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Somos a maior cervejaria da América Latina e a maior indústria privada debens de consumo do Brasil. Estamos presente em 14 países da América,em operações que envolvem a produção e comercialização de cervejas,refrigerantes, outras bebidas não-alcóolicas, malte e subprodutos. Temosorgulho por quatro de nossas marcas de cerveja estarem entre as 20 maisconsumidas do mundo: Skol, Brahma, Stella Artois e Antarctica. Fazemosparte da maior plataforma mundial de produção e comercialização de cerveja desde a aliança global que firmamos com a Interbrew, em 2004,para a criação da InBev.

Nosso modelo de negócios é baseado na visão de que os consumidoressão a razão de tudo o que fazemos e devem receber toda a nossa atenção.Construímos marcas fortes para conquistar a preferência por nossosprodutos. Temos o maior portfólio de bebidas no Brasil, com marcasconsagradas nos segmentos de cerveja (como Skol, Brahma, Antarctica e Bohemia), refrigerantes (em que se destacam Guaraná Antarctica, Pepsi-Cola e H2OH!), isotônicos (Gatorade), chás (Lipton) e água (Fratelli Vita).Somos também líderes de mercado na Argentina, com a Quilmes Cristal,na Bolívia (Paceña), no Paraguai (Brahma) e no Uruguai (Pilsen).

Na construção de nossos resultados, damos ênfase também a outrasalavancas, como crescimento de receitas, disciplina financeira, execuçãonos pontos-de-venda, gente e cultura.

Em 2007, nosso volume de vendas chegou a 142,9 milhões de hectolitros,com receita líquida de R$ 19,6 bilhões, crescimento orgânico de 5,8% e 10,4%, respectivamente, em relação ao ano anterior, sem considerar o impacto de aquisições e vendas de ativos e conversão de moedas. NossoEBITDA, chegou a R$ 8,7 bilhões, 16,0% acima de 2006. O valor de mercadoda Companhia atingiu R$ 79 bilhões em 31 de dezembro de 2007.

Índice

2 / Destaques financeiros

4 / Mensagem aos acionistas

6 / Mapa das operações

8 / Criando valor com as nossas marcas

14 / Cerveja Brasil

18 / RefrigeNanc Brasil

20 / Quinsa

22 / América Latina Hispânica excluindo Quinsa (HILA-Ex)

24 / América do Norte

28 / Nosso modelo de negócios

32 / Gente e Cultura AmBev

36 / Responsabilidade social

38 / Responsabilidade ambiental

42 / Governança corporativa

44 / Ações como Investimento

46 / Prêmios

47 / Nosso time

49 / Demonstrações financeiras

2

Destaques Financeiros

Composição da Receita Líquida (%)

Cerveja Brasil

52%

América

do norte

19%HILA-ex

3%

RefrigeNanc

11%

Quinsa 14%

Malte e Subprodutos

1%

Receita Líquida (R$ milhões)

2007

2006

2005

2004

2003

8.68

4

12.0

07

15.9

59 17.6

14 19.6

48

Lucro Líquido (R$milhões)

EBITDA MARGEM

2007

2006

2005

2004

2003

1.41

2

1.16

2

1.54

6

2.80

6

2.81

6

EBITDA e margem

2007

2006

2005

2004

2003

3.07

235

,4% 37

,8% 39

,5% 42

,3% 44

,1%

4.53

7

6.30

5 7.44

5

8.66

7

Relatório Anual 2007 3

Valores expressos em milhões de reais 2003 2004 2005 2006 2007 Variação (%)

(exceto quando indicado) 07/06 (**)

Demonstração de Resultados

Receita Líquida 8.684 12.007 15.959 17.614 19.648 10,4%

Lucro Bruto 4.640 7.226 10.216 11.665 13.102 11,4%

Despesas Gerais e Administrativas 2.334 3.611 5.174 5.409 5.859 3,3%

EBIT 2.306 3.615 5.043 6.256 7.243 18,5%

Lucro Líquido 1.412 1.162 1.546 2.806 2.816 0,4%

Balanço Patrimonial

Ativo Total 14.830 33.017 33.493 35.561 35.476 (0,2%)

