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PAUTA DA 05ª
REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
DATA: 14/10/2015
1. MEMBROS
DOCENTES NATOS
01. Luísa Andréia Gachet Barbosa Diretora
02. Rangel Arthur Diretor Associado
03. Ivan de Oliveira Coordenador dos Cursos de Pós-Graduação
04. Carmenlúcia Santos Giordano Penteado Coordenadora dos Cursos de Graduação
05. Carolina Siqueira Franco Picone Coordenadora de Extensão
DOCENTES TITULARES SUPLENTES CATEGORIA
06. Ivan Luiz Marques Ricarte MS-6
07. Jaime Portugheis MS-6
08. Gisela de Aragão Umbuzeiro MS-5
09. Varese Salvador Timóteo MS-5
10. Renato Falcão Dantas Rosa Cristina Cecche Lintz MS-3
11. Luís Fernando de Ávila MS-3
12. Elaine Cristina Catapani Poletti Maria Ap. Carvalho de Medeiros MTS
13. Cassiana Maria Reganhan Coneglian José Carlos Magossi MTS
NÃO DOCENTES – TITULARES SUPLENTES
14. Luiz Manoel da Silva Gilberto de Almeida TEC-ADM
15. Geraldo Dragoni Sobrinho TEC-ADM
DISCENTES – TITULARES SUPLENTES
16. Osvaldo Torezan Neto Rebecca Lorenzetti Bezerra
17. Cilene da Silva Alves Hadassa Letícia de Oliveira
18. Fábio Andrijauskas
SECRETÁRIOS
Cláudia Filomena Bratficher Dário Luiz Manoel da Silva
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2. COMISSÕES
REF. COMISSÃO / SUBCOMISSÃO COMPONENTES
Delib. nº 86/15
19ª Reunião Ordinária
Comissão Especial de Avaliação Acadêmica – Carreira MTS
Profa. Dra. Cassiana Maria Reganhan Coneglian (Titular)
Prof. Dr. Francisco José Arnold (Titular)
Prof. Dr. Luis Camolesi Junior (Titular)
Prof. Dr. Hiroshi Paulo Yoshizane
Prof. Dr. André Franceschi de Angelis (Suplente)
Profa. Dra. Elaine Cristina Catapani Poleti (Suplente)
Port. FT nº 04/15 Comissão da Biblioteca
Profa. Dra. Carolina Siqueira Franco Picone (Coordenadora)
Profa. Dra. Ana Estela Antunes da Silva
Prof. Dr. Mauro Menzori
Prof. Dr. Luis Fernando de Ávila
Sra. Silvana Moreira da Silva Soares
Port. FT nº 12/15 Comissão Revisão Delib. 59/14
Prof. Dr. Ivan Luiz Ricarte (Presidente)
Prof. Dr. Jaime Portugheis
Prof. Dr. Varese Salvador Timóteo
Port. FT nº 13/15 Comissão Procedimentos
Abertura Concurso de Livre
Docente
Profa. Dra. Gisela de Aragão Umbuzeiro (Presidente)
Prof. Dr. José Geraldo Pena de Andrade
Prof. Dr. Varese Salvador Timóteo
Prof. Dr. Vitor Rafael Coluci
Port. FT nº 09/13 Comissão de Discussão de
Espaço Físico da FT
Prof. Dr. Jaime Portugheis (Presidente)
Profa. Dra. Cassiana M. Reganhan Coneglian
Profa. Dra. Ieda Geriberto Hidalgo
Prof. Dr. Ronalton Evandro Machado
Profa. Dra. Eloisa Dezen-Kempter
Sr. Cláudio Maesi
Srta. Joseane Cristina Oroch
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I. ORDEM DO DIA
1. Apreciação do Plano de Trabalho do Prof. Dr. Bernardo Tavares Freitas para fins de extensão de seu regime de trabalho de RTP para RDIDP – Parecer favorável à aprovação exarado pela Profa. Dra. Carmenlucia Santos Giordano Penteado. O docente foi aprovado no concurso público para professor doutor na área de Ambiental, nas disciplinas EB404, EB407 e EB706 (parecer final do concurso foi deliberado na 24ª. Reunião Ordinária da Congregação). pág. 04.
