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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015 Mod.PGM 37-0 1 “PELO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA À AUTONOMIA, À INTEGRAÇÃO SOCIAL/PROFISSIONAL E À PARTICIPAÇÃO NA VIDA DA COMUNIDADE”

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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“PELO DIREITO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA À AUTONOMIA, À INTEGRAÇÃO

SOCIAL/PROFISSIONAL E À PARTICIPAÇÃO NA VIDA DA COMUNIDADE”

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TRODUÇÃO INTROD

Página

Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………………… 3

1 – Recursos Humanos……………….………………………………………………………………………………………………….… 5

1.1 – Formação ……………………………………………………………………………………………………………………………… 6

1.2 – Avaliação de Desempenho …………………………………………………………………………………………………….. 9

2 – Parcerias …………………………………………………………………………………………………………………………………… 9

3 – Atividade das Respostas Sociais

3.1 – Centro de Atividades Ocupacionais……………………………………………………………………………………..…12

3.2 – Serviço de Apoio Domiciliário………………………………………………………………………………………………….18

3.3 – Intervenção Precoce na Infância………………………………………………………………………………………………18

3.4 – Centro Recursos Inclusão…………………………………………………………………………………………………………22

3.5 – Lar Residencial Casa na Paisagem ---------------------------------------------------------------------------- 27

4 – Projetos ………………………………………………………………………………………………………………………………….… 30

5 – Desempenho da Instituição

5.1 – Taxa de concretização dos objetivos estratégicos……………………………… ……………………….………… 34

5.2 – Objetivos ………………………………………………………………………………………………………………….……………37

5.3 – Auditorias ……………………………………………………………………………………………………………………………….43

5.4 – Avaliação da Satisfação. ……………………………………………………………………………………………………….…44

5.4.1 – Avaliação da satisfação de clientes/famílias …………………………………………………………………….…..44

5.4.2 – Avaliação da Satisfação de colaboradores ……………………………………………………………………….…..46

5.4.3 – Avaliação da Satisfação das entidades parceiras ………………………………………………………………….47

5.5 – Ações de melhoria ………………………………………………………………………………………………………………….48

6 – Proposta de aplicação de resultados --------------------------------------------------------------------------------49

INDICE

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INTRODUÇÃO

Este documento apresenta o Relatório Anual de Atividades da Associação de Paralisia Cerebral de

Odemira (APCO) relativo ao ano de 2015.

São apresentados os resultados da APCO no que respeita a: recursos humanos e oportunidades de

desenvolvimento/envolvimento que lhe estão inerentes; parcerias; atividade desenvolvida pelas várias

Respostas Sociais; resultados dos projetos desenvolvidos que tiveram e/ou têm, impacto significativo na

dinâmica da Associação e desempenho geral da APCO.

O relatório tem por base os resultados produzidos em 2015 de acordo com o previsto no Plano Anual de

Atividades. Tem ainda como suporte, a revisão do Sistema de Gestão da Qualidade, a atividade prevista

e descrita no Mapa de Processo “Gestão e Melhoria” que tem como finalidade a melhoria da eficácia do

Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) da Instituição.

A atividade da APCO está ainda suportada na sua missão, visão e valores, que constituem as linhas

orientadoras de toda a atividade da Associação.

A Associação tem como missão o direito das pessoas com deficiência à autonomia, à integração

social/profissional e à participação na vida da comunidade.

Por seu lado, a Visão consiste em:

Sensibilizar a comunidade para a problemática da inclusão da pessoa com deficiência;

Incentivar o sentido de responsabilidade social das empresas;

Trabalhar em parceria com vista à prevenção e sensibilização para as questões do desenvolvimento humano;

Ser influente na sociedade;

Estabelecer parcerias nacionais e internacionais para a prevenção dos direitos das pessoas com deficiência;

Ter uma equipa técnica motivada e competente com vista à excelência dos serviços;

Criar e desenvolver serviços de Reabilitação, Habilitação e Integração;

Ter infraestruturas e recursos adequados para os fins da Associação;

Desenvolver o trabalho com base no profissionalismo, integridade e privacidade;

Promover uma gestão rigorosa, transparente e eficiente dos recursos disponíveis.

A cultura da APCO assenta em treze valores fundamentais:

Responsabilidade Social

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Compromisso

Ambição

Empenho

Afetividade

Responsabilidade

Dinamismo

Competência

Transparência

Respeito pela privacidade

Rigor

Integridade

Confidencialidade

Por forma a consolidar o reconhecimento da Instituição, a sua Política da Qualidade traduz-se em vários

fatores chave nomeadamente a oferta de serviços que vão de encontro às necessidades específicas de

cada cliente, a aposta na qualidade dos serviços, a fidelização dos atuais clientes através da qualidade

dos serviços prestados, o estudo das associações de sucesso (benchmarking) e o incentivo à participação

dos colaboradores, clientes, parceiros, entidades financiadoras e comunidade na estratégia da

Instituição.

O Relatório Anual de Atividades está suportado em vários documentos tais como: Plano Anual de

Atividades e Relatórios de Gestão; Checklist EQUASS; Pedidos de Ações Corretivas ou Preventivas; Plano

e Relatório Anual de Formação; Resultados dos inquéritos de avaliação da satisfação das partes

interessadas; Resultados da Avaliação de desempenho dos colaboradores; projetos e candidaturas.

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1 - RECURSOS HUMANOS

O quadro que se segue apresenta os recursos humanos da APCO no ano de 2015 (dados de Dezembro).

RECURSOS HUMANOS

ÀREA ATIVIDADE/FUNÇÃO NÚMERO TOTAL

Recursos internos

Assistente Social 3

39

Psicólogo(a) 4

Fisioterapeuta 3

Terapeuta da fala 3

Técnica Ed. Especial e Reabilitação/Psicomotricista

2

Auxiliares 2

Monitoras CAO 2

Auxiliares Serviços Gerais 3

Motoristas 2

Ajudantes Ação Direta 13

Escriturária 2

Prestadores(as) de serviços

Professor Artes 1

4 Monitora equitação 1

Professora de Tecelagem 1

Enfermeira 1

Estagiárias Educadora Social 1

2 Psicomotricista 1

Voluntárias(os) 8

TOTAL 53

Tabela 1 - Recursos humanos da APCO no ano de 2015

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Em 2015 o quadro de pessoal aumentou consideravelmente em relação aos anos anteriores. Em

dezembro de 2015 estavam ao serviço da APCO 45 colaboradores( as), enquanto que no mesmo mês do

ano anterior estavam 33 colaboradores. Este aumento deveu-se essencialmente à entrada de

colaboradoras para o Lar Residencial, mas também a um reforço de recursos humanos no Centro de

Atividades Ocupacionais com a entrada de 2 técnicas em Estágio Profissional e 1 Psicomotricista (a

tempo parcial) para a equipa do Centro Recursos Inclusão.

Assim, para além da Psicomotricista e 2 técnicas em estágios nas áreas da Psicomotricidade e Educação

Social, respetivamente, foram em 2015 contratadas 5 Ajudantes de Ação Direta, 4 Auxiliares de Serviços

gerais e 1 Assistente Social. Durante o ano de 2015 saíram 2 pessoas que, a seu pedido, não renovaram

o contrato de trabalho.

Foi ainda contratada uma Escriturária para substituição temporária de uma colaboradora que se

encontra em licença de maternidade.

Foram elaboradas, e aprovadas, candidaturas à Medida Estimulo Emprego do Instituto de Emprego e

Formação Profissional (IEFP) para apoio na contratação de 5 das colaboradoras contratadas em 2015 e

que reuniam as condições de elegibilidade exigidas.

Ainda relativamente à integração de estágios na APCO, recebemos 3 estagiárias do curso de Geriatria na

modalidade de Educação e Formação de adultos B3 nível 2 do IEFP – Serviço de Formação Profissional

de Aljustrel. Os estágios decorreram no Lar Residencial de 10 de setembro a 7 de outubro, num total de

120 horas.

1.1 – FORMAÇÃO

Relativamente à Formação, apresenta-se de seguida uma síntese do Plano Anual de Formação dos

colaboradores da APCO em 2015, elaborado e aprovado, na sua primeira versão, no primeiro trimestre,

tendo sido atualizado trimestralmente conforme Procedimento da Formação (PQ.05) e concretizado ao

longo do ano.

Nº Acão de Formação Formandos Nº Horas por Formação

Nº Total de horas de formação/colaborador

1 Modos para o ensino e aprendizagem 1 Psicólogo 8h 8h x 1 = 8h

2 Apoios centrados na pessoa e na comunidade 1 Diretora Técnica 16h 16h x 1 = 16h

3 Noções Básicas de Hipertensão Arterial, Diabetes e Crises Convulsivas

6 Ajudantes de Ação Direta; 3 Auxiliares de Serviços Gerais; 2 Ajudantes Estab. Apoio a

4h 4h x 11= 44h

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pessoas com deficiência

4 Fisioterapia Aquática em pediatria 1 Fisioterapeuta 8h 8h x 1 = 8h

5 Avaliar e intervir nas perturbações da comunicação e linguagem

1 Terapeuta da Fala 7h 7h x 1 = 7h

6 Snoezelen 1 Fisioterapeuta 25h 25h x 1 = 25h

7 Contributos psicodinâmicos para a Intervenção Precoce no desenvolvimento infantil

2 Psicólogas; 1 Assistente Social; 1 Terapeuta da Fala;

7h 7h x 4 = 28h

8 Facilitação em Pediatria. Evidência na prática clínica 1 Fisioterapeuta 16h 16h x 1 = 16h

9 Alfabetização e reabilitação das perturbações da leitura e escrita – método boquinhas

1 Terapeuta da Fala 16h 16h x 1 = 16h

10 Lei da Imigração 1 Assistente Social 6h 6h x 1 = 6h

11 Improving Diversity Supported Employment” 1 Diretora Técnica 16h 16h x 1 = 16h

12 Procedimentos de Higienização e Limpeza em Controlo de Infeção

1 Assistente Social; 6 Ajudantes de Ação Direta; 3 Auxiliares de Serviços Gerais

2h 2h x 10 = 20h

13 Disfagia em Cuidados Continuados Integrados 1 Terapeuta da Fala 6h 6h x 1 = 6h

14 Qualidade de Vida e Paradigma de Apoios na transformação das Práticas Profissionais e das Organizações

1 Diretora Técnica 6h 6h x 1 = 6h

15 Formação em Fisioterapia e Psicomotricidade em ambiente Snoezelen. Uma nova abordagem terapêutica

1 Psicometrista 8h 8h x 1 = 8h

16 Formação prática sobre alimentação. 12 Ajudantes de Ação Direta; 2 Ajudantes Estab. Apoio a pessoas com deficiência; 2 Auxiliar de Serviços Gerais; 1 Ajudante de Apoio a deficientes

3h 3h x 17 = 51h

17 I Encontro dos Psicólogos do Sul 1 Psicóloga 8h 8h x 1 = 8h

18 1º Congresso – Conceito Bobath em Pediatria – Da evidência à prática clínica

1 Fisioterapeuta 20 20h x 1 = 20h

19 III Encontro de Intervenção Precoce na Infância de Beja

1 Assistente Social; 2 Terapeutas da Fala; 1 Fisioterapeuta; 2 Psicólogas

7h 7h x 6 = 42h

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20 Por uma cultura de não-violência: velhos e novos desafios

1 Assistente Social 8h 8h x 1 = 8h

21 Formação GRID 2 Terapeutas da Fala 4h 4h x 2 = 8h

22 Transição para a Vida Adulta e Autodeterminação 1 Diretora Técnica 3h 3h x 1 = 3h

23 Intervir mais ao quadrado 1 Psicóloga 7h 7h x 1 = 7h

24 Seminário Regional do Alentejo de Apresentação do Guia: Práticas recomendadas para profissionais

1 Assistente Social; 2 Terapeutas da Fala; 1 Fisioterapeuta

8h 8h x 4 = 32h

219h 409h

Tabela 2 - Plano Anual de Formação

Em suma, foram concretizadas pelos(as) colaboradores(as) 24 ações de formação, com um total de 219

horas de formação que distribuídas pelos(as) colaboradores(as) perfizeram um total de 409 horas, tendo

sido a taxa de concretização do plano de formação de 100%.

