paulo pedrosa rio, 23/03/2009. modelo setorial e perspectivas de evolução para o mercado livre de...
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Paulo Pedrosa Rio, 23/03/2009.
Modelo setorial e perspectivas de evolução para o mercado livre de
energia
Associados da Abraceel
• 10 anos de mercado – 5 do novo modelo.
• Sucessos, crises, aprendizado, esquecimentos... (não sem alguns traumas e seqüelas).
• Paralisação, intervenção, racionamento, sobreoferta, self dealing, VN, implantação do mercado incentivado, experiências variadas de exportação e importação, leilões, retirada das térmicas da pilha, stress de janeiro de 2008 - inadimplências, crise global....mudanças no ICMS....
Mercado brasileiro
• Dinâmicos – ágeis em inovar, aprender, construir soluções, e explorar alternativas, mas ainda mal compreendidos.
• Diversos – assumem diferentes formatações. Retorno: margem x giro.
• Resultados muito dependentes da competição, da plataforma regulatória e da governança setorial.
• Diálogo, amadurecimento e convergência.
• Boa base – CCEE, Aneel, ONS, EPE, CMSE...
Mercados de energia
• Mercado de lastro em um modelo de despacho centralizado por custo estimado: direito de receber energia do sistema - Não é mercado de entrega física do produto. Voltado para a expansão.
• Vários mercados coexistem no ambiente físico. Convivem e competem entre si, com regras próprias.
• Leilões de expansão hidráulicos e térmicos, leilões de energia existente, leilões de reserva, comercialização no mercado livre, no mercado de energia incentivada...autoprodutores, consumidores cativos, livres, especiais e “combinações”.
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Mercado brasileiro
Mercado brasileiro
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Mercado cativo CE1 CL1 CL2
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• Mecanismos diversos transferem custos e riscos a outros segmentos e a consumidores.
• Agentes de mercado e consumidores desenvolvem seus próprios mecanismos de comunicação e arbitragem entre ambientes e mercados.
• Paralelo com o europeu – diferentes países unificando seus mercados. Aqui – um país e diversos mercados.
• Eficiência, Confiança, Sustentabilidadde
Mercado brasileiro
Esforço de integração Europeu
• Dilema da qualidade x estabilidade. “Incerteza do futuro, imprevisibilidade do passado”. Difíceis de explicar aos consumidores.
• Formação de preços – demanda e oferta, segurança... (retirada das térmicas da pilha). Precisamos de um “Copom” do Preço?
• Incerteza diminui o apetite de contratação (tratamento das concessões a vencer).
• Importância de um regulador independente e da governança setorial.
Confiança
• Física e comercial, multilateral e bilateral - assuntos correlatos – não pode haver contaminação.
• Custos de garantias e penalidades adequadamente alocados
• Planejamento indispensável.
• Instrumentos operativos necessários.
• Segurança física adicional não deve perturbar mercado
• Evolução positiva, mas necessidade de desenvolvimento de novos mecanismos
Segurança
• Comercializadores – profissionalismo e gestão de risco – ajuste de demanda e oferta
• Cenário de sobras, indústrias tentam recolocar a energia no mercado.
• Aprendizado – maior liquidez aumentaria o apetite para contratação de longo prazo.
• Venda de sobras de contratos. Mercado secundário de contratos poderia competir com o mercado da geração fora da ordem de mérito. Concilia contratação de longo prazo e eficiência.
Liquidez
Visão do mercado atacadista europeu
PX
continuous trading
futures market
financial
Bilateral /OTC
direct contact Broker
Broker-platform auction
spot market forward market
physical financial
spot market
physical
Tipos de mercado
Power Exchanges, Bolsas Bilateral, balcão (OTC)
› Anonimo
› Formação de preços transparente
› Clearing centralizado
› Depósito de margem diária
› Contratos padrão
› Leilões / negociação permanente
› Entrega física ou financeira
› Facilita entrada no mercado
› Contraparte identificada
› Diretamente ou por “broker”
› Por telefone ou eletronicamente
› Depende do risco da contraparte (limites de exposição)
› Pode ter clearing em bolsa
› Negociações não padronizadas
› Negociação permantente
› Entrega física ou financeira
• Aprendizado no tratamento da demanda no racionamento – demanda não é inelástica, consumidor sabe reagir ao sinal de preço e entende o valor da energia.
