pensamento; "opinião reflexiva, ou elitização do pensamento em arte?"

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Um papo no Cafofo do Artista sobre pensamento, política, sociedade e os novos suportes em arte. Mais em https://www.youtube.com/watch?v=0GAxtfEB3hA&list=UUfxDDkznGCzR-Ydk6MqaerQ

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  • 1. Opinio Reflexiva Uma conversa sobre poticas artsticas, discusso de pensamentos sociais e polticos e novas possibilidades na arte

2. Qual sua potica em arte? Em quem consiste esta potica, quais as bases que tem tomado para criar seu pensamento? Quais suas referncias histricas diante de um quadro em constante mudana tecnolgica? Sua arte deve se prestar a que? Como tem visto a arte atualmente? 3. Lascaux, lasc e fudeu... 4. Qual continente fica o Egito??? 5. O ideal do ocidente 6. O imprio antes da Europa 7. O incio da Europa 8. A Europa medieval 9. O Renascimento europeu 10. A influncia da religio na arte por mais de mil anos 11. O ideal da nobreza 12. E viva o sufrgio universal e o naufrgio do homem 13. At a t fcil, n?! Todos concordamos que as imagens vistas so bem familiares a ns? Tem algum perodo que se familiarize e beba de sua potica? O que houve no oriente? A frica (estou falando do continente, sim, o mesmo continente onde est o Egito) subsaariana ocorreu o que alm da escravido? Voc acredita que a universidade formou uma opinio ampla sua ou restringiu sua viso a um eurocentrismo? 14. T bom; vamos fazer um teste? 15. Leandro Joaquim, Vista da Lagoa do Boqueiro e Aqueduto de Santa Teresa, 1790 leo sobre tela, 86x105 cm, Museu Histrico Nacional Retrato do cotidiano? Ou uma propaganda do governo mostrando uma obra pblica? Os arcos da Lapa existem at hoje, porm numa paisagem diferente, mais modernizada. Alto/esquerdo da tela podemos reparar o convento (a religio ocupa um lugar importante na cena, o alto, como falado anteriormente da obra de Pedro Amrico, Tiradentes Esquartejado, 1893. Centro da composio temos os arcos, a obra de engenharia da poca. Logo abaixo a lagoa do Boqueiro e pessoas que se divertem nela. Parece haver grande harmonia entre os personagens da cena. 16. Jean-Baptiste Debret, Retrato de El-Rei Dom Joo VI, 1817 leo sobre tela, 60x42 Museu Nacional de Belas Artes 17. Retrato do Intrpido Marinheiro Simo, carvoeiro do vapor Pernambucana, 1853 18. Louis Thrier Simo, o Heri do Vapor Pernanbucana, 1853. Litografia 19. Jos Correia de Lima O retrato do primeiro heri negro em 1853: O Rio de Janeiro; Sua Histria, Monumentos, Homens Notveis, Usos e Curiosidades, Moreira de Azevedo, 1877: Naufragando em 09 de outubro de 1853 o vapor Pernambucana ao sul da Laguna, morreram 28 pessoas, salvaram-se 42, e destas 13 deveram sua vida ao intrpido marinheiro Simo, que treze vezes transps a nado as ondas, venceu insuperveis perigos, exps-se morte conseguindo arrancar das profundezas do mar, entre outros, um cego, um militar que tinha uma perna a menos... 20. Pedro Amrico, A Batalha de Avahy, 1877 leo sobre tela 6x11m Museu Nacional de Belas Artes 21. Pedro AMRICO, Paz e Concrdia, 1895 40x62cm Museu de Arte de So Paulo - MASP 22. Modesto Brocos, Redeno de C, 1895 leo sobre tela, 199x166cm Museu Nacional de Belas Artes 23. Modesto Brocos Talvez a obra seja um marco no processo de miscigenao e eugenia traduzida pelo espanhol Modesto Brocos. 1859 Charlles Darwin lana seu livro; Origem da Espcies, onde ele trata da questo da seleo natural (ambiente seleciona espcies mais adaptadas) Surge a teoria (ATENO!!! No uma teoria criada por Darwin) Darwinismo social; Defende a superioridade da raa branca europeia A raa branca a portadora do conhecimento e esta dever lev-lo s raas inferiores; negros e ndios Defende que grupos populacionais mais desenvolvidos devem dominar grupos populacionais menos desenvolvidos, ou socialmente inferiores Defende ainda como fardo do europeu levar cultura aos selvagens 24. Anita Malfatti Principal figura do movimento de arte moderna e da semana de 22 (1922). Uma das maiores promessas da vanguarda de arte no Brasil, trazia da Europa uma vasta bagagem do aprendizado alemo. 