pedagogia da autonomia

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Profº Douglas Freitas

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Aula com base no livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire

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Page 1: Pedagogia da autonomia

Profº Douglas Freitas

Page 2: Pedagogia da autonomia

SABERES FUNDAMENTADOSSABERES FUNDAMENTADOS

NA ÉTICA;NA ÉTICA;

NO RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA;NO RESPEITO À DIGNIDADE HUMANA;

NA AUTONOMIA DO EDUCANDONA AUTONOMIA DO EDUCANDO..

Page 3: Pedagogia da autonomia

PRIMEIRO VEM A DECISÃO – DEPOIS VEM A AUTONOMIA

• AUTONOMIA OCUPA OESPAÇO DA DEPENDÊNCIA

= PARA ISSO,

PRECISAMOS APRENDER A DECIDIR.

Page 4: Pedagogia da autonomia

É A CAPACIDADE DE CEGAR, DE ENSURDECER; NOS RESPONSABILIZA PELOS FRACASSOS

SOCIAIS; DISCURSA SOBRE O PRAGMATISMO E ENSINO

TÉCNICO-CIENTÍFICO. NÃO É NEUTRA.

É CÔMODO SER NEUTRO POIS ESCONDEMOS NOSSA OPÇÃO IDEOLÓGICA (LAVAMOS AS MÃOS)

ASSIM, TUDO PASSA A SER FATO CONSUMADO.

TEMOS QUE SUBSTITUIR ESTE COMPORTAMENTO POR AUTONOMIA E RESPONSABILIDADE.

IDEOLOGIA

Page 5: Pedagogia da autonomia

Livro escrito em 1996, foi dividido em três capítulos:

1º - Não há docência sem discência

2º - Ensinar não é transformar conhecimentos

3º - Ensinar é uma especificidade humana.

Page 6: Pedagogia da autonomia

saberes fundantes indispensáveis à prática docente (confirmam, modificam ou ampliam saberes).

prática ratifica/ retifica saberes

A reflexão crítica = exigência da relação teoria/prática, sem a qual a teoria vira discurso, e a prática ativismo.

1º - Não há docência sem discência

Page 7: Pedagogia da autonomia

A formação de professores tem que assumir papel de “combate” ao pensamento de que ensinar é transferir conhecimento, onde um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado (sujeito = quem ensina/ objeto = quem é ensinado).

ao contrárioensinar é criar possibilidades para produção ou

construção de conhecimento.

Page 8: Pedagogia da autonomia

É preciso considerar a relação:

-quem forma se forma e re-forma ao formar;

-quem é formado forma-se e forma ao ser formado.

- Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender. Quem

ensina, ensina alguma coisa a alguém.

-Aprender veio antes de ensinar, mas, porém, ensinar dilui-se com o aprender.

Page 9: Pedagogia da autonomia

Prática de ensinar-aprender

experiência total (política, ideológica,

pedagógica, estética e ética), em que

boniteza deve achar-se de mãos dadas com a

decência e com a seriedade.

Page 10: Pedagogia da autonomia

ÉTICA UNIVERSAL COMBATE:- DISCRIMINAÇÃO;

- EXPLORAÇÃO DO OPRIMIDO- FALSEAMENTO DA VERDADE,...

TODO DOCENTE TEM QUE SE ASSUMIR COMO SUJEITO ÉTICO

COM DESEJO DE EXERCÍCIO DA ÉTICA UNIVERSAL

Page 11: Pedagogia da autonomia

1.1 - Ensinar exige rigorosidade metódica

ensinar a pensar, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade e insubmissão.

Só quem pensa certo é quem pode ensinar a pensar certo (mesmo que às vezes pense errado).

educadores e os educandos sejam criadores, instigadores, inquietos, curiosos, humildes e persistentes.

Somos seres históricos e o nosso conhecimento de mundo tem historicidade.

1.2 – Ensinar exige pesquisa Pensar certo implica no respeito ao senso comum

para superação

Page 12: Pedagogia da autonomia

1.3 – Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos

Cabe ao professor e a escola, respeitando os saberes dos educandos, discutir sobre estes saberes que são construídos socialmente

1.4 – Ensinar exige criticidade Uma curiosidade ingênua (está ao sabor do senso

comum) quando se criticiza, torna-se curiosidade epistemológica.

1.5 – Ensinar exige estética e ética A promoção da ingenuidade à criticidade não

pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado da estética (decência e beleza de mãos dadas).

Page 13: Pedagogia da autonomia

1.6 – Ensinar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo

Pensar certo está ligado a fazer certo. A palavra sem o exemplo de nada vale.

1.7 Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação

O risco/o novo = é próprio do pensar certo1.8 – Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática Movimento dinâmico, dialético entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Tem que ser produzido pelo aprendiz com o professor formador.

Page 14: Pedagogia da autonomia

1.9 – Ensinar exige o reconhecimento e assunção da identidade cultural

Só há assunção do sujeito, se ele reconhecer em si mesmo, a possibilidade de mudar.

A educação tem que reconhecer a legítima raiva, que protesta contra as injustiças, contra a deslealdade, o desamor, contra a exploração e a violência.

A assunção do sujeito é incompatível com o treinamento pragmático ou com o elitismo autoritário, dos que se pensam donos da verdade e do saber articulado.

- Identidade cultural - deve ser assumida e respeitada pelo educador

Page 15: Pedagogia da autonomia

CAPÍTULO II

ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO

2.1 - Ensinar exige consciência do inacabado

2.2 – Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado- Somos seres inacabados, por isso condicionados (e não determinados.A diferença entre ser condicionado e ser determinado é que o primeiro, a partir

de sua consciência como inacabado (adquiriu esta consciência histórica e socialmente), e o ser determinado não tem tal consciência.

