pedro barreto trib

73
U.R.G.E.N.T.E - 2ª FASE DA OAB - MUITO URGENTE!!!! Vixe... vai dar um babado!!! Vazou aqui no Rio que a peça de TRIBUTÁRIO será uma peça da fazenda... uma APELAÇÃO de sentença de procedência em ação do contribuinte... ou uma contestação... não tem previsão no edital... Me mandaram até a história... e, creiam, o modelo da peça... COMO PODE??? Um município pequeno que contrata o SEU escritório para defender os interesses dele, por não ter Procuradoria... e vc teria que fazer as defesas dele nas ações fiscais além de ajuizar as execuções... nesse caso, VC DEFENDERIA O PEQUENO MUNICÍPIO 'X', na ação ajuizada... me enviaram o modelinho de contestação e o de apelação... AFIRMARAM que seria uma das duas...detalhe: DEIXARAM NA PORTARIA DO MEU CONDOMÍNIO AGORA DE MANHÃ... E ASSINARAM COMO "ANJO DA OAB...OBRIGADO POR TUDO QUE FEZ PELA MINHA FILHA NO PENÚLTIMO EXAME... QUE DEUS ABENÇOE VC E SEUS ALUNOS" Bem... eu poderia não divulgar isso... mas me sentirei MUITO MAL se ganharmos dessa forma... agradeço ao ANJO, mas NÃO POSSO GUARDAR ISSO... Logo, DIVULGADO... Que façam chegar à GV... rodem a notícia... compartilhem... Na dúvida, publicarei o modelo de APELAÇÃO e CONTESTAÇÃO para vcs... Mas não quero que vençamos assim... NUNCA PRECISEI DISSO, TREINEI VCS PARA VENCERMOS SEM DESVIOS... De todo modo, vai que essa seja mesmo a peça? Bjs a todos, ESTAMOS S-E-M-P-R-E JUNTOS! T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS ESPELHO TDP 27 CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA. BONS ESTUDOS!!! ANA CAROLINA LINHARES COORDENADORA DA EPAT TDP 27– 17/10/2012 A empresa Carro Novo, tem sede no município de Salvador e uma loja no município de Ilhéus, seu objeto social é a revenda de carros usados. Além das lojas a empresa é dona de um imóvel em Porto Seguro que usa de pátio para guardar e dar manutenção aos carros. Está em atividade desde

Upload: socorro-martiniano

Post on 10-Aug-2015

681 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: Pedro Barreto Trib

U.R.G.E.N.T.E - 2ª FASE DA OAB - MUITO URGENTE!!!!

Vixe... vai dar um babado!!! Vazou aqui no Rio que a peça de TRIBUTÁRIO será uma peça da

fazenda... uma APELAÇÃO de sentença de procedência em ação do contribuinte... ou uma

contestação... não tem previsão no edital...

Me mandaram até a história... e, creiam, o modelo da peça... COMO PODE???

Um município pequeno que contrata o SEU escritório para defender os interesses dele, por não ter Procuradoria... e vc teria que fazer as defesas dele nas ações fiscais além de ajuizar as execuções... nesse caso, VC DEFENDERIA O PEQUENO MUNICÍPIO 'X', na ação ajuizada... me enviaram o modelinho de contestação e o de apelação... AFIRMARAM que seria uma das duas...detalhe: DEIXARAM NA PORTARIA DO MEU CONDOMÍNIO AGORA DE MANHÃ... E ASSINARAM COMO "ANJO DA OAB...OBRIGADO POR TUDO QUE FEZ PELA MINHA FILHA NO PENÚLTIMO EXAME... QUE DEUS ABENÇOE VC E SEUS ALUNOS"

Bem... eu poderia não divulgar isso... mas me sentirei MUITO MAL se ganharmos dessa forma... agradeço ao ANJO, mas NÃO POSSO GUARDAR ISSO... 

Logo, DIVULGADO... Que façam chegar à GV... rodem a notícia... compartilhem...Na dúvida, publicarei o modelo de APELAÇÃO e CONTESTAÇÃO para vcs... Mas não quero que vençamos assim... NUNCA PRECISEI DISSO, TREINEI VCS PARA VENCERMOS SEM DESVIOS... De todo modo, vai que essa seja mesmo a peça?

Bjs a todos, ESTAMOS S-E-M-P-R-E JUNTOS!

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 27

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 27– 17/10/2012

A empresa Carro Novo, tem sede no município de Salvador e uma loja no município de Ilhéus, seu objeto social é a revenda de carros usados. 

Além das lojas a empresa é dona de um imóvel em Porto Seguro que usa de pátio para guardar e dar manutenção aos carros. Está em atividade desde 20/11/2006. 

Há um rodízio de carros entre os estabelecimentos da Carro Novo, e a empresa

Page 2: Pedro Barreto Trib

nunca pagou ICMS, uma vez que não há transferência da propriedade. 

Entretanto, o estado da Bahia em 15/07/2011 notificou a empresa para que efetuasse o pagamento de ICMS sobre todas as operações desde 20/11/2006. 

A empresa não se defendeu administrativamente, e sabe-se que o débito está para ser inscrito em dívida ativa. 

A empresa Carro Novo desejando participar da licitação no Município de Salvador para o fornecimentos de carros usados necessita apresentar certidão de regularidade fiscal junto com a documentação para participar do certame que irá ocorrer em 01/08/2011. 

Desesperado em 16/07/11 o sócio da empresa Manuel da Silva o (a) procura em seu escritório para que tome as medidas cabíveis. 

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR

Fundamento: arts. 39, I e 282 do CPC, art. 5º, LXIX da CF, arts. 6, 7, I, II e III e 23 da Lei 12.016/09, arts. 142 do CTN, arts. 12, I e 2, I da LC 87/96, súmula n° 166 STJ.

Argumentos: o MS é tempestivo, pois está no prazo de 120 dias da ciência do fato (15/07/2011). Precisa da certidão. Não é devedora de ICMS uma vez que os carros não foram vendidos, não houve alteração na propriedade não houve circulação de mercadoria. Precisa da liminar (art. 23 Lei do MS) para participar de licitação próxima. Não há FG de ICMS, sem FG não há OT e não nasce a RJT, não se aplica o art. 142 do CTN, pois não há relação jurídica tributária.

Competência justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ....ª VARA (CÍVIL/ESPECIALIZADA/FAZENDA PÚBLICA/ÚNICA) DA COMARCA DE SALVADOR/...

Autoridade coatora e órgão a que se vincula: secretário da fazenda do estado da Bahia, órgão Secretaria da Fazenda do estado vinculado ao Estado da Bahia.

Tópicos: DOS FATOS, DA TEMESPETIVIDADE (art. 23 LSM), DO ATO IMPUGNADO, DA AUTORIDADE COATORA E DA PJ RESPECTIVA(art. 6º LMS), DAS PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS, DO PEDIDO DE LIMINAR SEM EXIGÊNCIA DE FIANÇA, CAUÇÃO OU DEPÓSITO, DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO, DOS PEDIDOS (Requer a notificação da autoridade coatora enviando-lhe todas as cópias dos documentos que instruem a inicial, para que preste todas as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei n.12.016/2009); Dado ciência ao Município de São Paulo ou ao órgão de representação judicial ou ainda à (procuradoria do Ente), enviando-lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, II, da Lei n. 12.016/2009); Ouvido o representante do Ministério Público, para que opine no prazo de 10 (dez) dias (art. 12 da Lei n. 12.016/2009); Requer julgue procedente a presente ação, para fins de conceder a segurança e, compelir a Impetrada a liberar as mercadorias apreendidas, pelos motivos já esposados; Requer o deferimento da medida liminar, para que seja suspensa a exigibilidade do crédito até o final da

Page 3: Pedro Barreto Trib

decisão, nos termo do art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009; Requer a condenação nas custas), dá-se à causa o valor de R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ..., OAB ...

TDP 26 – 16/10/2012

(OAB/SP 107º Exame – ADPATADA) A Prefeitura do Município de São Paulo, por meio de seu prefeito fez sancionar a Lei nº 2.777/08 (09/09/2008), aprovada pela Câmara Municipal, criando a taxa de conservação e limpeza de logradouros públicos, considerando os seguintes aspectos, a saber:

- fato gerador: os serviços de limpeza e conservação das calçadas, ruas e avenidas públicas, dentro do perímetro urbano municipal;

- sujeito ativo: Prefeitura Municipal de São Paulo; Sujeito passivo: proprietário e possuidor de imóveis urbanos;

- aspecto temporal: 1º dia de cada ano;

- alíquota: 1% (um por cento);

- base de cálculo: valor venal do imóvel;

A referida lei entrará em vigor em 01/01/2009.

Em 15/12/2008 João, proprietário de alguns imóveis no referido município, o procura em seu escritório para que você ajuíze a medida mais célere adequada ao caso, informa que não possui condições financeiras de arcar com nenhuma despesa processual.

MANDADO DE SEGURANÇA COM LIMINAR

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: art. 282 do CPC, arts. 5º, LXIX da CF; arts. 6º, 7º, III, da Lei nº 12;016/09. No corpo da Petição do MS informar que não há condenação em honorários advocatícios, pois isso foi pontuado na prova do VII Exame com os seguintes dizeres: Não há condenação em honorários advocatícios, conforme Súmulas 512/STF e 105/STJ.

ARGUMENTOS: art. 145, §2º da CRFB. SV 29. As taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos. Art. 77 do CTN. Arts. 32 e 33 do CTN (fato gerador do IPTU)

COMPETÊNCIA: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ....ª VARA .... (CÍVEL/ÚNICA/FAZENDA PÚBLICA/ESPECIALIZADA) DA COMARCA DE SÃO PAULO/....

AUTORIDADE COATORA: autoridade coatora pessoa física.

Page 4: Pedro Barreto Trib

TÓPICOS: DO POTENCIAL ATO IMPUGNADO, DA AUTORIDADE COATORA E DA PESSOA JURÍDICA RESPECTIVA; DAS PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS EM ANEXO; DO PEDIDO DE LIMINAR SEM EXIGÊNCIA DE FIANÇA (aert. 7º, III), CAUÇÃO OU DEPÓSITO; DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO; DOS PEDIDOS (Requer a notificação da autoridade coatora enviando-lhe todas as cópias dos documentos que instruem a inicial, para que preste todas as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei n.12.016/2009); Dado ciência ao Município de São Paulo ou ao órgão de representação judicial ou ainda à (procuradoria do Ente), enviando-lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, II, da Lei n. 12.016/2009); Ouvido o representante do Ministério Público, para que opine no prazo de 10 (dez) dias (art. 12 da Lei n. 12.016/2009); Requer julgue procedente a presente ação, para fins de conceder a segurança e, compelir a Impetrada não cobrar a referida taxas, pelos motivos já esposados; Requer o deferimento da medida liminar, para que seja suspensa a exigibilidade do crédito até o final da decisão, nos termo do art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009; Requer a condenação nas custas), dá-se à causa o valor de R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ..., OAB ...

Jurisprudência para entender o tema:SÚMULA VINCULANTE Nº 29: É CONSTITUCIONAL A ADOÇÃO, NO CÁLCULO DO VALOR DE TAXA, DE UM OU MAIS ELEMENTOS DA BASE DE CÁLCULO PRÓPRIA DE DETERMINADO IMPOSTO, DESDE QUE NÃO HAJA INTEGRAL IDENTIDADE ENTRE UMA BASE E OUTRA.

EMENTA: TRIBUTÁRIO. LEI Nº 11.152, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991, QUE DEU NOVA REDAÇÃO AOS ARTS. 7O, INCS. I E II; 87, INCS. I E II, E 94, DA LEI Nº 6.989/66, DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA. TAXAS DE LIMPEZA PÚBLICA E DE CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS. Inconstitucionalidade declarada dos dispositivos sob enfoque. O primeiro, por instituir alíquotas progressivas alusivas ao IPTU, em razão do valor do imóvel, com ofensa ao art. 182, § 4o, II, da Constituição Federal, que limita a faculdade contida no art. 156, § 1o, à observância do disposto em lei federal e à utilização do fator tempo para a graduação do tributo. Os demais, por haverem violado a norma do art. 145, § 2o, ao tomarem para base de cálculo das taxas de limpeza e conservação de ruas elemento que o STF tem por fator componente da base de cálculo do IPTU, qual seja, a área do imóvel e a extensão deste no seu limite com o logradouro público. Taxas que, de qualquer modo, no entendimento deste Relator, tem por fato gerador prestação de serviço inespecífico, não mensurável, indivisível e insuscetível de ser referido a determinado contribuinte, não sendo de ser custeado senão por meio do produto da arrecadação dos impostos gerais. Recurso conhecido e provido. (STF, RE 199969, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Tribunal Pleno, julgado em 27/11/1997, DJ 06-02-1998 PP-00038 EMENT VOL-01897-11 PP-02304)

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 25

Page 5: Pedro Barreto Trib

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 25 – 15/10/2012

(VII Exame – FGV) A Administração Fazendária de determinado Estado, por entender que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT enquadra-se como contribuinte do IPVA incidente sobre os novos veículos de sua frota, adquiridos e emplacados em seu território, efetuou lançamento tributário direto relativo ao respectivo imposto de sua competência.

Todavia, a aludida empresa, que se encontra no prazo regular para pagamento do IPVA, não quitou o imposto por discordar de sua cobrança, entendendo não ser seu contribuinte, ante a relevância dos serviços de natureza postal para a população.

Sabendo-se que a referida Empresa pretende viabilizar demanda judicial para a defesa dos seus interesses, uma vez que não houve oferecimento de defesa administrativa em tempo hábil, bem como, contados da data da notificação do lançamento tributário até o presente momento consumaram-se 90 (noventa) dias, nessa situação hipotética, redija, na qualidade de advogado contratado pela ECT, a petição pertinente que traga o rito mais célere, com base no direito material e processual tributário, ciente da desnecessidade de outras provas, que não sejam documentais. (valor: 5,00)

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

O STF já apreciou a possibilidade de extensão da imunidade recíproca à Empresa de Correios e Telégrafos – ECT, entendendo que por prestar serviço público, postal (art. 21, X, da CFRB/88), de natureza obrigatória e exclusiva do Estado, goza de imunidade por extensão do parágrafo 2º. art. 150 c/c art. 150, VI, letra a, da CFRB/88.

À ECT não se aplicaria o art. 150, parágrafo 3º, da CFRB/88, mas sim o parágrafo 2º. do art. 150 da CFRB/88. (Nesse sentido, RE 407.099/RS, rel. Ministro Carlos Velloso, DJ 06/08/2004).

Também, no caso do IPVA, o STF decidiu no mesmo sentido entendendo que a imunidade prevista no art. 150, VI, a, da CF alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, julgando procedente a ação proposta pela ECT para afastar a cobrança do IPVA, bem como as sanções decorrentes da inadimplência do tributo. (ACO 765/RJ, rel. Ministro Marco Aurélio Mello/Informativo. STF 546).

Estrutura da Peça:

Page 6: Pedro Barreto Trib

Fato – Apesar da ECT cobrar tarifas ou preços por seus serviços, a empresa estaria abrangida pela regra imunizante, não se enquadrando, portanto, na condição de contribuinte do IPVA ora analisado.

Direito – A regra da imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, a, da CFRB/88 é aplicável à ECT, pois presta serviço público postal, de natureza obrigatória e exclusiva do Estado, não ingressando em regime concorrencial com outras empresas, o que também afastaria a aplicação do art. 173, parágrafo 2º, da CFRB/88, o que resulta na configuração de direito líquido e certo a ser viabilizado mediante impetração de mandado de segurança, visto que a ECT não é contribuinte do IPVA.

Medida liminar – Caso não seja deferida liminar pleiteada, o impetrante será compelido a pagar os valores exigidos ilegalmente ou sofrerá inscrição em dívida ativa e posterior execução. Com isso, deverá ser apreciado pedido liminar antes mesmo da manifestação da autoridade coatora, nos termos do art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009, para que seja suspensa a exigibilidade do credito tributário.

Conclusão – A ECT tem direito líquido e certo, sendo inválida a cobrança do imposto em questão, com base nos fundamentos de fato e de direito acima expendidos.

Competência – justiça federal. Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal da ....ª Vara Federal da Seção Judiciária de .... do Estado ...

Pedido –a) Deferimento da medida liminar, para que seja suspensa a exigibilidade do crédito, art. 7º, III, da Lei n. 12.016/2009;b) Notificação da autoridade coatora, enviando-lhe todas as cópias dos documentos que instruem a inicial, para que preste todas as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias (art. 7º, I, da Lei n.12.016/2009);c) Dado ciência ao Estado ou ao órgão de representação judicial ou ainda à Procuradoria Geral do Estado, enviando-lhe cópia da inicial para que, querendo, ingresse no feito (art. 7º, II, da Lei n. 12.016/2009);c) Ouvido o representante do Ministério Público, para que opine no prazo de 10 (dez) dias (art. 12 da Lei n. 12.016/2009);d) Ao final, conceder definitivamente a segurança pleiteada para a anulação do lançamento. Condenação em custas. Não há condenação em honorários advocatícios, conforme Súmulas 512/STF e 105/STJ.Valor da causa: R$ valor do débito do IPVA.

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 24

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

Page 7: Pedro Barreto Trib

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 24 – 14/10/2012

Marta se interessou por dois imóveis na cidade de Salvador. Uma casa no valor de R$ 610.000,00 e um apartamento de R$ 360.000,00.

Em relação à casa celebrou um contrato de compra e venda em 05/09/2009. E comprou o apartamento em 20/10/2010.

O Município tem lei de ITBI que fixa: imóveis de até R$ 50.000,00 são isentos do pagamento; de R$ 50.001,00 à 150.000,00 aplica-se alíquota de 1%; de R$ 150.001,00 a 300.000,00 aplica-se alíquota de 2%; de R$ 300.001,00 a 450.000,00 aplica-se alíquota de 3%; de R$ 450.001,00 a 600.000,00 aplica-se alíquota de 4% e acima de R$ 600.001,00 aplica-se alíquota de 5%.

Em 20/10/2012 ao comprar o apartamento Marta efetuou o pagamento de ITBI com a alíquota fixada pelo Município de Salvador, no valor de R$ 10.800,00.

Em 05/05/2012 recebeu notificação para proceder ao pagamento de ITBI referente à promessa de compra e venda da casa, com prazo de vencimento em 30/05/2012 no valor de R$ 30.500,00.

Em 10/09/2012 Marta o procura em seu escritório para consultá-lo sobre tais cobranças e, sendo o caso, que ajuíze a medida capaz de solucionar os problemas.

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C ANULATÓRIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39 e 282 do CPC, arts. 165, 168 CTN, Súmula n° 162 e 188 STJ, art. 38, parágrafo único, art. 151, II CTN c/c súmula 112 STJ, art. 156, X do CTN.

ARGUMENTOS: súmula 656 STF. ITBI não pode ter alíquotas progressivas. Fere capacidade contributiva, viola a proibição de não confisco (art. 150, IV da CRFB). A base de cálculo está no art. 38 do CTN é o valor do imóvel. Fere a capacidade contributiva, pois se um indivíduo possui 10 imóveis de R$ 50.000 ele não pagará imposto ao passo de quem possui um no valor no mesmo valor paga 5%. A CRFB veda o tributo com efeito confisco e a lei de Salvador ao fixar alíquotas progressivas viola isso. A CRFB não permite a progressividade para o ITBI. Súmula 656 STF, art. 156, II e §2º da CRFB, art. 38 CTN, art. 150, IV da CRFB.

COMPETÊNCIA: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA ...... (CÍVEL/ÚNICA/ESPECIALIZADA/FAZENDA PÚBLICA) DA COMARCA DE SALVADOR/....

Page 8: Pedro Barreto Trib

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DO PAGAMENTO INDEVIDO, DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA, DO LANÇAMENTO A ANULAR, DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL, DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu – Requer a Citação do Réu na pessoa de seu representante legal para que apresente defesa no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – Requer a Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação, a condenação do réu no pagamento todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de condenar a Ré a restituir o montante indevidamente pago a título de ITBI, corrigido, atualizado, e, se for o caso com juros, nos termos das súmulas 162 e 188 do STJ; Requer seja o lançamento de ITBI sobre a promessa de compra e venda anulado e extinto nos termos do art. 156, X do CTN; Requer autorização para proceder ao depósito do montante integral para fins de suspensão da exigibilidade nos termos do art. 151, II do CTN c/c súmula 112 do STJ; Requer ao final, caso julgada procedente o levantamento do depósito, devidamente corrigido e atualizado, nos termos da lei), Valor da Causa R$ 41.300,00 (valor do ITBI) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ..., OAB ....

