carga explosiva, tem auxílio no controle da pressão acústica,

quando se aumenta o tempo de residência durante a detonação, ocasionado pelo aprisionamento

dos gases em fração de milésimos de segundos.

Em seguida é confeccionado o Smut que é a utilização de cortes primários no maciço

rochoso, a fim de minimizar a propagação do deslocamento das ondas. Também é feito o

monitoramento da direção do vento e poeira, onde se tem instalação de 4 birutas dentro da mina,

com o intuito de monitorar a direção do vento antes da detonação evitando a incidência de

poeira na comunidade, juntamente deste procedimento são feitos procedimentos internos, que

metiga-se a geração de poeira com umidificação prévia da área ser detonada. É procedimento

interno que as detonações não poderão ocorrer sem o registro da direção do vento.

A empresa também consta com o serviço de monitoramento da vibração, este

monitoramento é interno diário da Kinross feitos em pontos internos na comunidade, tais

medições são feitas diariamente pelos monitores.

FIGURA 6 – REUNIOES E MEDIÇÕES

Fonte: Jornal Interno Kinross, 2009.

A empresa tem como principal objetivo pessoas em primeiro lugar, por isto ela

implantou um plano de carreira operacional, para favorecer o crescimento profissional dos

operadores, como a seguir:

81

QUADRO 16 – PLANO DE CARREIRA

Fonte: Jornal Interno Kinross, 2009.

6.3 Tipos de Pesquisa

A metodologia que vem a ser a aplicação de métodos e técnicas serve para o

levantamento e construção de um conhecimento com a intenção de provar sua validade. Para

Marconi e Lakatos (2010, p. 204), “[...] a especificação da metodologia da pesquisa, é a que

abrange maior número de itens”, sendo assim, quanto mais caminho percorrer em busca de

alcançar algum fim, mais conhecimento irá agregar ao estudo realizado, obtendo informações

claras para se chegar ao objetivo desejado.

O objetivo de método é buscar um contexto, norteando o trabalho no sentido de ordenar

os procedimentos existentes, sendo assim Gil (2011, p. 08) relata que método científico “[...] é

o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para atingir o conhecimento”, Gil

(2011) ainda diz que a pesquisa básica busca em seu contexto a integração de métodos,

satisfazendo toda a verdade e almejando o objetivo esperado.

Devido à característica do referente estudo, se trata de uma pesquisa básica, onde serão

realizados levantamentos sobre o problema de acidentes em mina de céu aberto, tal pesquisa

tem como objetivo identificar e analisar os riscos na extração do ouro em uma mineradora no

município de Paracatu – MG.

Para obter bons resultados a pesquisa começa com o levantamento de dados da questão

do problema em estudo, ela pode ser dividida em alguns tipos, segundo Marconi e Lakatos

82

(2010, p.170), “[...] a pesquisa pode ser explicativa, descritiva e exploratória, já que os

procedimentos técnicos têm vários meios de adquirir conhecimento necessário, sendo

documental, bibliográfico, de campo e outros”.

Este estudo em questão trata-se de uma pesquisa de campo, feita com 180 operadores,

que são divididos por quatro turnos existentes na empresa, contendo cada turno 45 operadores

em cada turno.

Pesquisa de campo é aquela utilizada com objetivo de conseguir informações ou

conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de

uma hipótese, que se queira comprovar, ou ainda de descobrir novos fenômenos ou as

relações entre eles. (MARCONI e LAKATOS, 2010, p. 169).

Também nota-se ser uma pesquisa exploratória, que de acordo com Gil (2011, p. 27)

“[...]o primeiro passo para o pesquisador é que ele levante um tema a ser estudado, estas são as

que apresentam menor rigidez no planejamento, podendo ser feita de várias maneiras,

documental, bibliográfica, entrevista não padronizada e estudo de caso”.

Entende-se também a importância de ser uma pesquisa descritiva, onde Roesch (2009,

p.137) ressalta que tal pesquisa “[...] tem como objetivo relatar o tema em estudo, obtendo

informação sobre uma população, de forma a descobrir com qual frequência os fatos estão

ocorrendo”. Refere-se a pesquisa explicativa “[...] um estudo onde seu principal objetivo é

identificar as variáveis que contribuem para a ocorrência de um fenômeno, identificando-os e

comparando com os fatores do método experimental”. (MARCONE; LAKATOS, 2011, p.169).

De acordo com Staw, segundo Roesch, (2009, p. 131) “[...] uma pesquisa quantitativa é

apropriada para avaliar mudanças em grandes organizações, pois seu objetivo é o uso de dados

estatísticos para quantificar suas informações”. Partindo de uma contextualização, toda

pesquisa tem métodos e técnicas para levantar as informações que serão usadas no desenvolver

do trabalho, por isto deve-se ter uma autenticidade na pesquisa diante dos métodos utilizados.

6.4 Instrumentação de pesquisa

Foi realizada uma pesquisa através de um questionário fechado, na empresa Kinross,

que tem como objetivo identificar e analisar os riscos existentes na extração do ouro. Tal

pesquisa foi realizada em 4 letras contendo 45 operadores por turma, para saber porque os

acidentes vêm acontecendo, mesmo com os grandes recursos que a empresa oferece, alinhado

ao treinamento e tecnologia. Todas as turmas possuem um supervisor que coordenam as

operações de lavra.

83

Para que a pesquisa tivesse um direcionamento, foi entregue a cada supervisor para que

seus colaboradores respondessem com maior exatidão a pesquisa.

Os questionários foram entregues ao supervisor da letra A no dia 6 de outubro onde o

mesmo retornou com o questionário no dia 9 de outubro, a turma B foi entregue no dia 8 de

outubro com o retorno no dia 10 de outubro, a turma C foi entregue no dia 8 de outubro com o

retorno do dia 14 de outubro e a turma D foi entregue no dia 7 com o retorno no dia 13 de

outubro.Os questionários foram repassados aos colaboradores no período de seu trabalho, com

data estabelecida de dois dias para a entrega.

Ao término de todos os questionários respondidos foram entregues aos supervisores. A

margem de questionário respondida foi de 159 de 180 operadores, pois neste período tinha

funcionários de férias e afastados. O questionário foi realizado com 16 questões fechadas, sendo

elas avaliadas de acordo com a seguinte escala que foi adaptada pelo modelo Likert.

