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POVO LIVRE Director: José Luís Moreira da Silva Periodicidade Semanal Internet: www.psd.pt - E-Mail: [email protected] PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA nº 1441 - 18 de Janeiro de 2006 - Preço 0,75 José Luís Moreira da Silva Editorial CAVACO SILVA GANHAR À PRIMEIRA Marques Mendes em Pombal com Cavaco Silva página 16 É já no Domingo, dia 22 de Janeiro, que o País pode entrar na História, ao eleger, à primeira volta, o primeiro Presidente não-socialista da nova República! Todos nós temos a obrigação de ajudar a fazer essa História. Penso que nenhum de nós quer regressar à confusão da segunda volta, com toda a esquerda a unir-se, compulsivamente, para derrotar Cavaco. Chegou o pesadelo de 1986 e as suas consequências soaristas que ainda hoje pagamos... Façamos um favor, pequenino, a Alegre, Louça ou Jerónimo, não os obriguemos a votar Soares! Evitemos os embaraços da esquerda, os enjoos dos elefantes ou dos sapos que teriam de engolir, os defeitos de visão que adviriam de ter que votar com os olhos fechados ou tapando o boletim de voto... Também penso que nenhum de nós quer manter o socialismo na cadeira de Belém. Cabe- nos demonstrar que o cargo de Presidente da República não é só para o PS. Que Cavaco o pode desempenhar bem melhor que Soares ou Sampaio. E não há sequer comparação possível. Com Cavaco não teremos a sua agenda pessoal a interferir no país, mas apenas a agenda de Portugal. Com Cavaco não se fecharão os olhos às asneiras dos Governos, apenas pela sua cor partidária, ou se demitirão outros apenas pelas mesmas razões. Com Cavaco teremos isenção e sentido de missão em prol de Portugal. Apenas isso, mas tanto isso. E chega, pois já é mais do que tivemos nestes últimos vinte anos (Ufa!) de presidências socialistas. Não se espere que Cavaco vingue o PSD, o apoie mais do que a Governos do PS, interfira no Governo ou na Oposição por interesses partidários ou pessoais. Isso não é Cavaco. Quem quer que o futuro Presidente faça isso, quer a continuação do mesmo que temos tido. O que precisamos é que o futuro Presidente esteja acima dos partidos e dos interesses pessoais, una os portugueses e nos ajude a ganhar confiança e capacidade para progredir, utilizando todas as capacidades do seu cargo e principalmente da sua eleição por sufrágio directo e universal, maioritário e unipessoal, a única assim constitucionalmente consagrada. No próximo Domingo vamos dar tudo por tudo e fazer História! Vamos ajudar a eleger Cavaco “à primeira”! Tudo por tudo!

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Page 1: PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA POVOLIVRE - psd.pt · campanha com Cavaco Silva em Ponte de Lima. ... Além de Alberto João Jardim, ... Guilherme Silva e Correia de Campos, o presidente

POVOLIVREDirector: José Luís Moreira da Silva Periodicidade Semanal Internet: www.psd.pt - E-Mail: [email protected]

PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA nº 1441 - 18 de Janeiro de 2006 - Preço 0,75

José LuísMoreira da Silva

Editorial

CAVACO SILVAGANHAR À PRIMEIRA

Marques Mendesem Pombal

com Cavaco Silvapágina 16

É já no Domingo, dia 22 de Janeiro, que o Paíspode entrar na História, ao eleger, à primeira volta,o primeiro Presidente não-socialista da novaRepública!

Todos nós temos a obrigação de ajudar a fazeressa História.

Penso que nenhum de nós quer regressar àconfusão da segunda volta, com toda a esquerdaa unir-se, compulsivamente, para derrotar Cavaco.Chegou o pesadelo de 1986 e as suasconsequências soaristas que ainda hoje pagamos...

Façamos um favor, pequenino, a Alegre, Louçaou Jerónimo, não os obriguemos a votar Soares!

Evitemos os embaraços da esquerda, os enjoosdos elefantes ou dos sapos que teriam de engolir,os defeitos de visão que adviriam de ter que votarcom os olhos fechados ou tapando o boletim devoto...

Também penso que nenhum de nós quermanter o socialismo na cadeira de Belém. Cabe-nos demonstrar que o cargo de Presidente daRepública não é só para o PS. Que Cavaco o podedesempenhar bem melhor que Soares ou Sampaio.

E não há sequer comparação possível. ComCavaco não teremos a sua agenda pessoal ainterferir no país, mas apenas a agenda de Portugal.Com Cavaco não se fecharão os olhos às asneirasdos Governos, apenas pela sua cor partidária, ouse demitirão outros apenas pelas mesmas razões.Com Cavaco teremos isenção e sentido de missãoem prol de Portugal. Apenas isso, mas tanto isso.E chega, pois já é mais do que tivemos nestesúltimos vinte anos (Ufa!) de presidênciassocialistas.

Não se espere que Cavaco vingue o PSD, oapoie mais do que a Governos do PS, interfira noGoverno ou na Oposição por interesses partidáriosou pessoais. Isso não é Cavaco. Quem quer que ofuturo Presidente faça isso, quer a continuação domesmo que temos tido.

O que precisamos é que o futuro Presidenteesteja acima dos partidos e dos interesses pessoais,una os portugueses e nos ajude a ganhar confiançae capacidade para progredir, utilizando todas ascapacidades do seu cargo e principalmente da suaeleição por sufrágio directo e universal, maioritárioe unipessoal, a única assim constitucionalmenteconsagrada.

No próximo Domingo vamos dar tudo por tudoe fazer História!

Vamos ajudar a eleger Cavaco “à primeira”!

Tudo por tudo!

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Eleições Presidenciais

Cavaco Silva garantiu no últimodia da sua visita ao Funchal, que oslíderes do PSD e CDS, os doispartidos que apoiam a sua candidaturaa Presidente da República, “são muitobem vindos” à campanha eleitoral.

“Não há nenhuma alteração deestratégia, eu continuarei a ser o únicoporta-voz da minha candidatura”,mas Marques Mendes participounum mega-jantar-comício emPombal, na segunda-feira, e Ribeiroe Castro estará numa acção decampanha com Cavaco Silva emPonte de Lima.

“Se [os líderes do PSD e do CDS-PP] puderem comparecer a algumainiciativa da minha campanha, tantoum como outro, são muito bemvindos”, afirmou Cavaco Silva.

Salientando ser um candidatosupra-partidário, porque a sua decisão“foi pessoal e não determinada porqualquer directório partidário”, ocandidato adiantou que “isso nãoimpede que muitos militantes esimpatizantes do PSD e CDS

Último dia no Funchal:«Líderes do PSD e CDS são “muito bemvindos” à campanha»

apareçam nas iniciativas decampanha”.

Na Madeira, Cavaco Silva teve oapoio de vários dirigentes regionaisdo PSD/M e do CDS/M.

Além de Alberto João Jardim,líder regional do PSD, que o recebeulogo na sexta-feira no Funchal,estiveram hoje presentes váriossecretário regionais e o líder do CDSmadeirense, José Manuel Rodrigues.

Os deputados sociais-democratasGuilherme Silva e Correia deCampos, o presidente da AssembleiaLegislativa Regional, MiguelMendonça também

Em Riode Mouro

Cavaco Silva contou, no arranqueoficial da campanha presidencial, como apoio do “pesos pesados” do PSD edo CDS, como Manuela Ferreira

Leite, Maria José Nogueira Pinto eAzevedo Soares.

O ex-ministro das Obras Públicasdo último Governo de Cavaco Silva,Ferreira do Amaral, o líderparlamentar do PSD, Luís MarquesGuedes, o vice-presidente do CDSAnacoreta Correia e a ex-ministra dosNegócios Estrangeiros TeresaGouveia foram outras das figuras quedecidiram aparecer na primeirainiciativa de Cavaco Silva no arranquepara a campanha oficial.

Luís Filipe Menezes, presidenteda Câmara de Vila Nova de Gaia, foioutro social-democrata que sedeslocou ao pavilhão da escolasecundária de Rio de Mouro, noconcelho de Silva.

Entre as figuras do PSD e do CDS-PP presentes, encontram-se ainda olíder da distrital de Lisboa do PSDAntónio Preto, a ex-vereadora daCâmara de Lisboa Helena Lopes daCosta, o ex-ministro dos NegóciosEstrangeiros João de Deus Pinheiro,

o presidente da Câmara de Sintra,Fernando Seara, o ex-ministro dasFinanças Braga de Macedo e aindaDavid Justino, antigo ministro daEducação.

À semelhança do que aconteceuem algumas iniciativas da pré-campanha, o antigo Presidente daRepública Ramalho Eanes, que lideraa comissão de honra da candidaturade Cavaco Silva, está igualmentepresente na primeira acção decampanha oficial do ex-Primeiro-Ministro. À margem da esferapartidária, Cavaco Silva contou aindacom o apoio do apresentador detelevisão Jorge Gabriel, da actrizEunice Muñoz, o locutor de rádioAntónio Sala e do encenador FilipeLa Féria.

Nas bancadas do pavilhão daescola secundária de Rio de Mouro,os jovens encarregam-se da animaçãodo almoço, com rufos de tambor eentoando cânticos como “Cavaco édiferente, Portugal mais à frente”.

A melodia do hino da Juventude

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Eleições Presidenciais

Leonina foi também aproveitadopelos apoiantes que, ainda antes deCavaco Silva falar, cantavam: “Umacurva belíssima, um presidentefantástico”.

Cavaco Silva dramatizou aescolha do próximo chefe de Estado,sublinhando que estas eleiçõescondicionarão o futuro do país “nospróximos 10,15 ou mais anos”.

