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SANTA ROSA ENERGÉTICA S.A. PCH SANTA ROSA I “Atualizações EIA/RIMA 2011” RESPOSTA AO OFÍCIO IBAMA 415/2010/IBAMA/NLA/DITEC/SUPES/MG

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SANTA ROSA ENERGTICA S.A.

PCH SANTA ROSA I

Atualizaes EIA/RIMA 2011

RESPOSTA AO OFCIO IBAMA

415/2010/IBAMA/NLA/DITEC/SUPES/MG

SANTA ROSA ENERGTICA S.A.

NDICE

01 PROGNSTICO ATUALIZADO DO COMPROMETIMENTO DA

QUALIDADE DA GUA NO RESERVATRIO E NO RIO PRETO, NA ALTURA

DOS DISTRITOS DE MANUEL DUARTE E PORTO DAS FLORES;

02 ATUALIZAO DO CADASTRO DA ATIVIDADE PESQUEIRA DE LAZER

E COMERCIAL NA ADA E AID;

03 NOVO ESTUDO DE REMANSO E VIDA TIL DO RESERVATRIO;

04 DOCUMENTAO CONCLUSIVA DO IPHAN REFERENTE AO PROJETO

DE PROSPECO ARQUEOLGICA;

05 DECLARAO DE CONFORMIDADE COM O USO E OCUPAO DO

SOLO DOS MUNICPIOS ENVOLVIDOS COM O EMPREENDIMENTO;

06 RESENHA SOBRE ICTIOFAUNA NA BACIA HIDROGRFICA.

SANTA ROSA ENERGTICA S.A.

01 PROGNSTICO ATUALIZADO DO COMPROMETIMENTO DA

QUALIDADE DA GUA NO RESERVATRIO E NO RIO PRETO, NA ALTURA

DOS DISTRITOS DE MANUEL DUARTE E PORTO DAS FLORES;

Prognstico da Qualidade da gua

da PCH Santa Rosa I

Fevereiro - 2011

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011 ndice

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NDICE

Prognstico da Qualidade da gua da PCH Santa Rosa I ........................................ 1/25

1 - Caracterizao geral da bacia de drenagem ............................................... 1/25

2 - Metodologia ...................................................................................... 5/25

3 - Resultados ........................................................................................ 6/25

3.1 - Avaliao fsica e qumica ANA ....................................................... 19/25

3.2 - ndice de qualidade de gua ............................................................ 22/25

4 - Prognstico de impactos sobre a qualidade da gua com o empreendimento ..... 23/25

5 - Consideraes finais ............................................................................ 24/25

6 - Equipe tcnica ................................................................................... 25/25

ANEXOS

Anexo 1 - Mapa das estaes de monitoramento Limnolgico

Anexo 2 - Tabela dos resultados de qualidade de gua do EIA da PCH Santa Rosa I (2000), IGAM

e INEA (2001 a 2010)

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PROGNSTICO DA QUALIDADE DA GUA DA PCH SANTA ROSA I

Este estudo tem como objetivo apresentar um prognstico atualizado sobre a qualidade da gua

no trecho do rio Preto a ser diretamente afetado pela PCH Santa Rosa I. O empreendimento est

previsto para ser implantado na divisa dos municpios de Belmiro Braga (MG), na margem

esquerda, e Rio das Flores (RJ), na margem direita.

1 - CARACTERIZAO GERAL DA BACIA DE DRENAGEM

A bacia de drenagem do rio Preto est inserida no domnio fitogeogrfico da Mata Atlntica. O rio

Preto afluente pela margem esquerda do rio Paraibuna, tem suas nascentes nos contrafortes da

Serra da Mantiqueira, na regio do Pico das Agulhas Negras. Seu curso se desenvolve no sentido

predominante sudoeste-nordeste, ficando a regio da sua esquerda confinada pela Serra da

Mantiqueira. Os afluentes desta margem so de pouca representatividade, tendo em geral,

bacias hidrogrficas de pequeno porte. Entretanto, pela expressiva precipitao caracterizada

pelo efeito orogrfico, a contribuio unitria dessas bacias bem mais elevada que as dos

afluentes pela margem direita.

A rea de drenagem at o eixo da barragem de 3280 km2, a vazo mdia de 99,9 m3/s (Q mx

= 519 m3/s e Q min = 8,5 m3/s). O perodo de guas altas est compreendido entre os meses de

novembro e abril, com vazes mdias de 140,6 m3/s. A estiagem cobre o semestre que comea

em maio e finda em outubro e apresenta vazo media de 59,3 m3/s.

De acordo com o EIA da PCH Santa Rosa I, a rea Diretamente Afetada (ADA) apresenta

caractersticas geomorfolgicas, relacionadas alta declividade. O vale do rio Preto, em todo

trecho a ser barrado, tem uma topografia muito acidentada, com colinas de vertentes com

declividades entre 28% e 34%. Estas encostas ngremes no favorecem qualquer tipo de

assentamento humano.

Segundo as informaes apresentadas no EIA da PCH Santa Rosa I, o uso e a ocupao dos solos

na rea de Influncia Indireta (AII) do empreendimento podem ser considerados inadequados.

Para implantao de pastagens foi constatado um acelerado processo de desmatamento em reas

de alta declividade, com grande susceptibilidade eroso. O manejo inadequado do solo

favorece e provoca o surgimento de eroso e at mesmo grandes voorocas contribuindo para um

acelerado processo de assoreamento de nascentes e cursos dgua (contribuintes direto do rio

Preto no trecho do futuro reservatrio).

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Dada a declividade e formas de relevo, a utilizao agrcola desta rea bastante restrita, sendo

constatada somente em partes mais planas e prximas aos cursos dgua, onde a atividade

adotada sem manejo adequado e baixo apoio tecnolgico. O desconhecimento de boas-prticas

agropecurias e informaes tcnicas por parte dos proprietrios rurais foram identificados como

as causas mais evidentes da degradao ambiental na regio. Com relao ocupao humana,

so identificados sete municpios que possuem sede urbana dentro da bacia de drenagem do

futuro reservatrio e imediatamente a jusante: Passa Vinte (MG), Santa Rita de Jacutinga (MG),

Rio Preto (MG), Santa Barbara do Monte Verde (MG), Belmiro Braga (MG), Valena (RJ) e Rio das

Flores (RJ). O Quadro 1-1 apresenta os dados de populao urbana e rural dos Censos dos anos

de 2000 e 2010, e o clculo do crescimento destes municpios. Comparando os dados do Censo

2000 com o Censo de 2010, nota-se que nos ltimos 10 anos houve uma reduo na populao

total do municpio de Santa Rita de Jacutinga, Passa Vinte e Belmiro Braga; reduo na

populao rural de Rio Preto, e um crescimento inferior a 20% nos municpios de Valena, Rio das

Flores e Santa Brbara do Monte Verde.

A rea da bacia de contribuio ao trecho do futuro reservatrio da PCH Santa Rosa I passou de

um contingente populacional da ordem de 425 mil habitantes (Censo 2000) para 460 mil

habitantes (Censo 2010). Estima-se que as redes coletoras de esgotos domsticos dos municpios

de Belmiro Braga e Rio das Flores atinjam 100% dos domiclios de suas sedes municipais. Todos os

municpios com sede na rea de drenagem da PCH Santa Rosa I possuem algum tipo de infra-

estrutura de esgotamento sanitrio (Quadro 1-2). No entanto, ainda hoje a disposio final dos

dejetos coletados realizada de forma inadequada, contribuindo para deteriorao dos cursos d

gua que cortam a regio.

Com base na comparao dos resultados dos Censos demogrficos dos anos 2000 e 2010, pode-se

inferir que no ocorreram alteraes significativas em relao ocupao humana da regio em

estudo nos ltimos dez anos.

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Quadro 1-1 - Populao urbana, rural e total em 2000 e 2010 e crescimento nos ltimos 10 anos nos municpios com sede na rea de drenagem da PCH Santa Rosa I.

Municpios

Censo 2000* Censo 2010** Crescimento

Populao Urbana

Populao Rural

Populao Total

Populao Urbana

Populao Rural

Populao Total

Populao Urbana

Populao Rural

Populao Total

% total

RJ Valena 57.323 8.985 66.308 62.266 9.628 71.894 4.943 643 5.586 0,08

Rio das Flores 5.364 2.261 7.625 5.948 2.597 8.545 584 336 920 0,12

MG

Santa Rita de Jacutinga 3.602 1.616 5.218 3.757 1.239 4.996 155 -377 -222 -0,04

Santa Brbara do Monte Verde 1.242 1.124 2.366 1.620 1.169 2.789 378 45 423 0,18

Rio Preto 3.864 1.278 5.142 4.451 841 5.292 587 -437 150 0,03

Passa-Vinte 1.283 881 2.164 1.305 779 2.084 22 -102 -80 -0,04

Belmiro Braga 950 2.477 3.427 1.099 2.305 3.404 149 -172 -23 -0,01

* Fonte: Dados do IBGE obtidos no site: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/ufs.php?tipo=31o/tabela13_1.shtm

** Fonte: Dados do IBGE obtidos no site: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?

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Quadro 1-2 - Infra-estrutura de esgotamento sanitrio no ano 2000, nos municpios com sede na rea de drenagem da PCH Santa Rosa I.

