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FCF ASSOCIADA ÀS CONTRAÇÕES. Interpretação de casos. Normal • Sem variação significativa com a FCF basal, com acelerações transitórias. • Dips I, ou desaceleração precoce sincrônica com a contração uterina. Em condições normais o feto tolera adequadamente a diminuição da pressão parcial de oxigeno (PO2) provocada pelas contrações uterinas. É frequente observar durante o parto, quedas da FCF coincidindo com a contração (DIP I ou desaceleração precoce sincrônica com a contração uterina), especialmente se as membranas estão rotas e/ou a cabeça do feto está encaixada. Isto não é o resultado de uma hipoxia fetal sistêmica, mas sim da estimulação vagal por compressão. De maneira geral os DIPS I não estão associados com morte fetal nem com hipoxia neonatal. Alerta • Dips variáveis ou umbilicais, de duração, amplitude e momento de inicio variáveis em relação com a CU.(Possível patologia funicular). Em outras ocasiões aparecem DIPS que não são facilmente identificados como DIPS I ou II, porque parecem intercalar-se uns com outros e tem diferente morfologia entre si. Estes DIPS variáveis ou umbilicais de duração, amplitude e momento de inicio variáveis em relação a contração uterina, são resultado de uma oclusão transitória dos vasos umbilicais quando o útero se contrai. Se a oclusão é breve (menos de 30 ou 40 segundos) produz somente uma estimulação do vago. Se é mais prolongada (mais de 40 segundos), também surge hipoxia fetal. Neste caso o DIP variável seria sinônimo de sofrimento fetal. Se existem fatores de risco, deve-se fazer a ausculta do feto com extremo cuidado. Anormal • Dips II, ou desaceleração tardia. Inicio tardio en relação a CU e recuperação depois que esta terminou. Atinge seu valor mínimo entre 20 e 60 segundos depois do 160 120 140 100 40 20 0 bat/min Dip II 15 seg. mmHg a b c d COMEÇO E FINAL DE AUSCULTAÇÃO FREQÜÊNCIA CARDÍACA FETAL CONTRAÇÃO UTERINA Quando se registra bradicardia sustentada ou DIPS II o parto deverá ser considerado de alto risco. A taquicardia e os DIPS variáveis são situações de alerta e deve-se intensificar a vigilância da FCF, com a paciente em decúbito lateral esquerdo. PARTOGRAMA COM CURVAS DE ALERTA. Apresentação: Planilha de 16 cm por 20 cm com curvas de alerta da dilatação cervical em função do tempo Conteúdo: As curvas de alerta correspondem ao limite inferior (percentil 10) da evolução da dilatação cervical em função do tempo. Foram considerados quatro subgrupos de acordo com a paridade, a posição da mãe durante o período de dilatação e o estado das membranas aos 4 cm de dilatação cervical. A aplicação desta tecnologia permite prevenir o parto DILATÓMETRO Apresentação: Planilha de 20 por 25 cm com orifícios de 2 a 10 cm de diâmetro com aumentos de um cm. Conteúdo: Permite verificar o grau de dilatação cervical, estimada por toque vaginal, e também capacitar na avaliação da dilatação cervical. uma revisão do caso e pode tomar as medidas apropriadas oportunamente. FITA NEONATAL Apresentação: Fita métrica para medir a altura, o perímetro craniano e a circunferência media do braço do recém-nascido no momento do nascimento. Conteúdo: Permite estimar a idade gestacional do recém nascido pela medida do perímetro craniano, o baixo peso ao nascer pela medida da circunferência media do braço e avaliar o estado nutricional. A fita tem dois lados: frente (branco) e verso (cor de rosa). Frente: Apresenta uma escala de 55 centímetros com divisões de meio centímetro. Aos 9,5 centímetros tem linhas mais grossas que alertam a estimativa de baixo peso ao nascer pela medida da circunferência media do braço. No extremo direito uma ilustração mostra a técnica para medir o perímetro craniano, e altura e o perímetro médio do braço. TÉCNICA E INTERPRETAÇÃO DE LA MEDIDA Quando o nascimento acontece antes da 35ª semana, a medida do Perímetro Craniano (PC) ao nascer é uma medida com valor similar a obtida por ultrassonografia obstétrica precoce. Por isso, se a DUM não é conhecida, a medida do perímetro craniano permitiria estimar facilmente a idade gestacional do recém-nascido. Admissão tardia O caso mostra uma nulípara com membranas íntegras em posição horizontal, que ingressou ao registro com 5 cm de dilatação cervical A curva de alerta foi traçada com os valores correspondentes às condições de ingresso do caso. Quando a paciente ingressa com 5 cm ou mais de dilatação, o ponto de partida da curva de alerta será o primeiro valor de dilatação cervical registro no partograma. Condições variáveis durante o trabalho de parto Se as condições do momento da admissão variam durante o trabalho de parto, é necessário atualizar a curva de alerta que havia sido traçada originalmente. Neste caso, uma multípara, em posição horizontal e com membranas ovulares íntegras o registro do partograma às 14:30 hs com 4 cm de dilatação cervical e 2 horas mais tarde atingiu 6 cm. O gráfico da dilatação interceptou a linha de base 30 minutos depois do começo PROCEDIMENTO PARA FAZER UM GRÁFICO DA DILATAÇAO CERVICAL E AS CURVAS DE ALERTA Os dados utilizados para elaborar as curvas padrão de alerta foram obtidos a partir dos 4–5 cm de dilatação cervical (primeiro ponto de partida confiável para a medida por toque). Por isso, a curva de cada trabalho de parto deverá ser traçada a partir do momento em que a dilatação seja maior ou igual a 4-5 cm de dilatação cervical (linha de base). A partir desse momento, o observador Parto 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 HORAS DE TRABALHO DE PARTO HORA REAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Evolução da dilatação cervical Ponto zero da Curva de Alerta REM Línha de base Curva de alerta ZONA DE ALERTA 14:30 15:30 16:30 17:30 18:30 21:30 19:30 22:30 20:30 23:30 DILATAÇÃO CERVICAL (cm) Parto 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 HORA REAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Línha de base Curva de alerta ZONA DE ALERTA 5:30 6:30 7:30 8:30 9:30 10:30 Evolução da dilatação cervical DILATAÇÃO CERVICAL (cm) HORAS DE TRABALHO DE PARTO LÌnha de Base Nulíparas Multíparas Todas as paridades Posição Vertical Posi Horizontal Modelo para traçar as Curvas de Alerta de Partograma do CLAP/SMR Membranas Íntegras Membranas Rotas Membranas Íntegras Membranas Rotas Membranas Íntegras Selecionar a curva de alerta mais apropiada para o caso (condi materna) ção a - Manter as linhas de base do modelo e do partograma sempre sobrepostas b - Se a posi materna muda ou as membranas se rompem, mudar a curva de alerta a partir desse momento por aquela que corresponda nova situa . Para isso colocar a abertura adequada sobre a curva de alerta ja traçada no ponto de dilata ção à ção ção no qual se deu a mudança de situação. Desenhar a curva a partir desse ponto para cima. f - Mover o modelo somente com movimentos laterais c - Quando a curva de dilatação cruzar a linha de base do partograma, colocar o extremo inferior da abertura selecionada sobre este ponto de intersec .Em seguida desenhar a curva de alerta usando a abertura escolhida do modelo. ção d - Quando for uma admiss tardia (mais de 4-5 cm), colocar a abertura selecionada sobre o ponto correspondente primeira medida da dilata cervical e a partir desse ponto traçar a curva. ão à ção e - ção dilatação Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Tecnologias perinatais Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Parto 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 HORA REAL 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 REM Nova curva de alerta Línha de base Ponto de mudança Curva de alerta original ZONA DE ALERTA 9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 15:00 14:00 16:00 Evolução da dilatação cervical DILATAÇÃO CERVICAL (cm) HORAS DE TRABALHO DE PARTO 10 cm 9 cm 8 cm 7 cm 2 cm 5 cm 6 cm 3 cm 4 cm Dilatômetro para verificar dilatação cervical Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 10 cm 9 cm 8 cm 7 cm 2 cm 5 cm 6 cm 3 cm 4 cm Dilatômetro para verificar dilatação cervical Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 Verso: Apresenta os valores normais máximos (P90) e mínimos (P10) de peso para a idade gestacional e os valores médios (P50), máximos (P95) e mínimos (P5) de idade gestacional estimada pela medida do perímetro craniano. acme da CU. Algumas condições de risco afetam a reserva feto-placentaria, provocando uma diminuição da PO2 abaixo do nível crítico. Clinicamente se traduz por taquicardia (pelo aumento de tônus simpático), bradicardia transitória de inicio tardio em relação a contração uterina (DIP II ou desaceleração tardia) e recuperação depois que esta termina. Atinge seu valor mínimo entre 20 e 60 segundos depois do acme da contração). • A taquicardia isolada e sustentada, pode ser o primeiro sinal de sofrimento fetal. Bradicardia sustentada (< 100 bat/min) desaceleração que começa na CU, e que não se recupera quando esta termina. prolongado, as intervenções que muitas vezes não são convenientes como a estimulação com ocitocina ou a operação cesárea e facilitar a ação no momento oportuno. É um instrumento prático para monitorar o progresso do parto em um caso individual. As curvas de alerta indicam um limite extremo (percentil 10) da evolução da dilatação cervical em função do tempo. Se a evolução ultrapassa o limite extremo pode significar uma desaceleração que requer maior vigilância para descartar alguma possível distocia. Para estabelecer as curvas padrão normais, uma amostra de paciente foi subdividida segundo paridade, posição materna durante o trabalho de parto e o estado das membranas ovulares. Na figura abaixo se pode observar os 5 padrões normais obtidos com esse estudo. pode selecionar os valores correspondentes a uma determinada situação obstétrica (de acordo com a paridade, posição materna durante o trabalho de parto e estado das membranas ovulares). Os valores do padrão selecionado serão marcados no ponto em que a linha de base cruza com a curva de dilatação do caso. Admissão precoce. No exemplo o registro dos dados de uma nulípara, com membranas ovulares integras e em posição horizontal começou às 14:30 horas, hora real. O toque realizado nesse momento comprovou uma dilatação cervical de 3 cm. Esta primeira observaçao deve ser marcada no inicio do registro. Às 16:00 horas, hora real, se comprovou a rotura espontânea das membranas