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ELEMENTAR I Até 225 pontos DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS 25 50 75 100 125 150 175 200 225 Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DA ESCRITA ESTRATÉGIAS DE LEITURA PROCESSAMENTO DO TEXTO 1 Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Page 1: PE SAEPE 2015 NÍVEIS LP 3EM...Nivel 1 - até 225 pontos Níveis de Desempenho » Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônica e em fragmento de

ELEMENTAR I

Até 225 pontos

DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS 25 50 75 100 125 150 175 200 225

Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas

APROPRIAÇÃO DO

SISTEMA DA ESCRITA

ESTRATÉGIAS

DE LEITURA

PROCESSAMENTO

DO TEXTO

1

Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

Page 2: PE SAEPE 2015 NÍVEIS LP 3EM...Nivel 1 - até 225 pontos Níveis de Desempenho » Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônica e em fragmento de

Nivel 1 - até 225 pontos

Níveis de Desempenho

» Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em

crônica e em fragmento de romance.

» Reconhecer a causa de ação de personagem em fragmento de um romance.

» Inferir características de personagem em fábulas.

» Inferir informação a respeito do eu lírico em letra de música.

» Inferir o sentido de palavra, o sentido de expressão em letra de música.

» Identifi car o assunto principal em reportagens.

» Reconhecer expressões características da linguagem (científi ca, jorna-

lística etc.) e a relação entre expressão e seu referente em reportagens

e artigos de opinião.

» Inferir o efeito de sentido de expressão e opinião em crônicas e reportagens.

» Inferir o efeito do uso de notação na fala de personagem em tirinha.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi carem efeitos de sen-

tido decorrente do uso de pontuação e outras notações.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.telaquente.com.br>. Acesso em: 21 mar. 2010. (P120098ES_SUP)

(P120098ES) Nesse texto, os balões indicam que o personagem estáA) cantando.B) cochichando.C) conversando.D) pensando.E) soletrando.

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relação de

causa e consequência entre partes de um texto. Nesse caso, o suporte do item

apresenta o fragmento de um romance, em que o narrador em primeira pessoa

relata os transtornos causados pelas goteiras em dias de chuva na casa onde

morava na infância, o que, na visão do menino, eram momentos divertidos.

Um ponto de dificuldade para a resolução desse item pode ser o fato de

essa relação causal ocorrer de forma implícita no texto, ou seja, sem marcas lin-

guísticas evidentes, o que exige do estudante refinamento da leitura.

Dessa forma, os respondentes que acertaram o item, marcando a alternativa

A, conseguiram compreender, a partir do entendimento global do texto, que o

aparecimento das goteiras era a causa da correria da casa.

Leia o texto abaixo.

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10

15

Chuva

Quando chovia, no meu tempo de menino, a casa virava um festival de goteiras. Eram pingos do teto ensopando o soalho de todas as salas e quartos. Seguia-se um corre-corre dos diabos, todo mundo levando e trazendo baldes, bacias, panelas, penicos e o que mais houvesse para aparar a água que caía e para que os vazamentos não se transformassem numa inundação. Os mais velhos fi cavam aborrecidos, eu não entendia a razão: aquilo era uma distração das mais excitantes.

E me divertia a valer quando uma nova goteira aparecia, o pessoal correndo para lá e para cá, e esvaziando as vasilhas que transbordavam, os diferentes ruídos das gotas d’água retinindo no vasilhame, acompanhados do som oco dos passos em atropelo nas tábuas largas do chão, formavam uma alegre melodia, às vezes enriquecida pelas sonoras pancadas do relógio de parede dando horas.

Passado o temporal, meu pai subia ao forro da casa pelo alçapão, o mesmo que usávamos como entrada para a reunião de nossa sociedade secreta. Depois de examinar o telhado, descia, aborrecido. Não conseguia descobrir sequer uma telha quebrada, por onde pudesse penetrar tanta água da chuva, como invariavelmente acontecia. Um mistério a mais naquela casa cheia de mistérios.

SABINO, Fernando. Chuva. In: O menino no espelho. (T026_SUP)

(L1D01I0131) De acordo com esse texto, a correria pela casa era provocada A) pelas goteiras da chuva.B) pelas pancadas do relógio.C) pelas telhas quebradas.D) pelos mistérios da casa. E) pelos ruídos das gotas.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Leia o texto abaixo.

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10

15

Chuva

Quando chovia, no meu tempo de menino, a casa virava um festival de goteiras. Eram pingos do teto ensopando o soalho de todas as salas e quartos. Seguia-se um corre-corre dos diabos, todo mundo levando e trazendo baldes, bacias, panelas, penicos e o que mais houvesse para aparar a água que caía e para que os vazamentos não se transformassem numa inundação. Os mais velhos fi cavam aborrecidos, eu não entendia a razão: aquilo era uma distração das mais excitantes.

E me divertia a valer quando uma nova goteira aparecia, o pessoal correndo para lá e para cá, e esvaziando as vasilhas que transbordavam, os diferentes ruídos das gotas d’água retinindo no vasilhame, acompanhados do som oco dos passos em atropelo nas tábuas largas do chão, formavam uma alegre melodia, às vezes enriquecida pelas sonoras pancadas do relógio de parede dando horas.

Passado o temporal, meu pai subia ao forro da casa pelo alçapão, o mesmo que usávamos como entrada para a reunião de nossa sociedade secreta. Depois de examinar o telhado, descia, aborrecido. Não conseguia descobrir sequer uma telha quebrada, por onde pudesse penetrar tanta água da chuva, como invariavelmente acontecia. Um mistério a mais naquela casa cheia de mistérios.

SABINO, Fernando. Chuva. In: O menino no espelho. (T026_SUP)

(L1D01I0119) De acordo com esse texto, o pai subia ao telhado paraA) aborrecer aos mais velhos.B) aparar a água.C) distrair o menino.D) evitar os vazamentos.E) descobrir os vazamentos.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes localizarem uma informação

explícita em um texto.

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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ELEMENTAR II

De 225 a 270 pontos

DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS 225 250 275

Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas

APROPRIAÇÃO DO

SISTEMA DA ESCRITA

ESTRATÉGIAS

DE LEITURA

PROCESSAMENTO

DO TEXTO

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Nível 2 - de 225 a 250 pontos

» Localizar informações explícitas em fragmentos de romances, crônicas

e texto didático.

» Identificar tema e assunto em poemas e charges, relacionando elemen-

tos verbais e não verbais.

» Identificar elementos da narrativa em história em quadrinhos.

» Reconhecer a finalidade de recurso gráfico em artigos.

» Reconhecer o sentido estabelecido pelo uso de expressões, de pon-

tuação, de conjunções em poemas, charges, fragmentos de romances

e em anedota.

» Inferir o sentido de palavra em letras de música e reportagens.

» Reconhecer relações de causa e consequência e características de per-

sonagens em lendas e fábulas.

» Reconhecer recurso argumentativo em artigos de opinião.

» Inferir efeito de sentido da repetição de expressões em crônicas.

» Inferir causa da ação de um personagem em tirinha.

» Reconhecer o objetivo comunicativo de reportagem.

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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Leia os textos abaixo.

Texto 1

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Origem dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos se originaram em Olímpia (Grécia antiga) em meados de 776 a.C., onde existem registros em pedra nas ruínas do templo de Hera que comprovam esta data. Naquele período, os jogos eram realizados aos deuses gregos, sendo que Zeus era o mais homenageado, pois na cidade havia um grande templo em homenagem a ele e quando esses jogos ocorriam Zeus era chamado Zeus Olímpico.

Como os jogos eram realizados no templo de Zeus, não era permitida a entrada de mulheres no local, somente homens participavam e assistiam ao evento. Os homens que participavam dos jogos eram escolhidos após rígidas investigações de conduta, sendo que qualquer violação era motivo para que esse fosse punido severamente. Ainda, os participantes chegavam ao templo de Zeus antes da data em que os jogos se iniciavam, pois era obrigatório que os participantes se preparassem físico e espiritualmente para as competições.

Apesar dos jogos serem de caráter religioso, também eram utilizados para apregoar a paz e a harmonia entre os gregos. Para os vencedores das competições, eram entregues uma coroa, alimentação gratuita por toda a sua vida, garantia de seu lugar em teatros e o título de herói de sua cidade.

Com a invasão romana sobre os gregos, os Jogos Olímpicos foram perdendo sua força e sua identidade. Os jogos então eram realizados entre escravos e animais selvagens, o que foi proibido em 392 d.C. pelo imperador romano Theodosius I quando se converteu ao cristianismo, proibindo também toda e qualquer manifestação pagã na Grécia.

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacaofi sica/origem-dos-jogos-olimpicos.htm>. Acesso em: 27 jul. 2012.