ESPELHO TDP 23

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 23 – 13/10/2012

A empresa Aparelhos Da Casa S.A. tem sede em Manaus e por objeto social a fabricação de eletrodomésticos, dentre eles aparelhos televisores, DVDs, etc. Foi constituída em Manaus em 1995 e lá mantém sua sede até hoje.

Em 2003 a Suframa – Superintendência da zona Franca de Manaus instituiu por portaria uma taxa a ser cobrada das empresas sediadas na região. O fato gerador desta taxa seria o exercício do pode de polícia (fiscalização).

A empresa Aparelhos Da Casa desde a instituição da referida taxa efetua o pagamento.A Empresa tem um débito de IR junto à União do mesmo valor.

Em 05/09/2012 a empresa o procura em seu escritório para lhe consultar acerca da constitucionalidade da referida taxa e, sendo o caso, ajuíza a ação cabível. Informa ainda que não quer dispender nenhum valor para garantir a ação.

Page 9: Pedro Barreto Trib

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO.

Fundamentos de ajuizamento: art. 39 e 282 do CPC, arts. 165 e 168 CTN, art. 109, I da CF, Lei n° 9.250/95, Lei n° 9.494/97 (art. 1º)

COMPETÊNCIA: J. Federal. EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA .....ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MANAUS DO ESTADO ......

ARGUMENTOS: a taxa é tributo vinculado ao exercício do poder de polícia, devendo ser instituída por lei, em respeito ao princípio da legalidade (art. 150, I da CRFB). Existem leis federais que autorizam a compensação em matéria federal entre tributos federais (art. 1º do decreto 213897), sendo possível compensar valor de taxa federal com imposto federal, sem a necessidade dos tributos serem da mesma espécie. A restituição do valor cobrando indevidamente a título da taxa deve ser corrigida nos e para isso fazer pedido subsidiário pedir a aplicação da Lei 9250/95 (selic) e se o juiz não entender cabível aplicar o índice da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9494/97). Só pode pedir a restituição dos últimos 5 anos. Citar art. 77 do CTN, art. 145, II e §2º da CRFB, art. 150, I da CRFB

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DO PAGAMENTO INDEVIDO, DOS JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu – Requer a Citação da Ré, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – Requer a Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação, a condenação da Ré no pagamento todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de condenar a Ré a restituir o montante pago indevidamente a título de taxa da Suframa, acrescido de juros e correção com correção e juros, nos termos da Lei 9250/95, ou caso V. Exa. não entenda ser aplicável nos termos do art. 1º-F da Lei 9494/97), Valor da Causa R$ ..... (valor da taxa) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB ...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 22

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 22 – 12/10/2012

Page 10: Pedro Barreto Trib

Joaquim, tem seis anos e é portador de atrofia espinhal progressiva tipo II, tem 5 anos e já necessita de cadeira de rodas para sua locomoção e uma órtese rígida nos membros inferiores. Realiza diversos tratamentos terapêuticos, entre eles equoterapia, fisioterapia motora e respiratória.

Ana Alice, sua mãe, em 2012, comprou em nome do menor um automóvel para efetuar o transporte do mesmo no valor de R$..., tendo lhe sido cobrado o ICMS no valor de R$...

A mãe do menor requereu junto a Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais (SEFAZ) a isenção contida na lei de IPVA do estado (Lei nº 14.937/2003, art. 3º. É isento do IPVA a propriedade de: ... III. Veículo de pessoa portadora de deficiência física adaptado por exigência do órgão de transito para possibilitar a sua utilização pelo proprietário). Toda documentação comprobatória da condição especial de Joaquim foi apresentado à SEFAZ. Entretanto, o requerimento foi negado pelo Estado.

Para receber o CRLV do ano de 2012 a mãe de Joaquim efetua o pagamento do IPVA no valor de R$ 1.637,43 (um mil seiscentos e trinta e sete reais e quarenta e três centavos).

Indignada a mãe de Joaquim lhe procura em seu escritório para que tome as medidas cabíveis. 

Dessa forma, na qualidade de advogado(a) de Joaquim, formule a peça adequada para a defesa dos seus interesses, de forma completa e fundamentada, com base no direito material e processual tributário. 

AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO C/C DECLARATÓRIA

Fundamentos de ajuizamento: arts. 4º, 39, 282 do CPC, arts. 165, 168 do CTN, art. 155, III da CF, art. 3º, III da Lei nº 14937/03 de MG, súmulas 162 e 188 do STJ, art. 8º do CC c/c art. 81 do CC, art. 126, I do CTN.

Argumentos: o menor tem direito a isenção mesmo não sendo o condutor do veículo, a propriedade é sua, o CTN permite que menores sejam proprietários de bens e sejam considerados sujeitos passivos, deverá ser representado por sua mãe (art. 126, I do CTN). O STJ entende que “em observância aos princípios constitucionais da isonomia e da dignidade da pessoa humana", entendeu que tal benefício deve ser também concedido àquele com "incapacidade total" para dirigir veículo, para que possa ser transportado por seus familiares”. (Resp. 1.198.544/SC). O fato do veículo ser conduzido por 3ª pessoa é irrelevante, foi demonstrada a necessidade de um veículo para transporte do menor. Princípios da isonomia, dignidade da pessoa humana. A correção de tais valores deve ser feita nos termos das súmulas 162 e 188 do STJ. 

Tópicos: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE (art. 165 CTN), DO PAGAMENTO

Page 11: Pedro Barreto Trib

INDEVIDO, DOS JUROS E CORREÇÃO (súmulas 162 e 188 STJ), DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CReú, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, apresente contestação, sob pena de revelia; PPP – requer permissão para a produção de provas; $ - requer a condenação da Ré no pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP requer que se julgue procedente a presentre ação para que o réu seja condenado à restituição dos valores de IPVA, devidamente corrigido nos termos das súmulas 162 e 188 do STJ; requer a declaração da isenção do autor, nos termos do art. 4º do CPC; requer a extinção do crédito tributário, nos termos do art. 156, X do CTN), valor da causa R$ 1.637,43 (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ..., advogado ..., OAB ...

Competência: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ....ª VARA ..... (CÍVIL/ESPECIALIZADA/ÚNICA/FAZENDA PÚBLICA) DA COMARCA DE ...../MINAS GERAIS

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 21

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 21 – 11/10/2012

Marcela teve seu veículo furtado em um estacionamento pago na cidade de Barcarena. O carro fora entregue a 3ª pessoa, sem que fosse exigido o ticket do estacionamento ou o documento do veículo, ambos estavam com Marcela. Fora registrada a ocorrência BO nº xxxxx.

Entretanto, o estabelecimento comercial não quis assumir nenhuma responsabilidade e nem seu seguro. Tendo em vista a situação, Marcela acionou o seu seguro, porém ajuizou ação de indenização por danos morais para ser ressarcida pelo desgaste gerado por toda a situação, pelo constrangimento sofrido. Tal ação foi julgada procedente e condenou o estabelecimento a pagar a quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) em 05/12/2010.

Quando foi efetuar o saque de sua indenização Marcela foi surpreendida com o desconto de IR, na alíquota de 27,5% sobre o valor referida condenação. 

Page 12: Pedro Barreto Trib

Em 05/09/2012 ela o procura em seu escritório para que solucione o problema.

RESPOSTA: AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO, vez que o desconto realizado é indevido. Deve ser ajuizada contra a União. As verbas oriundas de indenizações por dano moral não são passíveis de tributação por IR, nos termos da súmula nº 498 do STJ. Pode-se fazer a analogia com as súmulas nº 463, 386, 215, 136 e 125 do STJ já que todas tratam de verbas indenizatórias que não sofrem a incidência do IR. Pedir que os valores seja corrigidos de preferência pela SELIC (lei 9250/95) e se o juiz não entender cabível que use o índice da caderneta de poupança (art. 1º-F da Lei 9494/97). Competência da Justiça Federal.

Jurisprudência do tema::“... 2. Os valores recebidos a título de "indenização" não podem sofrer a incidência do imposto de renda (artigo 43, I e II do CTN), pois não representam a "aquisição de disponibilidade", mas sim a compensação pela perda da capacidade de adquirir a disponibilidade que detinha o credor anteriormente ao fato que gerou a indenização.3. Nos precisos termos dos artigos 6º, IV e XIV da Lei 7.713/88 e 39, XVII, do Decreto 3000/99, a verba paga a título de indenização por acidente do trabalho não está sujeita à tributação pelo imposto sobre a renda. 4. No julgamento do REsp nº 963.387/RS (Min. Herman Benjamin, julgado em 08/10/2008), a Primeira Seção desta Corte firmou o entendimento de que não estão sujeitos à tributação pelo imposto de renda as indenizações decorrentes de dano moral. ...”. (REsp 885.826/SE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 17/03/2011, DJe 22/03/2011)

FUNDAMENTAÇÃO: arts. 39 e 282 do CPC, 165 CTN, 168 CTN, 109, I da CF, Lei n° 9.250/95, Lei n° 9.494/97 (art. 1º-F)

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE (art. 168 do CTN), DO PAGAMENTO INDEVIDO (art. 165 CTN), DOS JUROS E DA CORREÇÃO MONETÁRIA – Lei 9250/95 e art. 1º F da Lei 9494/97, DO DIREITO DOS PEDIDOS (CRéu – Requer a Citação do Réu na pessoa de seu representante legal para que apresente defesa no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – Requer a Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação, a condenação do réu no pagamento todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de condenar a Ré a restituir o montante indevidamente pago a título de IR, corrigido, atualizado, e, se for o caso com juros, nos termos em reto apresentados), Valor da Causa R$ 13750,00 (valor do IR) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ..., OAB ....

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 20

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

Page 13: Pedro Barreto Trib

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 20 – 10/10/2012

Maurício, proprietário de um imóvel no Município de Mogi das Cruzes, recebeu o carnê para pagamento do IPTU em janeiro de 2012, com vencimento em 17/01/2012.

Entretanto, tal carnê cobra o IPTU e a taxa de lixo com base no valor venal do imóvel. 

Maurício em 10/01/2012 tentou efetuar o pagamento somente do IPTU, mas o banco não pode receber somente o valor referente ao IPTU, justificando que o pagamento teria total, ou seja, para quitar seu débito Maurício teria que pagar o IPTU e a taxa de lixo. 

Procurou à secretaria municipal da fazenda solicitou administrativamente o mesmo pedido, o que, também, lhe foi negado.

Tendo em vista a situação Julio o (a) procura em seu escritório para que você tome a medida cabível ao presente caso. 

RESPOSTA

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

Fundamento de ajuizamento: arts. 39, I, 282, 890, 893 do CPC; arts. 164, I, 156, VIII do CTN, art. 151, II CTN c/c súmula 112 STJ, art. 156, II da CF, art. 145, §2º da CRFB, SV 29, art. 156, I da CRFB.

Argumentos: a Fazenda Pública não pode condicionar o recebimento de um tributo (IPTU) ao pagamento de outro (taxa lixo), nem ao cumprimento de obrigação acessória ou fazer qualquer outra exigência que não esteja fixada por lei (exigências abusivas). É direito do sujeito passivo pagar, não é apenas obrigação. Evita resultados danosos (cominação de juros, correção monetária, inscrição no cadastro de inadimplentes, protesto, etc.). A fazenda pública não pode inviabilizar tal direito. A taxa é inconstitucional porque usa o valor venal do imóvel como base de cálculo, ferindo o art. 145, §2º da CRFB. A taxa poderia usar a metragem, mas não o valor venal, violando a SV 29. Há identidade de bases de cálculo entre a taxa e o IPTU. O Fisco não pode subordinar o pagamento de um tributo a outro, eis que são obrigações autônomas, oriundas de fatos geradores distintos. Caso assim proceda, deverá o contribuinte consignar em Juízo o valor devido. O contribuinte deverá recolher apenas o valor do IPTU.

Page 14: Pedro Barreto Trib

Competência justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA .... (ÚNICA/FAZENDA PÚBLICA/ESPECIALIZADA/CÍVIL) DA COMARCA DE MOGI DAS CRUZES/...

Tópicos: DOS FATOS, DO DIREITO À CONSIGNAÇÃO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, levantar o valor ou apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – permissão para produção de provas, $ - requer a condenação do Réu em todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RPJ - Requer Julgue Procedente a presente ação, de extinguir ambas as cobranças feitas nos termos do art. 156, VIII e X do CTN, homologando a consignação do valor do IPTU em favor do legítimo do Município de Mogi das Cruzes, bem como extinguindo o crédito da taxa equivocadamente cobrado; Reafirma pedido de autorização para depósito do valor do IPTU, nos termos do art. 893 do CPC, conforme ante exposto; Requer reconhecimento do efeito suspensivo à exigibilidade de ambos os lançamentos feitos, nos termos do art. 151, II do CTN c/c súmula 112 STJ), valor da causa R$ ... (valor do IPTU) (arts. 258 a 261 CPC), nestes termos, pede deferimento, data ..., local ..., advogado ..., OAB ...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 19

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 19 – 09/10/2012

A empresa Manipular, farmácia de manipulação, sediada em Porto Alegre, elabora medicamentos/produtos sob encomenda e fabrica produtos para o uso comum.

A empresa foi notificada pelo Município de Porto Alegre ao pagamento do ISS no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) pela prestação de serviços de manipulação nos meses de abril a junho de 2009.

Alguns dias depois, sofreu fiscalização estadual e foi lavrado auto pelo não pagamento de ICMS nos meses de abril a junho de 2009 sobre dois tipos de operação sobre os produtos fabricados para uso comum, no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), e sobre os produtos fabricados e comercializados por encomenda, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Page 15: Pedro Barreto Trib

Sem saber o que fazer a empresa o procura para que solucione os dois problemas.

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, 47, 282, 890, 893, 897 do CPC, arts. 151, II CTN c/c súmula 112 STJ e art. 156, VIII e 164, III do CTN.

ARGUMENTOS: Se elaborado especificamente para uma determinada pessoa há incidência de ISS. Há na manipulação a personificação do serviço, por isso a incidência do ISS e não do ICMS. Não se trata de mercadoria posta à venda para qualquer pessoa. O produto feito sob encomenda é personalizado. Se for elaborado para a venda indiscriminada, sem pessoalidade, remédio de prateleira, haverá a incidência de ICMS. Tratar de fato gerador do ISS e ICMS, citando os arts. 155, II da CRFB c/c art. 2º da LC 87/96 e art. 156, III da CRFB c/c art. 1º da LC 116/03. Tratar do entendimento de STJ sobre o tema. Citar item 4.07 da lista anexa à LC 116/03.

COMPETÊNCIA: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA .... (ÚNICA/FAZENDA PÚBLICA/CÍVEL/ESPECIALIZADA) DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/...

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CréuS: Requer a Citação DOS RÉUS na pessoa de seu representante legal, para levantar o valor ou e no prazo e na forma da lei tomem as medias oportunas que achares conveniente, sob pena de revelia; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação bem como a condenação do Réu Estado .... no pagamento todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, de extinguir ambas as cobranças feitas nos termos do art. 156, VIII e X do CTN, homologando a consignação em favor do legítimo credor, o Município de Porto Alegre, bem como extinguindo o crédito equivocadamente cobrado; Reafirma pedido de autorização para depósito, nos termos do art. 893 do CPC, conforme ante exposto; Requer reconhecimento do efeito suspensivo à exigibilidade de ambos os lançamentos feitos, nos termos do art. 151, II do CTN c/c súmula 112 STJ;), valor da Causa R$ 1.300.000,00 (valor maior da cobrança de ICMS) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB...

Jurisprudência para entender o caso:“.... Hipótese em que o Tribunal de origem entendeu incidir exclusivamente o ICMS sobre o preparo, a manipulação e o fornecimento de medicamentos por farmácias de manipulação, pois haveria preponderância da mercadoria em relação ao serviço. 2. O critério da preponderância do serviço ou da mercadoria, adotado pela redação original do CTN de 1966 (art. 71, parágrafo único), foi logo abandonado pelo legislador. A CF/1967 (art. 25, II) previu a definição dos serviços pela legislação federal. O DL 406/1968 revogou o art. 71 do CTN e inaugurou a sistemática da listagem taxativa, adotada até a atualidade (LC 116/2003). 3. A partir do DL 406/1968 (art. 8º, § 1º), os serviços listados submetem-se exclusivamente ao ISS,

Page 16: Pedro Barreto Trib

ainda que envolvam o fornecimento de mercadorias. A regra é a mesma na vigência da LC 116/2003 (art. 1º, § 2º). A preponderância do serviço ou da mercadoria no preço final é irrelevante. 4. O Superior Tribunal de Justiça prestigia esse entendimento em hipóteses análogas (serviços gráficos, de construção civil, hospitalares etc.), conforme as Súmulas 156, 167 e 274/STJ. 5. Os serviços prestados por farmácias de manipulação, que preparam e fornecem medicamentos sob encomenda, submetem-se à exclusiva incidência do ISS (item 4.07 da lista anexa à LC 116/2003)...” (Resp. 975.105/RS) 

CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS E MUNICÍPIOS. ICMS E ISSQN. CRITÉRIOS. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS. MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS. SERVIÇOS INCLUÍDOS NA LISTA ANEXA À LC 116/03. INCIDÊNCIA DE ISSQN. 1. Segundo decorre do sistema normativo específico (art. 155, II, § 2º, IX, b e 156, III da CF, art. 2º, IV da LC 87/96 e art. 1º, § 2º da LC 116/03), a delimitação dos campos de competência tributária entre Estados e Municípios, relativamente a incidência de ICMS e de ISSQN, está submetida aos seguintes critérios: (a) sobre operações de circulação de mercadoria e sobre serviços de transporte interestadual e internacional e de comunicações incide ICMS; (b) sobre operações de prestação de serviços compreendidos na lista de que trata a LC 116/03, incide ISSQN; e (c) sobre operações mistas, assim entendidas as que agregam mercadorias e serviços, incide o ISSQN sempre que o serviço agregado estiver compreendido na lista de que trata a LC 116/03 e incide ICMS sempre que o serviço agregado não estiver previsto na referida lista. Precedentes de ambas as Turmas do STF. 2. Os serviços farmacêuticos constam do item 4.07 da lista anexa à LC 116/03 como serviços sujeitos à incidência do ISSQN. Assim, a partir da vigência dessa Lei, o fornecimento de medicamentos manipulados por farmácias, por constituir operação mista que agrega necessária e substancialmente a prestação de um típico serviço farmacêutico, não está sujeita a ICMS, mas a ISSQN. 3. Recurso provido. (STJ, REsp 881.035/RS, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 06/03/2008, DJe 26/03/2008)

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 18

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 18 – 08/10/2012

Isabela adquiriu uma propriedade no Município de Manaus para à produção de leite

Page 17: Pedro Barreto Trib

que será comprado pela cooperativa da qual é associada. A transação ocorreu em 03/03/2000.

Desde então Isabela paga o ITR à União.

Em 05/09/2011 o Município de Manaus editou a Lei 999999 que passa a incluir o imóvel de Isabela na zona urbana do mesmo Município a ser exigido o IPTU a partir do próximo ano.

Em 20/01/2012 foi notificada pelo Município de Manaus para o pagamento de IPTU no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

No dia 21/01/2012 recebe igualmente a notificação da União para o pagamento do ITR no valor de R$ 900,00.

Sem saber o que fazer, ela o/a procura em seu escritório para que resolva os dois problemas de uma vez e avisa que só tem condição de pagar o menor valor.

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO C/C TUTELA ANTECIPADA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, 47, 273, 282, 890, 893, 895 do CPC, arts. 151, IV, 156. VIII e 164, III do CTN, art. 109, I da CRFB.

ARGUMENTOS: o imóvel onde produz leite, apesar de estar dentro da área urbana do Município de Manaus, não enseja incidência de IPTU e sim ITR, pois possui características rurais. O ITR é devido. Trabalhar fato gerador do ITR e do IPTU. Tratar da base de cálculo do ITR: valor da terra nua (não inclui o valor do imóvel). Tratar da base de cálculo do ITPU: é o valor venal do imóvel (terra + imóvel). Citar os arts. 156, I da CF; art. 32 do CTN (IPTU); Art. 153, VI da CF, art. 1º, §2º da Lei 9393/96, art. 4º da Lei 4504/64 (estatuto da terra) (ITR). Competência da Justiça federal, pois há interesse da União no caso.

