gramÁtica reflexiva - caderno de revisÃo

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Gramática Caderno de revisão Professor

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Page 1: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

Gramática

Caderno de revisão

Professor

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Page 2: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

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Page 3: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

Sumário

Acentuação gráfica / Ortografia / Estrutura e formação das palavras 4

Classes de palavras I 12

Classes de palavras II 21

Classes de palavras III 26

Período simples 33

Colocação pronominal / Período composto por coordenação 41

Período composto por subordinação / Orações substantivas 47

Orações adjetivas 52

Orações adverbiais 59

Orações reduzidas e período misto 67

Concordância nominal e verbal 74

Regência verbal e nominal / Crase 85

Funções do se e do que / Pontuação 94

Figuras de linguagem 104

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1. Acentuação gráficaO sistema de acentuação gráfica em por-

tuguês obedece a quatro regras gerais (rela-tivas aos monossílabos, oxítonos, paroxítonos e proparoxítonos) e três regras especiais que se sobrepõem às anteriores.

Regras gerais

• Acentuam-se os monossílabos tônicos ter-minados em a(s), e(s), o(s): má, dás, fé, mês, nó, pós etc.

• Acentuam-se os oxítonos terminados em a(s), e(s), o(s), em(ens): cajá, marajás, você, cafés, cipó, carijós, também, arma-zéns etc.

• Acentuam-se os paroxítonos não termina-dos em a(s), e(s), o(s), em(ens), am: hífen, próton, revólver, história, série, colégio etc.

• Acentuam-se todos os vocábulos proparo-xítonos: lâmpada, exército, gramática etc.

Regras especiais

• Acentuam-se os ditongos abertos, orais e tônicos: éi, ói e éu, dos monossílabos tôni-cos e das palavras oxítonas: céu, pastéis, ca-racóis, chapéus.

• Não se acentuam os ditongos abertos, orais e tônicos éi e ói das palavras paroxítonas: assembleia, joia.

• Acentuam-se as vogais tônicas i e u dos hiatos quando formarem sílaba sozinhas, seguidas ou não de s: saída, saúde, Luís, egoísmo.

• Se as vogais tônicas i e u dos hiatos vierem depois de um ditongo ou se vierem seguidas de nh, não serão acentuadas: cauila (cau-i-la), boiuna (boi-u-na), rainha (ra-i-nha).

• Se a vogal i tônica do hiato for repetida, não se emprega o acento: xiita (xi-i-ta).

2. OrtografiaDo grego orthós, “correto” + gráphein,

“escrever”, ortografia é a seção da gramática que determina a grafia correta das palavras, segundo o padrão da língua escrita culta.

Emprego de consoantes C ou Ç

• Em palavras de origem tupi, africana e ára-be: açafrão, açaí, caçanje, caçula, muçum, paçoca, miçanga etc.

• Nos sufixos -aça, -aço, -ação, -ecer, -iça, -iço, -nça, -uça, -uço: barcaça, panelaço, denti-ção, anoitecer, inteiriça, movediço etc.

• Após ditongos: feição, foice, louça, atraiço-ar, traição etc.

4

Acentuação gráfica /

Ortografia / Estrutura

e formação das palavras

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Page 5: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

• Nos sufixos -izar (e -ização): amenizar, aba-lizar, ajuizar, hospitalizar, civilizar, civiliza-ção, urbanização etc. No entanto, usa-se s nas palavras terminadas em isar derivadas de outras palavras escritas com s: pesquisar (pesquisa) analisar (análise).

X ou CH

Usa-se a letra x nos seguintes casos:

• Em vocábulos de origem árabe, tupi e africa-na: almoxarife, oxalá, xadrez, abacaxi, mu-xoxo, xavante, xingar etc.

• Para, no aportuguesamento, substituir o sh in-glês e o j espanhol: xampu, xelim, xou, Xan-gai, xerez, lagartixa, Truxilho etc.

• Após a inicial en-, desde que a palavra não seja derivada de outra com ch: enxada, en-xame, enxergar, enxerto, enxotar, enxugar etc. (Mas: charco, encharcar; cheio, encher, enchente; choça, enchoçar etc.)