Foi efetuada a avaliação das ações de formação pelos formandos, bem como a avaliação da sua eficácia

conforme o Procedimento em vigor. Quanto à avaliação das ações de formação, todas obtiveram o nível

satisfaz (de referir que as opções são satisfaz ou não satisfaz).

Relativamente à eficácia, os resultados da avaliação demonstram que as 24 ações foram consideradas

eficazes, ou seja, contribuíram para melhorar o desempenho das funções dos(as) colaboradores(as).

De referir ainda que a Política da Qualidade, os Direitos e deveres dos clientes, a ética, e a

missão/visão/valores foram temas trabalhados através de atividades e discutidas em reuniões.

Foi ainda dada Formação em Contexto de trabalho no âmbito da Medida de Estimulo) a 12

colaboradoras do Lar, distribuídas entre 2, 5 meses a 6 meses.

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1.2 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

Foi realizada a avaliação de desempenho dos colaboradores conforme o previsto no respetivo

Procedimento. A avaliação é efetuada a dois níveis: auto e hétero avaliação e a avaliação dos objetivos

de desempenho. Avalia o saber – ser, ou seja, as competências ao nível dos comportamentos e atitudes

aplicados no desempenho da função e o saber – fazer que avalia os conhecimentos e competências ao

nível da capacidade de desempenho da função com eficácia e eficiência. Da avaliação faz ainda parte

uma terceira componente, a Atitude Pessoal a qual consta de uma auto avaliação justificada

individualmente por cada colaborado(a).

Os resultados da avaliação de desempenho dos colaboradores em 2015 foram bastante positivos.

Nenhum colaborador obteve resultado negativo ou suficiente, 53% dos(as) colaboradores(as) com

avaliação de desempenho situaram-se no nível Bom e 47% no nível Muito Bom.

2 – PARCERIAS

A Política da Parceria implementada na APCO orienta para o objetivo de encontrar nas entidades

parceiras os recursos e capacidades de que a Instituição não dispõe e que são necessárias para

assegurar a satisfação das necessidades dos clientes. Assim, as parcerias surgem como um importante

complemento dos recursos da Instituição, sendo entendidas como fundamentais na promoção da

inclusão social dos nossos clientes, uma vez que possibilitam a sua participação em atividades

diversificadas e em diferentes contextos. De salientar as atividades que os clientes desenvolvem em

contexto real de trabalho nomeadamente em atividades socialmente úteis e outras experiências de

trabalho.

O trabalho em rede e o estabelecimento de parcerias constitui prática corrente da APCO, possibilitando

o trabalho complementar e o reforço mútuo, uma vez que a construção de uma visão comum contribui

para melhorar a eficácia na execução das atividades e projetos. Pelas razões referidas a APCO tem

estabelecido protocolos de parceria com várias entidades nomeadamente:

ENTIDADES PARCEIRAS ÂMBITO

EPO – Centro Escolar e Empresarial do Sudoeste Alentejano, S.A

Cedência de Equipamentos e Serviços

Município de Odemira Financeiro / Atividades Socialmente Úteis

/Equipamentos e serviços

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Direção – Geral dos Estabelecimentos Escolares Financeiro

Administração Regional de Saúde do Alentejo, IP. Equipamentos

FRUPOR- Sociedade Agro-Industrial, S.A Atividades Socialmente Úteis / Financeiro

Agrupamento de Escolas de Odemira Serviços

Agrupamento de Escolas de São Teotónio Serviços

Agrupamento Horizontal de Escolas de Vila Nova

de Milfontes / Luís

Serviços

Agrupamento de Escolas de Sabóia Serviços

Agrupamento de Escolas de Colos Serviços

Colégio de Nossa Senhora da Graça Serviços

Fundação Portugal TELECOM Serviços e Equipamentos

Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Beja

Serviços/ Financiamento

ULSLA – Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano

Financiamento

Fábrica das Artes

Serviços e Equipamento

Freguesia de São Salvador e Santa Maria

Atividades Socialmente Úteis / Serviços / Financiamento/Projeto GAPRIC - experiências de

trabalho em contexto real

Vitacress Portugal, SA. Atividades Socialmente Úteis

First Fruit- Produção e Comercialização, Unipessoal, Ldª.

Atividades Socialmente Úteis

Óptica Barbosa, Lda Serviços

Maria João Estética & Bem-Estar, Lda Serviços

Maravilha Farms – Produção e Comercialização de Frutos, S.A

Atividades Socialmente Úteis

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Associação de Beneficiários do Mira Atividades Socialmente Úteis

Driscoll´s Portugal – Produção e Comercialização de Frutas

Atividades Socialmente Úteis

Associação de Artesãos do Concelho de Odemira

(CACO)

GAPRIC – experiências de trabalho em contexto real

Associação Humanitária dos Bombeiros

Voluntários de Odemira

GAPRIC - experiências de trabalho em contexto real

Associação Rota Vicentina GAPRIC - experiências de trabalho em contexto real

Escola de Música Tradicional de Odemira GAPRIC – aulas de música

Intermarché Contact Odemira GAPRIC - experiências de trabalho em contexto real

Snack-bar “O Penalti” GAPRIC - experiências de trabalho em contexto real

PARCERIAS INFORMAIS (sem protocolo)

Creche “Os Calculinhos” Serviços

Colégio Lápis de Cor Serviços

Casa Beatriz Gamboa Serviços

Casa Mª Luísa Cordes da Ponte Serviços

Jardim de Infância Nossa senhora da Piedade Serviços

Centro de Saúde de Odemira Serviços

TAIPA, CRL Serviços

Tabela 3 – Lista de Parceiros

Em 2015 aumentámos em 9 o número de novas parcerias (8 novas entidades e 1 já parceira

anteriormente mas agora com alargamento do âmbito da parceria).

A Driscoll`s com protocolo formalizado em março de 2015 e a Associação de Beneficiários do Mira, uma

parceria que iniciou informalmente ainda em 2014 mas com formalização por protocolo em fevereiro

2015. Estas duas parcerias foram estabelecidas no âmbito da integração de clientes do CAO em

Atividades Socialmente Úteis.

No âmbito do GAPRIC (Gabinete de apoio a programas incluídos na comunidade) foram estabelecidos

protocolos de colaboração com: Associação de Artesãos do Concelho de Odemira (CACO); Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Odemira; Associação Rota Vicentina; Escola de Música

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Tradicional de Odemira; Intermarché Contact Odemira; Snack-bar “O Penalti” e também com a Junta de

Freguesia de São Salvador e Santa Maria, entidade com a qual já temos também protocolo estabelecido

há alguns anos no âmbito das atividades socialmente úteis.

Foi realizada a avaliação interna das parcerias tendo resultado a intenção de manter todas as parcerias

estabelecidas uma vez que todas elas acrescentam valor à Instituição, pois encontram-se nos níveis I e II

da avaliação. No Nível I significa que a parceria acrescenta valor, assegurando integralmente as

necessidades da Instituição no que diz respeito à área de intervenção. No Nível II acrescenta valor,

assegurando parcialmente as necessidades da instituição no que diz respeito à área de intervenção.

Na relação com a comunidade salienta-se ainda a participação de elementos da equipa técnica da APCO

em grupos de trabalho nomeadamente:

- Comissão alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Odemira;

- Conselho Local de Acão Social de Odemira;

- Núcleo executivo da Rede Social de Odemira;

- Comissão Inter-freguesias São Salvador e Santa Maria/Boavista dos Pinheiros/São Luís;

- Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Odemira

3 – ACTIVIDADE DAS RESPOSTAS SOCIAIS

3.1 – CENTRO ACTIVIDADES OCUPACIONAIS

No Centro de Atividades Ocupacionais, com vista à concretização dos objetivos definidos para cada

cliente nos respetivos Planos de Desenvolvimento Individuais, desenvolveram-se atividades

estritamente ocupacionais, atividades de desenvolvimento pessoal e social, atividades lúdico-

terapêuticas, atividades de inclusão/ opcionais, atividades socialmente úteis e apoio psicológico e social.

Atividades Estritamente Ocupacionais

Expressão Plástica e Trabalhos Manuais - Atividades que incidem na experimentação, exploração e

transformação de diferentes materiais constituindo um alargamento e diversidade de situações e

experiências de aprendizagem e desenvolvimento. Foram trabalhados materiais como tecidos, madeira

e feltro. Realizaram-se porta-chaves, pregadeiras e quadros, tapetes de tecido, pompons de lã, bonecas

em tecido, ímanes em feltro e sacos de tecido.

Reciclagem – Realização do processo manual de reciclagem e elaboração de trabalhos utilizando o papel

reciclado (por exemplo, envelopes e marcadores de livros).

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Atividades de Desenvolvimento Pessoal e Social

Promoção da autodeterminação – Sessões de grupo estruturadas nas quais um grupo de 14 clientes

trabalhou competências de autodeterminação, tais como a capacidade fazer escolhas, de resolução de

problemas e tomada de decisões. Foram também trabalhadas questões relacionadas com o

autoconhecimento e a sexualidade.

Atividades de Vida Diária – Atividade que teve como objetivo principal o trabalho de promoção da

independência pessoal ao nível da higiene e cuidados pessoais, realização de compras e confeção de

alimentos e utilização dos serviços da comunidade.

Atividades Pedagógicas – Realização de exercícios em áreas como a leitura e interpretação de textos,

processos simples de aritmética e trabalhos no computador, de forma a desenvolver/manter as

capacidades cognitivas. A parceria com a Fundação Portugal Telecom - Projeto Estrela permite a

utilização de um espaço que contempla uma multiplicidade de instrumentos adaptados (computador,

ecrã táctil, teclado de conceitos, TrackBall e software adaptado) para a pessoa com deficiência poder

executar tarefas no computador.

Atividades Lúdico-Terapêuticas

Atividades Aquáticas – Realização de atividades aquáticas nas piscinas municipais com o objetivo de

melhorar a condição física através da estimulação dos sistemas: cardíaco, vascular, respiratório e

muscular. Esta atividade conta com o apoio de 1 voluntária. Realiza-se em duas sessões semanais. A

primeira à quinta-feira dirigindo-se a um grupo com maior autonomia e tendo como principais objetivos

a melhoria da condição física através da estimulação dos sistemas: cardíaco, vascular, respiratório e

muscular e a aquisição de competências dentro do meio aquático. A segunda sessão realizada à sexta-

feira destina-se a um grupo reduzido de clientes com maior grau de dependência e com necessidades

individuais mais específicas. Os objetivos são terapêuticos e relacionam-se com a utilização facilitadora

do meio aquático para o ganho de autonomia, mobilidade e promoção do relaxamento global.