Para Samara e Borges (1997) a escala de Likert, se resume da seguinte maneira, “[...] o

respondente indica o grau de concordância ou discordância de acordo com as variáveis e

atitudes relacionadas ao objeto”. (SAMARA, BORGES, 1997, p. 58). Sendo assim o

questionário se dá através das respostas obtidas pelos colaboradores da empresa. Foram

entrevistados 159 operadores de 180 no total, sendo que 6 estão afastados e 15 estão de férias,

como descrito no quadro a seguir:

QUADRO 17 - OERADORES POR LETRA

TURMAS A B C D TOTAL

Respondente 39 43 41 36 159

Férias 4 2 4 5 15

Afastado 2 0 0 4 6

Total de funcionários 45 45 45 45 180

Fonte: Adaptado pelo autor

6.5 Coleta e análise de dados

Para obter bons resultados sobre a pesquisa, ela começa com o levantamento de dados

do problema, em um primeiro momento foi feito o estudo com levantamento de dados na

própria empresa, em livros e artigos sobre o tema em questão, como principal fonte foi feito um

84

estudo de campo com observação direta, para melhor obter dados necessários da atividade

operacional da extração do ouro que zela pela segurança em primeiro lugar.

É na coleta de dados que se cria condições reais do ambiente, com ela que será possível

agregar ideias do estudo para melhores informações sobre os problemas encontrados.

Foram utilizados programas como Word e Excel para melhor qualidade e resultado da

pesquisa, onde as respostas foram tabuladas e aplicadas aos gráficos para melhor entendimento.

De acordo com o questionário foi feito a pesquisa em 4 letras e tabuladas por cada letra

individual e ao final feito o acumulado da junção de todas as letras.

Será mostrado um paralelo em relação das letras para melhor entendimento, como a

seguir:

GRÁFICO 1 - OPERADORES A GRÁFICO 2 – TODOS OPERADORES

Fonte: Adaptado pelo autor Fonte: Adaptado pelo autor

Percebe-se na análise do gráfico sobre remuneração que a turma da letra A destoa da

maioria dos funcionários. Enquanto na análise do acumulado consolidada nota-se uma

insatisfação quanto ao salário na ordem de 24%, na análise individual da turma A sobe para

31%. A insatisfação quanto à remuneração pode levar os funcionários a um estado de

desmotivação, tornando-o mais desatento em suas atividades. Tal fato proporciona aumento nas

chances de um acidente ou quase acidente.

Na letra B será analisada as condições dos equipamentos em relação aos acidentes

ocorridos, com a seguinte pergunta: Em relação ao mal funcionamento dos equipamentos, você

considera que possa contribuir para o aumento do risco de acidentes.

69%

31%

Sua remuneração está de acordo

com a exigência do seu trabalho?

Sim Não

76%

24%

Sua remuneração está de acordo

com a exigencia do seu trabalho?

Sim Não

85

MAU FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS

GRÁFICO 3 – OPERADORES LETRA B GRÁFICO 4 – TOTAL DE OPERADOES

Fonte: Adaptado pelo autor Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que apesar de 40% dos operadores da letra B acreditam que o mal

funcionamento das máquinas não irá acarretar acidentes, existe ainda um número de 74% que

seja o risco ele ainda pode ser utilizado e como a empresa preza por acidente zero esse gráfico

aponta que deverá ser tomada alguma providência em relação aos colaboradores da letra

estudada, tais providências serão apontadas no plano de ação deste trabalho. Nota-se que em

paralelo do todo, esta letra está impactando 48% do gráfico total, visto que mais da metade de

apenas uma letra ainda acredita que o equipamento pode ser utilizado mesmo aparentando em

condições inadequadas. Em análise de campo notou-se que alguns equipamentos são operados

por colaboradores com um tempo maior na empresa como também com idade entre 25 a 40

anos, tais questões intrinsicamente fazem com que os colaboradores sintam-se mais seguros e

autoconfiantes na utilização de seus equipamentos.

Tal fator mostra que os colaboradores da letra B necessitam de treinamento sobre

prevenção e segurança para melhor entendimento sobre os procedimentos estabelecidos pela

empresa, como também um treinamento voltado para mudança de cultura.

Observa – se nos gráficos a variação em relação a insegurança, da letra C em e a letra

D, com a seguinte pergunta: Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da

empresa?

26%7%

28%

40%

Sempre Quase sempre

Raramente Nunca

52%16%

16%16%

Sempre Quase sempre

Raramente Nunca

86

GRÁFICO 5 - OPERADORES LETRA C GRÁFICO 6 - OPERADORES LETRA D

Fonte: Adaptado pelo autor Fonte: Adaptado pelo autor

Na Letra C, tem-se que 71% dos operadores sentem certa insegurança quando se fala

em não satisfazer as expectativas da empresa, já a letra D que é de 50% também tem esta

insegurança, esta questão mostra um grande desconforto aos operadores onde muitos deles não

se sentem confortados com certas situações. A insegurança pode levar o trabalhador a sofrer

um acidente devido ao medo de perda do trabalho.

Este fator deve ser trabalhado pelo gestor de cada letra para confortar os colaboradores

em relação a sua insegurança. Juntando as duas turmas existem um percentual de 56% que

possuem certa insegurança. Indo ao encontro do que foi estudado no referencial teórico deste

trabalho temos que tal fator impacta no segundo nível da Pirâmide de Maslow, quando

relacionado com o fator segurança, indo além de poder afirmar que estes colaboradores podem

ser impedidos de alcançar a auto realização, o que para a organização é fator a ser trabalhado,

pois acreditar-se-á que a auto realização do colaborador é transformado em resultados positivos

para a organização.

A partir da tabulação das 4 letras individuais, foi feito a tabulação do acumulado destas

letras para análise e comentário dos gráficos para poder assim verificar as causas existentes dos

acidentes e propor sugestões de melhoria à empresa, como a seguir:

Tabulação e gráfico do acumulado (todas as letras juntas)

Faixa Etária:

18 a 25

anos 6

25 a 40

anos 115

40 a 60

anos 37

Acima de

60 anos 1

22%

20%29%

29%

Sempre Quase sempre

Raramente Nunca

22%

17%11%

50%

Sempre Quase sempre

Raramente Nunca

87

GRÁFICO 7 – FAIXA ETÁRIA

Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que a maioria dos colaboradores da empresa possuem entre 25 a 40 anos, isto mostra

que a idade média da empresa estão em pessoas mais jovens para exercer a função de

operadores.