• Após a inicial me-, exceto “mecha”, e de-rivados: mexer, mexerico, mexicano, mexi-lhão, mexilho, mexinflório etc.

• Após ditongos: baixa, baixela, feixe, frouxo, gueixa, trouxa etc.

3. MorfemasA cada uma das unidades mínimas e signi-

ficativas que compõem uma palavra dá-se o nome de morfema.

De acordo com o papel que exercem na palavra, os elementos mórficos recebem dife-rentes classificações, como:

• Radical: núcleo mais significativo de uma palavra, é a base sobre a qual se cria uma família de vocábulos, os cognatos. É ao ra-dical que se agregam os demais morfemas.

• Afixo: é o morfema que, anteposto (prefixo) ou posposto (sufixo) ao radical, modifica-lhe o significado, acrescendo-lhe mudanças de sentido. Além disso, pode acarretar mu-danças de classe gramatical (caso do sufixo).

G e J

• Nas terminações -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: adágio, ágio, estágio, egrégio, régio, remígio, relógio etc.

• Nas terminações -agem, -igem, -ugem, -ege, -oge: folhagem, viagem, vertigem, fuligem, ferrugem etc.

• Nas palavras de origem estrangeira, latina ou grega: álgebra, algeroz, ginete, girafa, giz (árabes); agiotagem, geleia, herege, sargento (francesas) etc.

• Palavras de origem tupi, africana e árabe: jê, jerivá, jiboia, jenipapo, Moji, pajé; caçanje, alfanje, alforje etc.

S ou Z

Usa-se a letra s nos seguintes casos:

• Em derivados de verbos com nd (nd-ns): as-cender, ascensão, ascensorista; contender, contensão (mas conter, contenção); esten-der, extensão etc.

• Nas correlações pel-puls, rg-rs, rt-rs: compe-lir, compulsão; expelir, expulsão; aspergir, aspersão; divertir, diversão; emergir, emer-são etc.

• Nas correlações corr-curs e sent-sens: correr, curso, percurso, discurso, incurso, incursão, ex-cursão; sentir, sensação etc.

• Nos títulos nobiliárquicos, nos gentílicos (procedência) e nos femininos em geral: ba-ronesa, marquesa, princesa etc.; francesa, finlandesa, holandesa, inglesa, chinesa etc.

• Após ditongos: causa, lousa, maisena, ou-sar etc.

• Nas correlações d-s, nd-ns-s: aludir, alusão; defender, defesa etc.; defender, defensor; despender, despensa etc.

Usa-se a letra z nos seguintes casos:

• Nos substantivos abstratos derivados de ad-jetivos: ácido, acidez; grávida, gravidez, gra-videzes; grande, grandeza; pequeno, peque-nez etc.

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LG.01

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• Desinência: é o morfema indicador das fle-xões. Subclassifica-se como verbal e nominal. As desinências verbais indicam o tempo e o modo (desinência modo-temporal) e a pes-soa e o número (desinência número-pessoal) do verbo. As desinências nominais indicamo gênero e o número de substantivos, adje-tivos, pronomes e numerais (além do particí-pio, forma nominal do verbo).

• Vogal temática: é o morfema que liga o ra-dical às desinências. Adicionada ao radical constitui o tema, base sobre a qual se agre-gam as desinências. Há as vogais temáticas nominais, -a-, -e-, -o-, em sílabas átonas finais, e as vogais temáticas verbais, -a-, -e-, -i-, que indicam as conjugações verbais.

Em muitos vocábulos, certas vogais e consoantes não se enquadram nessas cate-gorias, pois são unidades não significativas que se acrescem puramente por motivo de eufonia (“som agradável”). São chamadas vogais e consoantes de ligação. Exemplos:

Vogais de ligação: silvícola, gasômetro, gasoduto, gaseificar, cacauicultor.

Consoantes de ligação: cafeteira, pezi-nho, chaleira, pobretão.