Atelier de Pintura – Atividade realizada com o apoio do artista plástico Gonçalo Condeixa no âmbito das

artes plásticas. Com um grupo de alunos voluntários que dão apoio a estas aulas, realizaram este ano

um videoclipe com base numa canção “rap” que construíram também em conjunto.

Equitação Terapêutica – Atividade realizada por doze clientes que ocorre duas vezes por semana no

picadeiro no Monte da Barbanxa em S. Luís. Existem quatro grupos, constituídos por três clientes cada

um, que têm sessões com uma frequência quinzenal. Estas sessões são acompanhadas pela

Fisioterapeuta e pela Equitadora.

Fisioterapia – Sessões semanais destinadas a clientes indicados com essa necessidade. Avaliação e apoio

na aquisição de Produtos de Apoio adequados.

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Atividade Musical – Atividade semanal com o apoio da Fábrica das Artes, em que os clientes têm a

possibilidade de cantar, trabalhar ritmos e tocar piano sob a orientação da professora Karin Persson.

Ainda durante 2015 iniciou-se um outro momento de aprendizagem de musical: dois clientes

frequentam aulas na Escola de Música Tradicional de Odemira ministradas pelo professor Marco Vieira.

Terapia da Fala - Sessões semanais destinadas a clientes indicados com essa necessidade. São também

estas profissionais que fazem a avaliação das necessidades em termos dos sistemas alternativos de

comunicação, e dão o apoio na identificação e resolução de problemas relacionados com a alimentação.

Tecelagem – Atividade onde são trabalhados os materiais em tecido e linha para a realização de

produtos em teares manuais. Aprendizagem de desenho técnico e das várias formas/modelos de tecido.

Atividades de Inclusão

Momento Cultural (atividade semanal) - Esta atividade abrange eventos culturais e recreativos como

visitas à Biblioteca Municipal ou outros espaços públicos, passeios de lazer pelo concelho de Odemira,

realização de jogos de desenvolvimento pessoal, visionamento de filmes, realização de lanhes

temáticos, etc.

Angariação de fundos na comunidade – O grupo de clientes Laços organizou a venda de rifas para

sorteio de dois cabazes, um na Páscoa e outro no Natal, angariando fundos para uma viagem à ilha

Madeira. Teve ainda lugar um momento de venda de material na sede do Agrupamento de Escolas de

São Teotónio.

Passeios a Lisboa (8 de Maio) – Passeio a Lisboa para visitar o Oceanário de Lisboa, tiveram ainda

oportunidade de passear e fazer compras no Centro comercial Vasco da Gama e almoçar no restaurante

H3.

Brisas do Atlântico (10 Junho) – Participação na caminhada Brisas do Atlântico com o percurso do

Almograve à Longueira com jantar e dormida na Pousada do Almograve. Almoço convívio no Almograve.

Época Balnear (08 a 10 e 20 a 30 Julho) - Início da praia para os clientes, a praia escolhida foi novamente

a praia das Furnas uma vez que tem acesso facilitado, apoio de bar, casas de banho e tiraló.

FACECO (17 a 19 Julho) - Participação na FACECO com um stand de exposição, venda de trabalhos

realizados pelos clientes do Centro Atividades Ocupacionais e quermesse. Visita dos clientes do CAO à

feira no dia 17 de julho.

Festa Final de Ano (31 Julho) – Proporcionar um dia diferente para encerrar as atividades antes das

férias. Realizou-se no Parque das Águas um almoço onde estiveram presentes clientes e famílias do

CAO. Houve ainda a participação do grupo coral Vozes Divertidas.

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Meo Sudoeste 2015 (8 de Agosto) – Alguns clientes do CAO tiveram a oportunidade de fazer parte deste

encontro de música. Puderam, ainda, conhecer pessoalmente o Vasco Palmeirim e o Anselmo Ralph.

Colónia de Férias (09 a 11 Setembro) - Realização de colónia de férias na Herdade das Parchanas –

Alcácer do Sal onde se realizaram atividades recreativas, pedagógicas, desportivas e de lazer.

Prática de Surf (8 de Outubro) - Manhã desportiva dedicada ao surf na Praia das Furnas (Vila Nova de

Milfontes), sob o apoio e orientação da Escola de Surf de Milfontes. A atividade foi dividida em três

níveis de dificuldade: nível 1 – deslizamentos deitados na prancha de surf; nível 2 – deslizamentos de

joelhos; nível 3 – deslizamentos em pé. O espirito que se viveu durante esta atividade foi bastante

animado e de superação, pois ultrapassaram medos e dificuldades em cima da prancha.

Comemoração do dia da Paralisia Cerebral (20 de Outubro) – Para assinalar esta data realizou-se no

auditório da biblioteca municipal de Odemira uma ação de sensibilização. Foram convidados a participar

a escola secundária de Odemira com 2 turmas do 9º ano e a escola profissional de Odemira com 3

turmas. Foram acompanhados pelos respetivos professores. Esta ação de sensibilização teve início com

a mostra da apresentação intitulada “Inclusão na Paralisia Cerebral” à qual se seguiu um breve debate.

Os alunos mostraram-se atentos e interessados e participaram com questões e comentários. Os nossos

clientes tiveram também oportunidade de partilhar alguma da sua experiência pessoal no que se refere

à deficiência e inclusão. No geral conseguiu-se criar um momento de reflexão em que a paralisia

cerebral foi explorada a nível conceptual mas também exposta como a possibilidade de uma vivência

desafiante e positiva para a qual todos podemos contribuir e participar. Foi muito interessante a postura

interessada e participativa dos alunos presentes. O que nos leva a supor que de futuro poderemos

apostar neste tipo de ações como forma de sensibilizar a comunidade por forma a entender a

importância do seu papel para a construção de uma sociedade inclusiva.

Magusto (06 Novembro) – Comemoração do dia de S. Martinho com a realização de um Magusto.

Homenagem a Santa Cecília (22 Novembro) – Convite do Coro da Diverta para participarmos na

Homenagem a Santa Cecília na Casa de Povo de Vila Nova de Milfontes. Este convite surge na sequência

da atividade semanal de música no CAO, que decorre no âmbito de um protocolo de parceria com a

Fábrica das Artes.

Torneio de Boccia – Dia Internacional das Pessoa com Deficiência (3 de Dezembro) – O Município de

Odemira propôs à APCO organizar uma atividade a assinalar o Dia Internacional das Pessoas com

deficiência. Em resposta a APCO propôs a realização de um torneio de boccia integrando todas as

escolas do concelho num total de 24 alunos participantes, 13 alunos tinham necessidades educativas

especiais, para além dos clientes da APCO. Os alunos pertenciam a: Agrupamento de Escolas de Colos

com 2 equipas (6 alunos) e um professor acompanhante; Agrupamento de Escolas de Sabóia com 2

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equipas (6 alunos) e um professor acompanhante; Agrupamento de Escolas de S. Teotónio com 2

equipas (6 alunos), dois professores acompanhantes; e o Colégio Nossa Sra. da Graça com 2 equipas (6

alunos) e dois professores acompanhantes. O Agrupamento de Escolas de Odemira participou com 2

voluntários, e a Escola Profissional de Odemira com 10 alunos voluntários. Os jogadores da APCO foram

o júri dos vários jogos.

Árvore de Natal (entrega a 04 dezembro) – Participação na exposição de árvores de Natal organizada

pela Santa Casa da Misericórdia de Odemira.

Natal no Mercado - (10 e 11 Dezembro) - Participação na atividade Natal no Mercado com exposição e

venda de trabalhos realizados pelos clientes do CAO.

Mesas de Natal (17 Dezembro) – A convite da Escola Secundária de Odemira fizemos parte do júri do

concurso “Mesas de Natal” organizado pela Associação de Estudantes desta escola.

Festa de Natal (18 Dezembro) – O programa da festa integrou a participação do coro “Vozes Divertidas”,

apresentação das peças de teatro “Uma Família Alentejana” e “Materiais Recicláveis, a um espaço

musical, um espetáculo de magia, leitura de um poema, músicas com participação especial de Marco

Vieira e sorteio do nosso cabaz de Natal. Pudemos contar na nossa festa com a presença de familiares,

colaboradores e amigos e do Grupo de Voluntariado da EDP de Beja que gentilmente ofereceu o lanche

e ofereceu prendas ao grupo de clientes. Este ano realizámos a festa no espaço da Escola secundária de

Odemira que gentilmente nos proporcionou todas as condições num espaço mais ajustado ao número

crescente de participantes nesta festa.

Atividades Socialmente Úteis

As Atividades Socialmente Úteis (ASU) são realizadas através de parcerias com empresas e entidades

locais ao abrigo da Portaria nº 432/2006 de 3 de Maio e integram clientes do Centro Atividades

Ocupacionais conforme quadro seguinte:

Tabela 3 – Empresas nas quais os clientes desenvolvem ASU’S em 2015

Parceiro Nº clientes integrados Serviço que desenvolvem

ABM 4 Lavagem de carros

Driscoll’s 1 Apoio administrativo

4 Lavagem de carros

Frupor 4 Lavagem de carros

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First Fruit 5 Montagem de caixas de cartão

Vitacress 1 Apoio administrativo

1 Limpezas

1 Jardinagem

Junta de Freguesia de S. Salvador 1 Jardinagem

Helena Loermans 2 Tecelagem

Município de Odemira - Biblioteca

Municipal de Odemira

1 Apoio bibliotecário

Maravilha Farms 2 Jardinagem

4 Lavagem de carros

Tabela 4 - Atividades Socialmente Úteis 2015

No ano de 2015 foram integradas duas novas empresas nas atividades socialmente úteis: a ABM e a

Driscoll’s. Ao todo 17 clientes levam a cabo atividades socialmente úteis uma a duas vezes por semana.

Todas estas atividades são realizadas em contexto real de trabalho exceto a montagem de caixas,

serviço prestado à First Fruit, nas instalações do CAO.

O aumento e a diversificação das atividades tem promovido as competências dos clientes em contexto

real de trabalho, a noção de eficácia pessoal e o desenvolvimento da capacidade autodeterminação.

Ainda em relação às atividades socialmente úteis, estas têm sido um meio privilegiado de

estabelecimento de novas parcerias, sensibilização e integração crescente dos clientes na comunidade.

Apoio psicológico e social

O apoio na área da psicologia tem uma periodicidade semanal ou quinzenal conforme as necessidades e

expectativas dos clientes/ famílias.

O apoio social aos clientes e famílias é prestado de acordo com as necessidades e em 2015 incidiram no

apoio/encaminhamento para aquisição de ajudas técnicas, informação e apoio no encaminhamento

para acesso a direitos sociais.

Número de clientes

Relativamente ao número de clientes, à semelhança do ano anterior o CAO deu resposta a 21 clientes.

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3.2 – SERVIÇO APOIO DOMICILIÁRIO

Os serviços prestados através desta Resposta Social a cada cliente/família ao longo do ano de 2015

foram essencialmente de continuidade da prestação dos cuidados que já vinham sendo prestados e que

foram planeados de acordo com as suas necessidades e expetativas.

Os serviços prestados e/ou atividades realizadas com vista à concretização dos objetivos individuais de

cada cliente/família foram essencialmente no âmbito da higiene pessoal e habitacional, limpeza e

tratamento de roupas, alimentação, acompanhamento a consultas ou tratamentos médicos e outros,

apoios na aquisição de bens e serviços, apoio na medicação, animação e ocupação, fisioterapia e apoio

social. De referir que uma cliente participou/beneficiou diariamente nas atividades do Centro de

Atividades Ocupacionais.