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE TECNOLOGIA
PLANO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
CONTROLES SEDIMENTOLÓGICOS E ESTRATIGRÁFICOS DE
RESERVATÓRIOS SUBTERRÂNEOS DE ÁGUA, PETRÓLEO E GÁS:
EXEMPLOS DE SUCESSÕES FLUVIAIS
Bernardo Tavares Freitas
Outubro de 2015
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APRESENTAÇÃO
O presente documento apresenta o plano de pesquisa, ensino e extensão do
professor Bernardo Tavares Freitas junto à Faculdade de Tecnologia da Universidade
Estadual de Campinas.
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Sumário APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................... 2
1. PLANO DE PESQUISA .............................................................................................................. 4
1.1. Justificativa e objetivos .................................................................................................... 4
1.2. Fundamentação teórica ................................................................................................... 5
1.3. Métodos .......................................................................................................................... 8
1.4. Obtenção de recursos financeiros ................................................................................. 10
1.5. Cronograma e plano de atividades ................................................................................ 10
2. PLANO DE ENSINO ................................................................................................................ 11
3. PLANO DE EXTENSÃO ........................................................................................................... 12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 12
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1. PLANO DE PESQUISA
1.1. Justificativa e objetivos
A crescente demanda por recursos energéticos e hídricos, relacionada com o
aumento significativo da população mundial, principalmente a partir da segunda metade do
século XX, tem contribuído com a conformação de cenários de escassez. Nesse contexto, a
utilização de recursos hídricos subterrâneos tem se firmado como importante alternativa
para o abastecimento público, indústria, agricultura e pecuária. Da mesma forma, a
produção de petróleo e gás a partir de reservatórios subterrâneos depende de
conhecimentos técnico-científicos promovendo o aumento da vida útil de campos em
produção, e a expansão de horizontes exploratórios desses recursos.
Este projeto de pesquisa tem por objetivo a investigação das características de
reservatórios geológicos relacionadas à migração de fluidos de extrema importância para as
principais atividades humanas no planeta. Reservatórios de água, petróleo e gás são
frequentemente associados a sucessões de rochas sedimentares. A caracterização desses
sistemas geológicos é fortemente influenciada pelo entendimento dos processos operantes
nos sistemas deposicionais ativos, onde ocorre o acúmulo de sedimento e a consequente
configuração do reservatório, expressão do registro geológico.
O enfoque pretendido abrange o relacionamento de processos sedimentares em
sistema deposicionais modernos, seus produtos no registro geológico e a distribuição de
parâmetros petrofísicos (porosidade e permeabilidade) determinantes para a migração de
fluidos nos reservatórios resultantes. Para tanto, serão investigados depósitos fluviais,
devido a sua ampla expressão no registro geológico, tendência de formação de importantes
reservatórios subterrâneos, e também à facilidade de observação de processos e produtos
em sistemas ativos.
Assim pretende-se responder as seguintes perguntas científicas: Como as diferentes
hierarquias de formas de leito presentes em sistemas fluviais ativos e suas complexidades
inerentes são expressas nos produtos preservados no registro geológico? Como variam
horizontal- e verticalmente as características dos depósitos preservados e como essas
características influenciam na distribuição das propriedades dos corpos reservatório (e.g.
geometria e parâmetros petrofísicos)?
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Em busca da solução dessas questões, pretende-se documentar detalhadamente, por
meio de técnicas clássicas da geologia sedimentar e seus aprimoramentos recentes, e com o
auxílio de modelos digitais de terreno de alta resolução obtidos por escaneamento a laser
(Lidar) e fotogrametria, uma unidade geológica antiga conhecida pelas grandes
continuidades lateral e estratigráfica de suas exposições, dominadas por depósitos fluviais: a
Formação Marizal, de idade cretácea, na Bacia do Tucano, estado da Bahia.