Possui Filhos? Sim 127 Não 32

Média

Filhos 2

GRÁFICO 8 – QUANTIDADE DE FILHOS

Fonte: Adaptado pelo autor

Dos operadores entrevistados 127 de 159 possuem filhos, tais operadores são chefes de família

que precisam sustentar suas famílias.

Sexo: Masculino 144 Feminino

15

6

115

37

10

50

100

150

18 a 25 anos 25 a 40 anos 40 a 60 anos Acima de 60 anos

FAIXA ETÁRIA:

127

32

0

50

100

150

Sim Não

POSSUI FILHOS:

88

GRÁFICO 9 - SEXO

Fonte: Adaptado pelo autor

Existe uma grande diferença em relação ao sexo para tal atividade, apesar das grandes empresas

contratarem mulheres para exercer a profissão de operar equipamentos de grande porte, a

maioria destes profissionais ainda são do sexo masculino, como no gráfico acima, que de 159

entrevistados 144 são do sexo masculino e apenas 15 são do sexo feminino.

Escolaridade:

Fundamental

I 8

Fundamental

II 25 Médio 117 Superior 9

GRÁFICO 10 - ESCOLARIDADE

Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que falto certo incentivo referente à educação em relação e empresa em estudo, pois de

159 profissionais entrevistados somente 9 estão fazendo curso superior.

Estado Civil: Casado 129 Solteiro 30

144

15

0

50

100

150

200

Masculino Feminino

SEXO:

825

117

9

0

50

100

150

Fundamental I Fundamental II Médio Superior

ESCOLARIDADE:

89

GRAFICO 11 – ESTADO CIVIL

Fonte: Adaptado pelo autor

De acordo com o gráfico acima, nota-se que de 159 operadores 129 são casados e apenas 30

deles são solteiros.

Experiência anterior

com turno? Sim 123 Não 36

GRAFICO 12 – EXPERIENCIA COM TURNO

Fonte: Adaptado pelo autor

Por Paracatu ter mais de uma mina na área da mineração, a pesquisa mostra de dos 159

entrevistados 123 já tinham trabalhado na área da mineração antes de entrarem na Kinross.

Sente-se adaptado

no turno: Sim 146 Não 13

129

30

0

50

100

150

Casado Solteiro

ESTADO CIVIL:

123

36

0

50

100

150

Sim Não

EXPERIÊNCIA ANTERIOR COM TURNO:

90

GRÁFICO 12 – ADAPTAÇÃO DO TURNO

Fonte: Adaptado pelo autor

O trabalho em regime de turno não é fácil, mas somente 13 dos entrevistados

reclamaram sobre a adaptação ao turno, pois o organismo não consegue acompanhar e ter uma

rotina certa para o sono nem para a alimentação, mesmo assim 146 pessoas disseram ter

acostumado com o turno devido aos anos que já trabalham neste ritmo. De todo modo

respeitando a lei trabalhista que obriga a organização a ter uma pausa de 15 min, a cada 6 horas

de trabalho, todos os colaboradores são comunicados que devem cumpri-la como também todos

os supervisores são orientados a fazê-lo.

Como medida de segurança todos os supervisores no início de cada jornada fazem um

diálogo diário de segurança onde deixa claro que cada colaborador tem autonomia para dizer e

parar a atividade quando não se sentir em condições para a operação. Tais fatos podem ocorrer

por má disposição, sono e questões pessoais. Por haver um respeito com o fator humano todos

os supervisores entendem tal questão e a seguem de modo a evitar acidentes.

Tempo de

Empresa 1 a 3 anos 38 3 a 5 anos 51

Acima de

5 anos 70

GRÁFICO 13 – TEMPO DE EMPRESA

Fonte: Adaptado pelo autor

146

13

0

100

200

Sim Não

SE SENTE ADAPTADO AO TURNO:

3851

70

0

100

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

TEMPO DE EMPRESA

91

A maioria dos operadores já tem certo tempo de empresa, dos entrevistados 70 pessoas

trabalham na empresa a mais de 5 anos, 51 trabalham entre 3 e 5 nos e apenas 38 trabalham de

1 a 3 anos, isto mostra que a rotatividade é mínima na empresa em estudo.

Devido ao risco que a operação de lavra proporciona, foi realizada uma pesquisa para

que se possam identificar os riscos existentes em tal atividade. Ao se deparar com uma situação

de risco o operador que tem mais tempo de empresa consegue identificar o risco existente,

devido sua experiência com a atividade, como mostra em uma das questões se o colaborador

sabe identificar os riscos notáveis na operação de lavra. De acordo com o gráfico tem o seguinte:

GRÁFICO 14 – IDENTIFICAÇÃO DE RISCO

Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que 73% dos operadores conseguem identificar o risco existente na operação de

lavra tendo um domínio parcial deste conhecimento. Tal procedimento deve chegar a todos os

operadores para assim minimizar cada vez mais os riscos existentes na operação de lavra.

Cardella ressalta sobre a importância de analisar o risco, como a seguir:

“[...] Identificar perigo é identificar substâncias perigosas, eventos perigosos e operações

perigosas. Em muitos casos a identificação de perigos pode ser feita sem técnicas especificas,

depende da percepção e visão”. (CARDELLA, 2009, p. 109).

Tendo um número de 27% dos colaboradores que quase sempre ou raramente não

conseguem identificar o risco, será sugerido um trabalho de conscientização de segurança para

todas as letras. No trabalho de campo realizado nota-se que a organização preocupa-se com a

qualificação e reciclagem dos seus colaboradores no quesito operacional, tanto que durante todo

o ano realiza um rodizio para que todos passem por um simulador que apresenta situações reais

de risco possíveis no dia a dia. Entretanto identificou-se que se faz necessário um trabalho de

conscientização psicológica para tratativa em campo. Este aspecto será sugerido no plano de

ação deste trabalho.