Os serviços foram prestados de uma a cinco vezes por semana, de acordo com as

necessidades/expetativas dos clientes/famílias e tendo em conta o contratualizado entre a APCO e os

respetivos clientes/famílias.

Esta Resposta Social terminou o ano de 2015 apenas com 3 clientes distribuídos pelos seguintes locais

de residência: Algoceira, Odemira e Moitinhas.

A diminuição do número de clientes deveu-se à entrada para o Lar de 4 clientes que estavam no Serviço

de Apoio Domiciliário.

Em 2015 foi assinado novo Acordo de Cooperação do SAD com a Segurança Social uma vez que esta

resposta passou a ter a sua sede nas instalações do Lar Residencial Casa na Paisagem.

3.3 – INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFANCIA

Na sua intervenção ao longo de 2015 os(as) técnicos(as) colocaram em prática os seguintes

procedimentos:

- Avaliação das crianças nos diferentes contextos, em colaboração com os intervenientes no seu

processo educativo, a fim de determinar se as crianças e famílias são ou não elegíveis para

acompanhamento pelo SNIPI;

- Recolha de informação através dos diferentes documentos da Equipa Local Intervenção (ELI) e dos

instrumentos de avaliação formal quando se justifica,

- Intervenção de acordo com as linhas orientadoras para a intervenção precoce na infância e de acordo

com os horários estabelecidos para cada situação;

- Elaboração e execução do Plano Individual de Intervenção Precoce (PIIP);

- Elaboração de relatórios e informações inerentes à intervenção ou encaminhamento;

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- Participação na reunião semanal com duração de 3 horas para discussão de casos com base no PIIP;

- Articulação com serviços e parceiros, no sentido de desenvolver a participação da criança/família na

comunidade, garantindo os seus direitos;

- Referenciação dos casos com alterações nas funções e estruturas do corpo para avaliação das

necessidades educativas especiais por referência à Classificação Internacional da Funcionalidade

Incapacidade e Saúde (CIF);

- Articulação com os docentes titulares de turma e docentes dos Quadros de Educação Especial (QEE)

dos Agrupamentos de Escolas do concelho, no processo de avaliação, na elaboração e implementação do

Programa Educativo Individual (PEI);

- Promoção da inclusão das crianças em creche ou jardim de infância, acompanhando o seu processo de

transição para as estruturas regulares de ensino;

- Planificação e acompanhamento do processo de transição aquando da entrada para o 1º ciclo do

Ensino Básico.

Relativamente à Equipa Local de Intervenção, a sua constituição em 2015 foi a seguinte:

N.º Técnicos

Formação académica Horas

afetação (semanais)

Entidade a que pertence

2 Educadora de infância* 70h

Ministério da Educação e da Ciência/Agrupamento de Escolas de Odemira

1 Assistente social 35h Associação de Paralisia Cerebral de Odemira

1 Fisioterapeuta 35h Associação de Paralisia Cerebral de Odemira.

2 Terapeuta da fala 35,5h Associação de Paralisia Cerebral de Odemira

1 Psicóloga Educacional 17,5h Associação de Paralisia Cerebral de Odemira

1 Psicóloga Clínica 35h Associação de Paralisia Cerebral de Odemira

1 Enfermeira 5h Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano/Centro de Saúde de Odemira

Tabela 5 - Equipa Local de Intervenção

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Ao nível da constituição da equipa, manteve-se o mesmo número de técnicos e respetivas horas de

afetação até ao final do ano letivo de 2014-2015. Em setembro de 2015 verificou-se a redução de uma

das docentes (por decisão do Ministério da Educação e da Ciência) e a equipa passou assim a nove

elementos.

Ao longo do ano, a equipa constituída por 9 técnicos acompanhou 75 crianças (processos SNIPI) dos 0

aos 6 anos e 71 famílias, respetivamente. Das 75 crianças, 52 transitaram do ano anterior e 22 são novos

clientes, 1 processo foi reaberto.

De acordo com os critérios de elegibilidade foram apoiadas:

Critérios de Elegibilidade N.º de crianças apoiadas

Crianças com alterações nas funções ou estruturas do corpo por atraso de desenvolvimento sem

etiologia conhecida 54

Crianças com alterações nas funções ou estruturas do corpo por condições específicas

9

Crianças expostas a fatores de risco biológico 2

Crianças expostas a fatores de risco familiar 6

Crianças expostas a fatores de risco ambiental 4

Tabela 6 - Critérios de elegibilidade

Para a mesma faixa etária, a equipa acompanhou em regime de vigilância 23 crianças. Foram

encaminhadas 10 crianças e 17 não reuniam critérios de elegibilidade para apoio ou vigilância.

Das 75 crianças acompanhadas (a 31 de dezembro de 2015) 11 pertenciam ao intervalo de idades

compreendidas entre os 0-35 meses, 39 ao intervalo entre os 36-71 meses e 25 ao intervalo de 72 e +

meses. Relativamente às situações em vigilância, 8 tinham idades compreendidas entre 0-35 meses e 9

tinham entre 36 e 71 meses e 6 tinham idades superiores a 72 meses.

Relativamente à distribuição das 75 crianças por modalidade de intervenção:

Modalidade de Intervenção Crianças apoiadas

Fisioterapia 12

Terapia da Fala 30

Apoio Educativo 26

Psicologia 20

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Serviço Social 7

Tabela 7 - Distribuição por modalidade de intervenção

Das 75 crianças acompanhadas (processos SNIPI), 13 crianças beneficiaram de apoio complementar de

âmbito educativo e/ou terapêutico.

Relativamente à distribuição de crianças por local de apoio:

Local de Apoio Crianças apoiadas

Domicilio 9

Misto (domicílio e creche/JI) 59

Creche/JI 3

Misto + contexto específico 4

Tabela 8 - Distribuição de crianças por local de apoio

O quadro que se segue apresenta as crianças/famílias acompanhadas em 2015 por freguesia:

Freguesia N.º de crianças

Freguesia N.º de crianças

Boavista dos Pinheiros 7 São Martinho Amoreiras 2

Longueira/Almograve 2 São Luís 8

Relíquias 0 São Teotónio 15

Santa Clara a Velha 1 Vila Nova de Milfontes 28

São Salvador e Santa Maria 7 Colos 1

Sabóia 1 Vale Santiago 3

Tabela 9 - Crianças/famílias acompanhadas em 2015

Relativamente às referenciações recebidas esta foi efetuada de acordo com o quadro abaixo, tendo-se

verificado que os serviços de Educação foram os que efetuaram maior número de referenciações.

Entidades Referenciadoras N.º crianças referenciadas

Familiar 5

Centro de Saúde de Odemira 17

Hospitais 4

Outros serviços de saúde - particulares 1

Serviços de Educação 32

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CPCJ 3

Segurança Social 1

Outras ELI 2

Tabela 10 - Referenciações recebidas

Das 65 crianças referenciadas foram observadas/avaliadas 56 no âmbito dos primeiros contactos. A 31

de dezembro de 2015 aguardavam avaliação 9 crianças/famílias. Para todos os casos referenciados, os

primeiros contactos foram efetuados na maior parte das vezes por dois técnicos, dependendo da

problemática em causa, nos diferentes contextos onde a criança se encontra. Dado o volume de

referenciações recebidas houve necessidade de, por vezes, dividir a equipa dos primeiros contatos, para

assim garantir a primeira resposta a mais situações. Todas as situações foram avaliadas, do ponto de

vista da elegibilidade para apoio da equipa. Posteriormente à tomada uma decisão, foi dado

conhecimento por escrito, através da ficha de retorno ou ficha de reabertura de processo, à família e ao

serviço que referenciou.

Quanto ao número de crianças saídas do programa, 4 deixaram de necessitar, 20 transitaram para o 1º

ciclo do ensino básico (limite de idade) e 3 mudaram de residência para outro concelho.

3.4 – CENTRO RECURSOS INCLUSÃO

No ano letivo 2014/2015 a APCO apoiou 72 alunos em 5 Agrupamentos de Escolas do concelho de

Odemira e Colégio N. S. da Graça, nomeadamente: Agrupamento de São Teotónio (15), Agrupamento de

Odemira (19), Agrupamento de Colos (15), Agrupamento de Saboia (2), Agrupamento de Vila Nova de

Milfontes (7), e alunos do Colégio Nossa Senhora da Graça (14).

De acordo com os objetivos definidos foram desenvolvidas as seguintes atividades:

Reuniões periódicas com professores para definição conjunta de estratégias educativas

adequadas à problemática dos alunos;

Participação na elaboração e nos objetivos do Plano Educativo Individual;

Reuniões periódicas com os pais no sentido de efetuar uma avaliação mais global e

envolver os mesmos na implementação dos programas de intervenção;

Acompanhamento psicológico;

Apoio terapêutico nas áreas da terapia da fala, fisioterapia e psicomotricidade;

Reuniões periódicas com os pais no sentido de os apoiar na implementação de

estratégias para melhor lidarem com os seus filhos;

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Fornecer apoio técnico direto aos pais e professores no desenvolvimento de materiais

ao nível das tecnologias de apoio;

Elaboração de material didático em formatos acessíveis. Disponibilizar/adaptar

dispositivos de acesso ao computador;

Apoio na elaboração dos Planos Individuais de Transição para a Vida Adulta;

Avaliações em Terapia da Fala, Fisioterapia, Psicologia, Psicomotricidade.

À semelhança dos anos anteriores, para o ano letivo 2014/2015, o apoio da Direção Geral dos

Estabelecimentos Escolares ao Centro de Recursos para a Inclusão não respondeu a todas as

necessidades identificadas. As tabelas abaixo mostram a divergência entre o número de alunos, horas

de apoio e verbas propostas em Plano de Ação versus alunos, horas de apoio e verbas aprovados.

Apesar de existir um diferencial na relação entre alunos propostos e alunos aprovados (foram aprovados

72,5% dos alunos propostos), este diferencial é marcadamente mais elevado no que diz respeitos às

verbas (foi aprovado apenas 22% do financiamento proposto). Estes números são resultado da

diminuição do tempo de apoio por aluno (neste ano começaram a considerar apoios terapêuticos de 30

minutos), e de cortes na diversidade de apoios solicitado para cada aluno quando as características dos

alunos exigem o apoio de mais que um profissional (por exemplo terapia da fala e fisioterapia). Ainda de

referir que foram aprovados menos 12,2% dos alunos para os quais se pediu apoio relativamente ao ano

letivo anterior.

Tabela 11 - Horas solicitadas VS horas aprovadas em plano de ação

Nome da Escola Psicologia TF Fisioterapia Psicomot.

Aprovado / Mês 112h 106h 26h 38h

Solicitado/Mês 569h 426h 167h 184h

% de aprovação face ao solicitado 19,7% 24,9% 15,6% 20,7%

Aprovação face ao solicitado 21% Tabela 12 - Alunos identificados VS alunos aprovados para apoio

Nome da Escola Alunos Identificados em Candidatura

Alunos Aprovados para apoio

Vila Nova de Milfontes 7 7

Colégio NS da Graça 14 9

Agrupamento de Odemira 24 11

Agrupamento de Colos 23 22

Agrupamento de Sabóia 10 9

Agrupamento São Teotónio 13 8

TOTAL 91 66 Aprovação face ao solicitado 72,5%

Em relação às verbas, foi aprovado ainda menos 5,1% do orçamento solicitado relativamente ao ano

anterior.

