pasta de orações 2015 (1).pdf

Pasta de Oraes 2015

Proposta de orao para mais um ano de misso Pas. Que vos sirva a vocs chefes de orao, como base e como linhas orientadoras. Como dizia Sto. Incio trabalha como se tudo dependesse de ti, mas reza como se tudo dependesse de Deus. Ponhamo-nos j em mo de Deus Nosso Senhor. Confiemo-nos todos proteo de Maria, me de jesus e nossa me.

Contedo

Espiritualidade 2015 .............................................................................................................................................................. 3

Estrutura Diria de Orao ............................................................................................................................................... 13

Propostas dos dias .............................................................................................................................................................. 16

Dia 1 Um corao Distante ....................................................................................................................................... 16

Retiro ........................................................................................................................................................................... 16

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 19

Dia 2 Um corao Cego ........................................................................................................................................... 23

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 23

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 25

Dia 3 Um corao Livre ............................................................................................................................................. 28

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 28

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 29

Dia 4 Um corao Iluminado ................................................................................................................................... 31

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 31

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 32

Dia 5 Um corao Ardente....................................................................................................................................... 35

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 35

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 36

Dia 6 Um corao Missionrio .................................................................................................................................. 39

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 39

Orao da Noite ...................................................................................................................................................... 40

Dia 7 Um corao Enviado ....................................................................................................................................... 42

Orao da Manh ................................................................................................................................................... 42

Orao Final das Misses ........................................................................................................................................ 43

Viglia..................................................................................................................................................................................... 45

ANEXOS ................................................................................................................................................................................ 50

Entregar o dia atravs dos teros missionrios ......................................................................................................... 50

Corao Aberto ............................................................................................................................................................ 54

Boas experincias a fazer ............................................................................................................................................ 55

Me Peregrina ............................................................................................................................................................... 58

Pasta de Oraes Misso Pas 2015 + No te ardia o corao? + Pgina | 2

Carta aos chefes Lisboa, 22 de Novembro de 2014

Queridos chefes de orao, com uma enorme alegria que comeamos esta capa de

oraes por vos escrever esta carta que marca o primeiro passo do nosso caminho juntos.

Gostvamos de agradecer em primeiro lugar a entrega de cada um ao projeto da Misso Pas

2015. A Misso Pas vive essencialmente dessa vossa entrega e compromisso e por isso o nosso

muito obrigado.

Conquistamos a partir de agora o desafio para a espiritualidade de 2015. Como sabem o lema

que nos vai guiar durante a semana de misso deste ano ser a expresso dos discpulos de

Emas, no momento em que reconheceram Jesus no meio deles No te ardia o corao?

Lembrem-se que ao longo da semana e especialmente durantes as oraes, vocs, os chefes

de orao so os responsveis por levar os missionrios a Deus. Mas uma coisa muito importante:

aproveitem tambm vocs para rezar! Esta pode ser uma experincia incrvel a nvel espiritual

de encontro com Deus e com vocs prprios, se tambm vocs se deixarem guiar por Ele.

com esta mensagem que queremos comear esta carta.

Tm ainda assim, e sem vos querer assustar demasiado, uma enorme responsabilidade e

oportunidade. Tm a responsabilidade de, enquanto chefes de orao, fazer lembrar as vossas

misses que no estamos durante uma semana em Misso s por estar. Tm a responsabilidade

de relembrar os vossos missionrios que todas estas semanas de misses fazem sentido por uma

nica razo: porque somos chamados a amar o prximo. Tm a responsabilidade de fazer

com que os missionrios reconheam que toda esta semana e todo este amor est sustentado

numa s pessoa, e pessoa Deus. Se durante uma semana todos ns nos levantamos para ir

ajudar o nosso prximo ento porque o amamos, e nesse amor que Jesus se faz presente e

se torna mais fcil reconhece-lO. Aproveitem a oportunidade que temos de durante uma

semana experimentarmos esta presena to concreta de Deus.

As ltimas palavras voltam a ser dirigidas a vocs, chefes de orao. por Deus que fazemos

isto, s e exclusivamente. nele que vamos buscar as foras para levar a cabo esta misso que

j aceitmos. Portanto se as coisas correrem mal, se as coisas no estiverem a funcionar, se

tiverem preguia de comear lembrem-se s de uma coisa: esto a servir Jesus ao leva-lO a

cada um dos missionrios, e apenas esse pensamento ser suficiente para vos dar o nimo que

vos falta.

Aproveitem para estar com Jesus, nunca deixem que o stress ou a presso de fazer as coisas vos

distraiam.

Estejam atentos Sua presena em cada uma das vossas misses e reconheam-nO no arder

dos vossos coraes!

Constana Lbano Monteiro e Antnio Brando de Vasconcelos


Espiritualidade 2015

Antes de entrar em detalhe na estrutura de oraes dirias e dos seus

contedos importa dominar bem a espiritualidade, aquilo que se pretende

viver e transmitir, aquilo que sentimos ao longo destes meses que Deus nos

desafiava a reflectir neste tempo, enquanto jovens universitrios catlicos

missionrios!

Este documento divide-se em 5 partes (1) a parbola dos Discpulos de Emas

aprofundada (2) uma breve anlise do lema 2015 (3) o Esquema da

Espiritualidade e (4) uma Viso Geral da Espiritualidade concretizada pelos

dias (5) alguns pontos extras que so bons para acompanharem! Bom

trabalho!


Passagem

13 Nesse mesmo dia, dois dos discpulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emas,

que ficava a cerca de duas lguas de Jerusalm; 14 e conversavam entre si sobre tudo o

que acontecera. 15 Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o prprio

Jesus e ps-se com eles a caminho; 16 os seus olhos, porm, estavam impedidos de o

reconhecer.

17 Disse-lhes Ele: Que palavras so essas que trocais entre vs, enquanto caminhais?

Pararam entristecidos. 18 E um deles, chamado Clofas, respondeu: Tu s o nico

forasteiro em Jerusalm a ignorar o que l se passou nestes dias!

19 Perguntou-lhes Ele: Que foi?

Responderam-lhe: O que se refere a Jesus de Nazar, profeta poderoso em obras e

palavras diante de Deus e de todo o povo; 20 como os sumos-sacerdotes e os nossos

chefes o entregaram, para ser condenado morte e crucificado. 21 Ns espervamos que

fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, j l vai o terceiro dia desde que se

deram estas coisas. 22 verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram

perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada 23 e, no achando o seu corpo,

vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. 24 Ento, alguns

dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a

Ele, no o viram.

25 Jesus disse-lhes, ento: homens sem inteligncia e lentos de esprito para crer em

tudo quanto os profetas anunciaram! 26 No tinha o Messias de sofrer essas coisas para

entrar na sua glria? 27 E, comeando por Moiss e seguindo por todos os Profetas,

explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. 28 Ao chegarem perto

da aldeia para onde iam, fez meno de seguir para diante. 29 Os outros, porm, insistiam

com Ele, dizendo: Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia j est no ocaso.

Entrou para ficar com eles. 30 E, quando se ps mesa, tomou o po, pronunciou a

bno e, depois de o partir, entregou-lho. 31 Ento, os seus olhos abriram-se e

reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presena. 32 Disseram, ento, um ao

outro: No nos ardia o corao, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as

Escrituras?

33 Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalm e encontraram reunidos os

Onze e os seus companheiros, 34 que lhes disseram: Realmente o Senhor ressuscitou e

apareceu a Simo! 35 E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como

Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o po.

Os Discpulos de Emas Lc 24, 13-35


Servem os seguintes pontos de auxlio ao orador que far a apresentao

aprofundada do nosso lema, do Evangelho que lhe deu origem e da

espiritualidade da semana que vamos viver.

q Todos vimos de diferentes backgrounds, so distintas as nossas preocupaes, expectativas, medos, ambies, experincias, etc

Mas a partir deste momento, tendo ou no conscincia disso, somos

chamados a ser comunidade por uma semana. Isto significa que somos

confiados uns aos outros, que podemos e devemos, nesta semana,

responsabilizar-nos uns pelos outros, pela sua experincia missionria,

pelo seu crescimento e desenvolvimento. Queremos debruar-nos

agora naquilo que nos une como comunidade: a nossa mstica aquilo

que somos/queremos ser/que nos move; a nossa tarefa o que

vamos/queremos fazer!

q No te ardia o corao? o lema que vai acompanhar as Misses Universitrias de 2015. Um lema um guia, um orientador, uma luz para

uma determinada comunidade num momento especfico. Todos os

anos a Misso Pas escolhe um lema diferente, tentando descobrir a

Vontade de Deus para cada ano, ou seja, aquilo que Deus nos pede e

desafia especificamente em cada momento da histria. um exerccio

ambicioso e necessrio pois, ainda que o esprito das misses

permanea ao longo do tempo, acreditamos que em cada diferente

situao Deus nos desafia a reflectir e transmitir ideias que sejam

resposta s perguntas e necessidades das sociedades e dos tempos

que vivemos.

q "Dois dos discpulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emas Tudo comea com uma caminhada. A caminhada dos discpulos

tambm a nossa prpria caminhada. Comeamos a reflexo sobre este

Evangelho dos discpulos de Emas pondo-nos lado a lado com estes

dois caminhantes ao longo de toda a semana de misso. Dois

caminhantes que estavam a caminho de uma aldeia chamada Emas.


Ainda hoje e depois de muitos estudos no se consegue localizar

geograficamente Emas. Diz o Papa Bento XVI que esse

desconhecimento geogrfico faz todo o sentido porque podemos

interpretar Emas como todos aqueles stios para onde ns nos dirigimos.