Municpios

RJ MG

Valena Rio das Flores Santa Rita de Jacutinga Santa Brbara do Monte Verde Rio Preto Passa-Vinte Belmiro Braga

Infra-estrutura

Esgotamento Sanitrio

Domiclios Moradores Domiclios Moradores Domiclios Moradores Domiclios Moradores Domiclios Moradores Domiclios Moradores Domiclios Moradores

Total 18.706 65.894 1.996 7.612 1.569 5.173 676 2.362 1.481 5.081 628 2.163 961 3.415

Rede geral de esgoto ou pluvial

13.736 47.725 1.039 3.902 984 3.177 332 1.105 772 2.683 352 1.172 523 1.775

Fossa sptica 797 2.829 123 473 12 41 15 63 1 1 24 94 20 67

Fossa rudimentar 263 963 33 128 28 88 13 44 44 151 8 32 24 75

Vala 2.620 9.661 94 403 150 553 136 512 153 534 126 418 129 489

Rio, lago ou mar 1.193 4.398 692 2.666 333 1.148 167 583 417 1.419 64 234 258 999

Outro escoadouro 14 58 2 6 4 14 5 25 35 125 16 74 -- --

No tinha banheiro nem sanitrio

83 260 13 34 58 152 8 30 59 168 38 139 7 10

Fonte: IBGE/SIDRA; Censo 2000

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2 - METODOLOGIA

As estaes de amostragem da qualidade da gua monitoradas no rio Preto podem ser

identificadas no Anexo 1.

O EIA da PCH Santa Rosa I contemplou amostragens nos meses de fevereiro e julho de 2000. A

campanha do 1 ms representou o perodo de alta intensidade pluviomtrica, a 2 campanha foi

representativa do perodo de baixa intensidade pluviomtrica, quando o curso hdrico estudado

apresentou baixa vazo. Foram avaliadas 3 estaes de amostragem no rio Preto, sendo uma

localizada a montante da rea de remanso do futuro reservatrio da PCH Santa Rosa I, uma a

montante do futuro eixo da barragem e outra a jusante. Nestas estaes foram realizadas

anlises de: Acidez total, Alcalinidade total, Condutividade eltrica, DBO, DQO, Dureza total,

Ferro solvel, Fosfato total, Mangans total, Nitrato, Nitrognio amoniacal, Nitrognio total,

leos e graxas, Ortofosfato, Oxignio dissolvido, pH, Slidos suspensos, Slidos sedimentveis,

Slidos totais, Slidos totais dissolvidos, Temperatura da gua, Temperatura do ar, Turbidez,

Coliformes totais, Coliformes fecais, Estreptococos fecais, Fitoplncton, Zooplncton e

Zoobnton.

Para avaliar a qualidade da gua durante os dez anos posteriores foram utilizados dados de

qualidade de gua de redes amostrais da Agncia Nacional das guas (ANA), Instituto Mineiro de

Gesto das guas (IGAM) e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA). O Quadro 2-1 e Anexo 1

apresentam espacialmente as estaes de amostragem.

IGAM BS028 Monitora trimestralmente a qualidade da gua do Rio Preto no estado de Minas Gerais.

INEA PR 091 - Monitora trimestralmente a qualidade da gua do Rio Preto no estado do Rio de Janeiro.

As variveis de qualidade da gua monitoradas e utilizadas para esse prognstico, de acordo com

o IGAM, so: Alcalinidade total, Condutividade eltrica, DBO, DQO, Dureza total, Ferro solvel,

Fsforo total, Mangans total, Nitrato, Nitrognio amoniacal, leos e graxas, Oxignio dissolvido,

pH, Slidos suspensos, Slidos totais, Slidos totais dissolvidos, Temperatura da gua,

Temperatura do ar, Turbidez, Coliformes totais, Coliformes fecais e Estreptococos fecais. O INEA

monitora todas essas variveis, exceto Alcalinidade total. Alm disso, monitorou o Ortofosfato,

forma inorgnica do fsforo dissolvido.

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A ANA possui 4 estaes de monitoramento distribudas entre os estados do Rio de Janeiro e

Minas Gerais. As variveis medidas foram: Temperatura da gua, condutividade eltrica, pH e

oxignio dissolvido. Os resultados foram apresentados como as mdias dirias quando houve mais

de uma amostra por ponto no mesmo dia.

Quadro 2-1 Localizao das estaes de coleta contempladas no prognstico da qualidade da gua da PCH Santa Rosa I.

Estaes Fonte Coordenadas MunicpioPR 091 INEA 22 15' 40'' 043 53' 15'' Rio Preto - MGBS028 IGAM 22 00' 32'' 043 20' 14'' Comendador Levy Gasparian - RJ

58550001 ANA 22 05' 11.04'' 043 49' 04.08'' Rio Preto - MG58535000 ANA 22 14' 35.16'' 044 15' 48.96'' Passa Vinte - MG58530000 ANA 22 16' 14.16'' 044 23' 30.12'' Resende - RJ58525000 ANA 22 19' 48.0'' 044 32' 17.88'' Resende - RJ58585000 ANA 22 05' 08.88'' 043 33' 24.12'' Rios das Flores - RJ

SR-01 EIA 22 05' 16.01'' 043 34' 05'' Entre Rio das Flores - RJ e Belmiro Braga - MGSR-02 EIA 22 04' 2.466'' 043 30' 19.723'' Entre Rio das Flores - RJ e Belmiro Braga - MGSR-03 EIA 22 04' 47.565'' 043 32' 57.664'' Entre Rio das Flores - RJ e Belmiro Braga - MG

3 - RESULTADOS

Os resultados obtidos indicaram que os problemas de qualidade da gua da sub-bacia podem

estar relacionados ocupao antrpica, com elevada concentrao de nutrientes fosfatados e

coliformes fecais. A tabela com resultados obtidos nas estaes de amostragem do EIA da PCH

Santa Rosa I (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010) foram apresentadas no Anexo 2.

O oxignio dissolvido esteve acima do valor mnimo de referncia da Resoluo CONAMA

357/2005 tanto nos resultados apresentados no EIA, como nos resultados obtidos pelas estaes

do IGAM e do INEA (Figura 3-1). Isso mostra que o rio Preto apresentou bons valores de

oxigenao da gua entre os anos de 2000 e 2010.

Tanto os resultados de coliformes fecais descritos no EIA, como os resultados obtidos junto ao

IGAM e ao INEA mostraram valores acima do limite estabelecido pela Resoluo CONAMA

357/2005 (Figura 3-2). Esses altos valores foram observados, na maior parte das vezes, no

perodo chuvoso. Vale ser ressaltado, tambm, que no houve grande diferena entre os valores

descritos no EIA e os valores medidos pelas estaes de monitoramento do IGAM e do INEA.

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Padro semelhante ao dos coliformes fecais foi encontrado para a turbidez, de forma que em

alguns casos os valores estiveram acima do valor de referncia da Resoluo CONAMA 357/2005

durante os meses chuvosos (Figura 3-3). Contudo, no houve alterao no padro da turbidez

entre os anos de 2000 e 2010. Apesar de a turbidez no ter sido medida na estao do INEA entre

os anos de 2003 e 2010, possvel presumir que os valores no teriam divergido dos obtidos na

estao de monitoramento do IGAM.

Em relao ao fsforo, cabe destacar que os resultados divergem no que se refere

nomenclatura. No EIA, os resultados apresentados so de fosfato total, ao passo que nas estaes

de monitoramento do IGAM e do INEA os resultados referem-se ao fsforo total. Alm disso, os

valores do EIA so comparados Resoluo CONAMA 020/1986, enquanto que os valores do IGAM

e do INEA so comparados Resoluo CONAMA 357/2005. Apesar dessa divergncia, foi feita

uma comparao dos valores e no houve grande alterao entre os anos de 2000 e 2010 (Figura

3-4). A nica exceo foi uma medio realizada na estao do IGAM em maro de 2003, quando

a concentrao de fsforo total esteve bem acima do limite estabelecido pela Resoluo CONAMA

357/2005. A estao de monitoramento do INEA apresentou valores muito semelhantes aos

encontrados no EIA, apesar de no terem sido feitas medies de 2008 a 2010.

O mangans, que quando encontrado em altas concentraes pode ser prejudicial aos ambientes

aquticos, apresentou concentraes acima do valor de referncia da Resoluo CONAMA

357/2005 (Figura 3-5). Os valores que ultrapassaram o limite imposto pela legislao foram

observados, na maior parte das vezes, nos meses chuvosos. Contudo, os valores medidos nas

estaes de monitoramento do IGAM e do INEA no divergiram dos valores descritos no EIA.

Entre 2001 e 2010, DBO (Figura 3-6) slidos totais (Figura 3-7), slidos totais dissolvidos (Figura

3-8), pH (Figura 3-9), nitrognio amoniacal (Figura 3-10) e nitrato (Figura 3-11) apresentaram

valores condizentes aos descritos no EIA e sempre compatveis aos valores de referncia da

Resoluo CONAMA 357/2005.

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EIA IGAM BS028 INEA PR091

Oxigniodissolvido

(mg/L)

ValormnimoResoluoCONAMA357/2005

Figura 3-1 - Concentrao de oxignio dissolvido (mg/L) medidos nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010).

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EIA IGAM BS028 INEA PR091

Coliformesfecais(U

FC/100ml)

LimiteResoluoCONAMA357/2005

Figura 3-2 - Concentrao de Coliformes fecais (UFC/1000 ml) medida nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010).

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EIA IGAM BS028 INEA PR091

Turbidez(N

TU)

LimiteResoluoCONAMA357/2005

Figura 3-3 - Turbidez (NTU) medida nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010).

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o.200

6Fev.20

07Ag

o.200

7Mar.200

8Ag

o.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ag

o.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ag

o.200

5Jan.20

06Set.20

06Ab

r.200

7Ag

o.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Nutrie

ntesfosfatados(m

g/L)*

CONAMA357/2005 CONAMA020/1986

*Varivel medida no EIA: Fosfato total - Varivel medida pelo IGAM e INEA: Fsforo total.

