paulo freire e educaÇÃo para a paz: o mesmo sentido

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PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO NEI ALBERTO SALLES FILHO Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivência NEP/UEPG 2009

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PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO. NEI ALBERTO SALLES FILHO Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivência NEP/UEPG 2009. Pedagogia da Indignação. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO

SENTIDO

NEI ALBERTO SALLES FILHO

Núcleo de Estudos e Formação de Professores em Educação para a Paz e Convivência

NEP/UEPG

2009

Page 2: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

Pedagogia da Indignação

A transformação do mundo necessita tanto do sonho, quanto a indispensável autenticidade deste, depende da lealdade de quem sonha as condições históricas, materiais, aos níveis de desenvolvimento, científico do contexto do sonhador. Os sonhos são projetos pelos quais se luta. Sua realização não se verifica, facilmente, sem obstáculos. Implica pelo contrário, avanços, recuos, marchas por vezes demoradas. Implica luta. (2000, p.52)

Page 3: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

DIMENSÕES ARTICULADAS = CONFLITO VIOLÊNCIA NÃO-VIOLÊNCIA/PAZ = DIÁLOGO – fundamento para: MEDIAÇÃO CONVIVÊNCIAS RELAÇÕES HUMANAS

Page 4: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

CULTURA DE PAZ EDUCAÇÃO PARA A PAZ

= Não é esconder ou fingir que não

existem os problemas “Ter PAZ no coração”, “Ter Deus no coração”,

= É justamente levantar/revelar as

coisas que CAUSAM AS VIOLÊNCIAS e mais, EXPLICITAR as possibilidades de NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ

Page 5: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

O NEP Ligação com Instituto Paulo Freire

(rede social – Unifreire) Ligação com a Cátedra da Unesco –

Rede de Observatório de Violências nas escolas - UCB

Projeto de Extensão: 1. Grupo de Estudos (15 dias) 2. Curso/oficinas (2009 – 30 professores – rede estadual e municipal) 3. Ações nas escolas (famílias-professores -funcionários-alunos)

Page 6: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

O NEP (2)

Reflexão e Investigação Participação em livros, artigos em

congressos, TCCs, ênfase em pesquisa-ação/autobiografia/formação continuada...

23 e 24 de novembro: Encontro Paulo Freire e Educação para a Paz

Grande Auditório da UEPG (página)

Page 7: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

O NEP (3)

Surge no espaço de muitas questões, com o risco do relativismo, mas com a possibilidade de abertura à diversidade e complexidade ...

Uma necessidade do tempo... onde não basta querer a Paz, É NECESSÁRIO REPUDIAR AS VIOLÊNCIAS....SER PROTAGONISTA...

Page 8: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

O NEP (4) Porque PAULO FREIRE 1986 – Prêmio UNESCO da Educação

para a Paz 1993 – Indicação ao Nobel da Paz “Não acredito em nenhum movimento

chamado Educação para a Paz, que ao invés de revelar o mundo das

injustiças, torne-o opaco e tenda a miopizar suas vítimas” (1986)

Page 9: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

SOBRE...EDUCAR

Educar é conhecer, é ler o mundo, para poder transformá-lo ; (Paulo Freire)

•• PARA ISSO precisamos de: amorosidade;

respeito aos outros, tolerância; humildade, gosto pela alegria e pela vida, disponibilidade à

mudança; recusa ao fatalismo; abertura ao novo, identificação com a esperança.

• (Paulo Freire)

Page 10: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

O MESMO SENTIDO

Paulo Freire e Paz

Page 11: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

Ao receber o título de Doutor honoris causa na PUC de São Paulo:

Amei durante 42 anos intensamente! Elza morreu e eu não matei Elza em mim.

Mas optei pela vida! É a única forma de viver e ser leal a Elza. Tive a coragem

de casar, de amar outra vez! Vivi momentos de culpa ao olhar uma rosa

bonita! Amando essa outra mulher encontrei o mundo! Quem não é capaz de amar tem que se rever. Dedico esse

título à memória de uma e à vida da outra!”

Page 12: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

Por uma Pedagogia da pergunta

Uma das exigências que sempre fizemos, Elza e eu, a nós mesmos em face de nossas relações com nossos

filhos era de jamais lhes negar respostas às suas perguntas.

Não importa com quem estivéssemos, parávamos a conversa para atender à curiosidade de um deles ou de uma

delas.

