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Pensamento, Linguagem e Desenvolvimento Humano

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Desenvolvimento humano e as práticas educativas

Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Prof. Ms. Pascoal Fernando Ferrari

Revisão Textual:Profª. Esp. Vera Lídia de Sá Cicaroni

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•Desenvolvimento humano e as práticas educativas

•A criança e a escola

•Os métodos de alfabetização no Brasil

Quanto às atividades propostas na unidade, é importante que você realize todas com afinco e determinação. Teste seus conhecimentos respondendo às questões sugeridas, observe o que você já sabe e o que precisa, ainda, saber e amplie seus conhecimentos lendo o material complementar sugerido.

Nesta unidade, estudaremos o desenvolvimento humano e as práticas educativas na escola brasileira. Iniciaremos nossos estudos a partir da aquisição da linguagem pela criança e seu desdobramento na escola.

Em seguida faremos uma reflexão, tendo como foco a alfabetização e o letramento. Assim, destacaremos e discutiremos os métodos de alfabetização mais empregados nas escolas brasileiras durante o percurso de sua história. Para tanto, apropriar-nos-emos das ideias de Jean Piaget, Emília Ferreiro e dos educadores brasileiros Paulo Freire e Magda Soares.Obje

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UniDaDe Desenvolvimento humano e as práticas educativas

•As hipóteses de escrita da criança

•A educação e o letramento

•Alfabetização versus letramento

•A alfabetização de adultos

•Considerações Finais

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Unidade: Desenvolvimento humano e as práticas educativas

Contextualização

Para o momento de contextualização, sugerimos a leitura da entrevista que tem como fonte o jornal Folha de São Paulo e que está publicada no site do jornal virtual Lance, do Laboratório de Neuropsicolinguística Cognitiva Experimental da Universidade de São Paulo (USP).

A entrevista é concedida pelos Professores Telma Weisz e Fernando Capovilla e tem como título Construtivismo x Método Fônico. A entrevista foi motivada pela decisão do Ministério da Educação de rever os métodos de alfabetização. Na entrevista, Weisz defende o construtivismo, enquanto Capovilla defende o método Fônico para alfabetizar, e, assim, abrem um debate entre as duas abordagens.

A entrevista encontra-se no seguinte endereço eletrônico: http://www.ip.usp.br/lance/jornal.html

Para Pensar

Leia a entrevista com atenção e depois reflita sobre seu próprio processo de alfabetização. Você foi alfabetizado(a) através de uma cartilha? Em caso afirmativo, qual o nome da cartilha? Você lembra o método pelo qual foi alfabetizado? Se fosse alfabetizar alguém, qual método usaria? Justifique suas respostas.

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Desenvolvimento humano e as práticas educativas

Nesta unidade iremos conhecer e investigar as práticas educativas nos anos iniciais da educação. Trataremos das hipóteses de alfabetização durante o desenvolvimento da escrita e também conceituaremos o termo letramento no processo de alfabetização da criança. Apresentaremos o contexto da alfabetização e sua importância, contemplando o letramento como uma ferramenta importante dentro do processo de alfabetização, no sentido de construção da identidade de um indivíduo que saiba utilizar socialmente a leitura e a escrita. Neste contexto, abordaremos os métodos de alfabetização e as dificuldades dos professores para trabalhar com a alfabetização.

Dentro desse pressuposto, as concepções acerca da alfabetização estão diretamente ligadas às necessidades sociais, bem como o avanço do conhecimento exigido por cada época. As investigações sobre a alfabetização mostram-nos uma abordagem, passando de um enfoque mecanicista para um enfoque cognitivista e cultural.

A concepção do sujeito, dentro de uma abordagem tradicional, mostra-nos o educador como impositor de conceitos rígidos e fechados, processo em que ele é o detentor de todo o conhecimento, enquanto o aprendiz apenas o recebe (depósito), sem nenhuma possibilidade de participação concreta no processo de alfabetização.

Essa visão mecanicista do sujeito na alfabetização é pautada na crença de que, para cada som da fala, há uma letra e, para cada palavra, um conjunto de letras. Sob essa forma de pensar, o ato de alfabetizar assumia que a simples transposição de códigos (oral e escrito) seria o bastante para habilitar o sujeito a construir e interpretar mensagens, através da codificação (escrita) e da decodificação (leitura).