1.2. Fundamentação teórica
A descrição, a interpretação e a modelagem tridimensional de reservatórios depende
da integração de informações de diversas fontes, que podem ser sistematizadas em três
grupos: reservatórios em subsuperfície, análogos de reservatório e sistemas deposicionais
ativos. Do ponto de vista da prospecção e produção de fluidos a partir de reservatórios
subterrâneos, as principais fontes de informação são as amostragens diretas por meio de
poços e as investigações geofísicas. As informações obtidas por meio de poços apresentam
alta resolução vertical e baixa resolução horizontal. No caso das investigações geofísicas,
ambas resoluções são baixas. No entanto, métodos como os levantamentos sísmicos
oferecem a vantagem da abrangência da cobertura.
A ponte entre a grande cobertura e baixas resoluções, obtidas por meio de
levantamentos geofísicos, e a alta resolução vertical atrelada à baixa resolução horizontal,
obtida por meio de poços, pode ser estabelecida por estudos de análogos de reservatórios.
Bons análogos de reservatórios são sucessões de rochas sedimentares antigas expostas em
afloramentos com espessuras contínuas da ordem de dezenas a centenas de metros e
continuidade lateral da ordem de centenas a milhares de metros. Essas exposições devem
permitir então a descrição detalhada e o mapeamento tridimensional dos depósitos
caracterizados por propriedades sedimentológicas, geométricas e petrofísicas. Contudo, o
entendimento dos processos atuantes no ambiente deposicional ativo, onde se formaram os
depósitos sob investigação, é determinante na configuração das propriedades acima
mencionadas e no estabelecimento de modelos preditivos da distribuição dessas
propriedades.
A evolução dos métodos de estudo e dos modelos conceituais utilizados na geologia
sedimentar tem, em grande medida, seus fundamentos ligados ao estudo dos sistemas
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deposicionais fluviais, devido à relativa facilidade de acesso aos contextos ativos e à
possibilidade de reprodução de processos e produtos sedimentares em laboratório. Dessa
forma têm sido utilizados no desenvolvimento e no aprimoramento de ferramentas de
estudo do preenchimento de bacias sedimentares e configuração de reservatórios de água e
hidrocarbonetos, como a análise de fácies (Middleton, 1965; Miall, 1978; Allen, 1984), a
análise de elementos arquiteturais (e.g. Allen, 1983; Miall, 1985; 1991; 1996; Bristow, 1996),
modelos numéricos (e.g. Leeder, 1978; Allen, 1978; Bridge & Leeder, 1979; Bridge & Mackey,
1993; Paola et al., 1992; Heller & Paola, 1992; 1996; Mackey & Bridge, 1995; Marr et al.,
2000), experimentais (e.g. Bryant, 1995; Sheets et al., 2002; Hickson et al., 2005; Kim &
Paola, 2007; Paola et al., 2009; Kim et al., 2011; Connel et al., 2012a; b), estratigrafia de
sequências (e.g. Wright and Marriott, 1993; Shanley and McCabe, 1994; Catuneanu, 2006;
Parker et al., 2008a; b; Holbrook & Bhattacharya, 2012; Blum et al., 2013), entre outros.
A recente retomada de estudos sobre as relações processo-produto desde a escala
de formas de leito (e.g. Alexander et al., 2001; Jerolmack & Mohrig, 2005a; b; Alexander &
Fielding, 2006; Reesink & Bridge 2007; 2009; 2011) a da geomorfologia fluvial (e.g. Bristow,
1993; Ashworth et al., 2000; Best et al., 2003; Sambrook Smith et al., 2009; Reesink et al.,
2014), aliada a uma crescente insatisfação com os modelos de fácies vigentes (e.g. Bridge,
1993; 2003; 2006), traz a necessidade de reavaliação dos métodos e interpretações
tradicionalmente aplicados a sucessões clásticas no registro geológico.