Texto 2

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Jogos Olímpicos 2012

Os Jogos Olímpicos 2012 decorrem em Londres, de 27 de julho a 12 de agosto. Nos Jogos Olímpicos 2012 vão estar em competição 29 modalidades de 26 desportos diferentes, com a presença de mais 10 500 atletas. Os bilhetes para os Jogos Olímpicos 2012 custam entre 23 e 2360 euros e começaram a ser vendidos a partir de março de 2011.

O Estádio Olímpico de Londres é um dos pontos centrais do Parque Olímpico que vão promover a sustentabilidade e ecologia. A preservação do ambiente é um dos temas principais dos Jogos Olímpicos 2012, com a utilização de materiais amigos do ambiente e a plantação de diversas árvores.

Os Jogos Olímpicos 2012 têm duas mascotes, Wenlock e Mandeville. Londres já havia acolhido os Jogos Olímpicos em 1908 e em 1949.

Disponível em: <http://www.online24.pt/jogos-olimpicos-2012/>. Acesso em: 27 jul. 2012.

(P120247ES_SUP)(P120248ES) De acordo com o Texto 1, após a invasão romana à Grécia, os jogos passaram a ser entreA) as mulheres e os imperadores romanos.B) as mulheres gregas. C) os homens e os deuses.D) os deuses olímpicos. E) os escravos e os animais selvagens.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes localiza-

rem uma informação explícita em um texto. Nesse caso, o

suporte em análise é um texto didático, que fornece dados

históricos acerca da origem dos jogos olímpicos.

Para realizar a tarefa, é necessário que os estudantes

consigam identificar qual a configuração dos jogos olímpi-

cos após os romanos invadirem a Grécia. Tal informação

está presente no início do último parágrafo do texto, mas se

apresenta de forma parafraseada no item, o que possivel-

mente marca maior sofisticação na tarefa.

Dessa forma, os respondentes que marcaram a opção

E demonstraram ter desenvolvido a habilidade em questão,

pois identificaram no suporte textual a informação solicitada

pelo comando.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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De 270 a 305 pontos

BÁSICO

DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS 250 275 300 325

Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas

APROPRIAÇÃO DO

SISTEMA DA ESCRITA

ESTRATÉGIAS

DE LEITURA

PROCESSAMENTO

DO TEXTO

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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Nível 3 - de 250 a 275 pontos

» Localizar informações explícitas em crônicas, fábulas e em reportagem.

» Identificar os elementos da narrativa em letras de música e fábulas e o

narrado em primeira pessoa em fragmento de romance.

» Reconhecer a finalidade de abaixo-assinado e verbetes.

» Reconhecer relação entre pronomes e seus referentes e relações de

causa e consequência em fragmentos de romances, diários, crônicas,

reportagens e máximas (provérbios).

» Inferir tema e ideia principal em notícias, crônicas e poemas.

» Inferir o sentido de palavra ou expressão em história em quadrinhos,

poemas e fragmentos de romances.

» Comparar textos de gêneros diferentes que abordem o mesmo tema.

» Reconhecer a ideia comum entre textos de gêneros diferentes e a ironia

em tirinhas.

» Interpretar o sentido de conjunções, de advérbios e as relações entre

elementos verbais e não verbais em tirinhas, fragmentos de romances,

reportagens e crônicas.

» Reconhecer relações de sentido estabelecidas por conjunções ou locu-

ções conjuntivas em letras de música e crônicas.

» Reconhecer o uso de expressões características da linguagem (cientí-

fica, profissional etc.), marcas linguísticas que evidenciam o locutor em

reportagem e a relação entre pronome e seu referente em artigos e

reportagens.

» Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal em notícias

e charges.

» Reconhecer o trecho que caracteriza uma opinião em entrevista.

» Inferir efeito de humor em tirinha.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Leia o texto abaixo.

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A hora da estrela

Pretendo, como já insinuei, escrever de modo cada vez mais simples. Aliás o material de que disponho é parco e singelo demais, as informações sobre os personagens são poucas e não muito elucidativas, informações essas que penosamente me vêm de mim para mim mesmo, é trabalho de carpintaria.

Sim, mas não esquecer que para escrever não-importa-o-quê o meu material básico é palavra. Assim é que esta história será feita de palavras que se agrupam em frases e destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases. É claro que, como todo escritor, tenho a tentação de usar termos suculentos: conheço adjetivos esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios que atravessam agudos o ar em vias de ação, já que palavra é ação, concordais? Mas não vou enfeitar a palavra pois se eu tocar no pão da moça esse pão se tornará em ouro – e a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de fome. Tenho então que falar simples para captar a sua delicada e vaga existência. Limito-me a humildemente – mas sem fazer estardalhaços de minha humildade que já não seria humilde – limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela. Ela que devia ter fi cado [...] sem nenhuma datilografi a, [...] a tia é que lhe dera um curso ralo de como bater à máquina. E a moça ganhara uma dignidade: era enfi m datilógrafa.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 23. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 24. Fragmento. (P120339G5_SUP)

(P120339G5) Qual trecho desse texto apresenta uma marca do narrador em primeira pessoa?A) “Pretendo, como já insinuei, escrever de modo cada vez mais simples.”. (ℓ. 1)B) “Assim é que esta história será feita de palavras que se agrupam...”. (ℓ. 6)C) “... destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases.”. (ℓ. 7)D) “... a tia é que lhe dera um curso ralo de como bater à máquina.”. (ℓ. 16)E) “E a moça ganhara uma dignidade: era enfi m datilógrafa.”. (ℓ. 16-17)

Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o conflito ge-

rador do enredo ou os elementos de uma narrativa.

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a finalidade de

diferentes gêneros textuais. Nesse caso, o texto utilizado como suporte é um tex-

to expositivo, que discorre acerca do choro do bebê, publicado em uma página

eletrônica sobre cuidados infantis.

Pela estrutura estável do texto, em que há predomínio da função referencial

e uso da linguagem objetiva, o reconhecimento do objetivo comunicativo, indica-

do pela alternativa B, não apresenta elementos dificultadores.

Leia o texto abaixo.

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15

O choro do bebê

A primeira coisa que o bebê faz logo que nasce é chorar. Essa situação é deveras importante, na medida em que, graças ao primeiro choro, ocorre a transição da circulação fetoplacentária para a respiração independente.

O choro permite ao bebê inspirar o ar, expandir os pulmões e realizar as trocas gasosas que asseguram o efi caz funcionamento do seu organismo e a adaptação à vida extrauterina.

Nesse sentido, o choro é normal nos bebês ainda que seja, frequentemente, causa de ansiedade e desespero de muitos pais e famílias.

O bebê é incapaz de dizer o que precisa ou o que sente, recorrendo, dessa forma, a sinais corporais, como mexer os pés e as mãos energeticamente, virando constantemente a cabeça, entre outros.

No entanto, o choro é o melhor instrumento de comunicação que o bebê possui, permitindo-lhe chamar a atenção do meio que o envolve do modo mais rápido e efi caz.

Nas primeiras semanas, os pais sentem maior difi culdade em decodifi car o choro do seu bebê, mas com o tempo e à medida em que vão interagindo com o fi lho, aprendem a reconhecer certas diferenças no choro e a agir de acordo com as necessidades do bebê.

Disponível em: <http://saudeinfantilfeira.blogspot.com/2007/12/o-choro-do-beb.html>. Acesso em: 25 mar. 2010.

*Adaptado: Reforma Ortográfi ca. (P120182ES_SUP)

(P120182ES) O objetivo comunicativo desse texto éA) alertar sobre um fato.B) dar uma informação.C) defender um ponto de vista.D) divulgar uma pesquisa.E) noticiar um acontecimento.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes distinguirem fato de uma opinião.

Leia o texto abaixo.

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O múltiplo projetado de Alceu

Alceu é daqueles que, prontamente, deixam revelar a metáfora de si mesmos, ainda que talvez nem saiba disso. Pois é assim, de uma maneira muito solta, que ele se apresenta: como um artista circense imerso nas “coxias” de sua casa, um sobrado perto da prefeitura e do coração de Olinda, ao receber a reportagem da Revista da Cultura. [...]

Na entrevista a seguir, o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta, neste fi lme estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes [...].

Você passou 15 anos maturando o fi lme A luneta do tempo. Sabia todas as falas decoradas, estudou direção, roteiro e montagem [...]. Pode-se dizer que você nutriu uma obsessão nesse projeto?