4. Formação das palavrasQuanto à formação, as palavras podem ser:

• primitivas: as que não se formam a partir de nenhuma outra palavra da língua: sol, fe-liz, honra;

• derivadas: as que se formam a partir de pa-lavras primitivas: solar, felicidade, honraria;

• simples: as que contêm um único radical: vinho, tempo, perna;

• compostas: as que se formam com a união de duas ou mais palavras primitivas, ou de dois ou mais radicais: vinagre (vinho + acre),

passatempo (passa + tempo), pernalta (per-na + alta).

Essa classificação tem como fundamento os dois processos gerais de formação de novas pa-lavras na língua: a derivação (na qual se forma uma palavra nova a partir de outra já existente) e a composição (na qual há formação de novas palavras com base em dois ou mais radicais).

• Derivação regressiva: consiste na supressão do segmento final (vogal temática e desinên-cia) de um verbo no infinitivo e na adjunção de uma das três vogais temáticas nominais (-a, -e, -o): ajudar – ajuda; atacar – ataque; abalar – abalo.

• Derivação imprópria: não supõe as opera-ções de adjunção ou supressão de morfema, de modo que a palavra primitiva e a deri-vada são um mesmo vocábulo, mas usado em contextos morfossintáticos e semânticos distintos. Observe: olho azul (adj.) — o azul dos seus olhos (subst.); homem alto (adj.) — falava alto (adv.).

dm9d

db/h

onda

Na chamada do anúncio, há um caso de conversão de adjeti-vo em advérbio: rápido.

Figura 1

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Page 7: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

• Derivação prefixal: ocorre com o acréscimo de prefixo ao radical. Exemplos: pôr: apor, an-tepor, dispor, indispor, repor; ter: ater-se, abs-ter-se, conter, deter, entreter, manter, reter.

• Derivação sufixal: opera-se pela adjunção de um ou mais sufixos ao radical. Diferentemente da prefixação, pode acarretar alterações se-mânticas e morfológicas. Exemplos: boi: boia-da; formiga: formigueiro; bruxa: bruxaria.

• Derivação prefixal e sufixal: consiste no acréscimo de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva. Exemplo: deslealdade.

No primeiro quadrinho, o sufixo –inh gera uma aparente inadequação: a ratazana é chamada carinhosa e ironica-mente de “gatinha”.

Figura 2

Níq

uel n

áuse

a /

fern

ando

gon

sale

s /

folh

a im

agem

• Derivação parassintética: é a adjunção simultânea de prefixo e sufixo ao mesmo radical. Ela gera apenas verbos: ou a partir de substantivos (apedrejar, amanhecer), ou a partir de adjetivos (amolecer, empa-lidecer, engordar, emagrecer).

• Composição: gera vocábulos resultantes da simples adjunção de dois ou mais radicais (composição por justaposição), ou resultan-tes de adjunção e supressão (composição por aglutinação).

a) composição por justaposição: con-siste na união de duas ou mais palavras primitivas que apenas se justapõem, sem que haja alteração ou supressão em qualquer dos elementos formado-res. Esse processo nem sempre implica o uso de hífen. Exemplos: guarda-civil, guarda-chuva, papel-alumínio, girassol, passatempo etc.

b) composição por aglutinação: caracteri-za-se pela adjunção de duas ou mais pala-vras primitivas, mas com alguma supressão ou alteração fônica numa delas. Exem-plos: aguardente (água + ardente), alvi-negro (alvo + negro), auriverde (auro +verde), embora (em + boa + hora).

Casos especiais

• Hibridismo: chama-se híbrido o vocábulo resultante da adjunção de morfemas prove-nientes de distintas línguas: decímetro (la-tim e grego), desconfiômetro (português e grego), dostoievskiano (russo e português), endovenoso (grego e latim).

• Abreviação: consiste na supressão de fone-mas de um vocábulo (em geral polissílabo) de largo uso na linguagem oral: extra (extraor-dinário), fisio (fisioterapia), Floripa (Florianó-polis), fax (fac-símile), pneu (pneumático).