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Tabela 13 - Financiamento

Financiamento global proposto Financiamento global aprovado

168.735,10€ 36.945,00€

Aprovação face ao solicitado 21,9%

As principais preocupações com o CRI prendem-se com a diminuição do financiamento dos tempos que

os técnicos têm para apoiar os alunos e com os cortes no financiamento à diversidade de terapias que

os alunos necessitam.

A ação da equipa técnica do CRI não se limita ao apoio terapêutico e psicológico. Os técnicos desta

equipa fazem um verdadeiro esforço de entrar na vida da escola, de se afirmarem como agentes ativos

na promoção da inclusão, e não apenas agentes externos. Neste sentido, para além do tempo que é

dedicado a falar com as famílias, com os professores, esta equipa organiza pequenas ações de formação

que respondem às necessidades sentidas nas escolas, e apoia a organização de ações ou projetos de

inclusão. Neste sentido, em 2015 tiveram lugar as seguintes ações:

AÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO – Ações com temas específicos que surgem de necessidades/problemas

identificados no dia-a-dia das escolas.

Humanitude e cuidados de multideficiência: Esta ação surgiu da necessidade de sensibilizar

para a importância de humanizar os cuidados prestados a alunos com maiores limitações e

dependência de cuidados de terceiros, e tinha como objetivos: sensibilizar para a importância

do cuidar; compreender o conceito de humanitude; rever aspetos práticos nos cuidados de

higiene; abordar aspetos relativos aos posicionamentos e transferências; abordar aspetos

relativos à alimentação. Teve lugar na sede do Agrupamento de Escolas de S. Teotónio, no dia 4

de Novembro de 2015.

A voz do professor: Esta ação surgiu da necessidade de sensibilizar os professores para a

importância da voz, e tinha com objetivos: explicar como é a produzida a voz; a importância da

voz; alguns exemplos de patologias vocais comuns; saúde vocal; estratégias de relaxamento e

de aquecimento vocal a adotar no dia-a-dia. Teve lugar na sede do Agrupamento de Escolas de

Colos, no dia 10 de Dezembro.

Acão de sensibilização “Maria, a alegria na diferença” (26 de Maio) – Leitura de uma história

por alguns dos clientes leitores seguida de uma atividade de expressão plástica sobre o tema,

tendo em vista a sensibilização das crianças e professores para a deficiência. Esta atividade

decorreu no Agrupamento de Escolas de S. Teotónio.

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Inclusão na Paralisia Cerebral: Foi realizada a sensibilização “Inclusão na Paralisia Cerebral” no

Agrupamento de Escolas de S. Teotónio na turma dos alunos Rafael Vilhena (28 de Maio), aluno

apoiado pelo CRI, e uma sessão no colégio Nossa Sra. da Graça durante as jornadas de

educação para saúde (7 de Outubro).

CICLO DE PALESTRAS: O Ciclo de Palestras sobre a Inclusão foi uma iniciativa que surgiu das conclusões

do 1º Encontro de Educação Especial de Odemira. Neste encontro foram identificadas várias

necessidades de entre as quais a necessidade de se refletir a inclusão e de atuar em uma das maiores

barreiras à inclusão: as atitudes. Neste sentido, este grupo propôs dar mais um passo no processo de

inclusão já iniciado nos vários agrupamentos há vários anos, através do compromisso da organização de

um ciclo de palestras que mobilizasse professores, famílias, dirigentes das escolas e dirigentes políticos,

e outros. Este ciclo de palestras pretendia também dar resposta à preocupação expressa por vários

dirigentes das escolas do concelho no que toca à necessidade de professores e pais serem sensibilizados

e obterem mais informação acerca do significado e importância da inclusão de alunos com necessidades

educativas especiais. As palestras tiveram lugar em 3 agrupamentos de escolas do Concelho de Odemira

(Agrupamento de S. Teotónio; Agrupamento de Odemira; Agrupamento de Colos) e no Colégio N. Sª da

Graça. As palestras foram abertas a todos os agrupamentos e à comunidade. Foi realizado um esforço

de divulgação das palestras em tempo útil para as pessoas interessadas se organizarem. A divulgação foi

levada a cabo através da distribuição de cartazes e através das redes sociais.

Abaixo são apresentadas as palestras e o número de participantes por palestra. De referir que em toda

as palestras estiveram presentes: professores do ensino especial, diretores de turma, pais, dirigentes

das escolas, psicólogos e terapeutas, monitorem, ajudantes operacionais e assistentes sociais. Em todas

as palestras estiveram presentes pessoas dos vários agrupamentos.

A INCLUSÃO E A MULTIDEFICIÊNCIA

Professora ISABEL AMARAL – Colégio N. Sª da Graça – 7 de Janeiro

55 participantes (Colégio N. Sª da Graça; APCO; Agrupamento de S. Teotónio; Agrupamento de

V. N. Milfontes; Agrupamento de Odemira; Agrupamento do Cercal; Agrupamento de Sabóia;

Agrupamento de Alvalade do Sado; Agrupamento de Colos; Os Calculinhos; Pais).

PARADOXOS DA EDUCAÇÃO: A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Professor PEDRO MORATO – Agrupamento de Odemira – 4 de Fevereiro

43 participantes (Colégio N. Sª da Graça; APCO; Agrupamento de S. Teotónio; Agrupamento de

V. N. Milfontes; Agrupamento de Odemira; Agrupamento de Saboia; Agrupamento de Colos;

Pais).

UMA EXPERIÊNCIA CONTADA NA PRIMEIRA PESSOA

Prof. MANUELA GOMES - Agrupamento de Colos – 25 de Fevereiro

35 participantes (APCO; Agrupamento de S. Teotónio; Agrupamento de V. N. Milfontes;

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Agrupamento de Odemira; Agrupamento de Colos; Pais).

ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO

Professor FRANCISCO VAZ DA SILVA – Agrupamento de S. Teotónio – 11 de Março

40 participantes (Colégio N. Sª da Graça; APCO; Agrupamento de S. Teotónio; Agrupamento de

V. N. Milfontes; Agrupamento de Odemira; Agrupamento de Colos; Pais).

Este ciclo de palestras cumpriu o objetivo proposto pelo grupo de trabalho, e correspondeu às

expetativas dos participantes. Contudo, sente-se pela avaliação dos participantes que este é apenas o

início de um caminho e uma das facetas do processo de inclusão. Por um lado, estas palestras são um

hábito que deve ser criado e portanto deve continuar em próximos anos letivos. Apesar de esta ação

cumprir o objetivo de sensibilizar e informar, os caminhos a percorrer em direção às escolas inclusivas

exige o aprofundamento das práticas pedagógicas que esta inclusão encerra. É assim necessária

formação que complemente e complete os esforços de aplicação de práticas de inclusão de todos os

alunos.

SEGUNDO ENCONTRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

No dia 02 de Novembro de 2015 teve lugar o “2º Encontro da Educação Especial de Odemira”. De entre

os participantes, estiveram representados terapeutas, psicólogos, dirigentes das escolas, diretores de

turma, educadores, professores do ensino especial, vereação da cultura do Município de Odemira e

pais. Pretendia-se que neste dia que todos os agentes envolvidos no processo de apoio aos alunos com

necessidades educativas especiais do concelho de Odemira, se encontrassem com o intuito de: (1) criar

um momento para o conhecimento do que cada um faz no âmbito da educação especial facilitando a

colaboração mútua; (2) identificar problemas e soluções que potenciem uma utilização mais eficiente

dos recursos no suporte às necessidades dos alunos com NEE’s; e (3) dar a conhecer os objetivos

estratégicos da APCO para o próximo triénio, de uma forma especial no que concerne à sua ação junto

das escolas, e os recursos que nesse âmbito se propõe disponibilizar.

Em relação às escolas, estiveram representados todos os agrupamentos de escolas do concelho de

Odemira e Colégio Nossa Senhora da Graça. Esta reunião teve lugar no Hotel Social em Vila Nova de

Milfontes e foi dinamizada pela Professora Doutora Ana Rodrigues da Faculdade de Motricidade

Humana.

As atividades propostas pela dinamizadora conduziram a uma profícua reflexão conjunta sobre a

inclusão de crianças com necessidades educativas especiais, e sobre o papel de cada um nessa inclusão.

Destas reflexões destaca-se a identificação das seguintes necessidades:

É necessário reorganizar o que se faz com os recursos que temos de forma a melhorar a eficácia

da intervenção.

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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27

Necessidade de sairmos da nossa zona de conforto.

Necessidade de uma atitude mais positiva face à inclusão.

Mais diálogo entre todos os envolvidos de forma a aumentar a eficácia da intervenção: partilha

de experiências entre as escolas (aprender cá dentro), sair para fora de portas e formações

conjuntas (aprender com o exterior).

Trabalhar numa estrutura horizontal: pais, direções, professores, política local.

Refletir sobre o significado da inclusão de forma a encontrar uma atitude comum que seja

alicerce do planeamento de práticas consistentes e sistemáticas de inclusão (o que é? o que

significa para cada um de nós? como pode ser operacionalizada?).

3.5 – LAR RESIDENCIAL CASA NA PAISAGEM

A Associação de Paralisia Cerebral de Odemira inaugurou no dia 21 de março de 2015 esta sua nova

resposta social. Com capacidade para 24 pessoas, e Acordo de Cooperação com a Segurança Social para

22 assinado em dezembro de 2014, começou a integrar os seus clientes em dezembro de 2014, tendo

sido essa integração gradual e efetivada até final de março de 2015.

Este foi um ano essencialmente de integração de clientes e consolidação e formação da própria equipa

de trabalho.

Com vista à concretização dos objetivos definidos para cada cliente nos respetivos Planos de

Desenvolvimento Individuais, foram desenvolvidas atividades e prestados serviços/cuidados nas

seguintes áreas:

Cuidados de higiene e imagem.

Alimentação

Tratamento de roupas

Apoio no cumprimento de planos individuais de medicação e no planeamento e

acompanhamento regular de consultas médicas e outros cuidados de saúde.

