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O Credo Apostólico

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LIÇÃOUM OS ARTIGOS DE FÉ

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ii.

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ConteúdoI. Introdução..........................................................................................................3

II. História................................................................................................................4A. Desenvolvimento 4B. Propósito 5

1. Escritura 52. Ensinos Tradicionais 7

3. O Credo Apostólico 9

III.Descrição Geral..................................................................................................10A. Deus 11

1. Trindade 112. Pessoas 13

B. Igreja 141. Participação 142. Preservação 15

C. Salvação 16

IV. Importância........................................................................................................18A. Fundamental 18

1. Padrão 192. Base Lógica 20

B. Universal 211. Novo Testamento 222. História da Igreja 223. Presente 24

C. Unificadora 25V. Conclusão 27

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O Credo dos ApóstolosLição Um

Os Artigos de Fé

I. INTRODUÇÃO

Você já se perguntou o que faz com que uma árvore seja uma árvore? Ou o que faz com que uma casa seja uma casa? Ou o que faz com que uma pessoa seja uma pessoa? Ou para perguntar de outra forma: que qualidades deve possuir algo antes que o possamos chamar de árvore ou casa? Estas são algumas questões complexas que os filósofos refletiram durante milhares de anos. E nós enfrentamos uma pergunta similar quando nos aproximamos do estudo da teologia cristã. Afinal, há inúmeras igrejas que se consideram “cristãs” e muitas delas não estão de acordo em muitas coisas. Portanto, é útil perguntar: “Quais doutrinas são fundamentais e essenciais na teologia cristã?”.

Bem, ao fazermos essa pergunta, temos que esclarecer que as pessoas podem ser salvas, mesmo tendo uma compreensão pobre da teologia. Nosso compromisso com Cristo é suficiente para nos fazer cristãos.

Ao mesmo tempo, é justo dizer que há várias idéias essenciais que devem estar presentes em qualquer sistema teológico antes de poder ser chamado cristão. E desde os primeiros séculos da igreja, o Credo Apostólico tem proporcionado um útil resumo dessas crenças básicas.

Esta é a primeira lição de nossa série O Credo Apostólico, um conhecido e amplamente utilizado resumo do que os cristãos crêem. Intitulamos esta lição Os Artigos de Fé porque veremos no Credo Apostólico um resumo dos artigos ou doutrinas que devem ser afirmadas por todos aqueles que se chamam “cristãos”.

O Credo Apostólico apareceu em diversas formas durante os primeiros séculos da igreja. Mas foi padronizado cerca do ano 700 DC, em latim. A tradução moderna do credo em português é a seguinte:

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, O qual foi concebido por obra do Espírito Santo, Nasceu da Virgem Maria, Padeceu sob Pôncio Pilatos; Foi crucificado, morto e sepultado, Desceu ao Hades;Ressurgiu dos mortos ao terceiro dia;Subiu aos céus, Está sentado à destra de Deus Pai, Todo-Poderoso, De onde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, Na santa igreja universal;Na comunhão dos santos;Na remissão dos pecados;

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Na ressurreição do corpo;Na vida eterna. Amém.

Nossa discussão do Credo Apostólico como artigos de fé se dividirá em três partes. Em primeiro lugar, vamos falar da história do credo. Em segundo lugar, nós proporcionaremos uma descrição geral de suas afirmações principais. E em terceiro lugar, nos concentraremos na importância das suas doutrinas para hoje. Começaremos com a história por trás do Credo Apostólico.

II. HISTÓRIA

Ao examinar a história do Credo Apostólico nos concentraremos em duas questões. Por um lado, vamos ver o desenvolvimento do credo, considerando assuntos como sua autoria e data de composição. E por outro lado, vamos ver o propósito do credo, a razão pela qual a igreja pensava ser tão importante criá-lo e utilizá-lo. Vamos ver, em primeiro lugar, o desenvolvimento histórico do Credo Apostólico.

DESENVOLVIMENTO

Cria-se e ensinava-se que o Credo Apostólico foi escrito no primeiro século pelos doze apóstolos. Inclusive se dizia que cada apóstolo contribuiu com uma das doze afirmações teológicas do credo. Entretanto, não há evidência de que isso tenha acontecido, ou então, que algum apóstolo esteve envolvido diretamente na confecção do credo. Mas, se não foram os apóstolos que o escreveram, então, quem o fez?

A questão de quem escreveu o Credo Apostólico é uma pergunta interessante, já que não se tem um autor que o assina. É quase certo que estas são perguntas que eram feitas aos candidatos ao batismo, talvez quarenta ou cinqüenta anos depois de Cristo. Perguntava-se à pessoa: Você crer em Deus Pai, Criador do céu e da terra? E sabemos disto porque um bom número de pessoas, falando de sua experiência batismal, faziam referência à várias destas perguntas. E no ano 200 DC Tertuliano refere-se ao que chama de Credo Romano que é quase idêntico ao Credo Apostólico e refere-se a ele nos termos das perguntas do batismo: “Você crer...?”. A primeira referência ao Credo Apostólico foi feita por um homem chamado Rufino no ano 390 DC e relata a história que cada um dos doze Apóstolos, incluindo Matias que substituiu Judas, deu uma das afirmações do Credo. Realmente não há prova para esta teoria, mas a ideia de que, estas afirmações possam remontar aos Apóstolos, certamente tem boa base.

Dr. John Oswalt

Nos escritos dos primeiros cristãos, há muitas listas das doutrinas essenciais que se assemelham ao Credo Apostólico.

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Por um lado estão as normas de fé que catalogam e explicam as crenças fundamentais com certos detalhes. Os escritos dos pais da igreja primitiva indicam que as normas de fé escritas resumem as crenças e práticas das igrejas que as produziram. Por exemplo, Origenes incluía uma norma de fé no começo do seu trabalho “Sobre os princípios”. Irineu, incluía outra norma no livro 1, capítulo 10 de sua famosa obra “Contra as Heresias”. Estas normas de fé tinham a intenção de preservar os ensinos da igreja, e foram utilizadas para treinar as pessoas – especialmente os líderes. Com freqüência estas normas variavam de congregação para congregação. Em termos gerais, estas normas incluem afirmações de doutrinas importantes, bem como os ensinos morais e tradições.

Por outro lado, algumas doutrinas antigas estão listadas em forma de credos. Estas eram listas curtas que resumiam as porções doutrinárias das normas de fé da igreja, especialmente em crenças consideradas críticas. Estas eram recitadas freqüentemente em reuniões litúrgicas, como os batismos. No primeiro e segundo século, chegava a dar-se o caso de que cada congregação local tinha seu próprio credo ou sua forma de sintetizar as verdades bíblicas essenciais. Mas no terceiro e quarto século, alguns credos chegaram a ter maior proeminência e foram usados em várias igrejas.

Um antigo credo que chegou a ter proeminência era o credo da igreja de Roma, freqüentemente chamado de Credo Romano. Este credo é tão similar ao Apostólico que muitos eruditos crêem que o Credo Apostólico poderia ser simplesmente uma versão posterior do Credo Romano.

Mas, independentemente de sua origem exata, o que é inquestionável é que o Credo Apostólico finalmente ganhou um uso generalizado, especialmente nas igrejas ocidentais. Mas, no século VIII a redação se padronizou na forma como a reconhecemos e usamos hoje.

Com este entendimento do desenvolvimento histórico do credo, devemos olhar o propósito por trás da criação e do uso do Credo dos Apóstolos.

PROPÓSITO

Em nossos dias, muitos cristãos suspeitam dos credos, e não é difícil entender a razão. Ainda que pouquíssimas pessoas se atrevam a dizer abertamente que um credo tem a mesma autoridade da Bíblia, às vezes cristãos bem intencionados tratam certos credos como se fosse igual à própria Bíblia. Mas, nenhum credo deveria ser tratado no mesmo nível que a Bíblia nem na teoria e nem na prática.

A Bíblia é a nossa única regra infalível de fé e prática. Os credos, ao contrário, são instrumentos de ensino falíveis que resumem nossa compreensão da Escritura. E como veremos, o Credo Apostólico foi criado para ajudar os cristãos a aprender e continuar sendo fiel aos ensinos da Bíblia.

Vamos investigar o propósito do Credo Apostólico em três passos. Em primeiro lugar vamos ver a Escritura como o depósito original da verdadeira doutrina. Em segundo lugar, vamos ver os ensinos tradicionais das igrejas como afirmações da Escritura. E em terceiro lugar, veremos que o Credo Apostólico pretende resumir a compreensão das igrejas tradicionais da Escritura. Comecemos com o fato de que os cristãos dedicados têm afirmado sempre que a Escritura é a base de nossa doutrina.

