“PASTORAL DO DÍZIMO”

MARILÂNDIA DO SUL-PR

A Bíblia é o melhor manual de educação.

O melhor livro de formação das pessoas. Deus tem muitos jeitos

de nos educar e muitas maneiras de formar o seu povo.

O dízimo é um modo bonito de nos fazer compreensivos com os outros. É uma maneira de nos ajudar a ser delicados com Deus e agradecidos a ele. O dízimo existe ANTES DA LEI e DEPOIS DA LEI.

DÍZIMO – GESTO DE FÉQuem tem fé em Deus entende o que

significa o dízimo e começa a oferecê-lo à comunidade. Porque a Bíblia diz que Deus é o Criador e Senhor de tudo. O homem foi chamado a ser o administrador dos bens criados por Deus. Ele não é o proprietário dos bens, é apenas administrador. Quem se dá conta de que nós somos apenas administradores, começa a entender o significado verdadeiro do dízimo e das ofertas. É um gesto de fé e de gratidão a Deus. Ele reconhece o direito de Deus de solicitar que parte dos bens que Ele nos dá seja oferecida para o serviço da Comunidade.

Dízimo é Partilha! Partilhar não é dar o que

sobra. Partilhar é dar o que o outro

precisa.

O DÍZIMO É UMA EXPERIÊNCIA PROFUNDA DO MISTÉRIO DE DEUS

A Pastoral do Dízimo é algo querido por Deus desde o princípio, caso contrário Deus não teria revelado a nós pela Bíblia.  A criação seria respeitada se todos soubessem valorizar o que é de Deus. Quem respeita a criação de Deus é fiel não só no seu dízimo, mas é fiel em tudo o que Deus fez. Dízimo é um remédio contra a ganância que destrói o que Deus fez.

O dízimo não é só dinheiro: é atenção, carinho, amor, alegria, companhia, enfim, tudo que pode ser dado para alguém. É deixar de pensar somente em si mesmo e reconhecer no outro o irmão. É o primeiro passo para amar o próximo como a si mesmo.

Quem acredita que Dízimo só se refere a dinheiro muito se engana. E, como é óbvio, e como está escrito, o Dízimo deve ser dado a quem não tem, aos pequeninos, e não pode ser utilizado para outra finalidade, seja ela qual for: deve ser integralmente cedido a quem necessita, cumprindo assim a sua sagrada finalidade.

Para quem nada tem o seu Dízimo é a diferença entre a vida e a morte. É isso mesmo: o que não faz falta para você significa a vida ou a morte do seu semelhante. Existe solução para a humanidade, e depende de cada um de nós. Isso mesmo: depende de você!

O QUE É O DÍZIMO    

A palavra dízimo é de origem hebraica que significa a décima parte. de cada 100 coisas, eu separo dez. De cada 100 sacos de feijão, ou de cada 100 cabeças de gado, ou de cada 100 Reais, eu separo dez. A décima parte das rendas consagradas ao Senhor. É o chamado dízimo.

          A Bíblia pede estes dez por cento. Deus exige com firmeza esta doação para a comunidade. A Igreja Católica, no Brasil, vendo as necessidades do povo, pede que cada um dê de acordo com seu coração, de acordo com sua consciência. Quem pode dar os dez por cento, deve dar. Quem vai sentir falta, que dê menos. Por princípio, deve-se dar os 10 por cento.

     Dízimo não é pagamento. Não é imposto. Não é taxa. É gesto livre de gratidão. Não é esmola. Nem oferta. Dízimo é ato de fé em Deus e de confiança na Comunidade.

Ao lermos a Bíblia com atenção verificamos que desde os tempos antigos havia esta prática. Abraão ao regressar da vitória alcançada sobre os reis confederados, deu a Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus, o dízimo de tudo o que possuía, como um reconhecimento de Suas bênçãos e como sinal de sua fidelidade a Ele. (Gênesis 14:20 e Hebreus 7: 1-2.)

Outro caso registrado pela Bíblia quanto a prática do dízimo está na pessoa de Jacó, que prometeu oferecer ao Senhor o dízimo de todas as coisas que lhe concedesse (Gênesis 28:22).