“É uma escolha muito diferentedaquela que teve lugar em outraseleições presidenciais”, sublinhouCavaco Silva, num almoço comapoiantes em Rio de Mouro, quemarcou o arranque da campanhaoficial para as eleições presidenciaisde 22 de Janeiro.

O candidato sublinhou que“nunca umas eleições presidenciaisem Portugal foram disputadas numasituação de tão grande dificuldadepara o país”.

“As próximas eleições são muitoimportantes não apenas para ospróximos cinco anos, mas para ospróximos dez, quinze ou mais anos”,afirmou, renovando o seu apelo contraa abstenção.

Depois de as últimas sondagenslhe atribuírem um resultado de 60 porcento das intenções de voto - o quegarantiria uma vitória à primeira volta– Cavaco Silva fez questão de frisarque “a decisão só tem lugar nopróximo dia 22”.

“Até lá há muito trabalho, muitamobilização a fazer, muitos indecisosa ajudar a decidir”, alertou.

Num discurso de balanço, um dosmais longos desde o início da voltapelo país, a 2 de Janeiro, Cavacodirigiu-se a públicos que têm estadoausentes das suas intervenções, comoos funcionários públicos - “é precisoafirmar claramente a dignificação dafunção pública” -, os reformados, osdesempregados e aqueles que moram

nas periferias das grandes cidades.“Serei uma voz em relação a todos

aqueles que não têm voz na sociedadeportuguesa”, prometeu.

O candidato a Belém definiu aindao papel que defende para o Estado.

“Quero um Estado ao serviço dobem comum, ao serviço de todos enão das clientelas partidárias ou decorporações privilegiadas”, afirmou,reiterando que, se for eleito, vaiprocurar difundir uma cultura “demérito e exigência” em relação àclasse política e administradorespúblicos.

«Um Presidente não tempoderes para fazer tudo,

mas tem poderes paraestragar quase tudo» -Medina Carreira

Antes, o mandatário distrital porLisboa, o fiscalista Medina Carreira,alinhou no mesm tom de discurso,sublinhando que Portugal “atravessaa crise mais generalizada, maisprofunda e mais demorada dosúltimos trinta anos”.

“Nenhum Presidente daRepública pode assegurar a mudança,mas um Presidente mal escolhidopode impedi-la. Um Presidente nãotem poderes para fazer tudo, mas tempoderes para estragar quase tudo”,avisou.

No arranque da campanha, omandatário nacional, o neurocirurgiãoJoão Lobo Antunes, alertou tambémpara os perigos do excesso deconfiança.

“A luta vai ser brava. Os outrosque se preocupem com as sondagens,continuemos nós a pensar emPortugal”, disse.

Em TorresVedras

“Farei ouvir a minha voz se notar,se tiver indicações, de que o Estado éusado por alguns ao serviço declientelas. Nesse caso digo-lhes: nãoficarei calado”, afirmou Cavaco Silvano jantar-comício em Torres Vedras.

A iniciativa que encerrou oprimeiro dia oficial de campanha,reuniu cerca de mil apoiantes daCandidatura, entre eles o ex-Presidente da Assembleia daRepública, Mota Amaral, e culminouum dia de intensa actividade compassagens entusiásticas por Sintra eCascais.

Cavaco Silva recordou anecessidade de combater a abstenção,falou da confiança que leva osempresários a investir e prometeu“fazer mais para os ajudar areconquistar a confiança perdida nosúltimos anos”.

Lembrou que, se for eleito, será umagente de desenvolvimento. “Semdesenvolvimento não há emprego, nãohá possibilidade de combater as bolsasde pobreza, não conseguimos garantiraos mais idosos o cumprimento doscompromissos assumidos pelo Estadono passado”, referiu.

Cavaco Silva insistiu na ideia dacredibilização da classe política. Paraque isso seja conseguido, disse o

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Eleições Presidenciais

Candidato, “ os governantes têm queser mais exigentes nas suasescolhas”.

Prometendo trabalhar para aestabilidade política que, no seuentender, é outra das condições paraconduzir Portugal ao caminho dodesenvolvimento, Cavaco Silvaafirmou: “Os Governos sãoescolhidos por quatro anos e devemter possibilidade de cumprir alegislatura”.

* “O melhor que encontrei até

agora foi o contacto com osportugueses”, afirmou Cavaco Silvaem Rio de Mouro, num almoço quereuniu cerca de dois mil apoiantes emarcou o arranque oficial dacampanha para as eleiçõespresidenciais do próximo dia 22 deJaneiro.

Cavaco Silva reafirmou quePortugal precisa de um Presidentehonesto, rigoroso e intransigente emrelação ao “clientelismo” e à

corrupção. Um Presidente que valorizeo mérito na escolha daqueles querepresentam os portugueses naAdministração Pública.

“Quero um Estado ao serviço dobem comum, ao serviço de todos e nãodas clientelas partidárias ou decorporações privilegiadas”, disse.

Perante uma plateia onde ajuventude era significativa e ruidosa,Cavaco Silva voltou a dizer querer vira ser o “Presidente do sim num Paísque quer afirmativo”.

Sublinhou, por isso, a necessidadede afirmar claramente a dignificaçãoda função pública e lembrou todosaqueles que têm sido esquecidos: ascrianças pobres, os idosos quepadecem cada vez mais, osdesempregados, e os que vivem semcondições nas periferias das grandescidades.

Para resolver os problemas detodos é necessário “voltar a trazer agrandeza a Portugal”, disse,sublinhando: “Serei uma voz em

relação a todos aqueles que não têmvoz na sociedade portuguesa”.

No Porto:entusiasmo dasruas e grandecomício noColiseu

Cavaco Silva considerou“esmagador” o apoio que encontrou aodescer a rua de Santa Catarina, na baixado Porto, onde foi acompanhado pormilhares de pessoas.

“É verdadeiramente esmagador.O Porto é demais”, afirmou CavacoSilva, numa paragem no caféMajestic.

A descida começou na Praça de

Batalha, onde o candidato teve muitasdificuldades para sair do carro e amulher, Maria Cavaco Silva, nemsequer se atreveu a sair., tal era apressão da multidão que aguardava oantigo Primeiro-Ministro.

“Isto é muito bonito, não mereceque ninguém vá parar ao hospital”,comentava um membro da comitivade Cavaco.

Foi nos 200 metros até ao Majesticque a confusão foi maior, commilhares de pessoas a encher a praça ea querer chegar prtóximo docandidato, para o saudar pessoalmente.

“Não vale a pena iludir-nos, osportugueses estão na rua”, sublinhouCavaaco Silva, aos jornalistas queacompanham a sua candidatura,dizendo «não se recordar de ver umatão grande enchente no Porto».

Questionado sobre se conta com oNorte para lhe dar a vitória naspresidenciais de dia 22, Cavaco Silvasublinhou que “as eleições ganham-se em todo o país”.

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Eleições Presidenciais

“Não quero deixar ninguém defora deste pelotão”, disse.

Na baixa do Porto, o candidatosaltou - sem ser a pedido -, atirou panfletos e distribuiu beijos, muitos beijos.

“Quero dar um beijinho, caramba,ao menos um beijinho!”, pedia umaapoiante, enquanto outra lutava porlhe tocar.

“Não saio daqui sem lhe tocar!”,garantia.

Antes da chegada do candidato,foram distribuídos exemplares darevista “Homem Magazine” deSetembro, onde Cavaco Silva deu asua primeira entrevista comocandidato a Belém.

Na descida da rua de SantaCatarina estiveram também opresidente da Câmara Municipal doPorto, Rui Rio, o ex-ministro SilvaPeneda. No final, Cavaco Silva subiua um ponto mais alto, onde o esperavaa mulher, com uma rosa e, apesar dehaver um microfone e altifalantespreparados, não discursou comoestava previsto, dizendo: «Sãoemoções demasiado fortes, não tenhopalavras, estou muito comovido…»disse aos jornalistas, antes de entrarpara o carro, rumo ao almoço emGaia.

Talvez até já não tenha ouvido oagradecimento de uma apoianteentusiasmada: Senhor Professor,muito obrigada pelo sacrifício queanda a fazer por nós!”.

O Coliseu do Porto, comcapacidade para três mil pessoas estavasuperlotado e Cavaco Silvaaproveitou a onda de entusiasmo pela

sua candidatura para, entre aplausos,afirmar: “A minha candidatura trouxeo povo simples, o povo a que meorgulho de pertencer para a rua”.

“Quem até agora mobilizou tantagente?” Perguntou Cavaco Silva e,entusiasticamente aplaudido, noprimeiro grande comício desta“volta” pelo Norte do País,acrescentou:

“Esta campanha já demonstrou deforma inequívoca qual o candidatoque melhor pode mobilizar osportugueses”.

“A gente do Norte quis dizer quenão se resigna. As gentes do Norteacham que esta é a altura de tomarconta do futuro de Portugal. Estoucerto de que se vieram até aqui vãocontinuar com o trabalho até ao dia22. E é o país que vos agradece”, disseCavaco Silva.

E, apontando como exemplo amobilização dos apoiantes da suacandidatura, Cavaco Silva afirmou:“As gentes do Porto deram uma liçãonotável, extraordinária àquelescandidatos que fizeram destacampanha uma campanha de ataques,mentiras e de injúrias”.

«Esta cidade e a sua gentereceberam o candidato da vitória, maspara esta vitória, que já se pressente,temos que nos bater até ao último dia,com a convicção de que a verdadeiracultura começa na cortesia para comos outros, no respeito pela diferença ena argumentação racional e limpa»,afirmou o Mandatário Nacional, oneurocirurgião João Lobo Antunes nocomício do Coliseu do Porto.