Figura 3-4 - Nutrientes fosfatados (mg/L) medida nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

12/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Mangan

stotal(m

g/L)

Figura 3-5 - Concentrao de Mangans total (mg/L) medido nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA,(2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

13/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3.5

4

4.5

5

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ag

o.200

1Mar.200

2Ag

o.200

2Mar.200

3Ag

o.200

3Mar.200

4Ag

o.200

4Mar.200

5Ag

o.200

5Mar.200

6Ag

o.200

6Fev.20

07Ag

o.200

7Mar.200

8Ag

o.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ag

o.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ag

o.200

5Jan.20

06Set.20

06Ab

r.200

7Ag

o.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

DBO(m

g/L)

LimiteResoluoCONAMA357/2005

Figura 3-6 - DBO5 (mg/L) medida nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

14/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Slid

ostotais(m

g/L)

Figura 3-7 - Concentrao de Slidos totais (mg/L) medida nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA,(2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

15/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

100

200

300

400

500

600

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Slid

ostotaisdissolvidos(m

g/L)

Figura 3-8 - Concentrao de Slidos totais (mg/L) medida nas estaes do EIA (2000), e do IGAM e INEA, (2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

16/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

pH

Figura 3-9 - pH medido nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA,(2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

17/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

0.2

0.4

0.6

0.8

1

1.2

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Nitrato(m

g/L)

Figura 3-10 - Concentrao de nitrato medido (mg/L) nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA, (2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

18/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

0

0.1

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

0.7

0.8

0.9

Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00Fev.20

00Jul.20

00

Fev.20

01Ago.200

1Mar.200

2Ago.200

2Mar.200

3Ago.200

3Mar.200

4Ago.200

4Mar.200

5Ago.200

5Mar.200

6Ago.200

6Fev.20

07Ago.200

7Mar.200

8Ago.200

8Mar.200

9Set.20

09Mar.200

9Set.20

09Mar.201

0

Set.2

001

Ago.200

1Fev.20

02Ago.200

2Jan.20

03Jul.20

03Jan.20

04Jul.20

04Jan.20

05Ago.200

5Jan.20

06Set.20

06Abr.200

7Ago.200

7Fev.20

08Jul.20

08Fev.20

09Jul.20

09Jan.20

10

EIA IGAM BS028 INEA PR091

Nitrognioam

oniacal(mg/L)

Figura 3-11 - Concentrao de nitrognio amoniacal (mg/L) medido nas estaes do EIA (2000), IGAM e INEA, (2001 a 2010).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

19/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

3.1 - AVALIAO FSICA E QUMICA ANA

A condutividade do rio Preto, no municpio de Passa Vinte MG situou-se entre 12,9 e 53,8

(0hms), sendo o menor valor registrado no ano de 2006 e o maior nos anos de 2004 e 2005

(Figura 3-12 a). Os valores mdios registrados para o oxignio dissolvido demonstram que as

guas do rio Preto so bem oxigenadas, com uma pequena variao de 7,2 a 7,9 (Figura 3-12 d).

A temperatura mdia da gua foi maior no ano de 2007 (Figura 3-12 b) e o pH caracteriza a gua

do rio Preto como neutra a bsica.

0

10

20

30

40

50

60

2004 2005 2006 2007 2009 2010

Cond

utiv

idad

e el

tri

ca (

0hm

s)

024681012

2004 2005 2006 2007 2009 2010

pH

Ano

0

5

10

15

20

25

2004 2005 2006 2007 2009 2010

Tem

pera

tura

da

gu

a (

C)

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

2004 2005 2006 2007 2009 2010Oxi

gni

o di

ssol

vido

(m

g/L)

Ano

a) b)

d)c)

Figura 3-12 - Mdia anual a) Condutividade eltrica, b) Temperatura da gua, c) pH e d) Oxignio dissolvido na estao 58535000 (Passa Vinte MG).

Em Rio Preto MG os valores de condutividade e pH foram semelhantes aos observados na

estao de amostragem em Passa Vinte (Figura 3-13 a e c). Os maiores valores de condutividade

encontrados, em Passa Vinte e Rio Preto, foram respectivamente relativos aos anos de 2004 e

2005. A temperatura da gua registrada apresentou valores superiores a 20 0C em todos os anos

amostrados (Figura 3-13d) e as concentraes de oxignio dissolvido atenderam aos limites

preconizados na resoluo CONAMA 357/05, em todo o perodo de monitoramento.

No municpio de Resende a ANA possui duas estaes de medio: 58530000 e 58585000. Na

estao 58530000 a condutividade foi maior nos anos de 2004 e 2005 (Figura 3-14 d). A maior

temperatura mdia da gua registrada foi de 21 0C (Figura 3-14 b) e o pH variou de cido a

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

20/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

neutro, com os valores compatveis ao limite proposto pela resoluo CONAMA 357/05 (Figura

3-14 c). A concentrao mdia do oxignio dissolvido foi acima de 6 mg/L em todos os anos

estudados (Figura 3-14 d). A estao 58585000 est localizada no municpio de Resende,

prximo divisa com o estado de Minas Gerais. Nessa estao, assim como na 58530000, a gua

apresentou boa oxigenao e pH variando de cido a neutro, atendendo aos limites da Resoluo

CONAMA 357/05 (Figura 3-15 c e d). Os resultados das variveis fsicas condutividade e

temperatura da gua (Figura 3-15 a e b) foram semelhantes aos obtidos com as demais estaes

monitoradas pela ANA.

0

5

10

15

20

25

30

35

2001 2002 2004 2005 2006 2007 2009 2010

Tem

pera

tura

da

gu

a (

C)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

2001 2002 2004 2005 2006 2007 2009 2010

pH

Ano

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2001 2002 2004 2005 2006 2007 2009 2010

Oxigniodissolvido

(mg/L)

Ano

b)

c) d)

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2001 2002 2004 2005 2006 2007 2009 2010

Cond

utiv

idad

e el

tri

ca (

0hm

s)

a)

Figura 3-13 - Mdia anual a) Condutividade eltrica, b) Temperatura da gua, c) pH e d) Oxignio dissolvido na estao 58550001 (Rio Preto MG).

Em outra estao, localizada no estado do Rio de Janeiro, Rio das Flores, o oxignio dissolvido

tambm no apresentou variaes na estao de Rio das Flores, com concentraes mdias

variando entre 6,5 e 7,7 (Figura 3-16 d). A condutividade foi maior nos anos de 2004 e 2005

(Figura 3-16 a). Assim como na estao de Resende o pH da gua do rio Preto esteve dentro dos

limites da resoluo CONAMA 357/05 para guas de Classe 2 (Figura 3-16 c) e a maior

temperatura da gua registrada foi no ano de 2007 (Figura 3-16 b)

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

21/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

a) b)

c) d)

Figura 3-14 - Mdia anual a) Condutividade eltrica, b) Temperatura da gua, c) pH e d) Oxignio dissolvido na estao 58530000 (Resende RJ).

a)

b)

c)

d)

Figura 3-15 - Mdia anual a) Condutividade eltrica, b) Temperatura da gua, c) pH e d) Oxignio dissolvido na estao 58585000 (Resende RJ).

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

22/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

a)

b)

c)

d)

Figura 3-16 - Mdia anual a) Condutividade eltrica, b) Temperatura da gua, c) pH e d) Oxignio dissolvido na estao 58585000 (Rio das Flores RJ).

3.2 - NDICE DE QUALIDADE DE GUA

A qualidade da gua na estao BS028, monitorada pelo IGAM e situada na regio de Comendador

Levy Gasparian (MG), variou entre ruim e boa no perodo de fevereiro de 2001 a maro de 2010.

Ressalta-se que baixos valores do ndice de Qualidade da gua (IQA) s foram observados nos

meses de fevereiro e maro, perodo chuvoso na regio. Os dados de IQA da estao monitorada

pelo IGAM corroboram o que foi relatado no EIA, onde a qualidade da gua foi boa na campanha

de julho (perodo seco) e mdia na campanha de fevereiro (perodo chuvoso). A queda do IQA nos

meses chuvosos est relacionada ao aumento na turbidez e aos teores de coliformes fecais nesse

perodo, quando a lavagem do solo da bacia de drenagem maior em virtude da maior

pluviosidade. Desta forma, pode ser dito que no houve mudanas significativas no IQA entre

2000 e 2010.

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

23/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

Quadro 3-1 ndice de Qualidade de gua medido pela estao BS028, regio de Comendador Levy Gasparian.

IQA Qualidade da gua Data

71,90 BOA Fev.2001

70,80 BOA Ago.2001

58,80 MDIA Mar.2002

74,30 BOA Ago.2002

46,50 RUIM Mar.2003

74,60 BOA Ago.2003

64,90 MDIA Mar.2004

78,80 BOA Ago.2004

54,80 MDIA Mar.2005

73,10 BOA Ago.2005

66,50 MDIA Mar.2006

79,50 BOA Ago.2006

49,80 RUIM Fev.2007

65,40 MDIA Ago.2007

45,60 RUIM Mar.2008

76,00 BOA Ago.2008

50,20 RUIM Mar.2009

72,20 BOA Set.2009

50,60 MDIA Mar.2010

4 - PROGNSTICO DE IMPACTOS SOBRE A QUALIDADE DA GUA COM O EMPREENDIMENTO

Conforme previsto no EIA da PCH Santa Rosa I, com o enchimento do reservatrio, a dinmica do

rio Preto ser alterada, havendo perda de velocidade e capacidade de transporte de sedimentos.

Haver modificaes no corpo hdrico, pela diminuio da vazo, devido modificao do

sistema para uma transio ltico a semi-lntico, alm da possvel modificao da biota

aqutica. Haver perda de habitats marginais e de corredeiras, desfavorecendo populaes que

tem seu ciclo de vida ou parte dele nestas reas.

O reservatrio projetado para a PCH Santa Rosa possui feies morfolgicas marcantes:

estreito, raso e alongado na parte majoritria de seu estiro. O comprimento do reservatrio

ser 7800 m; a profundidade mdia ser de aproximadamente 7 m, sendo que a profundidade

mxima pode chegar a 28 m, que tambm valor caracterstico de reservatrios rasos. Os

regimes hidrolgicos apresentam amplitudes da variao das vazes afluentes que podem ir de

42,10 m/s a 178,50 m/s e sua mdia de 98,90 m/s.