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Escritura

Observemos as palavras que o pai da igreja primitiva chamado Origenes escreveu no prefácio de sua obra “Sobre os Princípios”, escrita no começo do século terceiro.

Todos aqueles que crêem... derivam o conhecimento que move aos homens a fazer o bem e a uma vida feliz de uma fonte que não é outra senão as palavras e ensino de Cristo. Por palavras de Cristo não nos referimos só àquelas que ele falou quando se fez homem... porque antes desse tempo, Cristo, a Palavra de Deus, esteve com Moisés e os profetas... Além disso... depois de sua ascensão ao céu Cristo falou através dos seus apóstolos.

Orígenes ensinou que a Escritura com todas as suas partes, é a Palavra de Cristo, e que é o centro de todas as doutrinas verdadeiras.

Observemos as palavras que o bispo Hipólito, no começo do século terceiro na seção 9 de sua obra “Sobre a heresia de Noeto”

Há, meus irmãos, um só Deus, o qual conhecemos através das Sagradas Escrituras e não de outra fonte mais.

As igrejas primitivas criam que toda a Bíblia era a Palavra de Cristo, dada aos crentes através dos apóstolos. Neste sentido, eles afirmavam o conceito que os teólogos têm chamado, muitas vezes, de Sola Scriptura ou Só a Escritura. Esta é a perspectiva que estabelece a Bíblia como a única regra infalível de fé e juiz final em qualquer controvérsia teológica.

Encontramos um claro exemplo disto nos escritos de Basílio, que foi eleito bispo de Cesaréia no ano 370 DC. Basílio foi um forte defensor dos costumes e tradições da igreja e muitas vezes, expressou sua crença de que as tradições podiam ser rastreadas até ao tempo dos apóstolos. Não obstante, quando surgia uma pergunta sobre a veracidade dessas tradições, Basílio apela às Escrituras como a autoridade final. Observemos as palavras que Basílio escreveu a Eustáquio, o médico, em sua carta 189:

Que a Escritura inspirada por Deus decida entre nós, e qualquer que seja o lado que encontremos doutrinas em harmonia com a Palavra de Deus, em favor desse lado deve está o voto da verdade.

Aqui Basílio admitiu que algumas igrejas afirmaram um conjunto de idéias cotidianas em suas normas de fé, enquanto que outras tinham idéias contraditórias. Assim, ele apelou para a Escritura como a máxima autoridade para resolver o assunto.

A igreja primitiva confiava fortemente na Escritura como base de sua doutrina. Mas, ela dependia dos ensinos tradicionais da igreja pra resumir e proteger os ensinos das Escrituras.

Nesse momento é razoável perguntarmos: por que a igreja sentia que era necessário preservar seus ensinos tradicionais? Não bastava só preservar a Bíblia e deixar que ela fale por si mesma?

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Ensinos Tradicionais

Há uma necessidade de formular, de forma clara, concisas declarações do que a igreja crer, especialmente porque há falsos mestres que ensinam coisas que não estão de acordo com o que os apóstolos e a Bíblia ensinam. Especialmente em resposta aos falsos ensinos, a igreja se viu na necessidade de formular resumos que demonstraram de forma clara no que cria.

Dr. Erik K. Thoennes

A igreja tinha as Escrituras como a base de sua fé, mas as Escrituras eram demasiadamente volumosas, e a alfabetização muito limitada. Então, era melhor para a igreja resumir as doutrinas básicas em um credo para que o povo pudesse compreender e entender a fé sem ter que ler a Bíblia na sua totalidade.

Dr. Riad Kassis

O Credo dos Apóstolos foi especialmente importante e mesmo necessário na história primitiva da Igreja porque o Cânon das Escrituras não foi formalizado até cerca do ano 397 DC. Então qual era a crença autoritativa da igreja?Foi resumida no Credo dos Apóstolos. Mas, naquele tempo já se tinha a Bíblia. Então, por que devemos continuar com o credo? Porque não podemos requerer que todas as pessoas entendam toda a Bíblia antes de aceitá-los como cristãos. O Credo dos Apóstolos resume os ensinos essenciais da Bíblia de uma forma simples. Por esta razão, nós devemos continuar usando até hoje.

Dr. Paul Chang

Os falsos mestres criaram muitos problemas na igreja. Alguns até negaram aspectos centrais do Evangelho. Em resposta a estas circunstâncias, líderes cristãos piedosos criaram pequenos resumos de ensinos centrais da Bíblia para que todos os cristãos pudessem conhecer e afirmar o conteúdo básico da fé.

Observemos a forma como Orígenes descreve o problema em outra seção do Prefácio de sua obra Sobre os Princípios

Há muitos que crêem manter as opiniões de Cristo e muitos desses pensam diferentemente dos seus predecessores, mas o ensino da igreja transmitido de forma sucessória desde os apóstolos, e permanecendo este ensino preservado nas igrejas até o tempo presente, só ele pode ser aceito como a verdade que não difere em nenhum ponto da tradição eclesiástica e apostólica.

Note o que Orígenes diz aqui. Ele não menciona que o ensino da igreja era infalível, ou que sempre foi perfeito. Ele diz que o ensino da igreja devia ser aceito como verdade devido ao fato de que foi transmitida de forma sucessória desde os apóstolos e preservada até nossos dias. Em outras palavras, nos tempos de Orígenes, o ensino da

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igreja era um resumo fiel das palavras de Cristo na Escritura. Por essa razão, a igreja nesse tempo estava qualificada a usar esses ensinos como “padrão” ou “regra de fé” para provar as doutrinas. Mas, a autoridade final descansava no Novo Testamento e não na igreja contemporânea.

Nós poderíamos ilustrar essa ideia ao pensar em uma corrente com elos. A igreja primitiva queria manter-se fiel aos ensinos de Cristo, os quais podiam encontrar nas Escrituras. Isso faz de Cristo o primeiro elo. Os apóstolos tiveram contato direto com Cristo e foram ensinados diretamente por ele. O ensino apostólico é o segundo elo da corrente. Os apóstolos preservaram o conhecimento de Cristo nas Escrituras, fazendo das Escrituras o terceiro elo. Cada um destes três elos era perfeito e infalível porque foram supervisionados pelo Espírito Santo.

Mas, o quarto elo, os ensinos tradicionais da igreja, foi diferente. A transmissão destes ensinos não era infalível; o Espírito Santo não garantia que estes ensinos tradicionais estivessem livres de erro. De fato, como já vimos, as tradições de algumas igrejas contradizem as tradições de outras.

Alguns desses ensinos se referem a alguns assuntos secundários concernentes à prática – coisas que a Escritura não menciona diretamente. Outras tradições resumiam o sentido original da Escritura, especialmente com respeito aos principais artigos de fé, como os que se mencionam no Credo Apostólico.

Quando se chegou a estas crenças centrais, as tradições foram confirmadas por muitos líderes de igreja em muitos lugares através dos anos. Além disso, estas crenças puderam ser verificadas pelas Escrituras. Esta é a razão pela qual Orígenes sentia confiança em expor os ensinos tradicionais da igreja como norma de fé.

Sem dúvida, este elo não era infalível. Sempre era possível para as igrejas, os concílios, e os cristãos individuais, cometer erros.

Observemos as palavras que Cipriano, bispo de Cartago, no terceiro século, escreveu em sua Epístola 73 contra as doutrinas mantidas por Estevão, bispo de Roma:

Não deveria ser costume, o que se tem surgido entre alguns, para prevenir que a verdade prevaleça e domine; já que o costume sem a verdade é a antiguidade do erro.

Cipriano menciona que alguns antigos pontos de vista e prática dos cristãos não estavam enraizados na verdade entregue a nós através dos apóstolos. Ao contrário, foram “a antiguidade do erro” – erros que foram introduzidos à igreja muito tempo atrás.

De fato, foi precisamente este problema da falibilidade humana o que tornou importante para a igreja fazer constar uma regra de fé de forma escrita. Orígenes e outros pais da igreja primitiva escreveram a norma de fé da igreja para assegurarem-se de que os cristãos ao redor do mundo pudessem ser capazes de comparar suas doutrinas com as tradicionais. Os concílios da igreja também fizeram constar os ensinos tradicionais para que suas opiniões fossem informadas aos cristãos em diferentes lugares e tempos.