ovulares e o toque indicava 4 cm de dilatação. Um novo ponto foi registrado na intersecção da abscissa correspondente a hora real 16:00 (1:30 hora depois de começar o registro) com a ordenada aos 4 cm de dilatação (figura 84) A linha que une os pontos aos 3 cm e 4 cm permite visualizar o progresso da dilatação cervical. No exame obstétrico seguinte realizado às 18:00 horas, hora real, a 3:30 hs do começo do registro no partograma, a dilatação cervical era de 6 cm. Como se pode ver, a intersecção entre a curva de dilatação e a linha de base foi duas horas depois do inicio do registro no partograma. Este é o ponto de partida para traçar a curva de alerta. Na planilha se selecionará a curva correspondente a este caso (posição horizontal, nulípara, membranas rotas). Neste exemplo, o trabalho de parto e o parto tiveram uma evolução normal e a curva de dilatação cervical esteve ao lado esquerdo da curva de alerta. Nesta mesma figura apresenta-se outro caso no qual, a partir dos 8 cm. a velocidade da dilatação fica mais lenta e sua linha cruza a curva de alerta traçada. Esse fato indica a possibilidade de um trabalho de parto prolongado, alertando a equipe de saúde que fez do partograma. A partir desse ponto, uma curva de alerta correspondente ao caso foi traçada, com ajuda da planilha. Quando a paciente tinha 7 cm de dilatação as membranas se romperam espontaneamente, foi necessário traçar uma nova curva de alerta substituindo os valores iniciais pelos correspondentes a multípara, em posição horizontal com membranas rotas. O traçado da nova curva de alerta começa na curva anterior aos 7 cm quando se registrou a rotura das membranas. Para medir o perímetro craniano, ajustar suavemente a fita métrica ao redor da cabeça do bebe. O zero da escala deve estar colocado em um ponto que permita ler facilmente o resultado. A medida será a indicada pelo ponto onde a fita cruza com o zero da escala. Exemplo: O perímetro craniano ao nascer de 28 cm corresponde no reverso da fita a uma idade gestacional estimada em 30 semanas (P50) com uma dispersão de +- 2.5 semanas (27.5-32.5 semanas). Para esta idade gestacional media, os valores mínimo (P10) e máximo (P50) de peso são 1000g e 2000 g respectivamente. Como o Perímetro Craniano entre a 22ª e a 35ª semanas cresce aproximadamente 1 cm por semana, uma forma simples para fazer uma estimativa rápida da Idade Gestacional é somar 2 ao valor do perímetro craniano obtido. Exemplo: a media de IG dos recém-nascidos com um PC=27cm é 29 semanas. A simples medida do perímetro craniano nos permitirá estimar se é um recém-nascido prematuro ou a termo com um erro similar ao de outros procedimentos. Se houver uma balança também se pode determinar a relação peso para idade gestacional. LÌnha de Base Nulíparas Multíparas Todas as paridades Posição Vertical Posi Horizontal Modelo para traçar as Curvas de Alerta de Partograma do CLAP/SMR Membranas Ín teg ra s M em b ran as R ot as Mem bran as Í nt egr as Me m branas R ot as Mem branas Íntegras Selecionar a curva de alerta mais apropiada para o caso (condi materna) ção a - Manter as linhas de base do modelo e do partograma sempre sobrepostas b - Se a posi materna muda ou as membranas se rompem, mudar a curva de alerta a partir desse momento por aquela que corresponda nova situa . Para isso colocar a abertura adequada sobre a curva de alerta ja traçada no ponto de dilata ção à ção ção no qual se deu a mudança de situação. Desenhar a curva a partir desse ponto para cima. f - Mover o modelo somente com movimentos laterais c - Quando a curva de dilatação cruzar a linha de base do partograma, colocar o extremo inferior da abertura selecionada sobre este ponto de intersec .Em seguida desenhar a curva de alerta usando a abertura escolhida do modelo. ção d - Quando for uma admiss tardia (mais de 4-5 cm), colocar a abertura selecionada sobre o ponto correspondente primeira medida da dilata cervical e a partir desse ponto traçar a curva. ão à ção e - ção dilatação Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 160 120 140 100 40 20 0 bat/min FCF CU Dip I mmHg 15 seg. COMEÇO E FIM DA AUSCULTAÇÃO DA FCF 160 120 140 100 40 20 0 bat/min FCF CU Dip variável mmHg 15 seg. 160 120 140 100 40 20 0 bat/min FCF CU Dip II mmHg 15 seg. Deve-se auscultar desde o começo da contração e até 30 segundos depois de concluída em períodos de 15 seg. Multiplicar cada valor por 4, comparando-os entre si e com a FCF basal. Repetir as observações nas três ou quatro contrações seguintes. SE FOR DETECTADA ANORMALIDADE DURANTE A AUSCUTA, ADOTE AS SEGUINTES MEDIDAS: y Se se administrou ocitocina, suspenda-a. y Realize toque vaginal para descartar procidência de cordão e avaliar a altura da apresentação. y Coloque a gestante em decúbito lateral. y Avalie tônus e contratilidade uterina. y Avalie a pressão arterial y Sem variação significativa com a basal y Acelerações transitórias y DIP I ou desaceleração precoce sincrônica com a contração uterina (CU) y Dip II desaceleração tardia. Início tardio em relação à contração uterina e recuperação depois do final da mesma. Atinge seu valor mínimo entre 20 a 60 segundos após o pico da contração uterina. y Bradicardia sustentada (menos de 100 bat/min) y Desaceleração iniciada na contração uterina, que não se recupera depois do final da mesma. y Dips variáveis ou umbilicais com duração, amplitude e momento de começo variáveis em relação com a contração (possível patologia funicular). Hipoxia NORMAL ALERTA ANORMAL FCF ASSOCIADA ÀS CONTRAÇÕES UTERINAS COMEÇO E FIM DA AUSCULTAÇÃO DA FCF COMEÇO E FIM DA AUSCULTAÇÃO DA FCF Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 Palpação uterina Tempo Pulso materno Ombro fetal 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 1 3 5 7 8 8 8 8 9 9 9 FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL (FCF) DURANTE A GRAVIDEZ E O PARTO MONITORAMENTO CLINICO DA CONTRATILIDADE UTERINA E DA Colocar a mão estendida no abdome da mãe, sobre o corpo uterino, sem estimulá-lo. CONTRATILIDADE CONTRATILIDADE DURANTE A GRAVIDEZ (Períodos de 1 hora) Contrações uterinas detectadas por palpação durante a gravidez segundo a idade gestacional Idade gestacional (semanas) Nº máximo (percentis 90) contrações/hora CONTRATILIDADE DURANTE O TRABALHO DE PARTO (Períodos de 10 minutos) FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL (FCF) NA GRAVIDEZ (desde a semana 20) E ENTRE CONTRAÇÕES DURANTE O PARTO Contar, por auscuta, em um período de 15 segundos,o número de batimentos fetais e multiplicá-los por 4. 120 - 160 bat/min Hipóxia leve Mais de 160 bat./min.Taquicardia 119/100 bat./min.Bradicardia leve. Hipóxia ou bloqueio cardíaco congênito Menos de 100 bat./min Bradicardia marcada persistente TÔNUS: (Hipertonia) Impossível palpar partes fetais. FREQUÊNCIA: (Taquissistolia) mais de 7 contrações. INTENSIDADE: (Hipersistolia) O útero se mantém endurecido. DURAÇÃO: mais de 60 seg. TÔNUS:Palpam-se as partes fetais com dificultade. FREQUÊNCIA: 6-7 contrações a cada 10 minutos INTENSIDADE: O útero se mantém endurecido com dificuldade durante toda a contração. DURAÇÃO: 50-60 segundos TÔNUS:Palpam-se as partes fetais. O útero se deprime entre contrações. FREQUÊNCIA: 2 a 5 contrações en 10 minutos INTENSIDADE: o útero se mantém endurecido no pico da contração. DURAÇÃO: de 20 a 50 segundos FCF ENTRE CONTRAÇÕES (BASAL) NORMAL ANORMAL ALERTA NORMAL ANORMAL ALERTA AMENORRÉIA em semanas completas. Do lado esquerdo da semana encontrada estão os valores que serão comparados: percentis 90 e 10 da altura uterina; percentis 95 e 25 do aumento de peso materno e percentis 95 e 5 do perÌmetro abdominal fetal por ecografía. GESTOGRAMA TÉCNICAS PARA AS MEDIDAS D + d 2 3,14 P. Abd. = No disco giratório da esquerda, coloque a seta vermelha no primeiro dia da DUM e procure a data da consulta; assim se obtém a Este lado do disco permite detectar os casos com retardo do crescimento fetal intra-uterino (medidas menores que os valores mais baixos que os respectivos percentis), de macrossomia fetal (medidas maiores que os valores mais altos que os percentis que correspondem); as alterações da duração da gestação ou da contratilidade uterina antes da 37 a semanabem como de possíveis alterações da vitalidade fetal (número baixo de contrações percebidas pela mãe). Se a DUM não for conhecida, usando o disco fixo da direita pode-se estimar a amenorréia com um erro conhecido empregando medidas obtidas por ultrassom embrio-fetais (comprimento cabeça-nádega DBP). A partir da 20 semana são apresentados os valores dos percentis 90 e 10 do peso fetal e do P50 da altura para cada semana. Também estão descritos os percentis P95 e 5 da pressão arterial sistólica e diastólica materna medidas com a mãe sentada, valores válidos para toda a gestação. Se a criança nasceu e sua idade gestacional não é conhecida, nem existem medidas fetais para sua estimação podem ser utilizados os valores de peso (medido com uma balança), altura e do diâmetro biparietal do recém-nascido medido com um compasso para conseguir uma aproximação rápida e simples da duração da gestação. Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 C O L O QU E A SETAVERMELHANOPRIMEIRODIADADUMEPROCURE A D A T A D A CONSULTA.OSVALORESPARACOMPARAÇÃOSÃOOS Q U E E STÃO ÀESQUERDADASEMANAUSADAPARACÁLCULO DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO DATA DA ULTIMA MENSTRUAÇÃO SE A DUM NÃO FOR CONHECIDA O COMPRIMENTO CABEÇA-NÁDEGA OU O D B P POR ULTRASSOM ESTIMARÁ A AMENORRÉIA EX.: + 60 mm CORRESPONDE A 23 SEM. COMPLETAS +1 SEM. DE VARIAÇÃO. O PESO FETAL ENTRE 365 e 860 g. E ALTURA MÉDIA 29,5 cm. PRESSÃO ARTERIAL MAIO JUNHO J ULHO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO J ANEIR O FEVEREIRO MARÇO Organização Mundial da Sa Américas Pan Americana Mundial da Saúde Organização Pan Americana da Saúde EX. D BP = 60 m m C OR RES P O ND E A 23 SEM . C O M PL E TA S ± 1 SEM A NA D E O P ES O F E T A L E N T R E 36 5 E 8 6 0 g. E A A L TU R A M D IA 2 9,5 c m . Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593 COLOQUEASETAVERMELHANOPRIMEIRODIADA DUM E PR O C U R E ADATADACONSULTA. OSVALORESPARACOMPARAÇÃ O S Ã O O S QUEESTÃOÀESQUERDADASEMANAUSADA PARA CÁ LC U L O Centro Latino-Americano de Perinatologia Saúde da Mulher e Reprodutiva Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai / www.paho.org/clap [email protected] Tel.: +598 2 487 2929 Fax: 598 2 487 2593