Apoio na aquisição de bens e serviços

Apoio psicossocial e terapêutico (fisioterapia, terapia da fala, serviço social e enfermagem)

Apoio no desempenho de atividades de vida diária; atividades lúdico-recreativas; culturais e

desportivas; e animação sociocultural. Neste âmbito, apresenta-se de seguida um resumo das

principais atividades desenvolvidas:

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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28

Mês Atividade / Evento Nº Clientes

Abril Comemoração do 25 de Abril em Odemira. Concertos; Ranchos Folclóricos; Fogos-de-artifício

12

Junho Brisas do Atlântico 15

Bailes e Mastros (3) 7

Visita a Rádio “Singa” 1

Julho

JAZZ (Quintal da música) 9

JAZZ (Cerro do Peguinho) 10

Marchas 7

Praia 19

Concerto (Quintal da música) 6

FACECO 19

Circo 8

Almoço convívio no Parque das Águas 18

Agosto

Festival Sudoeste 7

Passeios na vila, piqueniques e idas ao café (10) 7

Atividades de reciclagem (4) 6

Concerto de música ao vivo no Lar 13

Festa no largo da Junta de Freguesia 4

Atividades de culinária (2) 7

Setembro Festas de Nossa Senhora da Piedade e Procissão 10

Colónia de férias - Parchanas 3 (além dos clientes que

frequentam o CAO)

Quintal da música “Eurico” 13

Atividade de culinária 11

Cinema 8

Outubro

Atividades de reciclagem 2

Atividade Culinária (2) 11

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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29

Teatro

“Santa Felícia” , “TRUZ TRUZ – Quem É?” e “A Dama Pé de Cabra”

8

Cinema 12

Novembro Atividade de culinária 12

Espetáculo de António Raminhos: “As Marias” 8

Cinema 10

Torneio Boccia – Para assinalar o dia internacional da pessoa com

deficiência

3 (além dos clientes que

frequentam o CAO)

Dezembro Atividade de dança 5

Exposição de Árvores de Natal (Santa Casa Misericórdia de Odemira) 6

Natal no mercado 5

Atuação do grupo “Som dos 7” no Lar 20

Festa de Natal 6 (além dos clientes que

frequentam o CAO)

Concerto de Natal 4

Cinema 12

Tabela 14 - Atividades e prestados serviços/cuidados

Dos 22 clientes integrados no Lar, 13 frequentam o CAO, 2 estão integrados no projeto GAPRIC

(Gabinetes de Apoio a Projetos Incluídos na Comunidade) e 7 estão só na resposta de Lar. Destes 7, dois

deles saem regularmente para atividades no exterior (piscina, equitação terapêutica, pintura, musica) e

apenas 5 não saem com regularidade (por impedimentos relativos à sua própria condição).

O quadro seguinte resume a caracterização dos clientes do Lar em 2015.

Caraterização dos clientes do Lar Residencial em 2015

Entradas Saídas

(motivo)

Local de origem

(concelho/freguesia)

Total de clientes em

dezembro

Idades

Janeiro: 5

Fevereiro:2

Março:10

1 em julho

(por

falecimento)

5 – São Luís/Odemira

5 – São Salvador e Santa

13 homens

9 mulheres

Mais novo - 18 anos

Mais velho - 56 anos

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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30

Agosto:1

Setembro:1

1 em outubro

(por decisão

do

cliente/família

voltou para

casa)

Maria/Odemira

4 – São Martinho das

Amoreiras/Odemira

4–S. Teotónio/Odemira

3–Vila Nova de

Milfontes/Odemira

1 – Longueira-

Almograve/Odemira

1 – Vale Santiago/Odemira

1 – Relíquias/Odemira

Total: 22 Média idade 38 anos

Tabela 15 - Caraterização dos clientes do Lar Residencial em 2015

Relativamente a o projetos e candidaturas, durante o ano de 2015 continuou a implementação do

projeto RISO – Resposta Integração Sensorial Odemira, participámos na campanha do LIDL “Mais para

Todos”, candidatámo-nos à Causa Social Brisas do Atlântico e ao Instituto Nacional de Reabilitação com

os projetos “GAPRIC – Gabinete de Apoio a Programas Incluídos na Comunidade” e “Voar e Arriscar –

Colónia de Férias”. No âmbito do Programa Sinergias Sociais foi feita uma candidatura no âmbito da

Educação Especial “Os alunos com Necessidades Educativas Especiais: criação de um modelo inclusivo

na escola e na comunidade”. Foi ainda realizada uma candidatura em conjunto com um consórcio de

instituições ao programa de financiamento BPI Capacitar.

A – Candidatura ao Concurso para apoiar projetos e causas sociais - Brisas do Atlântico 2015.

O Projeto “Terraço Solar” foi candidatado ao Concurso Brisas do Atlântico 2015, tendo ficado em

primeiro lugar. O valor entregue à APCO foi de 6 650, 00 €.

Este concurso, dirigido a associações e instituições sociais, foi uma iniciativa do Núcleo Desportivo

Cultural de Odemira em parceria com o Município de Odemira e o prémio resultou da verba angariada

no evento Brisas do Atlântico. A APCO venceu este concurso pela quarta vez consecutiva.

B) “Arriscar e voar” - Colónia de Férias 2015

4 – PROJETOS

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31

Este projeto foi candidatado ao Instituto Nacional para a Reabilitação e teve como finalidade dar

oportunidade aos clientes do CAO de usufruírem de uma colónia de férias. O projeto foi aprovado com

um financiamento de 883.74€, que financiou parte da colónia de férias na Herdade das Parchanas em

Alcácer do Sal.

A restante verba associada ao custo desta atividade foi obtida através de dois donativos de empresas do

concelho. Assim a empresa GOBerrys, Lda e Setap-Mira, Lda. contribuíram com 510,00 € e 550,00€ €,

respetivamente.

C) Projeto “GAPRIC”

Em Fevereiro de 2015 foi apresentada a candidatura à linha de financiamento do Instituto Nacional de

Reabilitação para a criação de um gabinete GAPRIC (Gabinetes de Apoio a Programas Incluídos na

Comunidade). Este projeto inseriu-se num conjunto de candidaturas similares apresentadas por mais 9

instituições que, embora apresentados isoladamente partilhavam os mesmos objetivos, comprometiam-

se a usar a mesma metodologia de trabalho, e a contribuir com os seus resultados para a elaboração de

um relatório nacional que suportasse a importância deste tipo de resposta.

O projeto foi aprovado com um financiamento de 3.682,26€. As empresas parceiras – Atlantic Gowers,

Maravilha Farms e Dirscoll´s – contribuíram com 350 € cada uma. O financiamento obtido foi utilizado

na aquisição dos serviços de uma técnica licenciada em psicomotricidade, que foi responsável pela

dinamização deste gabinete.

Os gabinetes GAPRIC consistem numa modalidade de apoio à integração na comunidade, tendo como

objetivo ativar e mobilizar os recursos existentes na comunidade (empresas, autarquias, estruturas de

desporto e cultura e serviços diversos). Destina-se a pessoas com deficiência e doença mental que, já

tendo terminado o seu percurso escolar, não tenham qualquer tipo de resposta de apoio e que, pelas

suas características, necessidades e capacidades, não seja adequado um apoio do género do

disponibilizado pelo Centro de Atividades Ocupacionais. Deste modo, pretende-se a realização de

atividades significantes e estruturantes incluídas na comunidade: experiências socioprofissionais,

voluntariado, atividades desportivas, de lazer e culturais.

Quanto à sua metodologia de trabalho, as atividades foram negociadas com cada pessoa em função dos

seus sonhos e desejos e seguindo como abordagem metodológica o Planeamento Centrado na Pessoa,

que permite identificar os sonhos, desejos e motivações que constituirão a base para a elaboração dos

planos individuais integrados na comunidade (PIIC’s).

Este projeto iniciou-se em setembro de 2015 e, até ao final de dezembro, foi possível apoiar 6 jovens

adultos com idades compreendidas entre os 21 e os 41 anos de idade. Dos seis jovens apoiados, dois são

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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32

clientes do Lar Residencial e estavam sem ocupação e quatro dos jovens estavam no domicílio sem

respostas e/ou apoios.

O GAPRIC valorizou a relação com as famílias através do contacto presencial e telefónico. O

planeamento das atividades a desenvolver no âmbito do GAPRIC foi realizado com a colaboração das

famílias e outras pessoas importante na vida dos jovens participantes. No final todas as pessoas

apoiadas e respetivos familiares reuniram-se para a realização de um balanço final e uma partilha de

experiências, tendo sido elaborado um vídeo de apresentação das atividades desenvolvidas.

Para além das experiências socioprofissionais, foram muito importantes as atividades culturais e

workshops diversos, sendo que algumas pessoas participaram em aulas de música tradicional que foram

realizadas para o grupo GAPRIC, mas que visam a futura integração nas turmas regulares na

comunidade.

Privilegiou-se também a realização de sessões de desenvolvimento pessoal, com o objetivo de promover

o auto e interconhecimento, desenvolver a autodeterminação e a partilha das vivências de cada um dos

jovens apoiados.

Ainda no âmbito das atividades realizadas pelo GAPRIC, realizou-se um intercâmbio com uma visita ao

GAPRIC do Núcleo da Pais em Rede de Aljustrel e sua posterior receção na APCO (no dia 30 de outubro),

na qual os participantes do GAPRIC de Odemira puderam conhecer o grupo de Aljustrel e as atividades

que desenvolviam.

O GAPRIC esteve também presente no I Torneio de Boccia organizado pela APCO e na Festa de Natal da

Instituição, onde participou numa atuação musical, apresentando o trabalho desenvolvido nas aulas de

música tradicional.

O projeto representou uma oportunidade de mudança nas vidas das pessoas apoiadas, permitindo o

aumento da autoestima e autonomia, transitando de um estilo de vida sedentário para um estilo de vida

com um horário preenchido com atividades incluídas na comunidade, estruturantes e significativas para

as suas vidas.

Este aspeto também se refletiu no grau de satisfação dos jovens e das respetivas famílias, bem como

das entidades paceiras, o qual foi positivo. Os resultados remetem para a importância que projetos

desta natureza têm na participação na comunidade e na concretização de novas relações de amizade

com os outros, aspetos esses que são sentidos como uma necessidade para que as pessoas se sintam

mais felizes e integradas num grupo/comunidade, bem como capazes de fazerem as suas próprias

escolhas.

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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33

D) Programa “BPI Capacitar” – Com o objetivo de dar continuidade ao projeto GAPRIC um consórcio de

instituições incluindo a APCO, apresentaram candidatura ao programa de financiamento CAPACITAR do

BPI. Este projeto não foi aprovado.

E) – Programa “Sinergias Sociais” - Esta candidatura apresentou um projeto-piloto que tinha como

objetivo a construção de um modelo orientador da Inclusão Escolar e Social das crianças com

Necessidades Educativas Especiais (NEE). Este modelo pretendia integrar os principais atores na

execução e coordenação da inclusão dos alunos com NEE na escola e na comunidade e estabelecer

ligações destes atores a estratégias de atuação. Foi apresentado com a parceria a parceria da Associação

Pais em Rede e o Agrupamento de Escolas de Colos. Foi um projeto não aprovado.

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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34

5.1 – TAXA DE CONCRETIZAÇÃO DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS:

A tabela que se segue apresenta o resumo da avaliação dos objetivos do Plano Estratégico.

Dimensão Objetivo Estratégico Taxa de execução

2015 2016 2017

Clientes

OE1 – Assegurar serviços de qualidade e promover a participação crescente dos clientes na vida da comunidade,

como meio privilegiado de promoção da sua qualidade de vida.

Através de serviços e suportes de qualidade capacitar os clientes para que sejam agentes ativos na conquista de um

estilo de vida mais inclusivo e de vida com mais qualidade. Paralelamente, atuar a nível sistémico capacitando a

comunidade para a criação de envolvimentos mais inclusivos e com mais oportunidades. Utilização de uma

abordagem centrada na pessoa e apelo ao envolvimento do cliente nos processos que lhe dizem respeito, garantindo

que o apoio prestado aos clientes da APCO seja planeado de forma a ir de encontro ao seu potencial, às suas

necessidades e expectativas.

33% ___ ___

Processos

OE2 – Criar envolvimentos e suportes à participação das famílias (e outros significativos)

Criar envolvimentos, e suportes, que permitam às famílias participar ativamente na vida da instituição, assim como

um envolvimento cada vez mais ativo no desenho e na concretização do plano de desenvolvimento individual dos

seus filhos.