Para compreendermos esse processo, recorremos ao que denominamos aquisição da linguagem e da comunicação, que se desenvolvem segundo etapas de ordem constante, ainda que o ritmo de progressão possa variar de um sujeito para outro, respeitando os limites individuais ou momentâneos de cada um.

É falando e ouvindo que as crianças conseguem segmentar e aprender as palavras que lhes interessam, e isso muito antes de serem capazes de empregá-las em frases. As primeiras palavras das crianças reúnem, sob uma mesma denominação, vários objetivos e situações que interessam aos que fazem parte de sua experiência.

A criança pode usar uma onomatopeia clássica, como “bruuuu”, para designar o carro que passa pela rua ou qualquer meio de transporte que apareça em sua frente, pessoas ou animais que se movimentam na rua, brinquedos que se movimentam como também manifestar o desejo de andar de carro.

Essas palavras iniciais têm um forte caráter imitativo e não têm um significado fixo. Como vimos na unidade anterior,a criança pensa, inicialmente, por imagens e são as imagens que marcam a significação que ela atribui às palavras. A aquisição da linguagem verbal, que implica o uso de palavras, tem início, em geral, entre os 12 e 24 meses de idade.

Entretanto, antes do aparecimento das primeiras palavras, observa-se o desenvolvimento de um complexo sistema de comunicação não verbal, com intencionalidade cada vez mais definida e que envolve a expressividade corporal, os movimentos, gestos, olhares, nuances nas vocalizações, choro e assim por diante.

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Mesmo antes de adquirir a linguagem verbal, o bebê já possui uma experiência de comunicação. O desenvolvimento dessas habilidades pode ser acompanhado ao longo do seu crescimento, servindo, também, de indicativo da formação de uma boa ou má competência comunicativa.

Podemos apontar uma série de fatores que determinam um bom desenvolvimento da comunicação infantil, como as condições físicas ou orgânicas, a integridade do sistema nervoso e da audição.

Ainda, é preciso salientar a importância do seguinte aspecto: ter o que comunicar. Isso significa que quem comunica quer transmitir uma mensagem, ou seja, utilizar a fala para demonstrar seus desejos, experiências, conhecimentos, valores e sentimentos.

Dessa forma, estamos considerando a formação de conteúdos mentais e, nesse aspecto, tem um papel fundamental a própria constituição da inteligência. Não basta ter algo em mente que possa ser comunicado; há que se ter um desejo de transmitir alguma coisa para alguém, de forma sistemática para que o outro entenda.

Ter uma forma para comunicar, possuir algo para ser expresso e querer fazer com que isso chegue até alguém depende, fundamentalmente, de estar de posse de um meio ou forma que permita a comunicação.

Para Pensar

Ter um interlocutor é fundamental para a completude do processo comunicacional. De que adiantaria ter algo para dizer, um desejo de dizer e uma forma para fazê-lo, caso não houvesse alguém para ouvir ou interagir? Estamos frente à importância do papel do outro, não só como nosso ouvinte, mas também como aquele que nos fornece o instrumental simbólico a ser usado na comunicação.

Podemos dizer que a formação dos conteúdos mentais ou de nossa linguagem interior está diretamente ligada ao desenvolvimento cognitivo. Alterações nesse aspecto podem interferir na aquisição da linguagem, predominantemente em termos semânticos e de compreensão.

a criança e a escola

Chega a hora de a criança ir à escola e ampliar os seus contatos com os valores sociais. Após o período de desenvolvimento da linguagem, entre os 4 e 6 anos, chega o momento da alfabetização, a hora de ir para a escola para entrar no processo de aquisição da leitura e da escrita.

No Brasil, em meados dos anos 80, chega uma nova teoria causando grande impacto e revolucionando o ensino da língua nas séries iniciais do Ensino Fundamental, ao mesmo tempo provocando uma revisão no tratamento dado ao ensino e à aprendizagem em outras

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áreas do conhecimento. Essa investigação evidencia a atividade construtiva do aluno sobre a língua escrita, objeto de conhecimento reconhecidamente escolar, mostrando a presença importante dos conhecimentos específicos sobre a escrita que a criança já tem e que, embora não coincidam com os dos adultos, têm sentido para ela. Veja como Freire trata a questão da alfabetização:

[...] Aprender a ler, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade Freire (2001,p. 8).