Muito aplaudido e, constanteinterrompido pelas palavras de ordeme apelos à vitória na primeira volta,João Lobo Antunes lembrou que talcomo ele, “muitos que acreditamregressaram a este País, quandopoderiam colher fama e proveitonoutras terras”.

“Também Cavaco Silva querregressar ao serviço público da suaterra, saindo da vida confortável daacademia, decidido a meter,novamente, mãos à obra. Mãos àobra, meus caros amigos, é o que nosespera a todos”, disse o MandatárioNacional da Candidatura de CavacoSilva e acrescentou:

“A mensagem insistente do nossocandidato é a recusa à resignação. Elenão se resigna e nós também não”.

No comício, o MandatárioDistrital, Prof. Valente de Oliveirasublinhou a importância e osignificado de uma vitória já nopróximo dia 22 de Janeiro. Segundoas suas palavras, Cavaco à primeirasignifica que as pessoas queremrealmente ver o Prof. Cavaco Silvana Presidência da República.

Campanhano distritode Viana doCastelo

«O País não resolve os seus

problemas quando muda comfrequência de Governo ou deministros».

Cavaco Silva iniciou, em Arcosde Valdevez, o dia de campanha nodistrito de Viana do Castelo com areafirmação de que é um defensorda estabilidade política e “quer queo Governo governe bem, não apenaspara alguns mas para todos”.

“Quero dizer muito claramenteaqui no Alto Minho: farei todos ospossíveis para que o nosso Governo,que foi escolhido livremente hámenos de um ano, possa completaro seu mandato”, disse Cavaco Silva,no almoço com apoiantes em Arcosde Valdevez e acrescentou:

“O País não resolve os seusproblemas quando muda comfrequência de Governo ou anda amudar com frequência deministros“.

Como na véspera, no comício doColiseu do Porto, Cavaco Silvaagradeceu a grande mobilização dasgentes do Norte e lembrou que estamovimentação do povo simples quevem para a rua é um sinal positivode que a sua Candidatura é“verdadeiramente nacional”.

“Milhares e milhares de pessoasaparecem nas ruas dizendoinequivocamente aquele quequerem no próximo dia 22 para onosso País”, referiu Cavaco Silvalembrando que Portugal precisa “deum Presidente honesto, vertical eque defenda acima de tudo ointeresse nacional”.

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Eleições Presidenciais

*“Considero importante que cada

português conheça bem oscandidatos. Sei que Portugal podevencer e, por isso, tenho isso escritonum dos meus cartazes”, disseCavaco Silva em Ponte de Limanuma visita que contou com apresença do líder do CDS-PP,Ribeiro.

Cavaco Silva falava durante umapassagem pela Adega Cooperativa dePonte de Lima e aproveitou paralembrar o seu contributo, enquantofoi Primeiro-Ministro, para odesenvolvimento da região,nomeadamente, as mediadastomadas para fomentar o turismo dehabitação e a comercialização dovinho verde.

Agora, Cavaco Silva elogiou opatrimónio de Ponte de Lima eapelou a todos os apoiantes da suacandidatura para que apesar do climade euforia e entusiasmo nãodesmobilizem porque, “só na manhãdas eleições, quando abrirem asurnas, receberei os primeiros votosdos portugueses”.

O Presidente da Cooperativa dePonte de Lima ofereceu uma garrafade espumante a Cavaco Silva eformulou votos para que fosse abertano dia em que ganhar as eleições.

Cavaco Silva prometeu satisfazero pedido e, por entre aplausos e gritosde Cavaco à primeira, agradeceu apresença das “gentes de Ponte deLima”, e do presidente da CâmaraMunicipal, Daniel Campelo.

Em declarações aos jornalistas,

Cavaco Silva sublinhou a satisfaçãopor contar com a presença do líderdo CDS-PP, Ribeiro e Castro,recordando que não está na suamaneira de ser secundizar as forçaspolíticas.

“Não posso deixar de sublinharque o CDS tomou a decisão formalde me apoiar em nome do interessenacional e não do interessepartidário”, referiu Cavaco Silva.

O líder do CDS-PP, Ribeiro eCastro reafirmou que é “um apoianteconvicto da Candidatura do Prof.Cavaco Silva e, portanto, as pessoasvem bater a porta errada quandoprocuram pôr-me a alimentarconflitos artificiais”.

No Distrito de Leiria:No maior jantar comíciode sempre - mais de 4.000pessoas - Cavaco Silvaorgulhoso com apoio doPSD

Aníbal Cavaco Silva afirmou,em Pombal, no início da sua voltapelo Distrito de Leiria, ter “muitoorgulho” no apoio do PSD, eagradeceu aos dirigentes so ciais-democratas e democratas-cristãospor respeitarem “integralmente” asua vontade de ter uma candidatura“pessoal”.

“Tenho muito orgulho em ter oPSD a apoiar-me”, afirmou CavacoSilva, em declarações aosjornalistas, no início de um jantarcom mais de quatro mil pessoas emPombal e onde teve pela primeiravez, ao seu lado, o líder do nossoPartido, Luís Marques Mendes.

Cavaco Silva, que recebeu oapoio formal do PSD e do CDS,,agradeceu ainda a forma como osdois partidos encararam a suadecisão de se apresentar a títulopessoal.

“Fico muito satisfeito quando opartido onde nasci para a vidapolítica, o PSD, toma a decisão deme apoiar sem pedir nada, masrigorosamente nada, em troca”,referiu, associando também o CDSaos seus agradecimentos.

No seu discurso, Cavaco Silvasublinhou a natureza supra-partidária da sua candidatura.

“Sou um candidatoindependente de partidos,apresento-me a título pessoal, masbeneficio do apoio do PartidoSocial-Democrata e do CDS. Sousocial-democrata e tenho muitoorgulho nisso”, disse.

Cavaco Silva reiterou ainda oagradecimento aos dois partidos,pela atitude que têm demonstradoem relação à sua candidatura: “Ospartidos reconheceram que amelhor forma de servir o país eraapresentar uma candidatura a títulopessoal e têm respeitadointegralmente isso”.

“Não posso deixar de agradecer

a sabedoria demonstrada pelosdirigentes partidários que meapoiam por perceberem que esta éa melhor forma de um Presidenteajudar o país a vencer asdificuldades”, acrescentou.

Antes, aos jornalistas, ereferindo-se à “estreia” do líder doPSD na sua campanha, CavacoSilva tinha já dito que todos osportugueses que se juntam a si, sãobem-vindos.

“Todos os portugueses que sejuntam a mim são bem-vindos. Nãosão os candidatos que escolhemquem o apoia, cada um doscidadãos é que escolhe o candidatoque merece o seu apoio”, disse.

Questionado sobre se MarquesMendes irá surgir novamente ao seulado até ao fim da campanhaeleitoral, o candidato apoiado peloPSD e pelo CDS-PP disse nãosaber, já que isso depende “sempreda disponibilidade dos políticos”.

“Se for possível ele aparecer,será muito bem-vindo”, garantiu.

Além de Marques Mendes, quetambém não esclareceu se voltaráà campanha, participaram ainda nojantar, o maior da “volta” deCavaco Silva até agora, osecretário-geral do PSD, MiguelMacedo, e o secretário-geral doCDS.

Fontes:Lusa, Gab. CandidaturaFotos:Lusa, Gab. Candidatura

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A partir do ciclo dosdescobrimentos, a emigraçãoportuguesa tem sido um dos maiorescontributos para a promoção da nossacultura, da nossa língua e dos nossoscostumes em todas as partidas doMundo. Foi através da emigração quePortugal veio a constituir o seuimpério ultramarino, hoje diluído emtermos políticos, porém mantido sobo aspecto cultural através da suapresença em todas as novas nações quesurgiram, criando laços marcantescom as populações dos demais paísesque compõem a Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa.

Em outras nações, nas Américas,na Europa, na África, na Ásia e naOceânia, as comunidades portuguesastêm vindo a constituir importanteselos de relacionamento e de divulgaçãoda nossa língua e da nossa cultura juntoa essas civilizações.

Na actualidade e em decorrênciada evolução dos mandamentosjurídicos e constitucionais que regema nação portuguesa, consideram-seportugueses não só cidadãos quenascem no território português, comotambém todos os seus filhos onde quer que tenhamnascido, gozando integralmente dos mesmosdireitos que são atribuídos a seus pais e criandouma nova imagem e uma dimensão mais alargadada nacionalidade.

Acontece que em muitos desses países onde apresença portuguesa se tem feito sentir através dosséculos, tem se verificado um acentuadodecréscimo da emigração, fenómeno que em alguns

casos já ocorre há décadas, criando dificuldadescrescentes para o preenchimento dos quadrosassociativos e dirigentes dessas sociedades. Isso,somado à necessidade de manter-se o espíritolusófono nessas terras, leva-nos a afirmar que osluso-descendentes, certamente, serão a esperançade continuidade dessa presença e eles se sentirãomuito mais envolvidos quanto mais estiveremligados à Pátria de seus pais, o que, de modoespecial, pode ser obtido pela detenção danacionalidade portuguesa que legalmente lhes éassegurada.

Apesar disso, continua sendo bastante morosoe demasiadamente burocrático o processo deaquisição de nacionalidade aos luso-descendentes,verificando-se uma série de dificuldades na suaformulação, passando por imensas filas deatendimento, marcações para formação do processoe crescentes exigências que estão dificultandoseriamente os interessados em obter essereconhecimento tão importante para assegurar acontinuidade da presença portuguesa nos países deacolhimento.

