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TOÇÇOS MO BIOt500 flOS E5TADOS....«600\ ANNO XXXIII RIO DE JANEIRO, 27 DE JANEIRO DE 1937 N. 1634 _^^^^^^^y^—^^^^^^MJ^—Ml Wl II—M——-I—^—— AGE N T ILEZA DE UM BÉBÉ AVESTRUZ D. Zéz. estava a limpar o casaco do marido e distra- hida deixou cahir uma bella escova de marfim, presente que elle lhe deu no dia do seu anniversario... II ¦¦ yj ikfíí^' *'^>__--^^^ _^K ¦-¦.¦ 1 ^^^^^^^^r ___^"^^—^——_—_¦ e muito afflicta que tão precioso objecto se quebrasse viu. com espanto, um bello ovo de avestruz posto em frente de sua casa ea... P' II ' I 1 "l - s/mWI "¦''"**"' '' ""rr PB -0f mTT"^——"i ,| [M M__ry— -\míéf**y\ - rr9____»\^ /2& I +¦íafflf'^ lH fátuu__x•^ AJ^ __r^ J»\O____ escova foi cahir justamente em cima \ttg Ir\fl_n^ ^*_ _Jic_E do ovo e fez nelle um grande buraco. \H IJMáJÊ___fL_ ""V^B ¦%;Jr .''"'*"* ?Â^ifE______X' ______________________ **«i.....___¦. 9a**.''_________--^-n ____Hh_3cI_____________-**^"**.T _>Tír:7 r^________il____BS_.^_-^«IH-__________________--_______F v-* LJ^4tf^^^â***^ •*¦•'.** ^9|^9^_-____r ^^^_?mH^^^JHB_SMKP__I___-_BMHMs^^^M^mM-_-HBB-___-v Mt J/Jm />**1,\vD. Zéze desceu para apanhar a escova. De repente g^tmp , jjJBj <r\y^ 9Vlu a'^° ^e extraordinário-se mover dentro do ovo, V ir*^ _^^\\*c" Mf*wE... pelo buraco surgiua cabeça de um bebê \\ /"""'x; __^_& _^N^" ^^J^t^^Kv^.avestruz que quebrara a casca _<«^_ st^***»». )i \°S-J%ffl í%Ía^—^*<*w^7i7T \\l*na que lie momento. Com wfâ^mmv? ^o/j í Ç^íí^^" PSraiic|e espanto de D. Zézé o /m%^i/^J^ v^ ^ ___r -*-"" " '"*-J ,ljbébé gentilmente lhe entre- m^^mf \ W^ _JF r^*^i» >Nix*^gou a escova e sahiu lampeiro ^SS^^^tò^^^^ ^ ^v.<x./y ,e orgulhoso á procura dc-suajlffln^Sj E_É____________s;TCw.''"¦¦*!*. r.:ij|áÍjMy mam3e na í,oresta /^*<*K (A

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  • TOÇÇOSMO BIO t500flOS E5TADOS....«600\

    ANNO XXXIII RIO DE JANEIRO, 27 DE JANEIRO DE 1937 N. 1634

    ^^^^^^^y^—^^^^^^MJ^—Ml Wl II—M—— I—^——

    AGE N T ILEZA DE UMBÉBÉ AVESTRUZ

    D. Zéz. estava a limpar o casaco do marido e distra-hida deixou cahir uma bella escova de marfim,presente que elle lhe deu no dia do seu anniversario...

    II ¦¦

    yj ikfíí^' *'^>__--^^^

    _^K

    ¦-¦.¦ 1 ^^^^^^^^r ___^" ^^—^——_—_¦

    e muito afflicta que tão precioso objecto se quebrasse viu. comespanto, um bello ovo de avestruz posto em frente de sua casa ea...

    ' II ' I 1 "l- s/mW I "¦''"**"' '' ""rr

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    do ovo e fez nelle um grande buraco. \H JM áJÊ___fL_ "" )¦V^B ¦%; Jr .' '"'*"* Â^if E______X ' ______________________**«i... ..___¦ . a**.'' _________ --^-n

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    Mt J/Jm />**1,\v D. Zéze desceu para apanhar a escova. De repente g^tmp, jjJBj N ix *^ gou a escova e sahiu lampeiro ^SS^^^tò^^^^^ ^v.

  • O TICO-TICO — 2 27 — Janeiro — 1937

    NATAL25 de Dezembro. Que bella data! Dia do nasci-

    jmento de Jesus.Dia de grande alegria, para todos.

    Todas as creanças, anciosas esperam pelo dia de

    jNatal. Que o bom papae Noel vem sempre trazer-lhesHima lembrança, neste dia tão querido !

    Este anno, como de costume, levantei-me cedo.E fui assistir a missa das 7 horas e receber em meujeoração a santa ostia, pela minha communhão.

    Quando voltei para casa, que bella surpresa !

    Encontrei uma linha bicycleta e um lindo Alma-íiach d'0 TICO-TICO.

    Papaè Noel, é sempre tão bomzinho.

    Mussoline DeVAglio

    mfmwmV**fV,m%fVm1m%*fm\»*Vm1V%»^^

    1 illustraçãobrasileira

    DE JANEIRO

    ANNIVERSARIO

    > Festejou no dia 15 do corrente o seu 12.° anniver-sario natalicio o travesso menino Manoel Joaquim Ri-beiro, dilecto filho do nosso auxiliar Elydio AugustoRibeiro.

    O anniversariante foi muito cumprimentado pelosseus amiguinhos, aos quaes offereceu uma mesa dedoces.

    SENHORAAPRECIEe

    "examine os mais completos c luxuosos figurinos

    parisienses, os quê fazem a moda em Paris, e

    nas principaes cidades européas.

    ÍRISST ARSMARTSTELLARECORDUENFANT

    4

    eUELEGANCE FEMIN1NE

    ultimas edições agora chegadas da Europa.

    Distribuidora exclusiva no Brasil S. A. O Malho

    >— Trav, Ouvidor, 34 — Rio<

    A* venda ém todas as casas de figurinos ^Livrarias é Jornaleiros^.

    Está á venda ao preço de 3$000 o exem-plar, o maravilhoso numero de Janeiro da"Illustração Brasileira", a mais linda re-vista do Brasil.

    Entre os innumeros assumptos destaedição, artisticamente illustrados, desta-cam-se os seguintes:Saúde, Chronica de Affonso CelsoUma excursão ao dedo de Deus, RedacçãoUma vida feliz,

    Chronica de Guilherme de Almeida

    Quinta da Boa Vista, RedacçãoCarnaval de agora,

    Composição de Di CavalcantiO histórico edifício do thesouro, RedacçãoUm artista russo no Pará,

    Por Flexa RibeiroChafariz da Praça 15, RedacçãoOuro Preto Pittoresco, RedacçãoMeu conto d'Eça de Queiroz,

    Conto de Afranio PeixotoArtes e Artistas, RedacçãoVelho lampeão,

    Poesia de Olegario Mariano

    O Rio de hoje e de ha 30 annos, RedacçãoDragões de Matto Grosso, ..

    Por José Faustino FilhoO problema nacional da colonisação,

    RedacçãoInstantâneo de todo o mundo, RedacçãoTrichromias, doublés e desenhos: ArmandoVianna, Marques Júnior, Di Cavalcanti,Paulo Amaral, Henrique Cavalleiro eHelmut.

  • 27 — Janeiro — 1937 — 3 — O TICO-TICO

    I E .HSI. I tlltlllii -BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL'

    "O Tico-Tico", na sua preoecupação constante de dar aos seus milhares de leitores moti-vos de recreio e de cultura, iniciou no numero de 2 de Dezembro ultimo a publicação de umconcurso de férias, ao qual denominou

    CONCURSO DE BANDEIRAS E ESCUDOS DO BRASIL

    Nesse concurso, terão os leitores d'"0 Tico-Tico" oceasião de colleccionar as bandeiras eos escudos de todos os Estados do Brasil, por isso que em cada numero d'"0 Tico-Tico" serádada, em pagina solta, colorida, uma folha com a bandeira e o escudo de cada Estado do Brasil.Essa folha solta será colleccionada por todos os leitores que, tambem, collarão no mappa pu-blicado uma serie de coupons numerados, que estão sahindo n'"0 Tico-Tico". Completo omapüa, com os coupons publicados juntamente com as folhas das bandeiras e escudos dos Esta-dos do Brasil os leitores d'"0 Tico-Tico" obterão pela troca do mesmo mappa, um numero como qual entrarão em sorteio para a posse de

    RIQUÍSSIMOS PRÊMIOS DO VALOR DE 10:000$000

    bem como uma artística capa para o álbum então organisado. A relação desses prêmios, porser extensa, publicaremos num. dos próximos números.

    No numero de hoje publicamos o coupon n.° 8, que deverá ser collado pelos concurrentesno mappa publicado em S de Dezembro ultimo.

    TODOS AO Concurso cie Férias Bandeiras e Escudos do Brasil

    BANDEIRAS E ESCUDOS JÁ PUBLICADOS

    Estado do Amazonas — O TICO-TICO de 9/12/936CearáPará —R. G. do N. —R. G. do S.—Pernamb.0 —Maranhão —Piauhy —*

    "HORA LILÁS"Foi em Collares, naquella risonna

    e pittoresca Villasinha, onde o Su-premo Artinta espargiu as bellezasimpressionantes do Universo, que eugozei o immenso prazer de assistira um maravilhoso pôr do sol, quan-do esse astro fulgurante tombavaexhausto no oceano revoltoso, aomurmúrio funereo das vagas.

    Era deslumbrante a natureza quan-do se revestiu de luto para celebrara agonia silenciosa do magestoso reido espaço azulado, que ao badalarangustiado do "Angelus", desmaioutristemente, amortalhado em farra-pos de nuvens violetas.

    Aquelle quadro crepusculino era aobra mais parfeita e admirável doglorioso Artista!

    Foi lá, muito além do negro muro

    a ~o~R~DT_rTvT

    é

    16/12/93623/12/93630/12/9366/ 1/93713/ 1/93720/ 1/93727/ 1/937

    Í Concurso 1 jÊÊ^

    COUPON j j

    ¦__-_ mi ¦¦-_.

  • 0 TICO-TICO — 4 27 — Janeiro — 1937

    ¦^fwmJS< '^*p _____L_^V _^^ .# Às«A

    ^m\\\^m\ _B___M_V^^^^^^^H H_f

    E' O ADJECTIVO QUE CABE AO

    ALMANACH D' O TICO-TICOPARA 1937

    Impresso em lithographia, ém oito cores, primorosamente encadernado, coma collaboração dos mais prestigiosos escriptores e desenhistas brasileiros,contém uma variedade de contos, monólogos, musica, historia, sciencias,novellas, aventuras — toda a grande série de assumptos, artisticamente illus-

    txados, que dão recreio e cultura ao espirito infantil.

    ALMANACH D' O TICO-TICOPARA 19 3 7.

    Av venda em todo o Brasil — Preço 6$OQO

  • Rcíl-ictor - Clicíe : Carlos Manháes —

    jl|^kO(g©BQ BB *y©*y©

    Animaes inteíligcntcsMeus netinhosi

    ' O homem, como vocês sabem, fem se utflisado de um sem numero

    fie animaes para preciosos auxiliares de trabalho. O cão, o cavallo, o boi,o camello, o elephante são seres que prestam excellentes serviços aohomem. Todos esses animaes. a serviço do ser superior que é o homem,revelam-se intelligentes e dedicados, sobresahindo o elephante, o enormepachyderme que os netinhos tão bem conhecem,

    Apesar da sua grande figura, nada agradável, do seu volume, dassuas fôrmas deselegantes, é o elephante um dos mais úteis auxiliares que ohomem tem encontrado no reino animal.