COMPETÊNCIA: justiça federal. EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ...ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE MANAUS DO ESTADO ......

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO INSUFICIENTE, DA TUTELA ANTECIPADA, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu – Requer a Citação DOS RÉUS na pessoa de seu representante legal, para que no prazo e na forma da lei tomem as medias oportunas que achares conveniente, sob pena de revelia; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação bem como a condenação do Réu Município de Manaus no pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, de extinguir ambas as cobranças feitas nos termos do art. 156, VIII e X do CTN, homologando a consignação em favor do legítimo credor, a União, bem como extinguindo o crédito equivocadamente cobrado pelo Município de Manaus; Reafirma pedido de autorização para depósito, nos termos do art. 893 do CPC, conforme ante exposto; Ratifica pedido de antecipação de tutela, nos termos do art. 273, CPC, para os efeitos do disposto no art. 151, V do

Page 18: Pedro Barreto Trib

CTN, conforme ante exposto), valor da Causa R$ 2.000,00 (valor de ITR, maior valor cobrado) (Arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB ...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 17

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 17 – 07/10/2012

A empresa Vale tem atividade em vários municípios brasileiros. Abriu uma nova mina de exploração mineral em Ouro Mais que se situa no Estado do Pará, entretanto pela extensão da mina, esta se alastra por debaixo do território do município vizinho Ouro Fino que se situa no Estado de Mato Grosso.

A empresa foi surpreendida pela cobrança de ICMS pelos dois Estados, e o vencimento de ambos é no dia 30/09/2012. O Estado do Pará cobrando R$ 1.200.000,00 e o Estado do Mato Grosso cobrando R$ 1.300.000,00.

Como advogado da empresa ajuíze a medida cabível.

AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, , 282, 890, 893, 895 c/c 47, 897 todos do CPC, arts. 151, II CTN c/c súmula 112 STJ e art. 156, VIII e 164, III do CTN.

COMPETÊNCIA: justiça estadual. Exmo. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ...ª VARA .... (CÍVIL/ÚNICA/ESPECIALIZADA/FAZENDA PÚBLICA) DA COMARCA DE OURO MAIS/ PARÁ

ARGUMENTOS: ICMS devido ao Pará, pois é o local da boca da mina (Ouro Mais), onde ocorre a comercialização da mercadoria e, portanto onde ocorre o fato gerador do ICMS. Tratar do fato gerador do ICMS art. 2º, da LC 87/96 c/c art. 155, II da CRFB c/c art. 11 letra g da LC 87/96

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CréuS: Requer a Citação DOS RÉUS na pessoa de seu representante legal, para que no prazo e na forma da lei tomem as medias oportunas que achares conveniente, sob pena de revelia; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer seja julgada procedente ação bem como a

Page 19: Pedro Barreto Trib

condenação do Réu Mato Grosso no pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, de extinguir ambas as cobranças feitas nos termos do art. 156, VIII e X do CTN, homologando a consignação em favor do legítimo credor, o Estado do Pará, bem como extinguindo o crédito equivocadamente cobrado; Reafirma pedido de autorização para depósito, nos termos do art. 893 do CPC, conforme ante exposto; Requer reconhecimento do efeito suspensivo à exigibilidade de ambos os lançamentos feitos, nos termos do art. 151, II do CTN c/c súmula 112 STJ; Requer possa levantar o valor diferencial ao final, caso se homologue a consignação em favor do ente que cobrou o menor valor, no caso o Estado do Pará), valor da Causa R$ 1.300.000,00 (valor maior da cobrança de ICMS) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 16

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 16 – 06/10/2012

Mário é taxista na cidade de Mossoró, teve isenção de IPI na compra de seu veículo. Para ter direito a referida isenção Mário tem que permanecer 2 anos com o veículo.

Ocorre 3 meses após a aquisição, Mário se envolveu em um acidente. O veículo sofreu perda total. Mário acionou sua seguradora (ASOS SA).

Em 15/06/2010 a Seguradora indenizou seu segurado e ficou com a carcaça do veículo salvado.

Em 30/08/2012 Mário é notificado pela Receita a proceder ao pagamento do IPI referente ao carro salvado, tendo em vista o art. 6º da Lei 8989/95 uma vez que o referido carro encontrava-se em circulação em nome de 3ª pessoa na cidade de São Jose do Rio Preto.

Em 10/09/2012 a Mário o procura para que providencie a defesa cabível de seus direitos.

Informações:LEI Nº 8.989, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1995. Dispõe sobre a Isenção do Imposto

Page 20: Pedro Barreto Trib

sobre Produtos Industrializados - IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras providênciasArt. 1º Ficam isentos do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI os automóveis de passageiros de fabricação nacional, equipados com motor de cilindrada não superior a dois mil centímetros cúbicos, de no mínimo quatro portas inclusive a de acesso ao bagageiro, movidos a combustíveis de origem renovável ou sistema reversível de combustão, quando adquiridos por: I - motoristas profissionais que exerçam, comprovadamente, em veículo de sua propriedade atividade de condutor autônomo de passageiros, na condição de titular de autorização, permissão ou concessão do Poder Público e que destinam o automóvel à utilização na categoria de aluguel (táxi);Art. 6º A alienação do veículo adquirido nos termos desta Lei e da Lei no 8.199, de 28 de junho de 1991, e da Lei no 8.843, de 10 de janeiro de 1994, antes de 2 (dois) anos contados da data da sua aquisição, a pessoas que não satisfaçam às condições e aos requisitos estabelecidos nos referidos diplomas legais acarretará o pagamento pelo alienante do tributo dispensado, atualizado na forma da legislação tributária.

AÇÃO ANULATÓRIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39 e 282 CPC, art. 38, p. único da LEF, arts. 151, II e 156, X do CTN, súmula nº 112 STJ, arts, 1º, I e 6º da Lei 8989/95,

ARGUMENTOS: arts. 1º, I e 6º da Lei 8989/95. suspensão do IPI, no ponto, tem finalidade extrafiscal, qual seja a de estimular os meios de transporte público - no caso, nas condições especificadas em lei, facilita-se a aquisição de veículo que é instrumento de trabalho do profissional taxista. A transferência do carro para a seguradora deriva do contrato de seguro firmado entre as partes e em função do sinistro ocorrido. Não há o enriquecimento indevido por parte de Mário.

COMPETÊNCIA: justiça federal. EXMO SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ....ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE MOSSORÓ DO ESTADO ...

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTEGRAL, DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (art. 151 do CTN c/c súmula 112 do STJ), DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP: permissão produção de provas por todos os meios em Direito admitidos; $, a condenação da Ré ao pagamento todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RPJ Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de anular o lançamento atacado extinguindo o crédito tributário referente IPI, nos termos do art. 156, X CTN; Reafirmar pedido para depósito do montante integral, requerer a expedição da guia para realizar o depósito; Requer a suspenção do crédito tributário conforme explicitado, nos termos do art. 151, II do CTN c/c súmula 112 do STJ; Requerer o levantamento do depósito se julgada procedente a ação, corrigido e atualizado, na forma da lei), Dá-se a causa o valor de R$ ... (valor de IPI) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ..., advogado ..., OAB ...

Page 21: Pedro Barreto Trib

Para entender o caso:

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. SÚMULA 284/STF. IPI. VEÍCULO UTILIZADO POR PROFISSIONAL TAXISTA. ISENÇÃO. ALIENAÇÃO EM PERÍODO INFERIOR AO ESTABELECIDO NA LEGISLAÇÃO. INCIDÊNCIA, RESSALVADA A HIPÓTESE EM QUE A TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE SE DÁ PARA O FIM DE INDENIZAÇÃO, PELA SEGURADORA, EM CASO DE SINISTRO QUE IMPLICA PERDA TOTAL DO BEM. 1. Não se conhece de Recurso Especial em relação a ofensa ao art. 535 do CPC quando a parte não aponta, de forma clara, o vício em que teria incorrido o acórdão impugnado. Aplicação, por analogia, da Súmula 284/STF. 2. Define o art. 6º da Lei 8.989/1995, em sua redação original, que perde o benefício da isenção do IPI o profissional motorista de táxi que o alienar, antes de três anos, a pessoas que não satisfaçam às condições e requisitos estabelecidos em legislação própria. 3. A suspensão do IPI, no ponto, tem finalidade extrafiscal, qual seja a de estimular os meios de transporte público - no caso, nas condições especificadas em lei, facilita-se a aquisição de veículo que é instrumento de trabalho do profissional taxista. 4. Cessa o benefício, contudo, se houver alienação antes do prazo definido na legislação tributária (originalmente, 3 anos; atualmente, 2 anos). O objetivo é coibir a celebração de negócio jurídico que, em caráter comercial ou meramente civil, atraia escopo lucrativo. 5. Na hipótese dos autos, contudo, a situação é diversa. A transferência da propriedade (no caso, sucata) decorreu do cumprimento de cláusula contratual, requisito para o recorrido receber a indenização devida pela companhia de seguro, após acidente em evento que implicou perda total do automóvel. 6. Nesse contexto, ausente a intenção de utilizar a legislação tributária para fins de enriquecimento indevido, deve ser rejeitada a pretensão recursal. 7. Recurso Especial não provido. (Resp 1310565/PB, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em 21/08/2012, DJe 03/09/2012)

STJ Notícias - IPI objeto de incentivo fiscal não pode ser cobrado na transferência de veículo à seguradora - 05/09/2012A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve decisão que considerou incabível a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóvel que foi transferido para empresa seguradora após o recebimento de indenização decorrente de sinistro, que resultou na perda total do bem.Para o relator do caso, ministro Herman Benjamin, não há como acolher a tese da fazenda nacional, a qual colocaria a vítima do acidente, na hipótese de pretender não se sujeitar à tributação, na perversa situação de aguardar o transcurso do prazo estipulado legalmente, para aí sim dar início aos procedimentos de ressarcimento pela seguradora.“Após o acidente que implicou a perda total do automóvel, por força de contrato celebrado com a seguradora, o recorrido (taxista) estava compelido a transferir o automóvel, como condição para recebimento da indenização a que tinha direito. Inexiste escopo lucrativo em tal situação”, afirmou o relator.No caso, um taxista adquiriu automóvel Renault Clio para trabalhar na cidade de João Pessoa recebendo os incentivos fiscais previstos em lei federal. Em setembro do mesmo ano, ele sofreu grave acidente que causou a perda total do veículo.

Page 22: Pedro Barreto Trib

O carro sinistrado ficou nas mãos da companhia seguradora. Dois anos depois, o taxista começou a receber notificações da Secretaria da Receita Federal cobrando o IPI, pois o automóvel estaria emplacado em nome de outra pessoa na cidade de São Paulo e circulando.O motorista apresentou ação de anulação de débito fiscal cumulada com reparação de danos morais contra a fazenda nacional e a Real Seguros.Sem previsão legal A Real Previdência e Seguros S/A refutou o pedido de indenização em danos morais e argumentou que, de acordo com a Lei 8.989/95, a responsabilidade pelo pagamento do IPI não seria dela, seguradora, mas sim do taxista, uma vez que vendeu o carro antes do prazo estabelecido nessa lei.Sustentou também que a indenização paga ao taxista, em razão do sinistro, compreendeu o valor do IPI, porque o motorista teria recebido da seguradora quantia superior à efetivamente paga na compra do veículo. Em primeiro grau, o pedido foi julgado procedente para determinar que a fazenda nacional cancelasse o débito do taxista. O juiz entendeu que as provas trazidas aos autos comprovaram que o motorista não alienou o veículo, tendo, na verdade, transferindo-o para a Real Seguros. O pedido de danos morais foi julgado improcedente.A fazenda nacional apelou, mas o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) considerou incabível a cobrança do IPI. “Não existe previsão legal que autorize a cobrança de tal imposto nos casos de transferência do bem por motivo de força maior”, afirmou o TRF5, cujo entendimento foi mantido pela Segunda Turma do STJ. Processos: REsp 1310565.

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 15

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 15 – 05/10/2012

A Seguradora Sul PB Seguros S/A conseguiu resgatar de um sinistro ocorrido no caminhão de uma transportadora alguns objetos do veículo que possuem valor econômico, pois estes estão em perfeito estado. Com isto, a sociedade empresarial em tela alienou os objetos resgatados, em função de não ter serventia para ela, que totalizou o valor de R$20.000,00 (vinte mil reais).

Page 23: Pedro Barreto Trib

Diante desta situação o fisco do Estado da Bahia enviou uma notificação para que a sociedade empresarial PB Seguros S/A recolhesse o ICMS relativo a venda dos objetos regatados. Sem saber o que fazer a Seguradora o (a) procura em seu escritório para que resolva o problema. 

Dessa forma, sabendo que a Seguradora não possui o total do valor da notificação, mas apenas R$15.000,00 (quinze mil reais), formule a ação adequada para a defesa dos seus interesses de forma completa e fundamentada, com base no direito material e processual tributário.

AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE DEPÓSITO INSUFICENTE E TUTELA ANTECIPADA

COMPETÊNCIA: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA ...(CÍVIL/ÚNICA/ESPECIALIZADA/FAZENDA PÚBLICA) DA COMARCA ..... DO ESTADO DA BAHIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39 e 282 do CPC, art. 38, p. único da LEF, art. 151, II do CTN c/c súmula 112 do STJ, art. 156, X do CTN, arts. 273, 282, 585, § 1ᵒ, todos do CPC, bem como art. 151, V do CTN. 

ARGUMENTOS: Súmula Vinculante 32. Sucata de veículos não é mercadoria (bem fabricado ou adquirido para circular). Habitualidade – impedidas de exercer atividade comercial ou industrial. Operação comercial sem finalidade mercantil. Ps.: Sucateiro – tem finalidade mercantil e habitualidade. Salvados são bens que possuem algum valor econômico e são repassados à Autora pelos seus segurados após o pagamento do respectivo prêmio, sendo que sua posterior venda é apenas uma das fases do contrato de seguro. Os bens “salvados” não constituem mercadorias, que para o direito é o bem fabricado ou adquirido com objetivo de circulação. Além disso, a Seguradora não exerce a atividade de venda de carros e peças recuperadas de sinistro como sua atividade fim, ou com a habitualidade necessária a caracterização de atividade mercantil que poderia ensejar a incidência de ICMS. Tal entendimento foi pacificado na jurisprudência tendo gerado a Súmula Vinculante 32, plenamente aplicável ao caso em tela. Na venda dos salvados não há lucro, a seguradora vende para amenizar, minimizar seu prejuízo, não há fim lucrativo. Não é atividade habitual da seguradora. Não incide ICMS. Para haver fato gerador do ICMS é necessário vendas, com habitualidade e fim lucrativo. Para haver incidência do ICMS é necessário circulação econômica da mercadoria, tem que haver transferência de domínio, propriedade, operação mercantil. O depósito tem que ser insuficiente já que o cliente não dispõe de todo o valor, por isso tem que ser feito o pedido de tutela antecipado conjuntamente para que o crédito seja suspenso.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO INSUFICIENTE, DA TUTELA ANTECIPADA, DO DIREITO, DOS PEDIDOS, (CRéu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP; $, requer a condenação do réu no pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas, destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP requer que julgue procedente a presente ação para

Page 24: Pedro Barreto Trib

anular o lançamento efetuado de ICMS extinguindo o crédito tributário, nos termos do art. 156, X do CTN; requer a autorização para proceder ao depósito do montante insuficiente; ao final, sendo julgada procedente a presente ação, requer o levantamento do valor depositado devidamente corrigido, nos termos legais; reafirma pedido de deferimento de tutela antecipada, nos termos dos arts. 273 do CPC e 151, V do CTN, almejando a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.), valor da causa R$ 20.000,00 (valor do lançamento de ICMS) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ..., advogado ..., OAB...

Para entender o caso:ICMS e alienação de salvados de sinistros - 1O ICMS não incide sobre a alienação de salvados de sinistros pelas seguradoras. Esse o teor da Súmula Vinculante 32 cuja edição foi aprovada pelo Plenário após dar provimento, por maioria, a recurso extraordinário interposto contra acórdão que, com base na Súmula 152 do Superior Tribunal de Justiça - STJ, reputara cabível essa incidência. Deliberou-se, ainda, que os Ministros decidam monocraticamente os casos idênticos. Na mesma linha do que firmado no julgamento da ADI 1648/MG, anteriormente relatada, reconheceu-se a inconstitucionalidade da expressão “e a seguradora”, constante do antigo item 4 do § 1º do art. 7º da Lei 6.374/89, do Estado de São Paulo. Prevaleceu o voto do relator, Min. Gilmar Mendes, que salientou, de início, que o STF há muito possuiria jurisprudência contrária ao acórdão recorrido (ADI 1332 MC/RJ, DJU de 11.4.97), segundo a qual não competiria aos Estados, mas à União, tributar a alienação de salvados, que se integraria à operação de seguros (CF, art. 153, V). RE 588149/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 16.2.2011. (RE-588149)

ICMS e alienação de salvados de sinistros - 2Observou que, em razão de ser vedada às sociedades seguradoras, nos termos do art. 73 do Decreto-lei 73/66, a exploração de qualquer outro ramo de comércio ou indústria, elas não seriam e nem poderiam ser comerciantes de sucata. Acrescentou que, por disposição contratual, as seguradoras receberiam por ato unilateral a propriedade do bem nas hipóteses em que, em decorrência de sinistro, tivesse este perdido mais de 75% do valor do segurado. Asseverou que as companhias de seguro seriam obrigadas a pagar ao segurado 100% do valor do bem e que a posterior venda, por elas, dos salvados teria, no máximo, o condão de recuperar parte da indenização que houvesse superado o dano ocorrido. Enfatizou que, por isso, não haveria finalidade de obter lucro, nem, portanto, intenção comercial. Registrou ser esse o sentido da jurisprudência da Corte, conforme depreendido do Enunciado 541 da sua Súmula (“O imposto sobre vendas e consignações não incide sobre a venda ocasional de veículos e equipamentos usados, que não se insere na atividade profissional do vendedor, e não é realizada com o fim de lucro, sem caráter, pois, de comercialidade”).RE 588149/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 16.2.2011. (RE-588149)

ICMS e alienação de salvados de sinistros - 3Concluiu que o objeto das operações das seguradoras seria o seguro e que a eventual venda dos salvados não os tornaria mercadorias, porquanto as companhias seguradoras não possuiriam por objeto social a circulação de mercadorias, constituindo a referida alienação um elemento da própria operação de seguro.

Page 25: Pedro Barreto Trib

Mencionou, também, que o STJ teria cancelado o Enunciado 152 de sua Súmula, o que demonstraria adesão ao entendimento do STF. Além disso, afirmou que a Lei paulista 9.399/96 teria dado nova redação à Lei estadual 6.374/89, para excluir a expressão “e a seguradora” de seu item 4 do § 1º do art. 7º, razão pela qual teria havido perda de objeto da ADI 1390/SP (DJU de 6.2.2002). Tal fato permitiria, ainda, deduzir que o Estado de São Paulo de igual modo aderira às razões expendidas pela jurisprudência do STF. Vencidos os Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Ayres Britto que negavam provimento ao recurso. RE 588149/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 16.2.2011. (RE-588149)

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 14

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 14 – 04/10/2012

A Sociedade Brasil Ltda, possui duas instalações industriais situadas em endereços diferentes dentro do Município do Rio de Janeiro - RJ. A fábrica “Y” produz insumos que são utilizados pela fábrica “Z” e transportados por caminhão, de um estabelecimento para outro. A empresa jamais efetuou o recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS sobre essa operação. No último mês de Setembro, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e imposição de multa contra a Sociedade Brasil Ltda., exigindo o recolhimento do imposto sobre essa operação relativamente aos últimos 5 (cinco) anos. Não foi apresentada defesa administrativa e o débito está na iminência de ser inscrito na dívida ativa estadual. Sabe-se, ainda, que a empresa participa constantemente de licitações e não possui capital financeiro, sendo imprescindível a manutenção de situação regular perante o fisco. 

Como advogado da Sociedade Brasil Ltda., elabore a peça processual cabível acerca da questão, bem como para assegurar a suspensão da exigência do respectivo crédito tributário.

RESPOSTA:AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

COMPETÊNCIA: justiça estadual. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... ª VARA ...