Ao mesmo tempo, as dificuldades prosseguem,com o elevado valor das taxas e dos emolumentosconsulares que muitos não podem pagar econstituem um fator desestimulante para a obtençãoda nacionalidade portuguesa aos filhos dosemigrantes. Será que não vale a pena trocar algunsmilhares de euros arrecadados nesses processos,pelo estímulo a concessão da nacionalidade aos seusfilhos, concedendo-se isenção dessas taxas eemolumentos consulares incidentes sobre taisprocessos, garantindo, em consequência, a presençaportuguesa e a manutenção do imenso patrimónioassociativo, físico e cultural, que os seusantepassados souberam construir e legar?

A preservação da presençaportuguesa no estrangeiroEduardo Neves Moreira (*)

O governo e os grupos parlamentares comassento na Assembleia da República devem reflectirsobre o assunto e tomar as medidas adequadas paragarantir uma política condizente com a História e auniversalidade lusíadas, factores preponderantes deafirmação da nação portuguesa.

(*) - Ex-Deputado do PSD pelo Círculo deFora da Europa e Ex-Presidente do GrupoParlamentar de Amizade Portugal-Brasil

Opinião

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Parlamento

O PSD disse

(…)A Proposta de Resolução agora

analisada é o corolário do Acordoassinado no dia 1 de Outubro de 2004,pelo Ministro das ActividadesEconómicas e do Trabalho de Portugale pelo Ministro da Indústria, Comércioe Turismo de Espanha, no âmbito daXX Cimeira Luso-Espanhola.

O Acordo contido na Proposta deResolução 26/X/1ª, encontra-seestruturado em seis partes, a saber:

· Parte I – Disposições Gerais;· Parte II – Disposições

Específicas;· Parte III – Mecanismos de

regulação, consulta, supervisão e gestão;· Parte IV – Autorização e

Intervenção sobre o acordo entre Portugal e Espanha para aConstituição de um Mercado Ibérico da Energia EléctricaDeputado Carlos PáscoaAssembleia da República, 13 de Janeiro de 2006

inscrição dos Agentes e Garantia deAbastecimento;

· Parte V – Infracções, Sançõese Jurisdição Competente;

· Parte VI – Disposições FinaisNo âmbito da parte das

“Disposições Gerais”, deve realçar-se, que o Mercado Ibérico da EnergiaEléctrica (MIBEL) é “formado peloconjunto dos mercados organizados enão organizados nos quais se realizamtransacções ou contratos de energiaeléctrica e se negoceiam instrumentosfinanceiros que têm como referênciaessa mesma energia, bem como poroutros que venham a ser acordados”,sendo reconhecido por ambas asPartes como um mercado único, noqual todos os agentes terão igualdadede direitos e obrigações.

As Partes comprometem-se, noartigo referente aos “PrincípiosOrientadores”, a promover, noâmbito do MIBEL, a transparência,livre concorrência, objectividade eliquidez, auto-financiamento e auto-organização dos mercados.

Na Parte II do Acordo, salienta-se a Criação de um Operador doMercado Ibérico que, após dois anosde funcionamento do MIBEL, deveráabsorver o Operador do MercadoIbérico pólo Português e o Operador

do Mercado Ibérico pólo Espanhol.O Acordo prevê ainda a

harmonização das estruturastarifárias, mediante os acordos que aspartes entendam como necessários,devendo as Partes, para tal, no prazomáximo de um ano a partir da entradaem funcionamento do MIBEL,desenvolver um plano que leve a essaharmonização.

No que respeita aos Mecanismosde Regulação, consulta, supervisão egestão, Parte III, o Acordo prevê acriação de um mecanismo desupervisão do MIBEL, constituídopor parte de Portugal, pela EntidadeReguladora dos Serviços Energéticos(ERSE) e Comissão de Mercados deValores Mobiliários (CMVM), e porparte de Espanha, a ComissãoNacional de Energia (CNE) e aComissão Nacional de ValoresMobiliários (CNMV).

As partes prevêem a criação de umComité de Gestão Técnica eEconómica do MIBEL, integrado porrepresentantes dos operadores dossistemas e dos mercados a fim de gerira comunicação e o fluxo deinformação necessários entre os váriosoperadores, assim como facilitar agestão corrente das suas actividades.

No referente à Parte IV do Acordo,

estão previstos os procedimentosadministrativos de autorização e deinscrição de agentes.

Na Parte V do Acordo prevêem-se, entre outros, as infracçõesrelativas à violação das regras doMIBEl e respectivas sanções. Estasserão definidas na legislação internade cada uma das Partes, respeitando,no entanto as disposições definidasno Acordo.

O Acordo define ainda oProcedimento Sancionatório eJurisdição Competente.

Por último, na Parte VI –Disposições finais, prevê-se a criaçãode uma Comissão deAcompanhamento, com vista àresolução de divergências relativas àinterpretação do Acordo em análise.O Acordo possibilita a celebração deProtocolos Adicionais.

O Acordo entrará em vigor nadata da recepção da últimanotificação de que foram cumpridosos requisitos de direito interno deambas as Partes necessárias para oefeito, de onde decorre, naturalmente,não só o presente relatório, como aratificação do Acordo pelaAssembleia da República, através daProposta de Resolução 26/X/1ª.

(…)

(…)O Governo apresenta à Assembleia

da Republica a proposta de Resoluçãonº 26/X para ratificar o Acordo entre aRepública Portuguesa e o Reino deEspanha para a constituição de umMercado Ibérico da Energia Eléctrica,assinado em Santiago de Compostela a1 de Outubro de 2004 pelo GovernoPSD - CDS/PP.

Este acordo permite criar ummercado de electricidade comum a

Intervenção sobre o Mercado Ibérico da Energia Eléctrica (MIBEL)Deputado Carlos PoçoAssembleia da República, 13 Janeiro de 2006

Portugal e a Espanha e constituiráseguramente um marco na construçãodo Mercado Interno da Energia naUnião Europeia e a aplicação dasDisposições da Directiva 2003/54/CE do Parlamento Europeu e doConselho de 26 de Junho de 2003sobre normas Comuns para oMercado Interno da Electricidadefavorecendo o intercâmbio e aconcorrência entre as empresas dosector.

Os primeiros passos formais parase chegar a este Acordo foram dadosem 1998 através de um Memorandode Acordo e em 2001 através de umProtocolo de Colaboração entre asAdministrações Espanhola ePortuguesa em que se estabeleceramcondições para a criação do Mercadoda Electricidade.

Em 20 de Janeiro de 2004 éassinado em Lisboa um Acordo paraa Constituição do Mercado Ibérico deEnergia Eléctrica.

A 1 de Outubro de 2004 é assinadoem Santiago de Compostela o Acordopara a Constituição de Um Mercado

Ibérico da Energia Eléctrica.Congratulamo-nos com o facto

do Governo apresentar este Acordopara ratificação, que é um passo,embora formal, fundamental parademonstrar que o Governo anteriore o actual estão de acordo quanto àsua importância para Portugal, atéporque o Congresso dos Deputadosem Espanha já o fez há algum tempo.

Temos consciência dasdificuldades de implementação e deconcretização do MIBEL queencontra as mais diversas barreirasao contrariar muitos interessesinstalados. Confiamos que oGoverno tudo tem feito e continuaráa fazer para ultrapassar os obstáculosexistentes.

O MIBEL ao integrar os sistemaseléctricos da Península Ibérica e aocolocar os agentes do sector a operarnum mercado comum de 53 milhõesde consumidores em livreconcorrência, em condições deigualdade, transparência eobjectividade, beneficiará emprimeiro lugar estes consumidores e

em segundo as empresas operadorasonde todos terão igualdade de direitose obrigações.

Maior mercado e maisconcorrência significarão seguramentemelhores condições para osconsumidores que se traduzirá emmelhores preços e melhor qualidadedo serviço prestado. Dará umcontributo à melhoria dacompetitividade das empresasportuguesas.

Tratando-se de um Acordo domaior interesse para Portugal, para osoperadores do sector de electricidadee permitir melhorar as condições defornecimento e qualidade para osconsumidores portugueses e aindacontribuir para a melhoria dacompetitividade das empresas, oGrupo Parlamentar do PSDcongratula-se com esta iniciativa doGoverno e por isso votaránaturalmente a favor da Ratificação doAcordo entre a Republica Portuguesae o Reino de Espanha para aConstituição de Um Mercado Ibéricoda Energia Eléctrica.

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Parlamento

O PSD disse

(…)A Assembleia da República debate

o projecto de lei nº 133/X que estabelecemedidas para a protecção da orla costeirade autoria do Partido Socialista.

Confesso que, após a primeira leituraque fiz do projecto de lei, fiquei com asensação de que lhe tinham sido retiradosartigos e alíneas. Teria acontecido algumproblema informático. O texto poderiater sido, por exemplo, atacado por umvírus e desvirtuado o seu conteúdo. Masnão, o preâmbulo que anuncia “medidasde protecção da orla costeira” pretendeapenas isto.

Que todas as areias retiradas a 1quilómetro da linha de costa, entenda-se a montante e a jusante, têm que serdestinadas “a recarga de areias naspraias” e só podem ser retiradas damanutenção dos canais de navegação.

Trata-se pois de uma medida avulsa.Também não é novidade. O programado governo trata esta matéria apenascom medidas de mercearia.

Avulsa, mas sublinhe-se, comfundamento. Reportando-nos ao rioDouro, estima-se que em 1950transportasse até à foz cerca de 2 milhõesde toneladas de areias, calculando-se quechegam neste momento à foz do rioapenas 250 mil toneladas, ou seja, cercade 10 por cento. Esta diminuição do

Intervenção sobre as medidas de protecção da OrlaCosteira.Deputado Luís Carloto MarquesAssembleia da República, 11 de Janeiro/06

transporte de sedimentos estáinegavelmente ligada aosaproveitamentos hidráulicos e temconsequências sérias no litoral, comorepetidamente temos observado,nomeadamente na instabilidade dasarribas, na destruição das habitações,campos agrícolas e alguns ecossistemasrelevantes.