Assim o crescente número de trabalhos acerca da arquitetura deposicional em
sistemas fluviais ativos, principalmente aqueles de sistemas fluviais de grande porte, até
pouco tempo atrás negligenciados, tem implicações para a interpretação de depósitos
fluviais no registro geológico antigo e, consequentemente, para a predição da distribuição
espacial das propriedades sedimentológicas desses sistemas análogos de reservatórios.
Modelos vigentes não levam em consideração o tamanho dos canais e a magnitude das
vazões, sendo de pouca utilidade na resolução de problemas relacionados com escalas e
complexidade dos depósitos de formas de leito como dunas e barras, assim como aqueles
relacionados com aporte e fluxo de sedimentos da fonte à bacia sedimentar e configuração
da arquitetura estratigráfica preservada.
Dados e modelos gerados a partir desse esforço recente de entendimento da
dinâmica de sistemas ativos, principalmente naqueles de grande porte (e.g. Bristow, 1993;
Ashworth et al., 2000; Best et al., 2003; Sambrook Smith et al., 2009; Reesink et al., 2014)
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podem então direcionar novas observações, levando ao refinamento de interpretações da
arquitetura fluvial em diversas escalas e, consequentemente, ao desenvolvimento de
modelos com maiores potenciais de predição em aplicações relacionadas à prospecção de
fluídos de interesse econômico e à engenharia de reservatórios.
Dessa forma o presente projeto prevê estudos detalhados de sucessões
sedimentares antigas, bem expostas e que, portanto, constituem-se em importantes objetos
de estudo para a comparação com sistemas deposicionais ativos e para a analogia com
reservatórios. Pretende-se então estudar as sucessões fluviais da Formação Marizal, Aptiano
da Bacia do Tucano, no nordeste do estado da Bahia, caracterizada por depósitos de formas
de leito de grande dimensões e por exposições com continuidade lateral excepcional.
Formação Marizal
A Formação Marizal ocorre no contexto do Rift mesozoico do Recôncavo-Tucano-
Jatobá, uma bacia sedimentar de orientação norte-sul com aproximadamente 42.000 km2
em área, formada durante a separação das placas Africana e Sul-Americana no começo do
Cretáceo (e.g. Magnavita et al., 2003, 2005; Silva et al., 2007; Costa et al., 2007 a, b). A maior
parte do preenchimento do sistema rift não aflora, sendo acessada apenas por métodos de
investigação de subsuperfície. O sistema rift é dividido nas bacias do Recôncavo, do Tucano e
do Jatobá, sendo a Bacia do Tucano subdividida nas sub-bacias Norte, Central e Sul. O
sistema do Recôncavo-Tucano-Jatobá registra a progradação para sul de um sistema fluvial
de grande porte que gradativamente colmatou sistemas lacustres relacionados aos
depocentros estruturais do sistema rift.
A Formação Marizal é a unidade que melhor aflora no contexto do rift do Recôncavo-
Tucano-Jatobá, sobrepondo aproximadamente 80% da área da Bacia do Tucano. A unidade é
dominada por sucessões fluviais arenosas, caracterizada por depósitos de séries superpostas
de estratificações cruzadas, formadas a partir da migração de dunas subaquáticas sob fluxo
unidirecional, com espessuras decimétricas. Esses conjuntos sobrepõem-se formando
pacotes com muitos metros a poucas dezenas de metros de espessura, separados por
delgados depósitos de granulação mais fina e, consequentemente, permeabilidade
relativamente reduzida (e.g. Gava et al., 1983; Lima & Vilas Boas, 2000; Figueiredo et al.,
2010; Freitas, 2014).