Page 26: Pedro Barreto Trib

(CÍVIL/FAZENDA PÚBLICA/ESPECIALIZADA/ÚNICA) COMARCA DO RIO DE JANEIRO – RJ

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, 282 e 273 do CPC, arts. 151, V e 156, X do CTN, art. 38, p. único da LEF, súmula 166 STJ, art. 155, II da CRFB, art. 2º da LC 87/96.

ARGUMENTOS: súmula 166 do STJ, o mero deslocamento de mercadorias entre estabelecimentos comerciais do mesmo contribuinte não é fato gerador do ICMS. É necessário que exista circulação econômica do bem para que se configure hipótese de incidência do ICMS.

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TUTELA ANTECIPADA, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, apresentar contestação, no prazo legal sob pena de revelia; PPP requer a permissão para produção de provas; $, requer o pagamento do réu no pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP para que se anule o lançamento de ICMS feito indevidamente, nos termos do art. 156, X do CTN; reafirma pedido de tutela antecipada, nos termos do art. 151, V do CTN c/c art.273 do CPC), valor da causa R$ .... (valor do ICMS) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes temos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB ....

sugestão da equipe para redação da peça:EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... ªVARA ... (CÍVEL/FAZENDA PÚBLICA/ÚNICA/ESPECIALIZADA) DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO - RJ

(10 linhas)

SOCIEDADE BRASIL LTDA, portadora de CNPJ n.º ..., com inscrição n.º ... na Junta ..., contrato social em anexo, com sede domiciliada na ...(endereço), vem, por seu advogado, com endereço para receber intimações na ...nos termos do art. 39, CPC, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do no art. 38 da LEF (lei 6.830/80), arts. 273, 282, 585, § 1ᵒ, todos do CPC, bem como arts. 151, V e 156, X, ambos do CTN, propor a presente 

AÇÃO ANULATÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, endereço, e sua FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL, pelos motivos de fato e de Direito a seguir expostos: 

I – DOS FATOS

A Sociedade Brasil Ltda recebeu lançamento de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, cobrada pelo Estado do Rio de Janeiro, em razão de possuir duas instalações industriais situadas em endereços diferentes dentro do Município do Rio de Janeiro - RJ. Sendo que a fábrica “Y” produz insumos que são utilizados pela fábrica “Z” e transportados por caminhão, de um estabelecimento

Page 27: Pedro Barreto Trib

para outro. No último mês de Fevereiro, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e imposição de multa contra a Sociedade Brasil Ltda., exigindo o recolhimento do imposto sobre essa operação relativamente aos últimos 10 (dez) anos. Não foi apresentada defesa administrativa e o débito está na iminência de ser inscrito na dívida ativa estadual. Sabe-se, ainda, que a empresa participa constantemente de licitações, sendo imprescindível a manutenção de situação regular perante o fisco. Portanto pretende, através da ação em tela, conseguir invalidar a referida cobrança, vide fundamentos jurídicos a seguir expostos.

II – DA TUTELA ANTECIPADA É flagrante a certeza do bom direito do autor, estando presente o requisito do fumus boni iuris, necessário para que se possa acolher o intento do autor da presente de ver deferida a tutela principal almejada de modo antecipatório.

Agregue-se ao fato a certeza latente de que paira risco eminente de dano substancial e irreparável para o autor caso não se possa deferir a tutela antecipada, dano este que segue minuciosamente explicado no documento ‘x’ em anexo acostado. É fundamental para o autor que se possa conseguir a suspensão da exigibilidade do crédito, nos termos do art.151, V do CTN, para que o prejuízo injusto não se materialize no curso do processo.

Nesses termos, pede a V.Exª que acolha pedido de deferimento de antecipação de tutela, já que estão presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora. Face todo o esposado, formaliza pedidos:

III – DO DIREITO. OS FUNDAMENTOS DO PEDIDO. 

A questão em tela é bastante conhecida e de entendimento pacificado na doutrina e jurisprudência nacional, no sentido de ser indevida a cobrança feita pela fazenda do Rio de Janeiro, já que não ocorreu fato gerador para incidência do tributo em tela.

De acordo com a Súmula nº 166 do Superior Tribunal de Justiça, não incide ICMS no simples deslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmo contribuinte.

Frise-se que segundo a regra constitucional a ênfase se dá na operação de circulação física e econômica com transferência de titularidade, o que no caso concreto não ocorreu.

Ciente da inconstitucionalidade acusada é que pede o autor seja afastada incidentalmente a aplicação da cobrança do tributo atacado, invalidando o lançamento e libertando o contribuinte da submissão a seus efeitos. Por assim ser formaliza pedidos:

IV – DO PEDIDO 

Requer: 

Page 28: Pedro Barreto Trib

a) a citação da ré na pessoa de seu representante legal, para querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; b) que seja permitida a produção de todos os meios de prova admitidos em direito; c) a condenação da ré ao pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC;d) que seja julgada procedente a ação para fins de se anular o lançamento, declarando indevida a tributação nos moldes em que foi feita, reconhecendo-se a inexatidão do valor cobrado e extinguindo o crédito tributário de ICMS nos termos do art. 156, X do CTN;e) reafirma pedido de deferimento de tutela antecipada, nos termos dos arts. 273 do CPC e 151, V do CTN, almejando a suspensão da exigibilidade do crédito tributário.

Dá-se o valor da causa de R$ ... (valor do ICMS) . (arts. 258 a 261 do CPC)

Nestes termos, pede deferimento.

Local ... e data ...

Advogado ... OAB nº ...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 13

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 13 – 03/10/2012

José das Couves, famoso empresário do ramo de entretenimento, possui um parque de diversões chamado Parque Feliz Ltda na cidade de Saquarema no Estado do Rio de Janeiro. José das Couves realizou um contrato com a sociedade empresarial Publico Tudo Ltda para que realizasse a publicidade de seu empreendimento na referida cidade no intento de divulgar suas atividades. Ocorre que a publicidade não foi feita do jeito acordado, ocasionando dúvidas da população local em relação aos preços e ainda sobre as atrações. Com isso, alguns clientes fizeram diversas reclamações ao chegar ao Parque Feliz Ltda, pois a publicidade realizada não estava

Page 29: Pedro Barreto Trib

de acordo com o que estava sendo mostrado no momento. Diante disto, José das Couves ingressou com ação de danos morais em face da sociedade empresarial Publico Tudo Ltda, gerando uma indenização de danos morais em virtude de todos os prejuízos ocasionados pelo equívoco da publicação.

A Receita Federal notificou José das Couves para que procedesse o recolhimento do IR referente aos valores recebidos de danos morais.

Sem saber o que fazer o proprietário da sociedade empresarial Parque Feliz Ltda o(a) procura em seu escritório para que resolva o problema.

Dessa forma, na qualidade de advogado(a), formule a ação adequada para a defesa dos seus interesses, de forma completa e fundamentada, com base no direito material e processual tributário.

AÇÃO ANULATÓRIA

COMPETÊNCIA: justiça federal. EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ...ª VARA FEDERAL DA SUBCESSÃO DE ..... DO ESTADO ....

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39 e 282 do CPC, art. 38, p. único da LEF, art. 151, II do CTN c/c súmula 112 do STJ, art. 156, X do CTN, art. 153, III e §2º da CF, súmula 215 STJ (por analogia), súmula 136 STJ, art. 109 da CF (interesse da União). 

ARGUMENTOS: Súmula 498, STJ. As verbas de caráter indenizatório não são passíveis de tributação por IR. Não há acréscimo patrimonial e sim recomposição por um dado sofrido. Aplicação por analogia do entendimento esposado nas súmulas 215 e 136 do STJ, vez que também tratam da não incidência de IR sobre o recebimento de verbas indenizatórias.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DEPÓSITO DO MONTANTE INTGRAL E DA SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUT´RIO (ART. 151 II CTN c/c SÚMULA 112 STJ), DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal, para, querendo, apresentar contestação, sob pena de revelia; PPP requer a permissão para a produção de provas por todos os meios admitidos em Direito; $, Requer a condenação do réu no pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP para que seja anulado o lançamento de IR, requer a extinção do crédito tributário, nos termos do art. 156, X do CTN; requer autorização para proceder ao depósito do montante integral, para suspensão do crédito tributário, nos termos do art. 151, II do CNT c/c súmula 112 do STJ; requer, ao final, sendo julgado procedente a presente ação para efetuar o levantamento do depósito devidamente corrigido, nos termos legais;), Valor da Causa R$ ... (valor lançado de IR) (arts. 258 a 261 do CPC), nestes temos, pede deferimento, local ..., data ..., advogado ..., OAB ...

Page 30: Pedro Barreto Trib

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 12

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 12 – 02/10/2012

Caio de 74 anos, aposentado, sofreu um infarto em 13/06/2012. A partir daí foi considerado portador de cardiopatia grave.

Ciente de sua condição requereu administrativamente à Secretaria da Receita Federal a isenção de IR, juntando toda documentação comprobatória do fato, inclusive laudo pericial emitido por órgão público. Ocorre que o seu pedido foi negado.

Caio o procura para que solucione o problema.

AÇÃO DECLARATÓRIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 4º, 39 e 282 do CPC.

COMPETÊNCIA: justiça federal. EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ...ª VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA ... DO ESTADO ...

ARGUMENTOS: art. 6º, XIV da Lei 7713/89. Há o direito à isenção, mesmo que a doença tenha sido contraída após a aposentadoria.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – permissão para produção de provas; $, requer a condenação do Réu no pagamento de todas as verbas sucumbenciais devidas destacando as custas processuais e os honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP – para que se declare o direito à isenção do Autor, nos termos retro mencionados; requer que, caso seja feito o lançamento por parte da Fazenda, no curso da presente ação, possa o Autor pleitear a concessão da tutela antecipada para atacar os efeitos deste eventual lançamento e assim suspender a exigibilidade do crédito tributário, nos termos do art. 151 V do CTN; requer que, caso, sendo feito o lançamento, no curso da presente ação, a sentença de mérito tenha eficácia desconstitutiva para fins de anular o lançamento feito e considerar extinto o crédito tributário, nos termos do art. 156 X do CTN), Valor da Causa R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB.

Page 31: Pedro Barreto Trib

Jurisprudência para entender o caso:PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ACÓRDÃO RECORRIDO QUE ASSENTA A INEXISTÊNCIA DE ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA POR NÃO TER SIDO COMPROVADO SER O RECORRENTE PORTADOR DE CARDIOPATIA GRAVE. RECURSO ESPECIAL INADMISSÍVEL ANTE A INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ. 1. De acordo com o art. 6º, XIV, da Lei n. 7.713/88, ficam isentos do imposto de renda os proventos de aposentadoria ou reforma percebidos pelos portadores de cardiopatia grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída depois da aposentadoria ou reforma. Nos termos, ainda, do art. 30 da Lei n. 9.250/95, a partir de 1º de janeiro de 1996, para efeito do reconhecimento de novas isenções de que tratam os incisos XIV e XXI do art. 6º da Lei n. 7.713/88, a moléstia deverá ser comprovada mediante laudo pericial emitido por serviço médico oficial, da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 2. No caso concreto, conforme consignado pelo Tribunal de origem, o laudo elaborado pela Junta Médica Oficial da Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o autor/periciando foi submetido a implante de marca-passo definitivo, encontra-se assintomático, inclusive sem uso de medicamentos, o que lhe retira a caracterização de portador de cardiopatia grave. Consta do acórdão recorrido, ainda, que não há nos autos comprovação de que o autor é portador de cardiopatia grave; ao contrário, o único laudo médico colacionado pelas partes concluiu que o autor, "de acordo com os critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Cardiopatia, enquadra-se na Classe I, não sendo caracterizado como portador de cardiopatia grave". E depois de ressaltar que, em conformidade com o Manual de Perícia Médica mencionado pelo próprio autor, a cardiopatia é considerada grave apenas para os casos especificados nas Classes II, III e IV, o Tribunal de origem arrematou: "Assim, considerando que o conjunto fático-probatório carreado para os autos concluiu que o autor/apelante não é portador de cardiopatia de natureza grave, impõe-se a manutenção da r. sentença recorrida." Dessa forma, não cabe a esta Corte infirmar a conclusão adotada na origem, eis que para tanto seria necessária a análise do contexto fático-probatório dos autos, procedimento que não se coaduna com a natureza do recurso especial, nos termos da Súmula 7/STJ. 3. Agravo regimental não provido. (STJ, AgRg no AREsp .913/DF, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 02/08/2011, DJe 09/08/2011)

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. ISENÇÃO. MOLÉSTIA GRAVE. LIVRE CONVENCIMENTO. 1. Não há nulidade por ofensa ao art. 535, inciso II, do CPC no acórdão que, mesmo sem ter examinado individualmente cada um dos argumentos trazidos pelo vencido, decide de modo integral e com fundamentação suficiente a controvérsia posta. No caso em apreço, o Tribunal regional foi claro ao declarar a isenção tributária do recorrido por ser pessoa possuidora de cardiopatia grave. 2. Ademais, o artigo 30 da Lei nº 9.250/95 não vincula o magistrado em sua livre apreciação de provas dos autos, apesar da condição imposta pelo dispositivo, que exige laudo pericial oficial para concessão de isenção do imposto de renda aos portadores de moléstias graves. Precedentes. 3. Recurso especial não provido. (STJ, REsp 1251099/SE, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 06/03/2012, DJe 16/03/2012)

Page 32: Pedro Barreto Trib

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 11

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 11 – 01/10/2012

O Município de São Luís, visando aumentar a industrialização em seu polo industrial, a criação de empregos na região editou lei concedendo isenção de IPTU durante 8 anos as empresas que se instalassem na área, desde que: a) gerassem 50 empregos na região; b) investissem R$ 75.000,00 e c) do total de empregados 10% tem que ser composto por pessoas com necessidades especiais.

A empresa Alumínio S.A. ao tomar ciência de tal lei resolve se transferir para o município de São Luis.

Cumpre todas as condições exigidas e entrega à Administração Municipal seu pedido de isenção de IPTU, o que lhe é deferido.

Entretanto, no ano seguinte o Município revoga a referida lei.

Preocupada a empresa o contrata para que garanta seus direitos.

AÇÃO DECLARATÓRIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 4º, 39 e 282 do CPC, arts. 178 e 179 do CTN, súmula 544 STF.

ARGUMENTOS: isenções onerosas concedidas por prazo certo não pode ser revogadas. Assim, a empresa faz jus a isenção durante os 8 anos, conforme determina a lei municipal. A revogação valerá para novas empresas, para empresas que ainda não se instalaram. Arts. 178 e 179 do CTN. Súmula 544 STF.

COMPETÊNCIA: justiça estadual. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ....ª Vara ... da Comarca de São Luís/....

TÓPICOS: DOS FATOS. DO DIREITO. DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – permissão para produção de provas; $, requer a condenação do Réu no pagamento das custas e honorários sucumbenciais, nos termos do art. 20

Page 33: Pedro Barreto Trib

do CPC; RJP – para que se declare o direito à isenção do Autor, nos termos retro mencionados), Valor da Causa R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB.T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 10

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 10 – 30/09/2012

A empresa XXX S.A criou para seus funcionários uma entidade de previdência fechada que permitirá a complementação da aposentadoria. A referida entidade foi devidamente registrada e constituída na forma da lei.

A referida empresa não efetua nenhum desconto de seus funcionários, contribui sozinha para a constituição do fundo.

No 1º ano de sua constituição registrou em conta um saldo de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

No segundo ano, entretanto, soube que entidade similar foi notificada para o pagamento de IR mais multa pela não declaração dos valores arrecadados.

Com receio, a entidade o procura em seu escritório para que solucione o caso.

AÇÃO DECLARATÓRIAFUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 4º, 39 e 282 do CPC, art. 150, VI, “c” da CRFB, súmula nº 730 do STF.

ARGUMENTOS: as entidades de previdência privada quando não exigem contribuição de seus associados têm direito à imunidade. Súmula nº 730 STF. A entidade não possui finalidade lucrativa, apenas visa a complementação da aposentadoria dos trabalhadores.

COMPETÊNCIA: justiça federal. Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal da ...ª Vara Federal da Seção Judiciária de .... da Subseção de .... do Estado .....

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob pena de revelia; PPP – permissão para produção de provas; $, requer a condenação do Réu no pagamento das custas e honorários sucumbenciais, nos termos do art. 20,

Page 34: Pedro Barreto Trib

P. 4º do CPC; RJP – para que se declare a imunidade do Autor, nos termos retro mencionados), Valor da Causa R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB.

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 9

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 9 – 29/09/2012

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba possui dois imóveis. Até agosto/2011 os dois imóveis era utilizados pela entidade para o atendimento aos sindicalizados.

Em agosto de 2011 alugou um dos imóveis para 3º particular.

A renda auferida com o referido aluguel é totalmente revertida para o atendimento dos sindicalizados, para melhoria dos serviços prestados ao sindicalizado.

Visando garantir sua imunidade, o Sindicado pede administrativamente que lhe seja reconhecido o direito de não pagar o IPTU do referido imóvel, o que lhe é negado.

O sindicato tem receio de ser cobrado pelo IPTU relativo ao imóvel alugado por isso em 20/12/2011 o sindicado o procura em seu escritório para que solucione o problema.

AÇÃO DECLARATÓRIA

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 4º, 39 e 282 do CPC, art. 150, VI “c” da CRFB, súmula nº 724 do STF

ARGUMENTOS: aplicação por analogia da súmula 724 do STF. As entidades do inciso VI do art. 150 da CRFB têm imunidade das rendas auferidas em alugueis de imóveis a 3os não imunes, assim, o sindicado dos vigilantes têm direito a imunidade não devendo pagar IPTU vez que as verbas são redirecionadas a consecução das finalidades institucionais do sindicado.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (CRéu, na pessoa de seu representante legal para, querendo, apresentar contestação no prazo legal, sob

Page 35: Pedro Barreto Trib

pena de revelia; PPP – permissão para produção de provas; $, requer a condenação do Réu no pagamento das custas e honorários sucumbenciais, nos termos do art. 20 do CPC; RJP – para que se declare a imunidade do Autor, nos termos retro mencionados), Valor da Causa R$ .... (arts. 258 a 261 do CPC), nestes termos, pede deferimento, local ...., data ...., advogado ...., OAB.

COMPETÊNCIA: justiça estadual. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da .....ª Vara ... Comarca de Curitiba/....

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 8

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

O ESPELHO DAS EPEs JÁ ESTÁ CONFORME O PROF. PEDRO DEU EM SALA ONTEM.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 8 – 27/09/2012

Em 20 de dezembro de 2006, foi proposta execução fiscal contra a sociedade empresarial Sonho Meu Ltda., visando à cobrança de COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social e respectivas multas, relativas ao período de apuração compreendido entre novembro e dezembro de 2000.

No entanto, visa este executivo fiscal à cobrança da contribuição para o PIS – Programa de Integração Social, e respectivas multas, referentes ao período de apuração compreendido entre fevereiro e dezembro de 2003, bem como as multas decorrentes de descumprimento de obrigação acessória, em virtude de atraso e/ou irregularidades na DCTF dos exercícios de 2001, 2003 e 2004.

Conforme informação da Fazenda Pública Exequente, às fls. 80, o débito relativo à COFINS, consubstanciado na CDA n°. XXX, foi integralmente quitado, ensejando a extinção da execução em relação a esta inscrição. Em relação à inscrição n°. XXY, decorrente do descumprimento das obrigações acessórias relativas às DCTF´s, foi determinada a suspensão da execução pelo prazo necessário à extinção do débito, tendo em vista sua inclusão em parcelamento que já foi quitado, razão pela qual o sistema da Receita Federal excluiu de sua base de dados qualquer menção a esta inscrição, conforme se verifica a partir de simples leitura do documento anexo.

Em relação à inscrição remanescente, de n°. XXZ, a sociedade empresarial Sonho Meu Ltda tem documentos que comprovam que o crédito tributário perseguido

Page 36: Pedro Barreto Trib

encontra-se integralmente pago, mas foi equivocadamente efetuado pela sociedade, por erro contábil, tendo sido utilizado o código de receita 6106, reservado às empresas de pequeno porte optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – ‘Sistema SIMPLES’, o que não seria a situação da empresa. Vale ressaltar que o valor global dos recolhimentos equivocadamente efetuados perfaz o montante de R$ 25.540,17 (vinte e cinco mil, quinhentos e quarenta reais e dezessete centavos), e o valor dos tributos devidos, apurados em R$ 22.398,57 (vinte e dois mil, trezentos e noventa e oito reais e cinquenta e sete centavos), mas a sociedade empresarial Sonho Meu Ltda procedeu à compensação administrativa dos valores recolhidos mediante o errôneo código de receita, tendo apresentado os Pedidos de Compensação – Perd-Dcomp.