Sou obsessivo a vida toda. Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo. [...] Quando estou em qualquer projeto, fi co obsessivo. No projeto de um fi lme, como esse que realizei, isso ocorreu em várias etapas. Fui inventando histórias, e elas iam se modifi cando; e isso começou quando meu pai morreu. Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias. Um dia, ele contou que, quando era estudante da Faculdade de Direito do Recife, um colega chegou dos Correios dizendo que Lampião havia morrido. [...] Daí veio todo um universo de coisas. Não só essa história, mas tudo o que ele contava na minha infância. [...]

Os textos que surgiam eram em prosa, cordel...?De princípio, era uma coisa ritmada. Era um cordel, mas não exatamente. Não era

com sextilhas etc. Às vezes, o verso podia ser um pouco mais solto. Mas também não estava escrevendo simplesmente cordel, simplesmente poesia. Foram uns três anos nessa brincadeira. Escrevendo coisas, coisas, coisas... [...]

Então você começou a tocar o fi lme sozinho.[...] Então, cinco anos depois do enterro do meu pai, decidi virar diretor do meu fi lme.

Comecei a comprar livros de autores estrangeiros. Estudei roteiro, direção e montagem. Tive aulas com Alessandra Alves [...]. Ela se propôs a dar aulas, chegou a me dar umas 10 a 15 aulas, mas parei. Justifi quei que não queria parecer com ninguém. Eu sou eu, quero mais não, disse. Passei a ver muitos fi lmes. Me tornei um cineasta autodidata. [...]

E com a obra, já acabada, você entende que ela correspondeu aos seus anseios íntimos?

Total, atendeu... Mas, quando todo mundo dizia que o fi lme estava pronto, eu dizia que não. Também fi z a edição do meu fi lme. [...] Fui montando e, num dia, disse: “Alea jacta est”. Essa era uma frase que papai dizia, acho que é de Júlio César, ‘a sorte está lançada’. [...]

DIAS, Rafael. Disponível em: <http://www.revistadacultura.com.br/resultado/15-02-05/O_m%C3%BAltiplo_projetado_de_Alceu.aspx>.

Acesso em: 7 jan. 2015. Fragmento. (P120342G5_SUP)

(P120344G5) Qual trecho desse texto caracteriza uma opinião: A) “... imerso nas ‘coxias’ de sua casa, um sobrado perto da prefeitura...”. (ℓ. 3)B) “... o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta,...”. (ℓ. 5)C) “Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo.”. (ℓ. 10)D) “Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias.”. (ℓ. 13)E) “Comecei a comprar livros de autores estrangeiros.”. (ℓ. 24)

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi carem efeitos de

humor no texto.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.lpm-blog.com.br/wp-content/uploads/2013/01/snoopy_saudades.jpg>. Acesso em: 9 dez. 2014. (P120351G5_SUP)

(P120351G5) Esse texto é engraçado porqueA) o cachorro escreve uma carta de amor sem destinatário. B) o cachorro está no teto de sua casa. C) o cachorro usa uma máquina de escrever. D) o menino elogia a carta do cachorro. E) o menino quer saber para quem o cachorro está escrevendo.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem semelhan-

ças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos que tra-

tem da mesma temática.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

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10

15

20

Origem dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos se originaram em Olímpia (Grécia antiga) em meados de 776 a.C., onde existem registros em pedra nas ruínas do templo de Hera que comprovam esta data. Naquele período, os jogos eram realizados aos deuses gregos, sendo que Zeus era o mais homenageado, pois na cidade havia um grande templo em homenagem a ele e quando esses jogos ocorriam Zeus era chamado Zeus Olímpico.

Como os jogos eram realizados no templo de Zeus, não era permitida a entrada de mulheres no local, somente homens participavam e assistiam ao evento. Os homens que participavam dos jogos eram escolhidos após rígidas investigações de conduta, sendo que qualquer violação era motivo para que esse fosse punido severamente. Ainda, os participantes chegavam ao templo de Zeus antes da data em que os jogos se iniciavam, pois era obrigatório que os participantes se preparassem físico e espiritualmente para as competições.

Apesar dos jogos serem de caráter religioso, também eram utilizados para apregoar a paz e a harmonia entre os gregos. Para os vencedores das competições, eram entregues uma coroa, alimentação gratuita por toda a sua vida, garantia de seu lugar em teatros e o título de herói de sua cidade.

Com a invasão romana sobre os gregos, os Jogos Olímpicos foram perdendo sua força e sua identidade. Os jogos então eram realizados entre escravos e animais selvagens, o que foi proibido em 392 d.C. pelo imperador romano Theodosius I quando se converteu ao cristianismo, proibindo também toda e qualquer manifestação pagã na Grécia.

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/educacaofi sica/origem-dos-jogos-olimpicos.htm>. Acesso em: 27 jul. 2012.

Texto 2

5

10

Jogos Olímpicos 2012

Os Jogos Olímpicos 2012 decorrem em Londres, de 27 de julho a 12 de agosto. Nos Jogos Olímpicos 2012 vão estar em competição 29 modalidades de 26 desportos diferentes, com a presença de mais 10 500 atletas. Os bilhetes para os Jogos Olímpicos 2012 custam entre 23 e 2360 euros e começaram a ser vendidos a partir de março de 2011.

O Estádio Olímpico de Londres é um dos pontos centrais do Parque Olímpico que vão promover a sustentabilidade e ecologia. A preservação do ambiente é um dos temas principais dos Jogos Olímpicos 2012, com a utilização de materiais amigos do ambiente e a plantação de diversas árvores.

Os Jogos Olímpicos 2012 têm duas mascotes, Wenlock e Mandeville. Londres já havia acolhido os Jogos Olímpicos em 1908 e em 1949.

Disponível em: <http://www.online24.pt/jogos-olimpicos-2012/>. Acesso em: 27 jul. 2012.

(P120247ES_SUP)(P120247ES) Em relação aos Jogos Olímpicos, o Texto 1 A) aborda o tema do ponto de vista histórico e o Texto 2 do ponto de vista informativo.B) aponta a festividade religiosa dos jogos e o Texto 2 as datas em que ocorreram. C) apresenta a importância dos deuses de Olímpia e o Texto 2 os homenageia.D) informa sobre as características dos Jogos Olímpicos e o Texto 2 as comprova.E) retrata a importância dos imperadores e o Texto 2 a das mascotes olímpicas.

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

Page 15: PE SAEPE 2015 NÍVEIS LP 3EM...Nivel 1 - até 225 pontos Níveis de Desempenho » Localizar informação explícita a respeito da ação de personagem em crônica e em fragmento de

Nível 4 - de 275 a 300 pontos

» Localizar informações explícitas em artigos de opinião e crônicas.

» Identificar finalidade e elementos da narrativa em fábulas e contos.

» Identificar a finalidade de relatórios científicos.

» Determinar informação comum entre um artigo de opinião e uma tirinha.

» Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo assunto em reportagens,

contos e enquetes.

» Reconhecer opiniões divergentes sobre o mesmo tema em diferentes

textos.

» Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunções, a relação

de causa e consequência e entre pronomes e seus referentes em frag-

mentos de romances, fábulas, crônicas, artigos de opinião e reporta-

gens.

» Reconhecer o sentido de expressão e de variantes linguísticas em letras

de música, tirinhas, poemas e fragmentos de romances.

» Inferir tema, tese e ideia principal em contos, letras de música, editoriais,

reportagens, crônicas, artigos, em resenha e em entrevista.

» Reconhecer o tema de uma crônica e assunto em reportagem.

» Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em charges

e história em quadrinhos.

» Inferir informações em fragmentos de romance e ação de personagem

em história em quadrinhos e em tirinha.

» Inferir o efeito de sentido da pontuação e da polissemia como recurso

para estabelecer humor ou ironia em tirinhas, anedotas e contos.

» Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfos-

sintáticos em contos, artigos, crônicas e em romance.

» Inferir informação e o efeito de sentido produzido por expressão em

reportagens e tirinhas.

» Reconhecer variantes linguísticas em artigos.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://www.turmadamonica.com.br/index.htm>. Acesso em: 17 fev. 2011. (P120647ES_SUP)

(P121235ES) No fi nal desse texto, infere-se que o personagemA) desejou modifi car seu corpo.B) desmereceu o refl exo do espelho.C) foi enganado pelo espelho.D) gostou muito de sua aparência.E) sentiu alívio por ser diferente.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem textos não

verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relação de

causa e consequência entre partes de um texto.

Leia o texto abaixo.

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Das estrelas ao GPS

Atualmente, é muito mais fácil viajar do que era no passado. As viagens foram facilitadas tanto pelo desenvolvimento de novas tecnologias como pelo aumento do próprio número de viagens, o que levou a seu barateamento e tornou-as mais acessíveis para grande parte da população.