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Page 1: Parto m ZONA DE ALERTA Centro Latino-Americano de ......circunferência media do braço do recém-nascido no momento do nascimento. Conteúdo: Permite estimar a idade gestacional do

FCF ASSOCIADA ÀS CONTRAÇÕES. Interpretação de casos.Normal

• Sem variação significativa com a FCF basal, com acelerações transitórias.

• Dips I, ou desaceleração precoce sincrônica com a contração uterina. Em condições normais o feto tolera adequadamente a diminuição da pressão parcial de oxigeno (PO2) provocada pelas contrações uterinas. É frequente observar durante o parto, quedas da FCF coincidindo com a contração (DIP I ou desaceleração precoce sincrônica com a contração uterina), especialmente se as membranas estão rotas e/ou a cabeça do feto está encaixada. Isto não é o resultado de uma hipoxia fetal sistêmica, mas sim da estimulação vagal por compressão. De maneira geral os DIPS I não estão associados com morte fetal nem com hipoxia neonatal.

Alerta• Dips variáveis ou umbilicais, de

duração, amplitude e momento de inicio variáveis em relação com a CU.(Possível patologia funicular). Em outras ocasiões aparecem DIPS que não são facilmente identificados como DIPS I ou II, porque parecem intercalar-se uns com outros e tem diferente morfologia entre si. Estes DIPS variáveis ou umbilicais de duração, amplitude e momento de inicio variáveis em relação a contração uterina, são resultado de uma oclusão transitória dos vasos umbilicais quando o útero se contrai. Se a oclusão é breve (menos de 30 ou 40 segundos) produz somente uma estimulação do vago. Se é mais prolongada (mais de 40 segundos), também surge hipoxia fetal. Neste caso o DIP variável seria sinônimo de sofrimento fetal. Se existem fatores de risco, deve-se fazer a ausculta do feto com extremo cuidado.

Anormal• Dips II, ou desaceleração tardia.

Inicio tardio en relação a CU e recuperação depois que esta terminou. Atinge seu valor mínimo entre 20 e 60 segundos depois do

160

120

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Dip II

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mmHg

a b c d

COMEÇO E FINAL DE AUSCULTAÇÃO

FREQÜÊNCIACARDÍACAFETAL

CONTRAÇÃOUTERINA

Quando se registra bradicardia sustentada ou DIPS II o parto deverá ser considerado de alto risco. A taquicardia e os DIPS variáveis são situações de alerta e deve-se intensificar a vigilância da FCF, com a paciente em decúbito lateral esquerdo.

PARTOGRAMA COM CURVAS DE ALERTA. Apresentação: Planilha de 16 cm por 20 cm com curvas de alerta da dilatação cervical em função do tempo

Conteúdo: As curvas de alerta correspondem ao limite inferior (percentil 10) da evolução da dilatação cervical em função do tempo. Foram considerados quatro subgrupos de acordo com a paridade, a posição da mãe durante o período de dilatação e o estado das membranas aos 4 cm de dilatação cervical. A aplicação desta tecnologia permite prevenir o parto

DILATÓMETROApresentação: Planilha de 20 por 25 cm com orifícios de 2 a 10 cm de diâmetro com aumentos de um cm.

Conteúdo: Permite verificar o grau de dilatação cervical, estimada por toque vaginal, e também capacitar na avaliação da dilatação cervical.

uma revisão do caso e pode tomar as medidas apropriadas oportunamente.

FITA NEONATAL Apresentação: Fita métrica para medir a altura, o perímetro craniano e a circunferência media do braço do recém-nascido no momento do nascimento.

Conteúdo: Permite estimar a idade gestacional do recém nascido pela medida do perímetro craniano, o baixo peso ao nascer pela medida da circunferência media do braço e avaliar o estado nutricional. A fita tem dois lados: frente (branco) e verso (cor de rosa).

Frente: Apresenta uma escala de 55 centímetros com divisões de meio centímetro. Aos 9,5 centímetros tem linhas mais grossas que alertam a estimativa de baixo peso ao nascer pela medida da circunferência media do braço. No extremo direito uma ilustração mostra a técnica para medir o perímetro craniano, e altura e o perímetro médio do braço.

TÉCNICA E INTERPRETAÇÃO DE LA MEDIDAQuando o nascimento acontece antes da 35ª semana, a medida do Perímetro Craniano (PC) ao nascer é uma medida com valor similar a obtida por ultrassonografia obstétrica precoce.

Por isso, se a DUM não é conhecida, a medida do perímetro craniano permitiria estimar facilmente a idade gestacional do recém-nascido.

Admissão tardia O caso mostra uma nulípara com membranas íntegras em posição horizontal, que ingressou ao registro com 5 cm de dilatação cervical A curva de alerta foi traçada com os valores correspondentes às condições de ingresso do caso.

Quando a paciente ingressa com 5 cm ou mais de dilatação, o ponto de partida da curva de alerta será o primeiro valor de dilatação cervical registro no partograma.

Condições variáveis durante o trabalho de parto Se as condições do momento da admissão variam durante o trabalho de parto, é necessário atualizar a curva de alerta que havia sido traçada originalmente.Neste caso, uma multípara, em posição horizontal e com membranas ovulares íntegras o registro do partograma às 14:30 hs com 4 cm de dilatação cervical e 2 horas mais tarde atingiu 6 cm. O gráfico da dilatação interceptou a linha de base 30 minutos depois do começo

PROCEDIMENTO PARA FAZER UM GRÁFICO DA DILATAÇAO CERVICAL E AS CURVAS DE ALERTAOs dados utilizados para elaborar as curvas padrão de alerta foram obtidos a partir dos 4–5 cm de dilatação cervical (primeiro ponto de partida confiável para a medida por toque). Por isso, a curva de cada trabalho de parto deverá ser traçada a partir do momento em que a dilatação seja maior ou igual a 4-5 cm de dilatação cervical (linha de base). A partir desse momento, o observador

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Línha de base

Curva de alerta

ZONA DE ALERTA

5:30 6:30 7:30 8:30 9:30 10:30

Evolução dadilataçãocervical

DIL

AT

ÃO

CE

RV

ICA

L (

cm

)

HORAS DETRABALHODE PARTO

LÌnha de Base

Nulíparas

Multíparas

Todas as paridades

P o s i ç ã oV e r t i c a l

P o s i H o r i z o n t a l

Modelo para traçar as Curvas de Alerta de Partograma do CLAP/SMRMembranas Íntegras

Membranas Rotas

Membranas Íntegras

Membranas Rotas

Membranas Íntegras

Selecionar a curva de alerta mais apropiada para o caso (condi materna)

ção

a -Manter as linhas de base do modelo e do partograma sempre sobrepostas

b -

Se a posi materna muda ou as membranas se rompem, mudar a curva de alerta a partir desse

momento por aquela que corresponda nova situa. Para isso colocar a abertura adequada

sobre a curva de alerta ja traçada no ponto de dilata

ção

à

çãoção no qual se deu a mudança de situação.