Diante desta situação a sociedade empresarial Sonho Meu Ltda, procura seu escritório de advocacia no intuito de ter a desconstituição das certidões de dívida ativa que lastreia a execução em tela. Elabore a medida mais adequada para a situação em questão de modo que haja mais celeridade no processo sem a necessidade de dilação probatória.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE)

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: art. 5º, XXXV e LV da CRFB, art. 3º, p. único da LEF, art. 204, p. único do CTN, arts. 580, 586 e 618 do CPC, súmula n° 393 do STJ, art. 269, IV do CPC, 156, V do CTN, art. 109, I da CRFB

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. Exmo. Sr. Dr. Juiz Federal da ...ª Vara Federal (competente para a execução fiscal) da Subseção Judiciária .... do Estado .....

TÓPICOS: DOS FATOS, DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (EPE), DAS PROVAS DOCUMENTAIS EM ANEXO, DO DIREITO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (Requer acolha a presente exceção de pré-executividade, para fins de extinguir da Execução Fiscal atacada extinguindo o crédito tributário exequendo, declarando a nulidade do título executivo, a inexistência da dívida e ordenando o cancelamento do termo de inscrição em dívida ativa; Requer possa V. Exa. INTIMAR a exequente exepta para dar ciência do feito; Requer a condenação da Exequente ao pagamento das verbas sucumbenciais devidas, destacando os honorários de advocacia), nestes termos pede deferimento, local ..., data .... advogado..., OAB ...

ARGUMENTOS: Conforme informação da Fazenda Pública, às fls. 80, o débito relativo à COFINS, consubstanciado na CDA n°. XXX, foi integralmente quitado, ensejando a extinção da execução em relação a esta inscrição, com base no art. 794, I, do Código de Processo Civil. Em relação à inscrição n°. XXY, decorrente do descumprimento das obrigações acessórias relativas às DCTF´s, foi determinada a suspensão da execução pelo prazo necessário à extinção do débito, tendo em vista sua inclusão em parcelamento.Neste sentido, é importante ressaltar que já houve a quitação total deste parcelamento, razão porque o sistema da Receita Federal excluiu de sua base de

Page 37: Pedro Barreto Trib

dados qualquer menção a esta inscrição, conforme se verifica a partir de simples leitura do documento anexo, sendo importante, portanto, a extinção da execução também em relação a esta inscrição, nos termos do art. 794, I, do Código de Processo Civil. Em relação à inscrição remanescente, de n°. XXZ, cumpre à Excipiente demonstrar que o suposto crédito tributário perseguido encontra-se integralmente pago. No entanto, referido pagamento foi equivocadamente efetuado pela Excipiente, em razão de erro contábil, tendo sido utilizado o código de receita 6106, reservado às empresas de pequeno porte optantes pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – ‘Sistema SIMPLES’, o que não seria a situação da Excipiente.No intuito de demonstrar de forma clara os pagamentos, a Excipiente os elenca a seguir os VALORES RECOLHIDOS PELA EXCIPIENTE ATRAVÉS DO CÓDIGO DE RECEITA RESERVADO AO SIMPLES; Deste modo, verifica-se que o valor global dos recolhimentos equivocadamente efetuados totaliza o montante de R$ 25.540,17 (vinte e cinco mil, quinhentos e quarenta reais e dezessete centavos) o que é bem superior ao valor dos tributos devidos, apurados em R$ 22.398,57 (vinte e dois mil, trezentos e noventa e oito reais e cinquenta e sete centavos), conforme tabela em anexo. Vale ressalta ainda que a Excipiente procedeu à compensação administrativa dos valores recolhidos mediante o errôneo código de receita, tendo apresentado os Pedidos de Compensação – Perd-Dcomp, conforme documentos em anexo.

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 7

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

BONS ESTUDOS!!!

ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 7 – 27/09/2012

Em 12.03.2009 a Fazenda Pública do Estado da Bahia, lavrou um Auto de Infração e Imposição de Multa em face da sociedade empresarial Brinquedos Infantis Ltda, exigindo pagamento do ICMS e multa em virtude a saídas de mercadorias de seu estabelecimento sem emissão de nota fiscal. 

Quando a sociedade em tela tomou conhecimento do Auto de Infração, apresentou imediatamente a sua defesa administrativa, no sentido de que o crédito tributário

Page 38: Pedro Barreto Trib

era incorreto e consequentemente inexigível, pois foi apresentado documentação comprovando que a irregularidade fora cometida por José das Couves, inclusive com o registro do competente Boletim de Ocorrência e Inquérito ajuizado na Justiça Trabalhista para apuração de falta grave, pois Jose fora seu empregado há 15 anos e como consequência da referida irregularidade cometida foi apurada no processo competente a sua demissão por justa causa, conforme previsão das leis trabalhistas. 

Contudo, a administração tributária, manteve a exigibilidade do crédito com decisão administrativa transitada em julgado em 10.09.2011 e o crédito tributário inscrito em Dívida Ativa em 11.11.11, em virtude da falta de pagamento.

A Fazenda Estadual ingressou com Ação de Execução Fiscal, sendo a empresa citada para pagar o referido débito em 23.12.11. Em 10.04.2012, o Oficial de Justiça levou a efeito a penhora de bens da empresa para garantia da execução, realizando a intimação.

Diante desta situação, os sócios da sociedade empresarial Brinquedos Infantis Ltda procura seu escritório em 05.05.12 para que ingresse com a medida judicial cabível para defender seus interesses.

EMBARGOS À EXECUÇÃO

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, I e 282 do CPC, artigos 8, 9, 16, 17, 18, 19, 24 E 32 da Lei 6.830/80, e ainda artigo 156, X do CTN.

ARGUMENTOS: A cobrança é ilegal, pois não ocorreu o fato gerador. O crime comprovado em sede policial caracterizou a ocorrência de caso fortuito. Apesar da mercadoria ter saído da sede da sociedade empresarial Brinquedos Infantis Ltda não ocorreu a mudança da titularidade e muito menos a repercussão econômica. No entanto a exigibilidade do crédito tributário torna-se também indevida, pois o artigo 135, II, do CTN caracteriza a responsabilidade pessoal do empregado.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. EXMº SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA ..... (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA COMARCA .../BA

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DA GARANTIA, DO EFEITO SUSPENSIVO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (IRéu – Requer a Intimação do Réu na pessoa de seu representante legal, para apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia, nos termos do art. 17 da LEF; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de extinguir a Execução Fiscal ora atacada e, o Crédito Tributário nela consubstanciado, nos termos do art. 156, X do CTN, declarando a nulidade do título executivo e a inexistência da dívida, libertando o embargante de qualquer cobrança da dívida e para que se aplique a ordem de cancelamento do termo de dívida ativa; Reafirma pedido para que seja reconhecido o efeito suspensivo automático na execução fiscal, em face da implícita previsão da

Page 39: Pedro Barreto Trib

LEF, decorrente da interpretação sistemática de seus artigos, conforme recentemente pacificado no STJ; Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei), Valor da Causa R$ ______ (valor da execução fiscal OU valor inscrito na CDA) (CPC, arts. 258 a 261 e LEF art.6º, §4º), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ...., OAB ...

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 6

CONTINUAMOS SEM DISCUTIR O ESPELHO NO POST. NÃO HÁ RECURSO PARA A BANCA.

O ESPELHO DAS EPEs JÁ ESTÁ CONFORME O PROF. PEDRO DEU EM SALA ONTEM.

BONS ESTUDOS!!!ANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

TDP 6 – 26/09/2012

A Igreja Presbiteriana situada na zona rural do Município de Itajubá (MG) enterra seus fiéis em cemitério próprio, localizado em terreno anexo à Igreja, através dos ritos próprios da religião ali professada.

A Igreja Presbiteriana vende jazigos apenas a seus fiéis, cobrando pelos serviços funerários e revertendo toda a renda das atividades correlatas a seus fins institucionais, tais como manutenção do templo e do próprio cemitério.

O Município de Itajubá lançou cobrança de IPTU sobre a área em 01/01/2011, cobrando o IPTU dos anos de 2010 e 2011. 

Page 40: Pedro Barreto Trib

O líder religioso ao verificar tal cobrança permaneceu inerte. Assim, o município de Itajubá ingressou com ação de execução fiscal em 10/09/2012 para garantir a satisfação do crédito lançado e não quitado. 

Com isso, o líder religioso procura seu escritório de advocacia em 15/09/12 no intuito de saber qual o melhor caminho a seguir. Diante desta situação elabore a medida judicial mais célere que não haja a necessidade de dilação probatória com a finalidade de ver a anulação deste tributo.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE)

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: art. 5º, XXXV e LV da CRFB, art. 3º, p. único da LEF, art. 204, p. único do CTN, arts. 580, 586 e 618 do CPC, súmula n° 393 do STJ, art. 269, IV do CPC, 156, V do CTN

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da ...ª Vara ..... (competente para a execução fiscal) da Comarca de Itajubá/MG

ARGUMENTOS: Trata-se de imunidade religiosa. A razão desta imunidade é proteger a sociedade de um de seus direitos fundamentais de 1º geração que a Liberdade de Crença e Prática Religiosa, conforme art. 5º, VI ao VIII da CF/88. Art. 150, VI, b, e §4º c/c Art. 19, I da CF/88. Art. 9º, IV, b do CTN. Então, protegendo a igreja estaremos protegendo a sociedade, ocasionando cláusula pétrea do art. 60, §4º, CRFB/88. A imunidade serve para reafirmar o princípio constitucional, não abrindo margem para interpretação restritiva. Objetiva-se evitar a submissão da Entidade religiosa ao Estado, tendo como natureza jurídica da imunidade: limitação constitucional ao poder de tributar, razão pela qual deve ser cancelado tal lançamento tributário.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (EPE), DAS PROVAS DOCUMENTAIS EM ANEXO, DO DIREITO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (Requer acolha a presente exceção de pré-executividade, para fins de extinguir da Execução Fiscal atacada extinguindo o crédito tributário exequendo, declarando a nulidade do título executivo, a inexistência da dívida e ordenando o cancelamento do termo de inscrição em dívida ativa; Requer possa V. Exa. INTIMAR a exequente exepta para dar ciência do feito; Requer a condenação da Exequente ao pagamento das verbas sucumbenciais devidas, destacando os honorários de advocacia), nestes termos pede deferimento, local ..., data .... advogado..., OAB ...

Page 41: Pedro Barreto Trib

T.D.P. - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 5

MESMAS REGRAS A GENTE NÃO DISCUTE ESPELHO, E NÃO HÁ RECURSO.

ABSANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPATTDP 5 – 26/09/2012

José Afrânio das Couves possui 10% do capital social da sociedade por quotas de responsabilidade limitada, denominada Lero-Lero LTDA, cuja gerência é exercida em caráter exclusivo pelos outros dois sócios, que em conjunto possui os restantes 90% do capital social e que já está totalmente integralizado.

Neste sentido, a economia do período está de forma recessiva e a sociedade empresarial em tela está passando por dificuldades e por graves problemas financeiros, razão porque deixou de efetuar o recolhimento do Imposto de Renda relativo ao ano-base de 2010, declarado como devido pelo fisco nacional.

Com isso, com a intenção de arrecadar e satisfazer o crédito tributário, a Fazenda Nacional direcionou a execução fiscal também contra os sócios que acarretou a penhora de seus bens pessoais. José Afranio das Couves permaneceu como depositário de dois imóveis de sua propriedade, tendo assinado o respectivo termo 10 (dez) dias atrás e a ação de execução fiscal foi proposta na seção judiciária do Rio de Janeiro.

José Afranio das Couves procura seu escritório de advocacia para que ajuíze o instrumento judicial hábil a afastar a sua responsabilidade tributária. 

EMBARGOS À EXECUÇÃO

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, I e 282 do CPC, artigos 7, 8, 9, 16, 17, 18, 19, 24 E 32 da Lei 6.830/80, artigo 156, X do CTN, art. 109, I da CRFB.

ARGUMENTOS: autonomia patrimonial da pessoa jurídica (art. 20 do Código Civil) e que a responsabilidade subsidiária dos sócios na sociedade por quotas é limitada ao montante do capital ainda não integralizado na forma do art. 9º do Decreto nº 3.708/19. Além disso, deverá sustentar que a responsabilidade prevista no art. 135, III, do CTN restringe-se aos sócios gerentes e ainda depende da demonstração de fraude e não do mero inadimplemento por impossibilidade financeira. Não aplicação do art. 739-A, §1º do CPC.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. EXMº SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA FEDERAL (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA .... DO ESTADO .....

Page 42: Pedro Barreto Trib

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DA GARANTIA, DO EFEITO SUSPENSIVO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (IRéu – Requer a Intimação do Réu na pessoa de seu representante legal, para apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia, nos termos do art. 17 da LEF; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de extinguir a Execução Fiscal ora atacada e, o Crédito Tributário nela consubstanciado, nos termos do art. 156, X do CTN, declarando a nulidade do título executivo e a inexistência da dívida, libertando o embargante de qualquer cobrança da dívida e para que se aplique a ordem de cancelamento do termo de dívida ativa; Reafirma pedido para que seja reconhecido o efeito suspensivo automático na execução fiscal, em face da implícita previsão da LEF, decorrente da interpretação sistemática de seus artigos 18, 19, 24 e 32, conforme recentemente pacificado no STJ; Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei), Valor da Causa R$ ______ (valor da execução fiscal OU valor inscrito na CDA) (CPC, arts. 258 a 261 e LEF art.6º, §4º), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ...., OAB ...

TDP - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

ESPELHO TDP 4

MESMAS REGRAS A GENTE NÃO DISCUTE ESPELHO, E NÃO HÁ RECURSO.

SABEMOS QUE MTOS ESTÃO COM DIFICULDADES, É N-O-R-M-A-L ESPECIALMENTE NA 1ª SEMANA JÁ QUE VCS AINDA NÃO ESTUDARAM O DIREITO MATERIAL TODO. MAS AS TDPs SERVEM PARA ISSO TBM...ENTÃO MTA CALMA E FOCO E VAMOS EM FRENTE

ABSANA CAROLINA LINHARES

TDP 4 – 25/09/2012

A sociedade empresarial Teco-Teco Ltda recebeu execução fiscal na qual se objetiva a cobrança de crédito tributário baseado em alegada ausência de recolhimento da

Page 43: Pedro Barreto Trib

COFINS sobre as receitas de intermediação financeira referentes ao período compreendido entre fevereiro de 1999 e janeiro de 2004.

No entanto, o crédito ora em cobrança é objeto do mandado de segurança nº. 21212121, impetrado pela Executada com o intuito de discutir a constitucionalidade do artigo 3º, §1º, da Lei nº. 9.718/98, que ampliou a base de cálculo da COFINS que, então, passaria a abranger também as receitas de intermediação financeira.

O Supremo Tribunal Federal em decisão, já transitada em julgado, proferida em sede de Recurso Extraordinário interposto pela Executada, concedeu a segurança nos moldes pleiteados, o que possibilitou à Executada proceder ao levantamento dos depósitos realizados em juízo com o objetivo de suspender a exigibilidade da COFINS em discussão, a saber, incidente sobre as receitas de intermediação financeira. Mesmo diante deste cenário, a Exeqüente iniciou procedimento administrativo (processo nº. 333333333) objetivando a cobrança do débito discutido nos autos do mandado de segurança citado, cuja segurança foi concedida em decisão transitada em julgado e ainda inscreveu o débito em dívida ativa para em seguida iniciar a execução fiscal.

Diante deste cenário, como advogado da sociedade empresarial Teco-Teco Ltda, ajuíze a medida mais adequada de modo que proceda na defesa da execução fiscal.

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE)

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 282 do CPC, 5º incisos XXXV e LV da CRFB, art. 3º, p. único da LEF, art. 204, p. único do CTN, arts. 580, 586 e 618 do CPC, súmula n° 393 do STJ, art. 269, IV do CPC, 156, V do CTN, art. 109, I da CRFB.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ....ª VARA FEDERAL (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA ..... DO ESTADO .....

TÓPICOS: DOS FATOS, DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (EPE), DAS PROVAS DOCUMENTAIS EM ANEXO, DO DIREITO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (Requer acolha a presente exceção de pré-executividade, para fins de extinguir da Execução Fiscal atacada reconhecendo a inexistência da dívida, a nulidade da dívida e a extinção do CT, conforme o art. 156, X do CTN; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de honorários advocatícios), nestes termos pede deferimento, local ..., data .... advogado..., OAB ...

Page 44: Pedro Barreto Trib

TDP - TREINAMENTO DIÁRIO DE PEÇAS

BOM GENTE,

VAMOS AOS ESPELHOS DAS TDPs DE ONTEM???

NESTE AQUI PUBLICO O DA TDP 3....

MESMAS REGRAS A GENTE NÃO DISCUTE ESPELHO, E NÃO HÁ RECURSO.SABEMOS QUE MTOS ESTÃO COM DIFICULDADES, É N-O-R-M-A-L ESPECIALMENTE NA 1ª SEMANA JÁ QUE VCS AINDA NÃO ESTUDARAM O DIREITO MATERIAL TODO. MAS AS TDPs SERVEM PARA ISSO TBM...ENTÃO MTA CALMA E FOCO E VAMOS EM FRENTE

ABSANA CAROLINA LINHARES

TDP 3 – 25/09/2012

Em 2010, a Prefeitura de Resende (RJ) realizou obras de pavimentação asfáltica. Neste período os moradores da região receberam um comunicado da Secretaria Municipal de Transportes e Vias Públicas, do qual constava apenas o período de realização das obras e as novas rotas do tráfego daquela região. Com isso, as obras foram iniciadas no prazo informado pela Secretaria. Próximo ao término da obra a Fazenda Municipal está, efetuando a cobrança, pela via executiva, da contribuição de melhoria que foi instituída pela Lei Municipal nº 123, de 25 de dezembro de 2009, com a finalidade de custear o serviço realizado.

De acordo com esse veículo introdutor, o valor da contribuição corresponderia ao custo total da obra dividido pelo número de imóveis beneficiados. José das Couves é proprietário de um imóvel residencial na região em que foi realizada a obra pública, cujo valor venal passou de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) para R$42.000,00 (quarenta e dois mil reais), em razão da pavimentação asfáltica realizada. O valor da Execução Fiscal é de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais), a título de contribuição de melhoria. Vale ressaltar que já houve citação da execução fiscal e que o executado foi intimado da penhora em 10.09. 2011.

Diante desta situação, José das Couves procura seu escritório de advocacia em 15.09.2011 no intuito de ver a sua situação resolvida. Ingresse com a medida judicial necessária para afastar a cobrança. considerando-se que já houve citação no bojo da execução fiscal e que o executado foi intimado da penhora que recaiu sobre o próprio imóvel há 15 (quinze) dias.

EMBARGOS À EXECUÇÃO

Page 45: Pedro Barreto Trib

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, I e 282 do CPC, artigos 8, 9, 16, 17, 18, 19, 24 E 32 da Lei 6.830/80, e ainda artigo 156, X do CTN.

ARGUMENTOS: Há vício formal da cobrança da contribuição de melhoria, pois não foi respeitado o procedimento previsto no art. 82 do CTN. O art. 145, III, CRFB/88 c/c o art. 81 do Código Tributário Nacional impedem a cobrança de contribuição de melhoria em razão de obra pública em montante superior ao da valorização do imóvel.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... ªVARA ..... (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA COMARCA DE RESENDE –RJ.

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DA GARANTIA, DO EFEITO SUSPENSIVO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (IRéu – Requer a Intimação do Réu na pessoa de seu representante legal, para apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia, nos termos do art. 17 da LEF; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20, §4º do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de extinguir a Execução Fiscal ora atacada e, o Crédito Tributário nela consubstanciado, nos termos do art. 156, X do CTN, declarando a nulidade do título executivo e a inexistência da dívida, libertando o embargante de qualquer cobrança da dívida e para que se aplique a ordem de cancelamento do termo de dívida ativa; Reafirma pedido para que seja reconhecido o efeito suspensivo automático na execução fiscal, em face da implícita previsão da LEF, decorrente da interpretação sistemática de seus artigos 18, 19, 24 e 32, conforme recentemente pacificado no STJ; Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei; Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei), Valor da Causa R$ 36.000,00 (valor da execução fiscal OU valor inscrito na CDA) (CPC, arts. 258 a 261 e LEF art.6º, §4º), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ...., OAB ...