1918 expes trabalhos na rua Libero Badar junto com amigos americanos; trazia um ar de novidade internacional e com isso Monteiro Lobato, um crtico de arte da poca emite a seguinte crtica no jornal O Estado de So Paulo; A respeito da exposio Malfatti H duas espcies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas(..) A outra espcie formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na luz de teorias efmeras, sob a sugesto estrbica de escolas rebeldes, surgidas c e l como furnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a vir, nada mais velho do que a arte anormal ou teratolgica: nasceu com a paranoia e com a mistificao.(...) Essas consideraes so provocadas pela exposio da senhora. Malfatti onde se notam acentuadssimas tendncias para uma atitude esttica forada no sentido das extravagncias de Picasso e companhia. 25. E foi assim que Monteiro Lobato deu fim a carreira de Anita Malfatti; a elite paulistana recusou seus trabalhos depois de dada a crtica. O nacionalismo exacerbado de Monteiro Lobato no permitiu que ele visse alm de estrangeirismos na obra de Malfatti, para ele, Anita no trazia o novo brasileirssimo e sim modismos da velha Europa. Para Lobato a obra deveria prestar-se ao senso histrico, ao nacionalismo e ir alm de sua plstica, a obra deveria ter premissas ideolgicas. Pouco depois o mesmo Monteiro Lobato fora acusado at de nazista devido ao seu extremo nacionalismo. Devemos lembrar que na Europa os movimentos do cubismo, futurismo e expressionismo sofriam com as crticas em sua maioria. 26. E houve mais crticas de Monteiro Lobato; Teorizam aquilo com grande dispndio de palavreado tcnico, descobrem na tela intenes inacessveis ao vulgo, justificam-nas com independncia de interpretao do artista; a concluso que o pblico uma besta e eles, os entendidos, um grupo genial de iniciados nas transcendncias sublimes duma Esttica Superior. E quanto ao pblico que visita a exposio segue a crtica; Nenhuma impresso de prazer ou de beleza denunciam as caras; em todas se l o desapontamento de quem est incerto, duvidoso de si prprio e dos outros, incapaz de raciocinar e muito desconfiado de que o mistificaram grosseiramente. Quanto a Anita; sua expresso era a estranheza, a opresso e a vergonha; traos caractersticos do expressionismo e nos perguntamos diante do quadro; - E amarelo por qu? Por que, meu deus? - amarelo porque assim o e ser e pessoas erradas so assim. a humanidade exilada de sua condio humana. - Rafael Cardoso, Arte Brasileira em 25 quadros, Record, pag. 179. 27. Vicente do Rego Monteiro, Atirador de Arcos, 1925 leo sobre tela, 65x81cm Museu de Arte Moderna Alosio Magalhes, Recife 28. E a; voc acredita em que tipo de arte? Isso no um bombardeio sobre suas poticas artsticas! Isso no uma transformao sobre seu jeito de ver poltica! Isso no um jeito de dar uma n em sua cabea! Afinal; em que arte acredita. Na que se pendura na parede ou enfeita o centro de uma sala/galeria? 29. Cultura elitizada e hegemnica x Cultura da periferia e de resistncia. 30. O quadro inalcanvel do museu e o to fcil muro de pular do grafite. Clamamos por Tarslas, Oswalds, Di Cavalcantis, Portinaris; ns ou a elite. A periferia continua a produzir seus grafites, sambas e movimentos culturais; quem parou foi a elite. Passamos pela imbecilizao da elite? A cultura de massa que tanto falamos; parte do povo ou da elite dominadora de mdias que massifica isso ao povo? Cynara Menezes, autora do blog Socialista Morena; ...Com a diferena de que, para eles, no ser s uma paixo intelectual. Sentiram na pele o que esto falando. Escrevero com as vsceras. E essa, para mim, a melhor definio de arte, sempre: aquela que vem das vsceras.