Em todo caso, a meta de preservar os ensinos tradicionais da igreja foi para assegurar que as igrejas não se desviassem do sentido original das Escrituras, para que os crentes pudessem entender corretamente os ensinos dos apóstolos e que se mantivessem firmes em sua fé e viver de acordo com as Palavras de Cristo.

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A Bíblia é um livro muito extenso, é necessário que haja um bom resumo dela. Até mesmo no Novo Testamento houve grandes desafios acerca da pessoa de Cristo. Pode-se observar os apóstolos argumentando “esta é a verdade”. E estes desafios continuaram até o segundo século DC. Eles tinham que resumir a fé bíblica de forma bastante concisa. Isto trouxe consigo a formulação do Credo Apostólico. Lembremos que eles não trataram de adicionar coisas à Bíblia, mas de elucidar e de extrair seu significado.

Dr. Pete Walker

Basílio escreveu em sua obra: Sobre o Espírito Santo, em 374 DC.:

O que os nossos pais disseram, também nós afirmamos. Mas, não só descansamos no fato de que essa é a tradição dos pais; já que eles também seguiram o sentido da Bíblia.

Ao guardar os ensinos tradicionais, a igreja primitiva não estava terrivelmente preocupada sobre pontos menores de doutrina. A igreja focou em coisas centrais, crenças e práticas fundamentais. Isto se vê claramente nos tipos de argumentos que usaram em seus escritos e no tipo de coisas que enumeraram em suas normas de fé escritas.

Por exemplo, eles escreveram contra os Docetistas, que negavam a humanidade de Cristo. Escreveram contra os Gnósticos, que criam que o Deus do Antigo Testamento era malvado e que permitia todo tipo de pecados mundanos. Também escreveram contra muitos outros falsos ensinos que desafiavam os princípios das Escrituras.

Havendo falado das Escrituras e dos ensinos tradicionais da igreja, agora estamos prontos para observar a forma em que o Credo Apostólico resumiu os ensinos tradicionais da Igreja para os crentes.

Credo Apostólico

Como vimos, o Credo Apostólico foi usado amplamente para confirmar que os novos cristãos cressem nos ensinos fundamentais da Bíblia. Da mesma forma que muitas igrejas modernas discipulam novos crentes em classes de estudos bíblicos, a igreja primitiva usava credos para ensinar novos crentes, as doutrinas básicas da fé.

Agostinho, o famoso bispo de Hipona, que viveu durante os anos de 354 a 430 DC., resumiu o valor dos credos em um sermão para os catecúmenos, que são os novos crentes que se preparavam para o batismo. Em seu sermão, o credo que ele tinha em mente era o Credo Niceno, mas suas palavras resumem de forma precisa o propósito e uso de todo tipo de credos nos primeiros séculos da igreja.

Em um sermão para os catecúmenos: “Sobre o Credo”, Agostinho escreveu o seguinte:

Estas palavras que vocês estão escutando estão nas Escrituras Divinas espalhadas em vários lugares; por isso precisam ser reunidas e reduzidas

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em uma, para que a memória das pessoas lentas não se desespere; para que toda pessoa possa ser capaz de dizer e manter o que crer.

Como Agostinho indica aqui, os ensinos centrais do Cristianismo estavam espalhados em toda a Escritura. Então, as igrejas dos primeiros séculos resumiram as doutrinas centrais em credos. Isto permitiu que cada crente - incluindo pessoas que podem ser consideradas não educadas – possa afirmar e sustentar os ensinos fundamentais das Escrituras.

Evidentemente, devido a muitas congregações terem diferentes credos, em certo sentido chegaram a ter também diferentes padrões mínimos de crenças. Algumas igrejas não requeriam suficiente entendimento para os novos crentes, enquanto outras excluíam os crentes que tinham fé verdadeira, mas que careciam de um conhecimento teológico avançado. Como resultado, uma pessoa podia não está qualificada em algumas congregações, mas em outras sim. À luz dessa disparidade, a igreja primitiva reconheceu a necessidade de ter um credo que pudesse ser aceito em cada congregação que chama a si mesma de cristã.

O Credo Apostólico surgiu proeminentemente para resolver esta questão. O credo era curto, com declarações diretas de crenças que pudessem ser compreendidas por todos os cristãos que professam sua fé.

O Credo Apostólico é um resumo narrativo da fé cristã. Isto aponta para o fato de que quando nós cremos que cada palavra da Bíblia é a inerrante e infalível Palavra de Deus, necessitamos de um resumo que ajude as pessoas a entender qual é a essência do Evangelho. O Credo Apostólico é esse tipo de resumo. Emergiu muito cedo na tradição cristã, encapsulando o que os apóstolos ensinaram com base na revelação de Cristo que eles tiveram concernente à essência da fé: “Creio”, tudo emana daqui. O que é importante é que o Credo Apostólico nos ajuda a dizer tudo o que temos para dizer a fim de comunicar o Evangelho.

Dr. Albert Mohler, Jr.

Agora que já falamos da história do Credo dos Apóstolos, estamos prontos para proporcionar a perspectiva geral de suas afirmações. O panorama geral do que os cristãos crêem pode ser tão útil hoje como o foi nos primeiros séculos da igreja.

III. PERSPECTIVA GERAL

Através dos anos, os teólogos descreveram o conteúdo do Credo Apostólico de várias formas. Nesta lição, focaremos nos artigos de fé a partir de três perspectivas. Primeiro, observaremos o que se pode definir como a doutrina de Deus. Segundo, falaremos da igreja. Terceiro, mencionaremos o tema da salvação. Comecemos com a doutrina de Deus no Credo Apostólico.

DEUS

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A doutrina de Deus é absolutamente essencial para tudo o que dizemos em termo de nossa teologia cristã, nossa fé cristã e nossa prática cristã. Tudo o que temos em termos de como entendemos a nós mesmos, como entendemos o mundo, como entendemos nosso significado e propósito, nos leva a quem é Deus. Cada doutrina cristã, seja ela referente à salvação, à igreja, às últimas coisas em termos de futuro, tudo isso está fundamentado e enraizado no Deus que existe, no Deus Trino. Toda nossa esperança e confiança nesta vida, tudo o que pensamos em termos de nossa salvação e perdão de pecados, tudo está enraizado em Deus que tem planejado tudo, Deus que tem interposto sua vontade e propósito, e que trará tudo a seu final ao completar Seu plano. Tudo nos leva de volta a quem é Deus.

Dr. Stephen Wellum

Há dois grandes aspectos da doutrina de Deus que aparecem no Credo Apostólico. Primeiro, o credo está estruturado em torno da crença de que Deus existe em três pessoas, ou seja, a Trindade. Segundo, faz afirmações acerca das diferentes pessoas de Deus, as quais são: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Primeiramente observaremos a Trindade.

Trindade

Vocês observarão que o Credo Apostólico está dividido em três grandes seções, cada uma começa com a palavra: “creio”. A primeira seção trata sobre a crença em Deus Pai. A segunda seção fala da crença em Jesus Cristo, seu único filho e Senhor nosso. A terceira seção resume a crença no Espírito Santo e enumera seus ministérios ativos.

Devemos mencionar que nem todas as antigas versões do credo incluíam as palavras “creio” antes de mencionar coisas referentes a Jesus Cristo. Em lugar disso, muitos só usam a palavra “e” que neste contexto tem a mesma força da palavra “creio”. Em todo caso, no entanto, a divisão do Credo de acordo com as pessoas de Deus tem sido universalmente reconhecida pela igreja. Esta fórmula é trinitária. Está baseada na crença de que há um só e único Deus, e que este Deus existe em três pessoas, as quais são: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Esta é a mesma fórmula que encontramos em passagens como Mateus capítulo 28, versículo 19, onde Jesus dá a seus discípulos esta comissão:

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Aqui, da mesma forma que no Credo Apostólico, encontramos a menção destes três nomes juntos e em iguais termos que implicam embora o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam pessoas distintas, estas pessoas são um só e único Deus.

Temos que admitir que o Credo Apostólico não menciona de forma especifica a palavra “Trindade”, nem especifica seus detalhes. Mas, recordemos que o credo tinha a intenção de fazer um resumo das crenças, não um estudo compreensivo da fé. Quando o

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credo foi usado na liturgia da igreja, todos na igreja sabiam que ao fazer menção destas três pessoas desta forma, estava implícito o conceito da Trindade.