Os Senhores Deputados do PartidoSocialista, para prepararem este projectode lei, devem ter efectuado uma viagemaos 950 Quilómetros da nossa costa,tendo escolhido o equinócio de Setembronuma altura de preia-mar. Muniram-sede alguns equipamentos para ver asbatimétricas do mar, mas a grande e quaseexclusiva preocupação foi o avanço ou orecuo da linha do mar. Esqueceram-seque vivem no litoral cerca de 70% dapopulação e é gerado cerca de 80% doPIB nacional. Não anotaram que existemuma série de entidades comcompetências sobre a sua gestão, sendonecessário promover uma gestãointegrada do Oceano e do Litoralenquadrada numa estruturainstitucional, moderna e transversal quearticule acções de protecção, devalorização e de gestão, nomeadamenteatravés da criação de um Instituto doLitoral.

Parecem desconhecer que é

necessário elaborar uma estratégianacional de gestão integrada das zonascosteiras, a Lei de Bases do Litoral e umacarta de sensibilidades da costaportuguesa. De que é necessárioprosseguir a requalificação e valorizaçãodo litoral no quadro das intervençõesprevistas nos POOC, desconhecendo-sequalquer desenvolvimento do plano deintervenções prioritárias no litoral,elaborado pelo XVI governo e queidentificava 37 actuações prioritárias nanossa costa.

Parecem desconhecer que a orlacosteira tem tanta importância a níveleconómico, social e ambiental, que estáincluída na agenda 21, aprovada em1992 na Cimeira da Terra e que figuranos 5º e 6º programas de política e acçãocomunitária em matéria de ambiente edesenvolvimento sustentável da UniãoEuropeia e ainda na Estratégia Europeiapara a gestão integrada da zona costeira.

No mergulho subaquático queefectuaram não ficaram sensibilizadoscom a biodiversidade subaquática, coma extraordinária beleza dos fundosmarinhos e que é necessário aplicar noambiente marinho a rede natura 2000 edefinir uma rede de áreas protegidasmarinhas, garante de biodiversidade,mas também uma oportunidade para odo turismo subaquático.

No fim da viagem, reunidos com oSenhor Ministro do Ambiente,entregaram-lhe as conclusões, ondeconsta que o Litoral é para ser entregue àParque Expo.

As renaturalizações, nomeadamenteas demolições de construçõesclandestinas, só se vão efectuar lá paraano de 2007, a um ritmo lento, quando oPlano da Orla Costeira Vilamoura/VilaReal de Santo António, de Junho de2005, previa que as demolições teriamque se iniciar passados três meses edeveriam estar terminadas passados trêsanos.

A fase final das demolições, medidaessencial para a renaturalização da ilhasbarreira da Ria Formosa acontecerá lápara o ano 2010, de acordo comafirmações do Senhor Ministro doAmbiente, após ter assistido à demoliçãode três apoios de praia degradados edesactivados.

(…)Atendendo a que o conteúdo da

iniciativa que acaba de aqui nosapresentar se reveste de inequívocointeresse para a restauração daqualidade indispensável dosecossistemas dunares e, maispropriamente, das praias quebordejam a nossa orla costeira e que,indubitavelmente, em muitos casos,têm vindo a perder matéria sólida e,com isso, a descaracterizar-se e, atémesmo nalguns casos, a pôr em risco,pessoas, bens e outras manifestaçõesnaturais ou humanizadas, como é ocaso de alguns biótipos costeiros e,até, de alguma agricultura que sedesenvolve próximo do mar e dacosta… Por estas razões, dizia eu, esteGrupo Parlamentar nãoobstacularizará ao sucesso dainiciativa legislativa que V. Exa. vemde nos apresentar.

Contudo - e reportando-meobjectivamente ao texto do Projectode Lei em apreciação – não deixariade lhe colocar uma questão, aliás demera lógica, decorrente de uma leitura

Intervenção sobre medidas de protecção da Orla CosteiraDeputado Pignatelli Queiroz,Assembleia da República, 11 de Janeiro de 2006

mais atenta do Projecto.O nº 1 do artigo 2º estatui, ipsis

verbis, que “a extracção de areias,quando efectuada a 1 Km de distânciada linha da costa tem que – e sublinhoeste “tem que” – destinar-se a recargasde areia nas praias”.

… A questão que humildementelhe coloco é, tão-simplesmente, aseguinte: E se, acaso, as praias daregião não necessitarem de maisrecargas de areia para suaprotecção?... Não poderemos, então,afectar essa areia a outro destinoigualmente útil?... É, no seuentendimento, proibido fazê-lo nahipótese que acabo de lheapresentar?...

Mas, por outro lado – e uma vezque estamos em sede de um debatesobre a protecção do litoral -, gostaria,de lhe colocar a seguinte questão:

Dada a necessidade imperiosa ecada vez mais urgente de intervirseriamente e a nível nacional naprotecção do litoral, o últimoGoverno – da coligação PSD/CDS-PP – procedeu a um levantamento a

que designou como Plano deIntervenções Prioritárias no Litoral,com base no qual identificou 37acções prioritárias e urgentes noLitoral, tendo, para tanto,aprovisionado no Orçamento deEstado para 2005 o capítulo deInvestimentos do ICN e do INAGcom mais de € 50 milhões.

Tendo em conta que, tanto o ICN,como o INAG são entidadesinequivocamente dotadas daindispensável competência técnicapara este tipo de actuações e tomandoem conta os recentes anúncios dasmedidas preconizadas pelo Governo,através do Ministério do Ambiente,para a protecção do litoral, pergunto-lhe, Sr. Deputado:

Concorda o seu GrupoParlamentar com a ignorânciaabsoluta a que o actual Governo votouas intervenções identificadas peloanterior Governo e deindispensabilidade e urgênciainquestionáveis para a protecção dolitoral, de pessoas e de bens?

Que tem o Sr. Deputado a dizer a

propósito do autêntico “coelho” queo Sr. Ministro do Ambiente sacou da“cartola”, ao anunciar que iaenvolver directamente a ParqueEXPO na protecção do litoral?

Acha o Sr. Deputado que a ParqueEXPO tem, alguma vez,competência para – além de, bem-entendido, ajardinar margens de riosem cenário citadino – atender aproblemas tão sérios e exigentescomo os que se prendem com a defesada nossa costa?

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Parlamento

O PSD disse

(…)Sobre o vertente Projecto de Lei,

dedicado à protecção da orla costeira,estamos de acordo com o diagnóstico,partilhamos a preocupação,aconselhamos moderação e registamosa contradição.

Falemos do diagnóstico. Portos emarinas, esporões, paredões e outrasintervenções duras e betonadas,protegeram de uns lados o que passou afaltar noutros;

Um total desordenamento

Intervenção sobre as medidas de Protecção da Orla CosteiraDeputado José Mendes BotaAssembleia da República, 11 de Janeiro de 2006

(…)Há cerca de 10 meses no Governo, o

Governo do PS tem prosseguido umapolítica de cultura que prima pelaoriginalidade. O seu traço maiscaracterístico é a inexistência de umapolítica cultural, ou dizendo melhor, oGoverno tem à frente do Ministério daCultura uma equipa que não tem amínima ideia do que já fez no ministério,do que está a fazer e do que vai fazer nofuturo. Perdão. Estou provavelmente aser injusta para com a senhora Ministraporque há uma área em que a sua acçãotem sido inexcedível: Isabel Pires deLima tem sido inexcedível a demitirpessoas e a nomear outras da suaconfiança, ou melhor, da sua cor política.

(…)Não é exagero, pois, afirmar que, em

matéria de política cultural, a Ministratem tido um intenso labor, direi mesmoque tem esgotado a sua actividade nasnomeações dos directores e vice-directores dos organismos que tutela.

Poder-se-á, porém, afirmar que seresolveram dois dos problemas que searrastavam na cultura: a situação na Casada Música e o caso da colecção Berardo.Mas, como todos sabemos, para haverum desfecho em qualquer destes doiscasos foi necessária uma intervençãodirecta do Primeiro-Ministro que, deforma visível e afrontosa, passou porcima, ignorou, desautorizou a suaMinistra da Cultura.

O PSD desconhece as condições

Intervenção sobre a política cultural do governo socialistaDeputada Zita SeabraAssembleia da República, 11 de Janeiro de 2006

urbanístico do litoral, com ocupaçõeshumanas, lícitas ou ilícitas;

A multiplicação de barragens, como amortecimento das capacidadesnaturais de transporte de detritosaluviares;

As alterações climáticas, a provocara elevação do nível das águas do mar;

E uma actividade de extracção deinertes subjugada a uma lógica definanciamento de institutos públicos, deuo toque final num caldo de vulnerabilizaçãoda orla costeira portuguesa.

Mas aconselhamos prudência nasmedidas agora propostas, pois que arealidade costeira de Portugal não éuniforme, e não se pode aplicar o mesmoremédio em situações diferentes, nemignorar os seus impactos colaterais.

Falamos, designadamente, de todauma indústria de construção civil que nãopode, nem deve, de um dia para o outro,ver-se privada da totalidade de ummaterial chamado areia, tendo queaprovisionar-se a longas distâncias, como inerente agravamento de custos.

Esta é uma situação que penalizabastante uma região como o Algarve, por

exemplo. Seria bom que, em sede deComissão, fosse introduzido ummecanismo que garantisse uma parte dasareias para o sector económico, já paranão falar das situações excedentárias dasoperações de recarga das praias.