Antes do advento dos aviões a jato, as viagens aéreas para grandes distâncias eram algo penoso, principalmente por conta da pequena autonomia das aeronaves. Em qualquer viagem, mesmo dentro do Brasil, era preciso fazer várias escalas para abastecê-las. Hoje, os aviões de passageiros são capazes de viajar mais de 10 mil km sem necessidade de abastecimento.

Uma das coisas mais importantes em qualquer viagem é conhecer bem a rota e saber se a está seguindo corretamente. Desde a antiguidade, o homem criou várias formas de se orientar e encontrar os caminhos certos em suas viagens, que antes de serem simplesmente para as férias de verão, carregavam a missão de descoberta e exploração.

A melhor tecnologia disponível hoje para determinar a posição exata de um ponto é o GPS – sigla de Global Positioning System. Em Português, Sistema de Posicionamento Global. O sistema utiliza satélite com relógios atômicos perfeitamente sincronizados, com precisão de um nanossegundo (uma fração de um bilhão de um segundo), o que permite a localização de um objeto com margem de erro de apenas 15 metros.

O GPS é amplamente utilizado em embarcações e aviões. Com o barateamento dessa tecnologia, fi cou acessível também para os motoristas de automóveis – custa menos do que algumas centenas de reais. Com o equipamento, é mais fácil navegar pelas ruas e estradas, pois ele permite traçar as rotas mais rápidas ou mais curtas, o que é muito útil nas grandes cidades. [...]

OLIVEIRA, Adilson de. Departamento de Física Universidade Federal de São Carlos. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/fi sica-sem-misterio/das-estrelas-ao-gps#>. Acesso em: 16 dez. 2010. Fragmento. (P120726ES_SUP)

(P120726ES) De acordo com esse texto, é mais fácil navegar pelas estradas com o GPS porque esse aparelhoA) é muito útil nas grandes cidades.B) é utilizado em embarcações.C) está mais acessível a motoristas.D) permite traçar rotas mais rápidas.E) tem tecnologia avançada.

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Língua Portuguesa - 3º ano do Ensino Médio SAEPE 2015

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Leia os textos abaixo.

Texto 1

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Sobre o heroísmo e seu signifi cado na sociedade contemporânea

Todos nós temos fascínio por pessoas que agregam à sua condição prefi xos superlativos: superdesportista, megaempresário. Comuns mortais que somos, mitifi camos aqueles que representam o que gostaríamos de ser em força, inteligência, beleza, generosidade, desapego.

Nem todo mito, porém, destaca-se por feitos dignos de se tornarem roteiro para o cinema. Ações heroicas ocorrem cotidianamente, na maioria das vezes de forma anônima e silenciosa. Pais que sacrifi cam sonhos para dar aos fi lhos uma boa formação; fi lhos que adiam planos para tornar a velhice de seus pais menos dolorosa são singelos exemplos de heroísmo doméstico. [...]

E por que atos heroicos nos encantam e surpreendem? Talvez porque nos mobilizemos mais com o bem do que com o mal; talvez porque os fi nais felizes, como nos contos de fadas, estejam em nosso DNA. Ou, quem sabe, porque estejamos tão brutalizados pela crueza da realidade, que gestos que a contrariem representem a esperança de que necessitamos para continuar acreditando em nossa humana condição.

De todo modo, em cada um de nós mora um herói em potencial que, sem capa ou escudo mágico, pode fazer a diferença usando apenas coração e mente.

Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red101b1.htm>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento.

Texto 2

Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-H42KfDGRacM/UFOhnopw7AI/AAAAAAAAA0Q/GVPvZlawcXI/s1600/tira29.gif>. Acesso em: 10 dez. 2014.

(P120347G5_SUP)

(P120347G5) Esses textos têm em comum a referênciaA) à atração pela ideia de heroísmo.B) ao cuidado dos pais com os fi lhos. C) ao fi nal feliz dos contos de fadas. D) aos personagens com superpoderes. E) às atitudes motivadas pelo coração.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem semelhan-

ças e/ou diferenças de ideias e opiniões na comparação entre textos que tra-

tem da mesma temática.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o tema de um

texto. Como suporte para a tarefa foi utilizada uma reportagem, que apresenta

a relação das melhores praias brasileiras segundo um site de viagens.

O assunto é o eixo sobre o qual o texto se estrutura e sua percepção é

uma das habilidades mais essenciais para a leitura. Nesse texto, o título aponta

para o assunto abordado, o que pode facilitar a identificação do gabarito, além

de ser percebido pela síntese das informações do texto. Na sequência, é pre-

ciso selecionar, entre as alternativas, aquela que sintetiza a temática abordada,

apontando, assim, letra B como gabarito.

Leia o texto abaixo.

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Três praias de Pernambuco estão entre as dez melhores do BrasilAlém de Pernambuco, o TripAdvisor lista os estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro,

Rio Grande do Norte e Santa Catarina como os principais destinos da temporada

Janeiro, verão, férias. A combinação dessas palavras-chave leva o turista a procurar por praias paradisíacas. Uma maneira de encontrá-la é tendo como base o Traveller’s Choice, premiação concedida pelo TripAdvisor, considerado o maior site de viagens do mundo. Para decidir o seu destino, vale uma olhada no ranking ofi cial, no qual aparecem os estados de Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina, além de Pernambuco. Na última listagem, o estado pernambucano emplacou três praias entre as mais belas do país, sendo duas delas em primeiro e segundo lugar.

Levando a medalha de ouro, vem a Baía do Sancho, no arquipélago de Fernando de Noronha. “Realmente espetacular, tanto na trilha no penhasco lá em cima ou na praia mesmo. Idílico”, é o que diz um dos depoimentos divulgados no site. [...] Em segundo lugar, aparece a Praia dos Carneiros, no município de Tamandaré, no Litoral Sul do estado. [...]

O outro candidato pernambucano da lista também pertence ao arquipélago de Fernando de Noronha. Em quarto lugar, a Baía dos Porcos é para quem quer relaxar distante da civilização. Enquanto o resultado do Travellers’ Choice 2015 não vem à tona, os usuários do TripAdvisor seguem avaliando praias, entre outros atrativos turísticos mundo afora. [...]

Disponível em: <http://www.diariodepernambuco.com.br/app/46,15/2015/01/05/interna_turismo,552774/tres-praias-de-pernambuco-estao-

-entre-as-dez-melhores-do-brasil.shtml>. Acesso em: 5 jan. 2015. Fragmento. (P120341G5_SUP)

(P120341G5) Qual é o assunto desse texto?A) A diversidade de estados brasileiros que possuem belas praias.B) A presença de praias pernambucanas na lista das melhores do país.C) As premiações concedidas pelo maior site de viagens do mundo.D) O depoimento de turistas como recurso para o planejamento de viagens.E) Os atrativos turísticos do arquipélago de Fernando de Noronha.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes diferenciarem as informa-

ções principais das secundárias em um texto.

Leia o texto abaixo.

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O múltiplo projetado de Alceu

Alceu é daqueles que, prontamente, deixam revelar a metáfora de si mesmos, ainda que talvez nem saiba disso. Pois é assim, de uma maneira muito solta, que ele se apresenta: como um artista circense imerso nas “coxias” de sua casa, um sobrado perto da prefeitura e do coração de Olinda, ao receber a reportagem da Revista da Cultura. [...]

Na entrevista a seguir, o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta, neste fi lme estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes [...].

Você passou 15 anos maturando o fi lme A luneta do tempo. Sabia todas as falas decoradas, estudou direção, roteiro e montagem [...]. Pode-se dizer que você nutriu uma obsessão nesse projeto?

Sou obsessivo a vida toda. Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo. [...] Quando estou em qualquer projeto, fi co obsessivo. No projeto de um fi lme, como esse que realizei, isso ocorreu em várias etapas. Fui inventando histórias, e elas iam se modifi cando; e isso começou quando meu pai morreu. Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias. Um dia, ele contou que, quando era estudante da Faculdade de Direito do Recife, um colega chegou dos Correios dizendo que Lampião havia morrido. [...] Daí veio todo um universo de coisas. Não só essa história, mas tudo o que ele contava na minha infância. [...]

Os textos que surgiam eram em prosa, cordel...?De princípio, era uma coisa ritmada. Era um cordel, mas não exatamente. Não era

com sextilhas etc. Às vezes, o verso podia ser um pouco mais solto. Mas também não estava escrevendo simplesmente cordel, simplesmente poesia. Foram uns três anos nessa brincadeira. Escrevendo coisas, coisas, coisas... [...]

Então você começou a tocar o fi lme sozinho.[...] Então, cinco anos depois do enterro do meu pai, decidi virar diretor do meu fi lme.