Caixa e Equivalentes 2.534 1.505 1.096 1.539 2.308 50,0%

Dívida Total 5.980 7.811 7.204 9.567 9.852 3,0%

Patrimônio Líquido 4.363 16.995 19.867 19.268 17.420 (9,6%)

Fluxo de Caixa e Rentabilidade

EBITDA 3.072 4.537 6.305 7.445 8.667 16,0%

Margem EBITDA 35,4% 37,8% 39,5% 42,3% 44,1% 2,1 p.p.

Investimentos de Capital 862 1.274 1.370 1.425 1.631 14,5%

Retorno sobre o Patrimônio 32,4% 6,8% 7,8% 14,6% 16,2% 1,6 p.p.

Dados por Ação (R$/ mil ações)

Valor Patrimonial (*) 9,59 25,93 30,40 30,24 28,30 (6,4%)

Lucro por Ação (*) 3,10 1,77 2,37 4,40 4,57 4,1%

Dividendos (ON) – R$/ação 2,09 1,93 1,90 2,80 3,00 7,1%

Dividendos (PN) – R$/ação 2,30 2,13 2,09 3,08 3,30 7,1%

Payout Dividendos 71% 114% 84% 66% 68% 2,0 p.p.

Capitalização

Capitalização de Mercado 26.392 40.424 53.646 64.109 79.071 23,3%

Dívida Líquida 3.447 6.305 6.107 7.802 7.369 (5,5%)

Participações Minoritárias 196 213 123 223 187 (16,1%)

Ações em Circulação (milhões) (*) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 (3,4%)

ADRs Equivalentes (milhões) (*) 455,0 655,5 653,5 637,2 615,6 (3,4%)

(*) Valores ajustados pela bonificação de ações realizada em 31/05/2005 e, em 2006 e 2007, pelo grupamento de ações (na proporção de 100 existentes para 1 nova ação).

(**) As variações das contas de resultado estão sendo apresentadas sempre em bases orgânicas, isto é, excluindo os impactos de aquisições ou vendas de ativos e o impacto de conversão de moedas no processo de consolidação.

PRINCIPAIS INDICADORES

4

Mensagem aos acionistas

A atenção que damos ao nosso relacionamento com os consumidores permitiu mais uma vez, em 2007,

mantermos e ampliarmos nossa liderança de mercado nos países em que operamos. A cada ano

aperfeiçoamos nossas estratégias de construção de marcas, entregando ao consumidor produtos

alinhados aos seus valores e às suas expectativas, em um processo permanente de inovação que nos

diferencia e agrega valor às nossas marcas e aos nossos resultados. Esse comportamento é apoiado

também por importantes alavancas estratégicas: gente e cultura, disciplina financeira e eficiência

na execução e no gerenciamento de custos.

Além dos investimentos em nossas marcas, iniciativas de crescimento orgânico e aquisições estratégicas

permitiram apresentarmos mais um resultado recorde. O volume de vendas consolidado cresceu 5,8%,

para 142,9 milhões de hectolitros, e a receita líquida atingiu R$ 19,6 milhões, ou 10,4% acima do ano

anterior. O EBITDA cresceu 16,0%, para R$ 8,7 bilhões, com margem de 44,1% – a maior registrada

mundialmente na indústria de bebidas. O lucro líquido, de R$ 2,8 bilhões, ficou em linha com o resultado

2006, refletindo o aumento de amortização de ágio e perdas com conversão de moeda em investimentos

que realizamos fora do Brasil.

Durante 2007, adquirimos duas empresas: a Cintra, no Brasil, e a Lakeport, no Canadá, o que ajudou

a ampliar nosso mercado, especialmente na região de Ontário. No início de 2008, concluímos ainda

a aquisição dos minoritários de Quinsa, e passamos a deter 99,56% do capital votante da empresa.