• Aprendizado – Resultados para consumidores cativos foram transparentes e eficientes?
• Liquidez com venda de contratos e reação da demanda ao sinal de preço podem associar eficiência com necessidade de contratos para a expansão.
Eficiência
• Expansão baseada no modelo de financiamento público de baixo custo voltado para contratação do mercado cativo. (modicidade pelo custo do capital)
• Modelo precisa se ajustar às necessidades da demanda no mercado livre – prazos e liquidez.
• Falta um visão de longo prazo para o vendedor e para consumidor – falta liquidez para contratos– consumidor não quer tomar decisões - o que resta é entregar energia ao spot.
• Dificuldade de precificar.
Sustentabilidade - expansão
Encontro Brasil-Europa, setembro de 2008
“Reliable, consistent and predictable legal and regulatory conditions” (after EFET)
Confiança nas regras e instituições
Com um correta plataforma regulatória os mercados de energia são aliados de governos e consumidores
Reação da demanda, poder aos consumidores, liquidez de contratos, corretos sinais de preço
Desenvolvimento de alternativas de precificação, contração e gestão de risco voltadas para o mercado livre. Participação na expansão.
O que precisa ser aperfeiçoado?
Liquidez para os certificados de energia assegurada
Possibilidade de participação de consumidores livres e autoprodutores nos leilões de novas UHEs
Gestão da demanda em tempos de vacas gordas e magras
Proteção do consumidor: registro de CEAs
Proteção do sistema contra o efeito Arquimedes
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Considerações Finais
1. O ONS vem investindo em aprimoramentos metodológicos que permitam
atenuar o efeito da natural volatilidade, intrínseca a um sistema de produção
predominantemente hidráulico com perda paulatina da capacidade de
regularização plurianual.
2. Aperfeiçoamento de modelos de despacho para consideração de critérios de
segurança, como a CAR determinada pelos modelos matemáticos – SAR
(Superfície de Aversão ao Risco), em discussão no âmbito da CPAMP/MME.
3. Metodologia de Indicadores de Segurança e Riscos de Racionamento.
4. Julgamos adequado o aprimoramento dos mecanismos de contratação no
ACL (exposição, certificados, leilões, etc...).
5. Maior participação / resposta da demanda aos preços. Por exemplo: tarifa do
ano seguinte poderia ter uma componente baseada na expectativa do valor
esperado do preço spot.
Oportunidades para o Mercado Brasileiro
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Pontos a serem considerados:
Necessidade de imediata regulação e integração do setor de gás com eletricidade
Estimular a participação mais efetiva do mercado livre na expansão do parque gerador, com garantias robustas, respeitando a lógica do consumidor
Buscar mecanismos de captação de recursos, que garantam maior liquidez e garantia para os investidores
Permitir aos consumidores livres a venda de sobras contratuais como forma de oferecer maior flexibilidade na mitigação de riscos e gerenciamento da compra/venda de energia x previsão de demanda
Permitir um papel dinâmico para a demanda com a introdução de mecanismos de DSB
Implementação de uma plataforma de negociação de energia para os Agentes de forma a permitir uma precificação mais simples, eficiente , transparente e que sobretudo reflita sinais de preços
Implementação de um mercado de energia com introdução de novos Agentes (clearings, Bolsas) com produtos padronizados
Avaliar a possibilidade de integração com a América Latina
• Confiança: previsibilidade, transparência, isonomia, segurança física e comercial (formação de preços, operação do sistema, independência do regulador, governança setorial, regulação...)
• Eficiência: Liquidez, liberdade, novos mecanismos de contratação e gestão de riscos, ampliação do mercado, integração com o gás, reação da demanda.
• Sustentabilidade: Planejamento, participação na expansão e seu financiamento a custos compatíveis com o mercado cativo, preparação para o futuro.
Visão Geral e Situação atual do mercado
Obrigado!
[email protected](61) 3223-0081