73%

26%1%

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

92

Outra questão importante é em relação ao uso das ferramentas para a percepção dos

riscos é a Análise Preliminar de Risco (APR). Em relação às ferramentas utilizadas (APR’S,

Manuais de Operação, Check List) para especificar riscos na operação de lavra, você considera-

se que:

GRÁFICO 15 UTILIZAÇÕES GRÁFICO 16

DAS FERRAMENTAS RESPONSABILIDADE DE RISCO

Fonte: Adaptado pelo autor Fonte: Adaptado pelo autor

Os operadores entrevistados 90% acreditam e acham que as ferramentas são eficazes

para a especificação de riscos na mina. Tal ferramenta deve ser preenchida todos os dias a cada

turno antes de iniciar as atividades na mina. A APR é um procedimento operacional especifico,

para trabalhar em uma área com um maior grau de risco, os manuais de operação é um guia que

mostra a forma de operação, como se deve operar e fala do próprio equipamento e o check List

é um instrumento de controle que relata o estado do equipamento. Percebe-se que 10% dos

colaboradores acreditam que o uso das ferramentas é pouco efetivo na mitigação dos riscos.

Fazendo um paralelo, entre os gráficos percebe-se que 86% dos operadores, param o

equipamento e não dão continuidade à atividade, agindo da maneira correta, mas ainda tem

aqueles que permanecem na atividade sendo eles 4% do total, tais operadores têm grande

chance de se acidentarem por esta atitude imatura de continuar a atividade e não chamar o gestor

para analisar e tomar a decisão necessária para que o acidente não aconteça. Barsano e Barbosa

explicam como uma atitude insegura pode vir a causar um acidente de trabalho:

“[...] As causas de um acidente do trabalho são, na maioria das vezes, complexas, porém há três

fatores que diretamente ou indiretamente atuam no desencadeamento de qualquer acidente, atos

inseguros, condições inseguras e fator pessoal de insegurança”. (BARSANO e BARBOSA,

2012, p. 78). Isto se dá pelo fato do trabalhador agir de forma insegura, com imprudência e

90%

10%

São Efetivas Pouco Efetivas

Nada Efetivas

4% 2%8%

86%

Sempre

Quase sempre

Raramente

Nunca

93

quando o trabalhador executa sua atividade com má vontade podendo assim vir a causar um

grave acidente colocando não só sua vida em risco mas a de outros colaboradores também. Em

suma as duas vertentes levam a resultados negativos, mesmo que em menor grau. Desta forma,

viu-se que a falta de conscientização reflete também nestes dois gráficos, o que ratifica a

necessidade de um trabalho voltado para esta questão.

Uma próxima questão é sobre a manutenção de equipamentos. Em relação ao mal

funcionamento dos equipamentos, você considera que possa contribuir para o aumento do risco

de acidentes? De acordo com o gráfico abaixo, se tem a seguinte opinião:

GRÁFICO 17 – MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que 52% dos operadores acreditam que a falta de manutenção dos equipamentos

podem causar acidentes, o que de fato é verdade, mas tem os outros 32% que não acreditam

nesta hipótese e existem ainda os 16% que mesmo raramente ainda podem utilizar o

equipamento sem manutenção, este é um grande problema, pois a falta de manutenção é um

grande risco para a saúde e segurança do colaborador, desde que o equipamento sem condições

de uso é proibido de rodar na mina, justamente para a prevenção de acidentes.

Para esta questão a empresa vale-se das ferramentas, onde sempre no termino de uma

atividade o colaborador avalia as condições do equipamento, relata na ferramenta as condições

existentes e passa para o outro, o mesmo faz suas avaliações e relata na ferramenta. Este

procedimento foi criado com a expectativa de minimizar os ocorridos, entretanto o gráfico

demonstra que existe ainda utilização do equipamento sem manutenção, mesmo que raramente.

Tal fato foi estudado e chegou-se à conclusão que não é possível colocar mais pessoas para

fiscalizar tais ações, deste modo valer-se-á do que já foi sugerido com relação a conscientização,

mas também caberá o uso de medidas administrativas, onde inicialmente aplica-se a advertência

verbal, posteriormente a escrita, suspensões, por fim a empresa torna-se obrigada a demitir o

52%

16%

16%

16%

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

94

colaborador, pois entende-se que tal procedimento pode acarretar graves problemas para ele

como também para seus colegas.

Após todas as análises relacionadas a risco, faz-se necessário verificar como está a

satisfação do colaborador em relação a remuneração. Deste modo foi feita a seguinte pergunta:

Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho? A maioria está satisfeita com

o salário que ganha na empresa, mas tem os que não estão satisfeitos, como no gráfico a seguir:

GRÁFICO 18 - REMUNERAÇÃO

Fonte: Adaptado pelo autor

Nota-se que 76% dos colaboradores estão satisfeitos com seu salário em relação as

atividades desenvolvidas na organização, mas em contra partida tem os 24% que não estão

insatisfeitos. Isto é preocupante, pelo fato de que a insatisfação pode a vir causar algum

aborrecimento de forma que o colaborador não irá exercer suas atividades de acordo com seu

esperado, podendo a vir causar um nível de estresse no colaborador prejudicando assim a equipe

e a produtividade da empresa. Assim sendo, dependendo do desinteresse do colaborador o

mesmo pode também a vir a acarretar um acidente devido à falta de atenção por não estar

satisfeito com a atividade que ele desenvolve.

O estudo tem a preocupação de mostrar para organização fatores que podem levar ao

risco, obviamente se existem 24% que não estão satisfeitos, este devem ser tratados, deste modo

será separado uma parte do plano de ações para criação de sugestões para estes. Viu-se que

existe uma reivindicação informal que pedi a integralização de um vale alimentação para todos

os colaboradores. Não é objeto deste trabalho, adentrar nesta questão, entretendo atender as

expectativas dos colaboradores para torna-lo mais motivado, é preocupação para diminuir os

impactos e riscos.

76%

24%

Sim Não

95

7 PLANO DE AÇÃO

Foi realizado em todo o trabalho, em especial no referencial teórico deste, um paralelo

entre a literatura e o estudo de campo que foi realizado. Notou-se que a empresa estudada possui

vasta preocupação com as condições de trabalho como também com a segurança de todos os

colaboradores. Deste modo, a organização criou controles para os processos operacionais como

também algumas ferramentas que ajudam na diminuição dos riscos e dos acidentes no trabalho.