    Nas índias, os inglezes não tiveram até hoje melhores operários do

    que os elephantes; elles são aproveitados em toda a sorte de trabalhos; sãoexcellentes lenhadores e dispõem em pilhas regulares os troncos das ar-

    yores cortadas nas florestas; outros são serradores habilissimos, collocandoa madeira nas serras, alinhando-a, para obter taboas bem planas. Outrosainda são carreiros, carpinteiros è até mesmo artilheiros.

    Quando um comboio de artilharia percorre um caminho difficil, tem-se sempre o cuidado de deixar dois ou tres elephantes em liberdade. Sea carreta do canhãa vira ou as rodas cahem em alguma valia, os elephantescorrem pressurosos: suspendem a carreta e a põem em bom caminho.

    Nos circos, os elephantes exhibem um sem numero de habilidades quemuito divertem a vocês. Intelligentes é dedicados, os elephantes, como oscães, os cavallos, os bois, obedecem cegamente ao homem, principalmentequando este, exigindo-lhes serviços, usa de doçura e de paciência.

    VOVÔ

    BRASIL, B TRO#SAEBA...

    — QUE da casca do Babassâ.que até hoje tem sido jogadaquasi toda fora, podem extrahir-se, entre innumeros outros, osseguintes sub-produetos: acetatode cal; álcool methylico; ácido ace-tico; vinagre; derivados de ácidopyrolenhoso; óleos lubrificantes,

    ; leves e pesados; anilinas, phe-nóes; ácido phenico; creosol; tin-tas para ferro: pixe; breu; deri-vados de alcatrão e, finalmente,carvão mais denso que o demadeira, superior ao Cardiff oua qualquer outro carvão de pe-dra conhecido. Essa planta,abundantíssima em Goyaz, Mat-to Grosso. Maranhão e Piauhy,é a maior das palmeiras brasilei-ras, e seus cachos comportam,por vezes, 400 cocos, sendo quesó uma palmeira produz cercade 2.000 cocos, annualmente.Cada coco contém de tres a cin-co amêndoas, ricas em óleos em-pregados como lubrificantes; nafabricação de sabonetes; na per-fumaria; na alimentação, comosubstitutivo dá banha de porcoe do azeite de oliveira; comocombustível muito superior aopetróleo, sendo que a sua man-teiga, tão boa e tão nutritivacomo a do leite de vacca, já temum grande consumo mundial.

    ERNANI FORNARI

    TEUS PAES E TEUS MESTRES Só TE DESEJAM O BEM.

    dÊz&£*mW&a>.

    :

  • O TICO-TICO *- 6 27 —Janeiro — 1937

    OS SPORTS EM SÂO MARINO

    f^^S^^^j H- ^BsTfMflH^^EfJB^**^^^ tivo do Aube no século 4.°. 5;Um dos sports favoritos na

    pequena republica de São Ma-rino é colleccionar sellos,

    São Marino, a republicamais antiga da Europa é umadas nações mais pequenas doinundo; fica a nordeste daItália, numa região monta-

    CHRISTOVÃOCOLOMBOpor Paulo Dantas

    Christovão Colombo nasceu emGênova, no anno de 1435-

    Era filho de um humilds operáriopor nome Domingos Colombo.

    Christovão Colombo estudou bas-tante geographia e dedicou-se a na-yegação chegando a ser um notávelgeographo, um- excelente astrônomoe um celebre navegador.

    Colombo era dotado de uma lúcidarntelligencia. e de um espirito per-oeverante. Era de grande força devontade, como sabe o. caro leitor foicom esse precioso dote que elle con-seguiu um nome de* destaque nas pa-glnas da historia americana.

    Colombo era possuidor de uma no-bre alma e de um espirito religioso,no cérebro do grande Colombo rei-nava a idea de navegar e a esperançade descobrir terras.

    Colombo possuia uma ambição no-bre e generosa que foi a base de sualmmortalidade.

    Este grande navegador foi trata-do nos paizes onde offereceu seusprojeefos como um maluco, mais asua idea de navegar não desappare-ceu do seu cérebro e emfim chegouo dia feliz do seu triumpho.

    Na radiante manhã do dia 12 deOuUibro do anno de 1492 um novosol nascia brilhando as faces pai-lidas de Colombo e aquellas terrasferties que mais tarde seria o novocontinente ou o mundo civilizado.

    Colombo teve a gloria de descobrira America e o seu nome está bem vi-vo nos corações de todos aquellesque nasceram neste continente ma-ravilhoso que 6 America.

    nhosa. Tem uma área de 38 milhas quadra-das e é toda cercada pelo paiz italiano.

    Segundo a tradição, São Marino foi

    fundada por Marinus ~- na-tivo do Aube no século 4.°.Quando Garibaldi lutou con-tra os austríacos, refugiu-scali em 1849. Em 1924 São.Marino lançou uma emissãode sellos commemorando essefacto.

    NO MUNDO DAS BORBOLETASHa, entre as centenas de espe-

    cies de borboletas a chamada rei ea denominada vice-rei.

    A borboleta vice-rei escapa doinimigo muitas vezes porque pa-rece com a borboleta rei e tal se-melhança se chama mimicra.

    Os entomologistas sabem que os

    pássaros não gostam de comer asborboletas-reis e que os pássaros asnão imnortunam. As outras bor-

    Na crysalida ha marcas pretas eamarellas quando a crysalida é daborboleta monarcha e os pássarosficam logo prevenidos por essasmarcas que ellas não são appeteci-veis. A larva da mariposa tem umaapparencia que logo afugenta csinimigos.

    A borboleta Rei

    boletas — vice-rei — os pássarosapreciam, porém ellas espertamente,imitam as outras e despistam ospassarost

    A lagarta da borboleta Rei

    Larva dc mariposa Larva dc borboleta

  • 2? — Janeiro — 1937 7 — O TICO-TICO

    •N^^^_^^^^^^^M^,"^S^^M^^*-^^^^^/N/V

    A PREGUIÇAA preguiça ô um

    grand. mal.Vejamos o que acon-

    teceu a um menino pre-guiçoso

    Elle estava e-moregadonuma livraria. Era eKequem abria, e quem le-cliava a casa, todos osdias.

    Uma noite sahiu dalivraria, á hora do cos-tume. Já tinha dado aiguns passos, quando selembrou de que haviadeixado a chave na fecàadura.

    Si havia de voltar etirar a chave, não quiz[azel-o, só de preguiça

    No dia seguinte o patrão veiu muito cedopara a livraria e dandocom a chave na porta,ficou Indignado

    Quando o meninochegou, elle o despediu,dizendo-lhe que não precisava de empregadosque deixavam as lojasabandonadas.

    O menino voltou paracasa, muito tristequando contou a suamãe a razão por. que tinha sido despedido, ellaainda o reprehendeu di-zendo que o patrão tinha procedido muitobem.Adbcllo Keiumld Filho

    01 ESTA d lili?

    * 'i •t>.::-:'Yi£- H'^«

  • O TICO-TICO R — 27 — Janeiro — 1937

    O HOMEM DO VIOLINO

    jflf ^fa \ {wJcm^&, (m^êê Bu / ^^^B

    Peta janella «Ja casa

  • GlÊto9bm£bw(0\Acreditem ou não, o lagartocostuma dormir na extrava-gante posição representada aolado, e, o que é mais notável,costuma fazel-o de olhos aber-tos, para assustar os inimigos.

    Esta curiosa perdiz da Malásiaapresenta um lindo penachoque oscila graciosamente co-mo uma penna de chapéu. Umtopete branco dá a impressãomesmo que a pequena ave

    usasse um barrete*

    A cegonha africana que aqui apresentamos, costuma torcer o pescoço nes-sa attitude incommoda para chamar a attenção de seu companheiro. Nãoresta duvida que é modo extranho de galantear.

  • o TICO-TICO 10 — 27 — Janeiro 1937

    As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho rfe Walter Disney e M. fi. twerks. exctnsw-JaJe paca O TtCX)-TtCO em todo ú Era.ii!J

    1 ~—^"^>¦jf-r ¦¦ ' "¦ " "¦""' ¦ ¦¦¦¦ ¦ ™ ~"n i—*~" ~"* ¦¦¦—¦'¦¦ — ¦ ¦ -i-rt .- ¦ | ¦¦ - *~"~i

    * ' f Ni- ¦ '¦"

    s.

    — Oh, oh, oh, oh, oh, olá rapaz! Não i...,"cara de pau"? — jonny Skie .. .embarafustaram pela • Surripiaram treaiu o homem cum "cara de pau?" Ho, ' voce já viu a cabelficou

    ha hu! Quem fui que ficou com...»cabellcra que elle tem? casa delle hontem i noite peças de flanella

    Pois bem, alguns larápios... e... e.. ho ho ho ho!!1 'vermelha e...

    ÍS íl Bh-rn-r,, ir dVmtfíff^v^/ .v^ jy )!|!lij§yf,|T|7

    .. .depois... roubaram-lhe a cabel- .. .as impressões digitaes? — Pelo amor de Deus .. .roubaram os cabellos? B umas peçasleira! — Eta, Dippy! Ahi está um eu estava rindo tanto que esqueci que era um de flanella vermelha? Sim. foi tudocaso estupendo! Você não tirou.. detective. — O snr. não é o homem a quem impo num minuto, como num

    g-_r«

    O «•»•. b, Wi* D_.fl.-J t«1f«in.Cinl|Jill>l,tMiii_w< | j-Jj.

    ...assobio... — Mas o snr. nãoouviu os ladrões, não os viu... Nãoos sentiu?.... — Não! Eu....

    ...levantei naquella hora sentindo umcheiro exquisito no quarto...> e estavacareca como um ovo! — Desculpe o.....

    .-.senhor,estar eu rindo do caso mas isso éa cousa mais engraçada que já vi neste mutt-do! — Oh! O vizinho também amanheceu...

    ""¦ -.,.-».. w_ o_, fa-y.-. __ _.......~^> / .. njv \~ ~ "i jBriy_ /, :"~ >C"~ \y C/_⻦ _—— u- 1—: \s4mj I *. ^

    , ...sem cabellos! Será que o ladrão estároubando apenas cabellos? Vou desço-brir o mysterio! Bem, Mickey até queafinal você arranjou um crime para des-

    cobrir! Ho. lio. e auc crime! — Sim.... *

    ...estou mesmo admirado! Imagine-só um.ladrão invadindo a casa de um camarada enada roubando a não ser o cabello delle eumas camisas de flanella vermelha! E' ina-creditavel! — Ora bote.! Se elles foram....

    .roubar camisas de flaneHp vermcTíiiTporque não roubaram logo rjovas comoas minhas? Olhe só para ellas! — Deusdo céo desappareceram tarnbem as mi-nhas camisas novas. (Continua)

  • ANNO III

    Órgão dos leitoresd'0 TICO-TICO ED JORNAL

    DIRECTOR: — Chiquinho -- Collaboradores: — Todos que quizerem

    N.« «

    A creança diz nojcrnal o que quer

    O GULOSOHavia dois irmãos: uni

    chamado Lúcio, outroJoão.