33% ___ ___

5 – DESEMPENHO DA INSTITUIÇÃO

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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35

Dimensão Objetivo Estratégico Taxa de execução

2015 2016 2017

Aprendizagem e

Crescimento

OE3 – Assegurar a coesão interna e a qualificação dos recursos humanos de forma a assegurar um apoio contínuo

e de qualidade ao longo da vida.

Promover a qualificação e desenvolvimento dos colaboradores tornando-os seguros e competentes das suas decisões

e ações e, ao mesmo tempo, fomentar a motivação e o relacionamento interpessoal garantindo a coesão interna.

Ainda, as equipas técnicas devem comunicar entre si de forma a criar pontes de comunicação entre as várias

Respostas Sociais que proporcionem transições contínuas e consistentes na abrangência da resposta.

33% ___ ___

OE4 – Afirmar a APCO como entidade referência para a inclusão.

Afirmar a APCO como entidade de referência no concelho de Odemira ao nível da sensibilização comunitária e que se

constitua como agente facilitador ao nível sistémico na mudança para uma atitude inclusiva.

17% ____ ___

OE5 – Desenvolver ações no sentido da criação de novas instalações, equipamentos e respostas.

a) Pretende-se desenvolver esforços no sentido de encontrar uma alternativa para as atuais instalações da

Instituição com vista à criação de espaços físicos mais adequados, e melhor equipados, ao funcionamento das

diferentes respostas sociais e dos serviços administrativos, bem como ao trabalho diário de todos os colaboradores.

b) Pretende-se colaborar com as entidades locais na análise da realidade do concelho de Odemira na área da saúde

mental, na identificação de necessidades e na promoção do desenvolvimento das respostas que se considerem mais

adequadas.

27% ___ ___

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36

Dimensão Objetivo Estratégico Taxa de execução

2015 2016 2017

Financeiro

OE6 – Promover a sustentabilidade financeira da instituição.

Pretende-se promover a sustentabilidade financeira da instituição através da diversificação das fontes de

financiamento e do aumento de receitas, com vista a uma utilização cada vez mais eficiente dos recursos disponíveis.

17% ____ ___

Tabela 16 - Avaliação dos objetivos do Plano Estratégico

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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37

5.2 - OBJETIVOS

As tabelas que se seguem apresentam o resumo da avaliação dos objetivos do Plano Anual de Atividades.

Processo/ Serviço

Objetivo Estratégico Indicador Fórmula Meta 2015 Avaliação

PG

M

OE1

Assegurar serviços de qualidade e promover a participação

crescente dos clientes na vida da comunidade, como meio

privilegiado de promoção da sua qualidade de vida.

Índice Médio de Satisfação dos clientes/ famílias IMS ≥ 80% Objetivo atingido

IMS = 88%

(CAO = 76,92%; SAD = 90,08%; IP = 96,51%)

Índice Médio de Satisfação das entidades financiadoras e parceiros

IMS ≥ 80% Objetivo atingido

IMS = 92,22%

Taxa de ações de melhoria implementadas Nº de ações de melhoria implementadas/ nº total de ações de

melhoria x100

≥ 75% Objetivo atingido

(100%)

Nº de não conformidades relacionadas com os clientes

Nº de não conformidades relacionadas com os clientes

≥ 3/ ano

= 0 abusos e maus tratos

Objetivo atingido

(1 não conformidades relacionada com os clientes; 0 abusos e maus tratos

Nº de novas parcerias com empresas/ instituições da comunidade

Nº de empresas/ instituições ≥ 2 Objetivo atingido

8 Novos parceiros

Cumprimento do plano de manutenção Nº de não conformidades levantadas por incumprimento do plano

≤ 4 Objetivo atingido

0 Não conformidades levantadas por

incumprimento do plano

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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38

PG

M,

PM

, PA

Percentagem de fornecedores avaliados no Nível I

Nº de fornecedores de nível I/ nº total de fornecedores x 100

≥ 72% Objetivo atingido

(100% no nível I)

PC

AO

OE1

Assegurar serviços de qualidade e promover a participação

crescente dos clientes na vida da comunidade, como meio

privilegiado de promoção da sua qualidade de vida.

Taxa de cumprimento dos objetivos do PDI por cliente no CAO

Nº de clientes que atingem 80% dos objetivos dos PDI/ nº total de

clientes x 100

≥ 85% Objetivo atingido

(87,29% dos clientes atingiram 80% dos objetivos)

PA

D

Taxa de cumprimento dos objetivos do PDI por cliente no SAD

Nº de clientes que atingem 80% dos objetivos dos PDI/ nº total de

clientes x 100

≥ 85% Objetivo atingido

100% dos clientes atingiram 100% dos objetivos

PIP

Taxa de cumprimento dos objetivos do PIIP por cliente na Intervenção Precoce

Nº de clientes que atingem 80% dos objetivos dos PDI/ nº total de

clientes x 100

≥ 85% Objetivo atingido

94.83% dos clientes atingiram 80% dos objetivos

LAR

Taxa de cumprimento dos objetivos do PDI por cliente no Lar

Nº de clientes que atingem 80% dos objetivos dos PDI/ nº total de

clientes x 100

≥ 70% Objetivo atingido

80% dos clientes atingiram 80% dos objetivos

CR

I

Taxa de alunos com PIT financiado em experiência de trabalho em contexto real (CRT)

Nº total de alunos com PIT/ nº de alunos com experiências em CRT

≥ 30% Objetivo atingido

40%

CA

O, C

RI

Taxa de clientes com PDI desenvolvido através da metodologia PATH

Nº total de clientes CAO/ nº de clientes com utilização da metodologia PATH no PDI

≥ 50% Objetivo atingido

60%

Taxa de alunos com PIT desenvolvido através da metodologia PATH

Nº total de alunos com PIT/ nº de alunos com utilização da metodologia PATH no PIT

≥ 40% Objetivo atingido

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

Mod.PGM 37-0

39

Processo/ Serviço

Objetivo Estratégico Indicador Fórmula Meta 2015 Avaliação

PG

M, P

IP,

CR

I, S

AD

,

LAR

, CA

O OE2

Criar envolvimentos e suportes à participação das famílias (e

outros significativos)

Prazo para a elaboração de um plano de ações para o envolvimento das famílias

NA

1º Trimestre

Objetivo atingido

PR

H

OE3

Assegurar a coesão interna e a qualificação dos recursos

humanos de forma a assegurar um apoio contínuo de

qualidade ao longo da vida.

Taxa de cumprimento do Plano de Formação Nº de ações de formação realizadas com eficácia/ nº de ações previstas x

100

≥ 90% Objetivo atingido

Média de avaliação do desempenho dos colaboradores

Média de avaliação do desempenho dos colaboradores

≥ 3,5 Objetivo atingido

Média de avaliação do desempenho dos

colaboradores em 2015 = 4,5

Taxa de satisfação dos colaboradores Taxa de satisfação dos colaboradores ≥ 75% Objetivo atingido

Taxa de satisfação dos colaboradores em 2015

=78,00%

Nº de reuniões gerais de colaboradores NA 1 / Semestre Objetivo atingido

Nº de atividades/ eventos para promoção do espírito de equipa

NA 1 / Ano Objetivo atingido

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

Mod.PGM 37-0

40

Pro

cess

o

/ Se

rviç

o Objetivo Estratégico Indicador Fórmula Meta 2015 Avaliação

PR

H

OE3

Assegurar a coesão interna e a qualificação dos recursos

humanos de forma a assegurar um apoio contínuo de

qualidade ao longo da vida.

Nº de reuniões inter-equipas NA 1 / Semestre Objetivo atingido

PG

M

OE4

Afirmar a APCO como entidade referência para a inclusão.

Nº de ações de sensibilização com alunos de turmas com Necessidades Educativas Especiais

NA ≥ 10 Não atingido

(Realizadas 5)

Nº de palestras nas escolas abordando a temática da inclusão

NA ≥ 5 Objetivo atingido

(Concretizado 5)

Nº de ações de sensibilização em contexto comunitário

NA ≥ 3 Objetivo atingido

(Concretizado 6)

Nº de publicações resultantes da análise das práticas levadas a cabo

1 / Ano Não atingido

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

Mod.PGM 37-0

41

Pro

cess

o

/ Se

rviç

o Objetivo Estratégico Indicador Fórmula Meta 2015 Avaliação

PG

M, C

AO

OE5

Desenvolver ações no sentido da criação de novas instalações,

equipamentos e respostas.

Prazo para desenho do projeto (identificação da necessidade e justificação) de alternativas às atuais instalações da instituição.

NA Fim de 2015 Objetivo atingido

(A necessidade de novas instalações para a instituição foi incluída no novo PDS do

concelho de Odemira; escolha de alguns imóveis

possíveis

)

Colaborar com as entidades locais na identificação de necessidades e na promoção do desenvolvimento de respostas adequadas na área da saúde mental: 1) Participação colaborativa em todas as iniciativas da comunidade; 2) Promover um evento de reflexão sobre a saúde mental em Odemira.

1) Nº de iniciativas realizadas/ participadas

2) Nº de eventos

1) e 2) Fim de 2015

1) Objetivo atingido

2) Não atingido

Prazo para a conclusão do Jardim Sensorial NA Fim de 2015 Objetivo atingido

Prazo para a criação da Sala de Snoezelen NA Fim de 2015 Objetivo atingido

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42

Pro

cess

o

/ Se

rviç

o Objetivo Estratégico Indicador Fórmula Meta 2015 Avaliação

PG

M

OE6

Promover a sustentabilidade financeira da instituição.

Taxa de aumento do nº de sócios Nº de novos sócios do ano n/ nº de sócios de n-1 x 100

≥ 5% Não atingido

(a percentagem de aumento obtida foi de 3,8%)

Percentagem de aumento do Resultado Líquido do Exercício (RLE)

(Valor RLE do ano n – Valor RLE ano n-1) / Valor RLE do ano n-1 x 100

≥ 3% Objetivo atingido

(A percentagem obtida foi de 8,9%)

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RELATÓRIO ANUAL ATIVIDADES - 2015

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43

A taxa de cumprimento dos objetivos foi de 88%. Da avaliação aos 32 objetivos definidos, 28 foram

atingidos e 4 não foram atingidos.

Relativamente aos objetivos não atingidos:

1) Nº de ações de sensibilização com alunos de turmas com Necessidades Educativas Especiais ≥ 10

Apesar de terem sido realizadas cinco ações de sensibilização junto dos alunos das turmas com NEE,

não se conseguiu conjugar a disponibilidade dos técnicos com a disponibilidade das escolas, de

forma a concretizar a realização das dez ações inicialmente programadas.

2) Nº de publicações resultantes da análise das práticas levadas a cabo - 1 / Ano

O ano de 2015 foi um ano de ajustamento, de admissão de novos técnicos nas equipas e de entrada

em funcionamento de novas respostas sociais. Por este motivo não foi possível criar a estabilidade

necessária para levar a cabo um trabalho de pesquisa.

3) Promover um evento de reflexão sobre a saúde mental em Odemira

Este objetivo foi parcialmente atingido. De facto, não nos foi possível promover um evento de

reflexão sobre a saúde mental em Odemira, no entanto tivemos uma participação colaborativa nas

iniciativas da comunidade, nomeadamente através da parceria no projeto Feliz Mente promovido

pela TAIPA e aprovado pelo Programa Sinergias Sociais do Município de Odemira. Este projeto tem

o objetivo de promover a saúde mental através de ações de prevenção e combate à discriminação

das doenças mentais.