Finalmente, registamos acontradição. Ao mesmo tempo que oPartido Socialista apresenta este Projectode Lei, preocupado em defender a orlacosteira;

Ao mesmo tempo que o programa doactual governo, e cito, diz expressamenteque “no que se refere especificamente ao Litoral,será desenvolvida uma política integrada ecoordenada para as zonas costeiras, emarticulação com a política para o Mar, quefavoreça a protecção ambiental e a valorizaçãopaisagística. Por outro lado, serão intensificadasas medidas de salvaguarda de riscos naturaisna faixa costeira”. Fim de citação.

É esse mesmo governo, deste mesmoPartido Socialista, quem se prepara para,nos próximos dias, consumar aassinatura de um contrato com um grupoeconómico liderado pela Repsol, para aprospecção e exploração de petróleo emzonas fronteiras e próximas da Reserva

Natural da Ria Formosa, de Faro atéVila Real de Santo António, colocandoem risco um eco-sistema único em todaa Europa, e toda uma indústria turísticaalgarvia que é o verdadeiro petróleo dopaís, porque ninguém pode garantir quenão existem riscos de um desastreambiental.

E tudo isto, numa semi-clandestinidade, à revelia de toda aregião e das suas instituições, à reveliadesta Assembleia, sem se conheceremas garantias nem as contrapartidasfinanceiras, nem os estudos de impactoambiental, nem as análises de custo-benefício, se é que existem. Foi ontemprometido, pelo Ministro da Economia,uma resposta a todas as nossasperguntas. O que se exige é que, até tudoser esclarecido, claro e transparente, nãose pratique a técnica do factoconsumado, e não se assine um contratoque vincula o país por 55 anos. Se aopção for no sentido de poluir o litoral,com refinarias e plataformas deexploração de petróleo, todo esteesforço para proteger a orla costeira terásido em vão!

negociadas e aceites pelo Primeiro-Ministro no que respeita à colecçãoBerardo. É certo que considero que oCCB é inquestionavelmente um localideal para a colecção. Mas, como todossabemos, a questão não era essa e porisso será importante saber o que foiacordado entre as partes, quais oscompromissos assumidos,nomeadamente em relação à gestão dacolecção, à direcção da sua instalação, àforma jurídica encontrada — depósitodas obras ou doação —, despesas decolocação e conservação da colecção,direcção artística e financeira, etc..

Sendo certo que é louvável que umempresário português, como já alguémdisse, coleccione obras de arte em vezde Ferraris e que esse facto não podedeixar de ser acarinhado pelo Estadopara que a sua colecção fique emPortugal, não prescindimos do nossodireito de saber como e em que conteúdoo ultimato foi aceite pelo senhorPrimeiro-Ministro..

No que respeita à política cultural,as declarações públicas que, enquantoMinistra, Isabel Pires de Lima temproduzido são curiosas porque nelas semisturam o não saber o que há-de dizersobre cada sector de que é responsável,com a ingénua confissão de queefectivamente não tem nada a dizer eque não sabe o que vai fazer. A entrevistaque deu recentemente ao jornal«Expresso» é um exemplo eloquentedesta minha afirmação. Digo mais:

quando a Ministra conjectura sobre ofuturo diz tais absurdos que mais valia oseu silêncio.

(…)A preservação do património tem que

ser inevitavelmente um dos traçosessenciais de uma política cultural emPortugal, por tudo (cultura, história,identidade, mas também pelo turismo quequeremos atrair). No entanto, sabe-se que,para garantir uma política de património,é necessário juntar aos magros recursosnacionais o financiamento das empresas,do sector privado.

O mecenato, parcerias,contrapartidas, tudo isto tem sidoincrementado pela Europa e não énecessário inventar nada mas apenasescolher o que de melhor e mais eficaz setem feito neste domínio.

O que sobre isto nos diz a senhoraMinistra da Cultura dez meses depois deestar na pasta merece ser citado com rigor.À pergunta do jornalista do «Expresso»,cito: «Há um rumo delineando para atraira participação de privados?» A senhoraMinistra responde: «Os privados é quetêm que delinear um rumo.» Aí está! Osprivados que definam o rumo do seuMinistério. Não se acredita!

À questão «o que impede oMinistério de apresentar uma nova lei[do Mecenato]» a Ministra da Culturaresponde, cito: «Provavelmente oMinistério das Finanças.»Provavelmente! Ela não tem a certeza!Talvez!

Lamentavelmente a política culturaldeste Governo transformou-se numaespécie de sobressalto. Estamos face aum ministério da cultura paralisado, auma Ministra desautorizadapublicamente, limitando-se a umapolítica de demissões e nomeaçõesinadmissível, atentatória da dignidadedas pessoas, uma Ministra que não sabeonde está nem para onde vai. Estamosperante organismos e instituições dacultura paralisados e dos seusresponsáveis desmotivados semprojectos nem perspectivas.

A cultura aguarda a próximaremodelação ministerial.

Desta Ministra o traço que vai ficare sua assinatura, aquilo que a fará serrecordada é o embargo do Túnel deCeuta no Porto. No túnel empenhou-seseriamente e tenho a certeza que osportuenses não a esquecerão tãodepressa. Do resto, não vai rezar ahistória. Infelizmente.

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Parlamento

O PSD disse

(…)A reflexão sobre o número de

jovens que devem estar numa sala deaula para melhor potenciar a suaaprendizagem não é uma matéria quese deva desprezar.

O incremento da qualidade doensino que todos nós reputamos deessencial para a melhoria daqualificação dos portugueses,desígnio esse determinante para osdesafios que se colocam e que secolocarão ao nosso país, deve ser umaprioridade de todos, com especiaisresponsabilidades para quemgoverna.

(…)Intervir no sistema educativo, que

passa por grandes perturbações eagitação, não deve ser feita de formaisolada.

Como demonstra a históriarecente e actual, as medidas tomadassem fio condutor provocamresistências que pela forma como seprocura implementar esse tipo deintervenções em nada contribuempara o fim ultimo que é o de atravésda melhoria de condições para todosos envolvidos no processo educativoatingir um patamar de excelência, do

qual ainda estamos longe.

(…)Aceitamos que a realidade de hoje

possa ser diferente. Mas não temosdados objectivos que concluam queexistam condições para que as escolaspossam voltar a reduzir o número dealunos por turma.

Contudo, entendemos que oMinistério da Educação pode e deveter este assunto em permanenteavaliação.

Se o objectivo da politicaeducativa é a melhoria continua doprocesso educativo, este item, nãodevendo ser tratado de forma isolada,deve estar com os demais itens empermanente equação e deve serenquadrado na planificação que oGoverno faça para este sector.

Temos a noção que esta politicade integração de todos os factores quecontribuem para a melhoria efectivada qualidade da educação com vista apromover e melhorar a qualificaçãodos portugueses não tem sido umarealidade. Assistimos ao lançamentode um conjunto de medidas avulsas,algumas pertinentes e importantes,outras nem tanto, sem fio condutor,

sem a necessária integração.

E o resultado tem sidosistematicamente o mesmo, ou sejaagitação, perturbação e desalento emtodos os que participam no processoeducativo.

Foi assim com o alargamento dohorário do 1º ciclo, onde uma ideiainteressante foi claramenteprejudicada pela forma cega com quese pretendeu impor a todas as escolas,quer estas tivessem ou não condições,levando a que milhares de criançasvissem o seu dia a dia claramenteprejudicado.

Foi assim com as aulas de

substituição, onde para não seenfrentar o real problema doabsentismo se criou medidas dediscriminação negativa para osdocentes que cumprem bem o seupapel, desmotivando-os e criandosituações vividas em sala queperdurarão no anedotário nacional.

Felizmente temos vindo a assistira sistemáticos recuos e acertos nasdiversas medidas para que se adaptemà realidade das nossas escolas.

Mas até nestas situações resultaclaro e evidente que não existecoordenação nem integração nasmedidas apresentadas. E este, como seperceberá, não é o caminho correcto edesejado para intervir num sector quenecessita de uma abordagem global enão de um conjunto de pequenasparcelas.

Não devemos nunca esquecer queo todo é sempre mais que a soma daspartes, e enquanto apenas nosocuparmos das partes sem intervir notodo, não conseguiremos atingir oobjectivo último que é a melhoria daqualificação dos nossos jovens,dotando-os de competências necessáriaspara o desenvolvimento do país.

(…)

Intervenção sobre o número de alunos por turmaDeputado Emídio GuerreiroAssembleia da República, 11 de Janeiro de 2006

Requerimento ao GovernoSobre as dificuldades que o Concelho de Barcelos vive actualmenteDeputado Fernando Santos Pereira

Requerimento ao GovernoSobre a defesa dos direitos humanos de cidadãos portugueses emigrados

nos Estados Unidos da América e no CanadáDeputados João Bosco Mota Amaral; Joaquim Ponte

Requerimento ao Ministério da EducaçãoSobre a construção da nova escola E.B. 2,3 no lugar do casal, na Freguesia

de SoalhãesDeputados Ricardo Almeida; Agostinho Branquinho

Requerimento ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Territórioe do Desenvolvimento regional

Sobre a situação de conservação do saramugo (Anaecypris hispânica)Deputado Luis Carloto Marques

Requerimento ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Territórioe do Desenvolvimento Regional

Sobre a dessalinização no AlgarveDeputado José Mendes Bota

Requerimento ao Ministério da JustiçaSobre o Tribunal de Família e Menores em ViseuDeputado Melchior Moreira e outros

Requerimento ao Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural ePescas

Sobre o futuro da DRATM no quadro da reorganização da AdministraçãoDesconcentrada do Estado

Deputados Adão Silva; Ricardo Martins

Requerimento ao Ministério das Obras Públicas, Transportes eComunicações

Sobre a Estrada Nacional nº 229Deputado José de Almeida Cesário e outros

Requerimento ao Ministério da SaúdeSobre a Construção do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN)Deputado Agostinho Branquinho e outros

Requerimento ao Ministério da Administração InternaSobre a possibilidade de extinção dalgumas Freguesias, com menos de

1000 eleitores.Deputado Mário Albuquerque e outros

O PSD Pergunta

PROJECTO DE LEI N.º 191/X

(Lei do Associativismo Jovem)

Exposição de Motivos

O projecto-lei que o Grupo Parlamentar do PSD aqui apresenta visa,em primeira instância, proceder a um tratamento global e sistemático detodas as formas que o associativismo jovem pode revestir, com a intençãode lhes dar um enquadramento unitário que permita uma mais fácilcompreensão das regras a cumprir e dos direitos que lhes são conferidos.