No ano, investimos R$ 1.630,9 milhões em ampliação das linhas de produção, compra de ativos de giro

e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada em 2008.

Crescemos em todas as operações, lideradas pelo Brasil, com contribuição de 69,4% do EBITDA

e crescimento de 16,8% na geração de caixa. Os volumes aumentaram de forma consistente: 5,5%

em cervejas e 10,6% em refrigerantes.

Quinsa registrou um EBITDA 22,3% acima do ano anterior, mesmo com o impacto negativo da inflação

nos custos, de maiores salários e da crise energética. O desempenho reflete crescimento sólido de volume,

de 9,7% no ano.

HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$ 20,1 milhões, o que representa melhora de R$ 41,8 milhões

com relação ao ano anterior. Esse avanço se deve especialmente ao reposicionamento de nossas marcas,

para enfrentar melhor as condições do mercado local.

Na América do Norte, a evolução do EBITDA foi de 6,4%, fruto principalmente das melhorias de eficiência

no processo produtivo e adoção de diversas iniciativas buscando a redução dos nossos custos.

Em ambiente marcado por forte competição de preços, a aquisição da Lakeport fortaleceu nosso

posicionamento para competir no mercado local.

Relatório Anual 2007 5

Mantemos a nossa estratégia de distribuir o excesso de caixa gerado pelas nossas operações, reflexo

do foco no gerenciamento do caixa e do capital empregado. No ano, devolvemos aos acionistas R$ 3,1

bilhões em recompra de ações e R$ 2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (representando

70,9% do lucro líquido). O payout total somou R$ 5,1 bilhões, 42% acima do montante distribuído em 2006.

Os resultados de 2007 são, acima de tudo, resultado do trabalho da nossa gente, que é movida por uma

permanente insatisfação, pela paixão por aquilo que fazemos e por sonharmos grande, perseguindo

sempre a superação no desempenho.

Por trás dos números, temos uma equipe fantástica, que trabalha duro para que aconteça esse sonho que

pode parecer impossível. Nossa gente é determinada, atua com foco e sabe o quê e como executar. Cresce

com metas desafiadoras e nunca desiste. Mesmo quando as tendências são desfavoráveis ou o mercado

está se movendo contra nós, a nossa gente tem a capacidade de se superar. Esse é o nosso jeito de ser

e representa a nossa maior força.

Carlos Brito

Co-presidente do Conselho de Administração

Victorio Carlos De Marchi

Co-presidente do Conselho de Administração

6

Mapa das operações

Brasil – compreende (i) Cerveja Brasil, (ii) Refrigerantes e Nanc (Não-Alcóolicos e Não-Carbonatados) e (iii) vendas de Malte e Subprodutos

Receita Líquida (R$ mm): 12.455

EBITDA (R$ mm): 6.014

Margem EBITDA: 48,3%

Mercado de cerveja (mm HL): 103,8

Consumo per capita (litros): 56,0

Total vendido de cerveja (mm HL): 70,1

Total vendido de refrigerantes (mm HL): 24,5

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 118,1

Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 66,5

América do Norte – representa as operações da canadense Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”)

Receita Líquida (R$ mm): 3.826

EBITDA (R$ mm): 1.538

Margem EBITDA (%): 40,2%

Mercado de cerveja (mm HL): 22,88

Consumo per capita (litros): 69,7

Total vendido de cerveja (mm HL) - Doméstico: 9,7

Total vendido de cerveja (mm HL) - Exportação: 1,8

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 14,9

CANADÁ

VENEZUELA

REPUBLICA DOMINICANAGUATEMALA

EL SALVADOR

NICARAGUA

EQUADORPERU

BOLÍVIA

PARAGUAI

CHILE

URUGUAI

ARGENTINA

BRASIL

Relatório Anual 2007 7

America Latina Hispânica – compreendea participação da AmBev em (i) Quilmes Industrial,Quinsa, S.A. (“Quinsa”), e (ii) Operações na AméricaLatina Hispânica, excluindo Quinsa (HILA-Ex)