Nem todos os cristãos entendiam o significado completo da palavra Trindade, pelo que devemos explicá-la. A Trindade é comumente resumida da seguinte forma:

Deus em três pessoas, mas uma só essência.

Pelo termo pessoa, queremos dizer uma personalidade consciente de si mesma. Pelo termo essência nos referimos à natureza fundamental de Deus ou a substância da qual Ele consiste.

O conceito da Trindade é muito difícil para os seres humanos entender. A existência e natureza de Deus estão além de nosso campo de experiência, por isso é difícil para nós assimilá-lo. Mesmo assim, a Trindade é uma das mais distintivas crenças do Cristianismo. Como pode esta doutrina tão complexa chegar a ser um importante pilar da teologia cristã?

A Trindade é algo com o qual você topa quando lê a Bíblia de uma maneira holística. Vemos que o Pai é claramente Deus e que o Filho é claramente Deus e que o Espírito Santo é claramente Deus em suas distintas pessoas. Portanto, é importante sintetizar o ensino da Escritura com a doutrina da Trindade.

Dr. Erik K. Thoennes

A doutrina da Trindade se converteu em uma pedra angular da teologia cristã, eu menciono isso principalmente porque é uma doutrina bíblica. Mas, devemos tomar cuidado na forma como a entendemos devido a que a palavra t-r-i-n-d-a-d-e não aparece na Escritura, mas o conceito sim. A soma total do ensino bíblico, o que a Bíblia nos menciona acerca de quem é Deus – que Ele é uno, que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, que o Espírito Santo é Deus – quando pomos tudo isso junto em sua totalidade, todo o pacote bíblico, tudo isto nos garante que Deus é uma Trindade.

Dr. Robert G. Lister

Quando dizemos que Deus consiste de uma essência, estamos defendendo a verdade bíblica de que só há um único Deus. Estamos tratando de explicar como estas três pessoas podem chegar a ser um só Deus. Nós usamos o termo essência para nos referir ao que cada uma destas três pessoas compartilham em comum, o que pertence tanto ao Pai, como ao Filho, como ao Espírito Santo.

Quando dizemos que Deus existe em três pessoas, nós estamos defendendo a verdade bíblica de que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são distintos um do outro. São indivíduos separados que interagem um com o outro, conversam um com o outro e envolvem-se um com o outro.

De muitas maneiras, o conceito da Trindade é um grande mistério. Mas, é também um resumo preciso de muitos ensinos bíblicos sobre a natureza de nosso extraordinário Deus.

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A ideia da Trindade é crucial para a teologia cristã por diversas razões. Por exemplo, defende nossa crença de que Jesus é Deus e que Jesus não é o Pai disfarçado. Também explica porque afirmamos o monoteísmo, adorando a um único Deus, apesar de que oramos e adoramos três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Além disso, nos ajuda a dar honra às pessoas da Trindade. Conforta-nos com o conhecimento de que a presença e ajuda de qualquer pessoa da Trindade é a presença e ajuda do próprio Deus. De fato, a crença na Trindade é tão fundamental para muitas outras idéias cristãs que é difícil imaginar a fé cristã histórica sem essa crença.

Havendo observado a doutrina de Deus no Credo Apostólico em termos da Trindade, estamos prontos a considerar o que ele menciona acerca de cada uma das diferentes pessoas da Trindade.

Pessoas

Com respeito ao Pai, o credo atribui a Deus Pai o atributo de ser Todo-Poderoso e menciona o fato histórico de que Ele é o criador do céu e da terra.

Certamente Deus tem muito mais atributos que seu infinito poder e soberania, Ele realizou feitos mais assombrosos que criar o mundo. Em um sentido importante, a descrição que o credo faz sobre o Pai não distingue o cristianismo de outras religiões que poderiam expressar uma crença sobre um ser criador divino e soberano. Mas a igreja primitiva cria que estas declarações eram suficientes para demonstrar que as crenças de uma pessoa sobre o Pai eram compatíveis com o cristianismo. Eles se basearam em afirmações que aparecem no credo para distinguir o cristianismo de outras religiões.

Por exemplo, o credo tem muito que dizer sobre o Filho, Jesus Cristo. Apesar de não descrever nenhum dos seus atributos, menciona-se certos detalhes sobre sua vida e ministério terreno – detalhes que haviam sido negados por aqueles que estavam fora da igreja.

O credo menciona a encarnação de Jesus, sua vinda ao mundo como um bebê, vivendo uma vida genuinamente humana. Também fala sobre seu sofrimento, morte, sepultamento, ressurreição e ascensão ao céu. A Escritura menciona que os não crentes têm negado esses acontecimentos desde o começo.

Mesmo hoje em dia, muitos historiadores e teólogos liberais negam estes fatos, assim como muitas seitas cristãs e religiões falsas. Por exemplo, o Islamismo afirma que Jesus foi um verdadeiro profeta de Deus. Mas insiste em que nunca foi crucificado ou que tenha ressuscitado, bem como nega a divindade de Jesus.

Finalmente, o credo menciona o papel de Jesus como o que julgará toda a humanidade no final dos tempos, condenando o ímpio, mas dando aos crentes uma vida abençoada e eterna.

Sobre o Espírito Santo, o credo diz que o Filho foi concebido pelo Espírito Santo e que Jesus nasceu da virgem Maria. Afora isso, só afirma sua existência como uma pessoa da Trindade. No entanto, explicitamente o credo associa o Espírito Santo com a igreja e com nossa experiência de salvação agora e no futuro.

Falaremos mais sobre cada pessoa da Trindade em lições posteriores. Mas, no momento somente mencionaremos que a preocupação do credo não só era afirmar o Trinitarianismo, mas também falar de cada pessoa da Trindade de forma a demonstrar que eram centrais para a fé cristã. Mesmo que estas afirmações não fossem extensivas, o

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credo diz o necessário acerca de Deus e das pessoas da Trindade para distinguir aqueles que afirmam a fé cristã histórica daqueles que não crêem nessas afirmações.

Agora que mencionamos as declarações doutrinárias para nos referirmos à doutrina de Deus, estamos prontos para mencionar a forma como o Credo Apostólico fala da igreja.

IGREJA

O Credo Apostólico descreve a igreja em duas frases diferentes. Primeiro, a igreja é chamada de “a santa igreja universal”. Segundo, a igreja é descrita como a comunhão dos santos. Estas frases têm sido interpretadas de muitas maneiras diferentes, nós trataremos delas em detalhe em uma lição futura.

Por agora, simplesmente mencionaremos que a frase “a santa igreja universal” originalmente chamada “a santa igreja católica”, não se refere à Igreja Católica Romana, mas, como explicaremos mais adiante em uma lição, refere-se à igreja em todas as partes ao redor do mundo.

Inclusive, poderá parecer estranho para muitos protestantes crer e pensar na igreja de uma forma específica. Então, poderá ajudar se tratarmos de explicar que quando o credo menciona “Creio na... igreja”, não quer dizer que nós pomos nossa fé na igreja. Mas, significa que nós afirmamos a crença de que a igreja é tanto santa ou santificada e católica ou universal.

Nós afirmamos a crença de que existe uma comunhão dos santos, isto é, uma comunhão de crentes. Neste sentido, o cristianismo histórico tem insistido na importância da igreja.

Nesta lição, focaremos em apenas dois aspectos da igreja que foram centrais para os artigos de fé no Credo Apostólico. Por um lado, nós observaremos a participação na igreja. Por outro, veremos a preservação doutrinária da igreja. Começaremos com a participação na igreja.

Participação

Quando o credo diz: “Creio na santa... igreja”, enfatiza a importância de participação na igreja. Claro que, na história da igreja cristã, tem havido muita gente que quer ter Deus como seu Pai, a Jesus como seu Senhor e ao Espírito Santo como seu defensor, mas que não quer fazer parte da igreja visível.

Podemos ler em Hebreus capítulo 10, versículo 25:

Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.

Como no primeiro século, alguns crentes que professam sua fé queriam evitar se juntar à igreja para adorar, ensinar e ter comunhão. A Escritura nos ensina que a igreja é importante e necessária para os cristãos.

É claro que aqueles que originalmente usaram o credo não eram do tipo que não gostavam de congregar. Ao contrário, o credo foi usado particularmente nos serviços da igreja. O credo era afirmado por aqueles que chegavam à igreja para serem batizados. Ao

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afirmá-lo, as pessoas podiam fazer parte da igreja e assistir às reuniões. Este é o modelo que o credo nos dá para que nós o sigamos.