• Abreviatura: quando ocorre a supressão da maioria dos fonemas, o resultado fica tão desprovido de autonomia fonética que se tor-na um símbolo gráfico da palavra primitiva: Dra. (doutora), qto. (quanto), GO (Goiás), RR (Roraima).

• Sigla: diferentemente da abreviação e da abreviatura, a siglonimização ocorre a par-tir da adjunção de duas ou mais palavras pri-mitivas; porém, além dessa adjunção, ocorre a supressão de grandes segmentos dessas palavras primitivas: USP (Universidade de São Paulo), Banestado (Banco do Estado do Paraná).

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Page 8: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

• Neologismo: é um termo que designa qual-quer palavra de uso recente no idioma ou qualquer palavra do idioma que passa a ter novo(s) significado(s) em virtude do cará-ter polissêmico de todo vocábulo: deletar (apagar), disponibilizar (tornar disponível), jogada (trama, acordo), parada e lance (si-tuação) etc.

Atividades 1 (Uninove-SP) Leia o texto para responder à

questão.

A formiga e o vulcão

Toda vez que acontece uma tragédia, como a do terremoto na China ou a do fura-cão em Mianmar, com milhares de mortos e desabrigados, eu me sinto como uma formiga tentando entender um vulcão. Aliás, também não entendo os vulcões, embora existam vulcanólogos que devem saber mais do que eu sobre o assunto. Já tentaram me explicar como essas coisas acontecem, mas fico na mesma, como o primeiro homem que viu um raio descer do céu e incendiar uma floresta.

Mesmo assim, acredito que seja mais fá-cil entender um vulcão ou um terremoto do que certos fenômenos na vida política e so-cial da humanidade — e não estou me re-ferindo exatamente ao Ronaldo Fenômeno, que andou em trapalhadas recentemente.

A renúncia da ministra Marina Silva pode ser arrolada como um desses fenômenos. Ela procurou cumprir a sua agenda ambientalis-ta na crença de que o governo do qual fa-zia parte tinha o mesmo programa de ação. O problema da Amazônia foi colocado como uma questão de Estado e de governo, não de programa particular de uma ministra.

Marina atritou-se além da conta, não fez concessões — o que é fatal para qualquer político, sobretudo para aqueles que exer-cem cargos executivos. Pode parecer estra-nho que o cronista comece a falar em ter-remotos e vulcões e, de repente, engate a mudança ministerial da semana que passou. De quebra, falando no Ronaldo.

São fenômenos. Os especialistas com-

preendem essas coisas e outras mais, o mun-

do é assim mesmo. Não adianta explicar um

vulcão a uma formiga.

Adaptado de CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, 18 maio 2008.

Assinale a alternativa correta.

a) As palavras desabrigados (§ 1) e descer (§ 1) apresentam o mesmo processo de forma-ção, utilizando o mesmo prefixo.

b) Os substantivos vulcanólogos (§ 1) e cro-nista (§ 4) apresentam sufixos iguais e com mesmo significado.

c) As palavras vulcanólogos (§ 1) e fenô-menos (§ 5) são formadas por derivação parassintética.

d) As palavras vulcanólogos (§ 1) e humani-dade (§ 2) apresentam o mesmo processo de formação, utilizando sufixo.

e) Nas duas vezes em que o substantivo fe-nômeno ocorre no segundo parágrafo do texto, no singular e no plural, apresenta significados diferentes.

2 (U. F. São Carlos, adaptada) Leia com atenção:

Talvez a nordestina já tivesse chegado à conclusão de que vida incomoda bas-tante, alma que não cabe bem no corpo, mesmo alma rala como a sua. Imaginava-zinha, toda supersticiosa, que se por acaso viesse alguma vez a sentir um gosto bem bom de viver — se desencantaria de súbi-to de princesa que era e se transformaria em bicho rasteiro. Porque, por pior que fosse sua situação, não queria ser priva-da de si, ela queria ser ela mesma. Acha-va que cairia em grave castigo e até risco de morrer se tivesse gosto. Então defendia- se da morte por intermédio de um viver de menos, gastando pouco de sua vida para esta não acabar. Essa economia lhe dava alguma segurança pois, quem cai, do chão não passa.