Os discpulos caminhavam entristecidos e desanimados. Afinal aquele

Jesus que dissera ser Filho de Deus tinha sido violentamente humilhado e

morto, deixando-os mais uma vez sozinhos e espera do verdadeiro

Messias que haveria de vir. As esperanas levantadas tinham sido

deitadas por terra e nenhum deles o compreendia. Estavam confusos e

desamparados. O Cristo a quem conheciam e tinham seguido nos

ltimos tempos no estava agora mais com eles. Jerusalm, terra santa,

representa para ns a Igreja, lugar de encontro com Deus vivo. Ao

virarem costas a Jerusalm os discpulos esto como que a virar costas e

a abandonar a Igreja. No nosso dia-a-dia, este desalento e esta tristeza

tambm nos afectam, e exactamente pelas mesmas razes: no somos

capazes de encontrar Jesus nas coisas verdadeiramente boas que nos

acontecem e que vamos vivemos nas nossas vidas, nem sabemos ter

esperana e confiana nEle quando as coisas parecem no estar a

correr to bem. Muitas vezes em vez de permanecermos fiis junto

cruz, deixamo-nos levar pela falta de f presente nos nossos coraes e

voltamo-nos de costas a Deus e Igreja (nesta parbola representada

em Jerusalm).

q "Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o prprio Jesus e ps-se com eles a caminho" os seus olhos porm estavam impedidos de

o reconhecer.

Para onde quer que vamos Jesus aproxima-se sempre. Vem ao nosso

encontro e pe-se a caminho connosco. Lemos na parbola que Jesus

interpela os discpulos dizendo: que palavras so essas que trocais

enquanto caminhais?. No nos abandona e no nos deixa sozinhos.

Jesus vem ao concreto da nossa vida, da vida de cada um de ns. No

se deixa ficar apenas por uma abordagem superficial de quem apenas

se junta numa caminhada, mas mais do que isso fala-nos diretamente

ao corao dizendo: que palavras so essas que trocais entre vs?,

O que te inquieta? O que te faz estar longe de mim?.


Os discpulos mesmo tendo abandonado Jerusalm, cidade Santa e

smbolo da Igreja, so interpelados por Jesus com liberdade. Jesus no

se pe frente deles no caminho obrigando-os a voltar para atrs.

Aproxima-se e caminha lado a lado, assim como faz connosco: torna-se

presente nas nossas vidas atravs de amigos, famlia, como tambm

atravs da comunidade crist, das leituras ou da Igreja.

Ainda assim, os discpulos no foram capazes de o reconhecer. Muitas

vezes estamos impedidos ns tambm de reconhecer a presena de

Jesus nas nossas vidas porque no deixamos espao a que a graa de

Deus actue sobre ns. Se o nosso corao estiver fechado e duro e a

nossa mente toldada pela incompreenso, no seremos nunca

capazes de acolher a Cristo que sempre nos procura e vem ao nosso

encontro.

q Que foi?" Jesus mostra-se preocupado com o que se est a passar com os

discpulos. Jesus, j sabe o que se passa mas pede que os discpulos

falem com Ele, que Lhe expliquem a sua tristeza. Esta preocupao de

Jesus pelo nosso bem-estar transversal nossa vida. Jesus est sempre

ao nosso lado a perguntar o que que foi? O que que te preocupa?

Conta-me! Mesmo conhecendo o mais ntimo de cada um quer que

sejamos ns a contar de maneira sincera e humilde abrindo o nosso

corao ao Seu imensa Misericrdia. E a esta entrega das nossas vidas

num acto de pequenez chamamos orao. A orao a base da

nossa relao com Deus, o que nos aproxima verdadeiramente dEle.

Aproxima-nos da nossa identidade e aproxima-nos de Deus atravs da

Verdade presente nos nossos coraes.

q "Fez meno de seguir adiante Fica connosco Jesus acompanha-os durante a caminhada, explica-lhes muitas coisas,

torna-se presente no meio da sua tristeza, mas ainda assim quando

chega o fim do caminho que eles tinham previamente delimitado no

se impe e faz meno de seguir adiante. Pelo Seu amor, Jesus d

aos discpulos a liberdade de O quererem por perto ou de se afastarem

dEle. D-lhes um sinal de uma enorme confiana, como prova do Seu


amor, deixando ao critrio dos discpulos o expressar ou no do anseio

de continuarem na Sua presena. So os discpulos, por iniciativa

prpria os que pedem para que Jesus fique com eles, fica Connosco.

Tambm ns ao longo das nossas vidas devemos pedir a Jesus para que

fique. Devemos pr em prtica essa hospitalidade com Jesus. Embora

saibamos que estar sempre ao nosso lado, Jesus nunca se impe, (pois

isso seria anular-nos) e deixa em aberto o espao para um convite da

nossa parte a fim de O deixarmos entrar verdadeiramente nas nossas

vidas e nos nossos coraes.

q Ento, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no"

Os discpulos finalmente reconhecem Jesus. Muitas vezes tambm ns

demoramos a reconhecer Jesus nos vrios momentos da nossa vida. Por

muito que Ele tenha estado ali, mesmo ao nosso lado a caminhar e a

falar connosco no somos capazes de abrir o nosso corao e de O

vermos. Ao partir o po Jesus revela-Se aos dois discpulos que

caminhavam com ele. Ao entregar-se mais uma vez por eles/por ns,

Jesus d-se a conhecer a quem no o reconhecia. A partir desse

momento os discpulos viram em Jesus o mesmo Homem a quem tinham

seguido em Jerusalm; o mesmo Homem que lhes tinha falado ao

corao e lhes tinha mostrado a Verdade. A partir daquele instante os

discpulos viram em Jesus, aquele mesmo estranho que viera ao seu

encontro e caminhara com eles durante esse dia, o mesmo Homem

que tinha sido entregue e tinha morrido na cruz para os salvar.

q No nos ardia o corao quando Ele nos falava? Este o tema central desta pasta de orao. E porqu? Porque

quisemos identificar aquilo que todos acabamos por sentir quando

temos uma experincia forte com Deus. Numa semana de misses em

que se est rodeado de Amor, rodeado de Deus, impossvel ficarmos

indiferentes. Mais engraado pensar que essa no-indiferena se faz

sentir de maneira espiritual mas tambm, e isto que surpreendente,

de maneira completamente fsica. O que sentimos durante estes dias

comum a todos e s o constatar isso pode ser um passo importantssimo

para O sabermos reconhecer.


q Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalm H nesta frase um ponto-chave: o imediatamente. Aqueles discpulos

que tiveram medo poucas horas antes pois a noite vai caindo e o dia j

est no ocaso levantam-se agora sem medo da noite porque no fundo

sabem que no esto sozinhos a fazer aquele caminho. Sabem

tambm que aquela alegria e aquele arder de corao no pode

ficar s para eles e ento sem pensar duas vezes a sua nica inteno

passa a ser a de ir anunciar a todos o que se lhes tinha sido dado a

conhecer. Os discpulos voltam alegres depois de aquela tristeza inicial,

e essa alegria d-se no encontro com Jesus. Essa Alegria do Evangelho

de que o Papa Francisco tanto fala vivida e contada nesta passagem.

E o anunciar tambm o ltimo ponto a aprofundar. Depois de tudo

o que se passou os discpulos s tm uma preocupao: a de serem

mensageiros. Tambm ns devemos depois de uma experincia forte

de comunho com Deus sermos capazes de anunciar, mesmo que a

noite tenha cado e os perigos estejam presentes. De salientar tambm,

que os discpulos esto agora motivados e alegres para anunciar, mas

que pouco antes estavam desanimados e tristes, estavam frgeis. E isso

pode-nos acontecer a ns tambm. Escusamos de pensar que o

anunciar est reservado queles que no duvidam e que esto

permanentemente fortes espiritualmente. A verdade que por muito

tristes ou desanimados que possamos estar, a seguir a termos um

encontro com Jesus torna-se evidente que devemos ir contar esse

encontro s pessoas nossa volta.

Quando chegaram a Jerusalm e encontraram os Onze reunidos no

deram nenhuma notcia nova: afinal Jesus tambm j tinha aparecido

a Simo. Podemos pensar que chegaram tarde para dar a boa notcia,

mas no, esse testemunho recproco est na base da Igreja. A Igreja

(Jerusalm) o ponto de encontro que une todos aqueles que em

diferentes momentos esto a fazer o seu prprio Caminho.


Estudo do Lema

Primeiro de tudo quando estivemos procura de um lema, os grandes tpicos

orientadores que queramos que a Misso Pas tivesse referiam-se: num primeiro

aspecto alegria que sentimos neste encontro com Cristo, to importante nas

nossas vidas, e de que o Papa Francisco tantas vezes no recorda na sua

Exortao A Alegria do Evangelho; e um segundo ponto, inteiramente ligado,

que se refere a esse impulso missionrio que nos leva a incendiar coraes.

O lema deste ano tem uma passagem particularmente rica no que toca

profundidade de tudo o que a envolve Ainda assim o que ns pretendemos

que sejamos capazes de olhar para a passagem e entendamos o importante

que pode ser para uma semana de misses e o porqu de a termos escolhido.

A Misso Pas tem ao longo dos anos tentado mudar vidas das pessoas ou das

comunidades que visita e portanto a escolha do lema sempre o resultado de

um longo discernimento.

q Escolhemos o lema No te ardia o corao? porque achamos que ptimo e quase fundamental que a semana de misses seja um

caminho! Um caminho, que neste caso culmina na percepo de que

o facto de o nosso corao arder depois de uma semana de misses

no uma coincidncia mas resultado de uma presena constante e

intensa de Jesus! Durante a semana vamos fazendo o caminho lado a

lado com a nossa comunidade mas tambm com aqueles dois

discpulos e vamos tambm percebendo como que o nosso corao

se vai preparando para estar permanentemente acompanhado por

Jesus!

q Entusiasma-nos muito a ideia de acharmos que ao longo da semana conseguiremos no s identificarmo-nos facilmente com o que os

discpulos vo sentido ao longo do seu caminho, como tambm ser

capazes de, se Deus quiser, reconhecer Jesus atravs dessa sensao

to humana que a de sentir o corao a arder!

q Outra razo para fazer deste um lema to bom e to profundo o facto de ser um lema que nos pode fazer pensar muito sobre a nossa

No te ardia o corao?


prpria vida! Podemos pensar quais foram os momentos mais

emocionantes, de maior adrenalina, mais transformadores que vivemos

e pensar o porqu de se terem tornado to especiais. Queremos com

este lema visitar a nossa histria encontrando estes momentos,

percebendo que experincias ainda nos pem em "pele de galinha",

nos aceleram o corao... Com certeza, j todos tivemos experincias

muito diferentes, e provavelmente j teremos sentido, algures no nosso

caminho, este momento em que o corao arde verdadeiramente, e

em que quase podemos sentir que esse fogo nos incendei o corao.

q Os discpulos sentiram-no quando caminhavam ao lado daquele estranho. No sabiam porqu mas havia algo que os atraa cada vez

mais... Tudo o resto, naqueles minutos, era suprfluo! Queremos ns

tambm fazer com que em todas as misses isto possa acontecer! Que

bom era todos consegussemos experimentar que o mais central das

nossas vidas s pode ser uma coisa: Jesus!