O autor deste trabalho atua na área de mineração há dezoito anos e sempre foi objeto de

preocupação do mesmo. Visto isto encontrou a oportunidade e valeu-se da literatura para criar

propostas de melhoria para a empresa estudada.

Como a empresa valoriza todos os tipos de ferramentas da qualidade, tanto que todas

suas atividades são baseadas em algumas delas, propõe-se o uso do 5W2H, onde apontar-se-á

onde, quando acontecerá cada ação, quanto custará cada uma delas, quem as fará e porque ela

está sendo proposta.

QUADRO 17 – SUGESTÕES DE MELHORIA

PLANO DE AÇÃO

O QUE

FAZER COMO FAZER

QUEM

FARÁ ONDE

QUAND

O CUSTO PORQUE

Treinament

o Segurança

Será reservado um

espaço na própria

empresa, para

realizar o

treinamento com

cada letra

isoladamente, com

o tema: Cumpra as

Normas e

Regulamentações.

Técnico de

Segurança

Será

realizado no

espaço da

própria

empresa

(arena)

Jan. 2016 0,00

6 HORAS

Para maior

esclarecimento e

conscientização

aos

colaboradores

sobre as normas

de segurança e

seu cumprimento

em relação as

mesmas.

Dinâmica

Segurança

Será realizada uma

dinâmica com cada

letra isoladamente

com o tema:

A segurança

depende de você!

De acordo com o

simulado que o

técnico irá realizar

com os

colaboradores.

Técnico de

Segurança

Será

realizado no

espaço da

própria

empresa

(arena)

Fev. 2016 0.00

30 minutos

por letra.

Para que os

colaboradores

possam

visualizar através

da dinâmica

acidentes como

se fossem reais e

assim saber

analisar os riscos

existentes na

mina.

Continua

96

Fonte: Adaptado pelo autor

Conclusão

Treinament

o Mudança

de Cultura

Será realizado no

espaço da empresa

com 2 rodízios,

para as 4 letras

Engenheiro

de

segurança

Será

realizado no

espaço da

própria

empresa

(arena)

Março

2016

0,00

6 HORAS

A mudança de

cultura na

organização e

nos

colaboradores

servem para

clarear a mente

dos mesmos

perante o risco

existente.

Conscienti-

zação

psicológica

para análise

de risco

Será realizado com

o apoio de 2

profissionais da

área.

Técnico de

Segurança e

Psicólogo

Será

realizado no

espaço da

própria

empresa

(arena)

Jan.

2016

Hora do

psicólogo

R$95,00 X 6

=

R$570,00

6 horas

Para que os

colaboradores

possam ser

orientados pelo

técnico e pelo

psicólogo sobre a

conscientização

da existência do

risco.

Vale

alimentação

A proposta é de

vale alimentação

para todos os

colaboradores

Gestor RH

Será entregue

cartão

alimentação

para todos os

colaboradores

com

renovação

automática

todo dia 01

de cada mês.

Jan.

2016

R$ 400 X

1435

R$574.000,0

0

Para ajudar na

renda mensal e

criar um estimulo

ao colaborador.

Viva

Seguro

Trata-se de uma

ferramenta

simples, onde será

elaborada uma

durante o DDS sob

a coordenação dos

supervisores.

Maiores detalhes

no anexo deste

trabalho.

Gestores da

equipe

Em todos os

departamento

s da empresa.

Jan.

2016

R$ 0,00 Para que os

colaboradores

possam opinar a

respeito das suas

atividades

diárias.

TOTAL R$ 574.570,00

97

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo serviu para contribuir sobre maiores conhecimentos relacionado a atividade

de extração de ouro e seus riscos existentes na mina do ouro em Paracatu. Tal estudo contribui

também para verificar as variáveis que possa vir a afetar a saúde e segurança do colaborador

perante a realização de suas atividades.

A preservação da saúde do colaborador e a segurança devem estar sempre em primeiro

lugar, pois a busca de qualidade de vida no trabalho e a minimização de riscos são de suma

importância para que o colaborador se sinta mais seguro em relação a sua atividade.

Nota-se que ao se depararem com alguns pontos críticos na operação de lavra os

trabalhadores sabem identificar os riscos que possam a vir causar acidentes na mina, isto se dá

devido ao tempo de serviço e de malicias que vão se tornando visíveis devido a experiência

com a mineração, mas estes riscos não são visíveis a todos, por isto se tem a necessidade de

treinamentos e conscientização por parte de alguns operadores para que possam chegar a

visualização de riscos existentes na operação.

Foi através deste estudo que se notou a necessidade de trabalhar mais a fundo com os

operadores a integração dos mesmos e treinamentos mais avançados sobre o tema segurança,

informações e requisitos necessários para evidenciar cada vez mais a qualidade e segurança no

trabalho, através do gerenciamento de risco.

Os riscos levantados são mostrados diariamente no DDS aplicados pelos gestores de

forma que os colaboradores possam buscar cada vez mais minimização deste impacto e assim

preservar cada vez mais a segurança no local de trabalho.

Respondendo à pergunta orientadora, a mineradora apesar de usar ações preventivas para que

os acidentes não ocorram, os índices decorrentes da operação de lavra continuam altos, por quê?

Tal pergunta foi respondida por partes, pois ainda há colaboradores que não se

comprometem com a segurança do dia a dia e nem com a percepção dos riscos existentes na

operação de lavra, pois a participação dos mesmos é ainda o principal critério a ser analisado,

pois são eles que estão diretamente ligados aos riscos existentes na operação, de forma que tal

critério é de fundamental importância para que a diminuição dos acidentes em tal atividade.

98

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sua-aplicacao-pratica. Acesso em 20 de setembro de 2015.

101

APÊNDICE A

Letra A

Faixa Etária:

18 a 25

anos 1

25 a 40

anos 31

40 a 60

anos 7

Acima de

60 anos 0

Possui Filhos? Sim 24 Não 15 Média Filhos 2

1

31

7

00

5

10

15

20

25

30

35

18 a 25

anos

25 a 40

anos

40 a 60

anos

Acima de

60 anos

24

15

0

5

10

15

20

25

30

Sim Não

102

Sexo:

Sexo: Masculino 36 Feminino 3

Escolaridade:

Fundamental

I 3

Fundamental

II 8 Médio 27 Superior 1

36

3

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Masculino Feminino

3

8

27

1

0

5

10

15

20

25

30

103

Estado Civil:

Casado 29 Solteiro 10

Experiência anterior com turno?

