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PAUTA DA 05ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DATA: 14/10/2015

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PAUTA DA 05ª

REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA

DATA: 14/10/2015

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1. MEMBROS

DOCENTES NATOS

01. Luísa Andréia Gachet Barbosa Diretora

02. Rangel Arthur Diretor Associado

03. Ivan de Oliveira Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação

04. Carmenlúcia Santos Giordano Penteado Coordenadora dos Cursos de Graduação

05. Carolina Siqueira Franco Picone Coordenadora de Extensão

DOCENTES TITULARES SUPLENTES CATEGORIA

06. Ivan Luiz Marques Ricarte MS-6

07. Jaime Portugheis MS-6

08. Gisela de Aragão Umbuzeiro MS-5

09. Varese Salvador Timóteo MS-5

10. Renato Falcão Dantas Rosa Cristina Cecche Lintz MS-3

11. Luís Fernando de Ávila MS-3

12. Elaine Cristina Catapani Poletti Maria Ap. Carvalho de Medeiros MTS

13. Cassiana Maria Reganhan Coneglian José Carlos Magossi MTS

NÃO DOCENTES – TITULARES SUPLENTES

14. Luiz Manoel da Silva Gilberto de Almeida TEC-ADM

15. Geraldo Dragoni Sobrinho TEC-ADM

DISCENTES – TITULARES SUPLENTES

16. Osvaldo Torezan Neto Rebecca Lorenzetti Bezerra

17. Cilene da Silva Alves Hadassa Letícia de Oliveira

18. Fábio Andrijauskas

SECRETÁRIOS

Cláudia Filomena Bratficher Dário Luiz Manoel da Silva

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2. COMISSÕES

REF. COMISSÃO / SUBCOMISSÃO COMPONENTES

Delib. nº 86/15

19ª Reunião Ordinária

Comissão Especial de Avaliação Acadêmica – Carreira MTS

Profa. Dra. Cassiana Maria Reganhan Coneglian (Titular)

Prof. Dr. Francisco José Arnold (Titular)

Prof. Dr. Luis Camolesi Junior (Titular)

Prof. Dr. Hiroshi Paulo Yoshizane

Prof. Dr. André Franceschi de Angelis (Suplente)

Profa. Dra. Elaine Cristina Catapani Poleti (Suplente)

Port. FT nº 04/15 Comissão da Biblioteca

Profa. Dra. Carolina Siqueira Franco Picone (Coordenadora)

Profa. Dra. Ana Estela Antunes da Silva

Prof. Dr. Mauro Menzori

Prof. Dr. Luis Fernando de Ávila

Sra. Silvana Moreira da Silva Soares

Port. FT nº 12/15 Comissão Revisão Delib. 59/14

Prof. Dr. Ivan Luiz Ricarte (Presidente)

Prof. Dr. Jaime Portugheis

Prof. Dr. Varese Salvador Timóteo

Port. FT nº 13/15 Comissão Procedimentos

Abertura Concurso de Livre

Docente

Profa. Dra. Gisela de Aragão Umbuzeiro (Presidente)

Prof. Dr. José Geraldo Pena de Andrade

Prof. Dr. Varese Salvador Timóteo

Prof. Dr. Vitor Rafael Coluci

Port. FT nº 09/13 Comissão de Discussão de

Espaço Físico da FT

Prof. Dr. Jaime Portugheis (Presidente)

Profa. Dra. Cassiana M. Reganhan Coneglian

Profa. Dra. Ieda Geriberto Hidalgo

Prof. Dr. Ronalton Evandro Machado

Profa. Dra. Eloisa Dezen-Kempter

Sr. Cláudio Maesi

Srta. Joseane Cristina Oroch

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I. ORDEM DO DIA

1. Apreciação do Plano de Trabalho do Prof. Dr. Bernardo Tavares Freitas para fins de extensão de seu regime de trabalho de RTP para RDIDP – Parecer favorável à aprovação exarado pela Profa. Dra. Carmenlucia Santos Giordano Penteado. O docente foi aprovado no concurso público para professor doutor na área de Ambiental, nas disciplinas EB404, EB407 e EB706 (parecer final do concurso foi deliberado na 24ª. Reunião Ordinária da Congregação). pág. 04.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE TECNOLOGIA

PLANO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO

CONTROLES SEDIMENTOLÓGICOS E ESTRATIGRÁFICOS DE

RESERVATÓRIOS SUBTERRÂNEOS DE ÁGUA, PETRÓLEO E GÁS:

EXEMPLOS DE SUCESSÕES FLUVIAIS

Bernardo Tavares Freitas

Outubro de 2015

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APRESENTAÇÃO

O presente documento apresenta o plano de pesquisa, ensino e extensão do

professor Bernardo Tavares Freitas junto à Faculdade de Tecnologia da Universidade

Estadual de Campinas.

