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PEMBA: Fogo consome “mercado das batatas” Segunda, 09 Março 2015 00:00 | | Acessos: 289 NA madrugada do sábado passado, a cidade de Pemba interrompeu o sono, sobressaltada, devido a um incêndio de grandes proporções, que evoluía nas imediações das bombas de combustível, da Electricidade de Moçambique e do quartel dos “soldados da paz” (bombeiros). Esta localização prestava-se a muitas conjecturas, todas elas a apontarem para um desastre de dimensões calamitosas. Ninguém se lembrava que ali mesmo estava um próspero mercado, inicialmente de venda de batata, mas que a seguir acolheu todo o tipo de bens, sobretudo electrodomésticos, roupa nova e, essencialmente, de capulanas tanzanianas, de sandálias e chinelos dos países dos grandes Lagos e trazidos por cidadãos queniano e tanzanianos. O mercado já era conhecido como “o último ponto da agenda dos seminários” porque era ali onde todos os participantes a eventos realizados na capital provincial, se acotovelavam para a compra dos produtos e bens atrás citados, sobretudo a capulana. Desde a madrugada de sábado que este mercado deu lugar a um vazio desolador, penoso e pesaroso, com tudo transformado em cinzas. Ainda não há dados concludentes que indiquem a verdadeira causa do incêndio, apesar de estarem a circular rumores dando conta que o fogo terá partido de uma barraca onde habitualmente confeccionava comida às primeiras horas do dia para abastecer a multidão que regularmente enchia o local, incluindo os donos das barracas e lojas que lotavam o recinto. A outra especulação refere-se a uma hipotética descarga eléctrica derivada do restabelecimento instantâneo da corrente eléctrica após uma interrupção. Responsáveis municipais fizeram-se rapidamente ao terreno, tal como os bombeiros e a solidariedade de todos os pontos da cidade de Pemba, porque o “mercado das batatas” tocava um pouco a cada um dos residentes da urbe. A comunidade estrangeira, de cidadãos dos Grandes Lagos, da vizinha Tanzania e até de oeste-africano, que tinha ali todo o seu negócio e a sua vida económica, ficou literalmente de luto: o mau hábito que se instalou e se incrementou de os estrangeiros não recorrem à banca para guardar as suas poupanças, bem assim, os outros que faziam daquele local sua residência e de culto, para não interromperem o negócio, são factores que se juntaram e criaram a tristeza que é comum em toda a cidade de Pemba.

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PEMBA: Fogo consome “mercado das batatas”Segunda, 09 Março 2015 00:00 |   | Acessos: 289

NA madrugada do sábado passado, a cidade de Pemba interrompeu o sono, sobressaltada, devido a um incêndio de grandes proporções, que evoluía nas imediações das bombas de combustível, da Electricidade de Moçambique e do quartel dos “soldados da paz” (bombeiros). Esta localização prestava-se a muitas conjecturas, todas elas a apontarem para um desastre de dimensões calamitosas.

Ninguém se lembrava que ali mesmo estava um próspero mercado, inicialmente de venda de batata, mas que a seguir acolheu todo o tipo de bens, sobretudo electrodomésticos, roupa nova e, essencialmente, de capulanas tanzanianas, de sandálias e chinelos dos países dos grandes Lagos e trazidos por cidadãos queniano e tanzanianos.

O mercado já era conhecido como “o último ponto da agenda dos seminários” porque era ali onde todos os participantes a eventos realizados na capital provincial, se acotovelavam para a compra dos produtos e bens atrás citados, sobretudo a capulana.

Desde a madrugada de sábado que este mercado deu lugar a um vazio desolador, penoso e pesaroso, com tudo transformado em cinzas.

Ainda não há dados concludentes que indiquem a verdadeira causa do incêndio, apesar de estarem a circular rumores dando conta que o fogo terá partido de uma barraca onde habitualmente confeccionava comida às primeiras horas do dia para abastecer a multidão que regularmente enchia o local, incluindo os donos das barracas e lojas que lotavam o recinto. A outra especulação refere-se a uma hipotética descarga eléctrica derivada do restabelecimento instantâneo da corrente eléctrica após uma interrupção.

Responsáveis municipais fizeram-se rapidamente ao terreno, tal como os bombeiros e a solidariedade de todos os pontos da cidade de Pemba, porque o “mercado das batatas” tocava um pouco a cada um dos residentes da urbe. A comunidade estrangeira, de cidadãos dos Grandes Lagos, da vizinha Tanzania e até de oeste-africano, que tinha ali todo o seu negócio e a sua vida económica, ficou literalmente de luto: o mau hábito que se instalou e se incrementou de os estrangeiros não recorrem à banca para guardar as suas poupanças, bem assim, os outros que faziam daquele local sua residência e de culto, para não interromperem o negócio, são factores que se juntaram e criaram a tristeza que é comum em toda a cidade de Pemba.