ESPELHO DA TDP 2

VAMOS LÁ GENTE, SEGUE O ESPELHO....

ABAIXO DELE UMA SUGESTÃO DE PEÇA ELABORADA PELA EQUIPE.

ABSANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPAT

Page 46: Pedro Barreto Trib

TDP 2 – 24/09/2012

Em 14 de outubro de 2004 foi proposta ação execução fiscal pela União Federal em face da sociedade empresarial Parque Feliz Ltda., visando à cobrança de foros relativos aos exercícios de 1991 a 2001, com as respectivas multas moratórias, referentes a bem imóvel cujo domínio útil é titularizado pelo executado.

Em 24 de novembro de 2004, foi determinada a citação do executado, o que somente ocorreu em 26 de janeiro de 2010, com a expedição de edital de citação no Diário eletrônico da Justiça Federal, do qual o executado não teve conhecimento, até a presente data.

Desta forma, os sócios da sociedade empresarial Parque Feliz Ltda procura seu escritório de advocacia no intuito de ter a cobrança anulada. Com isso, ajuíze a medida que melhor se adequa ao caso concreto de forma que haja maior celeridade na pretensão do executado.

EXCEÇÃO DE PRÉ EXECUTIVIDADE (OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTVIDADE)

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 282 do CPC, 5º incisos XXXV e LV da CRFB, art. 3º, p. único da LEF, art. 204, p. único do CTN, arts. 580, 586 e 618 do CPC, súmula n° 393 do STJ, art. 269, IV do CPC, 156, V do CTN

ARGUMENTOS: foro é receita originária da União, devida pelos ocupantes de terrenos de marinha, conforme determinado no Decreto-lei n°.9.760/46. a dívida perseguida através deste executivo fiscal está integralmente prescrita, já que a citação ocorreu apenas em 26.01.2009, ou seja, quase 8 (oito) anos após o vencimento da última receita cobrada.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal.

TÓPICOS: DOS FATOS, DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE (EPE), DAS PROVAS DOCUMENTAIS EM ANEXO, DO DIREITO AOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (Requer acolha a presente exceção de pré-executividade, para fins de extinguir da Execução Fiscal atacada reconhecendo a inexistência da dívida, a nulidade da dívida e a extinção do CT, conforme o art. 156, X do CTN; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de honorários advocatícios), nestes termos pede deferimento, local ..., data .... advogado..., OAB ...

SUJESTÃO DA EQUIPE DE ELABORAÇÃO DE PEÇAEXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DOUTOR JUIZ FEDERAL ... VARA... (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA COMARCA ...

EXECUÇÃO FISCAL n ...

(10 linhas)

PARQUE FELIZ LTDA , já qualificado como réu, nos autos da execução fiscal n..., em

Page 47: Pedro Barreto Trib

face da qual ora se insurge, vem por meio de seu advogado, procuração em anexo com qualificações e endereço, para os fins do art. 39, I, CPC, respeitosamente perante V. Excelência, nos termos dos arts. 5º, XXXV e LV da CRFB/88, art. 580, 586 e 618, CPC; art. 269, IV do CPC (extinção do processo COM julgamento de mérito), art. 3º, parágrafo único da LEF e ainda súmula 393 do STJ, aduzir a presente

EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE(OBJEÇÃO DE NÃO EXECUTIVIDADE)

em face da execução fiscal de n ..., ajuizada pela União Federal ..., pessoa jurídica de direito público interno e sua respectiva Fazenda Pública, (endereço) diante dos fatos e fundamentos a seguir narrados e documentalmente comprovados.

I – DOS FATOS

Em 14 de outubro de 2004, foi proposta a presente execução fiscal em face do Excipiente, visando à cobrança de foros relativos aos exercícios de 1991 a 2001, com as respectivas multas moratórias, referentes a bem imóvel cujo domínio útil é titularizado pelo Excipiente.

Em 24 de novembro de 2004, foi determinada a citação do Excipiente, o que somente ocorreu em 26 de janeiro de 2009, com a expedição de edital de citação no Diário eletrônico da Justiça Federal, do qual o Excipiente não teve conhecimento, até a presente data.

Desta forma, conforme será pormenorizadamente detalhado a seguir, tem-se pela impropriedade da cobrança efetuada neste executivo fiscal, razão pela qual a presente exceção de pré-executividade merece ser acolhida.

II – EXTINÇÃO INTEGRAL DO CRÉDITO RECLAMADO PRESCRIÇÃO QUINQUENAL

Como é cediço, o foro é receita originária da União, devida pelos ocupantes de terrenos de marinha, conforme determinado no Decreto-lei n°.9.760/46, consubstanciando uma contraprestação anual paga pelo titular do domínio útil. Por isso, se sujeita ao regime especial de direito público.

Com efeito, o crédito excutido não tem natureza jurídica tributária, visto se tratar de renda patrimonial da União e não de receita derivada. Em razão disso, inaplicável a disposição do Código Tributário Nacional relativa ao prazo prescricional. Por sua vez, sendo fruto de uma relação jurídica de direito público, é descabida a aplicação da regra inserta no Código Civil, cujo âmbito se restringe às relações privadas.

A doutrina entende pela impossibilidade de submissão da matéria aos ditames do Código Civil, somente aplicáveis às relações de natureza contratual, provenientes dos contratos firmados entre particulares ou entre estes e o Poder Público. Neste diapasão, controverte-se acerca da aplicação destes dispositivos aos imóveis sujeitos ao regime de ocupação, de nítida natureza contratual, o que não é o caso do imóveis ocupados mediante regime de aforamento, como na hipótese em exame.

Page 48: Pedro Barreto Trib

Em suma, a cobrança de foro sujeita-se ao regime de Direito Público, não se podendo conceber que sua prescrição seja regida pelo Direito Privado.

Com relação à inaplicabilidade do Código Civil Brasileiro à espécie, cumpre reproduzir o posicionamento professado magistralmente por Luís Roberto Barroso[1]: 

“Demonstrada, portanto, a impropriedade da aplicação analógica do Código Civil à espécie, verifica-se que o direito administrativo adotou como regra, desde sempre, o prazo máximo de prescrição de 5 (cinco) anos, tanto em favor da Administração, como contra ela. É a constatação inevitável que se extrai do exame: (i) da legislação administrativa, (ii) da doutrina, (iii) da jurisprudência e (iv) do comportamento da própria Administração. Acompanhe-se a demonstração do argumento, começando por exemplos legislativos:a) Código Tributário Nacional:- art. 174: prazo prescricional de 5 anos para cobrança de crédito tributário;- art. 173: prazo decadencial de 5 anos para constituição do crédito tributário;- art. 168: prazo prescricional de 5 anos para ação de restituição de indébito.b) Lei nº 8.884/94 (Lei do CADE), art. 28: infrações da ordem econômica prescrevem em 5 anos.c) Decreto nº 20.910/32: prazo prescricional de 5 anos contra a Fazenda Pública.d) Lei nº 8.112/90, art. 142: ação disciplinar contra funcionário público prescreve, no máximo, em 5 anos (no mesmo sentido dispunha a Lei n° 1.711/52, antigo Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União). Também os prazos prescricionais para punição disciplinar previstos nas Leis Complementares nºs 75/93 e 80/94 (Ministério Público Federal e Defensoria Pública) nunca são superiores a 5 anos.e) Lei nº 8.429/92, art. 23: atos de improbidade administrativa prescrevem, no máximo, em 5 anos.f) Lei nº 6.838/80, art. 1º: infrações disciplinares de profissionais liberais prescrevem em 5 anos. Também a Lei nº 8.906/94 (Estatuto da OAB), art. 43, prevê o prazo prescricional máximo de 5 anos para punição”

A par da situação supra, tendo em vista a ausência de expressa previsão normativa fixando o prazo prescricional, a doutrina e a jurisprudência pátrias inclinaram-se de forma pacífica no sentido de que seria o de 5 (cinco) anos, previsto no art. 1°, Decreto n°. 20.910/1932, in verbis:

“Art. 1°. As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em 5 (cinco) anos, contados da data do ato ou fato do qual se originou

Isto porque, a prescrição quinquenal tem sido uma constante nas disposições gerais instituídas em normas endereçadas ao Poder Público, quer quando se refiram ao prazo para o administrado, quer quando se refiram ao prazo para a Administração Pública, sem mencionar que a aplicação de tal raciocínio encontra agasalho no princípio da isonomia, já que o poder Público se beneficiaria do prazo de cinco anos, por força do disposto no Decreto n°. 20.910/1932.

Page 49: Pedro Barreto Trib

Assim, aplica-se, pela via reflexa e pelo princípio da isonomia, o Decreto n°. 20.910/32 também aos créditos de natureza não-tributária, constituídos pela Fazenda Pública em face de particulares.

Neste sentido, é a jurisprudência uníssona de nossos tribunais, senão vejamos:

“ADMINISTRATIVO – INFRAÇÃO AMBIENTAL – PENA DE MULTA – PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 1. As penas por infrações ambientais, por serem de natureza pública, ficam sujeitas à prescrição qüinqüenal, por aplicar-se o disposto no Decreto n°. 20910/32. Múltiplos precedentes. 2. Recurso especial desprovido”. (STJ, Recurso Especial n°. 1.102.193/RS, Relatora para Acórdão Ministra Eliana Calmon, 2ª Turma, Superior Tribunal de Justiça, DJe 26.02.2009)

“DIREITO ADMINISTRATIVO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA NÃO-TRIBUTÁRIA. IMPOSIÇÃO DE DÉBITO PELO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO (TCE) E EMISSÃO, POR ESTE, DE CERTIDÃO DE DECISÃO SUA, COMO TÍTULO EXECUTIVO, SEM MENÇÃO A CREDOR: INEFICÁCIA, COMO TÍTULO DE CRÉDITO. CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA (CDA) NÃO-TRIBUTÁRIA EXPEDIDA PELO MUNICÍPIO SEM OS REQUISITOS DA LEI DAS EXECUÇÕES FISCAIS (Nº 6.830/80): NULIDADE. PRESCRIÇÃO DA DÍVIDA NÃO-TRIBUTÁRIA. A certidão emitida, como título executivo, pelo Tribunal de Contas do Estado em conseqüência de decisão impositiva de débito por ele proferida não possui eficácia como título de crédito se dela não consta o nome do credor. Certidão de Dívida Ativa (CDA) de natureza não-tributária omissa quanto aos requisitos previstos nos §§ 5º e 6º do art. 2º da Lei nº 6.830/80 (data da sua expedição e da inscrição da dívida, origem especificada desta, nome do credor, dispositivos legais em que se funda, número do processo administrativo que lhe deu origem, e menção ao livro e folha em que foi inscrita) é imprestável como título executivo. Aplica-se, pela via reflexa e pelo princípio da isonomia, o Decreto nº 20.910/32 também aos créditos, de natureza não-tributária, da Fazenda Pública junto a particulares. Assim, decorridos mais de 5 anos entre a sua formalização e a citação judicial, e sem a superveniência de causa impeditiva, suspensiva ou interruptiva do seu fluxo, tem-se como consumada a prescrição. Precedente deste Tribunal. Decisão: Negaram provimento. Unânime. ” (Apelação Cível Nº 70010150852, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Relator: Roque Joaquim Volkweiss, Julgado em 27/04/2005)” (sem grifos no original).

“PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO - COBRANÇA DE MULTA PELO ESTADO - PRESCRIÇÃO - RELAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO - CRÉDITO DE NATUREZA ADMINISTRATIVA - INAPLICABILIDADE DO CC E DO CTN - DECRETO 20.910/32 - PRINCÍPIO DA SIMETRIA. 1. Se a relação que deu origem ao crédito em cobrança tem assento no Direito Público, não tem aplicação a prescrição constante do Código Civil. 2. Uma vez que a exigência dos valores cobrados a título de multa tem nascedouro num vínculo de natureza administrativa, não representando, por isso, a exigência de crédito tributário, afasta-se do tratamento da matéria a disciplina jurídica do CTN. 3. Incidência, na espécie, do Decreto 20.910/32, porque à Administração Pública, na cobrança de seus créditos, deve-se impor a mesma restrição aplicada ao administrado no que se refere às dívidas passivas daquela. Aplicação do princípio da

Page 50: Pedro Barreto Trib

igualdade, corolário do princípio da simetria. 3. Recurso especial improvido.” (STJ, Recurso Especial n°. 623.023/RJ, Segunda Turma, Superior Tribunal de Justiça, Relatora: Ministra Eliana Calmon, julgado em 03/11/2005)” (sem grifos no original).,

É oportuno registrar que esse entendimento, além de ser pacífico tanto na doutrina quanto na jurisprudência, como já exposto, é o único logicamente cabível, tendo em vista que não faria qualquer sentido que o crédito fiscal prescrevesse em cinco anos e o não fiscal em prazo maior (de acordo com o Código Civil), sem mencionar a igualdade dos prazos para o contribuinte demandar sua pretensão repetitória dos indébitos.

Dito isso, é forçoso reconhecer que a dívida perseguida através deste executivo fiscal está integralmente prescrita, já que a citação ocorreu apenas em 26.01.2009, ou seja, quase 8 (oito) anos após o vencimento da última receita cobrada.

III – PRESCRIÇÃO PARCIAL DA PRETENSÃO DA FAZENDA PÚBLICA EXCEPTAPor amor ao debate, cumpre registrar que, mesmo não sendo este o entendimento, o que se admite exclusivamente para fins de argumentação, outra hipótese não resta senão reconhecer que os créditos perseguidos neste executivo fiscal foram em sua maioria fulminados pela prescrição.

Isso porque, caso se considere aplicável à hipótese o prazo prescricional previsto no Código Civil, em virtude da inexistência de lei fixando prazo prescricional específico para pretensão desta natureza, tem-se que, a partir de 1998, sobreveio legislação específica regulamentando a matéria, fixando o mesmo prazo prescricional de 05 (cinco) anos, cuja aplicação defendeu-se no item anterior.

A Lei n°. 9.636, de 15.05.98, elegeu como cinco anos o prazo de prescrição para cobrança destes encargos, consoante prevê seu art. 47. Posteriormente, a Medida Provisória MP n°. 1.787, de 29.12.98, sucessivamente reeditada e, afinal, convertida na Lei n°. 9.821, de 23.08.1999, dando nova redação ao art. 47, da Lei n°. 9.636/98, estabeleceu o mesmo prazo prescricional de 05 (cinco) anos. E mais: estabeleceu como termo inicial da contagem do prazo, o instante em que o respectivo crédito poderia ser constituído, isto é, a partir do seu vencimento (parágrafo primeiro).

É de clareza solar que a legislação nova possui aplicabilidade geral e imediata (art. 6°, da Lei de Introdução ao Código Civil) e, embora não possa retroagir, alcança os efeitos ocorridos após a sua vigência, decorrentes de situações verificadas anteriormente. Em outras palavras, pode-se concluir que o prazo conta-se da data em que o respectivo crédito poderia ser constituído, ou seja, da data do vencimento da obrigação anual de pagar o foro, findo o qual, se não houver ocorrido o lançamento, extinto estará o direito da União exigi-lo. 

Neste sentido é a linha do entendimento adotado pelo Superior Tribunal de Justiça, baseando-se nas diretrizes de direito intertemporal, mormente a fixada pelo art. 2°, da Lei n°. 10.853, segundo a qual o novo prazo fixado é aplicável aos créditos cujos prazos estejam em curso no momento da vigência da lei modificadora. (STJ, REsp

Page 51: Pedro Barreto Trib

841.689-AL, Relator Min. Teori Albino Zavascki, DJU de 29.03.2007, p. 228).

Assim, subsumindo-se o caso concreto à diretriz traçada acima, tem-se pela insubsistência da inscrição em comento, quanto aos créditos relativos aos exercícios de 1991 a 1999, ou seja, antes da data de vigência da Lei n°. 9.636, haja vista que entre a data de início da contagem do lapso prescricional (18.05.98) e a data de inscrição em dívida ativa (08.09.2004) transcorreu período superior a cinco anos.

IV. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Consoante jurisprudência pacificada no STJ, o advogado excipiente faz jus em receber os honorários advocatícios caso seja acolhida a exceção de pré-executividade e não exclui o caráter litigioso.

V. DAS PROVAS PRÉ-COSNTITUÍDAS DOCUMENTALMENTE EM ANEXO E DA DESNECESSIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA

Conforme o exposto, segue o rol de documentações que faz jus ao alegado e faz prova incontestável que não existe qualquer possibilidade de se proceder ao pedido do exequente.

VI. CONCLUSÃO

Diante do exposto, considerando a insubsistência da certidão de dívida ativa que lastreia este executivo fiscal, requer o Excipiente seja acolhida e provida a presente exceção de pré-executividade a fim de que seja reconhecida a prescrição da integralidade dos créditos nela consubstanciados.

Caso assim não se entenda, o que se admite para fins de argumentação, requer o Excipiente seja acolhida e provida a presente exceção de pré-executividade, reconhecendo-se a prescrição das cobranças relativas aos exercícios de 1991 a 1999.

Requer seja condenada a exequente excepta ao pagamento das verbas relativas a honorários advocatícios. 

Nestes termos,Pede-se deferimento.

Local ... Data ...

Advogado ... OAB ...

Page 52: Pedro Barreto Trib

ESPELHO DA TDP 1

VAMOS LÁ GENTE, SEGUE O ESPELHO....

ABAIXO DELE UMA SUGESTÃO DE PEÇA ELABORADA PELA EQUIPE.

ABSANA CAROLINA LINHARESCOORDENADORA DA EPATTDP 1 – 24/09/2012

A Sociedade Empresarial "Papa Tudo Ltda”, foi fiscalizada pela Receita Federal em 20.08.2002, com base na legislação vigente nesta data, e ao final do procedimento administrativo fiscal, foi lavrado auto de infração e aplicada multa no valor de R$ 2.800.000,00 (dois milhões e oitocentos mil reais) relativos a falta de pagamento do imposto sobre a renda incidente sobre o lucro apurado em operação de vendas de mercadorias realizadas durante o ano de 2001. 

Não concordando com a referida exigência o contribuinte ingressou, imediata e tempestivamente, com a impugnação administrativa. Entretanto, não obteve êxito, tendo decisão a seu desfavor, que transitou em definitivo em 30.11.2005.

Não sendo pago o crédito tributário, a Fazenda Pública, após inscrição na dívida ativa, ingressou com execução fiscal, cuja petição inicial foi deferida pelo MM. Juiz em 01.03.2012. 

A empresa tem sua sede penhorada em 10.09.2012. Diante desta situação o sócio da sociedade empresarial “Papa Tudo Ltda” lhe procura em 20/09/2012, para a defesa de seus direitos.

Assim, promova a medida judicial cabível para resguardar os direitos de seu cliente.

EMBARGOS À EXECUÇÃO

FUNDAMENTOS DE AJUIZAMENTO: arts. 39, I e 282 do CPC, artigos 8, 9 e 16, 24 E 32 da Lei 6.830/80, e ainda artigo 156, X do CTN.

Page 53: Pedro Barreto Trib

ARGUMENTOS: O direito da fazenda pública federal encontra-se extinto pelo decurso do prazo prescricional previsto no artigo 174 do CTN. A medida cabível é a de Embargos à Execução nos termos do artigo 16 da Lei 6.830/80. Referidos embargos deverão ser propostos perante o MM. Juiz de Direito de uma das Varas das Execuções Fiscais Federais.

COMPETÊNCIA: juízo da execução fiscal. EXMº SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA COMARCA ...

TÓPICOS: DOS FATOS, DA TEMPESTIVIDADE, DA GARANTIA, DO EFEITO SUSPENSIVO, DO DIREITO, DOS PEDIDOS (IRéu – Requer a Intimação do Réu na pessoa de seu representante legal, para apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia, nos termos do art. 17 da LEF; PPP – Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei; $ - Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC; RJP - Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de extinguir a Execução Fiscal ora atacada e, o Crédito Tributário nela consubstanciado, nos termos do art. 156, X do CTN, declarando a nulidade do título executivo e a inexistência da dívida, libertando o embargante de qualquer cobrança da dívida e para que se aplique a ordem de cancelamento do termo de dívida ativa; Reafirma pedido para que seja reconhecido o efeito suspensivo automático na execução fiscal, em face da implícita previsão da LEF, decorrente da interpretação sistemática de seus artigos, conforme recentemente pacificado no STJ; Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei), Valor da Causa R$ ______ (valor da execução fiscal OU valor inscrito na CDA) (CPC, arts. 258 a 261 e LEF art.6º, §4º), nestes termos, pede deferimento, local ..., data ...., advogado ...., OAB ...