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Sumário APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 2

1. PLANO DE PESQUISA .............................................................................................................. 4

1.1. Justificativa e objetivos .................................................................................................... 4

1.2. Fundamentação teórica ................................................................................................... 5

1.3. Métodos .......................................................................................................................... 8

1.4. Obtenção de recursos financeiros ................................................................................. 10

1.5. Cronograma e plano de atividades ................................................................................ 10

2. PLANO DE ENSINO ................................................................................................................ 11

3. PLANO DE EXTENSÃO ........................................................................................................... 12

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 12

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1. PLANO DE PESQUISA

1.1. Justificativa e objetivos

A crescente demanda por recursos energéticos e hídricos, relacionada com o

aumento significativo da população mundial, principalmente a partir da segunda metade do

século XX, tem contribuído com a conformação de cenários de escassez. Nesse contexto, a

utilização de recursos hídricos subterrâneos tem se firmado como importante alternativa

para o abastecimento público, indústria, agricultura e pecuária. Da mesma forma, a

produção de petróleo e gás a partir de reservatórios subterrâneos depende de

conhecimentos técnico-científicos promovendo o aumento da vida útil de campos em

produção, e a expansão de horizontes exploratórios desses recursos.

Este projeto de pesquisa tem por objetivo a investigação das características de

reservatórios geológicos relacionadas à migração de fluidos de extrema importância para as

principais atividades humanas no planeta. Reservatórios de água, petróleo e gás são

frequentemente associados a sucessões de rochas sedimentares. A caracterização desses

sistemas geológicos é fortemente influenciada pelo entendimento dos processos operantes

nos sistemas deposicionais ativos, onde ocorre o acúmulo de sedimento e a consequente

configuração do reservatório, expressão do registro geológico.

O enfoque pretendido abrange o relacionamento de processos sedimentares em

sistema deposicionais modernos, seus produtos no registro geológico e a distribuição de

parâmetros petrofísicos (porosidade e permeabilidade) determinantes para a migração de

fluidos nos reservatórios resultantes. Para tanto, serão investigados depósitos fluviais,

devido a sua ampla expressão no registro geológico, tendência de formação de importantes

reservatórios subterrâneos, e também à facilidade de observação de processos e produtos

em sistemas ativos.

Assim pretende-se responder as seguintes perguntas científicas: Como as diferentes

hierarquias de formas de leito presentes em sistemas fluviais ativos e suas complexidades

inerentes são expressas nos produtos preservados no registro geológico? Como variam

horizontal- e verticalmente as características dos depósitos preservados e como essas

características influenciam na distribuição das propriedades dos corpos reservatório (e.g.

geometria e parâmetros petrofísicos)?

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Em busca da solução dessas questões, pretende-se documentar detalhadamente, por

meio de técnicas clássicas da geologia sedimentar e seus aprimoramentos recentes, e com o

auxílio de modelos digitais de terreno de alta resolução obtidos por escaneamento a laser

(Lidar) e fotogrametria, uma unidade geológica antiga conhecida pelas grandes

continuidades lateral e estratigráfica de suas exposições, dominadas por depósitos fluviais: a

Formação Marizal, de idade cretácea, na Bacia do Tucano, estado da Bahia.

1.2. Fundamentação teórica

A descrição, a interpretação e a modelagem tridimensional de reservatórios depende

da integração de informações de diversas fontes, que podem ser sistematizadas em três

grupos: reservatórios em subsuperfície, análogos de reservatório e sistemas deposicionais

ativos. Do ponto de vista da prospecção e produção de fluidos a partir de reservatórios

subterrâneos, as principais fontes de informação são as amostragens diretas por meio de

poços e as investigações geofísicas. As informações obtidas por meio de poços apresentam

alta resolução vertical e baixa resolução horizontal. No caso das investigações geofísicas,

ambas resoluções são baixas. No entanto, métodos como os levantamentos sísmicos

oferecem a vantagem da abrangência da cobertura.