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A Formação Marizal apresenta espessura média da ordem de 300 m, limitada na base
com sucessões fluviais neocomianas a barremianas (Formação São Sebastião) por uma
discordância erosiva regional, localmente angular (e.g. Magnavita et al., 2003). A unidade
pode ser subdividida numa unidade basal com aproximadamente 200 m de espessura,
referida como Membro Banzaê, e numa unidade superior, com aproximadamente 100 m de
espessura, referida como Membro Cícero Dantas (Freitas, 2014). Essas subdivisões refletem
arquiteturas estratigráficas contrastantes, e sua distribuição espacial, ao longo de 400 km na
direção da paleocorrente dominante, e 100 km na direção transversal, comparadas com a
espessura relativamente reduzida, oferecem o controle estratigráfico necessário ao estudo
da variabilidade longitudinal dos elementos arquiteturais.
1.3. Métodos
O exame de litossomas de depósitos fluviais antigos depende principalmente da
análise de elementos arquiteturais internos e suas relações de paleofluxo identificadas a
partir de estruturas sedimentares e superfícies limitantes em diversas escalas. Desse modo o
estudo aqui proposto fundamenta-se no levantamento de seções estratigráficas em escala
de detalhe e de perfis geológicos com o objetivo de subsidiar a análise de fácies
sedimentares e elementos arquiteturais, buscando abordagens quantitativas dos depósitos
estudados e, dessa forma, procurando suprir uma importante lacuna entre a geologia
sedimentar e a engenharia de reservatório. Os métodos utilizados referem-se então a
procedimentos relacionados à geologia sedimentar e à estratigrafia, baseados
principalmente em dados adquiridos diretamente em trabalhos de campo.
A análise de fácies consiste na individualização de depósitos sedimentares por meio
da identificação e interpretação de um conjunto de características - textura, composição,
estruturas sedimentares e conteúdo paleontológico - e na descrição das relações espaciais
entre os depósitos individualizados, agrupados em associações de fácies. A análise é
realizada com o objetivo de interpretar a fisiografia do ambiente deposicional onde se
formaram as características observadas no depósito sedimentar por meio da comparação
com produtos sedimentares de sistemas deposicionais modernos e também com produtos
obtidos em laboratório. As diretrizes modernas da análise de fácies são descritas e
fundamentadas por diversos autores (e.g. Reading 1986; 1996; Walker, 1992; Miall, 2000).
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Entre a individualização de fácies sedimentares e a interpretação de sistemas
deposicionais, mais precisamente no estudo das relações espaciais entre conjuntos de
fácies, é que se define o método da análise de elementos arquiteturais. A análise de
elementos arquiteturais consiste na sistematização detalhada de afloramentos de depósitos
sedimentares em fotomosaicos, com a interpretação das relações hierárquicas entre as
superfícies deposicionais e as superfícies limitantes observadas e o objetivo de delinear as
geometrias e relações espaciais das associações de fácies geneticamente relacionadas (e.g.
Allen, 1983; Miall, 1985; 1991). Desse modo, as relações de paleofluxo e as orientações das
superfícies limitantes constituem importantes elementos da análise de elementos
arquiteturais. Assim, o mapeamento 2D ou 3D detalhado de afloramentos de dimensões
adequadas configura-se em uma importante distinção metodológica entre as análises de
elementos arquiteturais e de fácies, esta caracterizada pelo estudo localizado de perfis
verticais. Técnicas modernas de manipulação de modelos digitais 3D obtidos por meio de
escanenamento a Laser (Lidar) e por fotogrametria permitem avançar substancialmente nas
potencialidades da análise de elementos arquiteturais aplicadas a análogos de reservatório.
Nos últimos 30 anos a descrição e interpretação de depósitos fluviais
frequentemente recorreu à síntese metodológica proposta por Miall (1985), expandida e
consolidada em seu livro acerca da geologia de depósitos fluviais, de 1996. Nesses trabalhos,
Miall (1985, 1996) enfatizou a definição e hierarquização de litofácies, suas associações,
superfícies limitantes e geometrias dos depósitos sedimentares, assumindo que as sucessões
fluviais poderiam ser descritas por um número relativamente pequeno de litofácies, assim
como seis hierarquias de superfícies limitantes e oito elementos arquiteturais básicos,
sujeitos a subdivisões, adições e padronizações posteriores (e.g. Miall, 1996; 2014; Cowan,
1991; Platt & Keller, 1992; Fielding, 2006; Best et al., 2006; Fielding et al., 2011; Long, 2011).