EXMº SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ... VARA FEDERAL (COMPETENTE PARA A EXECUÇÃO FISCAL) DA SEÇÃO JUDICIÁRIA ... DO ESTADO ....

Execução Fiscal nº: ...distribuição por dependência.

PAPA TUDO LTDA, (CNPJ), (sede), atos constitutivos em anexo com todas as demais informações qualificadoras, vem, por meio de seu advogado, procuração acostada com endereço para receber todas e quaisquer notificações – art. 39, I, do CPC, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, nos termos do artigo 282 do CPC, artigos 8, 9 e 16, 24 E 32 da Lei 6.830/80, e ainda artigo 156, X do CTN, ajuizar os presentes 

EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL

em face da União Federal, pessoa jurídica de direito público interno, e sua Fazenda Pública, (endereço), com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – DA TEMPESTIVIDADE DOS EMBARGOSOs presentes embargos se ajuízam de modo tempestivo, visto que respeitado o

Page 54: Pedro Barreto Trib

disposto nos arts. 8, 9 e 16 da Lei 6.830/80. A garantia foi dada no prazo e os embargos ajuizados em tempo.

II – DA GARANTIA

A garantia foi dada mediante penhora, conforme se comprova com o documento ‘x’ em anexo, respeitada que resta a exigência do art.16, §1º da Lei 6.830/80, e, nos termos do disposto nos arts. 8º, 9º e no próprio art.16 da referida lei.

Resta frisar que não se aplica mais o art. 736, § 1º do CPC, entendimento este já pacificado pelo STJ.

III – DO EFEITO SUSPENSIVO DOS EMBARGOS.

O autor pede que V. Exa., possa reconhecer o efeito suspensivo nos presentes embargos em razão da garantia oferecida e da simples admissibilidade da ação embargante. Tal efeito emana do disposto nos artigos da LEF, interpretado sistematicamente, estando implícito nos arts. 18, 19, 24 e 32 da Lei nº 6.830/80, o reconhecimento da suspensão da execução em razão da garantia dos embargos, não sendo sequer necessário avocar o artigo: 739-A, § 1º do CPC. Por fim, observe-se que, este entendimento foi adotado em definitivo recentemente no STJ .

IV – DOS FATOS

V – DO DIREITO. DOS FUNDAMENTOS DO PEDIDO EMBARGANTE

VI – DO PEDIDO

a) Requer Julgue Procedente a presente ação, para fins de extinguir a Execução Fiscal ora atacada e, o Crédito Tributário nela consubstanciado, nos termos do art. 156, X do CTN, declarando a nulidade do título executivo e a inexistência da dívida, libertando o embargante de qualquer cobrança da dívida e para que se aplique a ordem de cancelamento do termo de dívida ativa; b) Reafirma pedido para que seja reconhecido o efeito suspensivo automático na execução fiscal, em face da implícita previsão da LEF, decorrente da interpretação sistemática de seus artigos, conforme recentemente pacificado no STJ;c) Requer a Intimação do Réu na pessoa de seu representante legal, para apresentar defesa no prazo legal sob pena de revelia;, nos termos do art. 17 da LEF;d) Formaliza pedido para que ao final do processo, caso julgada procedente a presente ação de embargos, possa o autor levantar a garantia oferecida, nos termos e na forma da lei;e) Requer a condenação da Fazenda Ré ao pagamento de verbas sucumbenciais e honorários advocatícios, nos termos do art. 20 do CPC;f) Requer Permissão para a Produção de Provas, nos termos da lei;

Dá-se à causa o valor R$ 2800.000,00 (valor da execução fiscal OU valor inscrito na CDA) (CPC, arts. 258 a 261 e e LEF art.6º, §4º)

Page 55: Pedro Barreto Trib

Nesses termos,Pede deferimento.

Local... Data ...

Advogado ... OAB nº ...

ESPELHO DO CASO CONCRETO 003

Não cabe, EM HIPÓTESE ALGUMA, qualquer tipo de pedido de rsonsideração, recurso, debate,

etc., ok? 

IMPOSSÍVEL!!!

Vamos ter MATURIDADE aqui, heim? cada um vê qual seria sua nota... se fosse na vida real, vcs

poderiam fazer um recurso para a FGV. EU NÃO SOU A FGV, ok, mooçada???

Não vou sobrecarregar, EM HIPÓTESE ALGUMA, a equipe, avaliando emails do tipo 'e se eu escrevesse isso?" ou "e na minha resposta que eu falei assim...".SEM CHANCES!

Serão quase 50 questões e já somos MAIS DE 2.000 ALUNOS.

O OBJETIVO NUCELAR dessa atividade é ENSINAR VOCÊS O TEMA (que pode cair na prova) e demonstrar um PERFIL DE CORREÇÃO que a Bnaca utiliza, ensinando que É FUNDAMENTAL SEMPRE CITAR A LEGISLAÇÃO (SEMPRE!!!) e, existindo súmulas (STF ou STJ), as mesmas devem ser sempre citadas também!!!

Portanto, AVISO DADO, a divulgação é UNILATERAL, maravilha?

Até pq semana que vem começam as correções de peças e aí sim a equipe (somos quase 30 pessoas corrigindo peças) via madrugadas fazendo essa correção.

Bjs a todos,PB

Page 56: Pedro Barreto Trib

QUESTÃO 003 – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA / PRINCÍPIOSPontuação: 1,25 pontosLetra ‘a’ (0,85 pontos): - Sim, há vícios e o tributo não poderia ser exigido no caso narrado (0,10) / inocorrência de fato gerador (0,10) obras de recapeamento asfáltico não geram valorização imobiliária (0,10) / obras de recapeamento não se confundem com obras de pavimentação asfáltica originária as quais permitem a tributação e se enquadram no disposto no art.2º do DL 195/67 (0,10) / violação ao princípio da anterioridade (0,10) art.150, III, ‘b’ e ‘c’, CRFB/88 (0,10) / não se pode dividir o custo da obra em valores fixos pelo número de proprietários de imóveis supostamente valorizados, o que viola o princípio da isonomia (0,10) devendo ser utilizada como base de cálculo a mensuração da intensidade da valorização imobiliária individual que cada proprietário obteve (0,15)Letra ‘b’ (0,40 pontos): - Agiu errado a Administração Pública (0,10) / o direito de cobrar a contribuição de melhoria é condicionado a prévia publicação de um edital informando os dados referentes à obra, como previsão de custo e duração, bem como a perspectiva de valorização a ser gerada (0,10) / citação do art.5º, DL 195/67 ou do art.82 do CTN (0,10) / violação à efetividade do direito de petição protegido no art.5º, XXXIV, CRFB/88 (0,10)- Citação à Súmula Vinculante 29, STF (0,20) / citação ao art.145,§2º, CRFB/88 (0,20)

COMENTÁRIOS PB: Na questão apresentada a conduta da Administração revela diversos vícios, os quais fulminam qualquer possibilidade de prosperar o ato de tributação praticado. De início, ressalte-se a violação ao comando constitucional genérico, destinado a diversos tributos e não apenas à contribuição de melhoria, previsto no art.150, III, alienas ‘b’ e ‘c’ da Constituição, emanado do conhecido “Princípio da Anterioridade”. Nesse prumo, de se constatar que se a lei instituidora do tributo foi publicada no ano de 2012, o Município não poderia aplicar a cobrança nesse mesmo exercício financeiro. Seria necessário aguardar a entrada do exercício financeiro seguinte, no caso, o de 2013, para então apurar a valorização imobiliária e assim cobrar o tributo, já que com base na regra emanada do princípio em tela fica vedado aplicar uma norma legal que cria tributo sobre fatos geradores ocorridos no próprio ano em que foi publicada essa lei que fez surgir uma nova carga tributária. Portanto, insta perceber um primeiro vício intransponível que infirma letalmente o ato fiscal praticado, a violação ao Princípio da Anterioridade. Indo adiante, e agora trabalhando com aspectos peculiares ao universo setorial do tributo “contribuição de melhoria”, de se perceber que não houve fato gerador no caso narrado, já que a nossa jurisprudência é pacífica no sentido de que as obras que promovem o mero recapeamento asfáltico não geram “melhorias”, não promovem uma verdadeira “valorização” imobiliária, mas apenas repõem o real valor dos imóveis, o qual restava depreciado em razão da omissão do poder público em conservar as vias públicas na área onde ficam situados os aludidos bens. Não há fato gerador quando se fazem as habituais e permanentes obras de recapeamento asfáltico, as quais são necessárias sempre, já que a pavimentação asfáltica sobre constante corrosão, fruto do natural desgaste decorrente da passagem contínua dos veículos, os choques de temperatura, e em razão da própria natureza química do asfalto, bem consumível e de não muita longevidade por sua particular essência. Na linha do pensamento acima descrito, inexistiu relação jurídica obrigacional tributária, não sendo viável a prática de um ato de tributação. Ora, conhecimento mínimo e basilar do direito obrigacional tributário é o que ensina que o direito do Estado de tributar, exigindo do administrado o pagamento de certa quantia a título de tributo, depende, preliminar e elementarmente, de que tenha ocorrido o fato típico para a hipótese legal de incidência do tributo que se pretende exigir, fato esse que, quando se materializa na prática, gera a relação tributária, abrindo-se, a partir de então, a possibilidade jurídica de o fisco poder praticar o ato de tributação. Inocorrendo o fato típico, não se tem aquilo que se convencionou chamar de “fato gerador”, e, corolário lógico dessa premissa, não se gera relação jurídica alguma entre a Administração e o

Page 57: Pedro Barreto Trib

administrado, razão pela qual não assiste direito ao fisco de promover qualquer cobrança. E no caso em apreço não ocorreu, como bem frisado alhures, fato gerador, pois não houve fato típico para aquela que se afeiçoa como a hipótese de incidência da contribuição de melhoria. É que para que tal hipótese se materialize no caso concreto é imprescindível que haja, além da execução de uma obra pelo poder pública, a geração de uma “valorização imobiliária” em imóveis do domínio privado, propiciada por essa obra. Ou seja, não basta que se tenha feito uma obra, nem que se faça todo e qualquer tipo de obra, para que se possa instituir e cobar uma contribuição de melhoria. É fundamental que da obra decorra aquilo que se chama de plus valia econômica nos imóveis de domínio privado, mais valia essa decorrente da própria obra. Nesse diapasão, o fato que realmente se compreende como “típico” para a hipótese de incidência do tributo em comento é o aumento do valor do imóvel, e, aumento esse, reitere-se zelosamente, decorrente da obra. Não se apurando essa valorização, não havendo o aumento do patrimônio imobiliário do titular do bem, não é legítima a incidência do tributo, ainda que se tenha realizado a obra pública. Observe-se que o próprio nome adotado para designar a espécie fiscal em análise é contribuição “de melhoria” e contribuição “de obra”, o que reforça a percepção de que é fundamental a apuração da consequência da obra, qual seja, o amento do valor do bem imóvel.Destaque-se, ainda, que para que realmente se tenha o fato típico, genuinamente “gerador” da relação jurídica obrigacional tributária, mister observar três exigências: a primeira, no arfam de que a obra a gerar a valorização deve ser uma das obras listadas no rol de incisos do art.2º do DL 195/67, diploma que atua como a lei nacional que estabelece as normas gerais reguladoras do direito de se cobrar uma contribuição de melhoria e limitadoras da liberdade do legislador local quando da definição do perfil do tributo; a segunda, na linha de que não é qualquer “valorização” no imóvel que traduz a materialização da hipótese de incidência, mas sim a valorização pecuniária, econômica, o aumento do valor de moeda do bem; por fim, ainda há que se perceber que a valorização imobiliária decorrente da obra, para permitir a tributação, deve ter sido gerada em imóveis do domínio privado, como impõe o art.2º e também o art.3º do DL 195/67. Se todos esses traços nodais forem respeitados cumulativamente no caso concreto, pode-se falar que ocorreu fato típico materializador da hipótese de incidência da contribuição de melhoria, apto portanto a atrair a norma tributária e por logo gerador da relação jurídica, legitimando o ato de tributação. Do contrário, não há licitude na conduta estatal de exigir o tributo em comento, exatamente como ocorreu no caso presente, em que a obra de recapeamento asfáltico, sabidamente, como supra afirmado, não gera valorização imobiliária, não propiciando aumento do valor econômico dos imóveis, mas mera reposição de prejuízo, conforme entendimento historicamente consolidado na jurisprudência da Suprema Corte e acompanhado pelos demais Tribunais sem qualquer divergência. Portanto, o segundo vício da conduta fiscal apresentada na questão está na inocorrência de fato gerador de relação jurídica obrigacional tributária entre o Município de Barreiras e os proprietários de imóvel.O terceiro vício que merece comento reside na equivocada fixação da base de cálculo. Ainda que tivesse ocorrido fato gerador, não se poderia promover a cobrança nos moldes apresentados. Não se pode fazer a divisão do custo total da obra, pró rata, pelo número de proprietários de imóveis valorizados, imputando valores fixos e iguais para todos. Tal prática viola o princípio da isonomia, gerando tratamento fiscal igual a todos os sujeitos passivos, não se respeitando as diferenças eventualmente existentes entre eles. O modo correto de fazer o cálculo distributivo do valor a ser cobrado, imputando as prestações individuais a cada sujeito passivo, passa pela necessária avaliação do quantum de melhoria cada proprietário auferiu, devendo ser essa a base para se fazer o cálculo. Noutras palavras, o legislador deve fixar como base de cálculo a intensidade da vantagem auferida por cada pessoa, o que se constata analisando o volume do acréscimo de valor que cada imóvel obteve após a obra. Nesse compasso, os proprietários de imóveis que lograram mais intensa valorização, devem por certo, retribuir o custo da obra em maior intensidade, ao passo em que os titulares de bens menos valorizados devem ser onerados com prestação retributiva de menor quantificação. Essa variação na intensidade da plus valia obtida é que deve servir como base de cálculo a legitimar a cobrança da contribuição de melhoria. Do contrário, fazendo-se a divisão pelo sistema pro rata, como apresentado na questão, desrespeita-

Page 58: Pedro Barreto Trib

se o necessário mandamento isonômico, cânone da justiça fiscal, que exige que o estado dispense tratamento tributário diferenciado a contribuintes que se encontrem em situação desigual, só sendo permitido o tratamento igualitário a contribuintes que realmente se encontrem em situação de equivalência. E, por certo, não é cabível cobrar contribuições de melhoria nas mesmas intensidades de proprietários que obtiveram valorizações em volumes distintos. Violar-se-ia o princípio da isonomia, exatamente como aconteceu na questão em tela. A única possibilidade de se cobrar valores fixos e iguais de todos os proprietários de imóveis valorizados seria na hipótese de todos esses imóveis lograrem melhorias na mesma intensidade, o que, não obstante seja teoricamente possível, na prática, não seria razoável crer que pudesse acontecer.O quarto vício no caso concreto narrado repousa na questão procedimental. É que para que o ente possa cobrar a contribuição de melhoria dos titulares dos imóveis valorizados pela obra que realizou, não basta que tenha ocorrido o fato gerador nos seus perfeitos moldes, como em retro já comentado. Não. Surge um requisito especial que é de observância obrigatória para que caiba o direito de aplicar o ato de tributação: o fisco precisa publica rum edital prévio, de preferência, antes do início da obra, mas se aceitando que ele seja expedido mesmo na curso dela, desde que antes de seu final. Tal edital deve tornar pública uma cartilha de informações sobre a obra, sua estrutura, custos e efeitos, oportunizando aos administrados a prévia informação a respeito do que irá ocorrer, possibilitando-lhes não apenas o acesso às informações, mas, também, a possibilidade de questionamento, e, ainda, evidentemente se nada houver a questionar, o prévio planejamento em suas vidas pessoais para os efeitos decorrentes da obra, inclusive o pagamento do tributo. Nesse linear, o art.82 do CTN, em harmonia simétrica com o art.5º do DL 195/67, impõem à Administração Pública a publicação do referido edital, ato que se não for praticado, impossibilita o direito de tributação. No caso em epígrafe não há qualquer referência ao cumprimento do procedimento extrajudicial ora demonstrado como obrigatório, o que mais uma vez revela vício na medida fiscal adotada. Com tal edital publicado, informando aos moradores da área onde será feita a obra e onde seus efeitos serão sentidos dados importantes como a previsão de duração, de custo e as perspectivas de valorização imobiliária a ser gerada, a Administração se adéqua a princípios e valores que norteiam as relações nas quais interage com os administrados, congratulando-se com o mandamento da transparência, com o princípio da publicidade, com o valor da não surpresa fiscal, com o dever de lealdade, com a proteção à confiança, a boa-fé objetiva, a segurança jurídica, dentre outros vetores que se edificam como pilares a iluminar o prumo do processo coexistencial entre o Estado e o povo.Por fim, registre-se que quando no quesito formulado se narrou que após ser questionada a respeito da realização da obra, a Administração se negou a oferecer as informações, alegando somente ser obrigada a prestar tais esclarecimentos com base em ordem judicial, mais uma vez se equivocou, pois antes de ser um direito do contribuinte, trata-se aqui, nesse caso específico da realização de obra pública em que se vislumbra a cobrança de contribuição de melhoria, de um dever do Administrador fornecer tais informações, o que, reitere-se, deveria ter sido feito mediante a expedição do edital prévio e obrigatório. Logo, descumprido o procedimento, e tendo sido lançado o tributo, o sujeito passivo tem direito, independente de acesso ao Judiciário, de ter acesso a tais informações, direito esse que se encontra tranquilamente albergado dentro do espectro de projeção da garantia constitucional insculpida no art.5º, XXXIV, CRFB/88, chamada de direito de petição ao poder público, buscando informações de interesse e utilidade pessoal, e, pessoal sim, pois existe cobrança de tributo formalizada contra a pessoa do administrado requerente das informações.

GALERA!! MAIS UM ESPELHO

CASO CONCRETO 002

Page 59: Pedro Barreto Trib

A.T.E.N.Ç.Ã.O

Não cabe, EM HIPÓTESE ALGUMA, qualquer tipo de pedido de rsonsideração, recurso, debate,

etc., ok? 

IMPOSSÍVEL!!!Vamos ter MATURIDADE aqui, heim? cada um vê qual seria sua nota... se fosse na vida real, vcs poderiam fazer um recurso para a FGV. EU NÃO SOU A FGV, ok, mooçada???

Não vou sobrecarregar, EM HIPÓTESE ALGUMA, a equipe, avaliando emails do tipo 'e se eu escrevesse isso?" ou "e na minha resposta que eu falei assim...".SEM CHANCES!

Serão quase 50 questões e já somos MAIS DE 2.000 ALUNOS.

O OBJETIVO NUCELAR dessa atividade é ENSINAR VOCÊS O TEMA (que pode cair na prova) e demonstrar um PERFIL DE CORREÇÃO que a Bnaca utiliza, ensinando que É FUNDAMENTAL SEMPRE CITAR A LEGISLAÇÃO (SEMPRE!!!) e, existindo súmulas (STF ou STJ), as mesmas devem ser sempre citadas também!!!

Portanto, AVISO DADO, a divulgação é UNILATERAL, maravilha?

Até pq semana que vem começam as correções de peças e aí sim a equipe (somos quase 30 pessoas corrigindo peças) via madrugadas fazendo essa correção.