A escola consolida-se como lugar institucionalizado para o preparo das novas gerações. A universalização da escola assume um papel de instrumento da modernização e do progresso para “esclarecer as massas iletradas”. A leitura e a escrita tornam-se fundamentos da escola obrigatórios e objeto de ensino e aprendizagem.

A passagem da criança para o mundo da cultura letrada instaura novas formas de relação dos sujeitos entre si, com a natureza e com a história; um mundo novo que instaura novos modos e conteúdos de pensar, sentir, querer e agir.

Os documentos oficiais da Federação brasileira também nos ajudam a pensar o papel da escola, quando esta se defronta com a questão da alfabetização e do letramento, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental I. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1º a 4º séries) da Língua Portuguesa entendem o letramento como:

Letramento, aqui, é entendido como produto da participação em práticas sociais que usam a escrita como sistema simbólico e tecnologia. São práticas discursivas que precisam da escrita para torná-las significativas, ainda que, às vezes, não envolvam as atividades específicas de ler ou escrever. Dessa concepção decorre o entendimento de que, nas sociedades urbanas modernas, não existe grau zero de letramento, pois, nelas, é impossível não participar, de alguma forma, de algumas dessas práticas (Brasil, 1997. p.21).

Quando entramos na escola, já possuímos algum grau de letramento. De alguma maneira, nossa vida cotidiana colocou-nos diante de alguma forma de texto escrito e sabíamos que ali estava grafado algo. A escola deverá considerar o conhecimento prévio do aluno para compreender com qual aprendiz está lidando.

ideias Chave

O contato que o aprendiz teve com a leitura e a escrita na vida pré-escolar deve ser levado em conta no processo de alfabetização. Inclusive, atualmente, devemos considerar a experiência com as novas tecnologias que os aprendizes tiveram.

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Os métodos de alfabetização no Brasil

Para contemplar o processo da alfabetização aplicaram-se alguns métodos específicos, que foram construídos ao longo da nossa história desde o período Colonial brasileiro, como exemplo, os seguintes métodos:

Método sintético: Com muitas variantes, de forma geral, desenvolve-se da “parte” para o

“todo”, apropriando-se da soletração, que parte do nome das letras, ou da silabação, partindo da emissão de sons das sílabas, sempre em uma ordem crescente. Como método que valoriza o fônico na alfabetização, parte dos sons correspondentes às letras.

Posteriormente, reunidas as letras ou os sons em sílabas ou conhecidas as famílias silábicas, ensina-se a ler palavras formadas com essas letras e/ou sons e/ou sílabas e, por fim, ensinam-se frases isoladas ou agrupadas. Em relação à escrita, o método restringe-se à caligrafia e à ortografia, e seu ensino, à cópia, ditados e formação de frases, enfatizando o desenho correto das letras.

A partir de 1890, implementou-se a reforma da instrução pública no Estado de São Paulo. A base da reforma estava nos novos métodos de ensino, em especial no então novo e revolucionário método analítico para o ensino da leitura.

Método analítico: De acordo com o método analítico, o ensino da leitura deve ser

iniciado pelo “todo”, para depois se proceder à análise de suas partes constitutivas. Diferentemente dos métodos de marcha sintética até então utilizados, o método analítico, sobre forte influência da pedagogia norte-americana, baseia-se em princípios didáticos derivados de uma nova concepção — de caráter biopsicofisiológico — de criança.

Por entender a criança de uma maneira mais global, os níveis gerais e satisfatórios para o desenvolvimento corporal, orgânico, postural e motor têm atenção especial. Aprender significa criar novas estruturas psicomotoras que são incorporadas ao cognitivo da criança e essas novas experiências motoras adquiridas são ajustadas às já estabelecidas.