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

24/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

A atualizao do prognstico da qualidade da gua da PCH Santa Rosa I corrobora a no

ocorrncia de indicativos de alteraes significativas das variveis limnolgicas do rio Preto, seja

para os perodos de estiagem ou para os perodos chuvosos.

Portanto, segundo os resultados obtidos nesse trabalho, no h indicativos de que ocorrero

problemas de qualidade da gua capazes de restringir seus usos deste corpo dgua ao longo do

ciclo sazonal completo. No h indicativos de novas violaes importantes dos limites CONAMA

357/05 estabelecidos para guas enquadradas como Classe II, alm das que j foram

identificadas neste estudo.

5 - CONSIDERAES FINAIS

Com base na anlise dos resultados descritos no EIA da PCH Santa Rosa I (2000) e os resultados

obtidos junto ANA, ao IGAM e ao INEA no rio Preto (2001 a 2010) nos perodo seco (janeiro a

maro) e chuvoso (julho a setembro), possvel estabelecer as seguintes consideraes:

O rio Preto no apresentou diferena significativa no que diz respeito qualidade da gua das

estaes de monitoramento situadas ao longo do seu curso, entre os anos de 2000 e 2010. Os

resultados obtidos junto s agncias supracitadas so condizentes com os resultados

apresentados no EIA da PCH Santa Rosa I.

Os valores de turbidez, slidos, coliformes fecais e mangans foram maiores nos perodos

chuvosos, quando o aporte de materiais da bacia de drenagem maior devido a alta

pluviosidade. Esse padro foi observado tanto nos resultados apresentados no EIA e quanto pelos

monitoramentos do IGAM e INEA.

O oxignio dissolvido e o pH da gua do rio Preto foram compatveis entre as estaes estudadas

pelo IGAM, tanto na regio de Minas Gerais quanto do Rio de Janeiro.

O fosfato total e o fsforo total foram superiores aos limites estabelecidos pelas Resolues

CONAMA 20/86 e CONAMA 357/05, respectivamente. Este cenrio provocado pela utilizao

inadequada do solo, uma vez que est inserido na bacia do rio Paraba do Sul. Alm disso, altas

concentraes de nutrientes fosfatados esto ligadas ocupao antrpica.

As variveis turbidez, fsforo total, fosfato total, ferro solvel, mangans e coliformes fecais

apresentaram valores em desacordo com os limites definidos para guas doces de classe 2,

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011

25/25

0200-00-PQA-RL-0001-00

estabelecidos pela Resoluo CONAMA 357/05. O uso e a ocupao indevida do solo a principal

razo para os altos valores registrados. Aliado a isso, a sazonalidade exerceu influncia nos

resultados, visto que os meses chuvosos apresentaram maiores valores de coliformes fecais,

mangans e turbidez. Este cenrio foi comum no rio Preto ao longo dos dez anos avaliados neste

estudo.

Em sntese, o fator de degradao da qualidade da gua est relacionado ocupao antrpica

da bacia de drenagem, que apresentou um crescimento pouco expressivo nos ltimos 10 anos. De

uma forma geral, as anlises de qualidade de gua refletem o uso inadequado do solo, uma vez

que os principais problemas identificados esto relacionados ocupao da zona rural e a

precria infra-estrutura de saneamento urbana, resultando em elevadas concentraes de

nutrientes fosfatados e coliformes no corpo dgua estudado. Contudo, no foram observadas

alteraes significativas nos parmetros de qualidade da gua analisados no perodo de 2000 a

2010.

6 - EQUIPE TCNICA

A seguir apresentada a equipe tcnica envolvida na elaborao do prognstico atualizado da

qualidade da gua da PCH Santa Rosa I.

Profissional Formao Funo Registro Geral/CTF

Gina Lusa Boemer Biloga, doutora em Engenharia Ambiental pela USP Coordenao geral e desenvolvimento

CRBio 35253/04-D

IBAMA 590812

Michele Ferreira Lima Biloga, mestre em Ecologia pela UFJF

Levantamento de dados de qualidade da gua e descrio dos resultados

CRBio 62141/04D

IBAMA 4905761

Eduardo Portela Bilogo Elaborao das imagens cartogrficas CRBio 32226/02-D

IBAMA 617561

Rafael Marques Almeida Bilogo Anlise dos dados de qualidade da gua IBAMA 4785241

Mateus Rocha Gegrafo Levantamento de dados scio-econmicos

Joo Durval Arantes Junior Bilogo, mestre em Engenharia Ambiental pela USP e doutorando em Ecologia pela UFSCar

Levantamento de dados de qualidade da gua e reviso

CRBio 35214/01-D

IBAMA 3942539

ANEXO 1 - MAPA DAS ESTAES DE MONITORAMENTO LIMNOLGICO

PCH Santa Rosa I

EIASR-03EIASR-01

EIASR-02

IGAMBS028INEAPR 091

ANA58585000

ANA58535000

ANA58525000

ANA58530000

ANA58550001

MG

RJ

RJSP

Belmiro Braga

Bocaina de MinasPassa-Vinte

Rio PretoSantaBrbara doMonte Verde

Santa Rita de Jacutinga

Itatiaia

QuatisResende

Rio dasFloresValena

Rio ParaibunaRio d

as F

lores

Rio Rio ParaibunaRio Vermelho

Rio Preto

Rio Rio Paraibuna

Rio do Peixe

Rio das Flore

s

Rio Rio

Paraibu

na

Rio do Peixe

Rio Monte Verde ou Santa Brbara

Rio Cgado

Rio do Peix

e

Rio Preto

Rio ParaibunaRio Preto

550000

550000

600000

600000

650000

650000

700000

700000

750000

0

750000

0

755000

0

755000

0

760000

0

760000

0

765000

0

765000

0

Ttulo

Projeto

Reviso 00

Cliente

Execuo

Referncia

Escala Grfica

PROJEO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTMDatum Horizontal: SAD69Origem da quilometragem : Equador e Meridiano -45. de Gr.acrescidas as constantes 10.000 km e 500 km, respectivamente.- Base Cartogrfica Integrada do Brasil ao Milionsimo Digital, IBGE 2003;- Estaes de Monitoramento Setor de Monitoramento da Qualidade da gua, INEA 2011;- Estaes de Monitoramento Setor de Meio Ambiente, IGAM 2011;- Estaes de Monitoramento Hidroweb, ANA 2011.

Mapa de Situao

Legenda

ATUALIZAO DO PROGNSTICO DA QUALIDADE DA GUADA PCH SANTA ROSA IMAPA DAS ESTAES DEMONITORAMENTO LIMNOLGICO

Escala: Data: Fevereiro/2011 FL.:_/_

Elaborado: EMP Visto: Aprovado:Mapa n.: 2001

MGRJ

SP

ES

1:700.000

0 10 20 30 405Quilmetros

Sede municipalHidrografiaCorpo d'guaLimite estadual

Municipios da bacia de contribuio da PCH Santa Rosa IMunicipios de Minas GeraisRio de JaneiroBacia do rio Preto bacia de contribuio da PCH Santa Rosa IEstaes de monitoramento limnolgicoPCH Santa Rosa I

ANEXO 2 - TABELA DOS RESULTADOS DE QUALIDADE DE GUA DO EIA DA PCH SANTA ROSA I (2000), IGAM E INEA (2001 A 2010)

PCH SANTA ROSA I

Prognstico da Qualidade da gua

Fevereiro de 2011 Anexo 2 - Tabela dos resultados de qualidade de gua do EIA da PCH Santa Rosa I (2000), IGAM e INEA (2001 a 2010)

0200-00-PQA-RL-0001-00

1/1

IGAMBS028 INEAPR091Fev.2000 Jul.2000 Fev.2000 Jul.200 Fev.2000 Jul.200 Fev.2001Ago.2001 Set.2001 Ago.2001Mar.2002Ago.2002 Fev.2002Ago.2002Mar.2003Ago.2003 Jan.2003 Jul.2003 Mar.2004Ago.2004 Jan.2004 Jul.2004 Mar.2005Ago.2005 Jan.2005 Ago.2005Mar.2006Ago.2006 Jan.2006 Set.2006 Fev.2007Ago.2007 Abr.2007Ago.2007Mar.2008Ago.2008 Fev.2008 Jul.2008 Mar.2009 Set.2009 Fev.2009 Jul.2009 Mar.2010 Jan.2010

Acideztotal mg/L 2.78 2.43 6.48 0.97 3.7 1.94 Alcalinidadetotal mg/L 12 10.5 11 11 10 11 9.4 10.1 8.2 10.7 9.2 10.1 8.8 8.9 8.3 7.2 6.3 9.6 10.7 11.7 7.6 11.4 10.4 11.5 7.5

Condutividadeeltrica S/cm 44.64 22.83 24.06 24.36 22.56 23.04 30.3 29.7 55 40 25.4 31.3 50 50 27.5 30.5 32 55 22.9 26.3 46 50 25.3 28.4 50 50 23.2 31.6 56 34.2 30.2 32.5 70 60 22.9 29.7 38 64 23.4 9.7 48 48 21.2 49DBO mg/L 2.98 0.15 0.6 2.26 1.1 0.55 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3.6 2 2 2 2 2 2 2.2 2 2 2DQO mg/L 29.2 6.4 19.4 8 34 4 13 10 20 10 25 13 10 40 33 5 10 10 17 9 20 10 10 5 10 10 13 8 10 30 11 5 20 10 5 8 20 10 18 5 10 10 19 10

Durezatotal mg/L 8.46 7.01 8.96 7.01 7.96 7.52 11.8 10 7.3 8.6 8 9.2 7.6 8.1 8.7 12 8.8 10.1 13.2 11.7 7.4 9.8 6.6 8.8 9.5 Ferrosolvel mg/L 0.28 0.12 0.37 0.19 0.19 0.12 0.21 0.2 0.31 0.26 0.21 0.26 0.41 0.21 0.17 0.26 0.2 0.18 0.22 0.2 0.35 0.32 0.22 0.4 0.2 0.09 0.42 0.12 0.11 0.12 Fsforototal mg/L 0.06 0.08 0.06 0.4 0.05 0.02 0.05 0.07 0.13 0.04 1.1 0.06 0.04 0.03 0.65 0.05 0.1 0.11 0.12 0.08 0.06 0.02 0.15 0.12 0.13 0.02 0.4 0.09 0.1 0.02 0.35 0.04 0.07 0.04 0.1 0.08 0.12 0.15Fosfatototal mg/L 0.087

SANTA ROSA ENERGTICA S.A.