Até aqui, as associações de estudantes não eram consideradas, pela lei,como uma forma de associativismo jovem, pois eram reguladas porlegislação própria, o que se traduzia na prática por um tratamento algodiscriminatório. Ora, muito embora os objectivos das AAEE sejamexclusivos da população estudantil,

O PSD Propõe

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EDITAL

conselho de jurisdição nacional do partido social-democrata(1ª Publicação)

Processo: 12/2005 Cessação da inscrição no psd (art.9º, nº3 en/psd) data: 31 de dezembro de 2005

PARTICIPANTE: comissão politica nacional do psd

INDICIADOS: Mário Lourenço Gomes

O Senhor Dr. Guilherme Silva, Presidente do Conselho de Jurisdição Nacionaldo PSD,

Faz saber que nos autos acima identificados, correm éditos de 8 dias, contadosda segunda e última publicação do anúncio, citando:

INDICIADOS: O Exmo Senhor Candidato à Assembleia Municipal deSoure, Mário Lourenço Gomes, militante nº 47957, residente em Carvalhal daAzoia – Casconho 3130 SOURE com última residência conhecida na moradaindicada, para no prazo de oito (8) dias, acrescidos da dilação legal, decorridoque seja o dos éditos, pronunciar-se, querendo, sobre os factos referidos pelaparticipante e que consiste na imputação da infracção prevista no artº 9, nº 3 dosEstatutos do Partido Social Democrata – integração na lista de candidatura àsEleições Autárquicas de 9 de Outubro de 2005, concorrente da Lista apresentadapelo PPD/PSD -.

Passei o presente e mais dois de igual teor para serem afixados.

Guilherme Silva O Presidente do CJN/PSD

Notas:- Solicita-se que na resposta seja indicada a referência deste Processo.- Qualquer consulta ao processo supra poderá ser feita pelo próprio junto do secretariadodo CJN/PSD, sito Rua de São Caetano, nº9, Lisboa, telefone 213918530, dentro dohorário de expediente.

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Convocatórias

ALGUALVA-CACÉM

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convoca-se todosos militantes da Secção de Agualva-Cacém, para uma Assembleia demilitantes a realizar no próximo dia22 de Fevereiro de 2006, pelas 21h00,na sede da secção, sita na Av. dos BonsAmigos, nº 37 – 1º C, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Eleição da Mesa daAssembleia de Secção;

2. Eleição da Comissão Políticade Secção.

Nota: As listas concorrentes aosdiversos órgãos deverão ser entreguesem duplicado até às 24h00 do terceirodia anterior ao acto eleitoral, namorada supracitada;

As urnas estarão abertas entre as21h00 e as 23h00.

ELVAS

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD convoca-se aAssembleia de Secção de Elvas parareunir no próximo dia 18 de Fevereirode 2006 no Hotel D. Luís em Elvas,pelas 21,00 horas, com a seguinteordem de trabalhos:

1- Informações, análise dasituação política e aprovação das actasanteriores.

2- Eleições para os orgãos locais(Mesa da Assembleia e ComissãoPolítica)

Notas:a) As urnas estarão abertas a partir

das 21,30 horas e até às 23,30 horas.b) As candidaturas deverão ser

entregues até às 24 horas do 3º diaanterior ao acto eleitoral.

Nota de Redacção: devido a umerro de serviço, pedimos as nossassinceras desculpas por não ter sidopublicada a respectiva convocatóriaque marcava a plenário para o dia 10de Fevereiro.

GONDOMAR

Nos termos dos Estatutos

DISTRITAL DO PORTO

Ao abrigo dos EstatutosNacionais da Juventude SocialDemocrata, convoco ConselhoDistrital da Juventude SocialDemocrata do Porto para o próximo

Nacionais do PSD, convoca-se aAssembleia da Secção de Gondomar,para reunir ordinariamente nopróximo dia 27 de Janeiro de 2006,pelas 21h30, na sede concelhia, sitana Rampa dos Combatentes daGrande Guerra, 31, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Aprovação do plano deactividade e orçamento para 2006;

2. Análise da situação política.

SANTARÉM

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, artigo 51º,convoca-se a Assembleia de Secçãode Santarém para reunir no próximodia 27 de Janeiro de 2006, pelas21h00, na sede distrital, sita naCalçada Mem Martins, nº 10, emSantarém, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Informações;2. Análise da situação Política

Nacional

RIO DE JANEIRO(BRASIL)

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convocam-se osmilitantes da Secção do Rio deJaneiro, para reunir no próximo dia31 de Março de 2006, entre as 17h30e as 19h30, na Rua Evaristo da Veiga,nº sala 709, no Centro Rio de Janeiro,com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Eleição da Comissão Políticade Secção e da Mesa da Assembleiade Secção.

Nota: As listas concorrentesdeverão ser apresentadas nesse mesmoendereço até às 48h00 antes do inícioda votação.

VILA DE REI

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convocam-setodos os militantes da Secção do PSDde Vila de Rei para uma reunião arealizar no próximo dia 5 de

Fevereiro de 2006, pelas 14h00, nasede do PSD de Vila de Rei, com aseguinte

Ordem de Trabalhos

1. Análise da situação política;2. Eleição dos Delegados ao IIIº

Congresso Nacional dos AutarcasSocial Democratas;

3. Outros assuntos.

VILA NOVA DE GAIA

Ao abrigo das disposiçõesestatutárias e regulamentares,convoca-se os militantes da Secção deVila Nova de Gaia do PSD, areunirem em Assembleia Plenária nodia 17 de Fevereiro de 2006, pelas21h30, na sede concelhia, sita na RuaFrancisco Sá Carneiro, 1323 – VilaNova de Gaia, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Apresentação e aprovação dascontas relativas ao ano de 2005;

2. Apresentação e aprovação doorçamento para o a no de 2006;

3. Análise e discussão da situaçãopolítica.

VISEU

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convoca-se aAssembleia de Secção de Viseu, parauma reunião ordinária, no próximodia 27 de Janeiro de 2006, pelas21h00, no Solar dos Peixotos, emViseu, com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1- Informações;2- Análise da situação político-

partidária.

dia 04 (quatro) de Fevereiro de 2006,pelas 17h00 (Dezassete horas) noAuditório Municipal ProfessoraEmília Monteiro, sito na travessa dosChãos, 4630 – 317 Marco deCanavezes, com a seguinte ordem detrabalhos:

Ponto Um – InformaçõesPonto Dois – Análise da Situação

PolíticaPonto Três – Outros Assuntos

O Presidente da Mesa doConselho Distrital

(Daniel Jorge Martins Fangueiro)

AMADORA

Ao abrigo dos EstatutosNacionais da JSD e dos demaisRegulamentos aplicáveis, convoca-seo Plenário de Militantes da Secção daAmadora da JSD para reunir dia 21de Fevereiro de 2006, pelas 21horasna Sede da Secção da Amadora doPSD, sita na Av.ª 11 de Setembro de1979, loja 16 A, com a seguinte:

Ordem de Trabalhos

1 – Eleição da Mesa do Plenáriode Secção;

2 – Eleição da Comissão Políticade Secção.

Nota:As listas devem ser entregues em

duplicado ao Presidente da Mesa, oua quem estatutariamente o possasubstituir, até 3 dias antes do actoeleitoral, na Sede da Secção daAmadora do PSD.

As urnas estarão abertas por umperíodo de 2 horas ( das 21h00 às23h00 ).

A Presidente da Mesa( Maria José Fonseca )

PAÇOS de FERREIRA

Ao abrigo dos EstatutosNacionais da JSD, convoca-se oPlenário de Secção a reunir no dia 19de Janeiro de 2006, pelas 21h30 naSede do PSD de Paços de Ferreira,sita na Avenida dos Templários, n.º309, com a seguinte:

Ordem de Trabalhos

Ponto 1 – Informações;Ponto 2 – Análise da Situação

Política Actual.

O Presidente da Mesa( Paulo Jorge Pacheco )

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O Deputado e Secretário-Geraldos TSD, na Assembleia Nacional,teve há dias uma intervenção sobrea situação económica e social dePortugal, com especial atenção aoproblema do desemprego.Afirmou Arménio Santos:

Há 11 meses, os portuguesesforam chamados a escolher umnovo Parlamento e desse modo umnovo Governo.

Deram uma maioriaconfortável ao Partido Socialistapara governar e poder cumprir oseu programa.

Os portugueses quiseram dar aoPS condições para uma governaçãoestável e coesa, na esperança deque seria capaz de apontar umrumo e uma estratégia clara, emordem a recolocar o País noscaminhos do progresso, da criaçãode riqueza, do emprego, da justiçasocial, do optimismo perante o futuro.