Em meados da década de 1920, aumentam as resistências dos professores quanto à utilização do método analítico e começa-se a buscar novas propostas de solução para os problemas do ensino e aprendizagem iniciais da leitura e da escrita. Neste sentido, a importância do método de alfabetização passa a ser relativizada, secundária e considerada tradicional.

As cartilhas utilizadas como recurso para alfabetização passam a se basear, predominantemente, em métodos mistos ou ecléticos (analítico-sintético e vice-versa), com manuais para os professores. Um exemplo é a cartilha Caminho Suave, que predominou na educação brasileira a partir de 1948, ano de seu lançamento. Também conhecida como uma metodologia de alfabetização pela imagem, pois associava a letra a uma imagem “a de abelha”.

Barriga

Bb

Ba, Be, Bi ...

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Na década de 1980, essa tradição passa a ser questionada em decorrência de novas urgências políticas e sociais, que se fazem acompanhar de propostas de mudança na educação, a fim de se enfrentar, particularmente, o fracasso da escola na alfabetização de crianças.

Método Clínico: Associado à teoria piagetiana, este é um método livre de conversação sobre um tema dirigido

pelo interrogador. É uma técnica experimental que orienta o curso do interrogatório, o qual é dirigido pelas respostas do sujeito. Seu objetivo é análise do conteúdo do pensamento infantil. Esse método inclui uma prática que testa hipóteses sobre o funcionamento da inteligência de um sujeito enquanto este raciocina. Pouco abrangente na questão da alfabetização, mas amplamente difundido na educação de forma geral.

A Abordagem Construtivista: Nos anos 1980, é introduzido no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetização,

resultante das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita, desenvolvidas pela pesquisadora argentina Emília Ferreiro e seus colaboradores. O construtivismo apresenta-se como uma revolução conceitual sobre a educação, demandando, entre outros aspectos, o abandono das teorias e práticas tradicionais, desmetodizando o processo de alfabetização e questionando a necessidade das cartilhas.

No construtivismo, a maneira de construir o saber é muito ampla, incluindo, realmente, as ideias de descobrir, inventar, redescobrir, criar, sendo que aquilo que se faz é tão importante quanto o como fazer e o porquê de fazer.

O sujeito tem um papel ativo no processo de aprendizagem, convivendo com textos e pessoas alfabetizadas, estabelecendo uma ligação cognitiva a partir do que ele já sabe, das suas hipóteses, das suas necessidades e do que é capaz de problematizar.

No contexto da teoria construtivista de caráter interativo, contamos com a Epistemologia genética proposta por Jean Piaget, entendendo o pensamento e a inteligência como processos cognitivos que têm sua base em um organismo biológico.

Para Piaget, é a partir da herança genética que o individuo constrói sua própria evolução da inteligência, em paralelo com a maturidade e o crescimento biológico; através da interação com o meio, desenvolve também suas capacidades básicas para a subsistência: a adaptação e a organização.

Abordagem Histórico-social: O enfoque histórico-cultural concebido por Vygotsky consiste em considerar o indivíduo

como resultado de um processo histórico e social, em que a linguagem desempenha um papel essencial. Para Vygotsky, o conhecimento é um processo de interação entre sujeito e o meio. Esse meio é entendido social e culturalmente.

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Dentro da teoria sócio-histórica, são as condições sociais em que o sujeito está inserido que mediarão o seu desenvolvimento no processo de aprendizagem, priorizando as interações entre os próprios alunos e entre eles e o professor. O objetivo, então, é fazer com que os conceitos espontâneos que as crianças desenvolvem em sua convivência social evoluam para o nível dos conceitos científicos. Nesse sentido, o educador assume o papel de mediador privilegiado na formação do conhecimento.

A alfabetização busca a consoante unindo-se à vogal, mas de uma forma construtivista e não mecânica, como se fazia com as famílias silábicas (modelo tradicional). O objetivo é ampliar o universo das expressões da criança para facilitar a incorporação da escrita. A ênfase é na elaboração da fala, da escrita e da leitura como instrumentos simbólicos que repercutem no desenvolvimento mental.