A ponte entre a grande cobertura e baixas resoluções, obtidas por meio de

levantamentos geofísicos, e a alta resolução vertical atrelada à baixa resolução horizontal,

obtida por meio de poços, pode ser estabelecida por estudos de análogos de reservatórios.

Bons análogos de reservatórios são sucessões de rochas sedimentares antigas expostas em

afloramentos com espessuras contínuas da ordem de dezenas a centenas de metros e

continuidade lateral da ordem de centenas a milhares de metros. Essas exposições devem

permitir então a descrição detalhada e o mapeamento tridimensional dos depósitos

caracterizados por propriedades sedimentológicas, geométricas e petrofísicas. Contudo, o

entendimento dos processos atuantes no ambiente deposicional ativo, onde se formaram os

depósitos sob investigação, é determinante na configuração das propriedades acima

mencionadas e no estabelecimento de modelos preditivos da distribuição dessas

propriedades.

A evolução dos métodos de estudo e dos modelos conceituais utilizados na geologia

sedimentar tem, em grande medida, seus fundamentos ligados ao estudo dos sistemas

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deposicionais fluviais, devido à relativa facilidade de acesso aos contextos ativos e à

possibilidade de reprodução de processos e produtos sedimentares em laboratório. Dessa

forma têm sido utilizados no desenvolvimento e no aprimoramento de ferramentas de

estudo do preenchimento de bacias sedimentares e configuração de reservatórios de água e

hidrocarbonetos, como a análise de fácies (Middleton, 1965; Miall, 1978; Allen, 1984), a

análise de elementos arquiteturais (e.g. Allen, 1983; Miall, 1985; 1991; 1996; Bristow, 1996),

modelos numéricos (e.g. Leeder, 1978; Allen, 1978; Bridge & Leeder, 1979; Bridge & Mackey,

1993; Paola et al., 1992; Heller & Paola, 1992; 1996; Mackey & Bridge, 1995; Marr et al.,

2000), experimentais (e.g. Bryant, 1995; Sheets et al., 2002; Hickson et al., 2005; Kim &

Paola, 2007; Paola et al., 2009; Kim et al., 2011; Connel et al., 2012a; b), estratigrafia de

sequências (e.g. Wright and Marriott, 1993; Shanley and McCabe, 1994; Catuneanu, 2006;

Parker et al., 2008a; b; Holbrook & Bhattacharya, 2012; Blum et al., 2013), entre outros.

A recente retomada de estudos sobre as relações processo-produto desde a escala

de formas de leito (e.g. Alexander et al., 2001; Jerolmack & Mohrig, 2005a; b; Alexander &

Fielding, 2006; Reesink & Bridge 2007; 2009; 2011) a da geomorfologia fluvial (e.g. Bristow,

1993; Ashworth et al., 2000; Best et al., 2003; Sambrook Smith et al., 2009; Reesink et al.,

2014), aliada a uma crescente insatisfação com os modelos de fácies vigentes (e.g. Bridge,

1993; 2003; 2006), traz a necessidade de reavaliação dos métodos e interpretações

tradicionalmente aplicados a sucessões clásticas no registro geológico.

Assim o crescente número de trabalhos acerca da arquitetura deposicional em

sistemas fluviais ativos, principalmente aqueles de sistemas fluviais de grande porte, até

pouco tempo atrás negligenciados, tem implicações para a interpretação de depósitos

fluviais no registro geológico antigo e, consequentemente, para a predição da distribuição

espacial das propriedades sedimentológicas desses sistemas análogos de reservatórios.

Modelos vigentes não levam em consideração o tamanho dos canais e a magnitude das

vazões, sendo de pouca utilidade na resolução de problemas relacionados com escalas e

complexidade dos depósitos de formas de leito como dunas e barras, assim como aqueles

relacionados com aporte e fluxo de sedimentos da fonte à bacia sedimentar e configuração

da arquitetura estratigráfica preservada.