02 ATUALIZAO DO CADASTRO DA ATIVIDADE PESQUEIRA DE LAZER

E COMERCIAL NA ADA E AID;

Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

PCH Santa Rosa I

Fevereiro - 2011

PCH SANTA ROSA I

Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

Fevereiro de 2011 ndice

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1/1

NDICE

1 - Introduo ........................................................................................ 1/8

2 - Aspectos Metodolgicos ........................................................................ 1/8

2.1 - Categorias de Anlise .................................................................... 1/8

2.2 - rea de Estudo ............................................................................ 2/8

3 - Caracterizao da Atividade Pesqueira ..................................................... 3/8

3.1 - Tipos de Pescadores ..................................................................... 3/8

3.1.1 - Pescador Amador de Fora ........................................................ 3/8

3.1.2 - Pescador de Subsistncia Parcial ............................................... 4/8

3.1.3 - Pesca de Subsistncia ............................................................ 4/8

3.2 - Modalidades de Pesca.................................................................... 5/8

3.2.1 - Pesqueiro ........................................................................... 5/8

3.2.2 - Pesca nas Margens................................................................. 6/8

3.2.3 - Pesca na Calha do Rio ............................................................ 7/8

4 - Recomendaes ................................................................................. 8/8

5 - Equipe Tcnica .................................................................................. 8/8

PCH SANTA ROSA I

Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

Fevereiro de 2011

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1 - INTRODUO

Com o objetivo de caracterizar a ocorrncia de atividade pesqueira na rea de influncia

prevista para PCH Santa Rosa, foi realizada uma vistoria de campo por um tcnico da rea de

cincias sociais. Para a identificao dos locais onde se realiza tal prtica e sua caracterizao

foi realizado contato com autoridades pblicas que forneceram um guia para auxiliar o trabalho

investigativo. Com o apoio deste guia, o tcnico circulou pela rea, coletando dados com

informantes locais e realizando observaes de campo.

2 - ASPECTOS METODOLGICOS

2.1 - CATEGORIAS DE ANLISE

Para se identificar e caracterizar a pesca utilizou-se como referncia as categorias de pesca e

pescador utilizadas pelo Ministrio da Pesca e Aquicultura, indicadas na Lei n 11.959/09

apresenta as classificaes da pesca:

Da Natureza da Pesca

Art. 8 Pesca, para os efeitos desta Lei, classifica-se como:

I - comercial:

a) artesanal: quando praticada diretamente por pescador profissional, de forma

autnoma ou em regime de economia familiar, com meios de produo prprios ou

mediante contrato de parceria, desembarcado, podendo utilizar embarcaes de

pequeno porte;

b) industrial: quando praticada por pessoa fsica ou jurdica e envolver pescadores

profissionais, empregados ou em regime de parceria por cotas-partes, utilizando

embarcaes de pequeno, mdio ou grande porte, com finalidade comercial;

II - no comercial:

PCH SANTA ROSA I

Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

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a) cientfica: quando praticada por pessoa fsica ou jurdica, com a finalidade de

pesquisa cientfica;

b) amadora: quando praticada por brasileiro ou estrangeiro, com equipamentos ou

petrechos previstos em legislao especfica, tendo por finalidade o lazer ou o

desporto;

c) de subsistncia: quando praticada com fins de consumo domstico ou escambo

sem fins de lucro e utilizando petrechos previstos em legislao especfica. (D.O.U,

29 de Junho de 2009:2)

Deve-se destacar que estas categorias, assim como outras determinaes, so representaes,

baseadas em modelos. Entende-se e que estas, como outras categorias, so formas de ordenar a

realidade objetiva, mas que no a representam em sua totalidade e diversidade. Geralmente a

constituio de uma categoria decorre da identificao de caractersticas de um modelo, que

no raro baseado em um tipo ideal, que pode representar parcialmente vrias situaes

empricas, mas nenhuma em sua totalidade e dinamismo. As limitaes das categorias e modelos

se tornam evidentes quando se observa que, na realidade objetiva, os atores sociais classificados

podem transitar entre as categorias propostas, apresentando, conforme a situao ou o enfoque

da anlise caractersticas relacionadas a mais de uma categoria.

A partir desta perspectiva coloca-se que em algumas situaes pescadores classificados sob a

mesma categoria oficial pode apresentar caractersticas especficas, o que confere

heterogeneidade a estes grupos.

2.2 - REA DE ESTUDO

A rea de estudo deste trabalho ficou restrita a AID e ADA do empreendimento, representando

uma faixa de 10 quilmetros do entorno do empreendimento e a rea a ser ocupada pelo

reservatrio ou estruturas necessrias para a sua instalao e operao.

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Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

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3 - CARACTERIZAO DA ATIVIDADE PESQUEIRA

Na rea de Influncia da PCH Santa Rosa I foram identificadas trs modalidades de Pesca e trs

tipos de pescador. Enquanto as modalidades foram definidas a partir dos espaos que ocupam, os

tipos de pescadores foram classificados a partir da representao da motivao para a realizao

da atividade balizada pelas categorias oficiais de pescadores.

3.1 - TIPOS DE PESCADORES

Para o entendimento adequado das modalidades de pesca, importante apresentar uma

caracterizao dos tipos de pescadores encontrados.

3.1.1 - Pescador Amador de Fora

Estes pescadores se aproximam da categoria oficial. Correspondem a pessoas residentes,

principalmente, nos municpios de Valena e Vassouras, no Rio de Janeiro, e Juiz de Fora, em

Minas Gerais. A motivao desta atividade basicamente a realizao de lazer ou desporto, ou

seja, pesca apresenta carter quase que exclusivamente ldico. A segurana alimentar destes

pescadores ou a manuteno do grupo domstico independe da realizao da atividade pesqueira

e de sua produtividade. Geralmente, estes pescadores possuem equipamentos de pesca

industrializados e adquiridos em lojas especializadas, s vezes com custo proibitivo para os

demais tipos de pescadores encontrados. A locomoo destes pescadores feita, em grande

parte dos casos, por veculos de passeio. Em algumas situaes os pescadores se hospedam nas

sedes municipais ou em estabelecimentos rurais, quando vo gastar mais de um dia na realizao

da atividade.

As modalidades de pesca praticadas por estes pescadores so o pesqueiro e a pesca nas margens.

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3.1.2 - Pescador de Subsistncia Parcial

Estes pescadores apresentam equipamento de pesca de menor valor comercial que aquele

geralmente encontrado com os pescadores amadores de fora. Atual, na maior parte das vezes

com varas de pesca e anzol. Nos casos relatados e observados estes pescadores so residentes

nos municpios de Belmiro Braga e Rio das Flores. Pode-se afirmar que estes pescadores se

encontram em situao intermediria entre os pescadores amadores de fora e os pescadores de

subsistncia. Apesar da motivao da pesca ser o lazer, destaca-se que o pescado acaba por

representar uma importante contribuio para a dieta do grupo domstico destes pescadores,

sendo uma fonte de protena cujo acesso no se d em troca de moeda, como geralmente o

acesso a carne de boi ou de porco. De forma que incluso do pescado na dieta libera recursos

para a realizao de outras demandas do grupo domstico. Nas entrevistas foi possvel perceber

que a diviso entre subsistncia e lazer no uma questo para os pescadores desta categoria,

para estes estas motivaes fazem parte de um mesmo conjunto sendo indissociveis. A nica

modalidade de pesca onde se encontra esta categoria de pescador a pesca nas margens.

3.1.3 - Pesca de Subsistncia

A indicao destes atores como pescadores de subsistncia no representa que no exista uma

motivao de lazer ou pelo menos vocacional. Em verdade, esta determinao tem como

objetivo diferenciar o papel da pesca na manuteno do grupo domstico. Se para os pescadores

de subsistncia parcial, a atividade representava um ganho adicional o contribuio para

segurana alimentar para os pescadores de subsistncia a atividade possui um papel mais

destacado. A principal evidncia desta importncia diferenciada est no uso dos materiais como

a rede, a tarrafa e a embarcao, que proporcionam, a princpio, um volume de pescado bem

maior que os demais tipos de pescadores. Entende-se que o crescimento da importncia da pesca

na segurana alimentar, cresce tambm a demanda de pescado por pescador. Apesar da

proibio do uso de tarrafas e redes, estes equipamentos fazem parte da arte pesca destes

atores. No raro estes tm seu material apreendido pela polcia ambiental.

Apesar do uso destes materiais estes pescadores no apresentam documentao de pescadores

profissionais e segundo os relatos no se identificam como pessoas que tiram seu sustento da

pesca, o que na percepo local, corroborada pela ao policial, representa uma conduta ilegal.

Este aspecto tambm dificulta a interao com estes atores e a coleta de informaes. Alm da

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contribuio direta do pescado para a dieta, estima-se a partir do potencial volume de pescado

obtido, que ocorra comercializao, mas no foi identificado um mercado ou agentes de mercado

que atuem com pesca e pescado.