A criança deve contar com um ponto de partida para realizar suas próprias descobertas. Nesse sentido, o oferecimento de modelos de texto, por exemplo, é uma estratégia válida – desde que resulte numa atividade criativa e não cópia mecânica. Trabalhos em pequenos grupos facilitam o aprendizado, mas cabe ao educador acompanhar individualmente o aluno.

as hipóteses de escrita da criança

Conhecer as hipóteses de escrita da criança é importante para que o professor das séries iniciais tenha melhor desempenho em seu ofício e compreenda melhor o que o aluno é capaz de fazer em dado momento de seu desenvolvimento, levando em conta sua maturidade cognitiva.

Observe o quadro a seguir:

Quadro de Evolução Conceitual da Escrita

1º Etapa 2º Etapa 3º Etapa 4º Etapa

Primeiros contatos com a escrita.Confecção de garatujas.Mistura de letras e números.

Diferencia entre a escrita e o desenho.A escrita substitui o desenho.

Modos de diferenciação:Qualitativo, variedade de letras.Quantitativo, quanti-dade de letras.

Fonetização da escrita. Períodos:•Silábico,•Silábico-alfabético•Alfabético

• Silábico,

• Silábico-alfabético

• Alfabético

O quadro apresenta-nos uma ideia do desenvolvimento da escrita e da leitura da criança. Inicialmente a criança não atribui valor à escrita; paulatinamente, a criança ira valorar as letras, sílabas e palavras. A criança, primeiro, cria hipóteses de sua escrita para, em seguida, atribuir-lhe o significado estabelecido pela sintaxe e gramática adulta e convencional.

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Entrando na 4º etapa, a criança começa o processo de fonetização da escrita. Veja o que Emília Ferreiro diz sobre esta questão:

A fonetização da escrita se inicia quando as crianças começam a buscar uma relação entre o que se escreve e os aspectos sonoros da fala. [...] O período de fonetização da escrita, em caso de línguas como o espanhol, se manifesta com um primeiro período silábico, seguido por um período silábico-alfabético, e finalmente as crianças abordam o essencial de uma escrita alfabética (Ferreiro, 2003, p.85).

Os períodos de aquisição da escrita e leitura da criança é um contexto trazido por Emília Ferreiro, concebendo a construção do conhecimento da leitura e da escrita, no tempo de cada aluno, constatando que esse tempo é muito variável e que o aprendizado não é provocado exclusivamente pela escola. Partindo deste contexto, Emília propõe os períodos de construção da escrita pela criança. São eles:

Período pré-silábico: É a fase da pré-escrita. A criança não consegue relacionar as letras com os sons da língua

falada. Não há reconhecimento do valor sonoro. Não há entendimento da ordem das letras. Neste momento, o aprendiz acredita que, para ler e escrever, precisa de muitas letras, sem repetição. A criança escreve o que deseja escrever; ela ainda não percebe a forma escrita como representação da fala.

Sapato OO -

Período silábico: A criança interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor a sílaba, uma a uma. A letra é como

um símbolo. Ainda há a presença da quantidade de letras, colocando uma letra para cada sílaba.

Sapato AAO – SPT

Período Silábico-alfabético: A criança mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas, escrevendo

ora atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. O modo silábico-alfabético precede a escrita regida pelos fundamentos alfabéticos.

Sapato SAPTO – SAATO

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Período Alfabético: Neste momento, a criança entende que ler não é apenas adivinhar o que está escrito, que

será preciso reconhecer os fonemas e que, para escrever e ser compreendido em sua escrita, será necessária uma ordem lógica na colocação das sílabas. Enfim, a criança domina o valor das letras e das sílabas. Os erros de escrita e leitura ainda permanecem, mas o aprendiz já domina, mesmo que ainda não de forma plena, os códigos da escrita.

Sapato SABATO– SAPATO

Esses níveis são trabalhados em sala de aula para que o educador possa identificar como realizará o trabalho de alfabetização de acordo com o nível apresentado pelas crianças. A criança, agora, passa a ser vista como sujeito que interage com a escrita como objeto de conhecimento.

importante

Nesse processo de aprendizagem das crianças, devemos considerar, ainda, os saberes sobre os espaços entre as palavras, sobre quando usar letras maiúscula e minúscula, plurais das palavras, aspas, ponto e vírgula, tempos verbais, etc. e sobre tantas outras regras da língua, que são complexas de aprender. Não é uma questão de, simplesmente, decifrar códigos de escrita é também saber usá-los.

a educação e o letramento

Conceituar o termo letramento não é tarefa fácil. Podemos partir do princípio que o indivíduo letrado é aquele que possui o domínio da leitura e da escrita. Nesse sentido, uma pessoa letrada é aquela que domina e utiliza com competência a escrita e a leitura em seu meio social, pois, só assim, o indivíduo se tornará letrado.