    Um dia foram elles auma fazenda chupar ja-boticabas.

    Chegando lá^ mal Joãotinha cumprimentado odono da fazenda, deixouque seu irmão ficasse dis-traido para ir para o r>o-mar- Depois de muitotempo João chamou seuirmão para irem para ca-sa. No caminho João co-meçou a sentir-se mal,mas Lúcio não sabia o queelle tinha porque não viuquando seu irmão foi pa-ra o pomar. Chegando emcasa João foi para camae contou o que elle fez nafazenda. Ficou um miezde cama. Depois que sa-rou jurou que nunca maisseria guloso.

    Ephigenia Guimarães^TpobrSnha"

    Nu'iií arrabalde muito pobremorava a Joannita.

    Dormia ao relento encosta-da a alguma porta. O braçoservia-lhe de travesseiro. Ali-montava-se da algu'uí pedaçode pão duro que lhe davampor esmola.

    Desde que morreram os seuspães, tinha sido muito infeliz.

    Morava nu'ní castello muitobonito, junto de seus proge-nitores. Mas, um dia, a mortelerou o seu querido paesinho,victima de um desastre.

    Sua mãa não poude pagarmais aos empregados e tive-ram então que mudar daquel-Ia luxuosa morada para iremhabitar num casebre.

    Trabaílhavaltí muito; mas amãe não acostumada aquellavida e já fraca, foi levada aoeáo numa noite muito bonita,por uma legião de anjos.

    Joannita desde aquella noiteficou só no 'mlindo sem pa-rente?, o sem ninguém caraa abrigar.

    Passou o tempo de calor echegou o inverno. Todas a3casas estavam fechadas e sóJoannita andava aquella horapela rua.

    Afinal sentindo-se cansadasentou-se a uma porta e dor-tóu.

    E dormindo sonhou que es-tava em sua antiga casa junto

    As pérolas do MarajahO Marajah da índia,

    Anhedh III, era possuidorde uma pérola de volumeigual ao de um ovo de pom-bo em cujo centro gravadoestava uma imagem de ser-ppnte. Voltando de uma via-gem longinqua. Anhedh III,perdeu sua admirável pero-Ia no mar e como seus guar-das náo a achassem decre-tou que a quem a retirassedo fundo pélago, daria me-tade de sua fortuna.

    Ora, vivia, numa humildepovoação, um pescador quetinha dois filhos, Pat e Cam-bil, os quaes ao saberem danoticia, arrumaram seusbarcos e partiram para alémdas praias hindus.'Pat como provisão de via-gem levava muitas fructas,e Cambil, apenas um pão.Em sentido contrario vinhauma nave, trazendo uma ve-lha, que passando pelo bar-co de Pat, pediu-lhe algumasfnictas que este recusa dar-lhe- Encontrando a canoa deCambil, repetiu o pedido, eCambil tomando o pequenofarnel, deu-o á velha que setransformando em fada. dis-se:

    — Não necessito de teupão. Fiz este pedido para ex-perimentar a ti e a teu ir-mão. Tu serás recompensa-

    de sefus queridos pães. E eraentão muito feliz.

    No dia seguinte de manhãeacotraram Joannita morta,com um sorriso nos lábios.

    E' que ella tinha ido real-memte morar com' seus queri-dos pães lá no céo.

    Ercilia Zanim Boggi

    do. Dizendo isto tirou donave uma lança que entre-gou a Cambil e desappare-ceu,

    A noite cahia e Cambilcontinuou a viagem e poucotempo depois encontrou ummonstro marinho, dourado,cujos olhos faiscavam emfogo na escuridão da noite.

    Aterrorisado com o gigan-tesca figura, Cambil deixouse cahir no. fundo do barco,mas lembrando-se da lançaergueu-se e esperou o mons-tro. Elle vinha rasgando asondas, como as galeras dosArgonautas, partidas de Athenas.

    Cambil amarrou a lançanuma corda e agitando jo-gou-a de encontro ao mons-tro, onde se enterrou até omeio. Este sentindo-se feri-do soltou um urro medonhoque abalou o mar até aofundo. E Cambil desmalan-do cahiu no barco. Cambilrecobrando os sentidos no-tou que havia dormido mui-to pois "a mãe de Memnon"— Aurora— já lançava tonscarmlneos sobre os montesda costa da índia- Procuran-do a corda encontrou-aquase desapparecida na su-perficie do mar.

    Cambil puxou e encontroua *iança transpassando umriquíssimo cofre de ouro. Sol-tando um grito Cambilavançou para o cofre que seabrindo mostrou aos olhosestatelados, do hindu' a pft-rola do "Marajah".

    Voltando á capital da In-dia recebeu do "Marajah" opromettido prêmio e o titjj-lo horoso de primeiro mi-nistroWarney José de Fontenelle

    O DESCONFIADOCerta vez um portuguea

    comprou um bilhete deloteria, e com muita sor-te ganhou seis contos.

    Entrou elle numa fio-resta e escondeu o dinhei-ro no tronco de uma ar-vore. Desconfiado de quealguém lhe roubasse odinheiro, poz uma placana arvore com os seguin-tes dizeres... "Deus moraaqui", e foi-se embora.

    Dias depois appareceuum caipira por alli e len-do aquella placa, ajoe-lhou-se e começou a re-zar.

    Enjoado de fazer aquel-le serviço todos cs diaso caipira desconfiou e ca-vocou no tronco da arvoreencontrando aquelle di-nheiro.

    Muito contente o cal-pira que era malandro es-creveu atraz da placa"Deus mudou-se daqui".

    Passado muito tempo oportuguez voltou e paran-do em frente da arvoreleu aquillo e disse: simsenhor Di3us mudou-sedaqui e nem ire deixou 0/endereço,

    Oscar áa Purificação

    EDUCAÇÃOA educação é a coisa

    mais seria que um paepode dar a um filho.

    Pois sem esta, poderáviver alguma pessoa fe-liz? A educação é o sym-bolo da pátria, da familiae do lar.

    O menino ou a meninamal educada é uma dasmais tristes coisas quepode haver.

    A educação ensina asboas maneiras, para quealgum dia se possa viverfeliz.

    Nada pode haver demaior responsabilidadeque cahe sobre os hom-bros de um pae ou deuma mãe do que a sacro-santa palavra educação-

    Wilson Rodrigues

    A CIDADE SORRISOManáos é o sorriso da aus-

    tera e gigantesca Amazônia.Sorri, porque é pequenina,

    linda, é uma criança; e avida das crianças é um sor-riso-

    Ao viajante, Manáos é co-mo uma cama aos fatigadosAo viajante, Manáos é sor-riso, um sorriso que faz des-apparecer toda a monotoniados aspectos que o Amazo-nas tem.

    Chegando em Manáos aprimeira coisa que vemos éo Broadway, o cães que tf lu-tua sobre aquelle rio Negrofamoso e valoroso,

    E' a primeira belleza daengenharia. Aquelle cãessempre subindo e descendoacompanha o movimento dobello rio.

    A praça Oswaldo Cruz queo turista vê logo ao sahir doBroadway não é menos in-tercssante.

    E a gente sorri ao ver asmorenas amazonenses tratartão bem a seus visitantes.

    As suas pequenas e bellaspraças, os seus elegantis-simos "bungalows" e seusipreciados jardins fazem Ma-náos a "cidade sorriso".

    Aristeu Leite

    \

    ALMANACH D'0 TICO-TICO para 1937 — Um livro formidável para as creanças

  • SUPPLEMENTO DO "MEU JORNAL

    ¦W^L^_£Jill__j_y>cvL_^

    G^ETINHÀ__$Í_3(P

    Não ha victoria quenão seja recompensa deum trabalho.

    Na ilha de Madagas-ear existe uma arvorechamada abulaza, uti-lizada para combateros males do coração.

    9O monte Aconcagua,

    ponto culminante dacordilheira des Andes,no Chile, tem 6.834metros de altura.

    9O alaúde é um ins-

    trumento de corda, se-melhante á viola.

    9O caju é uma das

    fruetas que mais pos-vae propriedades diure-ticas.

    9Atlas ou Atlante era

    nm rei fabuloso daMauritânia, filho deJúpiter. Como houves-se, de uma feita, nega-do hospitalidade a Per-seu, heroe grego, estemostrou-lhe a caheçade Medusa e transfor-mou-o em uma monta-nhá.

    9- *A grammatiea dalingua esperanto, in-ventada por Zamenhofem 1887, possue apenasdezeseis reeras.

    •O limão é de grande

    epplicação na mediei-na.

    9O oxygenio foi des-

    coberto por Priestleyno anno de 1774.

    9No palácio do rei de

    Sião existe urna gran-de criação do gatos sia-nçeies, considerados sa-grados.

    9* O peru é originárioda America.

    9. O pae é o melhor

    amigo.9

    ' À bondado não fa-tiga a quem a possue.

    Existe uma única"•-¦breza, a do trabalho- Frederico Nietzche.

    I QUADRILHANEGRA

    QUE SERÁ?

    Aimanac- _'Q Tico-Tico para 1937A MARAVILHA DAS MARAVILHAS. — A*VENDA

    O prefixo macro, deorigem grega, significagrande. 9

    O golpho de Panamámede em sua entrada,entre Punta Mala ePunta Pinas mais deduzentos kilometros.

    9— "E' extranho que

    hajam dado ao homemtantas regras paraaprender a falar, e ne-nhuma para aprendera calar-se, quando issoé muito mais impor-tante!"

    Condíllat9

    Uma das mais lindasarvores do Pará, aMassaranduba, além defornecer fructos sabo-rosos e madeira espe-ciai para construcçãó,produz, quando feridaem sua casca, um li-quido abundante, comtodos os caracteristi-cos do leite animal.

    9O suor é um dos

    meios mais importan-tes com que o orga-nismo do homem pôdeluetar contra os malesprovenientes da acçãodemasiada dos raios so-lares.

    9As pessoas anêmicas

    devem comer couve-fiôr, espinafre, repo-lho, pois são os alimen-tos ideaes para os quesoffrem desse mal.

    9José da Silva Lisboa,

    que foi mais tarde oVisconde de Cayrú, aosoito annos de idadejâ era um optimo co-nhecedor da gramma-tiea latina.

    9O metro é a décima*

    imillionesima parte de \um quarto do meri-diano da Terra.

    Sabe-se que o beija-flor, ou colibri, é oúnico pássaro que tema habilidade de voarpara traz. E' tam-bem um dos poucosvoláteis capazes d«estabilizar em plenovôo.

    9Foram os ehinezes os

    inventores dos sinos, eessa invenção data doanno 2.260 antes da

    QUADRILHANEGRA

    QUE SERÁ?«AAAA^WWS^WN^S/VSA^^r'

    éra chrístã. Quanto ásua adopção nas igre-jas, é attribuida a SãoPaulino, bispo de Nola,no século VII.

    9As formas das nu-

    Tens são innumeraveis,porém seus typos prin-cipaes se reduzem adez.

    % r^XL___l

    Ainda se encon-tra á venda a edi-ção extraordina-ria d'0 Tico-Ticodedicada a

    MICKEY MOUSE

    Pedidos á Traves-sa do Ouvidor, 34.

    PREÇO 1$500

    Quadrigas eram oscarros romanos puxa-dos a 4 cavallos, queelles utilisavam para assuas corridas.