Mesmo assim, no mundo moderno nos encontramos com cristãos que evitam a igreja. Talvez se deva ao fato de que lhes desagrada a religião como organização.

Mas, a Bíblia nos ensina que os cristãos são parte de um corpo comunitário físico e insiste que esta comunidade é extremamente importante para cada crente. Isto não está limitado a um companheirismo espiritual uns com os outros através de Cristo e do Espírito Santo. Melhor, nossa comunidade deve ser como uma família ou um bairro. Deve consistir de pessoas que interagem umas com as outras face a face.

Com a importância da participação na igreja em mente, agora veremos a preservação doutrinária com e na igreja.

Preservação

Desde os primeiros dias, a recitação regular, a confissão e a memorização dos credos e confissões na igreja tiveram um papel muito importante, especialmente em sociedades como as que encontramos no mundo do primeiro século e no cristianismo primitivo onde o nível de alfabetização era muito baixo. Poucas pessoas sabiam ler, e dos poucos que podiam ler poucos possuíam uma Bíblia. A recitação regular destes credos de forma pública nos cultos de adoração serviu, de forma importante, ao proverem parâmetros ou normas de fé do que é um entendimento apropriado de como devemos entender as Escrituras.

Dr. Jonathan Pennington

Como já mencionamos quando tocamos no tema das normas de fé, a igreja não é infalível. O Credo Apostólico não nos encoraja a crer em qualquer coisa que nossa igreja ensine. Ao contrário, simplesmente afirma o fato de que Cristo estabeleceu sua igreja em parte para proteger e para proclamar o Evangelho e outras verdades.

Observemos a forma como Judas, o irmão de Jesus, escreveu acerca da missão da igreja nos versículos 3 e 4 de sua Epístola:

Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas entregue aos santos. Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo.

De acordo com Judas, parte do trabalho da igreja é batalhar pela fé, proteger as verdades e crenças que tenham sido dadas, contra aqueles que promovem falsos ensinos e práticas.

Deve ser óbvio para a maioria de nós que existem muitos falsos ensinos em várias partes da igreja no dia de hoje. Também existem muitas práticas pecaminosas. Entretanto,

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Deus nunca retirou essa missão da igreja, ou declarou que qualquer outro grupo ou indivíduo deveria tomar o trabalho de proteger a verdadeira doutrina. É trabalho da igreja proteger a verdade.

E a igreja segue tentando fazer seu trabalho. Algumas vezes fazemos melhor que outras. Algumas partes de nossa teologia são fiéis à Escritura, mas outras necessitam ser melhoradas, ou mesmo mudadas completamente. E isso sempre sucede. Mas, para nossos propósitos nessa lição, o ponto que nós queremos enfatizar é este: Não podemos nos render. Nós temos de procurar preservar a doutrina na igreja. E se abandonarmos esse chamado, nós estaremos negando artigos centrais da fé cristã histórica: “Creio na santa igreja universal”.

Agora que já observamos os artigos de fé em relação a Deus e à igreja, estamos prontos para ver uma terceira categoria: as declarações acerca da salvação que são apresentadas no Credo Apostólico.

SALVAÇÃO

O Credo Apostólico contém muito acerca da salvação próximo ao fim do documento. Algumas pessoas tem se perguntado porque este assunto só aparece próximo ao final, e não em outro lugar. É claro que o próprio credo não nos dá a resposta. Mas, se você o observar, da forma como eu o vejo, fica claro que o Credo quer estabelecer a Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Isto é para nos assegurar de que a experiência da salvação provém da Trindade e não de algum sistema ou construto humano. Saber que Deus, o Pai, Deus, o Filho e Deus, o Espírito Santo, estão conduzindo ao convite e à promessa de que nós podemos ser salvos se confessarmos nossos pecados. Penso que estas declarações aparecem ao final, para nos mostrar que o fruto de nossa relação com Deus tem suas raízes em quem Deus é na Trindade.

Dr. Steve Harper

Os últimos três artigos de fé no Credo tratam de aspectos da salvação. De forma específica, estes artigos mencionam o perdão dos pecados, a ressurreição do corpo e a vida eterna. Na teologia sistemática tradicional, a ressurreição e a vida eterna são temas tratados no âmbito da escatologia, a doutrina das últimas coisas. Para ser mais simples, mencionaremos estes artigos dentro do âmbito da salvação.

Todos os cristãos crêem no perdão dos pecados através da expiação feita por Jesus Cristo. Nós cremos que se confessamos e nos arrependemos dos nossos pecados, Deus não nos castigará no inferno por esses pecados. Isso é o que o Credo Apostólico indica, esta tem sido a crença da igreja desde o seu começo. Todos que conhecem as Escrituras sabem que elas nos ensinam que todos aqueles que foram perdoados são abençoados com a vida eterna através de Jesus Cristo. Por exemplo, João capítulo 3, versículos 16 a 18 nos encoraja com estas palavras:

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Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

A vida eterna pertence a cada crente. Em certo sentido, começa no momento em que cremos, já que foi dada às nossas almas uma nova vida e jamais perecerão.

Porém a natureza da vida eterna afirmada pelo Credo às vezes surpreende aos cristãos modernos. Especificamente o credo fala acerca da ressurreição do corpo. Algumas vezes os cristãos equivocadamente pensam que o credo se refere à ressurreição de Jesus. Porém não se trata disso. A ressurreição de Jesus é mencionada antes no credo nas palavras: “Ressuscitou ao terceiro dia”. Este artigo de fé não é repetido. Quando o Credo fala da ressurreição do corpo, refere-se ao ensino bíblico de que todas as pessoas serão ressuscitadas no Dia do Juízo e que essas pessoas irão para os seus destinos eternos não como espíritos sem corpos, mas fisicamente como criaturas corpóreas. Isto é consistente com o ensino da Escritura e tem sido um artigo de fé na igreja por milhares de anos, tal como Jesus ensinou em João Capítulo 5, versículos 28 e 29:

Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.

As declarações do credo acerca da salvação são claramente ensinadas nas Escrituras e sempre têm sido recebidas pelas igrejas bíblicas. Mesmo assim, muitas pessoas modernas que afirmam seguir a Cristo rejeitam estes elementares ensinos fundamentais. Há alguns que negam que Deus nos convoque a prestar contas dos nossos pecados, e que insistem que o perdão dos pecados não é necessário. Há alguns não crentes em nossas igrejas que dizem que esta vida é tudo o que existe, e que a assim chamada “vida eterna” está limitada ao nosso tempo na terra em nossos corpos físicos. Há muitas pessoas que crêem de forma equivocada que nós passaremos nossa eternidade como espíritos sem corpos no céu. Por razões como esta, os artigos de fé do Credo Apostólico são tão importantes e relevantes para a igreja hoje em dia como o foram nos primeiros séculos.

Em resumo, o Credo Apostólico focaliza doutrinas relacionadas com Deus, a igreja e a salvação. Em outras lições desta mesma série, exploraremos cada um destes conceitos com maior profundidade. Mas, por agora nós queremos assegurar que somos capazes de entender o panorama geral: que estas doutrinas são tão centrais e fundamentais que tem definido de forma efetiva os limites do Cristianismo por centenas e centenas de anos.

Até o momento, em nossa discussão dos artigos de fé do Credo Apostólico, temos falado da história do credo, e temos oferecido uma perspectiva geral de sua teologia.

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Agora estamos prontos para observar nosso terceiro tema: a contínua importância dos artigos de fé listados no Credo Apostólico.

IMPORTÂNCIA

Mencionaremos três aspectos da importância das declarações doutrinais no Credo Apostólico. Primeiro, explicaremos que estes ensinos são fundamentais para o resto da teologia cristã. Segundo, falaremos acerca da afirmação universal destes ensinos através da igreja. Terceiro, falaremos da natureza unificadora destes artigos de fé. Comecemos explorando as qualidades fundamentais das doutrinas do Credo Apostólico.

FUNDAMENTAL

Muitas pessoas estão familiarizadas com a ideia de que os grandes edifícios necessitam de fundamentos sólidos. O fundamento é a base sobre a qual o resto do edifício é criado. Ele é a âncora que mantém o edifício firme e que prover a força e a estabilidade para toda a estrutura.

Em Efésios capítulo 2, versículos 19 a 21, Paulo fala da igreja como se fosse um edifício fundado nos apóstolos e profetas. Vejamos as palavras de Paulo:

Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor.

Sem um sólido e verdadeiro fundamento, a igreja não pode ser construída de uma forma que honre a Deus.