Clarice Lispector. A hora da estrela.

8

As palavras “vulcanólogos” e “humanidade” são formadas por derivação sufixal.

X

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Falando em coisas insólitas com relação ao estilo empregado por Clarice:

a) que efeito consegue ela ao empregar a de-rivação insólita “imaginavazinha”, no texto?

b) Se você aplicasse o mesmo recurso de deri-vação usado por ela aos verbos vencer e sor-rir, em uma frase que tivesse como sujeito o termo os políticos, como ficariam as palavras derivadas?

3 (FCSCL-SP) Assinale a alternativa que comple-

ta, correta e respectivamente, as lacunas das

manchetes, extraídas de O Estado de S. Paulo,

3 ago. 2008.

“Moção da Câmara dos EUA e reunião de Bush

com____________ irritam chineses”;

“Paramilitares enriquecem à custa de

_____________ e medo”;

“Os alimentos na ______________ da huma-

nidade”;

“Explosão da China criou __________________”;

“Os ________________ da rotina americana”;

a) dissidentes – extorções – dispensa – distor-

ções – excessos

b) dissidentes – estorções – dispensa – distor-

sões – escessos

c) dissidentes – extorsões – despensa – distor-

ções – excessos

d) discidentes – estorções – dispensa – distor-

sões – excessos

e) disidentes – estorções – despensa – distor-

ções – exessos

4 (UFMA) Explique os processos de formação das palavras que compõem a última estrofe do poema:

Já não é hoje?

não é aquioje?

Já foi ontem?

será amanhã?

Já quandonde foi?

quandonde será?

eu queria um jazinho que fosse

aquijá

tuoje aquijá.

O’NELL, Alexandre. Poesias completas.

9

Verificar grafia correta das palavras em um dicionário.

X

O sufixo -inha, em “imaginavazinha”, revela a incapacidade

de Macabéa de imaginar, de sonhar. Marca certa vergonha

da personagem em desejar algo positivo para si.

Por exemplo: Os políticos “vencianzinhos” no Brasil secular

e Os políticos “sorrianzinhos” na favela Brasil.

jazinho = derivação sufixal, a partir do advérbio já;

aquijá = composição por justaposição (advérbios aqui + já);

tuoje = composição por aglutinação (pronome reto tu + advérbio

hoje);

aquijá = composição por justaposição (advérbios aqui + já).

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EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES

1 (Unifra-RS) Assinale a alternativa em que to-das as palavras estão acentuadas incorreta-mente.

a) látex – parabéns – baús – boia

b) herói – enxáguam – enjoo – obtém

c) zôo – idéia – hifen – orfãs

d) polens – fêmur – herói – pincéis

e) vatapá – bebê – miúdo – tranquilo

2 (Emescam-ES) Assinale a opção que apresenta classificação equivocada dos respectivos frag-mentos destacados.

a) terreno e ferreiro [radicais]

b) meninas e garotas [desinências: -a- de pes-soa e -s de número]

c) cantar e chover [vogais temáticas ]

d) suavizar e uniformizar [sufixos]

e) desonesto e remarcar [prefixos]

3 (FGV-SP) Leia o texto para responder à questão.

Com a sociedade de consumo nasce a fi-gura do contribuinte. Tanto quanto a palavra consumo ou consumidor, a palavra contri-buinte está sendo usada aqui numa acepção particular. No capitalismo clássico, os impos-tos que recaíam sobre os salários o faziam de uma forma sempre indireta. Geralmente, o Estado taxava os gêneros de primeira ne-cessidade, encarecendo-os. Imposto direto so-bre o contracheque era coisa, salvo engano, inexistente. Com o advento da sociedade de consumo, contudo, criaram-se as condições políticas para que o imposto de renda afetasse uma parcela significativa da classe trabalhado-ra. Quem pode se dar ao luxo de consumir su-pérfluos ou mesmo poupar, pode igualmente pagar impostos.