    9Os gazes asphixian-

    tes foram empregadospela primeira vez em1915, pelos allemães,no inicio da GrandeSuerra.

    9O autor da musica e

    dos versos do hymnonacional francez, aMarselheza, foi o poetae compositor Rouget deLisle.

    9A Venezuela procla-

    mon a sua- independen-cia politica em 5 deJulho de 1811.

    9O poeta brasileiro

    Casimiro de Abreu,cujo primeiro centena-rio de nascimento secommemorou em Janei-ro deste anno, nasceuem São João da Bar-ra, na província doRio de Janeiro.

    9A população total do

    mundo augmentou, doanno de 1800 até hoje,de 700.000.000 para2.000.000.000.

    9Ha uma ilha situada

    s 700 kilometros deSydney, cujo nome é"lord Howe", onde aprincipal industria é adas folhas de palmeirapara a decoração deigrejas e hotéis. Cadahabitante ganha suavida trabalhando ape-nas duas horas por se-mana. •

    O primeiro cartaz il-lustrado appareceu noRio de Janeiro annun-ciando, em dezembro de1860, o jornal " SemanaIllustrada", de Henri-que Fleiuss.

    A guerra mais longada Historia dos povosfoi a chamada "guerrados cem annos" e a demenor duração foi aque o sultão de Zanzi-bar declarou á Ingla-terra, em 1893, que nãofoi além de 40 minutos.

    9Na velha Mythologia

    os cavallos eram consi-derados como portado-res de bôa sorte. Exis-te ainda hoje a super-stição da ferradura,como remanescente des-sa crença, e algunspovos acreditam queum casco desse animalposto sob o leito de umdoente lhe restitue asaúde perdida.

    9As cenouras, os na-

    bos, os repolhos, acouve-flor e o rabane-te, são riquíssimos emenxofre e úteis ao or-ganismo do homem.

    9Shakespeare costu-

    mava dizer que eramcondições para queuma conversa fosseagradável, que estafosse alegre sem ineor-rer na grosseria; es-piritual sem cahir naaffectação; d i s c r e-ta sem attingir o pe-dantismo.

    9Vitaíminas são sub-

    stancias contidas nosalimentos e que, toma-das embora em quanti-dades pequeníssimasãctuam considerável-mente como estimulan-tes da nutrição.

    9Mais vale uma bôa

    intelligencia que mui-tas mãos — Euripedes.

    9A palavra mistifó-

    rio, que significa con-fusão, nada mais é doque a expressão latina"mixti fori", do tempoem que, ao lado do Di-reito Civil, havia o Di-reito Canonico, o quepermittia a existênciade questões de foromixtò, ecclesiastico ecivil.

    QUADRILHANEGRA

    QUE SERÁ?

  • 27 ~- Janeiro — 1937 — 13 —, O TICO-TICO

    "•«¦^.•Ní-iVt^^

    Mj^r^- a 1927, by King Features SynJlcate, tn«l

    Os sinos nupciaes tocam entre os negritosde Bataan nas Philippinas — o noivo e a noiva.sobem a duas arvores adjacentes e dão turrasum no outro. Quando se verificar a primeiraturra, o casamento passa então a ser um factopositivo.

    Na China, depois do casal ter recebido umpouco de vinho e tocado os copos, a cabeça donoivo é ligada aos cabellos da noiva, e vice-ver-sa; dahi a phrase: "Casal ligado pelos cabel-los". significando amor profundo e insepara-vel.

    Esta cerimonia parece ser mesmo um pou-co formal e complicada em outra tribu Philip-pina. Ahi, um velho do clan faz chocar as ca-becas do rapaz a da moça, declarando-os ma-rido e mulher, e somente isto.

    A alliança foi somente lentamente introdu-zida nos. paizes do norte da Europa. Substitu-iu o velho costume teutonico de amarrar umnó ou de quebrar uma moeda de ouro ou deprata, metade ficando com o marido e metadecom a mulher.

    Continua no próximo numero

    .l«J-»^»j^b/S«^il^^«l^V,»í'>^^«^^W-W-«*«»*-^,»l»^^'«ta*,^,^,»Jja'>^r^'»«^^'^-^-»1*'^>^'^"^'«*J^

    Alfredo grandeAlfredo, rei da Inglaterra, filho do rei Ethelwolf e

    neto de Egberto, foi acclamado rei pelo povo na idadede 22 annos, depois da morte de seu irmão mais velho,Etelred (871). Ainda jovem já combatera os Dinamar-quezes, e quando subiu ao throno fez todos os esforçospossíveis para salvar a independência dê seu paiz.

    Ao principio não sahiu bem: os Dinamarquezes des-embarcavam novas hordas, e os Anglos-saxões curva-vam-se ao jugo estrangeiro ou sahiam da Inglaterra.

    O próprio Alfredo viu-se obrigado a fugir vivendomuito tempo escondido na choupana de um pastor e,quando o povo armou-se contra os Dinamarquezes, cons-truiu uma fortaleza solitária no meio de um pântano ebateu os Dinamarquezes ctarigando-os a recoliecel-o rei.

    De baixo desta condição permittiu-lhe que ficassem noreino.

    Construiu muitas fortalezas e exercitou o povo nasarmas; ao mesmo tempo protegeu a agricultura, deu áInglaterra uma bôa legislação e fundou muitas escolas.Mandou traduzir do latim muitos livros e elle próprioestudou esta lingua. Uns Norueguezes, fizeram sob osseus auspícios, umas viagens aonnar Branco e da Fin-landia.

    Mandou contruir muitas galeras e augmentou a ar-mada. Morreu a 28 de Outubro de 901.

    Um dos seus amigos, Assem de Wales, escreveusua biographia sob o titulo latino: "Vifei Alfredi".

    Warney José de Fontenelle

    O "ALMANACH D'0 TICO-TICO" PARA 1937 ESTA FORMinAVEL!

  • O TICO-TICO — U -.

    O CORDEIRO DE SÃO JOAO

    27 — Janeiro — 1937

    N.°. 4 (Continuação e fim)

    ...eomo é i3to, eu que te julgava sal-vo ? O macaco ficou aterrado quandoviu o carneiro indeciso em atravessaro rio. — Que S. João te Salve ! E deu-lhe um bofetão para que o carneirocahisse i_'agua. Mas, qual nao íoi oseu espanto vendo o seu protegido...

    ...transformar-se num pedaço de pau.A onça já vinha perto, furiosa a urrar.O macaco num salte galgou a outramargem do rio. Quando a onça che-gou não encontrou o macaco nem ocordeiro. O macaco do outro lado, tre-pado numa arvore, assobiava e.. .

    . . .fazia caretas para a fer^ T.lla, semsaber que o carneiro estava ncantadonaquelle páu, rolava-o para todos OSlados e cavava a areia com as unhas.O macaco então gritava : — Se és va-lente atira-me esse pedaço de pau ! Aonça apanhou o pedaço de pau e jo-

    gou-o. Acto continuo, o pau transformou-se no corderinhode S. João. Foi tal a decepção da onça, que ella metteu asunhas na cara com tanta raiva que arrancou os olhos emorreu. O macaco então disse ao cordeiro : — Já é tempode regressares á casa de teu amo! Aqui lia muitas onças. . ,

    ...e a todo momento a tua vida corre perigo. No dia se-guinte o Dr. Simão conduziu o cordeirinho á casa do me-nino Joãosinho. Houve por tsse acto tanta alegria que omacaco recebeu um cacho de bananas e o menino deu umafesta- para a qual íomos convidados. (FIM)

    Não faças mais a mamãe encarar,sim, mano?

    Porque não attendes os seus ro-gos, os conselhos carinhosos dessa pa-droeira do nosso lar que tanto nosquer e nos ama?

    Ella soffre immenso quando te vênesae estado de completa embria-guez!

    Isto dizia Lúcio a seu irmão maisvelho, rapaz sympathico e forte con-tando 18 primaveras e que gostavadas reuniões orgiacas dos botequinse tavernas embriagando-se diária-mente e entrando em casa camba-leante, insolentc, e desrespeitava asua progenitora ameaçando-a compancadas' quando esta lhe davapalavras conselheiras.

    — A mãe de Lucilvio (assim- cha-mava-se o ebrio), era viuva e mora-va numa pobre barraca de sapê emuma villagem humilde.

    Chorava a infeliz viuva por chegaro dia do anniversario de fallecimentodo seu querido esposo e não podermandar celebrar uma missa pela sua"írôa alma, quando entrou todo rotoe tropego naquella rústica choupanapnde habitavam a amargura' e o des-

    -í Perdão Materno 7}gosto, o embriagado Lucilvio fallan-do irritado:

    — "Que motivo para tanto choro?Eu que apanhei, dos meus collegasno botequim não estou chorando,vocês que vivem aqui felizes sempreos encontro em prantos!

    Dizendo estas palavras num tomarrogante, avança para a amargura-da mãe e da-lhe uma bofetada lan-çando-a por terra!

    E a mãe magoada volve os olhoslacrimosos e tintos de sangue para ofilho perdido e diz-lhe amorosa ecempassiva: — Um coração de mãemesmo lanceado, maxtyrisado pela

    crueldade de um filho ingrato e vil,abençoa e perdoa!

    Eu te perdôo filho amado!E que ainda encontres uma restea

    divina que te aponte o caminho es-plendoroso da resignação e da felici-dade!

    Oh! Quão grande e dócil é o cora-ção de mãe que sabe soffrer, perdoare esquecer!

    Mas Deus não concedeu o eternoperdão ao desgraçado do Lucilvio,porque dizem os habitantes da villa-gem pobre que quando elle morreu,pela calada da noite, ouviram umavoz rouca, medonha, que dizia:

    Perdão minha mãe, perdão!Diziam ser a alma de Lucilvio o

    maldito, que implorava pelas ruassolitárias e tenebrosas do logarejoadormecido, o perdão santo da mãesoffredora!

    Era a alma errante, barbara, do fi-lho perdido!

    Era a penitencia eterna, era a con-demnação divina que ordenara á almahorrenda vagabundar pela solidão danoite implorando o perdão consola-dor do coração materno que elle tan-to magoara!

    Santinho Palheta Cardoso.

  • 20 — Janeiro — 1937 15 ti TICO-TICtJ

    DESENHOS QUE A GENTE FAZ

    8f<*wrS>r_ ^g^g^^ili

    --**^" _jH _Sfc\

    1'erfii, trabalho deWanda Maria de Fon~.

    tcnellc (12 annos)

    Paizaoem. desenho dc Wilson Gar- Carro Ji- 4>oí, desenho ae Abelardo O Gonlo, trabalho«ia, (12 annosJ Zatuaa (12 annos) de Pcí/ro /Imrrito

    (11 annos)

    ílIa

  • h____ *C. • \~"^ // V^^mW ___&_. *» ^__ Vi^^h___. ^"*'~-* ' V-t-*// tVSkWmwr mm. ffi£_V___k __¦_!

    p__— __f*__?^t —-— mmTT lmmrmw l__^_-__jj*? T'J*!VBg..w-^TDois" rapazes, José e Antônio,

    *dotados deum pronunciado espirito de aventura e tendo

    ilido muito c apreciado muita fita-.de cinema,[anciãvam . . .

    . . .-uma opportunidade de um "caso' que.puzesse á prova a sua coragem e audácia As-sim pois, um dia souberam que na serra de.1 tuTezopolis, existia uma . .