Comecei a comprar livros de autores estrangeiros. Estudei roteiro, direção e montagem. Tive aulas com Alessandra Alves [...]. Ela se propôs a dar aulas, chegou a me dar umas 10 a 15 aulas, mas parei. Justifi quei que não queria parecer com ninguém. Eu sou eu, quero mais não, disse. Passei a ver muitos fi lmes. Me tornei um cineasta autodidata. [...]

E com a obra, já acabada, você entende que ela correspondeu aos seus anseios íntimos?

Total, atendeu... Mas, quando todo mundo dizia que o fi lme estava pronto, eu dizia que não. Também fi z a edição do meu fi lme. [...] Fui montando e, num dia, disse: “Alea jacta est”. Essa era uma frase que papai dizia, acho que é de Júlio César, ‘a sorte está lançada’. [...]

DIAS, Rafael. Disponível em: <http://www.revistadacultura.com.br/resultado/15-02-05/O_m%C3%BAltiplo_projetado_de_Alceu.aspx>.

Acesso em: 7 jan. 2015. Fragmento. (P120342G5_SUP)

(P120343G5) A informação principal desse texto diz respeito A) à cidade natal de Alceu Valença. B) à vida pessoal de Alceu Valença. C) ao fi lme produzido por Alceu Valença. D) aos textos em cordel escritos por Alceu Valença.E) às histórias contadas pelo pai de Alceu Valença.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes interpretarem textos não

verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

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Sobre o heroísmo e seu signifi cado na sociedade contemporânea

Todos nós temos fascínio por pessoas que agregam à sua condição prefi xos superlativos: superdesportista, megaempresário. Comuns mortais que somos, mitifi camos aqueles que representam o que gostaríamos de ser em força, inteligência, beleza, generosidade, desapego.

Nem todo mito, porém, destaca-se por feitos dignos de se tornarem roteiro para o cinema. Ações heroicas ocorrem cotidianamente, na maioria das vezes de forma anônima e silenciosa. Pais que sacrifi cam sonhos para dar aos fi lhos uma boa formação; fi lhos que adiam planos para tornar a velhice de seus pais menos dolorosa são singelos exemplos de heroísmo doméstico. [...]

E por que atos heroicos nos encantam e surpreendem? Talvez porque nos mobilizemos mais com o bem do que com o mal; talvez porque os fi nais felizes, como nos contos de fadas, estejam em nosso DNA. Ou, quem sabe, porque estejamos tão brutalizados pela crueza da realidade, que gestos que a contrariem representem a esperança de que necessitamos para continuar acreditando em nossa humana condição.

De todo modo, em cada um de nós mora um herói em potencial que, sem capa ou escudo mágico, pode fazer a diferença usando apenas coração e mente.

Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red101b1.htm>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento.

Texto 2

Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-H42KfDGRacM/UFOhnopw7AI/AAAAAAAAA0Q/GVPvZlawcXI/s1600/tira29.gif>. Acesso em: 10 dez. 2014.

(P120347G5_SUP)

(P120350G5) No Texto 2, Messias estava mentindo porque A) acreditava que super-heróis existiam. B) afi rmou que seu pai era o super-herói Flying Cat. C) falou que seu pai e Flying Cat nunca estavam juntos. D) fi cou nervoso quando viu seu pai na calçada. E) percebeu que seu pai passou voando por ele.

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Leia o texto abaixo.

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Capítulo CXIX

Quero deixar aqui, entre parênteses, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo. São bocejos de enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem assunto:

Suporta-se com paciência a cólica do próximo.Matamos o tempo; o tempo nos enterra.Um cocheiro fi lósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos

andassem de carruagem.Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de

pau. Esta refl exão é de um joalheiro.Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens, que de um terceiro andar.

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Fragmento. (P100048B1_SUP)

(P100049B1) No trecho “... para enfeitá-lo...” (ℓ. 8), o pronome destacado substitui o termoA) beiço.B) botocudo.C) cocheiro.D) joalheiro.E) pau.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem relações

entre partes de um texto, identificando os recursos coesivos que contribuem

para sua continuidade (substituições ou repetições).

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SAEPE 2015 Revista Pedagógica

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DESEJÁVEL

Acima de 305 pontos

DOMÍNIOS COMPETÊNCIAS 300 325 350 375 400 425 450 475 500

Identifica letras Reconhece convenções gráficas Manifesta consciência fonológica Lê palavras Localiza informação Identifica tema Realiza inferência Identifica gênero, função e destinatário de um texto Estabelece relações lógico-discursivas Identifica elementos de um texto narrativo Estabelece relações entre textos Distingue posicionamentos Identifica marcas linguísticas

APROPRIAÇÃO DO

SISTEMA DA ESCRITA

ESTRATÉGIAS

DE LEITURA

PROCESSAMENTO

DO TEXTO

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Nível 5 - de 300 a 325 pontos

» Localizar informações explícitas em infográficos, reportagens, crônicas e

artigos.

» Localizar a informação principal em reportagens.

» Identificar ideia principal e finalidade em notícias, reportagens e resenhas.

» Identificar a finalidade e a informação principal em notícias.

» Reconhecer características da linguagem (científica, jornalística etc.) em re-

portagens e marcas da oralidade em entrevista.

» Reconhecer variantes linguísticas em contos, notícias e reportagens.

» Reconhecer elementos da narrativa em crônicas.

» Reconhecer argumentos e opiniões em notícias, artigos de opinião e frag-

mentos de romances.

» Identificar o argumento em contos.

» Diferenciar abordagem do mesmo tema em textos de gêneros distintos.

» Inferir informação em contos, crônicas, notícias e charges.

» Inferir sentido de palavras, da repetição de palavras, de expressões, de

linguagem verbal e não verbal e de pontuação em charges, tirinhas, contos,

crônicas, fragmentos de romances e em artigo de opinião.

» Inferir informação, sentido de expressão e o efeito de sentido decorrente

do uso de recursos morfossintáticos em crônicas.

» Inferir o sentido decorrente do uso de recursos gráficos em poemas.

» Inferir o efeito de sentido da linguagem verbal e não verbal e o efeito de

humor em tirinhas.

» Reconhecer a relação entre os pronomes e seus referentes em contos.

» Reconhecer elementos da narrativa em contos.

» Reconhecer o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos morfossin-

táticos e pelo uso de recurso estilístico da antítese em poemas.

» Reconhecer ideia comum e opiniões divergentes sobre o mesmo tema na

comparação entre diferentes textos.

» Reconhecer ironia e efeito de humor em crônicas e entrevistas.

» Reconhecer a relação de causa e consequência em piadas e fragmentos

de romance.

» Comparar poemas que abordem o mesmo tema.

» Diferenciar fato de opinião em contos, artigos, reportagens e em crônica.

» Diferenciar tese de argumentos em artigos, entrevistas e crônicas e reco-

nhecer um argumento utilizado para defender uma ideia em entrevista.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o efeito de

sentido decorrente do emprego de recursos estilísticos e morfossintáticos.

Leia o texto abaixo.

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A namorada Havia um muro alto entre nossas casas.Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail.O pai era uma onça.A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordãoE pinchava a pedra no quintal da casa dela.Se a namorada respondesse pela mesma pedraEra uma glória!Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeiraE então era agonia. No tempo do onça era assim.

BARROS, Manoel de. Tratado geral das grandezas do ínfi mo. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 17. (P120111A9_SUP)

(P120112A9) Nos versos “Era uma glória!” (v. 8) e “E então era agonia.” (v. 10), o emprego das palavras destacadas sugereA) aproximação de ações.B) comparação.C) concordância de ideias. D) exagero.E) oposição de sentimentos.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem

o sentido de uma palavra ou expressão a partir do contexto.

Sendo assim, tão importante quanto entender de que forma

se manifesta o valor polissêmico de um determinado vocá-

bulo, é compreender de que maneira ele está relacionado

ao contexto em que aparece.

Nesse caso, o que dá suporte ao item é um texto argu-

mentativo, que trata das atitudes heroicas na atualidade. Ao

longo do texto, o enunciador utiliza expressões metafóricas

como recursos linguísticos na construção de sua argumen-

tação. Nesse contexto, encontra-se a expressão em análise

no item, já que seria necessário o reconhecimento do valor

simbólico de “dignos de se tornarem roteiro para o cinema”,

que qualifi ca “feitos” como atos extraordinários, singulares.

Sendo assim, aqueles que escolheram a alternativa E iden-

tifi caram o gabarito.

Leia os textos abaixo.

Texto 1

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Sobre o heroísmo e seu signifi cado na sociedade contemporânea

Todos nós temos fascínio por pessoas que agregam à sua condição prefi xos superlativos: superdesportista, megaempresário. Comuns mortais que somos, mitifi camos aqueles que representam o que gostaríamos de ser em força, inteligência, beleza, generosidade, desapego.