Fonte: AmBev

(i) QUINSA

Receita Líquida (R$ mm): 2,687

EBITDA (R$ mm): 1,135

Margem EBITDA (%): 42,3%

Mercado cerveja (mm HL) 27.8

Total vendido de cerveja (mm HL): 18,3

Total vendido de refrigerantes (mm HL): 12,2

Argentina

Mercado de cerveja (mm HL): 15,9

Consumo per capita (litros): 41,4

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 15,7

Capacidade instalada de refrig.(mm HL): 18,8

Uruguai

Mercado de cerveja (mm HL): 0,8

Consumo per capita (litros): 24,3

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,3

Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 0,7

Bolívia

Mercado de cerveja (mm HL): 3,2

Consumo per capita (litros): 32,4

Capacidade instalada de cerveja (m HL): 4,1

Paraguai

Mercado de cerveja (mm HL): 2,3

Consumo per capita (litros): 37,1

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 3,2

Chile

Mercado de cerveja (mm HL): 5,6

Consumo per capita (litros): 33,7

Capacidade instalada de cerveja (m HL): 1,1

(ii) HILA-Ex

Receita Líquida (mm HL): 681

EBITDA (R$ mm): (20)

Margem EBITDA (%): -3%

Mercado de cerveja (mm HL): 45,6

Total vendido de cerveja (mm HL): 3,0

Total vendido de refrigerantes (mm HL): 3,2

Equador

Mercado de cerveja (mm HL): 2,7

Consumo per capita (litros): 28,0

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0

El Salvador

Mercado de cerveja (mm HL): 0,8

Consumo per capita (litros): 13,0

Capacidade instalada (mm HL): -

Guatemala

Mercado de cerveja (mm HL): 1,3

Consumo per capita (litros): 18,0

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,4

Nicarágua

Mercado de cerveja (mm HL): 0,8

Consumo per capita (litros): 13,0

Capacidade instalada (m HL): -

Peru

Mercado de cerveja (mm HL): 10,4

Consumo per capita (litros): 38,0

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0

Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 4,9

República Dominicana

Mercado de cerveja (mm HL): 3,6

Consumo per capita (litros): 36,3

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 1,0

Capacidade instalada de refrig. (mm HL): 3,2

Venezuela

Mercado de cerveja (mm HL): 26,0

Consumo per capita (litros): 93,0

Capacidade instalada de cerveja (mm HL): 2,8

8

Aliamos tradição e modernidade no portfólio de

produtos, em uma estratégia clara e direcionada

de criação de valor e inserção de nossas marcas

na vida do consumidor. Para nós, o consumidor

é o chefe, é a razão do nosso negócio, e precisamos

entendê-lo, estar próximos e construir uma relação

duradoura de longo prazo.

Sem perder características e valores centenários

que acompanham algumas de nossas principais

marcas – como as cervejas Bohemia, Antarctica,

Brahma, Original e Quilmes –, atuamos de forma

a garantir o crescimento contínuo dos negócios.

Esse trabalho envolve um estruturado sistema

de inteligência de mercado e o uso de técnicas

de marketing e comunicação que permitem

a nossas marcas tornarem-se referências –

até mesmo ícones – e avançarem na preferência

dos consumidores.

Essas ações abrangem não apenas novos

produtos, sabores, extensões de linhas, embalagens,

campanhas e promoções. Nossas pesquisas

de mercado vão além de identificar hábitos de

consumo, expectativas de consumidores e novas

oportunidades de crescimento de volumes.