Para acabar e relembrando o importante papel que tm na vida espiritual (e

no s) de quem vive uma experincia como a da Misso Pas, partilhamos

convosco uma pequena histria:

Havia um pescador que num pequeno barco a remos perdido no meio do

oceano consegue num golpe de sorte e durante poucos segundos vislumbrar

um farol. O pescador rema em direco ao que era a sua salvao.

Acontece que vem um enorme nevoeiro que impede o pescador de ver onde

est o farol. Ainda assim, e por ter tido durante uns segundos a oportunidade

de ver onde estava aquele farol, o pobre pescador j sabia em que direco

deveria remar para se salvar.

Tambm ns durante a semana de misso seremos capazes de por uns dias

(no apenas uns segundos) ver esse Farol. E ento sim, saberemos identificar

qual realmente o Caminho a seguir tanto na maneira como rezamos, a

maneira como nos relacionamos com as pessoas nossa volta, a maneira

como as ajudamos ou at a maneira como anunciamos Jesus. De volta ao

nosso dia a dia, mesmo nos momentos em que no conseguirmos ver

claramente o farol, saberemos em que direco devemos remar.

Pasta d

e Oraes M

isso Pas 2015 + No te ardia o corao? +

Pgina | 12

Esquema Espiritualidade e vista geral da sem

ana


Estrutura Diria de Orao

A proposta presente nas pginas seguintes obedece estrutura acima

descrita, sendo que alguns dos contedos esto distribudos pela Proposta dos

Dias e outros, mais gerais, pelos anexos. Todo o material segue a lgica da

nossa espiritualidade que nasce do Evangelho dos discpulos de Emas e quer

ser suporte a que cada um consiga verdadeiramente perceber e deixar-se

moldar por este arder de corao que por Ele sentimos.

Proposta do Dia

Orao da Manh

O Caminho de Emas

Sugesto de Cnticos

Objetivo do dia

Vdeo

Reflexo

Desafios do dia

Orao da Noite

O dia que passou

Momento de orao

Texto de Apoio

Tero Comunitrio

Anexos

Teros Missionrios

Corao Aberto

Boas experincias a fazer

Reflexo pessoal

Partilha em pequenos grupos

Adorao durante a Misso

Experincia consciente dos Sacramentos:

Eucaristia

Reconciliao


Em baixo, deixamos uma breve descrio do que compreendemos por cada

uma das rbricas deste esquema:

Orao da manh

O caminho de Emas | Nesta rbrica queremos perceber cada etapa do

caminho que os discpulos fizeram e o que ela representa nas nossas vidas.

Queremos olhar para a histria muito pessoal de cada um com Deus e

perceber em que situaes da minha vida tenho um corao distante, cego,

livre, iluminado, ardente, missionrio e enviado.

Sugesto cnticos | Algumas msicas relacionadas com as meditaes que

propomos para cada dia.

Objectivo do dia | Para cada dia apresentamos o que nos parece ser a ideia-

chave das reflexes para esse dia.

Anexmos um vdeo a cada dia que pode ajudar reflexo e a uma melhor

vivncia do que proposto e que pode ser projectado no incio da orao da

manh como impulso para o dia.

Em cada manh propomos que se faa uma reflexo sobre o momento da

passagem/estado do corao desse dia. Encontraro algumas linhas que vos

podem conduzir na vossa reflexo A ideia que possam expor, em 5/10

minutos, alguns pensamentos que possam servir de dicas para a meditao

dos missionrios, nessa manh e ao longo do dia. Testemunhos de pessoas

diferentes podem ser muito interessantes e teis.

Finalmente, acrescentmos ainda os Desafios do dia que servem de

motivao para esse dia, para que as nossas conversas vo mais alm e

possam ter consequncias concretas para as nossas vidas!

Orao da Noite

Nos seres desta semana pensmos que deveria acontecer um momento

tranquilo de orao em grupo, sem intervenes, um momento para cada um

poder integrar todas as coisas que esto a acontecer na sua vida, lev-las ao

corao. Assim propomos que, num ambiente descontrado e profundamente

religioso seja todos os dias sugerido o momento O dia que passou. Por um


lado revemos o dia que est a acabar e procuramos no ser indiferentes a

tantos momentos que nos marcaram Por outro lado, convida-nos a fazer a

ponte entre esses momentos e aquele que o nosso dia-a-dia, a nossa vida

de todos os dias.

Em cada orao da noite propomos um Momento de Reflexo sobre as linhas

de meditao a aprofundar cada dia. A orao da noite uma altura

privilegiada de orao durante toda a semana e como tal pode ser

aproveitada para uma reflexo mais aprofundada do tema. Ser na mesma

linha que a reflexo da orao da manh mas agora com um olhar diferente

de quem j viveu um dia inteiro.

Acabamos o dia com a entrega das contas dos teros missionrios a Jesus

para que aquilo que tentmos ser e fazer se possa multiplicar e dar muitos

frutos para quem mais precisa. Podem perceber melhor o que se pretende nos

anexos onde aprofundamos a misso dos teros missionrios.

Juntmos alguns textos de apoios que podem ser teis para complementar um

dos momentos de orao de cada dia.

A proposta final que fazemos a do tero comunitrio todos os dias depois da

orao da noite e que pode ser uma tima experincia que certamente ser

uma mais-valia tanto para a misso externa como interna.


Propostas dos dias

Dia 1 Um corao Distante

Retiro

Explicao e apresentao dos chefes de orao

Menos de cinco minutos em que os chefes de orao se apresentam. Se

calhar contar um bocadinho o trajecto de vida, como que foi o convite que

receberam, o que que os fez aceitar. No fundo o que queremos que haja

aqui um quebra-gelo entre os chefes de orao e os missionrios. Aproveitar

tambm para explicar a capela: torn-la parte integrante da semana de

misso que comea. Apelar a que possam rezar na capela durante a semana

mais do que apenas nas oraes.

1 Momento - Onde estou?

provvel que muitos de ns ainda no tenhamos nem sequer percebido o

que que viemos c fazer. Esta semana se Deus quiser vai servir para

conseguirmos identificar aquele farol de que falvamos (ver Espiritualidade

2015). Temos de aproveitar esta semana para de facto sairmos de aqui com a

misso cumprida. E essa misso no apenas a misso de estar durante

esta semana a ajudar, essa misso, a verdadeira misso a de

conseguirmos perceber como que seremos capazes de transportar tudo o

que de aqui fizemos de bom para o nosso dia-a-dia.

Mas como sempre e especialmente quando estamos perdidos (ou com medo

de estar perdidos) temos de primeiro perceber onde que estamos.

Por isso e antes de comearmos vale a pena parar. Vimos, com a passagem

do Bom Samaritano no ano passado o importante que era sabermos sempre

parar. Tambm hoje e antes de comearmos o nosso caminho durante esta

semana paramos e pensamos

q O que fazemos aqui? Porqu que vim para as misses? q O que que espero receber destas misses? O que tenho para dar?


q O que tenho a agradecer? O que que eu tenho a pedir a Deus antes destas misses comearem? Peo-lhe isso como se fosse um amigo

com quem estou a falar.

2 Momento Apresentao do Lema

Ver o vdeo inicial.

Leitura da passagem que nos vai acompanhar durante a semana.

Explicar a espiritualidade da semana e como vamos fazer o caminho com

aqueles dois discpulos. Uma explicao visual h-de ajudar bastante! No

entrar em detalhe sobre cada dia da semana, apenas explicar o caminho que

agora comeamos todos juntos lado a lado com os discpulos.

3 Momento - Reflexo sobre o tema

J lemos a passagem. Muitos de ns nem nos lembrvamos de que passagem

vinha o lema. Mas agora as coisas j comeam a fazer sentido. Ns vamos

acompanhar aqueles dois discpulos ao longo da semana. Vamos fazer com

eles, durante esta semana, um caminho.

Ainda assim e antes de comear esta semana vamos pensar durante um

bocadinho no que que este lema quer dizer. Se calhar a nossa resposta at

muda ao longo da semana.

q O que isso de sentir o corao arder?

Consideremos esse arder do corao como um sentimento completamente

genuno de querer mudar o mundo, de puro entusiasmo, de felicidade e

alegria. Se formos mais a fundo percebemos que um sentimento diferente do

que temos quando a nossa equipa de futebol marca um golo, ou do que

sentimos no concerto da nossa banda preferida.

q Quando que j senti este arder de corao que acabmos de definir? Em que situao da minha vida tive um momento de ficava

aqui para sempre?

q Associo essas vezes que j senti o corao arder com o que estava a fazer na altura?

q H algum padro comum em todos os acontecimentos?


4 Momento - Chefes gerais e entrega de cruzes e t-shirts.

Boas-vindas formais s misses, ao lugar, ao grupo.