Nem todo mito, porém, destaca-se por feitos dignos de se tornarem roteiro para o cinema. Ações heroicas ocorrem cotidianamente, na maioria das vezes de forma anônima e silenciosa. Pais que sacrifi cam sonhos para dar aos fi lhos uma boa formação; fi lhos que adiam planos para tornar a velhice de seus pais menos dolorosa são singelos exemplos de heroísmo doméstico. [...]

E por que atos heroicos nos encantam e surpreendem? Talvez porque nos mobilizemos mais com o bem do que com o mal; talvez porque os fi nais felizes, como nos contos de fadas, estejam em nosso DNA. Ou, quem sabe, porque estejamos tão brutalizados pela crueza da realidade, que gestos que a contrariem representem a esperança de que necessitamos para continuar acreditando em nossa humana condição.

De todo modo, em cada um de nós mora um herói em potencial que, sem capa ou escudo mágico, pode fazer a diferença usando apenas coração e mente.

Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red101b1.htm>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento.

Texto 2

Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-H42KfDGRacM/UFOhnopw7AI/AAAAAAAAA0Q/GVPvZlawcXI/s1600/tira29.gif>. Acesso em: 10 dez. 2014.

(P120347G5_SUP)

(P120349G5) No Texto 1, no trecho “... feitos dignos de se tornarem roteiro para o cinema” (ℓ. 5-6), a expressão destacada sugere que os feitos são A) fantasiosos.B) famosos. C) divertidos.D) complexos.E) admiráveis.

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Leia o texto abaixo.

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O múltiplo projetado de Alceu

Alceu é daqueles que, prontamente, deixam revelar a metáfora de si mesmos, ainda que talvez nem saiba disso. Pois é assim, de uma maneira muito solta, que ele se apresenta: como um artista circense imerso nas “coxias” de sua casa, um sobrado perto da prefeitura e do coração de Olinda, ao receber a reportagem da Revista da Cultura. [...]

Na entrevista a seguir, o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta, neste fi lme estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes [...].

Você passou 15 anos maturando o fi lme A luneta do tempo. Sabia todas as falas decoradas, estudou direção, roteiro e montagem [...]. Pode-se dizer que você nutriu uma obsessão nesse projeto?

Sou obsessivo a vida toda. Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo. [...] Quando estou em qualquer projeto, fi co obsessivo. No projeto de um fi lme, como esse que realizei, isso ocorreu em várias etapas. Fui inventando histórias, e elas iam se modifi cando; e isso começou quando meu pai morreu. Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias. Um dia, ele contou que, quando era estudante da Faculdade de Direito do Recife, um colega chegou dos Correios dizendo que Lampião havia morrido. [...] Daí veio todo um universo de coisas. Não só essa história, mas tudo o que ele contava na minha infância. [...]

Os textos que surgiam eram em prosa, cordel...?De princípio, era uma coisa ritmada. Era um cordel, mas não exatamente. Não era

com sextilhas etc. Às vezes, o verso podia ser um pouco mais solto. Mas também não estava escrevendo simplesmente cordel, simplesmente poesia. Foram uns três anos nessa brincadeira. Escrevendo coisas, coisas, coisas... [...]

Então você começou a tocar o fi lme sozinho.[...] Então, cinco anos depois do enterro do meu pai, decidi virar diretor do meu fi lme.

Comecei a comprar livros de autores estrangeiros. Estudei roteiro, direção e montagem. Tive aulas com Alessandra Alves [...]. Ela se propôs a dar aulas, chegou a me dar umas 10 a 15 aulas, mas parei. Justifi quei que não queria parecer com ninguém. Eu sou eu, quero mais não, disse. Passei a ver muitos fi lmes. Me tornei um cineasta autodidata. [...]

E com a obra, já acabada, você entende que ela correspondeu aos seus anseios íntimos?

Total, atendeu... Mas, quando todo mundo dizia que o fi lme estava pronto, eu dizia que não. Também fi z a edição do meu fi lme. [...] Fui montando e, num dia, disse: “Alea jacta est”. Essa era uma frase que papai dizia, acho que é de Júlio César, ‘a sorte está lançada’. [...]

DIAS, Rafael. Disponível em: <http://www.revistadacultura.com.br/resultado/15-02-05/O_m%C3%BAltiplo_projetado_de_Alceu.aspx>.

Acesso em: 7 jan. 2015. Fragmento. (P120342G5_SUP)

(P120346G5) O trecho “Daí veio todo um universo de coisas.” (ℓ. 15-16) apresenta marcas linguísticasA) características de situações formais. B) comuns a um ambiente profi ssional. C) encontradas em uma região específi ca. D) próprias de uma faixa etária.E) típicas da linguagem oral.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem as marcas

linguísticas que evidenciam o locutor e/ou o interlocutor.

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Nível 6 - de 325 a 350 pontos

» Localizar informação explícita em resenhas.

» Identificar ideia principal e elementos da narrativa em reportagens e crô-

nicas.

» Identificar a informação principal em reportagens.

» Identificar argumento em reportagens e crônicas e o trecho que com-

prova a tese defendida em artigo de opinião.

» Reconhecer o efeito de sentido da repetição de expressões e palavras,

do uso de pontuação, de variantes linguísticas e de figuras de lingua-

gem em poemas, contos e fragmentos de romances.

» Reconhecer variantes linguísticas e o efeito de sentido de recursos grá-

ficos em crônicas e artigos.

» Reconhecer a relação de causa e consequência em contos.

» Reconhecer a relação de causa e consequência e relações de sentido

marcadas por conjunções em reportagens, artigos, ensaios, crônicas,

contos, cordéis e em poema.

» Reconhecer diferentes opiniões entre cartas de leitor que abordam o

mesmo tema.

» Reconhecer o tema comum entre textos de gêneros distintos.

» Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de figuras de lin-

guagem e de recursos gráficos em poemas e fragmentos de romances.

» Diferenciar fato de opinião em artigos, reportagens e resenhas.

» Inferir o efeito de sentido de linguagem verbal e não verbal em tirinhas.

» Identificar elementos da narrativa e a relação entre argumento e ideia

central em crônicas.

» Reconhecer o gênero reportagem e a finalidade de propagandas e de

entrevista.

» Reconhecer o tema em poemas.

» Inferir o sentido de palavras e expressões em piadas e letras de música.

» Inferir informação em artigos.

» Inferir o sentido de expressão em fragmentos de romances.

» Recuperar o referente do pronome demonstrativo “lá” em reportagem.

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Leia o texto abaixo.

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O múltiplo projetado de Alceu

Alceu é daqueles que, prontamente, deixam revelar a metáfora de si mesmos, ainda que talvez nem saiba disso. Pois é assim, de uma maneira muito solta, que ele se apresenta: como um artista circense imerso nas “coxias” de sua casa, um sobrado perto da prefeitura e do coração de Olinda, ao receber a reportagem da Revista da Cultura. [...]

Na entrevista a seguir, o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta, neste fi lme estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes [...].

Você passou 15 anos maturando o fi lme A luneta do tempo. Sabia todas as falas decoradas, estudou direção, roteiro e montagem [...]. Pode-se dizer que você nutriu uma obsessão nesse projeto?

Sou obsessivo a vida toda. Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo. [...] Quando estou em qualquer projeto, fi co obsessivo. No projeto de um fi lme, como esse que realizei, isso ocorreu em várias etapas. Fui inventando histórias, e elas iam se modifi cando; e isso começou quando meu pai morreu. Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias. Um dia, ele contou que, quando era estudante da Faculdade de Direito do Recife, um colega chegou dos Correios dizendo que Lampião havia morrido. [...] Daí veio todo um universo de coisas. Não só essa história, mas tudo o que ele contava na minha infância. [...]

Os textos que surgiam eram em prosa, cordel...?De princípio, era uma coisa ritmada. Era um cordel, mas não exatamente. Não era

com sextilhas etc. Às vezes, o verso podia ser um pouco mais solto. Mas também não estava escrevendo simplesmente cordel, simplesmente poesia. Foram uns três anos nessa brincadeira. Escrevendo coisas, coisas, coisas... [...]

Então você começou a tocar o fi lme sozinho.[...] Então, cinco anos depois do enterro do meu pai, decidi virar diretor do meu fi lme.

Comecei a comprar livros de autores estrangeiros. Estudei roteiro, direção e montagem. Tive aulas com Alessandra Alves [...]. Ela se propôs a dar aulas, chegou a me dar umas 10 a 15 aulas, mas parei. Justifi quei que não queria parecer com ninguém. Eu sou eu, quero mais não, disse. Passei a ver muitos fi lmes. Me tornei um cineasta autodidata. [...]