E de uma forma similar, a teologia cristã deve está fundamentada em doutrinas verdadeiras e princípios que dêem honra a Deus e possam ser útil para seu povo. Assim como Jesus é a pedra angular da igreja, seus ensinos são a pedra angular da teologia. Assim como os apóstolos e profetas chegaram a ser o fundamento da igreja ao apresentar Cristo ao mundo, o Credo Apostólico é fundamental para a teologia porque nos apresenta os ensinos dos apóstolos contidos na Escritura.

O maravilhoso do Credo Apostólico é que ele resume muito bem as doutrinas essenciais básicas que cada cristão, em todas as diversas denominações que temos hoje em dia, deve afirmar. Quem é Deus, quem é o Senhor Jesus, o trabalho do Espírito Santo e como este trabalho é feito na doutrina da salvação, a igreja, até o juízo final e a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. Realmente não se pode ter uma fé cristã sem estas doutrinas essenciais.

Dr. Stephen Wellum

Consideraremos a natureza fundamental do Credo Apostólico em duas partes. Na primeira, observaremos como ele nos dá um padrão através do qual outras doutrinas

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podem ser julgadas. Segundo, falaremos da forma como ele serve como uma base lógica a partir da qual outras doutrinas são elaboradas. Começaremos com o Credo Apostólico como um padrão teológico.

Padrão

O Credo Apostólico funciona como um padrão doutrinário porque apresenta muito das maiores e mais importantes idéias do cristianismo. Estas idéias foram ensinadas tão claramente nas Escrituras que eles devem ser reconhecidas e aceitas por todos. Como dissemos anteriormente nesta lição, esses ensinos são essenciais para o Cristianismo. Como resultado, qualquer outra doutrina que aceitemos deve ser compatível com esses ensinos. Não podemos aceitar nenhuma idéia que os contradiga.

Alguma vez você já viu um ventríloquo? Um ventríloquo é alguém que pode falar de uma forma que nos parece que não está falando. Os ventríloquos muitas vezes trabalham com fantoches, fazendo parecer que o fantoche mantém uma conversa com ele. Alguém com muita criatividade pode manobrar o fantoche de forma que ele pareça ter vida. Mas não importa quão convincente possa ser o ventríloquo, nós sabemos que é ele quem está falando e não o fantoche. Por quê?

A resposta é simples. Nós sabemos que os fantoches não têm vida e que eles não podem falar. Então, quando vemos um fantoche que parece que fala, nós julgamos nossa experiência através do padrão do que é verdadeiro. Não importa o quanto possa parecer que o fantoche fala, nosso padrão nos diz que a aparência é enganosa. E, portanto, nos recusamos a acreditar. Talvez possamos explicar como o fantoche pode parecer que está vivo e que pode falar. Mas, nós sabemos que tem alguma explicação lógica que seja consistente com o nosso padrão.

De forma similar, o Credo Apostólico resume essas crenças centrais que nós sustentamos firmemente e que nunca mudaríamos. Nós cremos que a Bíblia é tão clara nesses pontos, e que eles são tão importantes que não podemos comprometê-los. Então, não importa que outras perspectivas as pessoas possam apresentar-nos, nós nos recusamos a crer em qualquer coisa que entre em conflito com esses ensinos centrais das Escrituras.

Usamos o Credo como um padrão que nos ajuda a manter-nos fiéis às Escrituras contra falsos mestres que tratam de nos dar detalhes “convincentes” quando nos apresentam sua má e falsa teologia. Muitos de nós conhecemos pessoas que são tão boas apresentando argumentos, e que são tão irresistíveis como indivíduos, que nós podemos chegar a inclinar-nos a crer em muitas coisas que eles dizem – inclusive quando são coisas erradas ou mentiras. Então, nos ajudaria ter uma lista curta das crenças essenciais que possam nos ajudar a compreender os ensinos da Escritura. O Credo Apostólico nos prover essa ajuda.

Por exemplo, havia muitas heresias perniciosas que a igreja enfrentou durante seus primeiros séculos de vida. Uma dessas heresias foi o Gnosticismo. Entre outras coisas, o gnosticismo ensinava que nossos corpos eram maus e que a salvação envolvia o libertar nossas almas da prisão de nossos corpos. Entretanto, nem todos os cristãos na igreja primitiva sabiam como refutar esse erro. Mas, aqueles que haviam sido instruídos nas doutrinas do Credo Apostólico tinham a certeza de como rechaçar esta heresia com

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base no que a Escritura ensina sobre a ressurreição dos corpos. A Bíblia ensina que Jesus veio para redimir nosso corpo bem como a nossa alma.

Muitos de nós têm sido confundido por um argumento engenhoso, ou enganados por dados errados ou deturpados. Nem sempre podemos explicar o que está errado com estes argumentos e conclusões. Mas, mesmo assim, podemos com confiança rejeitar essas coisas que contradizem o Credo Apostólico, porque sabemos que o credo é fiel às Escrituras.

É claro que nós não queremos elevar o Credo Apostólico, nem a qualquer documento ou declaração de nossa fé no mesmo nível das Escrituras. Somente a Bíblia é absolutamente indiscutível. Até mesmo os artigos de fé no Credo Apostólico deveriam ser rejeitados se eles contradissessem a Bíblia. Mas, o Credo Apostólico tem resistido às provas do tempo desde os primeiros séculos da igreja. Ele tem demonstrado, reiteradas vezes, ser uma representação fiel das doutrinas da Bíblia. Devemos nos sentir confiantes em usar o Credo Apostólico como um padrão para julgar muitas doutrinas que encontramos no mundo moderno.

Tendo considerado a forma como o Credo Apostólico serve como um padrão doutrinário útil estamos prontos para falar acerca de outro dos seus aspectos fundamentais: seu uso como base lógica de outros pontos de vista teológicos.

Base Lógica

A relação lógica entre as idéias é similar à relação entre um rio e sua nascente ou fonte. Logicamente as idéias básicas são como a nascente do rio. Eles são as fontes de outras idéias. As idéias dependentes são como o rio que naturalmente flui da nascente. Então, quando mencionamos que uma idéia serve como base lógica de outra, queremos dizer que podemos criar um argumento razoável que vem de uma idéia lógica básica para o estabelecimento de outras ideias lógicas dependentes. Por exemplo, o Credo Apostólico disse poucas coisas de forma explícita a respeito de Deus, o Pai. Simplesmente diz:

Creio em Deus Pai, Todo-PoderosoCriador dos céus e da terra.

Porém, essas doutrinas formam a base lógica de muitas outras coisas que cremos acerca do Pai. Por exemplo, sobre a base de que Deus é o criador do céu e da terra, nós também cremos, com toda razão, que Ele tem autoridade sobre o céu e a terra, e que a criação original era boa, e que podemos aprender coisas acerca de Deus ao contemplar a criação.

Podemos ilustrar o valor de doutrinas básicas lógicas ao olhar uma árvore. Podemos pensar que o terreno é a Escritura, com a árvore da teologia saindo dela. O tronco da árvore, e seus grandes ramos, representam as doutrinas mais básicas. Estas estão baseadas e são dependentes somente da Escritura. Mas, como os grandes ramos têm divisões de ramos menores, isso mostra crenças que fluem dos grandes ramos. Se contemplamos as folhas nas árvores, observaremos que elas dependem dos ramos pequenos. Quando imaginamos isso dessa forma, o valor de começar com o Credo Apostólico se torna óbvio. Nós necessitamos aprender primeiro as grandes doutrinas, para dar forma à árvore e ter estas firmemente enraizadas nas Escrituras.

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Isso nos ajuda em duas coisas. Primeiro nos ajuda a ver a relação entre as várias diferentes crenças em nossos sistemas teológicos. E, segundo, nos ajuda a pensar em doutrinas remotas da Escritura de maneira que nos ajude a harmonizar estas ideias menos centrais com nossas crenças fundamentais.

As doutrinas do Credo Apostólico cristalizam a essência da verdade cristã. O Credo Apostólico realmente provem do século segundo, tomou diferentes formas no século segundo, até que finalmente tomou a forma na qual o conhecemos. Ali encontramos a Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Também aparece a doutrina da encarnação e expiação, também a ressurreição triunfante e a segunda vinda de Jesus Cristo. No Credo se encontra o perdão dos pecados. Aparece a realidade da Igreja como a comunhão daqueles que nasceram de novo. E penso que não pode haver outra coisa mais saudável em qualquer igreja que estudar e meditar sobre as palavras do Credo Apostólico e ressaltar suas doutrinas.