Comeou a misso

O que ser missionrio?

q Ser missionrio sentir um impulso interior, que muitos interpretamos como sendo um convite de Deus, para sair e ir ao encontro daqueles

que a providncia me colocar no caminho. Independentemente dos

motivos desse impulso evangelizao, solidariedade, misericrdia,

dever de ajudar, etc. comungamos todos desta vontade de fazer o

bem, trazer o bem a este lugar.

q Ser missionrio descobrir o que o melhor que podemos fazer para trazer bem a esta populao. Como universitrios catlicos oferecemos

o nosso maior tesouro: a nossa companhia alegre, esperanosa,

dedicada, atenta Porque, infelizmente, na maior parte dos stios que

visitamos, encontramos a fome mais difcil de saciar fome de ateno,

de sentido para a vida, de esperana, de carinho e amor

q Ser missionrio querer, genuna e generosamente, partilhar com o meu prximo, com aquelas pessoas que talvez nunca mais veja na

minha vida, o bem mais precioso da minha vida a minha relao com

Deus. No falamos de Deus para ganhar scios para a Igreja mas

porque entendemos que no h nada mais elementar na nossa vida

que essa relao que nos enche de sentido para a vida e fora, que

nos d uma serenidade e confiana para lutar diariamente pelo nosso

projecto de vida, aquele que Deus desenhou para ns, aquele que nos

far mais feliz! q Ser missionrio reconhecer e aceitar que Deus o grande

comandante do Mundo e que devemos alinhar-nos com as direces

que nos sugere. Experimentamos nalguns momentos das misses, com

uma fora extraordinria, o resultado de quando entregamos tudo o

que temos, mesmo naquilo que no gostamos ou temos medo ou

vergonha, e confiamos em Deus o resto do trabalho. Este exerccio de

confiana, sobretudo porque muitas vezes no sabemos o que nos


espera, o que vai acontecer, etc, uma experincia arrebatadora e

que nos pode abrir perspectivas muito interessantes para a nossa vida.

Ficaramos muito surpreendidos pela forma como Deus consegue dar-se

a conhecer e abenoar as pessoas que encontramos atravs das

nossas palavras e gestos mais modestos e insignificantes.

Assuntos a aprofundar:

q Teros Missionrios (anexo) q Me Peregrina (anexo)

Reforar a importncia de aproveitar os momentos de orao, a experincia

desta comunidade forte, a relao especial com o prximo desconhecido.

Breve testemunho de quem j fez.

Ritual de entrega das cruzes, cadernos e t-shirts. Fazer deste momento uma

ocasio solene que imprima em cada missionrio a sua responsabilidade ao

longo da semana. A cruz e a t-shirt so o que nos identifica como missionrios

e o que nos relembra o que est por detrs da nossa entrega.

Orao da Noite

O dia que passou

Ponto de situao da minha vida chegada s misses. Perceber o que me

moveu at aqui chegar: as dvidas e preocupaes que trago no meu

corao e que muitas vezes me afastam de Deus.

Momento de Orao

Os 12 Km que mudaram a minha vida

A histria que te vou contar aconteceu comigo h 15 anos atrs. to incrvel

que poders pensar que foi tudo imaginao minha. Mas peo-te que

acredites. Mudou a minha vida e em certo sentido - pode tambm mudar a

tua.

Era Domingo e eu caminhava pela estrada que liga Jerusalm terra da

minha famlia, Emas. Ia com um grande amigo, que o continua a ser ainda

hoje, Clofas. S queramos fugir de Jerusalm e voltar para casa. Os


acontecimentos da 6 feira anterior, em Jerusalm, tinham sido piores do que

tudo o que podamos imaginar: Jesus tinha sido preso pelas autoridades,

chicoteado e condenado morte por crucifixo. difcil explicar-te o que

tudo isto significou para ns: a perda de um grande amigo, o fim de todos os

sonhos que tnhamos tido com Ele, a desiluso... (E, para alm disto, o medo

de que tambm nos viessem prender, a ns, que andvamos sempre com

Ele...) S queramos fugir de Jerusalm. No Sbado, por causa das restries da

Lei, no pudmos fazer a viagem. Mas Domingo, logo que o sol nasceu,

pusemos os sacos aos ombros e fizmo-nos estrada.

No me lembro de alguma vez estar to triste como nesse dia. Sabes como

quando tudo de repente se desmorona e a vida parece no ter sentido? Era

assim que eu estava. E Clofas igual a mim.

Ainda no tnhamos caminhado muito quando conhecemos um homem que

ia a caminhar na mesma direco. Tinha a os seus 30 anos, bom aspecto, e

era sobretudo muito bem disposto. Foi ele que meteu conversa connosco.

Aceitmos bem a sua companhia. Uma pessoa bem disposta vinha mesmo a

calhar naquele dia!

Perguntou-nos de que amos a falar. Quando lhe dissmos que falvamos

sobre a morte de Jesus, Ele fez uma cara de surpresa e perguntou-nos quem

era esse Jesus. Nem queramos acreditar que havia uma pessoa em Jerusalm

que no sabia de nada! Contmos-lhe tudo, desde o nosso 1 encontro com

Jesus at sua priso e morte.

Explicmos que estvamos assim porque ramos muito prximos de Jesus e,

para alm disso, tnhamos acreditado que Ele era verdadeiramente o Messias

prometido por Deus que viria libertar Israel.

Vimos na sua cara que compreendia o que estvamos a sentir. Depois

comeou a citar as Escrituras do Antigo Testamento que se referiam ao Messias.

Conhecia tudo de cor e salteado! Sentimo-nos um bocado estpidos,

sobretudo quando explicou que segundo alguns textos o Messias teria de

sofrer antes de ressuscitar e entrar na sua glria.


No te sei explicar o que sentamos quando ele falava. Era incrvel. Ficvamos

com o corao a arder c dentro. Como se, no meio da desgraa, estivesse

afinal - tudo bem. Ele era apaixonante e ao mesmo tempo misterioso.

Quando chegmos a Emas comeou a despedir-se pois ia continuar viagem.

Ns, por nada deste mundo nos queramos despedir dele. Convidmo-lo para

ficar essa noite a dormir em nossa casa. Aceitou. O Clofas arranjou umas

coisas para comermos e sentmo-nos os 3 mesa. Foi a que tudo aconteceu.

Ele pegou no po e fez uma bno. Foi simples mas as nossas cabeas

comearam a rodar a 100 hora. Aquela maneira de pegar o po, aquela

maneira de abenoar, era to familiar para ns! Onde que j tnhamos visto

isto? Sim, 3 dias antes, na ltima ceia! Jesus a tomar o po e a fazer a beno.

Era exactamente igual! No possvel: este homem pode ser Jesus? As nossas

dvidas desapareceram quando lentamente partiu o po e olhou para ns.

Era o Senhor, que tinha ressuscitado, tal como tinha prometido. Afinal era tudo

verdade!

Ali mesmo, nossa frente, Jesus ressuscitado partiu o po e, no mesmo instante,

desapareceu.

Acho que nunca ningum, como ns, passou to rapidamente da mxima

tristeza mxima alegria! Levantmo-nos e fomos a correr pela estrada fora

de regresso a Jerusalm. Era tudo verdade! O Senhor est vivo! Eles nem vo

acreditar quando lhes contarmos!

Quando chegmos a Jerusalm o grupo estava todo reunido e, mal nos

abriram a porta, antes mesmo de conseguirmos dar a notcia, disseram-nos

logo: Vocs 2 nem sonham o que aconteceu: Jesus ressuscitou e apareceu

ao Simo!

Caramba, no tnhamos sido os nicos! Contmos tudo o que nos tinha

acontecido e como Jesus se tinha dado a conhecer atravs do partir do po.

Pe Nuno Tovar de Lemos em favor Misso Pas 2015

Hoje a primeira noite que estamos aqui nas misses. Durante o Retiro de hoje

tarde/manh estivemos a estudar a passagem que nos ir acompanhar


durante a semana. Fizemos uma paragem no nosso dia que mais se pode

chamar um comear a caminhar. (aluso caminhada como os discpulos).

Comeamos a nossa caminhada tal como os discpulos de Emas o fizeram.

Pomo-nos a seu lado. Vemos os discpulos depois de Jesus ter sido morto e de

no O verem ressuscitar a abandonarem Jerusalm. Tal como os discpulos

tambm ns muitas vezes nos isolamos do que mais difcil, de situaes que

no compreendemos, do que no corre como espervamos. Deixamo-nos

levar pelas nossas preocupaes. Tambm ns caminhamos entristecidos,

preocupados, distantes e muitas vezes at caminhamos sozinhos. Neste

momento, e antes de comearmos as nossas misses devemos ento

perguntar-nos a ns prprios:

O que que me preocupa? O que que me entristece? Quais so as coisas

que me afastam de Deus? Sou consciente que me afasto muitas vezes e que

me deixo caminhar com um corao distante?