Por outro lado, estudos realizados em sistemas fluviais ativos e em experimentos em
tanques de simulação física vêm destacando a complexidade desses sistemas de transporte
sedimentar e apontando formas alternativas de descrição e interpretação de depósitos
fluviais com enfoque na escala das barras fluviais e no registro de barras unitárias, barras
compostas e preenchimentos de canais (e.g. Bridge, 1993; 2003; 2006; Bridge & Lunt 2006;
Reesink & Bridge 2007; 2009; 2011; Ethridge, 2011). Essa abordagem resultou em críticas à
classificação de superfícies limitantes, definições e codificações de litofácies e classificações
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e interpretações de associações de fácies e suas geometrias (e.g. Bridge, 1993; Bristow,
1996).
Dessa forma, no presente projeto não serão empregados os acrônimos de Miall
(1977, 1985, 1996) para fácies e elementos arquiteturais e tampouco sua classificação e
hierarquização de superfícies limitantes. Embora possa haver correspondência entre as
litofácies que serão documentadas e as fácies codificadas por Miall (1977), optou-se pela
maior liberdade na descrição dos depósitos estudados favorecendo a observação de
detalhes e de características não esperadas (e.g. Bridge, 1993). O mesmo aplica-se aos
elementos arquiteturais, os quais foram descritos sem a utilização dos padrões
interpretativos pré-estabelecidos por Miall (1985, 1996). Quanto às superfícies limitantes,
foram classificadas de acordo com suas características descritivas sem a utilização de
hierarquização numérica, intrinsecamente interpretativa, conforme defendido por Bristow
(1996) para depósitos fluviais e mais tarde por Mountney (2006) para depósitos eólicos.
Serão enfatizados aspectos quantitativos na descrição dos depósitos a serem
estudados. São exemplos desses aspectos: (i) as relações espaciais entre superfícies
deposicionais de diversas escalas, como exemplificado no método proposto por Almeida et
al. (2015) para a reconstrução da orientação da superfície de barras fluviais precursoras dos
depósitos preservados no registro, e (ii) a distribuição de espessuras e volumes dos produtos
atribuíveis a diferentes escalas de formas de leito (e.g. Freitas et al., sob revisão).
1.4. Obtenção de recursos financeiros
Pretende-se submeter solicitações de auxílio à pesquisa a agências de fomento como
a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Técnológico (CNPq), assim como buscar parcerias com
instituições públicas e privadas interessadas nos temas abordados no presente projeto e em
projetos futuros.
1.5. Cronograma e plano de atividades
O plano de pesquisa apresentado abrange período de 5 anos conforme o
cronograma:
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Atividades 2016 2017 2018 2019 2020
1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º 1º 2º
Planejamento e integração X
Submissão de projetos para agências de fomento
X X X
Pesquisa e docência X X X X X X X X X X
Elaboração de projetos com alunos
X X X X X
Elaboração e participação em projetos de extensão
X X X X
Participação em eventos científicos
X X X X X
Submissão de publicações X X X X X X X X
2. PLANO DE ENSINO
Estou à disposição para ministrar aulas nas disciplinas que compõem a grade
curricular dos cursos da Faculdade de Tecnologia com ênfase nas disciplinas EB 404 –
Geologia e Pedologia; EB 407 – Climatologia e EB 706 – Recuperação de Áreas Degradadas.
Tenho especial interesse em ministrar a disciplina de Metodologia Científica, pois considero
particularmente relevante o estímulo aos alunos da percepção de como o método científico
pode ser utilizado por qualquer profissional na solução de problemas. Pretendo também
estimular os alunos a participarem de meus projetos de pesquisa, através da elaboração de
projetos de Iniciação Científica.