Dados e modelos gerados a partir desse esforço recente de entendimento da

dinâmica de sistemas ativos, principalmente naqueles de grande porte (e.g. Bristow, 1993;

Ashworth et al., 2000; Best et al., 2003; Sambrook Smith et al., 2009; Reesink et al., 2014)

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podem então direcionar novas observações, levando ao refinamento de interpretações da

arquitetura fluvial em diversas escalas e, consequentemente, ao desenvolvimento de

modelos com maiores potenciais de predição em aplicações relacionadas à prospecção de

fluídos de interesse econômico e à engenharia de reservatórios.

Dessa forma o presente projeto prevê estudos detalhados de sucessões

sedimentares antigas, bem expostas e que, portanto, constituem-se em importantes objetos

de estudo para a comparação com sistemas deposicionais ativos e para a analogia com

reservatórios. Pretende-se então estudar as sucessões fluviais da Formação Marizal, Aptiano

da Bacia do Tucano, no nordeste do estado da Bahia, caracterizada por depósitos de formas

de leito de grande dimensões e por exposições com continuidade lateral excepcional.

Formação Marizal

A Formação Marizal ocorre no contexto do Rift mesozoico do Recôncavo-Tucano-

Jatobá, uma bacia sedimentar de orientação norte-sul com aproximadamente 42.000 km2

em área, formada durante a separação das placas Africana e Sul-Americana no começo do

Cretáceo (e.g. Magnavita et al., 2003, 2005; Silva et al., 2007; Costa et al., 2007 a, b). A maior

parte do preenchimento do sistema rift não aflora, sendo acessada apenas por métodos de

investigação de subsuperfície. O sistema rift é dividido nas bacias do Recôncavo, do Tucano e

do Jatobá, sendo a Bacia do Tucano subdividida nas sub-bacias Norte, Central e Sul. O

sistema do Recôncavo-Tucano-Jatobá registra a progradação para sul de um sistema fluvial

de grande porte que gradativamente colmatou sistemas lacustres relacionados aos

depocentros estruturais do sistema rift.

A Formação Marizal é a unidade que melhor aflora no contexto do rift do Recôncavo-

Tucano-Jatobá, sobrepondo aproximadamente 80% da área da Bacia do Tucano. A unidade é

dominada por sucessões fluviais arenosas, caracterizada por depósitos de séries superpostas

de estratificações cruzadas, formadas a partir da migração de dunas subaquáticas sob fluxo

unidirecional, com espessuras decimétricas. Esses conjuntos sobrepõem-se formando

pacotes com muitos metros a poucas dezenas de metros de espessura, separados por

delgados depósitos de granulação mais fina e, consequentemente, permeabilidade

relativamente reduzida (e.g. Gava et al., 1983; Lima & Vilas Boas, 2000; Figueiredo et al.,

2010; Freitas, 2014).

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A Formação Marizal apresenta espessura média da ordem de 300 m, limitada na base

com sucessões fluviais neocomianas a barremianas (Formação São Sebastião) por uma

discordância erosiva regional, localmente angular (e.g. Magnavita et al., 2003). A unidade

pode ser subdividida numa unidade basal com aproximadamente 200 m de espessura,

referida como Membro Banzaê, e numa unidade superior, com aproximadamente 100 m de

espessura, referida como Membro Cícero Dantas (Freitas, 2014). Essas subdivisões refletem

arquiteturas estratigráficas contrastantes, e sua distribuição espacial, ao longo de 400 km na

direção da paleocorrente dominante, e 100 km na direção transversal, comparadas com a

espessura relativamente reduzida, oferecem o controle estratigráfico necessário ao estudo

da variabilidade longitudinal dos elementos arquiteturais.

1.3. Métodos

O exame de litossomas de depósitos fluviais antigos depende principalmente da

análise de elementos arquiteturais internos e suas relações de paleofluxo identificadas a

partir de estruturas sedimentares e superfícies limitantes em diversas escalas. Desse modo o

estudo aqui proposto fundamenta-se no levantamento de seções estratigráficas em escala

de detalhe e de perfis geológicos com o objetivo de subsidiar a análise de fácies

sedimentares e elementos arquiteturais, buscando abordagens quantitativas dos depósitos

estudados e, dessa forma, procurando suprir uma importante lacuna entre a geologia

sedimentar e a engenharia de reservatório. Os métodos utilizados referem-se então a

procedimentos relacionados à geologia sedimentar e à estratigrafia, baseados

principalmente em dados adquiridos diretamente em trabalhos de campo.