Textos de Apoio

Enraizados e fundados em Cristo... Firmes na f (cf. Cl 2, 7). A Carta da qual tirado

este convite, foi escrita por So Paulo para responder a uma necessidade precisa dos

cristos da cidade de Colossos. Com efeito, aquela comunidade estava ameaada

pela influncia de determinadas tendncias culturais da poca, que afastavam os

fiis do Evangelho. O nosso contexto cultural, queridos jovens, tem numerosas

analogias com o tempo dos Colossenses daquela poca. De facto, h uma forte

corrente de pensamento laicista que pretende marginalizar Deus da vida das pessoas

e da sociedade, perspectivando e tentando criar um paraso sem Ele. Mas a

experincia ensina que o mundo sem Deus se torna um inferno: prevalecem os

egosmos, as divises nas famlias, o dio entre as pessoas e entre os povos, a falta de

amor, de alegria e de esperana. Ao contrrio, onde as pessoas e os povos acolhem

a presena de Deus, o adoram na verdade e ouvem a sua voz, constri-se

concretamente a civilizao do amor, na qual todos so respeitados na sua

dignidade, cresce a comunho, com os frutos que ela d. Contudo existem cristos

que se deixam seduzir pelo modo de pensar laicista, ou so atrados por correntes

religiosas que afastam da f em Jesus Cristo. Outros, sem aderir a estas chamadas,

simplesmente deixaram esmorecer a sua f, com inevitveis consequncias negativas

a nvel moral. Mensagem do Papa Bento XVI para as JMJ de Madrid 2011

Dinmica dos Teros Missionrios


Dia 2 Um corao Cego

Orao da Manh

Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o prprio Jesus e

ps-se com eles a caminho; os seus olhos, porm, estavam impedidos de o

reconhecer. Disse-lhes Ele: Que palavras so essas que trocais entre vs,

enquanto caminhais? Pararam entristecidos. E um deles, chamado Clofas,

respondeu: Tu s o nico forasteiro em Jerusalm a ignorar o que l se passou

nestes dias! Perguntou-lhes Ele: Que foi? Responderam-lhe: O que se refere

a Jesus de Nazar, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de

todo o povo; como os sumos-sacerdotes e os nossos chefes o entregaram,

para ser condenado morte e crucificado. Ns espervamos que fosse Ele o

que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, j l vai o terceiro dia desde que se

deram estas coisas. verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos

deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, no

achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que

afirmavam que Ele vivia. Ento, alguns dos nossos foram ao sepulcro e

encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, no o viram.

Jesus disse-lhes, ento: homens sem inteligncia e lentos de esprito para

crer em tudo quanto os profetas anunciaram! No tinha o Messias de sofrer

essas coisas para entrar na sua glria? E, comeando por Moiss e seguindo

por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia

respeito

Sugesto de Cnticos

Melhor amigo, Vim aqui

Objetivo do dia

Perceber que Jesus vem ao meu encontro, ao concreto da minha vida e das

minhas preocupaes. Jesus caminha ao meu lado mas muitas vezes no sou

capaz de O reconhecer. O medo e a tristeza impedem-me de ver Jesus

presente na minha vida.

Vdeo


Reflexo

Nesta primeira manh refletimos sobre um ponto muito importante nesta nossa

caminhada. Comemos a nossa caminhada que durar uma semana mas

sabemos que assim como aconteceu com os discpulos

q Jesus vem ao meu encontro!

Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o prprio Jesus e

ps-se com eles a caminho; Este o primeiro passo na nossa semana de

misso. Caminhamos ao lado de cada um dos missionrios que aqui esto,

neste stio especfico de Portugal com esta comunidade que nos foi confiada.

Comeamos a nossa caminhada certamente com os medos habituais de no

saber o que me espera, as inseguranas sobre se serei verdadeiramente

capaz de me entregar aos outros ou no, ou ainda as dvidas que levamos no

nosso corao e que tanto nos dificultam o caminho. Comemos a nossa

caminhada mas eis que Jesus vem ao nosso encontro e pe-se a caminho

connosco assim como fez com os discpulos.

Assim como vemos na parbola que Jesus vai ao encontro dos discpulos

quando eles desanimados saiam de Jerusalm tambm na nossa vida o

vemos presente em muitos momentos. Jesus vem ao meu encontro, faz

comigo o meu caminho. E isto uma experincia muito prpria de uma

semana de misses, sentir verdadeiramente que Jesus caminha ao meu lado,

que no estou sozinho quando vou ao lar acolher quem mais precisa, quando

fao o porta a porta e sou como um ombro amigo daquela pessoa que me

acolhe em sua casa. Jesus est comigo. Muitas vezes esquecemo-nos deste

Algum que no nos abandona e pensamos caminhar sozinhos. Hoje sabemo-

lo e lembramo-nos que Jesus est connosco.

Desafios para o dia de hoje

q Vou ao encontro de um missionrio e caminho ao lado dele nalgum momento ou situao. Aproximo-me do seu caminho, das suas

inquietaes e alegrias assim como Jesus se aproxima de cada um de

ns.


q Reparo minha volta como Jesus vem ao meu encontro e caminha comigo atravs dos missionrios e das pessoas desta comunidade.

Orao da Noite

os seus olhos, porm, estavam impedidos de o reconhecer

O dia que passou

q Em que situaes da minha vida senti que Jesus caminhava comigo? q Durante o dia de hoje quando senti que Jesus veio ao meu encontro?

De que maneira?

Momento de orao

Sabemos que Jesus caminha ao nosso lado. Sabemo-lo e sentimo-lo em

momentos especficos na nossa vida: vem ao nosso encontro e no nos deixa

sozinhos. Contudo, sabemos tambm que muitas vezes devido s nossas

limitaes e debilidades estamos impedidos de O reconhecer e por isso

sentimo-nos desamparados.

...estavam impedidos de o reconhecer. O primeiro ponto da nossa reflexo da

noite a nossa incapacidade de muitas vezes reconhecermos Jesus ali

presente. Os discpulos estavam to tristes, com tantas dvidas e medos que

no foram capazes de reconhecer Jesus que caminhava agora ao seu lado.

Assim tambm na nossa vida isso acontece. Quantas vezes estamos cegos e

isso torna-nos incapazes de reconhecer Jesus presente na nossa vida atravs

das pessoas nossa volta, da nossa famlia e amigos? Quantas vezes no o

vemos naquele gesto, naquelas palavras que recebemos e que nos confortam

em momentos mais difceis? s vezes a correria dos dias entre faculdade,

casa e amigos que nos impossibilita de O ver; outras vezes so os meus

defeitos e inseguranas que me fecham sobre mim mesmo e no me do a

liberdade necessria para encontrar Jesus. Mas na minha vida

concretamente...

q O que me impede de O reconhecer? O que me deixa cego?

Pensamos tambm na pergunta que Jesus faz aos discpulos: Que foi?


Jesus mostra-se preocupado e pergunta-lhes o que se estava a passar para

eles andarem to desanimados. Jesus pergunta-lhes o que lhes ia no corao

naquele preciso momento e que os inquietava. Atravs desta pergunta Jesus

convida-nos a partilharmos com ele a nossa vida, os nossos medos e

preocupaes, os nossos desejos e conquistas. Apesar de Jesus j saber o que

nos vai no corao vem at ao concreto da minha vida, ao meu namoro, aos

meus estudos, minha relao com a minha famlia e pede-me que Lhe

conte. A este gesto e dilogo com Deus chamamos orao.

Jesus sabe o que nos preocupa mas caminha ao nosso lado para nos

perguntar a cada um: Que foi?

q Tenho respondido a este apelo de Jesus a que Lhe fale? q O que Lhe quero dizer?

Texto de apoio

Foi quanto experimentaram os dois discpulos que no dia de Pscoa estavam a

caminho de Jerusalm para Emas (cf. Lc 24, 13-35). Eles falam de Jesus, mas o seu

rosto triste (cf. v. 17) expressa as esperanas desiludidas, a incerteza e a melancolia.

Tinham deixado as suas cidades para seguir Jesus com os seus amigos, e tinham

descoberto uma realidade nova, na qual o perdo e o amor j no eram s palavras,

mas tocavam concretamente a existncia. Jesus de Nazar tinha renovado todas as

coisas, tinha transformado a vida deles. Mas agora Ele morrera e tudo parecia ter

terminado.

Mas de repente j no so duas mas trs pessoas que caminham. Jesus aproxima-se

dos dois discpulos e caminha com eles, mas eles so incapazes de O reconhecer.

Certamente, tinham ouvido vozes acerca da sua ressurreio, de facto contam-lhe:

Algumas mulheres, das nossas, perturbaram-nos; foram ao sepulcro de manh cedo e,

no tendo encontrado o seu corpo, vieram dizer-nos que tiveram tambm uma viso

dos anjos, os quais afirmam que ele est vivo (vv. 22-23). Mas tudo isto no tinha sido

suficiente para os convencer, porque eles no O viram (v. 24). Ento Jesus, com

pacincia, comeando por Moiss e por todos os profetas, explicou-lhes em todas as

Escrituras o que se referia a Ele (v. 27). O Ressuscitado explica aos discpulos a

Sagrada Escritura, oferecendo a chave de leitura fundamental dela, ou seja, Ele

mesmo e o seu Mistrio pascal: d'Ele as Escrituras do testemunho (cf. Jo 5, 39-47). O

sentido de tudo, da Lei, dos Profetas e dos Salmos, de repente abre-se e torna-se claro


aos seus olhos. Jesus tinha-lhes aberto a mente inteligncia das Escrituras (cf. Lc 24,

45). ()

Queridos amigos, que este tempo seja para todos ns a ocasio propcia para

redescobrir com alegria e entusiasmo as nascentes da f, a presena do Ressuscitado

entre ns. Trata-se de realizar o mesmo itinerrio que Jesus fez com que os dois

discpulos de Emas percorressem, atravs da redescoberta da Palavra de Deus e da

Eucaristia, ou seja, andar com o Senhor e deixar-se abrir os olhos ao verdadeiro sentido

da Escritura e sua presena ao partir do po. Audincia geral 11 de Abril de 2012

Papa Bento XVI Praa de So Pedro



Dia 3 Um corao Livre

Orao da Manh Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez meno de seguir para diante.

Os outros, porm, insistiam com Ele, dizendo: Fica connosco, pois a noite vai caindo e

o dia j est no ocaso. Entrou para ficar com eles

Sugesto de cnticos

Fica entre ns, Senhor ensina-me a viver, Tomai senhor e recebei, Vem viver

em ns

Objetivo do dia

Neste dia refletimos sobre a liberdade que Deus nos d. Percebemos que o

Amor que Deus tem por cada um de ns torna-nos livres para que possamos

ser ns a dizer Fica connosco, Senhor.