E com a obra, já acabada, você entende que ela correspondeu aos seus anseios íntimos?

Total, atendeu... Mas, quando todo mundo dizia que o fi lme estava pronto, eu dizia que não. Também fi z a edição do meu fi lme. [...] Fui montando e, num dia, disse: “Alea jacta est”. Essa era uma frase que papai dizia, acho que é de Júlio César, ‘a sorte está lançada’. [...]

DIAS, Rafael. Disponível em: <http://www.revistadacultura.com.br/resultado/15-02-05/O_m%C3%BAltiplo_projetado_de_Alceu.aspx>.

Acesso em: 7 jan. 2015. Fragmento. (P120342G5_SUP)

(P120342G5) Qual é a fi nalidade desse texto? A) Apresentar informações sobre uma pessoa. B) Expor uma opinião sobre um assunto. C) Fazer um resumo da história de um fi lme. D) Orientar sobre a produção de um fi lme. E) Relatar um acontecimento importante.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem a finalidade

de diferentes gêneros textuais.

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Leia o texto abaixo.

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Não basta a chuva? Raios!

O local mais seguro para se abrigar durante uma tempestade com raios é dentro de um veículo de transporte fechado, como um carro ou um ônibus. Mesmo que o raio caia diretamente sobre o veículo, a corrente elétrica não consegue penetrar em seu interior. Ela fi ca circulando pela lataria até se dissipar. Trata-se do efeito conhecido como “gaiola de Faraday”, descoberto pelo físico inglês Michael Faraday, no século XIX: os campos elétricos são nulos no interior de objetos eletrifi cados. Os aviões também são muito seguros, lembra o professor Junior: “Cada um desses grandes jatos comerciais [...] é atingido, em média, por três raios por ano. Não acontece absolutamente nada com quem está dentro [...]”. Mas é bom fazer um alerta: fi car perto de um carro ou de um pequeno avião, só que do lado de fora, durante uma tempestade é perigosíssimo. Como eles têm grande massa de material metálico, que conduz eletricidade, atraem raios – que podem afetar quem estiver nas redondezas.

A situação em que alguém está mais suscetível a ser atingido por um raio é um campo aberto. Quando uma pessoa está num terreno vasto e descampado, torna-se o alvo perfeito para raios, por ser o ponto mais alto das imediações. Sempre que se começa a ouvir o som dos relâmpagos [...], o melhor é procurar um abrigo em um carro ou em uma construção. [...] Tomar medidas como essas não confi gura nenhum exagero, em especial no Brasil, onde caem 57 milhões de raios por ano – número mais alto que o de qualquer outro país.

Veja. 10 fev. 2010. Fragmento. (P120296B1_SUP)

(P120299B1) Esse texto é um exemplo deA) artigo de opinião.B) carta de leitor.C) reportagem.D) resenha.E) resumo.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem o gênero de

um texto.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes estabelecerem relações

lógico-discursivas entre partes de um texto, marcadas por locuções adverbiais,

advérbios ou conjunções.

O comando desse item busca avaliar o sentido que a conjunção “mas”

estabelece com o verso anterior em um poema, que trata da forma de comu-

nicação dos namorados antigamente. O contexto avaliado pode dificultar o re-

conhecimento da relação lógico-semântica tendo em vista o caráter metafórico

da linguagem empregada em um texto literário.

Para identificar o gabarito, os estudantes precisariam perceber que o eu

lírico apresenta uma situação de sucesso na comunicação entre os namorados

nos versos 7 e 8, porém a conjunção “Mas” marca o início de uma situação

adversa, em que o bilhete para a namorada não chega ao seu destino. Dessa

forma, os estudantes que marcaram a alternativa A perceberam que a ideia

expressa pela palavra em destaque no comando é de oposição.

Leia o texto abaixo.

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A namorada Havia um muro alto entre nossas casas.Difícil de mandar recado para ela. Não havia e-mail.O pai era uma onça.A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por um cordãoE pinchava a pedra no quintal da casa dela.Se a namorada respondesse pela mesma pedraEra uma glória!Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeiraE então era agonia. No tempo do onça era assim.

BARROS, Manoel de. Tratado geral das grandezas do ínfi mo. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 17. (P120111A9_SUP)

(P120114A9) No trecho “Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira” (v. 9), a palavra destacada estabelece com a oração anterior uma relação deA) oposição.B) explicação.C) dúvida.D) alternância.E) adição.

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Nível 7 - de 350 a 375 pontos

Nível 8 - de 375 a 400 pontos

» Localizar informações explícitas, ideia principal e expressão que causa hu-

mor em contos, crônicas e artigos de opinião.

» Identificar variantes linguísticas em letras de música.

» Reconhecer efeitos estilísticos em poemas.

» Reconhecer ironia e efeitos de sentido decorrentes da repetição de pala-

vras em sinopses.

» Reconhecer opiniões distintas sobre o mesmo tema, na comparação entre

diferentes textos.

» Reconhecer a finalidade e a relação de sentido estabelecida por conjun-

ções em lendas e crônicas.

» Reconhecer finalidade e traços de humor em reportagens.

» Reconhecer o efeito de sentido do humor em tirinhas.

» Reconhecer o tema em contos e fragmentos de romances.

» Reconhecer relação de sentido marcada por conjunção em crônicas e cir-

cunstância de lugar marcada por adjunto adverbial de lugar em resenha.

» Inferir informação e tema em reportagens, poemas, histórias em quadrinhos

e tirinhas.

» Inferir o sentido e o efeito de sentido de palavras ou de expressão em

poemas, crônicas e fragmentos de romances.

» Reconhecer a ideia defendida em artigo de opinião.

» Inferir característica do eu lírico em letra de música.

» Diferenciar fatos de opiniões e opiniões diferentes em artigos e notícias.

» Inferir o sentido de palavras em poemas.

» Localizar ideia principal em manuais, reportagens, artigos e teses.

» Identificar a ideia central e o argumento em apresentações de livros,

reportagens, editoriais, crônicas e artigo de opinião.

» Identificar elementos da narrativa em crônicas, contos e fragmentos de

romances.

» identificar ironia e tema em poemas e artigos.

» Inferir efeito de humor e ironia em tirinhas e charges.

» Reconhecer relações de sentido marcadas por conjunção em artigos,

reportagens e fragmentos de romances.

» Reconhecer a relação de causa e consequência em reportagens e frag-

mentos de romances.

» Reconhecer o efeito de sentido de recursos gráficos em artigos e do

uso de expressão metafórica caracterizadora de personagem em frag-

mento de romance.

» Reconhecer variantes linguísticas em letras de música e piadas.

» Reconhecer a finalidade de reportagens, resenhas e artigos.

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Leia os textos abaixo.

Texto 1

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Sobre o heroísmo e seu signifi cado na sociedade contemporânea

Todos nós temos fascínio por pessoas que agregam à sua condição prefi xos superlativos: superdesportista, megaempresário. Comuns mortais que somos, mitifi camos aqueles que representam o que gostaríamos de ser em força, inteligência, beleza, generosidade, desapego.

Nem todo mito, porém, destaca-se por feitos dignos de se tornarem roteiro para o cinema. Ações heroicas ocorrem cotidianamente, na maioria das vezes de forma anônima e silenciosa. Pais que sacrifi cam sonhos para dar aos fi lhos uma boa formação; fi lhos que adiam planos para tornar a velhice de seus pais menos dolorosa são singelos exemplos de heroísmo doméstico. [...]

E por que atos heroicos nos encantam e surpreendem? Talvez porque nos mobilizemos mais com o bem do que com o mal; talvez porque os fi nais felizes, como nos contos de fadas, estejam em nosso DNA. Ou, quem sabe, porque estejamos tão brutalizados pela crueza da realidade, que gestos que a contrariem representem a esperança de que necessitamos para continuar acreditando em nossa humana condição.

De todo modo, em cada um de nós mora um herói em potencial que, sem capa ou escudo mágico, pode fazer a diferença usando apenas coração e mente.

Disponível em: <http://www.pucrs.br/provas/red101b1.htm>. Acesso em: 10 dez. 2014. Fragmento.

Texto 2

Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/-H42KfDGRacM/UFOhnopw7AI/AAAAAAAAA0Q/GVPvZlawcXI/s1600/tira29.gif>. Acesso em: 10 dez. 2014.