HADDAD, Fernando. “Trabalho e classes sociais”. In: Tempo social, out. 1997.

Sobre os processos de formação de palavras, é cor-reto afirmar que há a formação de um:

a) substantivo por prefixação em supérfluos.

b) adjetivo com sufixo com sentido de profis-são em contribuinte.

c) substantivo com prefixo com sentido de negação em impostos.

d) substantivo por sufixação em consumidor.

e) adjetivo com prefixo com sentido de dis-tanciamento em advento.

4 (FCSCL-SP) Assinale a alternativa que identifi-ca corretamente os respectivos sentidos dos prefixos latinos que compõem as palavras a seguir: cisplatino, introversão, perfurar, pros-seguir.

a) posição em frente – movimento através – separação – anterioridade.

b) contiguidade – anterioridade – movimento para baixo – posição ao lado.

c) posição aquém – movimento para dentro – separação – movimento para a frente.

d) posição aquém – movimento para dentro – movimento através – movimento para a frente.

e) contiguidade – anterioridade – posição infe-rior – privação.

5 (U. E. Ponta Grossa-PR) Quanto à formação de vocábulos, é certo que:

(01) o prefixo indica negação nos vocábulos impossíveis e inimaginados.

(02) o substantivo fundação é formado por sufi-xação a partir do verbo fundar.

(04) parisiense é vocábulo composto formado por justaposição.

(08) simultaneamente é vocábulo formado por parassíntese a partir de um adjetivo na for-ma feminina.

(16) glamorizou é forma de pretérito perfeito de um verbo criado por derivação sufixal a partir de um estrangeirismo.

10

X

X

“consumidor” é resultado de derivação sufixal.

“cis” indica posição anterior; “intro”, “per” e “pro” indicam mo-vimento, respectivamente, para dentro, através e para rente.

X

X

“a” em “meninas” e “garotas” é desi-nência de gênero, não de pessoa.

1. �zoo: perdeu o acento com a reforma ortográfica de 2010, assim como ideia; hífen�e órfãs: acentuam-se as paroxítonas terminadas em n e em ãs.

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Page 11: GRAMÁTICA REFLEXIVA - CADERNO DE REVISÃO

Dê a soma dos números dos itens corretos.

6 (UECE, adaptada)

Carta de Micael dos Reis a um primo de São José do Monte, o mecânico Manuel Bastos:

Manequinho, não precisa mandar mais carta para a oficina de lanternagem de Zuzu Tavares, uma vez que mudei de ofício e abra-cei a carreira de escultor moderno. Sei como o pessoalzinho de São José do Monte vai rir ao saber que o filho de Santinho Reis está fazendo nome a poder de ferro-velho e coisa destorcida. Peguei inclinação pelo ramo no dia em que vi nos jornais um para-lama de sucata que pegou o primeiro prêmio numa demonstração de esculturagem no estrangei-ro e mais depois em São Paulo. Aí, primo, meti os peitos. […]

José Cândido de Carvalho. Ícaro.

Como se sabe, o léxico, isto é, o conjunto de vo-cábulos de uma língua, é um sistema aberto, que pode ser ampliado constantemente, desde que obedecidas determinadas regras estruturais. A criação de neologismos, ou seja, de palavras novas, é frequente na obra de José Cândido de Carvalho. Podemos indicar, no texto em estudo, dentre os neologismos criados pelo autor, o vocá-bulo esculturagem. Sobre esse vocábulo, é corre-to fazer a seguinte afirmação:

a) Foi formado com o sufixo -agem, que tem o mesmo valor semântico do sufixo que entra na formação do substantivo folhagem.

b) Por causa do sufixo -agem, esculturagem transmite a ideia de ação, processo, portan-to de trabalho constante, que o substantivo escultura não transmite.

c) Guarda, em seu significado, relação com a palavra cultura.

d) Tem como cognatos todos os vocábulos formados com o sufixo -agem.

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X

“esculturagem” apresenta ideia de ação, como se indicasse o processo de produção de uma escultura.

Soma = 19 (01 + 02 + 16)

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