Vdeo

Reflexo

O que vamos viver este dia foi o que os dois discpulos viveram quando

repararam que era a hora de parar a sua caminhada. Temos de ter ateno

aqui a dois pontos: o primeiro que os discpulos no pararam a caminhada

porque no estavam a gostar do que estavam a ouvir, pararam porque no

tinham foras para continuar e tiveram medo dos perigos da noite (isto vai ser

importante mais frente). O segundo ponto importante que Jesus no tinha

interesse nenhum em ir embora e abandonar aqueles discpulos e mesmo se

eles no tivessem insistido para Jesus ficar e Jesus tivesse continuado o seu

caminho, Jesus iria arranjar uma forma de se fazer presente no meio deles.

Jesus no do gnero queres? ai no? Ento chapu!. (momento

descontraco)

Mas aqui que a reflexo para o dia comea. Mesmo que Jesus faa (como

sabemos que faz) o caminho ao nosso lado, muitas vezes atravs de amigos,

famlia, pessoas com quem nos cruzamos, ns temos de ter um voto na

matria. E esse voto o de dizer Fica connosco, fica comigo senhor porque


se eu fizer sozinho este caminho vai ser muito mais difcil, acompanha-me e

ajuda-me. Ainda assim Jesus no se imps. Com enorme respeito pela

liberdade daqueles dois discpulos Jesus prope, naturalmente, que vai seguir

o seu caminho dando a oportunidade aos dois discpulos de no quererem

estar com Ele.


q Tentamos algures durante o princpio do dia de hoje reflectir sozinhos sobre a liberdade: o que me faz ser livre? Do que me sinto escravo?

q Tentamos hoje falar sobre o tema da liberdade com algum. A liberdade que Deus nos d para o amarmos ou no, e a liberdade (ou

a falta dela) que o Mundo tem para O amar. Ser que a sociedade

ocidental se est aproximar ou a afastar de Deus?

Orao da Noite

O dia que passou

q Em que situaes na minha vida j senti necessidade de pedir a Jesus que ficasse comigo?

q O que me levou a sentir isso?

Momento de Orao

Durante o dia de hoje estivemos a pensar tanto sobre a necessidade de haver

liberdade no amor verdadeiro, assim como na necessidade que temos de

pedir e de aceitar que queremos que Jesus continue connosco, ao nosso lado.

Os discpulos caminhavam e perceberam que precisavam/gostavam que

aquele misterioso caminhante continuasse com eles. Ainda no tinham

reconhecido Jesus, mas aquele caminhante estava a ser uma ptima

companhia. Sentiam, ainda sem ter percebido, alguma coisa dentro deles que

fazia com que se sentissem bem.

q Ser que aproveitamos essa liberdade da melhor maneira? O que fao eu com a minha liberdade?

q Sou verdadeiramente livre? Ou estou escravo de alguma coisa? Se formos escravos de alguma coisa o interesse/amor que temos por essa


pessoa/coisa nunca poder ser verdadeiro. Estudos/ trabalho/

desportos/ iPhones/ facebookes.

q Somos capazes de humildemente pedir a Jesus que fique connosco? Pedimos-lhe isso nas nossas oraes?

Textos de Apoio

A nossa vida feita de tempo, e o tempo um dom de Deus; por conseguinte,

necessrio dedic-lo a obras boas e fecundas. Talvez muitos adolescentes e jovens

percam demasiadas horas em actividades fteis: o chat na internet ou com os

telemveis, as telenovelas, os produtos do progresso tecnolgico, que deveriam

simplificar e melhorar a qualidade de vida e, por vezes, desviam a ateno daquilo

que realmente importante. Entre as numerosas ocupaes que temos na rotina

quotidiana, uma das prioridades deveria consistir em recordar-nos do nosso Criador

que nos permite viver, que nos ama e que nos acompanha ao longo do nosso

caminho.

Precisamente porque Deus nos criou sua imagem, dele recebemos tambm aquela

ddiva que a liberdade. Contudo, se no for bem exercitada, a liberdade pode

afastar-nos de Deus, pode fazer-nos perder a dignidade com a qual Ele nos revestiu.

Por isso, so necessrias orientaes, indicaes e inclusive regras, tanto na sociedade

como na Igreja, para nos ajudar a cumprir a vontade de Deus, vivendo deste modo

em conformidade com a nossa dignidade de homens e de filhos de Deus. Quando

no plasmada pelo Evangelho, a liberdade pode transformar-se em escravido: a

escravido do pecado. Afastando-se da vontade divina, os nossos antepassados

Ado e Eva caram no pecado, ou seja, no mau uso da liberdade. Caros jovens, caras

jovens, no faais mau uso da vossa liberdade! No desperdiceis a grande dignidade

de filhos de Deus que vos foi conferida! Se seguirdes Jesus e o seu Evangelho, a vossa

liberdade desabrochar como uma planta em flor, e dar frutos bons e abundantes!

Encontrareis a alegria autntica, porque Ele nos quer homens e mulheres plenamente

felizes e realizados. S cumprindo a vontade de Deus conseguiremos realizar o bem e

ser luz do mundo e sal da terra! A Virgem Maria, que se reconheceu como a serva do

Senhor (Lc 1, 38), seja o vosso modelo no servio a Deus; que Ela, nossa Me, vos

ajude a ser, na Igreja e na sociedade, protagonistas do bem e pacificadores,

adolescentes e jovens repletos de esperana e de coragem! Mensagem do Papa

Francisco para jovens alemes, Agosto 2014.

Sejamos livres no nosso dia-a- dia para conseguirmos ser verdadeiramente Livres.



Dia 4 Um corao Iluminado

Orao da Manh

E, quando se ps mesa, tomou o po, pronunciou a bno e, depois de

o partir, entregou-lho. Ento, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas

Ele desapareceu da sua presena...

Sugesto de cnticos

Tesouro, Pegadas na areia, Eu quero amar

Objetivo do dia

O objetivo do dia de hoje percebermos que o entendimento e a luz

necessrios nossa vida recebemo-lO atravs da experincia de Amor que

fazemos em Jesus. A Sua presena e entrega (ao partir o po) por ns abre-

nos os olhos e o corao devolvendo-nos a claridade. No dia de hoje

queremos reconhecer Jesus.

Vdeo

Reflexo

No dia de hoje reflectimos sobre um ponto importante da relao entre Jesus

e os discpulos. Depois de Jesus os ter interpelado, de lhes ter falado sobre as

escrituras, os discpulos pedem para que Ele fique com eles e Jesus releva-se

no partir o po. Uma vez mais Jesus d-se aos discpulos, assim como tinha

feito 3 dias antes quando morreu na cruz. Jesus entrega-se por inteiro aos dois

discpulos que horas antes nesse mesmo dia caminharam com Ele sem O

reconhecerem.

Ento os seus olhos abriram-se e reconheceram-no Perante o milagre de

Amor de Jesus os discpulos imediatamente O reconhecem. Este mistrio de

Amor foi o entendimento que faltava aos discpulos para que O pudessem ver.

S luz do Amor de Deus teremos o entendimento necessrio para O

reconhecer no meio de ns. Tambm esta ideia vemos presente nas nossas

vidas. Quantas vezes depois de um momento de encontro com Jesus, um

momento de verdadeiro Amor, recebemos a luz necessria para

compreendermos aquela dvida de f, aquela angstia numa situao


especfica da nossa vida. Recebemos a luz para nos libertarmos daquela

maldade presente no nosso corao e que nos fazia no gostar de algum.

Jesus a Luz que d sentido nossa vida; a luz que torna claro o que era

confuso, que torna visvel o que antes estava invisvel. O encontro com Jesus

d-nos um corao iluminado: Iluminado de Amor, de certeza, de

compreenso, da Sua entrega por ns.


q No dia de hoje tento olhar minha volta e ver o que no via antes. Olhar as mesmas pessoas que esto lado a lado comigo em misso, as

mesmas pessoas que me acolheram em suas casas e nas suas vidas, os

mesmos gestos que me acompanharam durante toda a semana e que

tanto me ensinaram. Olhar tudo isso mas com um olhar renovado, um

olhar que recebe agora o entendimento para O ver em todos esses

momentos.

q Partilho com algum algo que realmente no conseguia ver quando aqui cheguei (o sentido da nossa misso, o porqu de estar aqui, um

problema pessoal e que me angustiava) mas que agora no s vejo

mas entendo com um corao iluminado por Cristo.

Orao da Noite

O dia que passou

q Senti nestas misses que recebi uma luz diferente para a minha vida? Uma luz que me guia no meu caminho?

q Em que situao da minha vida (no meu namoro, relao com os meus pais, estudos, doena de algum prximo) sinto que ganhei um novo

entendimento? O que traz essa luz para a minha vida?

Momento de orao

mas Ele desapareceu da sua presena... - Os seus olhos abrem-se e quando

a Sua presena j era clara para os dois, Jesus desaparece do meio deles.

Jesus no desaparece para os deixar confusos ou perdidos outra vez.

Desaparece do meio deles naquela forma com que se tinha apresentado e


torna-se presente atravs do po. Jesus faz-se presente at ao fim dos tempos.

E este mistrio o que ns temos presente em todos os sacrrios existentes na

terra: Jesus vivo e presente no meio de ns. Este mesmo Jesus que se entrega e

morre na cruz, que caminha ao lado dos discpulos de Emas, que me fala ao

concreto da minha vida, est presente na hstia consagrada de uma forma

concreta e real. Este o mistrio que nos move nestas misses: que nos faz

levantar cedo e passar frio esta semana, ultrapassar a barreira da timidez no

porta a porta ou ainda entregar o meu tempo por algum que precise mais.

q Quem Jesus para mim?

Texto de apoio

Na Sagrada Eucaristia est realmente presente Cristo, morto e ressuscitado por ns.