A análise de fácies consiste na individualização de depósitos sedimentares por meio

da identificação e interpretação de um conjunto de características - textura, composição,

estruturas sedimentares e conteúdo paleontológico - e na descrição das relações espaciais

entre os depósitos individualizados, agrupados em associações de fácies. A análise é

realizada com o objetivo de interpretar a fisiografia do ambiente deposicional onde se

formaram as características observadas no depósito sedimentar por meio da comparação

com produtos sedimentares de sistemas deposicionais modernos e também com produtos

obtidos em laboratório. As diretrizes modernas da análise de fácies são descritas e

fundamentadas por diversos autores (e.g. Reading 1986; 1996; Walker, 1992; Miall, 2000).

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Entre a individualização de fácies sedimentares e a interpretação de sistemas

deposicionais, mais precisamente no estudo das relações espaciais entre conjuntos de

fácies, é que se define o método da análise de elementos arquiteturais. A análise de

elementos arquiteturais consiste na sistematização detalhada de afloramentos de depósitos

sedimentares em fotomosaicos, com a interpretação das relações hierárquicas entre as

superfícies deposicionais e as superfícies limitantes observadas e o objetivo de delinear as

geometrias e relações espaciais das associações de fácies geneticamente relacionadas (e.g.

Allen, 1983; Miall, 1985; 1991). Desse modo, as relações de paleofluxo e as orientações das

superfícies limitantes constituem importantes elementos da análise de elementos

arquiteturais. Assim, o mapeamento 2D ou 3D detalhado de afloramentos de dimensões

adequadas configura-se em uma importante distinção metodológica entre as análises de

elementos arquiteturais e de fácies, esta caracterizada pelo estudo localizado de perfis

verticais. Técnicas modernas de manipulação de modelos digitais 3D obtidos por meio de

escanenamento a Laser (Lidar) e por fotogrametria permitem avançar substancialmente nas

potencialidades da análise de elementos arquiteturais aplicadas a análogos de reservatório.

Nos últimos 30 anos a descrição e interpretação de depósitos fluviais

frequentemente recorreu à síntese metodológica proposta por Miall (1985), expandida e

consolidada em seu livro acerca da geologia de depósitos fluviais, de 1996. Nesses trabalhos,

Miall (1985, 1996) enfatizou a definição e hierarquização de litofácies, suas associações,

superfícies limitantes e geometrias dos depósitos sedimentares, assumindo que as sucessões

fluviais poderiam ser descritas por um número relativamente pequeno de litofácies, assim

como seis hierarquias de superfícies limitantes e oito elementos arquiteturais básicos,

sujeitos a subdivisões, adições e padronizações posteriores (e.g. Miall, 1996; 2014; Cowan,

1991; Platt & Keller, 1992; Fielding, 2006; Best et al., 2006; Fielding et al., 2011; Long, 2011).

Por outro lado, estudos realizados em sistemas fluviais ativos e em experimentos em

tanques de simulação física vêm destacando a complexidade desses sistemas de transporte

sedimentar e apontando formas alternativas de descrição e interpretação de depósitos

fluviais com enfoque na escala das barras fluviais e no registro de barras unitárias, barras

compostas e preenchimentos de canais (e.g. Bridge, 1993; 2003; 2006; Bridge & Lunt 2006;

Reesink & Bridge 2007; 2009; 2011; Ethridge, 2011). Essa abordagem resultou em críticas à

classificação de superfícies limitantes, definições e codificações de litofácies e classificações

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e interpretações de associações de fácies e suas geometrias (e.g. Bridge, 1993; Bristow,

1996).

Dessa forma, no presente projeto não serão empregados os acrônimos de Miall

(1977, 1985, 1996) para fácies e elementos arquiteturais e tampouco sua classificação e

hierarquização de superfícies limitantes. Embora possa haver correspondência entre as

litofácies que serão documentadas e as fácies codificadas por Miall (1977), optou-se pela

maior liberdade na descrição dos depósitos estudados favorecendo a observação de

detalhes e de características não esperadas (e.g. Bridge, 1993). O mesmo aplica-se aos

elementos arquiteturais, os quais foram descritos sem a utilização dos padrões

interpretativos pré-estabelecidos por Miall (1985, 1996). Quanto às superfícies limitantes,

foram classificadas de acordo com suas características descritivas sem a utilização de

hierarquização numérica, intrinsecamente interpretativa, conforme defendido por Bristow

(1996) para depósitos fluviais e mais tarde por Mountney (2006) para depósitos eólicos.