Todavia podemos dizer que uma pessoa é letrada mesmo não sendo alfabetizada, desde que se aproprie das práticas sociais da escrita. Ou seja, podemos entender o letramento como estado ou condição de quem não sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.

O outro lado da questão é que é possível também que alguém conheça basicamente os códigos da escrita e da leitura e suas convenções, mas não faça uso desse código em seu cotidiano. Ou ainda, a pessoa que, embora tenha desenvolvido as habilidades básicas sobre o ler e escrever, não seja capaz de utilizar a escrita e a leitura em sua vida cotidiana. Essas pessoas podem ser consideradas analfabetas funcionais: decodificam e codificam os signos escritos, mas não interpretam plenamente esses signos, dificultando seu uso no cotidiano.

Como podemos notar, é complexo aclarar o que seja letramento. O termo surge a partir da palavra inglesa literacy e pode significar letrado. Magda Soares pode nos ajudar a pensar na dificuldade de conceituar o termo.

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Pode-se concluir, então, que há diferentes conceitos de letramento, conceitos que variam segundo as necessidades e condições sociais específicas de determinado momento histórico e de determinado estágio de desenvolvimento. [...] o conceito de letramento envolve um conjunto de fatores que variam de habilidades e conhecimentos individuais a práticas sociais e competências funcionais e, ainda, a valores ideológicos e metas políticas (Soares, 2001, p.80 e 81).

A autora aponta para a complexidade de se tentar conceituar o termo letramento. Certamente o letramento está vinculado ao uso que fazemos da palavra escrita, como levar um simples bilhete da escola para casa ou saber que, à nossa frente, está escrita uma lista de coisas que indica a rotina de nossa sala de aula ou, ainda, saber que, nas placas de trânsito, estão escritas indicações de como devemos dirigir um carro. Então, não precisamos, exclusivamente, da leitura e da escrita para sermos letrados.

Trocando ideias

Quando alfabetizado, espera-se que o aprendiz letrado se torne capaz de interpretar diferentes textos que circulam na sociedade em que vive. Faz-se necessário, para a escola, um questionamento:

Como a escola pode alfabetizar letrando?

Ensinando a ler e a escrever e inserindo o aprendiz no contexto das práticas sociais da escrita; essa seria uma das possíveis respostas.

alfabetização versus letramento

Para que ocorra a alfabetização e o letramento é necessária a interferência de um adulto que leve a criança a perceber por que e para que é importante ler e escrever. Por outro lado, a criança tem que entender o uso das tecnologias presentes na escola. Sobre o letramento e as técnicas empregadas na escola, veja, a seguir, um trecho da entrevista concedida por Magda Soares a um jornal:

Alfabetize letrando sem descuidar da especificidade do processo de alfabetização, especificidade é ensinar a criança e ela aprender. O aluno precisa entender a tecnologia da alfabetização. Há convenções que precisam ser ensinadas e aprendidas, trata-se de um sistema de convenções com bastante complexidade. O estudante (além de decodificar letras e palavras) precisa aprender toda uma tecnologia muito complicada: como segurar o lápis, escrever de cima pra baixo e da esquerda para a direita; escrever numa linha horizontal, sem subir ou descer. São convenções que os adultos letrados acham óbvias, mas que são difíceis para as crianças. E no caso dos professores dos ciclos mais avançados do ensino fundamental, é importante cuidar do letramento em cada área específica. (Soares, 2003).

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Existem convenções que precisam ser ensinadas sobre nossa língua escrita. Além de decodificar letras, palavras e sinais, o aprendiz precisa aprender toda técnica presente na escola, que é muito complicada em seu início: como segurar o lápis, escrever de cima pra baixo e da esquerda para a direita; escrever numa linha horizontal sem subir ou descer e, ainda, nos dias atuais, devemos pensar no uso do computador e na internet.