As aulas serão ministradas de forma interativa com a participação efetiva dos alunos,
incluindo pesquisas de campo, as quais considero fundamentais para o entendimento dos
processos geológicos. Palestras sobre temas atuais relacionadas com o programa da
disciplina serão incluídas a fim de, demonstrar aos alunos a aplicação dos conceitos
abordados na disciplina. Gostaria de me envolver na discussão de projetos pedagógicos,
aprendendo com a experiência de colegas e também interagindo com eles para exercitar a
interdisciplinaridade, e com isso, gerar maior aproveitamento no aprendizado dos alunos.
Assim que possível, gostaria de participar das atividades da pós-graduação,
ministrando disciplinas e orientando alunos, objetivando o desenvolvimento e
fortalecimento de competências na área de geologia e áreas correlatas.
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3. PLANO DE EXTENSÃO
Minha área de atuação está relacionada ao entendimento da formação de
reservatórios subterrâneos e desta forma, posso dar subsídios para políticas públicas nos
âmbitos estadual e federal sobre temas relacionados a águas subterrâneas. Conhecimentos
relacionados à Geologia de reservatórios podem ser de grande importância na elaboração de
planos de bacia e de utilização dos recursos subterrâneos, atualmente cada vez mais
estratégicos em tempos de escassez e de discussões acerca de mudanças climáticas
antrópicas.
Em projetos de recuperação de áreas degradadas, conhecimentos geológicos
também podem ser de suma importância. Pretendo repassar conhecimentos através de
cursos de extensão para a sociedade ou participação em projetos com o setor privado,
contribuindo com a efetiva melhoria da qualidade ambiental.
Oportunamente também pretendo me envolver em atividades de divulgação
científica para públicos leigos de alguma forma relacionados aos projetos de pesquisa que
desenvolverei. Pretendo também participar na organização de eventos nos âmbitos da
Faculdade de Tecnologia da Universidade Estadual de Campinas e de outras instituições com
que me relaciono, como a Sociedade Brasileira de Geologia por exemplo.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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tropics: towards a better facies model. Journal of Sedimentary Research, 76 (3-4):
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sedimentary structures formed under supercritical water flows over aggrading sand
beds. Sedimentology, 48, 133-152.
Allen, J.R.L., 1978. Studies in fluviatile sedimentation: An exploratory quantitative model for
the architecture of avulsion-controlled alluvial suites. Sedimentary Geology, 21, 129-
147.
Allen, J.R.L., 1983. Studies in fluviatile sedimentation: bars, bar complexes, and sandstone
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sheets (low-sinuosity braided streams) in the Brownstones (L. Devonian), Welsh
Borders. Sedimentary Geology, 33, 237-293.
Allen, J.R.L., 1984. Sedimentary structures: their character and physical basis. Elsevier, 663 p.
Almeida, R.P., Freitas, B.T, Turra, B.B., Figueiredo, F.T., Marconato, A., Janikian, L., 2015.
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interpretation of bar accretion direction in large river deposits. Sedimentology, doi:
10.1111/sed.12230.
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Saskatchewan River and its comparison to the deposits of an adjacent compound
bar. Sedimentology, 58 (7), 1860-1883.
Best, J.L, Woodward, J., Ashworth, P., Sambrook Smith, G., Simpson, C., 2006. Bar-top
hollows: A new element in the architecture of sandy braided rivers. Sedimentary
Geology, 190, 241-255.
Best, J.L., Ashworth, P.J., Bristow, C.S., Roden, J., 2003. Three-dimensional sedimentary
architecture of a large, mid-channel sand braid bar, Jamuna River, Bangladesh.
Journal of Sedimentary Research, 73 (4), 516-530.
Blum, M., Martin, J., Milliken, K., Garvin, M., 2013. Paleovalley systems: Insights from
Quaternary analogs and experiments. Earth Science Review, 116, 128-169.
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