Sim 36 Não 3

29

10

0

5

10

15

20

25

30

35

Casado Solteiro

36

3

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Sim Não

104

Sente-se adaptado no turno:

Sim 34 Não 5

Tempo de empresa:

1 a 3 anos 0 3 a 5 anos 24 Acima de 5 anos 15

34

5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Sim Não

0

24

15

0

5

10

15

20

25

30

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

105

Questões:

1) Você sabe identificar os riscos notáveis na operação de lavra?

2) Em relação as ferramentas utilizadas (APR’S, Manuais de Operação, Check List) para

especificar riscos na operação de lavra, você considera-se que:

3) Ao identificar o risco, você assume e dá continuidade à atividade?

29

10

0 00

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 01

35

40

0

10

20

30

40

São Efetivas Pouco Efetivas Nada Efetivas

QUESTÃO 02

31 1

34

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 03

106

4) Ao identificar o risco no ambiente de trabalho, qual o procedimento a ser seguido:

5) Qual a importância de identificar os riscos no ambiente de trabalho?

0 0

28

11

0

5

10

15

20

25

30

Pedir permissão

para continuar a

atividade

Ignora e dá

seguimento a sua

atividade

Comunica

imediatamente o

supervisor

Parar o

equipamento e

fazer a análise

para identificação

do risco

QUESTÃO 04

28

0

10

1

0

5

10

15

20

25

30

Evitar Acidentes Quebra

prematura dos

equipamentos

Estabelecer

procedimentos

para indicar ações

de controle

Retirar o

equipamento de

operação

QUESTÃO 05

107

6) Em relação ao mal funcionamento dos equipamentos, você considera que possa

contribuir para o aumento do risco de acidentes?

7) Você se sente realizado profissionalmente em executar a atividades?

8) Sente disposição mental para exercer as atividades na mina?

30

7

20

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 06

37

20 0

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 07

37

2 0 00

50

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 08

108

9) Tem liberdade de expressão dentro da empresa?

10) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

11) Sente desanimo, cansaço em realizar as atividades?

29

82 0

0

20

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 09

27

12

0

10

20

30

Sim Não

QUESTÃO 10

5

34

0

20

40

Sim Não

QUESTÃO 11

109

12) Seu gestor te proporciona um ambiente agradável junto a ele e aos colegas de

trabalho?

13) Em seu trabalho, seu gestor te sobrecarrega e pressiona?

14) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

35

40 0

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 12

2 1

8

28

0

5

10

15

20

25

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 13

26

10

30

0

5

10

15

20

25

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 14

110

15) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

16) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

Letra B

Faixa

Etária:

18 a 25

anos 3

25 a 40

anos 28

40 a 60

anos 12

Acima de

60 anos 0

32

61 0

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 15

4

9

1214

0

5

10

15

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 16

3

28

12

00

5

10

15

20

25

30

18 a 25

anos

25 a 40

anos

40 a 60

anos

Acima de

60 anos

111

Possui Filhos ? Sim 37 Não 6 Média Filhos 2

Sexo: Masculino 40 Feminino 3

Escolaridade:

Fundamental

I 2

Fundamental

II 8 Médio 28 Superior 5

37

6

0

10

20

30

40

Sim Não

40

3

0

10

20

30

40

50

Masculino Feminino

2

8

28

5

05

1015202530

112

Estado Civil: Casado 36 Solteiro 7

Experiência anterior com

turno? Sim 32 Não 11

Sente-se adaptado no turno: Sim 43 Não 0

36

7

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Casado Solteiro

32

11

0

10

20

30

40

Sim Não

43

00

10

20

30

40

50

Sim Não

113

Tempo de Empresa 1 a 3 anos 10 3 a 5 anos 12

Acima de

5 anos 21

Questões:

1) Você sabe identificar os riscos notáveis na operação de lavra?

2) Em relação as ferramentas utilizadas (APR’S, Manuais de Operação, Check List) para

especificar riscos na operação de lavra, você considera-se que:

1012

21

0

5

10

15

20

25

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

34

9

0 00

10

20

30

40

Sempre Quase

sempre

Raramente Nunca

QUESTÃO 01

41

2 00

10

20

30

40

50

São Efetivas Pouco Efetivas Nada Efetivas

QUESTÃO 02

114

3) Ao identificar o risco, você assume e dá continuidade à atividade?

4) Ao identificar o risco no ambiente de trabalho, qual o procedimento a ser seguido:

1 15

36

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 03

74%

26%

QUESTÃO 04

Pedir permissão para continuar a atividade

Ignora e dá seguimento a sua atividade

Comunica imediatamente o supervisor

Parar o equipamento e fazer a análise para identificação do risco

115

5) Qual a importância de identificar os riscos no ambiente de trabalho?

6) Em relação ao mal funcionamento dos equipamentos, você considera que possa contribuir

para o aumento do risco de acidentes?

7) Você se sente realizado profissionalmente em executar a atividades?

38

05

00

10

20

30

40

Evitar Acidentes Quebra prematura

dos equipamentos

Estabelecer

procedimentos

para indicar ações

de controle

Retirar o

equipamento de

operação

QUESTÃO 05

11

3

12

17

0

5

10

15

20

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 06

35

6 1 10

10

20

30

40

Sempre Quasesempre

Raramente Nunca

QUESTÃO 07

116

8) Sente disposição mental para exercer as atividades na mina?

9) Tem liberdade de expressão dentro da empresa?

10) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

42

1 0 00

10

20

30

40

50

Sempre Quase

sempre

Raramente Nunca

QUESTÃO 08

40

1 2 00

10

20

30

40

50

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 09

39

4

0

10

20

30

40

50

Sim Não

QUESTÃO 10

117

11) Sente desanimo, cansaço em realizar as atividades?

12) Seu gestor te proporciona um ambiente agradável junto a ele e aos colegas de

trabalho?

13) Em seu trabalho, seu gestor te sobrecarrega e pressiona?