4) Taxa de aumento do nº de sócios ≥ 5%

No decorrer de 2015 foram admitidos 10 novos sócios. Apesar dos esforços de divulgação não foi

possível atingir o objetivo de aumento de 5% que nos tínhamos proposto. Esta situação conduziu-

nos à necessidade de repensar a forma como a associação deverá abordar a comunidade com vista

uma maior participação.

5.3 – AUDITORIAS

Em 2015 não foi realizada qualquer auditoria externa ao sistema da Qualidade.

O Centro Distrital de Segurança Social realizou em outubro uma ação de acompanhamento técnico às

respostas sociais de Lar Residencial e Serviço de Apoio Domiciliário. O relatório desta ação revela que

“…foi possível constatar que as respostas sociais desenvolvem um funcionamento adequado, tendo sido,

no entanto identificadas no Relatório as seguintes irregularidades: - Contrato de alojamento e prestação

de serviços em Lar Residencial identifica serviços não incluídos na mensalidade, não constando essa

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informação no regulamento interno da resposta; - Em SAD, não afixação dos cuidados e serviços

prestados”.

Foram também realizadas as inspeções às instalações da APCO relativas ás condições de higiene e

segurança no trabalho. No Lar Residencial e no CAO, não existe nenhuma não conformidade, nem foi

proposta nenhuma ação de melhoria, contudo na parte dos serviços administrativos da sede, existe uma

não conformidade (inexistência de um sistema automático de incêndios que cubra a totalidade das

instalações e a proposta de melhoria passa por instalar um sistema de deteção e alarme de incêndios.

5.4- AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO

Foi avaliado o grau de satisfação dos clientes/famílias da APCO bem como de todas as outras partes

interessadas nomeadamente colaboradores, entidades financiadoras e parceira. O objetivo foi conhecer

a opinião de todos estes intervenientes, de forma a melhorar os serviços que prestamos e aumentar a

qualidade no desempenho da Instituição. Apresentam-se de seguida os resultados obtidos através dos

questionários realizados para o efeito.

5.4.1 – Avaliação da satisfação de clientes/famílias.

Foram realizados questionários aos clientes/famílias da Intervenção Precoce (IP), do Centro de

Atividades Ocupacionais (CAO) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). A avaliação da satisfação dos

clientes, obteve uma percentagem global de 88%.

Relativamente ao Centro Atividades Ocupacionais, o Índice Médio de Satisfação para o ano de 2015 foi

de 76.92%, sendo que, em relação ao ano 2014, o grau de satisfação apresentou uma diminuição de

2.08%.

De salientar que as respostas com valores mais baixos se encontrarem mesmo assim positivas, sendo a

pergunta relativa à alimentação dos clientes, à semelhança dos anos anteriores, a que apresenta uma

percentagem menor. Os inquéritos apresentam a questão aberta relativa à alimentação, onde

solicitávamos que justificasse o porquê. Apenas dois questionários tem a justificação “Porque deveria

haver dois pratos, peixe e carne, para quem não gostasse de uma ou de outra” e outro “Porque não

gosto do comer”. Os restantes não justificaram.

A questão 19 - “Os colaboradores do CAO nunca se esquecem dos meus medicamentos?” obteve a

percentagem mais elevada, 85%. Em todos os inquéritos os clientes/ famílias responderam

afirmativamente à questão 36 - “Se um amigo seu precisasse, recomendaria o CAO?” e negativamente à

questão 37 - “Se pudesse mudaria de instituição?”.

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Relativamente ao Serviço de Apoio Domiciliário o Índice Médio de Satisfação (IMS) foi de 90,08%. Em

2014 o IMS foi de 90,25%, pelo que a variação é muito pouco significativa. Os resultados da avaliação da

satisfação dos clientes do SAD são bastante positivos.

As questões que obtiveram maior índice de satisfação ( 100%) foram a 1, 2, 3, 41 e 42, ou seja, “O

acesso à área de atendimento do Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) é fácil.”, “Existe um espaço próprio

para receber os clientes e/ou famílias”, “O espaço de atendimento oferece boas condições de

acolhimento”, “Se mo solicitassem recomendaria este serviço, e “Se tivesse possibilidade mudaria de

serviço” (a totalidade dos inquiridos respondeu que não mudaria de serviço)

O valor mais baixo é 66,67% na questão nº 15 - “Estou satisfeito(a) com o serviço de tratamento de

roupas”. De referir que esta questão “Não se aplica” a um dos clientes, que efetivamente não usufrui

deste serviço. Dos restantes 2 clientes, 1 está totalmente satisfeito e o outro não está satisfeito. Esta é a

única resposta de não satisfação em toda a avaliação e será sobre esta questão que deverão ser

tomadas medidas. Assim, em 2016 será dada uma especial atenção ao tratamento das roupas do SAD.

Este trabalho envolverá as Ajudantes de Ação Direta prestadoras do serviço no domicílio e também as

Auxiliares de Serviços Gerais responsáveis pelos serviços de lavandaria, por forma a melhorar o serviço e

consequentemente a satisfação dos clientes/famílias.

Relativamente à Intervenção Precoce Infância (IPI), em 2015, o nível de satisfação das famílias, com a

IPI, foi 96,51%. Em termos percentuais, este resultado sugere um aumento de cerca de 10 pontos

percentuais em comparação com o ano de 2014 (84,22%), contudo não foi utilizado o mesmo

instrumento de avaliação, pelo que esta comparação não pode ser estabelecida.

É possível afirmar que foi alcançada a meta definida no plano anual de atividades para 2015, que tinha

como meta um resultado de satisfação das famílias igual ou superior a 80%, relativamente a este

indicador. Foi assim assegurada a qualidade e melhoria contínua dos serviços prestados às

famílias/crianças acompanhadas pela IPI.

Em relação à questão direta sobre a satisfação da família em relação ao profissional que a apoia, a

média de respostas obtidas (4,52) situa-se entre o muito satisfeito (4) e o extremamente satisfeito (5),

verificando-se um índice médio de satisfação de 90,45%. Obtiveram-se resultados semelhantes para a

questão “De uma forma geral está satisfeito com o serviço”, com uma média de 4,55, o que corresponde

a um índice médio de 90,98%.

Os itens com média de resposta mais elevada são respetivamente e por ordem decrescente: “O

Profissional trata-nos com respeito.”, “O Profissional ajuda a nossa família a ter expetativas positivas em

relação ao nosso futuro e ao dos nossos filhos", “O Profissional aceita a nossa família como membro

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importante da equipa de intervenção precoce.”, “O Profissional ajuda-nos a satisfazer as necessidades,

que nós sentimos.” e “O Profissional aceita os nossos sentimentos e reações.”

Os itens com média mais baixa são respetivamente e por ordem decrescente: “O Profissional não toma

decisões em relação ao tipo de cuidados que o nosso filho(a) necessita sem perguntar o que é que nós

queremos.”, “O Profissional apesar das nossas diferenças (raça, estatuto sócio-económico, trabalho,

religião), não emite juízos de valor sobre a nossa família.”, “O Profissional não critica o que fazemos com

o nosso filho(a).” E “O Profissional não nos culpabiliza em relação aos problemas do nosso filho(a).”.

Estes itens são também os que apresentam maior grau de dispersão em relação à média. Da análise

efetuada, concluiu-se que tal pode estar associado ao fato de as questões estarem formuladas na

negativa e, dado o tipo de questionário (escala de Likert com 5 opções de resposta), este aspeto pode

ter dificultado a sua interpretação, motivo pelo qual a escolha do instrumento a aplicar deverá ser

revista.

5.4.2 – Avaliação da satisfação de colaboradores

De forma a conhecer o grau de satisfação dos colaboradores da APCO, com vista à melhoria contínua,

foi efetuado um inquérito, respondido pelos colaboradores da Instituição.

Analisados os resultados, verifica-se que o Índice Médio de Satisfação (IMS) global em 2015 é de 78,06,

tendo aumentado 2,6% relativamente a 2014.

A variável condições do trabalho (tal como nos anos anteriores) tem o menor IMS – 67,82%. A variável

Qualidade tem o IMS mais elevado – 85,80% (no ano anterior a variável com maior IMS foi Relações de

trabalho internas).

Relativamente ao Índice Médio de Satisfação (IMS) por variável os resultados são os seguintes:

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1. Condições de Trabalho – IMS de 67,82 (2014 - 64,38)

2. Desempenho Funcional – IMS de 77,49 (2014 - 76,32)

3. Desenvolvimento pessoal e profissional – IMS de 78,61 (2014 - 75,83)

4. Relações de trabalho internas – IMS de 82,80 (2014 - 82,98)

5. Participação e melhoria contínua – IMS de 74,69 (2014 - 71,25)

6. Qualidade – IMS de 85,80 (2014 - 81,14)

7. Motivação – IMS de 79,20 (2014 - 76,32)

5.4.3 – Avaliação da satisfação das entidades parceiras

Realizada a avaliação da satisfação das entidades parceiras, verifica-se que o Índice Médio de Satisfação

Global (IMS) é de 92,22%.

Os valores mais elevados, com um IMS de 100,00% foram referentes às questões: “Quando existem

eventos importantes na Instituição, são convidados”; “A Instituição presta um bom serviço à

Comunidade”; “A APCO é uma instituição respeitada na Comunidade” e “Todas as questões existentes

com a Instituição foram resolvidas a bem e atempadamente”.

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A questão que obteve o resultado mais baixo, mas ainda assim bastante positivo, foi “Tem informação

suficiente sobre os resultados da Instituição?” com um IMS de 72,22%.

5.5 – AÇÕES DE MELHORIA IMPLEMENTADAS

As ações de melhoria resultam dos vários indicadores obtidos através da avaliação da satisfação (de

clientes, colaboradores, parceiros, entidades financiadoras e comunidade), através das sugestões e

reclamações apresentadas e através da avaliação de todos os resultados obtidos (auditorias, inspeções,

reuniões de acompanhamento, revisão do sistema de gestão da qualidade) bem como de algumas

imposições legais. Destacam-se algumas ações que foram implementadas (e avaliadas quanto à sua

eficácia):

Aumento do número de clientes/parcerias integrados em Atividades Socialmente Úteis;

Melhoria nos equipamentos do Centro Atividades Ocupacionais (aquisição de cadeiras e móvel

para arrumação);

Aumento de recursos humanos no Centro Atividades Ocupacionais (maior diversidade de

atividades);

Grupo Partilha – dinamizado por técnico externo (psicólogo clinico e psicoterapeuta), dirigido

às colaboradoras do Lar Residencial;

Inscrição no Banco Local de Voluntariado de 2 projetos para o Lar;

Melhoria na estrutura das reuniões de equipa da Intervenção Precoce – criação e

implementação de um guião de discussão de casos;

Melhoria do conhecimento técnico sobre perturbações da vinculação e as implicações no

desenvolvimento da criança – organização de uma reunião com a Unidade de psiquiatria da

Infância/Adolescência do Hospital do Espirito Santo em Évora;

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6 – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

A Direção propõe à Assembleia Geral que o resultado líquido positivo do exercício, no montante de 48

117,94 € (quarenta e oito mil cento e dezassete euros e noventa e quatro cêntimos) seja transferido

para Resultados Transitados.

Aprovado em reunião de Direção de 10 de março de 2016

Aprovado em Assembleia-geral em _______ de março de 2016