    . . caverna myslfrlosa, e que a população davizinhança attribuia unia lenda sobrenatural,com o apparecimento de almas e dragões phantastico*.

    Estudaram o mappa c José c Antônio, ra-diantes se propuzeram desvendar o mysterio <encarar o oerica

    Caminharam um d.a inteiro subindo a*mais complicadas serras até checarem mais oumenos ao local indicado. De facto ao se ap-proximartfm ouviram ,

    . . . um ruido extranho, e escondendo-se atrazde uma pedra, ficaram espiando.,

    — Deve ser o "dragão" etc!amou oAntônio ! . . .

    Mas, o tal '*dragâo'* ficou reduzido ássuas mínimas proporções pois era apenas umlagarto innoí ensivo.

    Deparando com a entrada da gruta myste-nosa, nella procuraram entrar com a maior corHgéra

    Alo fundo da caverna agitava se um vultoindefinido, e que parecia vivo. Com a devida-aytella Josí

  • 27 — Janeiro — 1937 17 O TICO-TICO.

    O ELEPHANTE E SUA DOM ADORA

    Collem as peças em cartolina, antes de serem recortadas. Armem, em seguida"guras, seguindo a indicação dos modelos.«tá

  • O T I C O - T> I C —" 18 —.' 27 — Janeiro — 1937v

    AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS

    Tinoco e Mister Brown passeiavam pamento, quando deram com uma lheu toaa com a approximaçào dejuntos, nas proximidades do acam- enoorme tartaruga que logo se enco- extranlios. Os nossos heróes tudo íi-

    zeram para que a bicha puzesss acabeça dle íóra e acabaram apostan-do que o Tinoco não era capaz de

    forçal-a a tal sem empregai* violen-cia. Tinoco depois de muito pensar,lembrou-se de dar-lhe uma dose de

    rape. A bicha poz a cabeça de forapara espirrar. e Tinoco ganhou oscobres de mister Brown.

    Mozart; o grande ^musicista, nas-'ceu em 1756, na cidade de Salzburgo(Áustria) :*¦ Seu pai era musico, es-

    ipecializado em violino-« Mozart,5 bem cedo, revelou-se umexemplo „£ de precocidade musical.tconfavafapenas 5 annos, quando com-poz um trio e um minueto que foramrecebidos!* com muito enthusiasmo.[Aos 6 annos de idade, sua execução'no cravo'já era tão perfeita, qu«e seu'progenitor emprehendeu uma pere-grinaçâo artistica, com.elle e sua ir-,mã Maria Anna, que também era ha-^ilissima e talentosa. ; Percorreramjnuitas cidades, dando concertos, e,¦i iv^Srj-Mozart tocou'"para Maria^Thereza, Imperatriz da Áustria, ebrincou no palácio imperial com as

    t princezinhas Carolina e Maria An-itonietta, esta mais tarde a desventu-Jrada rainha da França.

    Com 14 annos de idade na capellaSixtina, em Roma, ouviu o maravl-lhoso "Miserere", de Alleçii. Essa

    ittiusica pura e commovcnte, calou^tão profundamente em sua almaque, se retirando dalli, escreveu-a de'cór, '^sem' nenhuma Éalteração nemfalta defuma unicá* nota.

    Foi curto o "tempo em que viveulieliz.. Casou-se em 1728 e logo a ml-seria não cessou de bafer em sua

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    Mozartporta. Por muita musica que escre-vesse, não ganhava o suíficiente epor isso a penúria não o deixava.Conta-se que em certo Inverno, sen-do visitado por um amigo, foi sur-prehendido dansando com sua mu-lher em volta da mesa;:

    — Que quer, disse o grande mu-sico, sentimos muito frio e não temoslenha para accender o fogo. E nessaépoca, por coincidência, elle creáraas suas melhores producções, que'

    mais concorreram para a gloria dcseu nome.Mozart cultivou todos os gêneros damusica, assignalando cada uma das

    suas obras com o cunho inimitáveldo seu gênio — graça, elegância, po-der e emoção, sendo especialmenteconsagrado na composição das ópe-ias "D. João", "Flauta encantada"e "Casamento de Figaro".

    Nos -últimos tempos, coberto de di-vidas e perseguido por inimigos in-n josos; contrahiu uma enfermida-dt incurável. No mei0 de suas dores,escreveu a sua missa de "Requiem",para que fosse cantada nos seus fu-neraes, chegando a ouvil-a do seuleito de morte. Ainda bem moço, fal-teceu em Vienna no anno de 1791.No dia do seu enterro, o tempo estavatão tempestuoso, que bem poucaspessoas conduziram-no ao cemitério.Não obstante a riqueza das suasobras, morreu na miséria e foi se-pultado na valia commum. Quandolevantaram-lhe uma estatua na ca-pitai da Áustria, procuraram seusí estos mortaes e não os encontraram.

    Nas principaes cidades da Europa,erigiram-lhe monumentos, e sua me-moria é hoje venerada em todo omundo, por aquelles que têm espiri-to de artista.

    Nice MarcondesO mais bellò presente para as creanças — "ALMANACH D'0 TICO-TICO" para 1937^?L

  • 27 — Janeiro— .937 -~ 19 O TICO-TICO

    As proezas de Gafo Felix(Desenho de Pat Sullivan — Exclusividade «TO TICO-TICQ pari o &r*sil)

    "*" "'¦ ¦*"¦ *^z» . ... . ,.—__'.,..__.

    _--_f" S'm' aqJU' é °. chumbador ---Pois" não. venha cá sou um ...afinal! Agradeço á minha toa mascottef _ Âfianço-lh<

    !_^__?,____?___!___!;¦___* ^ excelhmte chumbado. - Puxa! que sou um bom chumbador! _ Meu annel de diamantesUm negocio, até que... escorreu pelo cano abaixo! Vale uma...o seu cano concertado?...

    ... fortuna, ho, apanhe-o, omr. deve apanhai-o. — Du-rante horas a fio, Olavo,...

    ...trabalhou para apanhar o annel --lá trabalhei bastante, voude diamante que tinha escorregado p'ra casa! — Experimentei empelo cano. — Acho que... baixo... nada I Acho que é...

    .. .melhor desistir! —desespera - me pensarque trabalho para...

    ... um cacete desses! — Estou tãocaceteado que vou me vingar eraalguém! Vae .ser a victima...

    I. .gss^ ^x...aquelle rato. Corre, desgraçado, que hei deacabar te segurando e estraçclhando-te com osdentes! Faça todo o possível, snr. Olavo

    .. .para achar o meu annel dabrilhante que cahiu nesse ca-no! E' um annel de valor....

    ¦S-——-¦— _x=^: 'X •

    ...Não adeanta correr, ratoinfeliz! Vou te abocanhar jálCorre, rato inferior e desgra-çadol — A minha única.... _

    .. .salvação está neste cario! Vou su-blr pelo interior do cano! — Oh! Quesurpreza! Subiram do cano um rato.

    , e um lindo, anne! de brilhante!

    — Muito obrigado, snr. Olavo! O senhor é o.chumbador de mais sorte do oceano Atlântico, o se-nhor é um homem de sorte! ¦ (Continua).

  • O TICO-TICO —20-. .27 — Janeiro — 1937

    A CARIDADE DA FAUSTINA — DESENHO DE ALFREDO STORN!

    IfOtl FA7£e

  • 27 — Janeiro — 1937 — 21 — O TICO-TICO

    O BADÃODE

    PAPAPE-'

    A MIM NIK6U-H INSULTA»VOU TREINAR. KO ttUQUE.paW-TVRAO^UMA OESTORRií

    0O"-UCAHO&HBA'

    IM-J-

    UNS EXERCÍCIOS E NAO j HO-_VO*l VVOU TREINAR MO HUQ_ HAVERÁ' QUEM POSSA COMI -" b_n UM»- (^gɧ-_£, }p_W-T\R4.0 "MA OeSRORRji —— w \GOJ —"T- ' SURRA **>JÉ&ftQff i "*»

    «=p. / *^t- --' ' '¦— VOCÊ,MEU CARO rtoAMBA , £,«_*. AVY*xHHE C 6A1SÁO QUANDO "LUE JO BARÃO HÃO

    _=k / ' ^*-**i EM CASA E

    "lNDE_J_,_l_ "' ESTIV-Q DORMINDO _ ._-LHE. / r—->. £~^-^L PResTAr—

    ¦fYus ——^/^_nha-se^a r T^n^P2^-^^

    ~" .•^A \ inventei esrA I i_B-*_àí F3l T

    ' 1 /SOS-.ouca CAMA.WlH . Quet-l I

    ^-*f?C,Y*J CAMA MAS NliN- B mÊêt%% 2= ij ~~"—-_ ^--tó _ST£*x_tlORr)itMDiJ *-i

    CA.IRO AIVES r^ ICastro Alves... Um nome brilhante

    qus se apagou depressa, talvez pelo seufulgor demasiado... Amou demais eescreveu muitíssimo. Todos os poetasque amam, soffrem. O soffrimento é oinspirador dos homens. Castro Alvesamou, soffreu e devia ter soffrido mui-to, para escrever tão bem!...

    Os seus maravilhosos versos, são oorgulho dos brasileiros, a eloqüência doBrasil.

    Castro Alves era poeta bahiano e deum talento inegualavl: . .

    Este gênio deslumbrante nasceu nacomarca de Cachoeira a 14 de Marçode 1847. Estudou em Pernambuco, pas-sando depois para S. Paulo, morrendoa 6 de Julho de 1871, quando cursavabrilhantemente o amphiteatro gloriosodo quarto anno de Direito.

    Deixou para exaltação do seu povopoesias que jamais se olvidarão, assimcomo o seu nome!

    Uma das suas poesias que mais nosfalam da sua intelligencia é "O NavioNegreiro". Nestes versos elle descrevecom amor e com sinceridade á sua ma-

    gua por esse povo desgraçado que vi-nha para o Brasil encarcerado em na-vios immundos.

    A paixão dos brasileiros foi a mortede Castro Alves quando elle ainda pre-cisava viver para engrandecer o Brasile levantal-o em poemas ao pinaculo dagloria.

    Castro Alves morreu, deixando umalacuna difficil de ser preenchida poiaum poeta de seu talento o Brasil custa-rá a encontrar, para cantar em poesiasmaravilhosas os feitos magnânimosdos quaes o Brasil mesmo se orgulhará.

    Castro Alves immortalizou-se demaispara ser esquecido...

    Castro Alves morreu, mas não foiesquecido... As suas obras perdem-seno tumulto dos grandes livros e reappa-recém triumphantes e soberanas nopensamento dos seus conterrâneos edos outros povos.

    A sua gloria immortal subiu ao maiselevado posto de todos os sentimentalis-mos... E ficou burilando... burilandocomo a nos incentivai...

    DIVO PAULO

    A DANSAA dansa é uma arte. Saber dansar

    é um dos attributos que completam aeducação do homem e da mulher. Adansa, porém, não é só essa manifes-tação de educação, esse predicado so-ciai. E' também um optimo exer-cicio de gymnastica.

    E' bem sabido que nos exercíciosde gymnastica torna-se necessário orhythmo. Este nos é dado pela mu-sica. Fazer gymnastica ao som damusica, determinando esta a certe-za dos movfmentos e dos gestos, ébem a dansa.