2.3 – Ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando

- Importância na avaliação da prática. Nos faz discordar do discurso fatalista

2.4 – Ensinar exige bom senso

Page 16: Pedagogia da autonomia

2.5 – Ensinar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos do educando

2.6 – Ensinar exige apreensão da realidade 2.7 – Ensinar exige alegria e esperança 2.8 – Ensinar exige a convicção de que a

mudança é possível 2.9 – Ensinar exige curiosidade Nenhuma curiosidade se sustenta

eticamente no exercício da negação da outra curiosidade. Minha curiosidade não tem o direito de invadir a privacidade do outro e expô-la aos demais.

Page 17: Pedagogia da autonomia

TIVERMOS CONSCIÊNCIA QUE SOMOS SERES HISTÓRICOS INACABADOS (CONSC. JÁ É AUTONOMIA);

OPTARMOS POR UMA PRÁTICA ÉTICA (TRANSGREDÍ-LA); RECONHECERMOS QUE SOMOS SERES

CONDICIONADOS MAS NÃO DETERMINADOS;

SENTE-SE INACABADO; FAZENDO NÃO SE PERCEBE COMO INACABADO; HISTÓRIA; QUER INSERIR-SE NO COMO SER HISTÓRICO; SE ADAPTA MUNDO C/ O OUTRO; AO MUNDO; PORTANTO É ESPERANÇOSO E TENTA É SEM ESPERANÇA; TRANSFORMAR SUA REALI//E SEM POSSIBILIDADES; COLETIVA DE MUDANÇAS

A AUTONOMIA PEDAGÓGICADOCENTE ACONTECERÁ QUANDO:

Page 18: Pedagogia da autonomia

CAPÍTULO 3

ENSINAR É UMA ESPECIFICIDADE HUMANA3.1 - Ensinar exige segurança, competência profissional

e generosidade3.2 – Ensinar exige comprometimento3.3 – Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo3.4 – Ensinar exige liberdade e autoridade3.5 – Ensinar exige tomada consciente de decisões3.6 – Ensinar exige saber escutar3.7 – Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica3.8 – Ensinar exige disponibilidade para o diálogo

3.9 - Ensinar exige querer bem aos educandos

Page 19: Pedagogia da autonomia

COMBATERMOS A IDEOLOGIA DOMINANTE

FATALISTA – NEGARMOS A INEXORABILIDADE (TENTA ADAPTAR O ALUNO A ESTA REALIDADE);

TIVERMOS A CAPACIDADE DE NOS INDIGNAR = JUSTA RAIVA;

PENSAMOS E ENSINAMOS A PENSAR CERTO;

MATERIALIZAMOS NO ESPAÇO A ÉTICA E A ESTÉTICA (BONITEZA E RESPEITO/CUIDADOS PED.)

A AUTONOMIA PEDAGÓGICADOCENTE ACONTECERÁ

QUANDO:

Page 20: Pedagogia da autonomia

DOCENTES AMOROSIDADE; GENEROSIDADE; HUMILDADE; COMPETÊNCIA E

RIGOROSIDADE METOD.; FLEXIBILIDADE; ESCUTA; PRÁTICA

PROGRESSISTA; DIÁLOGO SOBRE OS

SABERES (SENSO COMUM);

REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A PRÁTICA (DIALÉTICA SOBRE O FAZER E O PENSAR SOBRE O FAZER);

ACHA POSSÍVEL A MUDANÇA;

TEM AUTORI//E E LIBER//E;

NO ENSINO DOS CONTEÚDOS, TEM TESTEMUNHO ÉTICO (O QUE DIGO E QUE FAÇO/O QUE PAREÇO SER E O QUE SOU);

TRAZ O ALUNO P/ O MOVIMENTO DO SEU PENSAMENTO;

P/ A MUDANÇA, TEM COMO PONTO DE PARTIDA A REBELDIA (AÇÃO POL.PED.);

NÃO IMPÕE SEU SABER; FAZ CONSTANTE LEITURA

DE MUNDO.

Page 21: Pedagogia da autonomia

ENSINAR EXIGEAPRENDER P/ TRANSFORMAR A REALIDADE

FORMAÇÃO PERMANENTE;

RECONHECER QUE NÃO EXISTE ENSINAR S/ APRENDER (APRENDER VEM ANTES DE ENSINAR);

REFORÇAR A CAPACI//E CRÍTICA E A CURIOSIDADE (CUR. INGÊNUA E CRÍTICA – RESULTA );

NÃO ROMPE COM O VELHO CONHECIMENTO, MAS SIM, SUPERA;

RETIFICA/RATIFICA SABERES (SEM ISSO, A TEORIA FICA VAZIA E A PRÁT. ATIVISTA);

RECONHECE QUE ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO;

USA O BOM SENSO COMO PRÁTICA DE VIDA;

EXERCITA O “PENSAR CERTO”

Page 22: Pedagogia da autonomia

DEFINIÇÕES:

Formar é muito mais do que treinar no desempenho de destrezas.

Ideologia neoliberal = pensamento fatalista, e recusa o sonho e a utopia.

Legítima raiva = quando não aceito injustiças. Cometemos erro quando nosso ponto de vista é absoluto e

não conseguimos perceber, que mesmo estando certo, nem sempre a razão ética estará com ele (o terrorismo fere a ética universal).

Ética universal do ser humano – condena o cinismo do discurso, condena a exploração da força do trabalho, condena o acusar por ouvir dizer, que falseia a verdade.

Ética verdadeira é negada nos comportamentos imorais e perversão hipócrita da pureza em puritanismo. É afrontada na manifestação discriminatória de raça, gênero e classe.

Ética universal do ser humano – ética enquanto marca da natureza humana, algo indispensável à convivência humana.

Cognoscível – que se pode conhecer.