No Po e no Vinho consagrados permanece connosco o mesmo Jesus dos Evangelhos,

que os discpulos encontraram e seguiram, que viram crucificado e ressuscitado, cujas

chagas Tom tocou, prostrando-se em adorao e exclamando: "Meu Senhor e meu

Deus!" (Jo 20, 28; cf. ibid., 17, 20). No Sacramento do altar oferecida nossa amorosa

contemplao toda a profundidade do mistrio de Cristo, o Verbo e a carne, a glria

divina e a sua morada entre os homens. Perante Ele, no podemos duvidar de que

Deus est "connosco", que assumiu em Jesus Cristo todas as dimenses humanas,

excepto o pecado, despojando-se da sua glria para com ela nos revestir a ns (cf.

ibid., 21, 23). No seu Corpo e no seu Sangue manifesta-se o rosto invisvel de Cristo, Filho

de Deus, na modalidade mais simples e ao mesmo tempo mais nobre possvel neste

mundo. Aos homens de todos os tempos que, perplexos, pedem: "Queremos ver Jesus"

(Jo 12, 21), a Comunidade eclesial responde repetindo o gesto que o prprio Senhor

realizou para os discpulos de Emas: parte o po. Ento, ao partir o po, abrem-se os

olhos de quem o procura com corao sincero. Na Eucaristia o olhar do corao

reconhece Jesus e o seu inconfundvel amor que se d "at ao fim" (Jo 13, 1). E n'Ele,

naquele seu gesto, reconhece o Rosto de Deus! Homilia do Papa Joo Paulo II, 14 de

Junho de 2001

(Numa segunda parte da Orao da Noite propomos um momento de

adorao a Jesus tal e qual como aconteceu com os discpulos)

Oraes de apoio Adorao do Santssimo


Visita ao Santssimo Graas e louvores se dem a todo o momento, ao Santssimo e Divinssimo Sacramento. Pai Nosso, Av Maria, Glria (3 vezes) Orao que o Anjo ensinou aos pastorinhos em Ftima

Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peo-Vos perdo para os que no crem, no adoram, no esperam e no Vos amam".

"Santssima Trindade, Pai, Filho e Esprito Santo, adoro-vos profundamente e ofereo-vos o preciosssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrrios da terra, em reparao dos ultrajes, sacrilgios e indiferenas com que Ele mesmo ofendido. E pelos mritos infinitos do Seu Santssimo Corao e do Corao Imaculado de Maria, peo-Vos a converso dos pobres pecadores.


Dia 5 Um corao Ardente

Orao da Manh

Disseram, ento, um ao outro: No nos ardia o corao, quando Ele nos

falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?

Sugesto de cnticos

o Senhor, Sorriso

Objetivo do dia

Perceber que a experincia que fazemos na pessoa de Jesus nos arde

concretamente o corao e nos enche de uma maneira nica! o auge da

semana! um sentimento que muda a nossa vida! O grande objectivo deste

dia que os missionrios consigam identificar esse arder que sentem e que o

consigam associar presena de Jesus durante estas misses!

Vdeo

Reflexo

A atitude dos discpulos foi to natural e comum. Quantas vezes ns prprios

no olhamos para atrs para alguma coisa e dizemos: que estupidez! Era

evidente que. Pois tambm isso foi o que aconteceu aos dois discpulos.

Depois de terem reconhecido Jesus no partir do po (leia-se Missa) reparam

que tudo faz sentido porque tinham os seus coraes arder.

giro pensar que nem um espectculo de msica, nem um grande jogo de

futebol, nem uma semana na neve nos fazem sentir como nos sentimos nas

misses. O corao arde e isso que ns experienciamos durante esta

semana. Um Pe que acompanhou umas misses disse uma vez que tudo o que

sentamos, sentamo-lo porque estvamos em constante presena de Amor

(missionrios pela comunidade, e os missionrios pelos missionrios) e Deus

Amor.

Certamente nem todos sentimos o mesmo quando estamos a falar de um

corao ardente. Mas o importante aqui repararmos que comum a todos


que de facto sentimos alguma coisa que diferente ao que j sentimos em

qualquer outra situao. importante, neste dia, associarmos este arder que

agora sentimos e que nos faz querer mudar o mundo a uma experincia muito

nica e concreta, que no s resultado de uma amizade com Jesus mas

tambm de uma vivncia da F em comunidade.


q Hoje partilho com algum da comunidade como que alguma situao ao longo da semana que passou me fez arder o corao.

Algum acontecimento que foi para mim testemunho de verdadeiro

Amor e que agora o reconheo.

q Durante o dia de hoje vamos tentar perceber na nossa vida quando que o nosso corao arde verdadeiramente; em que situaes o

sentimos a arder por mais pequenas que essas situaes sejam.

q Vamos tambm perceber como que cada um vive esse arder. Com certeza, cada um experimenta de maneira diferente a mesma

sensao.

Orao da Noite

O dia que passou

q Em que situaes da minha vida (famlia, amigos, faculdade) reconheo agora este arder de corao?

q O arder que sinto uma sensao muito nica e pessoal. No certamente igual de mais ningum. Como caracterizo este arder?

Momento de orao

Estivemos durante o dia de hoje a mostrar s pessoas na nossa comunidade

que tambm provvel que elas tenham sentido alguma coisa de diferente

esta semana. E no apenas por terem mudado as suas rotinas ou por terem

visto pessoas alegres e animadas todos os dias, mas sim porque

provavelmente se perguntaram o que que estes esto aqui a fazer sempre

aos saltos? e a resposta a essa pergunta possivelmente mexeu com elas.


Mas chegou agora o nosso tempo de orao. Pensamos na nossa vida e na

nossa caminhada. J vimos ontem o difcil que s vezes reconhecer Jesus.

Hoje vemos o bvio que tudo se torna quando finalmente O reconhecemos.

Dizia a Pasta de Oraes do ano passado uma grande verdade:

No vemos mudanas fsicas nem ganhamos superpoderes mas nestes dias

muitos de ns sentimos uma energia extra, um sentido de misso fora do

comum, um impulso para pensar mais nos outros No haver uma ligao

especial entre esta sensao de um bem-estar e plenitude com o facto de

aqui pararmos realmente para rezar, para nos encontrarmos com Deus?

q Esta semana est a mexer comigo de alguma maneira? De que maneira?

q Estou a sentir alguma coisa de diferente? Estou a ser capaz de perceber as coisas que esto a mudar?

q Provavelmente j fomos fazendo isto ao longo da semana quase sem percebemos, mas pensamos agora, e depois de termos reconhecido

Jesus neste nosso caminho, que coisas so as que eu quero mudar?

Coisas muito prticas, mtodos de orao, relacionamentos, maneiras

de usar o tempo-livre, etc. Enquanto penso nessas coisas vou

percebendo que estou a querer mudar o meu dia-a-dia porque

durante esta semana, em que estive perto de Deus, consigo ver tudo

com mais clareza e discernimento.

Textos de Apoio

Ide at aos confins do mundo, levai o Evangelho a todas as naes. Sem dvida,

para a f, a Eucaristia um mistrio de intimidade.

Contudo, desta intimidade, que dom muito pessoal do Senhor, a fora do

sacramento da Eucaristia vai alm das paredes das nossas Igrejas. Neste Sacramento,

o Senhor est sempre a caminho no mundo. Este aspecto universal da presena

eucarstica sobressai na procisso da nossa festa. Ns levamos Cristo, presente na

figura do po, pelas estradas da nossa cidade. Ns confiamos estas estradas, estas

casas a nossa vida quotidiana sua bondade. Que as nossas estradas sejam de Jesus!

Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! A nossa vida de todos os dias estejam

penetradas da sua presena. Com este gesto, colocamos sob o seu olhar os

sofrimentos dos doentes, a solido dos jovens e dos idosos, as tentaes, os receios


toda a nossa vida. A procisso pretende ser uma bno grande e pblica para a

nossa cidade: Cristo , em pessoa, a bno divina para o mundo o raio da sua

bno abranja todos ns!

()

Verdadeiramente Maria, a Me do Senhor, ensina-nos o que significa entrar em

comunho com Cristo: Maria ofereceu a prpria carne, o prprio sangue a Jesus e

tornou-se tenda viva do Verbo, deixando-se penetrar no corpo e no esprito pela sua

presena. Pedimos a Ela, nossa santa Me, para que nos ajude a abrir, cada vez mais,

todo o nosso estar na presena de Cristo; para que nos ajude a segui-lo fielmente, dia

aps dia, pelos caminhos da nossa vida. Amm Homilia do Papa Bento XVI,

Solenidade do Santssimo Corpo e Sangue de Cristo

Sejamos capazes de perceber quando que o nosso corao nos arde e de

ter a certeza de que nunca estamos sozinhos.



Dia 6 Um corao Missionrio

Orao da Manh

Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalm e encontraram

reunidos os Onze e os seus companheiros

Sugesto de cnticos

Orao de so Pedro, Onde Deus te levar

Objetivo do dia

O objetivo do dia de hoje sentirmos que somos de facto missionrios. Durante

esta semana vivemos uma realidade que muda as nossas vidas e nos faz

querer sair e dar-me aos outros. Sou chamado a ser portador do Amor que vivi

e testemunhei aqui, portador de Cristo.

Vdeo

Reflexo

Depois de terem reconhecido Jesus ao partir do po, os discpulos sentiram de

imediato uma vontade e um impulso de voltar para Jerusalm. O momento

em que os discpulos reconhecem Jesus no meio deles um momento em que

cada um deles experiencia o Amor de Jesus por cada um de ns.

giro reparar que no momento imediatamente aps terem feito esta

experincia de Amor, puseram-se logo caminho. Este regressar a Jerusalm,

mais uma vez, vem conotado de um sentido que retrata um regressar Igreja,

regressar para junto dos que seguiam Jesus.

Um ponto importante a salientar nesta parte do Evangelho o tempo em que

decorre a ao. Voltaram para Jerusalm imediatamente. Os discpulos no

perderam tempo em voltar para onde sabiam que estava a Verdade. No se

deixaram acomodar nem sentiram mais medo da noite que momentos antes

tinham achado escura e perigosa. A escurido que antes era sinnimo de

medo e insegurana no mais os deteve para anunciar a Boa Nova.