(P120347G5_SUP)

(P120348G5) O trecho que contém a tese defendida pelo autor do Texto 1 é: A) “Nem todo mito, porém, destaca-se por feitos extraordinários, dignos de se tornarem roteiro para o cinema.”. (ℓ. 5-6)B) “Pais que sacrifi cam sonhos para dar aos fi lhos uma boa formação;...”. (ℓ. 7)C) “Talvez porque nos mobilizemos mais com o bem do que com o mal;...”. (ℓ. 10-11)D) “... talvez porque os fi nais felizes, como nos contos de fadas, estejam em nosso DNA.”. (ℓ. 11-12)E) “... a esperança de que necessitamos para continuar acreditando em nossa humana condição.”. (ℓ. 13-14)

Esse item avalia a habilidade de os estudantes identifi carem a tese de um texto.

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Leia o texto abaixo.

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A hora da estrela

Pretendo, como já insinuei, escrever de modo cada vez mais simples. Aliás o material de que disponho é parco e singelo demais, as informações sobre os personagens são poucas e não muito elucidativas, informações essas que penosamente me vêm de mim para mim mesmo, é trabalho de carpintaria.

Sim, mas não esquecer que para escrever não-importa-o-quê o meu material básico é palavra. Assim é que esta história será feita de palavras que se agrupam em frases e destas se evola um sentido secreto que ultrapassa palavras e frases. É claro que, como todo escritor, tenho a tentação de usar termos suculentos: conheço adjetivos esplendorosos, carnudos substantivos e verbos tão esguios que atravessam agudos o ar em vias de ação, já que palavra é ação, concordais? Mas não vou enfeitar a palavra pois se eu tocar no pão da moça esse pão se tornará em ouro – e a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-lo, morrendo de fome. Tenho então que falar simples para captar a sua delicada e vaga existência. Limito-me a humildemente – mas sem fazer estardalhaços de minha humildade que já não seria humilde – limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça numa cidade toda feita contra ela. Ela que devia ter fi cado [...] sem nenhuma datilografi a, [...] a tia é que lhe dera um curso ralo de como bater à máquina. E a moça ganhara uma dignidade: era enfi m datilógrafa.

LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 23. ed. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. p. 24. Fragmento. (P120339G5_SUP)

(P120340G5) Nesse texto, o trecho “... limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça...” (ℓ. 14-15) sugereA) a difi culdade do autor ao selecionar as palavras.B) a incerteza do autor sobre quem lerá sua obra.C) a pouca importância dada pelo autor à vida da moça.D) o desconhecimento do autor sobre a moça.E) o encantamento do autor pela beleza da moça.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes reconhecerem o efeito de

sentido decorrente da escolha de palavras, frases ou expressões. Espera-se

que os estudantes sejam capazes de identificar o efeito que o autor do texto

pretendeu causar ao lançar mão da expressão apresentada no comando. Essa

é uma habilidade sofisticada de leitura, principalmente pelo fato de o suporte

apresentar o fragmento de um romance de Clarice Lispector, cuja linguagem

é complexa.

No final desse texto, o eu lírico descreve uma personagem do romance, a

quem ele chama apenas de “moça”, utilizando para tanto a linguagem metafó-

rica e construções irônicas, como o trecho em análise no item.

Para identificar o gabarito, alternativa C, os estudantes deveriam associar

que a passagem “... limito-me a contar as fracas aventuras de uma moça...”

reforça a caracterização presente no restante do texto, na qual a moça é apre-

sentada como uma pessoa de “vaga existência” e “simples”.

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes identificarem efeitos de

humor ou ironia no texto.

Nível 9 - acima de 400 pontos

» Reconhecer o efeito de sentido resultante do uso de recursos morfossintá-

ticos e ortográficos em artigos e letras de música.

» Inferir efeito de ironia na fala do narrador em fragmento de romance.

» Inferir informação sobre o entrevistado em entrevista.

» Reconhecer o conflito gerador do enredo em fábula.

» Reconhecer a finalidade de cartas de leitor.

Leia o texto abaixo.

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Capítulo CXIX

Quero deixar aqui, entre parênteses, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por esse tempo. São bocejos de enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem assunto:

Suporta-se com paciência a cólica do próximo.Matamos o tempo; o tempo nos enterra.Um cocheiro fi lósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria diminuto, se todos

andassem de carruagem.Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um pedaço de

pau. Esta refl exão é de um joalheiro.Não te irrites se te pagarem mal um benefício; antes cair das nuvens, que de um terceiro andar.

ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Fragmento. (P100048B1_SUP)

(P100048B1) Nesse texto, a fala do narrador é marcada pelaA) compaixão.B) dúvida.C) futilidade.D) ironia.E) negação.

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Leia o texto abaixo.

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O múltiplo projetado de Alceu

Alceu é daqueles que, prontamente, deixam revelar a metáfora de si mesmos, ainda que talvez nem saiba disso. Pois é assim, de uma maneira muito solta, que ele se apresenta: como um artista circense imerso nas “coxias” de sua casa, um sobrado perto da prefeitura e do coração de Olinda, ao receber a reportagem da Revista da Cultura. [...]

Na entrevista a seguir, o artista fala de suas novas facetas, sobretudo a de cineasta, neste fi lme estrelado por Irandhir Santos e Hermila Guedes [...].

Você passou 15 anos maturando o fi lme A luneta do tempo. Sabia todas as falas decoradas, estudou direção, roteiro e montagem [...]. Pode-se dizer que você nutriu uma obsessão nesse projeto?

Sou obsessivo a vida toda. Ser obsessivo é a melhor coisa do mundo. [...] Quando estou em qualquer projeto, fi co obsessivo. No projeto de um fi lme, como esse que realizei, isso ocorreu em várias etapas. Fui inventando histórias, e elas iam se modifi cando; e isso começou quando meu pai morreu. Na minha infância, sempre ouvi meu pai contar histórias. Um dia, ele contou que, quando era estudante da Faculdade de Direito do Recife, um colega chegou dos Correios dizendo que Lampião havia morrido. [...] Daí veio todo um universo de coisas. Não só essa história, mas tudo o que ele contava na minha infância. [...]

Os textos que surgiam eram em prosa, cordel...?De princípio, era uma coisa ritmada. Era um cordel, mas não exatamente. Não era

com sextilhas etc. Às vezes, o verso podia ser um pouco mais solto. Mas também não estava escrevendo simplesmente cordel, simplesmente poesia. Foram uns três anos nessa brincadeira. Escrevendo coisas, coisas, coisas... [...]

Então você começou a tocar o fi lme sozinho.[...] Então, cinco anos depois do enterro do meu pai, decidi virar diretor do meu fi lme.

Comecei a comprar livros de autores estrangeiros. Estudei roteiro, direção e montagem. Tive aulas com Alessandra Alves [...]. Ela se propôs a dar aulas, chegou a me dar umas 10 a 15 aulas, mas parei. Justifi quei que não queria parecer com ninguém. Eu sou eu, quero mais não, disse. Passei a ver muitos fi lmes. Me tornei um cineasta autodidata. [...]

E com a obra, já acabada, você entende que ela correspondeu aos seus anseios íntimos?

Total, atendeu... Mas, quando todo mundo dizia que o fi lme estava pronto, eu dizia que não. Também fi z a edição do meu fi lme. [...] Fui montando e, num dia, disse: “Alea jacta est”. Essa era uma frase que papai dizia, acho que é de Júlio César, ‘a sorte está lançada’. [...]

DIAS, Rafael. Disponível em: <http://www.revistadacultura.com.br/resultado/15-02-05/O_m%C3%BAltiplo_projetado_de_Alceu.aspx>.

Acesso em: 7 jan. 2015. Fragmento. (P120342G5_SUP)

(P120345G5) De acordo com esse texto, Alceu Valença A) cursou a faculdade de Direito. B) foi artista em um circo. C) prefere fi lmes à música. D) sonhava em ser cineasta. E) teve uma boa relação com seu pai.

Esse item avalia a habilidade de os estudantes inferirem

informação em um texto. Essa habilidade exige que os es-

tudantes extraiam informações que não são apresentadas

explícita e diretamente no texto. Para tanto, o respondente

precisa recorrer a noções que já possui, associando-as ao

contexto apresentado.

O texto que dá suporte ao item é o fragmento de uma

entrevista de um artista brasileiro, na qual ele relata o pro-

cesso de construção de um filme, utilizando marcas da ora-

lidade, expressões metafóricas, que exigem do leitor vários

processos inferenciais para a compreensão de seu sentido

global.

Para a resolução do item, os estudantes deveriam per-

ceber que o entrevistado faz diversas referências a seu pai,

como no trecho da primeira resposta: “Fui inventando his-

tórias, e elas iam se modificando; e isso começou quando

meu pai morreu.”. Dessa mesma forma, outras passagens do

texto revelam pistas de que Alceu admirava o pai. Assim,

os estudantes que associaram essas informações inferiram

corretamente que pai e filho mantinham uma boa relação,

informação trazida pela alternativa E, o gabarito.

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