    A dansa, por isso, é consideradaum excellente exercício de gymnas-tica.

  • U llllü-TICÜ e-22 — 27 — Janeiro — 1937

    As ilhas HAWAI, o lindo archipe-lago da Oceania, ofíerecem um en-canto muito grande aos visitantes-

    Oahu offerece Honolulu, a praia en-cantadora de Waikiki, os passeios ámontanha Tantalus, ao Punchbowl,ao valle de Manoa e Kokohead. Te-moslaie com seu templo imponen.ede Mormon rodeado for soberbos

    jardinsAo chegar a Ililo o viajante se

    deslumbra ao contemplar o forma-to perfeito da bahia que im.Ha urr.quarto crescente; chegando a Co-coanut Island, pode-se tomar o banhomais delicioso em suas águas crystal-linas e puras, rodeadas por palmeiras-que medram sem fim.

    Pari indo de Hilo em automóvel dá-se uma volta em redor da ilha paramelhor conhecel-a. O que se desta-ca primeiro aos olhos è a cratera d_Kilauea o maior dos vulcões actual-mente activos. O automóvel correatravessando plantações enormes decanna; o terreno segue cheio de ar-yores gigantescas, e, entrecortado ciepequenas selvas. Por ellas passamossem medo, pois não abrigam a ne-nhuma espécie de animaes selvagens.

    Finalmente chegamos á erea vul-canica abrangida pelo Parque Nacio-nal, com seu vulcão o Halemaumau,tambem chamado a 'Casa do Foáo

    VIAJANDO PELO MUNDO

    RS lili llír-.. »Kd»_»«-^*MMV*W**_.*S^**V-*M^

    ^^^^b,i,:.-&^é^i^!^-

    Eterno", tradicionalmente conhecidocomo "Habitação de Peile, Deusa des

    Vulcões".Não ha como a vista que circumda

    o vulcão. A lava tendo-se desfigu-rado através os annos, foi formando

    grandes cavidades e enormissimo_bancos de sulphur. Vemos entre estasa "Garganta de Fogo", em seguidamuda bruscamente o panorama: pa-ra alegrar a vista vemos o Parque

    Üos Fassarinhos vermelhos e amarei-los minúsculos e brilhantes, contras-tando com o Inferno Vulcânico.

    Partindo cm direcção leste do par»que encontramos a região de Puna;com suas selvas tropicaes e praias deareias negras.

    Paizagens bellas e variadas se fias-dobram á medida que continuamosatravéz dos ranchos de Kaapala.

    Bosques de mangueiras vestem osflancos das montanhas; mais além.encontramos café. Kailuha guarda asreliquias e os velhos templos; pertode lá terno.. "A Cidade dos refugia-dos".

    Pelas estradas da costa os templossão tão engenhosos, e r.-ostiíim. ar-chitectura tão perfeita, qus vemos

    ali um povo que prometfce uma raça

    precoce.

    Além levanta-se o Mana Loa, co-

    losso que attinge 14.OCO pés, mergu-

    lhando nas nuvens.Quando em erupção as lavas fun-

    didas quebram os lados do vulcão

    para se lançarem á praia-As erupções não produzem temores

    nem estragos; por isso proseguimus.pela estrada afora, até Hamakua.

    Innumeras cascatas e saltos brilhamnas gargantas viçosas onde a vistase deleita nara nunca mais se esque-oer. - •

    Á S S U ESAS DE UM ES EN HO

    ^(•it-^U- N. ¦

    \

    /0E^ \mm s* ¦

    # S?^A7

    _- - ¦ ¦ ¦—'I .

    Os tres desenhos acima devem sereadas. Verão aue". depois de dobrados,

    recortados, depois do que dobrem ve cês cada um delles pelas Unhas ponte-mostrará cada um delles uma suroresa.

  • 27 — Janeiro — 1937 — 23 O TICO-TICO

    &8í[?E]£fM^ 1

    _i_Mlíf__Ar®7nâ ^^mWA^uWwcl^A^^M^ jèr^vyftNXSJIvTf HWrdi _/ '-'"__vjWrr?**,*« __TOÍt _. /í»^ **. í

    P lyL/ %'^w^w^^í-lr ^__ •' I f-_/\_r v^V _r __¦/ íY_sSrTr uhuBK _____ «»ra. fi £&* v^£3_ m .BÍW '/' íífò' l / «un" L_WT tI"Q ¦ _(£_,"_ "EÉ?"» _"U-""i'j —_£_¦e&ÈA\ I • AXzi»ii_r \ xv^w^^Y-Jí IIHH

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    TI".! ^*^"**^- --¦ Tl..«-M--_.r f __,.< ,*_.._-_--«^»

    SECÇÃO PAMKNINAS

    RA

    A M A Ç A S

    Cadinhos subiu a uma macieira, e disse ir colher maçãs para distribuircom suas oito irmãzinhas. — Como oito ? — perguntarão vocês, se nodesenho só se vêem duas ? Sim. mas as outros seis estão escondidas !

    Achem. pois. os leitores as seis irmãzinhas do Carlinhos.

    Fala a InfânciaAmemos o Brasil: amemos esta terra

    Cujo seio bemdito e maternal encerra

    O ouro. o ferro, o carvão, o chumbo, o manganês.

    O nickel, o petróleo, o diamante... Deus fez

    Acaso uma outra assim, de verdejantes mattas,

    E nós colossaes e urrantes cataratas.

    E fechados sertões, onde desde a manhã

    A* tarde aves estão gorgeando ? O' Pátria irmã

    Do céo, que, se astros tem, teu collo de mil flores

    Adornas, cada qual de mais subtis olores.

    De mais linda feição de orgulhando... Brasil .

    Terra da Promissão ! Gigante de infantilSorriso; acolhedor e fidalgo giganteQue da bondade faz o ponto culminante

    De sua vida, que se abre em milagres de amor,

    Sem saber de ódio ou de preconceito de côr !

    Encha-te o peito a fé, povõe-te a alma a crença

    Da força, que serás, invencível, immensa,

    No dia em que a consciência, illuminada, vier

    Despertar essa força — ainda um rosicler...

    Paladino da Paz e da Fraternidade !

    Pioneiro do Amor ! Irmão da Liberdade !

    Meu Brasil! tu serás, no esplendor do Porvir,O mais bello dos Soes, florido, a refulgir!...

    LEONQIO CORREIA

    _|_P_±

    Querem as nossas graciosas ehabilidosas leitoras construir u»:fc-wto e fácil trabalho, uma in-teressante cantorieira para umrelógio, um vaso com flores, umbibclot ? Sem duvida estarão adi.er que sim todas as gentis lei-(oras d'0 TICO-TICO. O tra-balho é fácil e pode ser feito emcartão forte, papelão ou mesmomadeira fina. Um pedaço dc

    qualquer desses materiaes deves. r riscado, ou melhor qtradri-culado, antes de ser desenhado.O motivo do desenho pode ser

  • O TICO-TICO — 24 27 — Janeiro — 193?

    manha e outros paizes desejaram pos- \J yf// ___K para essa grande obra de beneficência,

    11 HEROINA flli ^y^^ÉCMZ VERMELHA

    Dmararn como" symbqte uma CRUZ VERMELHA ... .e nem todos se lembram que essa instituição maravilhosaivao ha hoje logar no mundo onde cila não exista soecorrendo se deve a essa inglezinha heróica que era a DAMA DA LAM-PADA. (FIM).doentes p feridos. ,

  • —-—AmmM _»1_M—-ll-l ^^^ilWW _^_—-ai ***T ^^" eaaaaaL tfSaai mm\^^^^^^

    Com a morte ineaparacU do velho «xplorador, considera do como o fei- / \ ^^' W 1 atvTu l/f///íiH mWÀW. \\ í f^dAI .¦hhhhh.v'**^/// si r r\ w^^^r^^^T^^^^^^^^F^i^^^^^^^i ¦^l'^"^^1**^™"""1M ilw'» Uiu.. «»At J„ W—— r: ¦ í^_ j j \ \ X. \ 1 I j¥I I V \'-\\ lÂ^mW HMI f l^t^VVf^ / // /f\^i *-*» Negro» Itiga/atea. trita» ü« abandonaram o» «xploradore* de terras,•í^ ucevo branco* o «nerato do» Negro» Oigante*, formado» d« homeiu supera- \ \ v * I aáw\i I 1 í i í/\wM B\i /w \ / ¦ ,J- t . . l j- c _ - * u i j'íl »!..!«.«.. .k.^»»» — \i-L j » . l c _ ** \ \ ^*Lt .Ar " TI f f 7f-^H mm¥\\\\!>SP^ \ l l-Jh// / ^'-exttanha», diaacran. a Spot qu« foram oa Homena^Leoparoc» oa «s-asuno»ucioao», abandonou oa b-ee aventureiro» , fc [ "~_:)_ C-Jj. Jf_H_K iHaalaaalaai^W -/

    -Jl

    3e

    Í5

    Lõzlniue o» liegroa Cigantãa deixaram oa exploradoreã, Spot reaolveudeixar Maria e Miquimba em repouao numa clareira da floreata e fazer in-vea-gacôea peloa arredorea. Entrara pela floreata a dentro e, tudo obaervan.do, tudo inT-ttigando, teve a aurpreaa de aer «laçado por um doa terriveia ho-mena-leopardoa. O aajvagem pulara aobr* elle com a agilidade de um tigre aera vara-Uit a azagaia, ru. ti ca em pknopMto, Spvt, cobora farido, lotou übw a

    , aaf^p^aaor qua, por fim. tStgiu.

    Spot, cançado, da luta, cahiu ao solo, em estado de vertigem, quandochegou Miquimba que verificou nâo «er de muita gravidade o ferimento tetito no »eu amo. Eite, porém, teve coníiecimento, porque lh'o dissera Miquin*' ba, que o» homena-leopardos tambem oa haviam atacado • aprisionado Ma*ria, qua fora levada, amarrada, para logar diaUnto, nio obatanU lluU «IM,tan «Hiailil n, tinta d* I am oa aggreaaena »jaagTB.fl adira iii«C«cn«.»ri.-||ln||i—mT

    O

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  • O TICO-TICO ^26 27 — Janeiro 1037

    IV _D __ES IV €B

    -fM^à^^ÉL f^^^ê _s.

    Sua Magestade, o Leão, urrava desesperadament.quando appareceram o tigre e o urso; — Tragam-maaqui, morto ou vivo, esse endemoniado Dr. Simão. A ra-iiiha foi assassinada e loi elle o autor.

    A raposa, que passava na occasião, ouvio o Leão fa-lar e foi dizer

    "ao macaco o que se tramava contra elle.

    Deveras aquelle pelludo quer se meter commigo? Poiselle vae ver como vae virar o feitiço contra o feiticeiro.

    Vou atear fogo á matta! E, toman-do dois pedaços de madeira poz-se africcional-os até fazer fogo. Depoissentou-se á beira do caminho empu-nhando um pau acceso a guisa de to-cha.

    O Leão, com o tigre e o urso anda-vam a procura do macaco, quandoviram, o macaco sentado empunhan-do um pau acceso — Olhem, lá es-tá o macaco incendiario prompto apôr fogo na floresta; elle vae fazer

    o mesmo que já fez ao nosso acam-pamento. Fujamos! E os tres valentesfugiram em desabalada carreira as-sustados com a ameaça do Simão, overdadeiro rei dos animaes".. naaustucia e na sabedoria.