3.2 - MODALIDADES DE PESCA

3.2.1 - Pesqueiro

O pesqueiro consiste em um espao delimitado do rio, onde os pescadores se deslocam, a partir

das propriedades rurais existentes em suas margens. Geralmente o acesso margem do rio

intermediado por alguma forma de pagamento ao proprietrio do estabelecimento, que tambm

pode oferecer servios, tambm passveis de remunerao, a estes pescadores. O tipo de

pescador a atuar nesta rea o amador de fora, eles se dirigem s propriedades e pagam aos

proprietrios para o uso das margens para a prtica da pesca. Os equipamentos utilizados so

canios e anzis, adquiridos em lojas especializadas.

Na rea de influncia foram identificados dois pesqueiros o Barra do leo (coordenadas

aproximadas 0648671/7557081) e o Stio Chal (coordenadas aproximadas 0653829/7559877). Em

relao ao primeiro (Figura 3-1), nota-se a existncia de estruturas para atendimento aos

usurios, incluindo espao para hospedagem. No entanto, em vistoria realizada notou-se que a

estrada no apresentava boas condies de trfego (Figura 3-3), assim como a placa indicativa

do local estava em condies ruins,(Figura 3-3) contrastando com os investimentos em outras

estruturas. Segundo relatos, a atividade neste local est praticamente encerrada, como sugere a

placa e as condies das vias. A porteira que d acesso ao local estava trancada com cadeado, o

que corrobora esta informao.

Figura 3-1 Pesqueiro Barra do leo

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Figura 3-2 Estrada de acesso ao pesqueiro Barra do leo

Figura 3-3 Placa Indicativa do Pesqueiro Barra do leo

O outro pesqueiro identificado est localizado no Stio Chal. Segundo o proprietrio deste

estabelecimento, a atividade est encerrada, em funo da queda na procura por este servio.

Com o passar dos anos o nmero de pescadores se reduziu, at o ponto do retorno financeiro da

atividade no compensar sua continuidade.

3.2.2 - Pesca nas Margens

Alm dos pesqueiros observa-se o uso das margens para a atividade pesqueira, sem remunerao

para os proprietrios. Os pescadores (amadores de fora e de subsistncia parcial) ocupam

espaos nas margens e pescam com anzis e canios. Muitos dos pescadores locais utilizam

equipamentos simples adquiridos no ecossistema como varas de bambu ou construdos pelos

pescadores. O uso de tarrafas e redes nesta modalidade tem sido reprimido pela polcia

ambiental. (Figura 3-4), mas tambm apresentam motivao relacionada com o lazer. Em vrios

pontos este tipo de prtica proibido pelos proprietrios (Figura 3-5). Segundo relato de um

entrevistado, as espcies capturadas nesta atividade so: piau, dourado, surubim, acar, mandi,

cumbaca, bocarra e cascudo.

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Caracterizao da Ocorrncia da Atividade Pesqueira

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Figura 3-4 Pescador de Subsistncia Parcial atuando na margem do rio

Figura 3-5 Proibio de pesca na margem em propriedade rural

3.2.3 - Pesca na Calha do Rio

A pesca na calha do rio ocorre em pequenas canoas artesanais (Figura 3-6). Com a embarcao o

pescador alcana as reas centrais do rio, onde pode realizar lanamentos com a tarrafa, ou

posicionar redes de espera. Apesar da proibio destes petrechos, a polcia ambiental no dispe

de embarcaes, de modo que no rio no conseguem abordar estes pescadores. Alm disso, o uso

de embarcaes d uma autonomia relativa ao pescador, que passa a ter independncia de

autorizao dos proprietrios rurais (dos estabelecimentos das margens) para a realizao da

atividade.

Figura 3-6 Canoa Utilizada na Pesca

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4 - RECOMENDAES

Tendo em vista as caractersticas observadas nas modalidades de pesca e tipos de pescadores

podem ser realizadas algumas recomendaes.

Cadastro de Pescadores para se avaliar com mais preciso os aspectos que envolvem a pesca,

nas fases seguintes do licenciamento pode-se realizar um cadastro dos pescadores atuantes no

rio, realizando o mapeamento de pesqueiros ou outras modalidades de pesca, identificando seus

praticantes. Estima-se que sero obtidos melhores resultados se tais aes forem realizadas de

maneira integrada com programas e aes realizadas no espao do rio. Nesta ao importante

incluir aspectos quantitativos e qualitativos da pesca, de forma precisar a participao da pesca

segurana alimentar e manuteno dos grupos domsticos.

PACUERA Deve-se considerar no PACUERA, a existncia de vrios tipos de pescadores, bem

como modalidades de pesca, para em concordncia com as autoridades pblicas e rgos

ambientais competentes, promover aes afim de evitar a sobrepesca, principalmente com a

atrao de pescadores amadores de fora.

Regularizao e fiscalizao da pesca Caso se identifique que os pescadores de subsistncia

dependem completamente da pesca para a manuteno do grupo domstico pode-se apoia-los

para a sua regularizao. Por outro lado, pode-se procurar formas de apoiar a fiscalizao sobre

os pescadores ilegais, com nfase para aqueles que chegarem ao local atrado pela divulgao do

projeto.

5 - EQUIPE TCNICA

A seguir apresentada a equipe tcnica envolvida na caracterizao da ocorrncia da atividade

pesqueira na rea de influncia da PCH Santa Rosa I.

Profissional Formao Registro Geral/CTF

Priscila Sampaio Mestre em Cincias Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade IBAMA 36542

Eduardo Almeida Menezes Mestre em Cincias Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade IBAMA 329211

SANTA ROSA ENERGTICA S.A.

03 NOVO ESTUDO DE REMANSO E VIDA TIL DO RESERVATRIO;

PCH SANTA ROSA I

REMANSO E SEDIMENTOLOGIA

Janeiro / 2011

ERHAEngenhariadeRecursosHdricosAplicadaLtda.

(31)9192.7521(31)9291.7244 2

SUMRIO

1. INTRODUO .................................................................................................................. 3

2. INFORMAES BSICAS .............................................................................................. 3

2.1. Restituio Aerofotogramtrica.............................................................................4

2.2. Dados Cadastrais.....................................................................................................4

2.3. Estudos Anteriores..................................................................................................6

2.4. Levantamentos Topogrficos................................................................................6

2.5. Medies de Vazo Lquida e Slida...................................................................10

3. HIDRULICA FLUVIAL.................................................................................................. 11

3.1. Calibrao do Modelo...........................................................................................12

3.2. Resultados das Simulaes.................................................................................15

4. SEDIMENTOLOGIA........................................................................................................ 23

4.1. Consideraes sobre o Assoreamento de Reservatrios................................23

4.2. Estimativa da Descarga Slida Afluente.............................................................25

ERHAEngenhariadeRecursosHdricosAplicadaLtda.

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1. INTRODUO

Esse documento tem a finalidade de apresentar resultados e descrever os estudos de hidrulica fluvial e sedimentolgicosque foram efetuados para o rio Preto, no trecho compreendido entre a casa de fora da PCH Santa Rosa I e o final de seu reservatrio, a ser implantado no nvel de gua mximo normal de 385,50 m e cujo comprimento de aproximadamente 6,5 km. O referido trecho fluvial representa, parcialmente, a divisa dos municpios de Belmiro Braga (MG) e Rio das Flores (RJ). A principal motivao para a reviso das curvas de remanso do reservatrio da PCH Santa Rosa I, bem como da estimativa de vida til do reservatrio, em relao aos estudos apresentados no projeto bsico, a necessidade de responder aos questionamentos feitos pelo IBAMA durante o processo de renovao da Licena Prvia do empreendimento. Muito embora os referidos estudos tenham sido detalhadamente apresentados na etapa anterior, atualmente, dados primrios obtidos no local de interesse possibilitam uma melhor calibrao do modelo de simulao hidrulica, necessrio ao desenvolvimento dos estudos de remanso, e estimativa das variveis envolvidas na determinao do assoreamento, o que, consequentemente, resulta na determinao com maior preciso dos resultados almejados com ambos os estudos em foco. Alm deste Captulo de Introduo, o Relatrio contm outros 3 (trs) captulos, assim divididos: (2) relao dos dados bsicos utilizados; (3) estudos de hidrulica fluvial, que incluem a calibrao do modelo e os resultados das simulaes realizadas em escoamento permanente; e, (4) estudos sedimentolgicos envolvendo desde a estimativa das descargas slidas afluentes ao local de interesse determinao da vida til esperada para o reservatrio.

2. INFORMAES BSICAS

As informaes bsicas utilizadas nos estudos referem-se restituio aerofotogramtrica da regio de interesse, aos dados cadastrais do projeto da barragem, aos estudos anteriores e s sees transversais utilizadas no estudo de simulao hidrulica, bem como aos dados primrios resultantes das campanhas de medio de descargas liquidas e slidas.Os dados sedimentomtricossecundrios foram obtidos da publicao Diagnstico das Condies Sedimentolgicas dos Principais Rios Brasileiros (Eletrobrs, 1998).

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2.1. Restituio Aerofotogramtrica

A identificao da regio e clculo das caractersticas fsicas de interesse foi feita atravs da restituio aerofotogramtrica realizada sobre 06 (seis) fotografias areas, obtidas pelo vo base Service de 2006, na escala de 1:30.000, que recobrem as reas de interesses a serem mapeadas. A restituio aerofotogramtrica foi executada numa rea de 2,62 km e est apresentada com curvas de nvel de 5 em 5 metros.

2.2. Dados Cadastrais

A PCH Santa Rosa I, em processo de licenciamento ambiental, vai operar a fio-dgua com N.A. mximo normal na El. 385,50 m. Seu vertedouro possui 2 (duas) comportas, cujo funcionamento busca manter o nvel de gua constante. O reservatrio da usina em questo possui cerca de 111 ha de espelho de gua, rea referenciada ao N.A. mximo normal. O volume total acumulado no reservatrio na referida elevao de 7,82x 106 m. No rio Preto, a montante do local de implantao da futura PCH Santa Rosa I, segundo dados da ANEEL operam, atualmente, trs outras PCHs, todas a fio dgua. Assim, sem demais interferncias passveis de provocar regularizao de vazes, as afluncias ao reservatrio da PCH podem ser consideradas naturais. Em funo da elaborao de uma nova restituio aerofotogramtrica, as curvas cota x rea x volume foram refeitas, e esto a presentadas na Figura 2.1 e na Tabela 2.1.