Dr. J. I. Packer.

Agora que observamos a importância do Credo Apostólico em termos de sua natureza fundamental, estamos prontos para descrever a afirmação universal de seus ensinos.

UNIVERSAL

Uma forma pela qual podemos julgar a veracidade de fatos é verificando o que as testemunhas têm a dizer. Quanto maior a quantidade de testemunhas que mencionem a veracidade de uma idéia, é mais provável que acreditemos nela. Isso também se aplica na teologia. À medida que tratamos de determinar o que devemos crer, isso nos ajuda a conhecer o que as pessoas através da história creram, assim como o que as pessoas no mundo moderno crêem. E quando observamos o Credo Apostólico, suas declarações doutrinárias foram afirmadas pela maioria dos cristãos em muitos lugares.

Exploraremos a natureza universal dos artigos de fé no Credo Apostólico em três períodos históricos. Primeiro, observaremos que estes ensinos estão baseados no Novo Testamento. Segundo, veremos que os artigos de fé têm sido afirmados pela maioria dos cristãos através da história da igreja. Terceiro, focaremos nas maneiras em que os artigos de fé continuam caracterizando a igreja no presente. Começaremos com o Novo Testamento e sua consistente afirmação dessas doutrinas.

Novo Testamento

Desde o começo da igreja, tem havido divergências acerca dos ensinos de Cristo e dos apóstolos. Algumas dessas divergências surgiram fora da igreja, enquanto outros surgiram dentro. Por exemplo, Paulo freqüentemente escreveu contra os judeus cristãos que exigiam que os gentios que se convertiam tinham que ser circuncidados, como aparece em Gálatas capítulo 5. E em 2 Pedro capítulo 2, Pedro advertiu que haveria falsos mestres na igreja. O Novo Testamento está cheio de exemplos de Jesus e seus apóstolos corrigindo idéias equivocadas de várias pessoas.

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Os erros na igreja são perigosos quando crenças cruciais estão em jogo. Esta é a razão pela qual Jesus e os autores do Novo Testamento estavam tão interessados em corrigir erros em pontos fundamentais da teologia. Algo realmente notável é que quando eles ofereciam correções, também estavam inteiramente de acordo uns com os outros. Apesar de muitos falsos ensinos que existiam na igreja nesse tempo, o Novo Testamento exibe uma unidade doutrinária impecável.

O fato de que a igreja estabeleceu um cânon - processo que levou séculos para ser feito, não foi algo rápido – indica que no julgamento que a igreja fez havia um cerne de unidade. Esta não é uma consideração que podemos deixar passar facilmente, este é o julgamento que os estudiosos dentro da igreja têm usado nos últimos 2000 anos. Sem dúvida, embora, nós possamos falar acerca do núcleo de unidade dentro dos documentos do Novo Testamento, temos de reconhecer que existem diferenças de perspectivas dentro deles. Penso que a questão é que as diferenças de perspectivas não contradizem afirmações doutrinárias. Pode haver diferentes perspectivas, diferentes ênfases, diferentes formas de falar acerca da realidade, diferentes aspectos da realidade. Porém em minha opinião, ao menos, não há gritante contradição entre os diversos livros do Novo Testamento.

Dr. David Bauer.

À luz dessa unidade, que o Novo Testamento afirma os artigos de fé listados no Credo Apostólico, é justo dizer que o faz universalmente. Argumenta consistentemente a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, enquanto ao mesmo tempo insiste que só há um único Deus. Os Evangelhos apresentam os fatos na vida de Cristo como concepção, nascimento, vida, ministério, morte, ressurreição e ascensão. E os livros do Novo Testamento em sua totalidade apóiam as declarações do credo acerca da igreja e da salvação.

Havendo observado o Novo Testamento, agora veremos como estas crenças caracterizam universalmente o cristianismo através da história da igreja.

História da Igreja

Assim como na igreja do Novo Testamento, a igreja em séculos posteriores exibiu uma variedade de teologias. Em questões menores, havia pouca unidade. Mas, as doutrinas centrais, tais como os artigos de fé no Credo Apostólico, foram recebidas e afirmadas quase universalmente. Nos casos onde estas crenças fundamentais foram rejeitadas, a igreja e a história têm os dissidentes como cismáticos e falsos mestres.

Como um exemplo, considere os eventos do quarto século d.C. As primeiras versões do Credo Apostólico já estavam em uso neste tempo. Neste ponto da história, diversas heresias surgiram de tal forma que a igreja teve de resolvê-las em concílios. Alguns destes foram concílios locais, mas outros chegaram a ser considerados ecumênicos devido ao fato de que incluíam bispos da maior parte da igreja em todo mundo. Por exemplo, o Concílio de Nicéia no ano 325 d.C. e o Concílio de Constantinopla no ano de 381 d.C. foram concílios ecumênicos que se ocuparam de coisas relacionadas com vários dos artigos de fé do Credo Apostólico.

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O moderno Credo Niceno foi originalmente redigido no Concílio de Nicéia no ano 325 d.C. e tomou sua forma moderna durante o Concílio de Constantinopla no ano 381 d.C. É em grande parte uma expansão e explicação do Credo Apostólico, com a intenção de esclarecer diversas idéias para negar falsas interpretações do credo.

Por exemplo, a heresia conhecida como Gnosticismo ensinava que o Deus da Bíblia que havia criado o mundo havia sido criado por outro Deus. Heresias como o Gnosticismo não haviam sido condenadas explicitamente pelo Credo Apostólico, por isso, o Credo Niceno agregou uma linguagem para fazer com que o Credo Apostólico ficasse mais claro.

Especificamente, onde o Credo Apostólico afirma: Creio em Deus Pai Todo Poderoso, criador do céu e da terra, o Credo Niceno oferece uma afirmação mais estendida: Cremos em um só Deus Pai Todo Poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Observemos quatro coisas importantes aqui.

Primeiro, o Credo Niceno está baseado no Credo Apostólico. Ao basear seu próprio credo no Credo Apostólico, o concílio ecumênico de Nicéia demonstrava que a igreja universal afirmava o Credo Apostólico.

Segundo, o Credo Niceno começa com a palavra Cremos no plural em lugar do singular, creio. Enquanto o Credo Apostólico foi feito para a profissão de fé individual no batismo, o Credo Niceno foi uma declaração de que a igreja universal e coletivamente aprovava essas mesmas doutrinas.

Terceiro, o Credo Niceno oferecia um esclarecimento ao acrescentar as palavras um só antes de Deus. Isto torna explicito que o Credo Apostólico tinha implícito: só há um único Deus.

Quarto, o Credo Niceno oferecia o esclarecimento de que Deus criou tudo, incluindo as coisas invisíveis como os espíritos. Isto mostrava claramente que Deus não havia sido criado. Novamente, este ponto estava implícito no Credo Apostólico, dessa forma o Credo Niceno só estava esclarecendo o ponto em questão.

Este tipo de afirmação e esclarecimentos continuou sendo usado por outros concílios e teólogos através dos séculos. Algumas vezes, as decisões dos concílios não foram aceitas por todas as igrejas. Um concílio poderia condenar os pontos de vista de algumas igrejas; outro concílio poderia condenar os pontos de vista de outras igrejas. Mas na maioria dos casos, as igrejas de ambos os lados da controvérsia continuaram afirmando os princípios do Credo Apostólico.

Por essa razão, o Credo Apostólico tem sido visto comumente como a mais básica e ecumênica declaração da fé cristã. Somente o Credo Niceno se aproxima do Credo Apostólico em termos de aceitação ecumênica através da história. Mas o Credo Niceno não é tão básico como o Credo Apostólico. Ele inclui diversas declarações teológicas que inclusive, alguns teólogos têm entendido mal. É por isso que temos escolhido o Credo Apostólico como o fundamento para este estudo dos princípios centrais da fé cristã.

Até agora, indicamos o consenso universal do Novo Testamento com o Credo Apostólico e também temos mencionado a aceitação de suas doutrinas através da história da igreja. Agora estamos prontos para falar do presente, observando que estas mesmas crenças seguem caracterizando a igreja cristã.

História da Igreja

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Em cada era, falsos profetas têm negado as crenças básicas que a igreja tem mantido por séculos. No mundo moderno, seitas como as Testemunhas de Jeová e os Mórmons consideram a si mesmos cristãos porque aceitam a Bíblia e procuram seguir a Cristo de certa maneira. Mas, eles não são realmente cristãos porque negam crenças básicas que tem definido as fronteiras do Cristianismo por dois mil anos – crenças que podem ser encontradas nos artigos de fé do Credo Apostólico. Mesmo algumas igrejas que não são reconhecidas como seitas negam ensinos básicos similares, assim como também o fazem certos mestres dentro de algumas igrejas cristãs.