    HOLLANDA.-o paiz dos moinhos dc vento c das floresApesar de que a Hollanda não faça.

    uma intensa campanha annuncian-do suas bellezas naturaes, como fa-zem a maioria dos outros paizes eu-ropeus, ô visitada annualmente, porum grande numero de turistas.

    O solo da Hollanda constitue umagrande planicie baixa, composta in-teiramentie de aluviões. O paiz pare-ce o fundo die um lago vasio e onivel de muitos dos seus campos ecidades é mais baixo que o do mar edos rios, dahi a necessidade de seusnumerosos diques afim de evitar operigo das innundações.

    Ha innumeros canaes que corrematravéz de immensos prados, nosquaes tranquillamente pastam os ga-dos brancos e pretos e a pequenosintervallos se alçam magestosamen-te sobre os vastos campos o» typicosmoinhos de vento.

    Entre as cidades dignas de visitar-se na Hollanda estão Delft, celebreem outros tempos por suas famosas

    pedras de cor azul; Haya, a capital,uma das cidades mais bonitas da Eu-ropa, celebre não somente por seusmagnificos museus e collecções, como

    ______j_T iMwiirvp'«. .¦::'„Uni logarejo da Hollanda.

    também por ser a residência do 'i'i'1-bunal Internacional de arbitragementre as potências; Leiden, ás mar-

    gens do Rin, a pátria de Rembrant,e finalmente, o famoso balneário deScheveningen, cem seus sumptososhotéis, luxuosas tendas e aristocra-ticas quintas, onde brilha em todoseu apogeu a refinada elegância dasociedade hollandeza.

    Leiden se conserva ainda como nostempos do famosissimo pintor. Abelleza de suas ruas, de seus canaes,e de seus bonitos edificios, obrasprimas da architectura, tem sido con-servada até hoje por pintores da es-cola hollandeza.

    Durante os mezes de maio, junhoe julho, o ambiente dos campes estáImpregnado do odor que 'desprende

    os narcisos, tulipas e jacintos, osquaes crescem com profusão duranteesta época do anno, e o turista queaspira esta agradável mistura dearomas tem que confessar, com ra-zões de sobra, que a Hollanda é o'paiz das flores".

  • 27 —.'Janeiro -— 1937 -27 — O TICO-TICO

    MAIORCA. o paraizo terrestreTerminada a discussão sobre o tra- tranquillidade do espirito, requerem

    tamento qji:e se deve dispensar aos que se faça uma visita á Maiorca,turistas nas Ilhas Baleares, os fo- Entrando-se no porto de Palma,rasteiros voltam em grande nu- cuja bahia forma uma meia lua,mero a esse paraiso do Mediter- vê-se o Castello de Bolívar, queraneo e Maiorca torna a ter aá domina a comarca. Palma parecesuas praias cheias de excursionis- estar, entretanto, dormindo o sonhotas americanos e inglezes. da atmosphera mourisca, que se

    Estes turistas pedem a Deus que nota nas ruas estreitas e tortas. Asua ilha continue esquecida pelo cathedral, a Lonja, os pateos das

    VS»^A»*4^t.*>.r*^AAA^»»>»-*A.^^-k^-»AMWW

    resto do mundo, demodo que possamcontinuar a desfru-ctar as delicias queo clima singulardestas latitudes©fíerece.

    Maiorca, a-maictdo archipelago ba-learico, tem comocapital, a pittorescacidade de Palma, a460 kilometros deMarselha e a 167kilometros da costahespanhola e encon-tra-se ligada á pe-

    Um poço em Maiorca

    casas apalacetadas,como o Palácio deMorei, são symbo-los de um passadorico em momentoshistóricos.

    Os subúrbios dePalma completam apintura multiformeda cidade. Ahi estáa aldeia de Ge-nova: El Terreno,onda- os hotéis mo-dernos contrastamcom os palácios an-tigos como o cas-tello B e 11 v e r , as

    ninsula pelas linhas de vaporeí que Grutas de Arta, as grutas detrafegam entre Barcelona, Alicante, Drach, onde se dão todas as se-Valencia e Tarragona e o porto de manas concertos.

    Palma. Em Manacor, sobretudo, as gru-Si o leitor projecta fazer uma tas são as mais pittorescas do

    viagem a Europa, recommendo-lhe mundo.tomar o vapor em Marselha ou nos Acredito que não haja em todo

    portos hespanhoes e visitar Maior- o mundo outro logar que tenhaca. Os mezes preferidos para essa grutas mais fantásticas que as doviagem serã nos mezes de Janeiro Dragão, nem, tampouco, maior nu-e Fevereiro, quando as amendoei- mero de encantos reunidos em tãoras estão em flor. O clima ameno, curta distancia como os que seo brilho do sol e o azul do céo encontram nestas ilhas beijadasdesta ilha, são muito efficazes para pelo sol do Mediterrâneo e re-os viafantes. Outrosim a belleza frCscadas pela brisa dos Pyrineus.do panorama, o encanto de suascostas guarnecidas de grutas e Templo Manning

    Como §e desenhaporquinirilhioo

    um

    Primeiramente tracem um sirn-pies circulo.

    Em seguida outro circulo me-nor, tangente ao primeiro.

    OOA»—jAgora, façam as duas patinhas

    do bicho.

    GPE, logo, depois, desenhem o

    focinho.

    D5Escrevam, logo após, o nu-

    mero 11, á guisa de orelhas.

    E mais alguns traços. Terãodesenhado um porquinho.

    ***s*s^*\*S***/*s*s^i*\r^-^y*s**^ir**^*s^^A§

    ALMANACH D'0 TÍCO-TICO para 1837 — Um livro formidável para as creanças

  • O TICO-TICO — 28 27 — Janeiro — 1937

    SOIRESULTADO DO CONCURSO li. 101

    /§_ A L_A_2._° Ak

    Solução e.vacta do concurso

    i * Solucionistas: — Tildcu Lopes, Maria An-fjelina A. Guimarães, Rutli Corrêa Men-des, Rubens Corrêa, Helena Soares, Nor-man Leite de Souza, Celina Gloria Alonso,Solange P. Vasconcellos, Ilclio Tommasi-ni, Ignez Oliveira da Silva, Augusta Pi-nheiro, Maria Lcopoldina de Oliveira, Fe-licia Di Piigiia, Luiz Siqueira, Nancy Gui-rard, Sylvio Cunha, Isaac Chcrmoo, Cere»Maria de Gouvêa, Daisy Couto Mery, Hei-vio Duarte Nunes, Edir Duarte Nunes,Maria José P. Cueno, Miracjr Macedo,'Audir Bastos, Lourdes da Rocha Gomes,•Arnaldo Parahyba Pereira, Homero Neves./Trindade, Haydée Cardoso, Oscar Pompe,/Maria Ignacio da Silveira, René MoacyrrArnaldo, Fábio Gomes Alves, Renato daI Silva Peixoto, Heloisa Câmara Casaes,¦Luiz Eduardo Machado, Carlos Lanzclotte,¦Joana Dl Ttilio, Manoel Pedro Lopes,¦Oliesi Modolo, Walter Gomes Pereira, Ber-jnadette Kassab, Amarise de Campas Ta-I vares,9, Yara Crussard, Francisco Salles.j Nilza da Cunha, Lucila Lopes Ferraz, Si-mone de Mello Cabral, Lois de Macedo,Clecy Porto Cardoso, Mary de Avellar,

    [Naiicy de A. W. Moreira, Herculano Gon-Içalves, Radiah Maria P. das Neves, The-[rainha.'Maria Pessoa, Leonor NogueiraiSoares, Júlio Domingues Couto, Paulo{Duarte Monteiro, Aldyr Madeira de Mat-tos, Francisco- Costa Accioly, Maria An-¦tonictta Dutra Bastos, ConceiçSo de Al-meida Costa, Mary Midasi May, Nydia)P. da Fonseca. Cláudio José de C. Sa-jvag-et, Neuza Carvalhcira, Léo R. Corrêa,[Ornar Alves' de Carvalho, Otto Carvalho,(Maria Onês Lyra, Nice Ribeiro do Valle,yosé Joaquim. Beatriz de Freitas, Holicu{Luiz Fernandes, Norma Monteiro e Silva,'Alipio Fagundes. Therezinha de Jesus, Ar-*"itialdo Herht, Evverton Machado Costa,[Maria de Lourdes Machado. Rildemar de^Andrade, Argeu Pclosi, Maria Luiza, Mens

    O TICOPropric

  • 27 — Janeiro — 1937 — 29 O TICO-TICO

    WWWWUMMWVWWW^^WWWMWWWW

    WwM JiZoIqueeulhe disse:Uso e nao mudoJUVENTUDE

    ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

    !_,___,, ..... "^^

    *vvs^^vvs^_vvvvvvs.^-^.

    hy Bruel, Maria de Moraes Talina, LaisLuz, Marilda de Carvalho, Ynes PereiraQ., Eldah Duarte, Léa Novaes, AmauryCallado, Mario Arthur Ferraresi, Ivo Au-gusto Dias, Celso Antônio, Eunice OliveiraRangel, Othon Lobo Oliveira, Alfredo Lo-monaco, Júlio A. Parinitns, Hugo Godofredode Araujo, Hilrnar Jallcs Pinto, Dyrce Jallesde Freitas, Laerte Pareira da Motta, JoséLuiz Ottoni de Carvalho, Nair GuedesOreiro, Neusa Maria B. Ribeiro, J. deCarvalho, Armando Vaz Júnior, Pedro deMello Fontes, Maruj a Accioly, Jusita L.Plácido e Silva, Juci Maria Plácido e Sil-va, Raphael D. Brito, Wander C. Rczen-de, Nydia Barbosa, Carmen Maria, Nor-mandina S., Maria de Lourdes dos Santos,Durval José Q., Leda Nunes Ferraro, ElzaMendes Barretto, Gizelia Corado do Nas-cimento, Regina Maria, Celeste Passos deOliveira, Amilcar Bezzi Botelho de Maga-Ihães, Edmundo C, Ayrton Rocha, AdriãoPires Bezerra, Cláudio Michelini, CarlosMartnis Filho, Sidney dos Santos Lemos,Berenice Barcellos de Moraes, Edyl SouzaBarros, Oswaldo Lucas da Silva. NesinhoSoares e Marcello Pernambuco.

    i— Foram premiados com um lindo livrodc historias infantis os seguintes concur-rentes:

    SAMUEL DELACOSTES TORRES,

    residente á rua Silveira Martins n. 426 —

    Sarrt'An__ do Livramento, Estado do Rio

    Grande do Sul.

    JOÃO LOPES, residente a Praça Mon-

    t.pio, Maceió, Alagoas,

    JAIR LESSA GUIMARÃES, residenteà rua Maria Antonia n. 211, nesta capital.