Tabela 2.1 Curvas cota versus rea versus volume do reservatrio da PCH Santa Rosa I

Cota (m)

rea (m)

Volume (m)

rea Incremental (m)

Volume Incremental

(m)

362,25 0,00 0,00 0,00 0,00

370,00 6.606,07 17.065,68 6.606,07 17.065,68

375,00 368.186,20 723.916,09 361.580,13 706.850,41

380,00 638.417,44 3.209.632,56 270.231,24 2.485.716,47

385,00 1.008.611,76 7.292.086,80 370.194,32 4.082.454,24

385,50 1.113.817,32 7.822.476,65 105.205,56 530.389,85

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Figura 2.1 Curvas cota versus rea versus volume do reservatrio da PCH Santa Rosa I

Para a realizao do presente estudo, foram utilizadas as seguintes informaes bsicas pertinentes ao aproveitamento:

Vazo mdia de longo termo: QMLT=96,6 m/s

rea de drenagem: AD= 3.280 km

N.A. mximo normal de operao: NAMAX = 385,50 m

Volume total do reservatrio: VT= 7,82 x 106m

El. da soleira da tomada dgua: NASTA = 367,20 m

Volume at a soleira da tomada dgua: VM=0,011 x 106m

N.A. mximo maximorium: NAMAXMAX = 385,50 m

Comprimento do reservatrio: L = 6.400 m

A Tabela 2.2 apresenta as vazes associadas a tempos de retorno notveis, calculadas para o local da PCH Santa Rosa I.

Tabela 2.2 Dados referentes s sees transversais utilizadas nos estudos.

Tempo de Retorno Vazo Instantnea (m/s) Tempo de Retorno Vazo Instantnea (m/s)

5 anos 938 100 anos 1766

10 anos 1150 1000 anos 2383

50 anos 1581 10000 anos 2988

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2.3. Estudos Anteriores

Para elaborao do presente relatrio, foram consultados os seguintes estudos:

PCH Santa Rosa I, Projeto Bsico, Volume I, II e III, elaborado por PCE Projetos e Consultorias de Engenharia Ltda., Limiar Engenharia Ambiental Ltda. e Workinvest Consultoria Empresarial Ltda.;

Relatrio de Cartografia e Topografia, PCH Santa Rosa I, Rio Preto, elaborado pela Marcos Lopes Consultoria e Topowild Engenharia, em agosto de 2010;

Avaliao Ambiental Integrada dos Aproveitamentos Hidreltricos da Bacia do Rio Paraba do Sul, elaborado pela Empresa de Pesquisas Energticas EPE, em dezembro de 2007.

2.4. Levantamentos Topogrficos

Foram utilizadas no total 14 (quatorze) sees transversais, levantadas no ms de julho de 2010 pela Marcos Lopes Consultoria e Topowild Engenharia. As distncias entre as sees foram tiradas, sobre o material cartogrfico disponvel, referente restituio aerofotogramtrica. O desenho apresentado em anexo, elaborado pela empresa responsvel pelo levanto topogrfico, mostra de forma esquemtica a localizao em planta das sees utilizadas. Na Figura 2.2 so mostrados os perfis transversais das sees utilizadas (plotados da margem esquerda para direita) e a Tabela 2.3 apresenta as distncias entre as mesmas. A referida tabela inclui informaes sobre a distncia longitudinal primeira das sees levantadas e a cota de fundo da seo transversal. Ressalta-se que o eixo do barramento da PCH Santa Rosa I est localizado entre as Sees 2 e 3. A partir destas informaes foi possvel elaborar o perfil longitudinal apresentado na Figura 2.3, que indica tambm o perfil de linha de gua correspondente ao levantamento realizado.

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Figura 2.2 Perfis transversais das sees topobatimtricas levantada.

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Figura 2.2 (Continuao) Perfis transversais das sees topobatimtricas levantada.

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Tabela 2.3 Dados referentes s sees transversais utilizadas nos estudos.

Seo Distncia 1 Seo (m) Cota de

Fundo (m) Distncia Seo de Jusante (m)

Margem Esquerda Eixo Margem Direita

Seo 1 0,0 358,68 0,0 0,0 0,0

Seo 2 38,9 362,25 29,1 34,0 38,9

Seo 3 75,8 363,00 33,3 35,1 36,9

Seo 4 659,6 369,67 737,8 660,8 583,8

Seo 5 1.761,0 369,54 1240,6 1171,0 1101,4

Seo 6 2.510,8 368,68 832,7 791,2 749,8

Seo 7 3.505,6 371,84 958,0 976,4 994,9

Seo 8 4.508,1 380,83 1066,2 1034,4 1002,5

Seo 9 5.160,3 381,15 711,0 681,6 652,1

Seo 10 6.394,8 381,41 1054,7 1144,6 1234,5

Seo 11 6.935,7 382,65 558,2 549,6 540,9

Seo 12 7.224,0 380,74 299,6 293,9 288,3

Seo 13 7.515,1 382,83 285,1 288,1 291,1

Seo 14 7.899,2 382,93 387,2 385,7 384,1

Figura 2.3 Perfil longitudinal de fundo do trecho fluvial de interesse no rio Preto e perfil de linha de gua nos dias de levantamento.

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2.5. Medies de Vazo Lquida e Slida

A Construfam Engenharia e Empreendimentos Ltda. realizou a instalao da estao fluviomtrica do rio Preto em PCH Santa Rosa I em junho de 2010.A referida estao possui 5 (cinco) lances de rguas localizados na margem direita do curso de gua em questo e cujo zero da escala encontra-se na El. 367,463 m. Est localizada cerca de 30 m a jusante da seo topobatimtrica 1. Nesta estao so realizadas mensalmente campanhas de medio de descargas lquidas e slidas. A Tabela 2.4 apresenta o resumo dos resultados das 6 (seis) campanhas de medio de vazes realizadas at o momento.

Tabela 2.4 Resumo das campanhas de medio de descargas lquidas.

Data Cota (cm) Cota Altimtrica (m) Vazo (m/s)

25/06/2010 255 370,01 56,1

18/07/2010 260 370,06 58,3

21/08/2010 234 369,80 38,3

17/09/2010 219 369,65 30,9

04/10/2010 238 369,84 44,8

23/11/2010 284 370,30 107

Na Tabela 2.5 apresentado um resumo das concentraes de slidos em suspenso correspondentes a 3 (trs) campanhas das 6 (seis) realizadas at o momento.

Tabela 2.5 Concentrao de slidos em suspenso.

Data Cota Altimtrica (m) Vazo (m/s) Concentrao de

slidos em suspenso (g/L)

25/06/2010 370,01 56,1 0,0130

18/07/2010 370,06 58,3 -

21/08/2010 369,80 38,3 0,0080

17/09/2010 369,65 30,9 0,0090

04/10/2010 369,84 44,8 -

23/11/2010 370,30 107 -

Em relao amostragem do material de fundo, a granulometria do material ensaiado est apresentada na Tabela 2.6. Na referida tabela, em funo dos dimetros das partculas tambm so apresentadas as percentagens de cada tipo de material.

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Tabela 2.6 Granulometria do material de fundo.

Dimetro das Partculas (mm)

% Retido Tipo de Material

25/06/2010 21/08/2010 17/09/2010

15,900 0,00 0,00 0,00 Cascalho

0,0% 8,000 0,00 0,00 0,00

4,000 0,00 0,00 0,00

2,000 0,00 0,00 0,00

Areia 70,1%

1,000 0,00 0,00 0,00

0,500 4,24 11,20 1,65

0,250 26,87 37,04 7,01

0,125 37,60 30,37 54,40

0,062 22,69 15,15 32,47 Silte 29,9% 0,000 8,60 6,24 4,47

3. HIDRULICA FLUVIAL

Para a realizao dos estudos de hidrulica fluvial foi utilizado o modelo matemtico HEC-RAS River Analysis System, desenvolvido peloHydrologicEngineer Center do U.S. ArmyCorpsofEngineer, verso 4.1 Beta. Esse modelo aplicado na simulao dos perfis de linha de gua em rios e reservatrios, na hiptese de fluxo unidimensional e regime de escoamento permanente, gradualmente variado, subcrtico, supercrtico ou misto (combinao dos regimes subcrtico e supercrtico), bem como em regime no-permanente (transiente). O procedimento adotado para determinao da linha de gua pelo modelo foi o Standard StepMethod, que se baseia na resoluo iterativa da equao da energia de escoamento em superfcies livres, para a condio de regime permanente. Os parmetros do modelo, constitudos basicamente pelos coeficientes de rugosidade de Manning, foram calibrados levando-se em conta as medies de nvel realizadas na rgua localizada a jusante do canal de fuga da PCH Santa Rosa I, concomitante com medies de vazo realizadas, bem como os nveis de gua observados nas sees topobatimtricas durante o levantamento das sees, os quais foram associados vazo estimada de 58,0 m/s, aproximadamente a que corresponde campanha de medies realizada no referido ms. Os principais dados de entrada do modelo de simulao hidrulica adotado so: a geometria do trecho fluvial de interesse, composta pelas sees transversais levantadas perpendicularmente direo do fluxo; o cadastro das singularidades hidrulicas

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(pontes/bueiros) eventualmente existentes; a estimativa dos coeficientes de rugosidade de Manning e de perdas de carga localizadas nas contraes e expanses de cada seo; as vazes de projeto e as condies de contorno de montante e jusante do trecho fluvial analisado. Os itens seguintes sumarizam os dados utilizados:

Sees transversais: foram utilizadas 14 sees, conforme descrito no item anterior. Ressalta-se que a Seo 1 foi considerada representativa do local onde esto instaladas as rguas linimtricas, a jusante do canal de fuga da PCH Santa Rosa I;

Singularidades no trecho: foi identificada uma ponte que deve ser considerada como singularidade hidrulica no trecho do rio Preto avaliado nos estudos. Esta singularidade representada por um tabuleiro na El. 392,58 m, cuja espessura de aproximadamente 1,75 m e que no possui pilares;

Coeficientes de rugosidade de Manning: foram inicialmente estimados e posteriormente determinados por meio de calibrao, tal como descrito a seguir;

Condies de contorno:para a simulao dos perfis de linha de gua em condies naturais foram adotadas as hipteses de profundidade normal a montante do trecho e profundidade conhecida a jusante, uma vez que as campanhas foram realizada na seo mais de jusante. Para a hiptese de existncia do reservatrio e simulao do remanso por ele provocado a condio de contorno de jusante se altera para nvel conhecido, igual ao N.A. normal de operao (El. 385,50 m).