Dois pontos devem ser abordados sobre a questão do letramento. O primeiro é entender que o letramento não é função apenas do professor de Língua Portuguesa; os professores de todas as disciplinas escolares são responsáveis por letrar seus aprendizes, cada um em sua especialidade. O segundo ponto é que se deveria apresentar aos aprendizes diversos portadores de texto. Portador de texto é tudo que, normalmente, carrega um texto, por exemplo: bulas, jornais, revistas, gibis, bilhetes, livros, cadernos,etc. O portador de texto é um suporte para o texto. Desse modo, o professor tem a importante tarefa de propiciar aos seus alunos contato com uma grande diversidade de texto: textos que sejam interessantes e desafiadores, que, depois de lidos e compreendidos, possam se revelar como uma conquista capaz de dar autonomia e independência ao aprendiz.

São complexos os conceitos de alfabetização e letramento, todavia é necessário que tratemos os termos de forma associada. Tentando aclarar a questão, veja o que Magda Soares fala sobre os termos:

ALFABETIZAÇÃO: ação de ensinar/aprender a ler e a escrever.

LETRAMENTO: estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce as práticas sociais que usam a escrita.

[...] Precisamos de um verbo “letrar” para nomear a ação de levar os indivíduos ao letramento... Assim, teríamos alfabetizar e letrar como duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado (Soares, 2001, p. 47).

O trecho mostra a importância de se alfabetizar e letrar o aprendiz. Apenas alfabetizar, como fazem alguns métodos ou práticas de professores, não atende à demanda social da atualidade. É preciso alfabetizar letrando, como diz a autora. Neste sentido, as ações educativas deveriam prever, em todo seu percurso, práticas educativas que considerassem o letramento do aprendiz.

a alfabetização de adultos

Fui alfabetizado no chão do quintal de minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais. O chão foi meu quadro-negro; gravetos, o meu giz.

[...] Eunice continuou e aprofundou o trabalho de meus pais. Com ela, a leitura da palavra, da frase, da sentença jamais significou uma ruptura com a “leitura” do mundo. Com ela, a leitura da palavra foi a leitura da “palavramundo”. (Freire, 2001, p.5).

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Paulo Freire mostra-nos a importância da alfabetização estar conectada ao mundo, a um mundo culturalmente vivido e que se amplia com o uso da leitura e da escrita. Eunice, sua primeira professora, foi fundamental nesse processo, como os pais de Paulo, que iniciaram seu processo de alfabetização ainda em casa.

Paulo Freire sugere o termo Palavramundo. A palavra, como representação do mundo, não pode estar desconectada da realidade. A partir dessa forma de pensar a alfabetização, o autor faz uma proposição pedagógica para alfabetizar pessoas adultas. Para alfabetizar adultos, Paulo Freire propõe uma abordagem que consiste em três momentos entrelaçados dentro do diálogo e da interdisciplinaridade.

O primeiro Momento: É a investigação temática. Educador e educando buscam, no universo vocabular do aluno e

da sociedade em que ele está inserido, as palavras e temas centrais de sua vivência.

O segundo Momento: É a tematização. Educador e educando irão buscar o significado social, tomando consciência

do mundo em que vivem, descobrindo novos temas geradores, relacionados com os que foram inicialmente levantados. É nessa fase que serão elaboradas as fichas para a decomposição das famílias fonéticas, dando subsídios para a leitura e para a escrita.

O terceiro momento: É a problematização. É a hora de formar a visão crítica, partindo para a transformação do

aprendiz e do contexto vivido.

O contexto apresentado por Paulo Freire consiste no processo de silabação. A silabação: uma vez identificada, cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica.

Cada sílaba se desdobra em sua respectiva família silábica, com a mudança da vogal. Por exemplo, para a palavra “FOME”, as sílabas são: FA-FE-FI-FO-FU, MA-ME-MI-MO-MU. E essas sílabas transformam-se em outras palavras que estão no cotidiano do aprendiz, ampliando seu repertório de palavras e sua consciência de mundo.