Desenhar a curva a partir desse ponto para cima.

f -

Mover o modelo somente com movimentos laterais

c -Quando a curva de dilatação cruzar a linha de base do partograma, colocar o extremo inferior

da abertura selecionada sobre este ponto de intersec. Em seguida desenhar a curva de

alerta usando a abertura escolhida do modelo.ção

d -

Quando for uma admisstardia (mais de 4-5 cm), colocar a abertura selecionada sobre o ponto

correspondente primeira medida da dilata cervical e a partir desse

ponto traçar a curva.

ãoà

ção

e -

ç ã o

dilatação

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Endereço: Caixa Postal CC 627 C.P. 11000 Montevidéu, Uruguai

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Parto

10

9

8

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5

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3

2

1

HORA REAL

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

REM

Nova curvade alerta

Línha de base

Ponto de mudança

Curva de alertaoriginal

ZONA DE ALERTA

9:00 10:00 11:00 12:00 13:00 15:0014:00 16:00

Evolução dadilataçãocervical

DIL

ATA

ÇÃ

O C

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VIC

AL

(c

m)

HORAS DETRABALHODE PARTO

10 cm

9 cm

8 cm

7 cm

2cm

5 cm

6 cm

3cm

4cm

Dila

tôm

etro

para

verif

icar d

ilata

ção

cerv

ical

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10 cm

9 cm

8 cm

7 cm

2cm

5 cm

6 cm

3cm

4cm

Dila

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Verso: Apresenta os valores normais máximos (P90) e mínimos (P10) de peso para a idade gestacional e os valores médios (P50), máximos (P95) e mínimos (P5) de idade gestacional estimada pela medida do perímetro craniano.

acme da CU. Algumas condições de risco afetam a reserva feto-placentaria, provocando uma diminuição da PO2 abaixo do nível crítico. Clinicamente se traduz por taquicardia (pelo aumento de tônus simpático), bradicardia transitória de inicio tardio em relação a contração uterina (DIP II ou desaceleração tardia) e recuperação depois que esta termina. Atinge seu valor mínimo entre 20 e 60 segundos depois do acme da contração).

• A taquicardia isolada e sustentada, pode ser o primeiro sinal de sofrimento fetal.

• Bradicardia sustentada (< 100 bat/min) desaceleração que começa na CU, e que não se recupera quando esta termina.

prolongado, as intervenções que muitas vezes não são convenientes como a estimulação com ocitocina ou a operação cesárea e facilitar a ação no momento oportuno.

É um instrumento prático para monitorar o progresso do parto em um caso individual.

As curvas de alerta indicam um limite extremo (percentil 10) da evolução da dilatação cervical em função do tempo. Se a evolução ultrapassa o limite extremo pode significar uma desaceleração que requer maior vigilância para descartar alguma possível distocia.

Para estabelecer as curvas padrão normais, uma amostra de paciente foi subdividida segundo paridade, posição materna durante o trabalho de parto e o estado das membranas ovulares.

Na figura abaixo se pode observar os 5 padrões normais obtidos com esse estudo.

pode selecionar os valores correspondentes a uma determinada situação obstétrica (de acordo com a paridade, posição materna durante o trabalho de parto e estado das membranas ovulares). Os valores do padrão selecionado serão marcados no ponto em que a linha de base cruza com a curva de dilatação do caso. Admissão precoce.No exemplo o registro dos dados de uma nulípara, com membranas ovulares integras e em posição horizontal começou às 14:30 horas, hora real. O toque realizado nesse momento comprovou uma dilatação cervical de 3 cm. Esta primeira observaçao deve ser marcada no inicio do registro. Às 16:00 horas, hora real, se comprovou a rotura espontânea das membranas ovulares e o toque indicava 4 cm de dilatação.

Um novo ponto foi registrado na intersecção da abscissa correspondente a hora real 16:00 (1:30 hora depois de começar o registro) com a ordenada aos 4 cm de dilatação (figura 84) A linha que une os pontos aos 3 cm e 4 cm permite visualizar o progresso da dilatação cervical. No exame obstétrico seguinte realizado às 18:00 horas, hora real, a 3:30 hs do começo do registro no partograma, a dilatação cervical era de 6 cm.

Como se pode ver, a intersecção entre a curva de dilatação e a linha de base foi duas horas depois do inicio do registro no partograma. Este é o ponto de partida para traçar a curva de alerta. Na planilha se selecionará a curva correspondente a este caso (posição horizontal, nulípara, membranas rotas). Neste exemplo, o trabalho de parto e o parto tiveram uma evolução normal e a curva de dilatação cervical esteve ao lado esquerdo da curva de alerta.Nesta mesma figura apresenta-se outro caso no qual, a partir dos 8 cm. a velocidade da dilatação fica mais lenta e sua linha cruza a curva de alerta traçada. Esse fato indica a possibilidade de um trabalho de parto prolongado, alertando a equipe de saúde que fez

do partograma. A partir desse ponto, uma curva de alerta correspondente ao caso foi traçada, com ajuda da planilha. Quando a paciente tinha 7 cm de dilatação as membranas se romperam espontaneamente, foi necessário traçar uma nova curva de alerta substituindo os valores iniciais pelos correspondentes a multípara, em posição horizontal com membranas rotas.O traçado da nova curva de alerta começa na curva anterior aos 7 cm quando se registrou a rotura das membranas.

Para medir o perímetro craniano, ajustar suavemente a fita métrica ao redor da cabeça do bebe. O zero da escala deve estar colocado em um ponto que permita ler facilmente o resultado. A medida será a indicada pelo ponto onde a fita cruza com o zero da escala.