Serão enfatizados aspectos quantitativos na descrição dos depósitos a serem

estudados. São exemplos desses aspectos: (i) as relações espaciais entre superfícies

deposicionais de diversas escalas, como exemplificado no método proposto por Almeida et

al. (2015) para a reconstrução da orientação da superfície de barras fluviais precursoras dos

depósitos preservados no registro, e (ii) a distribuição de espessuras e volumes dos produtos

atribuíveis a diferentes escalas de formas de leito (e.g. Freitas et al., sob revisão).

1.4. Obtenção de recursos financeiros

Pretende-se submeter solicitações de auxílio à pesquisa a agências de fomento como

a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Conselho Nacional

de Desenvolvimento Científico e Técnológico (CNPq), assim como buscar parcerias com

instituições públicas e privadas interessadas nos temas abordados no presente projeto e em

projetos futuros.

1.5. Cronograma e plano de atividades

O plano de pesquisa apresentado abrange período de 5 anos conforme o

cronograma:

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Atividades 2016 2017 2018 2019 2020

1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º

Planejamento e integração X

Submissão de projetos para agências de fomento

X X X

Pesquisa e docência X X X X X X X X X X

Elaboração de projetos com alunos

X X X X X

Elaboração e participação em projetos de extensão

X X X X

Participação em eventos científicos

X X X X X

Submissão de publicações X X X X X X X X

2. PLANO DE ENSINO

Estou à disposição para ministrar aulas nas disciplinas que compõem a grade

curricular dos cursos da Faculdade de Tecnologia com ênfase nas disciplinas EB 404 –

Geologia e Pedologia; EB 407 – Climatologia e EB 706 – Recuperação de Áreas Degradadas.

Tenho especial interesse em ministrar a disciplina de Metodologia Científica, pois considero

particularmente relevante o estímulo aos alunos da percepção de como o método científico

pode ser utilizado por qualquer profissional na solução de problemas. Pretendo também

estimular os alunos a participarem de meus projetos de pesquisa, através da elaboração de

projetos de Iniciação Científica.

As aulas serão ministradas de forma interativa com a participação efetiva dos alunos,

incluindo pesquisas de campo, as quais considero fundamentais para o entendimento dos

processos geológicos. Palestras sobre temas atuais relacionadas com o programa da

disciplina serão incluídas a fim de, demonstrar aos alunos a aplicação dos conceitos

abordados na disciplina. Gostaria de me envolver na discussão de projetos pedagógicos,

aprendendo com a experiência de colegas e também interagindo com eles para exercitar a

interdisciplinaridade, e com isso, gerar maior aproveitamento no aprendizado dos alunos.

Assim que possível, gostaria de participar das atividades da pós-graduação,

ministrando disciplinas e orientando alunos, objetivando o desenvolvimento e

fortalecimento de competências na área de geologia e áreas correlatas.

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3. PLANO DE EXTENSÃO

Minha área de atuação está relacionada ao entendimento da formação de

reservatórios subterrâneos e desta forma, posso dar subsídios para políticas públicas nos

âmbitos estadual e federal sobre temas relacionados a águas subterrâneas. Conhecimentos

relacionados à Geologia de reservatórios podem ser de grande importância na elaboração de

planos de bacia e de utilização dos recursos subterrâneos, atualmente cada vez mais

estratégicos em tempos de escassez e de discussões acerca de mudanças climáticas

antrópicas.

Em projetos de recuperação de áreas degradadas, conhecimentos geológicos

também podem ser de suma importância. Pretendo repassar conhecimentos através de

cursos de extensão para a sociedade ou participação em projetos com o setor privado,

contribuindo com a efetiva melhoria da qualidade ambiental.

Oportunamente também pretendo me envolver em atividades de divulgação

científica para públicos leigos de alguma forma relacionados aos projetos de pesquisa que

desenvolverei. Pretendo também participar na organização de eventos nos âmbitos da

Faculdade de Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas e de outras instituições com

que me relaciono, como a Sociedade Brasileira de Geologia por exemplo.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alexander, J. & Fielding, C.R., 2006. Coarse-grained floodplain deposits in the seasonal

tropics: towards a better facies model. Journal of Sedimentary Research, 76 (3-4):

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