Page 13: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

“Eu tentei uma experiência como essa com os meus filhos, e acho

que a única coisa valida que Elza e eu conseguimos fazer foi – nos

papos informais com nossos filhos, papos que são no fundo a

educação mesma – chamar a atenção para que vivíamos num

mundo de competição e não tínhamos que nos surpreender com

ela, mas tínhamos que nos capacitar para fazer uma coisa mais

difícil que o competir: nos solidarizarmos”. (Por uma

Pedagogia da pergunta, 1984)

Page 14: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

ANA MARIA FREIRE

(...)para Paulo a Paz não é um dado dado, um fato intrinsecamente humano comum a

todos os povos, de quaisquer culturas. Precisamos desde a mais tenra idade

formar as crianças na “Cultura da Paz”, que necessita desvelar e não esconder, com criticidade ética, as práticas sociais injustas, incentivando a colaboração, a tolerância com o diferente, o espírito de justiça e da solidariedade. (2006, p.391)

Page 15: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

PAULO FREIRE

De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes aprendi

sobretudo que a Paz é fundamental, indispensável, mas que a Paz implica

lutar por ela.

Por isso, não creio em nenhum esforço chamado de educação para a

Paz que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças o torna opaco e tenda a miopizar as suas vítimas.

(1986)

Page 16: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

ANA MARIA FREIRE

A Paz é singular por natureza, atinge o mais autêntico e mais radical do ser humano, para

concretizar o Ser-Mais, como queria Paulo, e por isso lutou toda a sua vida. A Paz nos faz rir e

sentirmo-nos mais gente. A Paz vem embrenhada da capacidade de dar vivência à vida democrática, socialmente a ser

vivida por todos e todas sob a égide da tolerância. A Paz tem como objetivo a existência plena dos seres em geral, e mais especialmente

dos seres humanos, mesmo com seus sentimentos e ações contraditórias, nutridas em

nós, humanos (...) (2006, p. 390)

Page 17: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

ANA MARIA FREIRE

A Paz tem sua grande possibilidade de concretização através do diálogo

freireano porque ele inscreveu na sua epistemologia crítica a intenção de

atingí-la. O diálogo que busca o saber fazer a Paz

na relação entre subjetividades entre si e com o mundo e a objetividade do mundo, isto é, entre os cidadãos e a

possibilidade da convivência pacífica, é a que autentica este inédito-viável.

(2006,p.392)

Page 18: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

A paz se cria e se constrói com a superação das realidades sociais perversas. A paz se

cria e se constrói com a edificação incessante da

justiça social.

(Paulo Freire,1986)

Page 19: PAULO FREIRE E EDUCAÇÃO PARA A PAZ: O MESMO SENTIDO

Freire e Educação para Paz pela: capacidade crítica e amorosa em relação à

educação que pemite a possibilidade de reinventar conflitos, redimensionar as violências na escola, tratando-as pedagogicamente, analisando contextos, atores e desdobramentos, com isso, perceber quais as formas mais adequadas de mediar e/ou resolver de maneira não-violenta os conflitos e promover uma Cultura de Paz, entendida no sentido da convivência na diversidade, no cuidado e auto-cuidado ecológico, na atenção aos direitos humanos e repúdio às injustiças sociais, em relações humanas e sociais mais resilientes, concretizando educação, sociedade e vida...

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA (1)

CENTRO INTERNACIONAL DE INVESTIGAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA A PAZ/UNIVERSIDADE PARA A PAZ DAS NAÇÕES UNIDAS. O estado da paz e a evolução da violência na América Latina. Tradução de Maria Dolores Prades. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2002.

JARES, Xésus. Educação para a paz: sua teoria e sua prática. Porto Alegre, Artmed, 2002,

_______ . Pedagogia da convivência. São Paulo: Editora Palas Athena, 2008.

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA (2)

FREIRE, Ana Maria. Educação para a paz segundo Paulo Freire. Revista Educação. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: PUC/RS, ano XXIX, n.2 p.387-393, Maio/Agosto, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Direitos humanos e educação libertadora. (Conferência de junho de 1988) In: FREIRE, Ana Maria (org.) Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Editora UNESP, 2001.

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA (3)

MILANI, Feizi Masrour. Cultura de paz X violências: papel e desafios da escola. In: MILANI, F.M; JESUS, R.D.P (orgs.) Cultura da Paz: estratégias, mapas e bússolas. Salvador: INPAZ, 2003.

TUVILLA RAYO, José. Educação em direitos humanos: rumo a uma perspectiva global. Porto Alegre: Artmed, 2004.

PASSOS, Sônia Maria. Porto Alegre: cidade educadora. In: CABEZUDO, Alicia; GADOTTI, Moacir; PADILHA, Paulo (orgs.). Cidade Educadora: princípios e experiências. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2004.