Era isso que os portuguesesdesejavam, quer aqueles que votaramno PS quer aqueles que escolheramoutros partidos, porque todos somosportugueses e todos queremos oprogresso de Portugal.

Mas as expectativas dosportugueses têm sido defraudadas, eo capital de esperança e de confiançaque normalmente acompanha umnovo governo, foi desbaratado semglória nem proveito para osportugueses.

Os índices de confiança do Paísestão muito baixos.

A economia portuguesa, que haviadado sinais de alguma retoma nosegundo trimestre de 2005, sofreuuma quebra de 0,9% no trimestreseguinte.

O investimento continua emqueda.

E o insuspeito Banco de Portugaljá corrigiu ontem em baixa ageneralidade dos indicadores dogoverno para 2006, chumbando asmetas governativas para o ano queainda mal começou:

_ o crescimento do PIB ficará nos0,8% e não em 1,1% previsto pelogoverno;

_ as exportações ficam pelos 4% enão pelos 5,7%;

_ o investimento vai descer 1,1%e não vai subir 1,7%:

_ a inflação vai subir acima dos2,3% previstos pelo governo;

_ os produtos essenciais sobem eo poder de compra das famílias vaicontinuar a descer.

Portugal está a divergir cada vezmais dos restantes países da UE, em

Arménio Santos, na Assembleia da República

O drama do desemprego, as condições sócio-económicas que o favorecem e a necessidade de umPacto Social para a Competitividade e o Emprego

vez de convergir.E como consequência deste atraso

económico, os portugueses vêem-seconfrontados com a situação dedesemprego mais difícil dos últimos20 anos.

Segundo dados do IEFP, emOutubro de 2005, o desempregoregistado em Portugal abrangia484.730 pessoas e a taxa dedesemprego passou de 7,2% nosegundo trimestre desse ano, para7,7% no terceiro trimestre.

_ Daqueles desempregados, cercade 50.000 têm curso superior, o quesignifica que cerca de 10% dodesemprego total são licenciados.

Ou seja, o País e as famílias gastamrios de dinheiro na formação dequadros superiores, que depois searrastam angustiados à procura de umaoportunidade de emprego e sempossibilidades de poderem contribuirpara o progresso do seu País.

_ Dos 484.730 desempregados,cerca de 134 mil têm idadescompreendidas entre os 25 e os 34anos, mais 23.9% do que no 3ºtrimestre de 2004.

_ Em termos regionais, o Nortetem a taxa mais elevada dedesemprego, 8,8%.

O têxtil, o vestuário, a metalurgia,o calçado, a gráfica e a química, são ossectores mais atingidos pela reduçãode postos de trabalho.

_ E a exemplo da década de 70 doséculo passado, Portugal volta a sentiro fenómeno da emigração, com aldeiasdo interior a ficarem despovoadas,porque as pessoas que podemtrabalhar têm de emigrar, em buscade trabalho e de um ordenado que lhesdê alguma dignidade.

Este é um breve retrato dadimensão do problema que hoje maispreocupa os portugueses – odesemprego.

Quase meio milhão de portuguesesestão desempregados.

É uma situação muito séria, quenão se resolve com palavras fáceis nemcom promessas enganosas. Paraenganos, já bastou a miragem e a fraudeda promessa eleitoral socialista decriar 150 mil novos empregos.

Não nos podemos resignar a estasituação e à contínua subida dodesemprego.

Por isso estranhamos muito que em10 meses de governação socialista, ogoverno não tenha tido uma ideia nemdado um único passo para congregar emobilizar os agentes económicos esociais em torno de um “Pacto Socialpara a Competitividade e o Emprego”.

Tenho a certeza que os parceirossociais – confederações empresariaise confederações sindicais – estarãodisponíveis para darem o seucontributo num esforço deconvergência em torno de políticas queajudem a melhorar a competitividadeda economia nacional e a promover oemprego sustentado.

Consideramos que reforçar acompetitividade da economia e criaremprego, devem constituir nestemomento e mais do que nunca,objectivos estratégicos do País.

E para realizar esses objectivos éindispensável o empenho do governo,parceiros sociais, empregadores etrabalhadores.

Tenhamos presente que aglobalização dos mercados, a inovaçãotecnológica e o recente alargamento daUnião Europeia, não podem ser

indiferentes ao modelo dedesenvolvimento do País.

Tenhamos presente que aconvergência daprodutividade nacional e dopoder de compra dos saláriosnacionais com a média daUnião Europeia dos 15, têmtambém de ser objectivosfundamentais da nossaeconomia, desafios que nãopodem ser ganhos sem aparticipação activa das forçaseconómicas e sociais.

Por isso, matérias como apolítica de rendimentos epartilha dos ganhos deprodutividade, o combate àeconomia paralela e à fraude eá evasão fiscais, formação equalificação profissionais,Seg. Higiéne e Saúde no

Trabalho, Inovação, política deemprego e contratação colectiva, sãoquestões que podem integrar umPacto Social e que devem serdiscutidas e negociadas em sede deconcertação social.

Consideramos que é nosmomentos de maiores dificuldades,que mais necessário se torna oexercício do diálogo e da concertaçãosocial.

O País precisa de uma políticalaboral participada e com visão defuturo, que tem de assentar no diálogosocial, no respeito pelos parceirossociais e no encontro decompromissos em bases dignas ejustas.

É em obediência a estaspreocupações e acreditando que aconcertação social pode ajudar a abrircaminhos e a gerar um clima maisfavorável á captação deinvestimentos que criem maisriqueza e novos postos de trabalho,que propomos ao governo e lhedeixamos aqui o desafio, paravalorizar a Concertação Social eavançar com a negociação de umPacto Social para a Competitividadee Emprego.

Da parte do PSD, e ao contráriodo que é habitual no PS quando estána oposição, há disponibilidade paraassumirmos aqui as nossasresponsabilidades políticas face aoscompromissos que venham a serassumidos com os parceiros sociais,porque estamos certos de que quemganhará com o sucesso daConcertação Social é o País.

E para o PSD, Portugal estásempre em primeiro lugar.

– Secretariado dos TSD

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As eleiçõesdo próximodia 22 deJaneiro sãodecisivas parao Futuro dePortugale dosPortugueses.

O Pais está mergulhado numagrave crise, da qual só sairá com aprática de políticas acertadas. É porisso importante eleger um Presidenteda República que assegureestabilidade politica e coopereeficazmente com o Governo nodesenvolvimento das mesmas.

No passado dia 28 de Outubro, emConselho Nacional, a JSD decidiuapoiar a candidatura do ProfessorCavaco Silva por entender que é a quemelhor serve os interesses nacionais.

A cerca de duas semanas do actoeleitoral a JSD responde ao reptolançado pelo Professor Cavaco Silvaaos Portugueses: “Se Portugal precisade Nós, Pode Contar Connosco!”. -JSD

Daniel Fangueiro presente emIniciativa de apoio à Candidatura

Presidencial do Professor Cavaco Silva

No passado dia 9 de Janeiro o Presidente da Comissão PoliticaNacional da JSD, Daniel Fangueiro, esteve em Pombal num Jantar -Comício promovido pela Candidatura do Professor Cavaco Silva à

Presidência da República.

O evento contou com a presença de cerca de 4000 pessoas,destacando-se também a presença do Dr. Marques Mendes,

Presidente da CPN-PSD, ficando mais uma vez demonstrado oempenho e motivação das estruturas social democratas na eleição do

Professor Cavaco Silva para Presidente da República.

“O candidato presidencial Cavaco Silva agradeceu hoje o“colorido” que os jovens têm dado à sua campanha,afirmando que foi a pensar no futuro dos mais novos quedecidiu candidatar-se a Belém.

- in Público, 09-01-2006

“A juventude, sem dúvida uma das forças mais decisivas para aconstrução de um futuro melhor, terá em mim um agente políticoatento aos seus sonhos e preocupações, empenhado em fazerouvir a sua voz e em garantir a igualdade de oportunidades.”

– Cavaco Silva

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Luís Marques Mendes, entrou hojepela primeira vez na campanhapresidencial de Cavaco Silva com umapelo à vitória, logo na primeira volta.

“O país quer que Cavaco Silva sejaeleito e quer que seja eleito logo àprimeira volta, é também esse o meuapelo”, afirmou Mendes, à chegada aum jantar-comício em Pombal commais de cinco mil pessoas.

O líder do PSD desvalorizou a suaausência, até ao momento, afirmandoque tudo foi combinado “há váriassemanas” com Cavaco Silva.

“Foi neste local, no congresso queme elegeu há quase um ano, que definia estratégia de apoiarmos umacandidatura presidencial supra-partidária”, afirmou, sublinhando estarem “sintonia total” com a estratégiatraçada pelo antigo líder social-democrata.

“É óptimo que todos apareçam nacampanha, antes, durante, até dia 20”,disse, sublinhando o seu orgulho de ter“unido todo o partido em torno doprofessor Cavaco Silva”.

Marques Mendes, que foiacompanhado em Pombal pelosecretário-geral Miguel Macedo,salientou que “o mais importante é aonda de entusiasmo e mobilização” àvolta da candidatura presidencial deCavaco Silva.

Cavaco Silva apresentou-se comocandidato a Presidente da Repúblicasublinhando a sua independência dospartidos políticos, tendo recebido maistarde os apoios de PSD e CDS-PP.

Os democratas-cristãos tambémmarcaram presença neste jantar-comício, a través do secretário-geral.Recusando a ideia de estar em Pombalpara “marcar” a entrada do líder doPSD na campanha, Borges de Freitasafirmou ter vindo “por iniciativaprópria” e sublinhou que estará presentenoutras acções de campanha.

Marques Mendescom Cavaco Silva,

em Pombal