    RESULTADO DO CONCURSO N. 102

    Respostas certas:

    1* — SAIA2' — PRIMAVERA3* — LUVA, UVA4* — ILHA, FILHA5' — APÓS, SOPA

    Solucionistas: — Maria Regina E. Pi-nho, Upliena Motta, Palmyra Carvalho,juiaii.iyr, Wanda Mariano, Lüson ue Mello,>_euezcs, Kogcno .Lopes, jair Lessa Guuna-raes, Cenna _ioiia Aionso, bolange P. Vas-coiKellos, ignez Oliveira da Snva, MariaLeupoidma de Oliveira, Humberto Di Pu-glia, Dalva Cereja Duarte, Ldir Duarte,Luiz Henrique G., Amilcar Bezzi BotelhoMagalhães, Leda Nunes, Ferraro, OswaldoLucas da Silva, Maria de Lourdes i. deSouza Leite, Berenice B. de Moraes, Dil-ma Rocha, Durval José Q., Jacy Santos,Heli Mendes Barretto, Marina Accioly,Laerte Pereira de Motta, Mario Arthurherraresi, Almiria Nogueira, Linda PreussjAlmir Nogueira, Ritinha Gomes de Mat-tos, Eiza Mary Leal R., Altair da GamaBentes, Ignez de Albuquerque Sévc, Fran-quelino José Pereira, Maria Consuclo Mar-quês, Haroldo Marques, Jarém G. Gomes,Cecília Moraos Dias, Eunice Nunes Dias,F. G. Nascimento, Marcello Pernambuco,Fernando José Gomes dos Santos, VicenteGiorelli, Tharcilia de Paula, José de A.Machado, Léa Maria Brusque, José LuizOttoni de Carvalho, Normandina Saldanha,Esthcrzinha Souza Campos, TherezinhaMaria Marapodi Corrêa, Maria Elisa M.Gomes, José Maria de Souza Meiga, JoséRodrigues Lopes, Thais J. Ferreira, JoséBarreto Santos, Venina Sant'Anna, JoelMenezes Guimarães, Juci Maria Plácidoe Silva, Jusita Lourdes Plácido e Silva,Nydia Barbosa, Raphael Durão B., Car-men Maria, Alfredo Lomonaco, NelsonPorto da Silva Dores, Ephigenia Guima-rães;- Alada da Silva, Armando Vaz Ju-nior, Othon Lobo Oliveira, Wilkar Perei-ra, Ivo Augusto Dias Furlanetto, Léa No-vaes, Aloisio Callado, Eldah Duarte, Hei-tor Drapier, Fernando B. Moreira, Bere-nice Branco de Queiroz, Oswaldo RosaLaranja, Marcello Arcoverde, Oto Mat-

    PI LU L AS

    ^fft ^_T^*f^^fj ¦ * _M___^^^^ **^»«4 1 tt m • Jfl b _^tf*__^*_r __f t_f_f>__ I T%Mi ,t v UAr^T \'^_riinMTli^f

    (PÍLULAS DE PAPAINA E PODO-PHYLINA)

    Empregadas com suecesso nas malestlasdo estômago, figado ou intestinos. Essaspílulas, alem de tônicas, são indicadas nasdyspepsias, dores de cabeça, moléstias dofigado e prisão de ventre. São um pode-roso digestivo e regularizador das funcções«jastro-intestinaes.

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    Corte o coupon acima e, acompanhadoda importância de 6$00O, remetta-o á S. A.O MALHO, sob registro. Na volta do cor-reio recebereis um exemplar do primorosoALMANACH D' O TICO-TICO para1937.

    tosinho, Oswaldo Cândido de Souza, LaisC. Feio, Evandro Luiz de Abreu e Lima,Alberto de Castro, Hélio de Castro, Vi-valde Pereira de Menezes, Edith de Oli-veira, Neuton Goulart de Godoy, OnofreJosé Barbosa, Margarida, Clelinha Fernan-dez, Paulo Fernandez, José Eduardo déSiqueira Assis, Sônia Machado G., EddioBueno, Nilza Ferreira Costa, AlfredoAbreu Peres, Nílton Meliga, Sidney daKílva Monteiro, Judson de Freitas SilvaGomes, Walter de Freitas Silva, Ary Men-des, Alfredo Teixeira C, Hugo Jorge deBrito Chaves, Neuza Carvalheira, JosenyR. Tovar, Ligia Campos Christo, OraideCastello Branco, Anna Luzia de Mello B.,Marisa Pires de Castro, José Couto Frei-tas, Vera Azeredo, Hugo Paff da Fonseca.José Cláudio Mcira Coelho, Fernando Au-gusto B. Luna, Maria de Lourdes Gome*,da Silva,' Edir Duarte Nunes Tross, Hei-vio Duarte Nunes Tross, .faria José PortoBueno, Marilda Macedo, Pedro Carneiro,-Anna Virgiriia V. Pessoa, Autir Basto.;Mario lgnacio da Silveira, Alceu GomesAlves, Renato da Silva Peixoto, Helois.3Câmara C, Luiz Eduardo Machado, Gise-lia Pety Falcão. Humberto Lanzelotte,Dora Almeida. Nilma da Cunha Valle,T".a Matto».de Mello, Lftis de Macedo,Clccy Porto Cardoso, Mary de Avella.Moss, Herculano Gonçalves, Radial. MariaPereira das Neves, Maria Célia Azevedo,Tavr José de Freitas Lourenço, NydiaTMf da Fonseca. Leonor Nogueira Soares,Maria Arlette Azevedo Pinheiro, Soei/.

    AS FLORES SÃO O PENSAMENTO DAS PLANTAS.

  • O TICO-TICO —¦ 30 27 — íaneiro — 1937

    Barbosa, Mary Midosi M., Cláudio Joséde Castro S., Léo R. Corrêa, WandaMaria de Fontenelle, Omar Alves de Car-ralho, Otto Carvalho, Renata Lúcia M.,Maria José Lyra, Ilka Mattos de Mello.Gerson Fagundes, Amoldo Hecht, RanyCarneiro Santos, Osvir Carneiro Santos,Oscar da Purificação, Faria Director, Os-waldo de Almeida, Riu F. Galvão, Alber-to Furtado, José Carlos de Paula F.,Dulce da Cunha e Silva, Maria Helena R„Dahyres Paula, Amancio Gonçalves, Her-minia de Camargo, Marina H. França,Maria Augusta Ramos, Dione de Carvalho,Milton de Carvalho, Luiz Ribeiro de Aze-vedo, Alair A., Odette Buel, Wolny Brael,Maria de Moraes Talina, Nair GuedesOseiro. Marilda de Carvalho e Waldyr Vaz.

    — Foram premiados com um lindo livrode historias infantis os seguintes concur-rentes:

    VICENTE GIORELLI, residente á rua

    General Camisão n. 5, Bosques da Saúde,

    Estado de S. Paulo.

    HÉLIO MENDES BARRETTO, resi-

    dente á rua Areai de Baixo h. 24 — SãoSalvador, Bahia.

    CONCURSOS ATRAZADOS

    N. 95m

    Helena Leonor B. e Ivo P. de Almeida.

    N. 96

    Wanda Pontes Coelho e Ivo P. de Al-tneida.

    N. 97

    Celeste Barros, Antônio Castanheira,Aida Lima Duro e Maria de Lourdes dosSantos.

    K. 9S

    Dalva Pontes Coelho, Maria Elisa Mo-reira e Jacy Santos,

    N, 99

    . Therezinha Maria Marapodi Corrêa, Ma-ria Franco de Paula, Alexis de Barros G.,Helena Leonor B., Venina Sant'Anna,Alfredo Mattos, Marcello Pernambuco,Chiquito Soares, Edyl Souza Barros, Da-nilo Moura, Osny Moura, Alcy M. Mon-teiro de Barros, Margarida Lima, Rita Fa-ria Galvão, Edmundo Schoneider, AmilcarBezzi B. de MagaHiães, Durval José Q.,Edvaldo Farias dos Santos, Gizelia Co-rado do Nascimento, Eunice Correia deAraujo, e Maria de Lourdes dos Santos.

    N. 100

    Amilcar Bezzi Botelho de Magalhães,Osmy Moura, Danilo Moura, Edyl SouzaBarres, Margarida Lima e Jacy Santos.

    . CONCURSO N. 7

    PARA OS LEITORES DESTA CAPI-TAL E DOS ESTADOS

    1 { 1 WS

    Os problemas de palavras cruzadasconstituem um optimo passatempo, umprodigioso exercício mental. Damoshoje rnais um desses problemas, comoconcurso para os nossos leitores. As'"chaves" do concuTso são as seguin-tes:

    Horizontaes:— Luiz Carlos Correia,— David Barroso.

    6 — Instrumento emissor de sons.— Esta figura.— Gostava muito.

    10 — Conduz.12 — Nota de musica.13 — Advérbio de logar.14 — Criminosa.Vert icaes:

    — Pomada.— Plantação de canna, na phone-

    tica.'4 — Nome de mulher.5 — Caridosa.8 — Serve para guardar roupas.

    11 — Poeira.12 — Offerece.13 — (Casa de família.

    As soluções devem ser enviadas 3.redacção d'0 TICO-TICO, acompanha-das de outros quaesquer concursos e

    acompanhadas não só do vale quetem o numero 7, como tambem das de-clarações de nome, edade e residênciado concurrente. Para este concurso,que será encerrado no dia 27 de Feve-reiro, daremos como prêmios, por sorte,entre as soluções certas, tres lindos li-vros illustradoa.

    YfcLIPAPA O

    CONCURSO

    Ne 7CONCURSO N. 8

    PARA OS LEITORES DESTA CAPI-TAL E DOS ESTADOS PRÓXIMOS

    Perguntas:

    1

  • 27 — Janeiro — 1937 íl — O TICO-TICO

    BIBUOTÍ1ECA INFANTILdO TICO-TICO,

    1 COHIbSaaMÃti PRE1À

    O-

    .EDUCA • ENSINA • DISTRAHE

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    ^ãàiS"S(UiO"x_r-> -x..»«..k o t

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    CONTOSPRETA _T^.MA.Eda infância - ",st0r'ai?¦»

    -y á -''"ra r d*VlA^Ma^SNt/va

    '"-«de *'Wüs/»-

    1ePr"ílOro»

    MINHA BABA --*•¦

    Lis enterneça co-tos para a infância,

    es°/os

    e iU-strado, Pd»

    ¦t^_!_____;

    [vôvò, Uma

    f todos os assresse

    .QO TICO-TICO _SCr,e de P^eieccôes sobreiSSumnfn» J_ - _ J

    ,va. c

    ^4>eSaPo' Af^ c

  • AS AVENTURAS DÓ CHIQUINHO Qs soldados da paz ,. cp..oc*.o_(—7r— .¦ .. ^^ ^^ 5TvF-., '^S?'*"'

    '-r-^_

    Chiquinho ouviu Benjamim gritar na rua: —"Alto ! Em continência !,.." Chegou á porta e viu Beiv'amim com outros meninos brincando de soldado. Re-

    prehendendo-o disse-lhes que. em vez de soldados..»

    «...de guerra, brincassem de soldados da paz r —Como ? — perguntou Benjamim. — Fazendo o bem.com actos de caridade I Os companheiros de Benjamimnão concordaram e se retiraram..

    K§TO~'SSíy^

    Benjamim ficou esperando as ordens, de Chiquí-oho, que lhe disse: —

    "Eu tenho aqui cinco mil réis.quantia sufficiente para começar a nossa campanhaVà pedir a mamãe, um bom. .-,

    ._.pedac.o de carne assada e pão, e diga-lhe que va-mos fazer um pic-nic"'» Benjamim com rapidez executoua ordem e voltou com uma cesta onde trazia a matula-gem Depois sentaram-se numa pedra para. . ,

    •«-.).¦.

    .__-conversarem. — "O soldado disse Chiquinho. f