Assim tambm deve ser na nossa vida. Todos ns somos chamados a anunciar

o que vivemos nestes dias, a irmos imediatamente ao Seu encontro. No


amanh, no s quando for menos perigoso, mas hoje, mesmo nas

dificuldades! atitude de um missionrio tem de vir impressa uma

radicalidade muito prpria deste arder de corao que todos sentimos. E essa

radicalidade que aqui nos exigida o que nos faz anunciar o que

experimentmos nesta semana mesmo naqueles ambientes onde nos mais

difcil.

q De que maneira sou chamado a levar este Amor de Jesus no meu dia-a-dia?

q Sinto-me verdadeiramente enviado a ser missionrio? Onde vou buscar foras?


q Hoje vou levar esta minha certeza e alegria quela pessoa que no consegui durante as misses. Aquele velhinho que quase no fala, aos

jovens que me olham de lado.

q Vou falar com aquela pessoa que mais me marcou na comunidade e deixar-lhe esta misso de incendiar os que esto sua volta.

Orao da Noite

O dia que passou

q Consegui algures durante o dia ser verdadeiramente missionrio como falvamos de manh?

q Em que situaes que me custou mais? No meu dia-a-dia tambm terei situaes em que me custe mais, como que posso contornar

isso?

Momento de orao

Durante esta semana pusemos muitas vezes o prximo nossa frente, no

sentido de que deixmos de ser egostas e comodistas para de facto pormos

as necessidades dos outros como nossa mxima prioridade. Engraado, mas

tambm assustador pensar que tambm podemos fazer isso o resto do ano.

Se estivermos, pelo menos durante as duas prximas semanas, sempre prontos

para ajudar os que esto nossa volta ganharemos hbitos que serviro para


o resto do ano. O que isto quer dizer que esta semana pode ser vista como

um treino para o nosso dia-a-dia. A explicao encontramo-la tambm no

lema do ano passado Vai e faz o mesmo! O prprio Jesus, depois de contar a

histria do Bom samaritano diz quele Doutor da Lei - agora que ouviste isto

que eu te contei, e de facto percebeste quem que fez o Bem, deixa-te de

teorias e passa prtica, vai e faz o mesmo!.

Tambm ns, que j percebemos a teoria devemos passar agora para a

prtica. Paul Claudel, pedia-nos uma coisa muito simples Fala de Deus s

quando te perguntarem, mas vive de maneira a que te perguntem.

q Percebemos esta enorme responsabilidade que temos? No s a de anunciar, mas de sermos exemplos de vida ao ponto de que os que

esto nossa volta nos perguntem por Deus.

q Sinto que tenho um papel relativamente activo, na faculdade ou onde for, para ir, como nos pede o Papa Francisco, em contra corrente

aos muitos erros que a sociedade nos tenta incutir?

Texto de apoio

O corpo, devido ao peso, tende para o lugar que lhe prprio, porque o peso no

s tende para baixo, mas tambm para o lugar que lhe prprio. Assim o fogo

encaminha-se para cima, e a pedra para baixo. O azeite derramado sobre a gua

aflora superfcie; a gua vertida sobre o azeite submerge-se debaixo deste: movem-

se segundo o seu peso e dirigem-se para o lugar que lhes compete. As coisas que no

esto no prprio lugar agitam-se, mas quando o encontram, ordenam-se e repousam.

O meu amor o meu peso. Para qualquer parte que v, ele quem me leva. O vosso

Dom inflama-nos e arrebata-nos para o alto. Ardemos e partimos. Fazemos canes

no corao e cantamos o "cntico dos degraus". o vosso fogo, o vosso fogo

benfazejo que nos consome enquanto vamos e subimos para a paz da Jerusalm

celeste. "Regozijei-me com aquilo que me disseram: Iremos para a casa do Senhor". L

nos colocar a "boa vontade", para que nada mais desejemos seno permanecer ali

eternamente.

Uma vez por todas, foi-te dado somente um breve mandamento: Ama e faz o que

quiseres. Se te calas, cala-te movido pelo amor; se falas em tom alto, fala por amor; se

corriges, corrige por amor; se perdoas, perdoa por amor. Tem no fundo do corao a

raiz do amor: dessa raiz no pode sair seno o bem! Santo Agostinho


Dia 7 Um corao Enviado

Orao da Manh [encontraram reunidos os onze] que lhes disseram: Realmente o Senhor ressuscitou e

apareceu a Simo! E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e

como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o po

Sugesto de cnticos

Hinos das misses passadas, Hino Misses 2015

Objetivo do dia

Ontem refletimos sobre o facto de sermos todos chamados a missionar, de

levar esta certeza que temos e este fogo que nos arde o corao a todos

nossa volta. Hoje pensamos concretamente para onde sou eu enviado? Que

situaes, que pessoas Qual a minha misso especfica agora que volto

para casa?

Vdeo

Reflexo

E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminhoChegamos ao dia em

que temos de voltar para as nossas realidades, para as nossas vidas do dia-a-

dia onde no temos a oportunidade de ter uma orao da manh nem da

noite com horas marcadas, em que no podemos ir missa, em que no

podemos rezamos o tero felizmente nada disto verdade! Temos de

perceber, pensar em tcnicas e maneiras de continuar com o que fizemos

esta semana.

Nesta orao da manh agradecemos tudo o que tivemos durante a semana.

Pelo Bom agradecemos facilmente, e se alguma coisa de mal nos aconteceu

agradecemos a Deus a oportunidade de atravs disso podermos fazer

tambm o nosso caminho.

Antes ainda h uma pequena reflexo que consiste em perceber,

honestamente, at que ponto que somos capazes de reconhecer Jesus

durante esta semana, de reconhecer que Ele est por detrs de tudo isto?



q Pensamos (durante 20 segundos), quando nos despedimos dos outros missionrios, como que aquele missionrio me marcou de alguma

maneira.

q Rezemos pela comunidade! Agradecendo a semana que c estivemos assim como pedindo a Deus para que a semente que c deixmos

tambm d os seus frutos.

Orao Final das Misses

Leitura Evangelho dos Discpulos de Emas

Reflexo do dia:

No ardiam os nossos coraes? - Esta pergunta retrica marca este

evangelho. Muitas vezes no reconhecemos Jesus, mesmo quando Ele

caminha ao nosso lado e nos acompanha. E s depois, muitas vezes atravs

da prpria Eucaristia, sentimos Jesus no meio de ns. Eu Estarei convosco at

ao fim dos tempos Mt 28, 20

No fim desta semana temos ento umas ultimas reflexes a fazer:

A primeira reflexo que podemos fazer que, durante esta semana, rezmos

todos juntos a fundo uma passagem do Evangelho. E isso foi exactamente o

que fizeram tambm aqueles discpulos na primeira parte da sua caminhada!

Tal como Jesus pediu queles discpulos, tambm nos pede que estudemos as

Escrituras. Atravs das Escrituras tambm conseguimos chegar a Deus. Que

coisa to fcil para fazermos em casa e que mtodo to bom para rezar!

Uma segunda reflexo final que queremos levar a de que Jesus est sempre

presente! Est sempre connosco! H ocasies em que isto se torna bvio como

na Missa ou especialmente na Eucaristia, mas Jesus est sempre connosco,

mesmo quando estamos desanimados, tristes, e a afastar-nos de Jerusalm.

Um terceiro comentrio que podemos fazer a esta passagem est fortemente

relacionado com o anterior: se Jesus est sempre connosco cabe-nos a ns

reconhece-Lo e estar atentos. mais fcil caminharmos, e pelo caminho certo,

quando sentimos que estamos acompanhados.


A experincia das Misses serve tambm para pensar nas minhas armas para

conseguir, cada vez mais, amar de forma gratuita e integral O que torna as

coisas mais fceis aqui do que em casa? Podemos referir vrios factores mas

propomos dois fundamentais:

q Existncia de uma comunidade forte que me ampara. Aqui somos uma verdadeira famlia, e esse sentimento de pertena e identificao d-

nos fora, faz-nos slidos e firmes.

q Bons momentos de orao que nos ajudam a estar perto de Jesus e Maria, Sua Me.

Enquanto discpulos de Jesus somos chamados a ser Missionrios toda a vida.

Somos convidados a descobrir no nosso quotidiano os momentos para rezar e

a fazer em comunidade com aqueles que esto ao nosso lado e partilham a

mesma meta.

o final de uma semana de misses universitrias. Muitas coisas aconteceram

durante estes dias que nos marcaram, que nos cativaram, que nos remeteram

s nossas vidas Tanta coisa que parece difcil lembrar de tudo, e sobretudo

digerir e integrar toda essa informao naquele que o plano da nossa vida.

Esta semana normalmente uma experincia que transcende a nossa rotina

quotidiana Muitas pessoas apaixonam-se pela vida de misses, pelas

actividades, pela postura e harmonia dos grupos que se compem mas

um estilo de vida que, pelo menos para muitos de ns, no prevalecer e por

isso queremos desde aqui fazer pontes para o que a nossa realidade.

Aproveitamos a companhia, o espao, as msicas e o conforto de quem se

sabe acompanhado por tantos irmos para descer ao fundo do corao para

agradecer e pedir, para partilhar com Jesus o que nos entusiasma e preocupa

e ouvir o que nos diz! Cantemos, faamos silncio, sintamos a presena uns

dos outros, sintamos o calor de Deus


Viglia Aqui deixamos uma proposta para o momento da viglia final das misses com

a comunidade. De experincias passadas percebemos que a viglia deve ter

uma linguagem muito simples e dirigida principalmente comunidade pois

a ela que se destina essencialmente este momento de orao. A viglia

baseia-se na histria que ouvimos na primeira orao da noite que conta o

caminho de Emas segundo a perspectiva de um dos discpulos. Conduzimos

a viglia atravs do tero por ser uma orao que envolver ainda mais a

comunidade.

Deixamos tambm uma proposta mais concreta para a parte logstica que

pode ou no ser aproveitada.

Dinmica para decorrer durante a viglia

Cada pessoa tem um corao de pape

pasta de orações 2015 (1).pdf

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