Exemplo: O perímetro craniano ao nascer de 28 cm corresponde no reverso da fita a uma idade gestacional estimada em 30 semanas (P50) com uma dispersão de +- 2.5 semanas (27.5-32.5 semanas). Para esta idade gestacional media, os valores mínimo (P10) e máximo (P50) de peso são 1000g e 2000 g respectivamente.

Como o Perímetro Craniano entre a 22ª e a 35ª semanas cresce aproximadamente 1 cm por semana, uma forma simples para fazer uma estimativa rápida da Idade Gestacional é somar 2 ao valor do perímetro craniano obtido. Exemplo: a media de IG dos recém-nascidos com um PC=27cm é 29 semanas.

A simples medida do perímetro craniano nos permitirá estimar se é um recém-nascido prematuro ou a termo com um erro similar ao de outros procedimentos. Se houver uma balança também se pode determinar a relação peso para idade gestacional.

LÌnha de Base

Nulíparas

Multíparas

Todas as paridadesP o s i ç ã o V e r t i c a l

P o s i H o r i z o n t a l

Modelo para traçar as Curvas de Alerta de Partograma do CLAP/SMR

Mem

bran

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nteg

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Mem

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Selecionar a curva de alerta mais apropiada para o caso (condi materna)ção

a -Manter as linhas de base do modelo e do partograma sempre sobrepostas

b -

Se a posi materna muda ou as membranas se rompem, mudar a curva de alerta a partir desse

momento por aquela que corresponda nova situa . Para isso colocar a abertura adequada

sobre a curva de alerta ja traçada no ponto de dilata

ção

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ção no qual se deu a mudança de situação.

Desenhar a curva a partir desse ponto para cima.

f -

Mover o modelo somente com movimentos laterais

c -Quando a curva de dilatação cruzar a linha de base do partograma, colocar o extremo inferior

da abertura selecionada sobre este ponto de intersec . Em seguida desenhar a curva de

alerta usando a abertura escolhida do modelo.

ção

d -

Quando for uma admiss tardia (mais de 4-5 cm), colocar a abertura selecionada sobre o ponto

correspondente primeira medida da dilata cervical e a partir desse ponto traçar a curva.

ão

à

ção

e -

ç ã o

dilatação

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160

120140

10040

20

0

bat/minFCF

CU

Dip I

mmHg

15seg.

COMEÇO E FIM DA

AUSCULTAÇÃO DA FCF

160

120140

10040

20

0

bat/minFCF

CU

Dip variável

mmHg

15seg.

160

120140

10040

20

0

bat/minFCF

CU

Dip II

mmHg

15seg.

Deve-se auscultar desde o começo da

contração e até 30 segundos depois de

concluída em períodos de 15 seg.

Multiplicar cada valor por 4, comparando-os

entre si e com a FCF basal.

Repetir as observações nas três ou quatro

contrações seguintes.SE FOR DETECTADA ANORMALIDADE

DURANTE A AUSCUTA,

ADOTE AS SEGUINTES MEDIDAS:

Se se administrou ocitocina, suspenda-a.

Realize toque vaginal para descartar

procidência de cordão e avaliar a altura

da apresentação. Coloque a gestante em decúbito lateral.

Avalie tônus e contratilidade uterina.

Avalie a pressão arterial

Sem variação significativa

com a basal Acelerações transitórias DIP I ou desaceleração

precoce sincrônica com a

contração uterina (CU) Dip II desaceleração tardia.

Início tardio em relação à

contração uterina e recuperação depois do final da

mesma. Atinge seu valor

mínimo entre 20 a 60

segundos após o pico da

contração uterina. Bradicardia sustentada

(menos de 100 bat/min)

Desaceleração iniciada na

contração uterina, que não se

recupera depois do final da

mesma.

Dips variáveis ou umbilicais

com duração, amplitude e

momento de começo variáveis

em relação com a contração

(possível patologia funicular).

Hipoxia

NORMAL

ALERTA

ANORMAL

FCF ASSOCIADA ÀS CONTRAÇÕES UTERINAS

COMEÇO E FIM DA

AUSCULTAÇÃO DA FCF

COMEÇO E FIM DA

AUSCULTAÇÃO DA FCF

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Palpaçãouterina

Tempo

Pulsomaterno

Ombrofetal

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 361 3 5 7 8 8 8 8 9 9 9

FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL (FCF) DURANTE A GRAVIDEZ E O PARTOMONITORAMENTO CLINICO DA CONTRATILIDADE UTERINA E DA

Colocar a mão estendida no abdomeda mãe, sobre o corpo uterino,

sem estimulá-lo.

CONTRATILIDADE CONTRATILIDADE DURANTE A GRAVIDEZ (Períodos de 1 hora)Contrações uterinas detectadas por palpação durante a gravidez segundo a idade gestacional Idade gestacional (semanas)Nº máximo (percentis 90) contrações/hora

CONTRATILIDADE DURANTE O TRABALHO DE PARTO (Períodos de 10 minutos)

FREQUÊNCIA CARDÍACA FETAL (FCF) NA GRAVIDEZ (desde a semana 20)E ENTRE CONTRAÇÕES DURANTE O PARTO

Contar, por auscuta, em umperíodo de 15 segundos,o número de

batimentos fetais e multiplicá-los por 4.120 - 160 bat/min

Hipóxia leveMais de 160 bat./min.Taquicardia119/100 bat./min.Bradicardia leve.

Hipóxia ou bloqueio cardíaco congênitoMenos de 100 bat./min

Bradicardia marcada persistente

TÔNUS: (Hipertonia) Impossívelpalpar partes fetais.FREQUÊNCIA: (Taquissistolia) mais de 7 contrações.

INTENSIDADE: (Hipersistolia) O útero se mantém endurecido.

DURAÇÃO: mais de 60 seg.