1

42

0

10

20

30

40

50

Sim Não

QUESTÃO 11

38

5

0 00

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 12

0 06

37

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 13

118

14) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

15) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

16) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

35

71 0

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 14

36

52

00

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 15

1 1

12

29

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 16

119

Letra C

Faixa Etária:

18 a 25

anos 1

25 a 40

anos 28

40 a 60

anos 11

Acima de

60 anos 1

Possui Filhos? Sim 35 Não 6 Média Filhos 2

Sexo: Masculino 35 Feminino 6

1

28

11

1

0

5

10

15

20

25

30

18 a 25 anos 25 a 40 anos 40 a 60 anos Acima de 60

anos

35

6

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Sim Não

35

6

0

10

20

30

40

Masculino Feminino

120

Escolaridade:

Fundamental

I 1

Fundamental

II 2 Médio 37 Superior 1

Estado Civil: Casado 35 Solteiro 6

Experiência anterior

com turno? Sim 31 Não 10

1 2

37

10

10

20

30

40

Fundamental I Fundamental

II

Médio Superior

35

6

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Casado Solteiro

31

10

0

5

10

15

20

25

30

35

Sim Não

121

Sente-se adaptado

no turno: Sim 36 Não 5

Tempo de

Empresa 1 a 3 anos 17 3 a 5 anos 3

Acima de 5

anos 21

Questões:

1) Você sabe identificar os riscos notáveis na operação de lavra?

36

5

0

10

20

30

40

Sim Não

17

3

21

0

5

10

15

20

25

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

28

12

1 00

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 01

122

2) Em relação as ferramentas utilizadas (APR’S, Manuais de Operação, Check List) para

especificar riscos na operação de lavra, você considera-se que:

3) Ao identificar o risco, você assume e dá continuidade à atividade?

4) Ao identificar o risco no ambiente de trabalho, qual o procedimento a ser seguido:

37

40

0

10

20

30

40

São Efetivas Pouco Efetivas Nada Efetivas

QUESTÃO 02

0 05

36

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 03

0 1

30

100

10

20

30

40

Pedir permissão

para continuar a

atividade

Ignora e dá

seguimento a sua

atividade

Comunica

imediatamente o

supervisor

Parar o

equipamento e

fazer a análise para

identificação do

risco

QUESTÃO 04

123

5) Qual a importância de identificar os riscos no ambiente de trabalho?

6) Em relação ao mal funcionamento dos equipamentos, você considera que possa

contribuir para o aumento do risco de acidentes?

7) Você se sente realizado profissionalmente em executar a atividades?

33

08

00

10203040

Evitar Acidentes Quebra prematura

dos equipamentos

Estabelecer

procedimentos

para indicar ações

de controle

Retirar o

equipamento de

operação

QUESTÃO 05

28

84

1

0

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 06

29

12

0 00

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 07

124

8) Sente disposição mental para exercer as atividades na mina?

9) Tem liberdade de expressão dentro da empresa?

10) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

35

50 1

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 08

26

14

1 00

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 09

31

10

0

10

20

30

40

Sim Não

QUESTÃO 10

125

11) Sente desanimo, cansaço em realizar as atividades?

12) Seu gestor te proporciona um ambiente agradável junto a ele e aos colegas de

trabalho?

13) Em seu trabalho, seu gestor te sobrecarrega e pressiona?

5

36

0

10

20

30

40

Sim Não

QUESTÃO 11

36

50 0

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 12

0 1

10

30

0

20

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 13

126

14) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

15) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

16) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

25

14

2 00

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 14

27

11 3 00

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 15

98

12 12

0

5

10

15

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 16

127

Letra D

Faixa

Etária:

18 a 25

anos 1

25 a 40

anos 28

40 a 60

anos 7

Acima de

60 anos 0

Possui Filhos? Sim 31 Não 5

Média

Filhos 2

Sexo: Masculino 33 Feminino 3

1

28

7

00

5

10

15

20

25

30

18 a 25 anos 25 a 40 anos 40 a 60 anos Acima de 60

anos

31

5

0

10

20

30

40

Sim Não

33

3

0

10

20

30

40

Masculino Feminino

128

Escolaridade:

Fundamental

I 2

Fundamental

II 7 Médio 25 Superior 2

Estado Civil: Casado 29 Solteiro 7

Experiência anterior

com turno? Sim 24 Não 12

2

7

25

2

0

5

10

15

20

25

30

Fundamental I Fundamental

II

Médio Superior

29

7

0

5

10

15

20

25

30

35

Casado Solteiro

24

12

0

5

10

15

20

25

30

Sim Não

129

Sente-se adaptado no

turno: Sim 33 Não 3

Tempo de

Empresa 1 a 3 anos 11 3 a 5 anos 12

Acima

de 5 anos 13

Questões:

1) Você sabe identificar os riscos notáveis na operação de lavra?

33

3

0

10

20

30

40

Sim Não

11

12

13

10

10,5

11

11,5

12

12,5

13

13,5

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

25

11

0 00

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 01

130

2) Em relação as ferramentas utilizadas (APR’S, Manuais de Operação, Check List) para

especificar riscos na operação de lavra, você considera-se que:

3) Ao identificar o risco, você assume e dá continuidade à atividade?

4) Ao identificar o risco no ambiente de trabalho, qual o procedimento a ser seguido:

30

6

00

10

20

30

40

São Efetivas Pouco Efetivas Nada Efetivas

QUESTÃO 02

2 1 2

31

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 03

1 0

28

7

05

1015202530

Pedir permissão

para continuar a

atividade

Ignora e dá

seguimento a sua

atividade

Comunica

imediatamente o

supervisor

Parar o

equipamento e

fazer a análise

para identificação

do risco

QUESTÃO 04

131

5) Qual a importância de identificar os riscos no ambiente de trabalho?

6) Em relação ao mal funcionamento dos equipamentos, você considera que possa contribuir

para o aumento do risco de acidentes?

7) Você se sente realizado profissionalmente em executar a atividades?

26

0

10

00

10

20

30

Evitar Acidentes Quebra

prematura dos

equipamentos

Estabelecer

procedimentos

para indicar

ações de controle

Retirar o

equipamento de

operação

QUESTÃO 05

13

87

8

0

5

10

15

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 06

27

7

1 1

0

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 07

132

8) Sente disposição mental para exercer as atividades na mina?