Vazes de Projeto: foram utilizadas as vazes notveis iguais QMLT e os quantis de projeto, associados a tempos de retorno notveis, estimados nos estudos de Projeto Bsico do aproveitamento.

3.1. Calibrao do Modelo

A calibrao do modelo consistiu no ajuste dos valores do coeficiente de rugosidade de Manning, inicialmente assumidos para as sees de acordo com valores clssicos de literatura em funo do material que reveste a superfcie de cada seo. Para representar a condio de contorno profundidade normal, foi considerada a declividade da linha de gua do dia do levantamento, a qual mais representativa da declividade da linha de energia, uma vez que difere levemente da declividade equivalente do leito do trecho do rio Preto. Foi adotado o valor de 0,0002, para o trecho de montante. Aos dados de nvel de gua observados durante as campanhas de medio de vazo, nas rguas linimtricas localizadas a jusante do canal de fuga, plotados na Figura 3.1, foi ajustada uma curva-chave, tambm plotada na referida figura, para servir de condio de contorno a jusante e possibilitar a calibrao dos coeficientes de Manning do modelo.

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Figura 3.1 Resumo de descarga das campanhas de medio de vazes e ajuste de curva-chave.

Para a calibrao do modelo, empregou-se o procedimento de tentativa e erro na variao dos coeficientes de rugosidade de Manning, at que fosse obtido o melhor ajuste entre os nveis de gua simulados e observados. A Figura 3.2 ilustra o perfil de linha de gua simulados e os nveis observados para a vazo de 58,0 m/s, correspondente quela estimada para os dias do levantamento das sees transversais. A anlise da referida figura permite avaliar que os parmetros calibrados para o modelo de simulao produziram resultados aceitveis, quando comparados com os valores observados no local. Em funo do revestimento das sees indicados durante os levantamentos topobatimtricos realizados, os valores dos coeficientes de rugosidade de Manning resultantes da calibrao so apresentados na Tabela 3.1.

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Figura 3.2 Perfis de linha de gua simulado e observados no trecho de interesse do rio Preto para a vazo de 58,0 m/s.

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Tabela 3.1 Valores calibrados para os coeficientes de Manning de acordo com o tipo de

revestimento da seo.

Material Manning

Rocha 0,090

Areia 0,050

Ilha 0,150

Pasto 0,060

Barro 0,045

Mata 0,150

Estrada 0,055

Brejo 0,065

Casa / Quintal 0,075

Estrutura da Ponte 0,100

3.2. Resultados das Simulaes

Utilizando os parmetros calibrados para o modelo, foram realizadas as simulaes para definio das curvas de remanso provocadas pelo reservatrio da PCH Santa Rosa I. Foram consideradas as vazes notveis iguais a QMLT e os quantis associados aos tempos de retorno de 5 anos, representando as enchentes ordinrias na bacia, e, associadas aos tempo de retorno de 50, 100 e 1000 anos, representando enchentes extraordinrias. Os resultados obtidos para os nveis de gua ao longo do trecho fluvial simulado esto apresentados na Tabela 3.2. As Figuras 3.3 a 3.7 ilustram os perfis de linha de gua para cada uma das vazes simuladas no trecho do rio Preto que abrange deste o eixo da PCH em questo at o local da ponte na localidade situada a montante do empreendimento. Com a finalidade de determinar a real influncia do reservatrio da usina foi admitido que os coeficientes de Manning calibrados para a situao de no existncia do reservatrio so vlidos para a simulao da situao induzida pelo barramento. Desta maneira, conforme apresentado nas Figuras3.3 a 3.7, possvel verificar o ponto a partir do qual os perfis de linha de gua natural e com barramento tornam-se coincidentes. A anlise das referidas figuras, bem como das sadas numricas do modelo de simulao empregado, permite afirmar que o reservatrio da PCH Santa Rosa I obedece a um padro tpico de funcionamento de reservatrios: quanto maior a vazo simulada menor a diferena entre os perfis de escoamento com a existncia do reservatrio e em condio natural, consequentemente, menor sua extenso.

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Tabela 3.1 Perfis de linha de gua relativos influncia do remanso da PCH Santa Rosa I.

Seo Distncia ao Eixo

(m)

Cota de Fundo

(m)

Nvel de gua (m)

Q MLT = 96,6 m/s Q 5 ANOS = 938 m/s Q 10 ANOS = 1150 m/s Q 50 ANOS = 1581 m/s Q100ANOS = 1766 m/s Q1000ANOS = 2383 m/s

Natural Barragem Natural Barragem Natural Barragem Natural Barragem Natural Barragem Natural Barragem

Eixo 0 362,62 370,30 385,50 373,60 385,50 374,13 385,50 375,07 385,50 375,44 385,50 376,51 385,50

3 18,5 363,00 370,30 385,50 373,65 385,50 374,20 385,50 375,17 385,50 375,55 385,50 376,66 385,50

4 602,3 369,67 371,51 385,50 375,52 385,54 376,16 385,56 377,30 385,62 377,74 385,65 379,08 385,76

5 1,703,6 369,54 372,84 385,50 377,62 385,58 378,30 385,63 379,46 385,74 379,90 385,79 381,20 386,02

6 2,453,5 368,68 373,13 385,50 378,18 385,60 378,85 385,65 380,01 385,78 380,44 385,85 381,73 386,11

7 3,448,3 371,84 375,16 385,50 380,32 385,70 381,03 385,80 382,28 386,04 382,74 386,16 383,99 386,60

8 4,450,8 380,83 383,02 385,54 386,63 387,28 387,21 387,77 388,26 388,70 388,67 389,07 389,91 390,22

9 5,103,0 381,15 384,41 385,69 389,05 389,20 389,70 389,83 390,84 390,95 391,28 391,38 392,58 392,67

10 6,337,5 381,41 386,02 386,40 391,84 391,87 392,63 392,65 393,98 394,01 394,49 394,52 395,99 396,02

11 6,878,4 382,65 386,67 386,86 392,56 392,58 393,38 393,40 394,79 394,81 395,33 395,35 396,91 396,93

12 7,166,7 380,74 386,98 387,12 392,98 393,00 393,80 393,82 395,22 395,23 395,75 395,77 397,31 397,33

13 7,457,8 382,83 387,30 387,41 393,57 393,58 394,43 394,44 395,94 395,95 396,51 396,52 398,21 398,22

14 7,841,9 382,93 387,61 387,69 393,86 393,87 394,71 394,72 396,21 396,22 396,78 396,79 398,47 398,48

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Figura 3.2 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo mdia de longo termo.

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Figura 3.3 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo associada ao tempo de retorno de 5 anos.

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Figura 3.4 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo associada ao tempo de retorno de 10 anos.

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Figura 3.5 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo associada ao tempo de retorno de 50 anos.

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Figura 3.6 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo associada ao tempo de retorno de 100 anos.

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Figura 3.7 Perfil de linha de gua no Preto no trecho de implantao da PCH Santa Rosa I para a vazo associada ao tempo de retorno de 1000 anos.

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Analisando os resultados obtidos observa-se que os perfis de linha dgua, considerando as hipteses de simulao antes e aps a implantao do empreendimento, praticamente se equivalem a partir da seo 10 (diferena numrica inferior a 0,05 m), localizada cerca de 650 m a jusante das localidades de Porto das Flores e Manuel Duarte, para as cheias cujo tempo de retorno igual ou superior a 5 anos. Esta anlise inclui a ponte sobre o rio Preto, que interliga as referidas localidades, localizada na seo 14. A simulao realizada considerando a vazo mdia de longo termo, QMLT, apresenta diferenas mnimas entre os perfis de linha dgua, variando de 0,19m na seo 11 a 0,08 m na seo 14, ressaltando que, esta diferena no faz com que nenhuma benfeitoria ou infraestrutura urbana existente seja atingida pelo remanso induzido pelo reservatrio. Conclui-se, portanto, que o remanso induzido pelo reservatrio da PCH Santa Rosa I, no atinge as localidades de Porto das Flores e Manuel Duarte, especialmente durante as cheias, uma vez que o reservatrio no altera as condies de escoamento no trecho fluvial que margeado pelas localidades citadas.

4. SEDIMENTOLOGIA

4.1. Consideraes sobre o Assoreamento de Reservatrios

A estimativa da vida til de um reservatrio est intrinsecamente relacionada ao regime sedimentolgico do curso de gua, nos aspectos concernentes s taxas de transporte slido, diviso percentual entre os transportes por suspenso e por arraste e composio granulomtrica das partculas. A formao de um reservatrio artificial, resultante de uma obra de barramento, altera a dinmica do transporte slido nos cursos de gua, acarretando depsitos de assoreamento que ocupam parcelas do volume til armazenado. As taxas totais de transporte slido, englobando as categorias por suspenso e por arraste, so dadas em ton/ano ou m/ano, e tendem a acompanhar o regime fluviomtrico do