Mas, se tantas pessoas rejeitam as doutrinas enumeradas no Credo Apostólico como podemos dizer que o Credo caracteriza universalmente a igreja de hoje? Bem, a resposta tem duas partes.

Por um lado, a vasta maioria de igrejas que declaram ser cristãs afirma estas doutrinas. Estas são ensinadas e cridas por Protestantes conservadores em todas as denominações, incluindo Batistas, Metodistas, Luteranos, Anglicanos, Presbiterianos, etc. Eles também são afirmados por igrejas não protestantes, tais como a Igreja Católica Romana e as Igrejas Ortodoxas Orientais.

Além disso, as igrejas que negam estas doutrinas provavelmente não deveriam ser chamadas “cristãs”. Embora que talvez aprovem a Bíblia e afirmem que seguem a Cristo, elas realmente não adotam os ensinos da Escritura ou da história que a igreja tem ensinado. Devido a isso, não podem se considerados cristãos genuínos.

Quando se pensa sobre a importância das doutrinas que estão expressas no Credo Apostólico, por exemplo, elas são absolutamente essenciais para a vida da igreja, nosso entendimento da natureza do Evangelho e o entendimento de nossa própria salvação em Cristo. Por exemplo, o Credo anuncia a natureza trina de Deus. Deus é Pai, Deus é Filho e Deus é Espírito Santo. Então, se assumimos ser cristãos, não podemos fingir que a doutrina da Trindade é simplesmente um adorno ou algo extra sem importância em nossa fé. Ao contrário, a doutrina da Trindade é uma declaração sobre quem Deus, em essência, na verdade é.

Dr. Steve Blakemore

Eu diria que as doutrinas no Credo Apostólico são essenciais para o Cristianismo. Na verdade, se afastarmo-nos delas, nos afastaremos da fé cristã histórica. Esta é a experiência da igreja primitiva ao descobrir que a Bíblia podia ser interpretada de muitas maneiras, eles disseram: esta é a forma correta. É como as vias do trem, esta é a via correta para interpretar a Bíblia e se tomarmos outro caminho nos afastamos da fé cristã essencial. O Credo Apostólico define a natureza essencial de uma autêntica fé bíblica.

Dr. Pete Walker

Dado que o resumo das crenças que temos no Credo Apostólico é tão fundamental e universal, estas crenças exerceram uma influência unificadora entre os

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crentes. Isto é particularmente valioso no dia de hoje devido a que existe muita divisão na igreja moderna.

UNIFICADORA

Talvez você tenha conhecido cristãos sinceros que resistem a aprender teologia porque estão convencidos de que a doutrina serve somente para dividir os cristãos. Eles propagam esta resistência à teologia formal com slogans como: “Jesus nos une, mas a doutrina nos divide”. Há algo de verdade neste posicionamento. Os cristãos ao longo dos anos têm se separado, condenado uns aos outros, se perseguem e até têm feito guerras sobre questões doutrinárias. Ainda assim, o Novo Testamento segue animando à igreja a esforçar-se para ter unidade doutrinária.

Por exemplo, em Efésios capítulo 4, versículos 11 a 13 lemos o seguinte:

E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

Nesta passagem, Paulo refere-se à igreja como o corpo de Cristo. Ele indicou que a igreja não pode alcançar a maturidade em Cristo até que seja unida pela fé e pelo conhecimento. Por esta razão a unidade doutrinária deve ser a meta de cada cristão.

É claro que muitos outros aspectos de nossa vida cristã devem influenciar nosso estudo da doutrina. Necessitamos fazer coisas como amar a Deus e a nosso próximo, buscar a santidade, descansar no poder do Espírito Santo, meditar acerca de Deus e de Sua Palavra. Quando simplesmente focamos a doutrina e ignoramos outras coisas importantes, muitas vezes tendemos a nos desviar. O apóstolo Paulo nos adverte em 1 Coríntios capítulo 13, versículo 2:

Ainda que eu... conheça todos os mistérios e toda a ciência; ...se não tiver amor, nada serei.

Como este versículo e muitos outros indicam, o obter conhecimento teológico é importante, mas não é a principal meta da fé cristã.

Uma das formas mais efetivas de evitar as conseqüências destrutivas da controvérsia teológica é nos deleitarmos na unidade doutrinária que compartilhamos com todos os seguidores de Cristo em todo o mundo. Quando fazemos uma análise das nossas preocupações pelos detalhes da teologia com uma real preocupação com a unidade, a doutrina nos unirá em vez de nos dividir.

A igreja de Jesus Cristo hoje está preocupada com a unidade. Nós temos muitas denominações e diferentes pontos de vista sobre o Espírito Santo, sobre a situação das mulheres, sobre o batismo. Ainda assim parece que no século 21 estamos mais preocupados em nos unir com base na ação,

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alcançando o mundo, do que em estar unidos com base na verdade. É muito interessante que nosso Senhor Jesus Cristo e o apóstolo Paulo, quando pensavam em unidade (me refiro a João capítulo 17 e Efésios capítulo 4) pensavam na unidade que obtemos porque temos um só Deus, um só Senhor, um só Espírito, uma só fé, um só batismo. São essas verdades, ou corpo de verdade que cremos que precisam ser o fundamento da nossa unidade em Cristo

Dr. Samuel Ling

Em todo o mundo há centenas de milhões de verdadeiros seguidores de Cristo que se mantém firmemente comprometidos com os ensinos centrais da Bíblia expressas no Credo Apostólico. De fato, neste momento, inumeráveis cristãos sofrem perseguição e martírio por estarem comprometidos com estas verdades. Talvez eles não concordem conosco sobre algumas questões teológicas. De fato, talvez eles discordem fortemente dos pontos de vista que você e eu sustentamos. Porém apesar de nossas diferenças, nos mantemos juntos no que o Credo diz acerca de Deus, da igreja e da salvação. Lembremos da oração de Jesus pela igreja:

... a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.

Observemos que Jesus disse que a unidade da igreja era a prova de que Ele havia sido enviado pelo Pai. Quando nos mantemos ombro a ombro com outros seguidores de Cristo, destacando o que temos em comum teologicamente, nós testificamos que o Evangelho é a verdade e isto dá poder ao nosso evangelismo.

Havendo definido o Evangelho e chegado a um acordo sobre a base comum do Evangelho, a forma na qual podemos buscar a unidade e a verdade é está tão comprometido na unidade que temos no Evangelho, que buscaremos essa unidade uns com os outros na vida e no ministério, de tal maneira que não renunciemos as nossas convicções da verdade. Ao contrário, de fato, celebramos essas áreas nas quais diferimos uns dos outros. Diferimos com respeito. Diferimos inteligentemente. Diferimos em amor, mas buscamos coisas nas quais possamos ter gozo mútuo, num nível de verdade e convicção. Celebramos essas coisas até certo ponto para que a unidade seja desfrutada e para que possamos ter diferenças legítimas e conscientes em outras áreas de nossas convicções teológicas.

Dr. J. Ligon Duncan III

O Credo Apostólico pode ajudar os cristãos de todas as partes a diferenciar entre as crenças essenciais e as crenças que são de importância secundária. À medida que enfatizamos o credo em nossas vidas pessoais e na vida corporativa da igreja, nós descobrimos que a teologia não necessariamente nos divide. Ao contrário, nos descobriremos unidos com outros fiéis servos de Cristo, e, portanto, cumpriremos a visão de Cristo para a igreja.

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CONCLUSÃO

Nesta lição, ao introduzir os artigos de fé no Credo Apostólico mencionamos a história do credo em termos de seu desenvolvimento e propósito. Providenciamos uma perspectiva geral de suas doutrinas sobre Deus, a igreja e a salvação. Mencionamos a importância desses artigos de fé em termos de sua natureza fundamental, universal e unificadora.

O Credo Apostólico é um documento histórico extremamente importante que sintetiza as crenças centrais cristãs por centenas e centenas de anos. Ainda hoje continua oferecendo um ponto de partida unificado para os teólogos cristãos de cada denominação. Nas lições que seguem nessa série, exploraremos os artigos de fé do Credo Apostólico com maiores detalhes, observando como representam as verdades da Escritura que unificam o ensino cristão em todo o mundo.

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