9) Tem liberdade de expressão dentro da empresa?

10) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

31

40 1

0

10

20

30

40

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 08

17

10

7

2

0

5

10

15

20

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 09

24

12

0

10

20

30

Sim Não

QUESTÃO 10

133

11) Sente desanimo, cansaço em realizar as atividades?

12) Seu gestor te proporciona um ambiente agradável junto a ele e aos colegas de trabalho?

13) Em seu trabalho, seu gestor te sobrecarrega e pressiona?

12

24

0

5

10

15

20

25

30

Sim Não

QUESTÃO 11

28

7

0 1

0

5

10

15

20

25

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 12

5 5 6

20

0

10

20

30

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 13

134

14) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

15) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

16) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

20

10

5

1

0

5

10

15

20

25

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 14

19

10

6

1

0

5

10

15

20

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 15

86

4

18

0

5

10

15

20

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 16

135

Acumulado

Faixa Etária:

18 a 25

anos 6

25 a 40

anos 115

40 a 60

anos 37

Acima de

60 anos 1

Possui Filhos? Sim 127 Não 32 Média Filhos 2

6

115

37

10

20

40

60

80

100

120

140

18 a 25 anos 25 a 40 anos 40 a 60 anos Acima de 60

anos

FAIXA ETÁRIA:

127

32

0

20

40

60

80

100

120

140

Sim Não

POSSUI FILHOS:

136

Sexo: Masculino 144 Feminino 15

Escolaridade: Fundamental

I 8 Fundamental

II 25 Médio 117 Superior 9

91%

9%

SEXO:

Masculino Feminino

8

25

117

9

0

20

40

60

80

100

120

140

Fundamental I Fundamental II Médio Superior

ESCOLARIDADE:

137

Estado Civil: Casado 129 Solteiro 30

Experiência anterior com turno? Sim 123 Não 36

Sente-se adaptado no turno: Sim 146 Não 13

81%

19%

ESTADO CIVIL:

Casado Solteiro

123

36

0

20

40

60

80

100

120

140

Sim Não

EXPERIÊNCIA ANTERIOR COM TURNO:

92%

8%

SE SENTE ADAPTADO AO TURNO:

Sim Não

138

Tempo de Empresa 1 a 3 anos 38 3 a 5 anos 51

Acima de 5 anos 70

Questões:

1) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

38

51

70

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1 a 3 anos 3 a 5 anos Acima de 5 anos

TEMPO DE EMPRESA

73%

26%1%

QUESTÃO 01

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

139

2) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

3) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

90%

10%

QUESTÃO 02

São Efetivas Pouco Efetivas Nada Efetivas

4%

2%

8%

86%

QUESTÃO 03

Sempre

Quase

sempre

Raramente

Nunca

140

4) Ao identificar o risco no ambiente de trabalho, qual o procedimento a ser seguido:

5) Qual a importância de identificar os riscos no ambiente de trabalho?

1 1

118

39

020406080

100120140

Pedir permissão

para continuar a

atividade

Ignora e dá

seguimento a

sua atividade

Comunica

imediatamente o

supervisor

Parar o

equipamento e

fazer a análise

para

identificação do

risco

QUESTÃO 04

79%

21% 1%

QUESTÃO 05

Evitar Acidentes

Quebra prematura dos equipamentos

Estabelecer procedimentos para indicar ações de controle

Retirar o equipamento de operação

141

6) Você se sente realizado profissionalmente em executar a atividades?

7) Sente disposição mental para exercer as atividades na mina?

52%

16%

16%

16%

QUESTÃO 06

81%

17%

1% 1%

QUESTÃO 07

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

142

8) Tem liberdade de expressão dentro da empresa?

9) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

145

120 2

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 08

70%

21%

8% 1%

QUESTÃO 09

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

143

10) Sua remuneração está de acordo com a exigência do seu trabalho?

11) Sente desanimo, cansaço em realizar as atividades?

12) Seu gestor te proporciona um ambiente agradável junto a ele e aos colegas de

trabalho?

76%

24%

QUESTÃO 10

Sim Não

14%

86%

QUESTÃO 11

Sim Não

86%

13%1%

QUESTÃO 12

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

144

13) Em seu trabalho, seu gestor te sobrecarrega e pressiona?

14) Sente reconhecido pelo gestor em seu local de trabalho?

5% 4%

19%

72%

QUESTÃO 13

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

106

41

11

10

20

40

60

80

100

120

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

QUESTÃO 14

145

15) Sente-se motivado no local de trabalho pelo gestor?

16) Sente-se inseguro quando não corresponde as expectativas da empresa?

72%

20%

7%

1%

QUESTÃO 15

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

14%

15%

25%

46%

QUESTÃO 16

Sempre Quase sempre Raramente Nunca

146

APENDICE B

Viva Seguro!

Data da Ocorrência: _____/_____/______ Data Encontro: _____/_____/______

Colaborador: ____________________________________

Identificação do Risco: ____________________________________________________

Proposta de melhoria:__________________________________________

PLANO DE AÇÃO VIVA SEGURO

O Viva Seguro foi considerado neste trabalho, por se tratar de mais um estimulo em prol

da segurança dos colaboradores da Kinross. Trata-se de uma ferramenta simples, onde será

elaborada uma reunião de conscientização e informação com cada área da Kinross, sob a

coordenação dos supervisores das equipes, a equipe de comunicação e o técnico de segurança.

Será entregue pelos supervisores, uma via do formulário para cada colaborador. No momento

da entrega será explicado para todos o funcionamento que consiste em:

Será realizado toda semana a entrega de um formulário por cada funcionário, no horário do

DDS (Diálogo diário de segurança); onde ele deverá observar todas as áreas em que passar se existe

algo que oferece risco para alguém, neste ele deverá apontar o problema e se possível um ponto de

melhoria; Este formulário será entregue para o departamento da segurança do trabalho (SESMT) onde

eles farão a apuração dos resultados e mandaram a resposta para os departamentos responsáveis,

para a resolução dos problemas; Salienta-se que como trata-se de segurança, o levantamento pode

ser diário ou imediato dependendo do problema encontrado.

Acredita-se que esta ação fará com que todos os departamentos fiquem mais atentos, visto

que o departamento que mais apontar soluções, receberão destaque do mês.

23