TÔNUS:Palpam-se as partes fetais com dificultade.FREQUÊNCIA: 6-7 contrações a cada 10 minutos

INTENSIDADE: O útero se mantém endurecido com dificuldade durante toda a contração.

DURAÇÃO: 50-60 segundos

TÔNUS:Palpam-se as partes fetais. O útero se deprime entre contrações.FREQUÊNCIA: 2 a 5 contrações en 10 minutos

INTENSIDADE: o útero se mantém endurecido no pico da contração.

DURAÇÃO: de 20 a 50 segundos

FCF ENTRE CONTRAÇÕES (BASAL)

NORMAL ANORMALALERTA

NORMAL ANORMALALERTA

AMENORRÉIA em semanas completas. Do lado esquerdo da semana encontrada estão os valores que serão comparados:

percentis 90 e 10 da altura uterina; percentis 95 e 25 do aumento de peso materno e percentis 95 e 5 do perÌmetro abdominal

fetal por ecografía.

GESTOGRAMA

TÉCNICAS PARA AS MEDIDAS

ALTURA UTERINA.

GANHO DE PESO MATERNO. Fixar o zero da fita

métrica na margem superior da sínfise púbica,

deslizando a fita entre os dedos indicador e médio até alcançar o fundo uterino com a

margem cubital dessa mão, conforme representado no disco.

Diminui-se do valor do peso atual, o valor do peso

habitual verificado nos três meses prévios à gestação. Utilizar balança com pesos,

com a gestante descalça, apenas com roupa íntima.

Para a elaboração do gestograma foram empregadas medidas obtidas em populações latino-americanas acompanhadas pelas equipes do CLAP/SMR.

D + d2

3,14

CONTRAÇÕES UTERINAS.

PRESSÃO ARTERIAL.

Considerar as contrações

registradas por tocodinamometria externa ou por

palpação uterina por pessoal devidamente treinado.

Mede-se com a gestante sentada,

colocando o manguito do esfigmomanómetro no

antebraço direito e auscultando a artéria cubital.

MEDIDAS POR ULTRASSONOGRAFIA.

CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL.

COMPRIMENTO CABEÇA-NÁDEGAS.

D.B.P.

Obtidas com

um equipamento em tempo real com velocidade de

propagação de 1540 m/seg.

Mede-se a

maior distáncia entre ambos extremos.

É medido em mm da tábua óssea externa do

parietal proximal até a tábua óssea externa do parietal

distal.

Pode-se medir diretamente no equipamento de ultras-

sonografia por meio de perímetro traçado ao longo da margem externa do abdômen fetal no nível

do Ducto Venoso de Arancio ou determinando o diâmetro maior (D) e o diâmetro menor (d

)

perpendicular ao anterior, ambos medidos da margem externa à margem externa, aplicando a

fórmula da elipse. P. Abd. =

No disco giratório da esquerda, coloque a seta vermelha no primeiro dia da DUM e procure a data da consulta; assim se obtém a

Este lado do disco permite detectar os casos com retardo do crescimento fetal intra-uterino (medidas menores que os valores

mais baixos que os respectivos percentis), de macrossomia fetal (medidas maiores que os valores mais altos que os percentis

que correspondem); as alterações da duração da gestação ou da contratilid

ade uterina antes da 37a semana bem como de

possíveis alterações da vitalidade fetal (número baixo de contrações percebidas pela mãe).

Se a DUM não for conhecida, usando o disco fixo da direita pode-se estimar a amenorréia com um erro conhecido empregando

medidas obtidas por ultrassom embrio-fetais (comprim

ento cabeça-nádega DBP). A partir

da 20a semana são apresentados os

valores dos percentis 90 e 10 do peso fetal e do P50 da altura para cada semana. Também estão descritos os percentis P95 e 5

da pressão arterial sistólica e diastólica materna medidas com a mãe sentada, valores válidos para toda a gestação.

Se a criança nasceu e sua idade gestacional não é conhecida, nem existem medidas fetais para sua estimação podem ser

utilizados os valores de peso (m

edido com uma balança), altura e do diâmetro biparietal do recém-nascido medido com um

compasso para conseguir uma aproximação rápida e simples da duração da gestação.

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COLO

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IA DA DUM E PROCURE

A DA

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STÃO

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DA DA

SEMA

NA US

ADA P

ARA CÁLCULO

DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO

DATA DA ULTIMA MENSTRUAÇÃO

SE A DUM NÃO FOR CONHECIDA

O COMPRIMENTO CABEÇA-NÁDEGA OU O D B P

POR ULTRASSOM ESTIMARÁ A AMENORRÉIA

EX.: + 60 mm CORRESPONDE A

23 SEM. COMPLETAS +1 SEM. DE VARIAÇÃO.

O PESO FETAL ENTRE 365 e 860 g.

E ALTURA MÉDIA 29,5 cm.

PRESSÃO ARTERIAL

SISTÓLICA DIASTÓLICA

TODA A GRAVIDEZ

MÃE SENTADA

MAIO

JUNHO

JULH

O

SETEMBRO

OUTUBRONOVEMBRO

DEZEMBRO

JAN

EIR

OFE

VERE

IRO

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A L U TS

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Organização

Mundial da Sa

ESCRITORIO REGIONAL PARA AS Américas

Pan Americana

ND

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P

Mundial da Saúde

Organização

Pan Americana

da Saúde

EX. DBP = 60 mmCORRESPONDE A23 SEM. COMPLETAS

± 1 SEMANA DE O PESO FETALENTRE 365 E 860 g.

E A ALTURA

M DIA 29,5 cm.

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COLOQUE A SETA VERMELHA NO PRIMEIRO DIA DA DUM E PROCURE

A DATA DA CONSULTA. OS VALORES PARA COMPARAÇÃO SÃO OS

QUE ESTÃO À ESQUERDA DA SEMANA USADA PARA CÁLCULO

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