A discussão sobre erradicar o analfabetismo no Brasil ocorre com mais ênfase na década de 1930, porém, na década de 1950 se amplia, com a proposta desenvolvida por Paulo Freire para alfabetizar jovens e adultos. Freire propunha uma educação dialógica que valorizasse a cultura popular e a utilização de temas geradores. Dentro de um contexto de conscientização, participação e transformação social e prática social, temos resultados satisfatórios. Freire inovou não apenas o conteúdo, mas também o método tradicional de alfabetização.

Para Freire, a alfabetização promove a socialização do indivíduo, possibilitando trocas simbólicas, culturais e sociais; é um fator propulsor do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um todo.

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Considerações finais

O contexto apresentado mostrou como podemos contemplar a alfabetização de um indivíduo dentro da sua prática social, compreendendo a amplitude do processo de alfabetização e das dificuldades que os professores encontram para conseguir estabelecer esse processo.

Para que possamos compreender a processo de alfabetização, primeiramente devemos conhecer alguns aspectos importantes. Antes de aprenderem a ler e escrever, as crianças passam por vários contextos, como, por exemplo, a aquisição da linguagem até os cinco ou seis anos, estabelecem-se socialmente e, somente após esse processo concretizado, as elas são encaminhadas para as escolas para serem alfabetizadas.

A alfabetização é um processo que não se resume apenas na aquisição de habilidades mecânicas do ato de ler, baseadas nas regras gramaticais, mas também na capacidade do indivíduo de interpretar, compreender, criticar, contextualizar e produzir conhecimento e, para que esse processo se configure, recorremos ao letramento, que é o sentido mais ampliado da alfabetização.

Cabe ressaltar que os conceitos apresentados sobre a alfabetização e o letramento mostram que não podemos deixar de lado as técnicas da alfabetização e trabalhar somente com o letramento, já que os dois se complementam. Dessa forma, devemos trabalhar com as duas possibilidades para que possamos chegar ao objetivo de formar um indivíduo que não saiba apenas ler e escrever, mas que também utilize socialmente a leitura e a escrita, interpretando e contextualizando, respondendo às demandas sociais de leitura e de escrita.

Muitos educadores sentem dificuldades em realizar um trabalho contemplando a alfabetização e o letramento. Talvez isso ocorra por falta de conhecimento sobre o assunto ou por terem certa resistência em conceber outras possibilidades de alfabetização, contando sempre com o mesmo método, sem levar em consideração a prática social de cada aluno.

Os novos educadores devem conhecer novas metodologias, novos pensamentos educacionais, novas possibilidades, pois é preciso ter ciência de que, muitas vezes, temos que abrir mão de fórmulas antigas para contemplar o processo de alfabetização de acordo com as dificuldades apresentadas por nossos alunos. É preciso destacar a importância de alfabetizar dentro de um contexto em que a leitura e a escrita tenham sentido para o aluno.

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Material Complementar

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SANTOS, Carmi Ferras; MENDONÇA, Márcia (org.). Alfabetização e letramento: conceitos e relações. 1ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

O livro encontra-se no seguinte endereço eletrônico:http://www.ufpe.br/ceel/e-books/Alfabetizacao_letramento_Livro.pdf

Para complementar os estudos do assunto desta unidade e ampliar seus conhecimentos, sugerimos que você leia o livro (E-book) indicado abaixo.

O referido E-book é um trabalho realizado conjuntamente pelo Ministério da Educação e Universidade Federal de Pernambuco, com o objetivo de apresentar, gradualmente e sob vários pontos de vista, as reflexões a respeito do tema “alfabetização e letramento”.

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Referências

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília. 1997.

FERREIRO. E. Com todas as letras. Trad. Maria Zilda Lopes. Ed. 11º. São Paulo: Cortez, 2003.

FREIRE, P. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 47º ed. São Paulo: Cortez, 2006.

SOARES M. Letramento: um tema em três gêneros. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2001.

__________. O que é letramento. Diário do Grande ABC: Santo André, 2003. Disponível em: http://www.diarionaescola.com.br/29se08.pdf. Acesso em 10/10/2012.

VYGOTSKY L. A construção do pensamento e da linguagem. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes. 2001.

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anotações

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