Podemos concluir que o dízimo é uma entrega ao Senhor, da décima parte daquilo que recebemos como renda, como forma de gratidão, por tudo o que temos alcançado aqui na Terra e junto disto cooperarmos para a expansão da Igreja no que diz respeito a seus investimentos.

DÍZIMO E OFERTA

Em Levítico 27: 30-32, podemos ler que “Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor.”

Desta forma, o dízimo é a devolução do que pertence a Deus, pois é propriedade do Senhor que estava sob nossa tutela. Se devolvemos o que pertence a Deus, o que nos sobra é nosso por obra e graça de Deus e podemos fazer uso conforme nossas necessidades.

No entanto, a nossa generosidade cristã nos impulsiona muitas vezes a compartilhar com nossa comunidade parte do que é nosso. Esta contribuição feita a partir do que nos pertence, após devolver o que pertence a Deus, é uma oferta. Portanto, o Dízimo não nos pertence, pertence a Deus e por isso Lhe deve ser devolvido. Já a oferta é compartilhar parte do que é nosso por direito e, portanto, é expressão de generosidade para com os irmãos e amor e gratidão a Deus por tudo que Dele recebemos. Dízimo e oferta não são a mesma coisa: DÍZIMO é um compromisso assumido com a comunidade; é um direito e um dever que leva a uma contribuição regular e estável através da qual a paróquia se mantém. A OFERTA, por sua vez, é um gesto espontâneo, dado quando possível e sem a necessidade de uma quantia estável. Ambos – dízimo e oferta – se complementam e são a base de sustentação de uma comunidade organizada e evangelizadora.

Tanto o dízimo quanto a oferta devem ser medidos conforme o coração, porque o coração tem a medida do amor e da justiça, da abundância e nunca da miséria. E desta forma todos são beneficiados em dizimar e ofertar, e em permanecer nesta prática abençoadora.

Coleta e Esmola“A Macedônia e Acaía resolveram fazer uma coleta em favor dos cristãos pobres da comunidade de Jerusalém”.

Rom. 15,26 e I Cor. 16,1-2

“Vendam os seus bens e dêem o dinheiro em esmola. Façam bolsas que não envelhecem, um tesouro que não perde o seu valor no céu; lá o ladrão não chega, nem a traça rói”.

Lucas 12, 33

Herança aos filhos de Levi“Aos filhos de Levi dou como herança todos os dízimos recolhidos em Israel, para pagar os serviços que me prestam na tenda da reunião. Por essa razão, eu dou aos levitas como herança os dízimos que os filhos de Israel reservam para Javé. Por isso eu lhes disse que não receberão herança no meio dos filhos de Israel. “

(números 18:21,24)

Normas para comer o Dízimo

“Você não poderá comer, em suas cidades, o

dízimo do trigo, do vinho novo e do óleo, nem os primogênitos de suas vacas e ovelhas, nem coisa alguma dos sacrifícios votivos que você tiver prometido, nem dos sacrifícios espontâneos, nem das ofertas voluntárias. Você os comerá diante de Javé seu Deus, somente no lugar que Javé seu Deus tiver escolhido, junto com seu filho e sua filha, seu servo e sua serva, e com o levita que vive em sua cidade. Por todo o sucesso de suas tarefas, você fará uma festa, diante de Javé seu Deus”.

(Deut. 12, 17-19)

Toda a produção da natureza é dom de Javé. Para manter viva essa consciência

da gratuidade e evitar o espírito de posse, o povo oferecerá o dízimo. Tudo é

consumido num grande sacrifício de comunhão, onde todos se alegram

repartindo entre si os dons que receberam.

(Deut. 14,22-27)

O Dízimo é oração a Deus, e o verdadeiro culto que Javé quer é a justiça, que se torna concreta na partilha dos bens. O culto se torna uma grande instrução, pois ensina o povo a formar uma sociedade onde todos tenham acesso aos bens da vida.