Bjs a todos,PB

QUESTÃO 002 – TAXA DE POLÍCIA / FATO GERADOR. BASE DE CÁLCULO DAS TAXASPontuação: 1,25 pontosLetra ‘a’ (0,30 pontos): - Sim, ocorrendo exercício do poder de polícia teve fato gerador (0,10) / o exercício do poder de polícia pelo poder público independe da fiscalização exercido presencialmente no estabelecimento do sujeito passivo (0,10) bastando que fique provado que o Órgão/Autarquia fiscalizadores estão em regular funcionamento (0,10)Letra ‘b’ (0,80 pontos): - É possível utilizar como base de cálculo de taxas uma unidade de medida que também componha a base de cálculo de um imposto, desde que não haja total identidade entre ambas (0,20) / o STF já pacificou que a metragem de imóveis pode ser utilizada como base de cálculo das Taxas (0,10) / taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto (0,10)- Citação à Súmula Vinculante 29, STF (0,20) / citação ao art.145,§2º, CRFB/88 (0,20)Letra ‘c’ (0,15 pontos): - Caso a tributação fosse indevida (no caso era devida), caberia ajuizamento de Ação de Restituição de Indébito (Ação “Repetitória”) em favor do contribuinte (0,15)

COMENTÁRIOS PB: A questão já foi esgotada no Plenário do STF, passando tanto PE,a análise do fato gerador da Taxa de Polícia (nesse plano, avaliando a dimensão do que se possa entender como “exercício do poder de polícia”) e também pela compreensão dos limites de validade da fixação da base de cálculo de uma Taxa.No que tange ao primeiro foco de abordagem, no que diz respeito ao fato gerador da Taxa de Polícia, o tema outrora polemico resta estabilizado na jurisprudência da Corte Máxima, desde o

Page 60: Pedro Barreto Trib

famoso precedente da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA, quando a Corte Excelsa pacificou que é possível que a Administração cobre a Taxa de Polícia com base no exercício “à distância” do Poder de Polícia. Ou seja, o STF reconheceu que para que haja o efetivo exercício do poder de polícia por parte da Administração Pública não é imprescindível que ocorra uma diligência fiscalizadora exercida presencialmente no estabelecimento do sujeito passivo, de sorte a que é viável que dito poder se exerça mediante fiscalizações realizadas sem incursões presenciais, in locu, no estabelecimento fiscalizado. Para tanto, basta que fique provado que existe Órgão na Administração Direta, ou Autarquia na Indireta, destinados ao exercício de tal fiscalização, e que as referidas engrenagens da máquina pública estejam em regular atuação. Existe, inclusive, singular e especial precedente de um caso curioso em que o Supremo reconheceu, de modo pontual e respeitando características subjetivas e particulares do caso concreto, a possibilidade de se ter exercício do poder de polícia mesmo sem a existência de um Órgão específico destinado à função fiscalizadora, a qual pode ser exercida por outros Órgãos em cumulação de competências administrativas. Nesse caso, tratava-se de pequeno Município sem possibilidades de criar novos órgãos, especialmente face a ausência de dotação orçamentária, mas que precisava exercer a novas atividades de fiscalização, o que alegou (e provou nas instâncias inferiores) vinha exercendo.Entendeu, portanto, o STF, que para que caiba o ato de taxação basta que fique provado que existe fiscalização ocorrendo, independente do meio ou da estrutura física, e, especialmente, sem a necessidade de incursões locais conduzidas por agentes públicos em humana e presencial operação fiscalizadora. Aduziu-se, ainda, que a moderna forma de relação da Administração com os administrados, fruto da múltipla evolução dos costumes e as constantes transformações pelas quais o Direito vem passando nas ultimas décadas, não mais permite exigir que para que se configure exercício do poder de polícia, se tenha que provar a ocorrência da fiscalização humana e presencial. Tal idéia, prevalecente outrora, não mais é compatível com o mundo moderno e com os novos proclames que ditam o ritmo das relações fiscalizadoras da Administração de hoje, municiada dos aparelhamentos virtuais, eletrônicos, com sistemas de notificações e denúncias de infrações por via online, técnicas informatizadas, etc.O grande divisor de águas foi o precedente em que a Casa Julgadora Maior legitimou como possível a cobrança da Taxa federal que a União instituiu para se ressarcir dos custos que suporta na fiscalização exercida sobre indústrias potencialmente poluidoras do meio ambiente, a conhecida Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA. No caso, o simples fato de o IBAMA estar em permanente e regular funcionamento, permitiu presumir que estaria em contínua e normal fiscalização sobre tais sujeitos passivos, podendo a União, por logo, cobrar o tributo, já que teria ocorrido o fato gerador, ainda que as indústrias não tivessem sofrido quaisquer fiscalizações dentro de seus estabelecimentos. Quanto à fixação da base de cálculo de uma Taxa, o único limite que o nosso constituinte fixa por expresso é aquele que emana do art.145,§2º, o qual apresenta norma regra proibitiva, a qual reza que não pode o legislador, ao instituir a Taxa, fixar como base para se fazer o cálculo dos valores a serem cobrados de cada sujeito passivo, uma base que seja própria de imposto. Ou seja, ficou, por opção do constituinte originário, vetado ao legislador infra, quando da criação/regulação da Taxa, utilizar como parâmetro, como vetor orientador do cálculo, como, referência, base, para se fazer o cálculo, uma que seja própria de imposto. Afora esse limite, podemos afirmar que, pelo menos expressamente, não há outra regra proibitiva, seja no texto constitucional, seja no CTN. Evidentemente que implicitamente outros vetores limitadores regulam a fixação da base de cálculo das taxas como a de quaisquer outras espécies tributárias, vide, em destaque mor, o princípio da legalidade com sua cláusula da reserva legal (somente a lei pode determinar a base de cálculo dos tributos), o princípio da isonomia (a base que venha a ser utilizada para imputar o cálculo por via do qual se determinará o valor a ser pago por cada sujeito passivo não pode gerar privilégios, discriminações, devendo respeitar o comando da isonomia e assim não colidir com os pilares da justiça fiscal), dentre outros.É sabido que quando os impostos incidem, incidem sempre sobre condutas nas quais o administrado está praticando um fato revelador de riqueza, de poder econômico, exteriorizando

Page 61: Pedro Barreto Trib

capacidade contributiva. Nesse diapasão, tem-se, de um lado, como fato gerador, a conduta ostentadora da riqueza; por outro lado, em plena harmonia, utiliza-se como base de cálculo o valor da riqueza revelada na conduta. Ou seja, quando o Estado cobra um imposto, essa cobrança será mais ou menos intensa na medida em que varie a intensidade da riqueza exteriorizada no fato típico, de sorte a que a prestação será mais cara para os que revelem mais riqueza no fato gerador, e mais barata no inverso. Visualize-se, que, nos impostos, a referência (base) que se utiliza para conduzir o cálculo, cálculo com o qual se fixa o valor exato da prestação a pagar, é exatamente a dimensão quantitativa da riqueza revelada; essa sempre é a referência, o parâmetro, o vetor orientador, a base para se fazer o cálculo, a base de cálculo. Seguindo o raciocínio, fácil perceber, sem esforço, que a base de cálculo de um imposto é o valor da riqueza demonstrada no fato gerador. É avaliando a intensidade da riqueza externada no fato típico que se determina o valor da prestação, projetando-se a alíquota sobre tal base, seja a alíquota fixa ou ‘ad valorem” (em percentual). Assim sendo, se uma pessoa revela riqueza de maior valor que outro sujeito, certamente sua prestação contributiva será maior, o que é coerente, por se demonstrar mais capacidade contributiva quando se ostenta mais riqueza. Conclua-se, portanto, que base de cálculo própria de imposto nada mais é do que valor de riqueza; noutras palavras, o que se utiliza como parâmetro para calcular o valor do imposto a ser recolhido é a dimensão, o tamanho, a intensidade de um bem, de uma riqueza, e exatamente aquela riqueza revelada naquele fato gerador que atrai a incidência do imposto no caso concreto. A guisa de exemplo, quando auferimos rendas ou proventos de qualquer natureza, atraindo a incidência do imposto de renda, a base que a lei utiliza para fazer o cálculo é o valor das rendas reveladas; quando recebemos herança, ou um bem doado, a base de cálculo do ITCMD é o valor dos bens espoliados ou do bem que foi objeto da doação; quando nos mantemos proprietários de um imóvel urbano ou de um veículo automotor terrestre, a base de cálculo do IPTU e do IPVA, respectivamente, é, ora, o valor venal do imóvel, ora do automóvel, nessa ordem. Constate-se por logo que quando se fala em base de cálculo própria de imposto o que se está a apontar é nada mais do que a valoração da dimensão de uma riqueza. É assim que se calcula o imposto. Se toma como base o valor da riqueza revelada no fato gerador. E é exatamente isso que, como regra, não se pode fazer nas taxas, conforme se depreende da leitura do já citado art.145,§2º da Magna Carta.A polêmica que é enfrentada no caso presente, relativa ao uso da “metragem” do imóvel como base de cálculo de uma taxa, também já foi pacificada, de modo a que o STF sedimentou entendimento no linear de que é possível o uso de tal critério como base para se fazer o cálculo distributivo dos valores a serem pagos pelos sujeitos passivos. Nesse sentido, quando os imóveis são maiores, os valores a pagar são mais elevados, e, no oposto, a taxa é menos custosa quando o imóvel é menor. É comum se utilizar esse critério do tamanho do imóvel como base para se praticar o cálculo nas situações em que se evidencia que a fiscalização é de fato mais cara para o poder público quando exercida em imóveis de mais ampla área, e menos onerosa quando recai sobre bens de menos larga dimensão. Constatando-se que realmente o custo suportado pelo Estado no exercício do poder de polícia é mais elevado quando se fiscalizam imóveis maiores, nada mais perfeito para que se haja com isonomia do que cobrar uma taxa mais cara quanto a sujeitos passivos que possuem esses imóveis mais amplos, nos quais, como registrado, a fiscalização representa maior custo para a Administração. Dessa forma, paga uma taxa mais cara aquele sujeito passivo que provoca maior volume de despesa e retribui em menor intensidade aquele que gerou menos ônus financeiro para o Estado.A suposta violação à regra proibitiva que emana do art.145,§2º da Carta foi corretamente negada, já que em feliz percepção a Corte enxergou que o uso da “metragem” não significa aferição de “valor”, não havendo, no caso, adoção de base de cálculo própria de imposto. Ou seja, não procedia a argumentação de que quando certas leis ao instituírem determinadas taxas fixavam a metragem dos imóveis como base de cálculo estariam adotando a mesma base de cálculo do IPTU. De forma alguma. Equivocada a crítica que se fazia, a qual, coerentemente não subsistiu. A base de cálculo do IPTU é o “valor venal” do imóvel e não o “tamanho” do bem. Inocente confusão e de equiparar duas unidades de medida distintas na essência. Cobrar uma taxa ais cara pelo fato de o imóvel ser maior não permite concluir que a cobrança mais cara se dá pelo

Page 62: Pedro Barreto Trib

fundamento de ser o imóvel mais valioso. Não. Claro que não. Utilizar a metragem como parâmetro para fazer o cálculo não significa utilizar o valor. É evidente que, normalmente, a tendência natural é que os imóveis maiores possa ser mais valiosos, o que jamais legitimaria concluir que o valor do imóvel estaria sendo utilizado como base para o cálculo. Não mesmo. Até porque, é plenamente possível que um imóvel seja imensamente maior que o outro e tenha valor brutalmente menor. A título de exemplo, um pequeno quarto e sala na orla de Ipanema no Rio de Janeiro, vale muito mais que qualquer apartamento de quatro quartos e num bairro mais humilde da capital fluminense. Sem maiores esforços se percebe que a metragem não se confunde com o valor, não há identidade entre essas referências, ainda que, sem dúvidas, a primeira seja levada em consideração para que se apure a segunda. Claro. Para se determinar o valor de um imóvel, diversos fatores são levados em consideração, dentre eles, também, a metragem do imóvel, assim como a localização, a destinação, a altura, além de outros fatores que interferem na formação do preço (dados variáveis, como analisar detalhes simples do tipo saber se o imóvel é poente ou nascente, tem vista mar ou não, se a área tem ruas asfaltadas ou não, se fica perto de metrôs ou não, de locais perigosos, etc). Portanto, acertou a Suprema Casa julgadora quando fincou sua jurisprudência reconhecendo que não há problema em se utilizar como base de cálculo para certa taxa um critério, uma unidade de medida, que também se utiliza para apurar, para compor, para formar a base de cálculo de um imposto. Desde que não haja uma total identidade entre as duas bases, nenhum vício na base de cálculo da taxa, inexistindo violação ao disposto no art.145,§2º, CRFB/88. É exatamente o que ocorre quando a lei fixa a metragem dos imóveis como base para realizar o cálculo, não havendo identidade entre a metragem e o valor, esse último, por certo, que seria uma base de cálculo própria de imposto.Força de todo o raciocínio exposto, o Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante nº29, já que cansou de testemunhar o aludido entendimento ser desrespeitado pelos órgãos inferiores do Judiciário (Juízes singulares e Tribunais locais), o que fomentava a indústria dos recursos constitucionais repetitivos, forçando o Pretório Último a reiteradamente ter que repetir um entendimento que já se evidenciava cristalino e consolidado, recebendo para julgamento recursos extraordinários que agora serão evitados, já que o efeito vinculativo da Súmula citada impedirá que se continue a aplicar o entendimento contrário ao assumido como definitivo pelo Tribunal maior.

ESPELHO - CASO CONCRETO 001

A.T.E.N.Ç.Ã.O:

Não cabe, EM HIPÓTESE ALGUMA, qualquer tipo de pedido de rsonsideração, recurso, debate,

etc., ok? 

IMPOSSÍVEL!!!

Vamos ter MATURIDADE aqui, heim? cada um vê qual seria sua nota... se fosse na vida real, vcs

poderiam fazer um recurso para a FGV. EU NÃO SOU A FGV, ok, mooçada???Não vou sobrecarregar, EM HIPÓTESE ALGUMA, a equipe, avaliando emails do tipo 'e se eu escrevesse isso?" ou "e na minha resposta que eu falei assim...".

Page 63: Pedro Barreto Trib

SEM CHANCES!

Serão quase 50 questões e já somos MAIS DE 2.000 ALUNOS.

O OBJETIVO NUCELAR dessa atividade é ENSINAR VOCÊS O TEMA (que pode cair na prova) e demonstrar um PERFIL DE CORREÇÃO que a Bnaca utiliza, ensinando que É FUNDAMENTAL SEMPRE CITAR A LEGISLAÇÃO (SEMPRE!!!) e, existindo súmulas (STF ou STJ), as mesmas devem ser sempre citadas também!!!

Portanto, AVISO DADO, a divulgação é UNILATERAL, maravilha?

Até pq semana que vem começam as correções de peças e aí sim a equipe (somos quase 30 pessoas corrigindo peças) via madrugadas fazendo essa correção.

Bjs a todos,PB

QUESTÃO 001 – TAXA DE SERVIÇO / FATO GERADOR

Pontuação: 1,25 pontos

Letra ‘a’ (0,65 pontos): 

- Citação da Súmula Vinculante 19, STF: 0,20 - Citação do art.145,II, CRFB/88 ou arts.77 e 79,CTN: 0,20- Citação que a Taxa de Limpeza Pública é inconstitucional (0,15) pela indivisibilidade do serviço (0,10)

Letra ‘b’ (0,60 pontos): 

- Cabe defesa por meio de ajuizamento de Ação de Embargos à Execução Fiscal (0,10) ou Exceção de Pré Executividade caso haja prova documental pré constituída (0,10);- Para cabimento dos Embargos é obrigatório o oferecimento da garantia prévia (0,10), vide art.16,§1º, Lei 6.830/80 (0,20), e para caber EPE deve existir prova pré constituída / desnecessidade de dilação probatória (0,10)

COMENTÁRIOS PB: 

A questão é bem conhecida. Sabemos todos que os entes federativos, na sua comum competência, podem instituir Taxas, tanto em razão do exercício do poder de polícia, como em razão da prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, efetivamente prestados ou colocados à disposição dos administrados. Todavia, para que se possa cobrar uma Taxa de Serviço, tema sobre o qual a questão se debruçou, é fundamental que hajam três características presentes na prestação do serviço. Primeiramente, tem que se tratar de um serviço prestado em regime público de prestação de serviço, ou seja, qualificando atividade administrativa em sentido estrito, o que quer dizer, o serviço não é prestado em regime privado, em exercício de atividade econômica, em livre concorrência, com fim lucrativo, com caráter empresário. Não. Daí se falar que deve ser “serviço público”, o que, mais correto seria falar em serviço “prestado em regime público”. Além disso, num segundo plano, o serviço deve ser específico, possível de individualização, de identificação, de especificação, ou, noutras palavras, tem que ser possível se visualizar qual o serviço que foi verdadeiramente prestado, o que o administrado está realmente tendo disponibilizado para seu uso, qual atividade ele está realmente retribuindo os custos. O serviço, nesse linear, tem que ser

Page 64: Pedro Barreto Trib

específico. Não pode ser, ao oposto, “genérico”, não identificado, não especificado (não caberia, jamais, uma Taxa por “serviços gerais” da Administração). Por fim, deve ser divisível, ou seja, um serviço que quando prestado, não é prestado a toda a população indistintamente, universalmente, mas sim a um grupo certo e determinado (ou determinável) de pessoas, de modo a que realmente se consiga “dividir” a sociedade em dois grupos de pessoas: de um lado, aquelas pessoas a quem o serviço é verdadeiramente oferecido, e, de outro, a parcela de administrados diante das quais o serviço não foi colocado à disposição. Nesse diapasão, fala-se que o serviço é divisível, pois permite identificar, singularizar, o grupo de usuários em favor dos quais foi oferecido o uso do serviço prestado; quando assim o é, fala-se do serviço uti singuli, ou, se “utilização singularizável”, insta frisar, serviço que, quando prestado, colocado à disposição, permite que se mensure exatamente para quem ele está sendo oferecido, quais são as pessoas em favor das quais a administração está disponibilizando a prestação. Ainda na noção de “divisível’ vem um plus, no sentido de que dentro desse grupo “fechado” de pessoas em favor das quais o serviço é oferecido, deve ser assegurado a todos e a cada um, individualmente e sem que um dependa do outro, o acesso livre ao uso do serviço oferecido; ou seja, cada pessoa deve ter o livro e individual acesso ao serviço oferecido, sem que dependa de terceiros para poder fazer uso da prestação estatal.

Se a conduta desenvolvida pelo Estado ao prestar o serviço cumprir todos os requisitos acima, fala-se que houve a prestação de um serviço público específico e divisível, e, nesse caso, a conduta é típica para a hipótese de incidência da Taxa de Serviço, sendo o fato concreto de realmente prestar o serviço, colocá-lo à disposição, fato gerador da relação jurídica obrigacional tributária, permitindo ao ente federativo prestador do serviço cobrar o tributo do grupo de pessoas em favor do qual a atividade foi oferecida, quer usem efetivamente ou quer se contentem apenas em serem usuários potenciais. Nesses termos, havendo tal tipo de prestação por parte da administração pública,é legítimo que se institua o tributo (tem que ter lei criando a taxa, princípio da legalidade) e que se promova o lançamento (em regra lançamento de ofício para cobrar a taxa).No caso presente, o que se tem como vício é o fato de que o serviço de limpeza pública (varredura de ruas, limpeza de calçadas e praças, lavagem de vias, etc) é um serviço que não obstante seja público (em regra é prestado como atividade típica administrativa e não em regime de atividade econômica), e até se enquadre no conceito de “específico”, não possui “divisibilidade”, razão pela qual jamais permitiria a taxação, a qual, de modo inconstitucional, muitos Municípios insistiam em fazer. O fundamento da inconstitucionalidade é a falta de divisibilidade, sendo claro que o art.145, II da Carta, assim como o 77 do CTN expressamente exigem a presença desse atributo no serviço para que caiba a taxação.Diferente ocorre na Taxa cobrada em razão do serviço de coleta de lixo em domicílios, o qual é prestado a um grupo certo de pessoas, os donos dos imóveis para os quais o serviço é direcionado dentro da área física da cidade. Nesse caso, tem-se serviço público, específico e sem dúvidas divisível, permitindo o ato de cobrança do tributo.O grande problema na prática é que os Municípios, de modo ardil, unem as duas taxas numa só, instituindo por lei a Taxa de Coleta de Lixo Domiciliar “e limpeza pública”, tentando embutir a taxa inconstitucional (a taxa de Limpeza Pública) dentro da constitucional TCLD. O STF, corretamente, firmou entendimento que as referidas leis municipais que assim se manifesta são inconstitucionais, ordenando que se façam novas leis que instituam isoladamente a TCLD, a qual, nem mesmo se salva com base na viciada lei, sendo, por certo, realmente necessário que se faça uma nova lei, essa sim, compatível com a Magna Carta, para autorizar a TCLD. Só é constitucional a lei que autoriza exclusivamente a Taxa em razão do serviço de Coleta de Lixo Domiciliar.

Page 65: Pedro Barreto Trib