(Deut. 26, 12-15)

O Rei ordenou aos habitantes de Jerusalém que dessem a parte dos sacerdotes e levitas, para que eles pudessem dedicar-se à Lei de Javé. Logo que a ordem foi transmitida, os israelitas forneceram com abundância os primeiros frutos do trigo, do vinho, do óleo, do mel e de todos os produtos do campo. E entregaram fartamente o dízimo de tudo. Os israelitas e judaítas que moravam nas cidades de Judá levaram também o dízimo dos bois e ovelhas. Fizeram montes com o dízimo das coisas consagradas a Javé, seu Deus.

(2 Cron. 31,4-6)

“nós nos comprometemos também a levar para o Templo de Javé, todos os anos, os primeiros frutos de nossas lavouras, os primeiros frutos de todas as árvores frutíferas, e os primogênitos de nossos filhos e rebanhos, conforme está escrito na Lei; e a entregar aos sacerdotes, que servem no Templo, os primogênitos de nossos rebanhos graúdos e miúdos”

(Neemias 10,33-40)

Dízimo injusto não agrada a Deus!

Apesar de estarem praticando a idolatria, os israelitas continuavam na prática dos rituais levítico. Amós ironiza o zelo de alguns israelitas com relação as práticas cerimoniais, enquanto desprezavam princípios elementares da lei de Deus.

Amós 4:4.

“Pode um homem enganar a Deus? Pois vocês me enganaram! Vocês perguntam: “Em que te enganamos?” No dízimo e na contribuição.“

(Malaquias 3, 8)

“Vocês estão ameaçados de maldição, e mesmo assim estão me enganando, vocês e a nação inteira”!

(Malaquias 3, 9)

Quando o Senhor Deus fala, “vós me enganais” – Ele está dizendo que todo ser humano tenta engana-lo! Por que Deus fala dessa maneira? Ele fala porque tudo que o homem construiu foi dado por Ele, sendo que o próprio ser humano é criação dEle, portanto, a vida que o ser humano tem foi Deus quem deu. Os bens e rendimentos que o ser humano tem é conseguido com a ajuda de Deus, pois sem Ele nada se consegue, sendo essa razão em que Deus fala que toda nação engana a ele quando não se entrega o dízimo.

“Tragam o dízimo completo para o cofre do Templo, para que haja alimento em meu Templo”.

(Malaquias 3, 10a)

Muitos tem deixado o dízimo em Supermercados, lojas, farmácias, etc. Por que isso acontece? Acontece porque fecha-se as mãos para a obra do Senhor e não há esforço para dizimar ou para ofertar.

“Façam essa experiência comigo – diz

Javé dos exércitos”.

(Malaquias 3, 10b)

O Senhor nos manda trazermos todos os dízimos à casa do tesouro, ou seja, à sua casa dEle que é as Igrejas. Diz ainda que, trazendo o dízimo haverá mantimentos na sua casa e, que depois possamos fazer prova dEle.

“Vocês hão de ver, então, se não abro as

comportas do céu,

se não derramo sobre vocês as minhas bênçãos de fartura”.

(Malaquias 3, 10c)

Jesus criticou e condenou a atitude dos judeus escribas e fariseus, que dizimavam

até o cominho e não ofertava o seu amor ao

próximo negligenciando os mandamentos divinos,

enquanto zelosamente aplicavam a lei do dízimo. Jesus colocou o dízimo abaixo da justiça, da misericórdia e da fidelidade,  mas não o eliminou, quando disse que primeiro  deveriam ser cumpridos os três preceitos citados, sem no entanto esquecer  o dízimo.

(Mateus 23, 23 e Lucas 11, 42)

Aqui o fariseu orgulhoso clamaque dá um dízimo de tudo que recebe,

não apenas do que produz!

”Dois homens subiram ao Templo para rezar; um era fariseu, o outro era cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava assim no seu íntimo: “Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos. Eu faço jejum duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda”. O cobrador de impostos ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: “Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!”

Jesus não rejeita o Dízimo mas diz que ele deve ser um gesto verdadeiro. Pagar o dízimo, sem viver a justiça e a caridade, é hipocrisia.

O dízimo, pago sem fé e compromisso, não tem valor.

(Lc 18, 10-12)

Melquisedec – Rei de Justiça “....Segundo a lei de Moisés, os descendentes

de Levi, que se tornam sacerdotes, devem cobrar o dízimo do povo, isto é, dos seus irmãos, embora estes também sejam descendentes de Abraão....”

HEBREUS 7,1-9

Algumas pessoas da tribo de Levi (levitas), legalmente, tinham o direito de “recolher” os dízimos do povo. Essa ordem se estendia somente ao povo judeu (seus irmãos).

Quem tinha ordem segundo a lei, de tomar os dízimos? Os levitas. Quem devia dar os dízimos? Os judeus, seus irmãos.

O operário é digno de seu salário!

“Permaneçam nessa mesma casa, comam e bebam do que tiverem,

porque o trabalhador merece o seu salário”.

Para Jesus, o evangelizador é digno do seu salário.

Lucas 10,2-10

Para transformar a sociedade, a comunidade precisa ser coerente e viver a fraternidade e a partilha. Ser cristão não admite mediocridade. A Bíblia registra um caso famoso, o do casal Ananias e Safira, que fingiu que estava partilhando seus bens e por isso foi castigado, eles foram castigados não pelo valor que ofereceram, mas porque tentaram enganar sobre o valor.

Deus, de quem nada podemos esconder, vê o que Ananias e Safira deu não representa os 10%.

Atos 5, 1-11

Deus ama quem dá com alegria. Aos generosos Deus promete que não lhe faltará o necessário. Esta é uma atitude de

confiança na Providência Divina. Cada um que dá

as suas ofertas com alegria, é co-participante

da obra do Senhor, construída com aquela oferta.

A escolha fundamental!

“Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam. De fato, onde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração”.

Mateus 6, 19-21

“Com efeito, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que um homem pode dar em troca da sua vida?”

Mateus 16, 26

E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. E o homem pensou: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores; e neles vou guardar todo o meu trigo, junto com meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: meu caro, você possui um bom estoque, uma reserva para muitos anos; descanse, coma e beba, alegre-se! Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Nesta mesma noite você vai ter que devolver a sua vida. E as coisas que você preparou, para quem vâo ficar?’ Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para Deus”.

Mateus 12, 16-21

“O Reino do Céu é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra, e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens, e compra esse campo. O Reino do Céu é também como um comprador que procura pérolas preciosas. Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens, e compra essa pérola”.

Mateus 13, 44-46

Recordando.....DÍZIMO DOM MARAVILHOSO!

• Dar dízimo não é meter a mão no bolso e sacar dinheiro. Dízimo é colocar antes a mão no coração e sentir na gratidão o pulsar do Amor de Deus.

• Quem se torna dizimista venceu a barreira do egoísmo. • Ser dizimista é reconhecer que tudo pertence a Deus, que somos de

Deus. Por amor e gratidão devolvemos o dízimo como ato de obediência.• Dar o dízimo e a oferta é semente abençoada que dará muitos frutos

espirituais e materiais para a nossa vida.• Devolver o dízimo, dar a oferta, é colocar-se no altar, é ser oferecido no

Pão e no Vinho, e com eles sermos consagrados a Deus.• Ser dizimistas é colocar ferramentas nas mãos do padre para realizar na

comunidade o Plano de Amor de Deus, em comunidade, na comunidade.• Dinheiro e Dízimo não são a mesma coisa. Para dar dinheiro, basta tê-lo;

para dar dízimo é preciso ter fé, conscientizar-se, é participar é viver o compromisso de fidelidade e amor a Deus por meio da comunidade.

• Dízimo é Partilha! Partilhar não é dar o que sobra. Partilhar é dar o que o outro precisa.

Constate isso!Experimente!

A.Tatto.

O dízimo não é,

como muitos pensam, apenas para a manutenção dos padres. Deus é tão poderoso que conseguiria mantê-los sem a nossa ajuda. Ele é apenas um

símbolo, uma representação, uma demonstração de que sabemos quem governa nossa vida e a

mantém.

O dízimo educa as pessoas para viverem em comunidade.

Comunidade existe quando temos problemas comuns; quando todos

buscamos a solução comum destes problemas e quando todos alcançam um ideal comum: isto é, todos se dão

bem; todos se ajudam; todos se amam. Por isto Deus aprova e bate palmas para quem dá seu dízimo.