Cumprimos o papel de líder no mercado de vários

países, comprometidos com a constante busca

pela inovação, sintonizados com a realidade

e as complexidades do mundo moderno. Nossa

política de marketing tem como missão entender

as necessidades do consumidor e as diferentes

realidades nas quais ele está inserido. Buscamos

conhecer as experiências para entrar na vida das

pessoas, conhecer seus valores, suas prioridades,

suas ocasiões de consumo e assim, em conjunto

com outras áreas da Companhia, desenvolver

produtos que atendam às expectativas dos públicos

que queremos atingir. Mais do que isso, sabemos

da importância de identificar aspirações, antecipar

tendências e apontar novos rumos.

Valores

Em uma sociedade cada vez mais informatizada

e globalizada, procuramos identificar os valores

que movem os consumidores, sem deixar de lado

as influências de características regionais e faixas

etárias. Nosso dia-a-dia envolve uma série de

pesquisas sobre modos de vida, hábitos de consumo,

aspirações e valores em todas as nossas regiões

de atuação. Só no Brasil, são mais de 2,5 mil pessoas

entrevistadas mensalmente. Essas informações,

aliadas à troca de experiências nos diferentes

países, servem de base para aperfeiçoar nossos

produtos e desenvolver as marcas que nos

colocam entre as principais indústrias de bebidas

do mundo.

Buscamos que nossas marcas espelhem esses

valores, traduzidos em atributos identificados

pelos diferentes consumidores. Elas enfatizam

conceitos como juventude, leveza e irreverência

(Skol), amizade, progresso e celebração (Brahma),

degustação e conhecimento cervejeiro (Bohemia),

qualidade (Antarctica), busca da perfeição (Stella

Artois), garra e amizade (Quilmes), entre outras.

Criando valor com as nossas marcas

Inovação

Esses conceitos das marcas inspiram todas as nossas inovações. Por meio delas buscamos surpreender

sempre nossos consumidores, seja em nossa comunicação – na TV, em novas mídias ou no ponto-de-venda –,

seja em novos produtos, com líquidos ou em embalagem inovadoras.

Um exemplo de empenho para entender e satisfazer cada vez mais o consumidor foi o lançamento

da cerveja Brahma Fresh exclusivamente para estados da Região Nordeste do Brasil. É uma cerveja pilsen

refrescante, mais suave e de cor mais clara e brilhante do que a Brahma tradicional, desenvolvida para

atender ao gosto regional. Além disso, tornamos a Bohemia Confraria, cerveja tipo abadia, um produto

de linha; criamos novos sabores da H2OH! e de Gatorade; inovamos com o Guaraná Antarctica Ice;

e introduzimos Quilmes Bock e Sout, na Argentina, e Alexander Keith’s Red Amber Ale, no Canadá.

A inovação inerente à nossa atuação também pode ser percebida: (i) nas nossas embalagens, como no pacote

com 18 latas de cerveja Skol, lançado em 2007, ou no lançamento da Bohemia Escura em garrafa long

neck (355 ml) e também em lata (350 ml), sempre buscando melhor atender aos desejos dos nossos

consumidores; (ii) nas mídias e tecnologias utilizadas na comunicação, como, por exemplo, a ação do Mistério

do Código Redondo, com uma estratégia de mídia diferenciada, com intervenções na programação, que

convidou os consumidores de Skol a participarem do desenrolar da campanha, ou a promoção do Dia

do Amigo da Quilmes, que motivou a postagem de mais de 1,5 milhão de vídeos pela Internet, feitos

pelos consumidores em interação com os amigos; (iii) nos diversos eventos proprietários das nossas

marcas, como, por exemplo, o Skol Beats, o Quilmes Rock e o Boteco Bohemia, que estão a cada ano

mais presentes na vida de nossos consumidores, trazendo novas experiências; (iv) no desenvolvimento

de novas ocasiões de consumo, como demonstra o sucesso crescente dos nossos quiosques do chopp

e chopp express; e (v) nas ações de trading nos pontos-de-venda, a exemplo da Real Academia do Chopp,

que treinou durante 2007 mais de 2 mil bares e restaurantes em todo o Brasil.

10

Relatório Anual 2007 13

Nossas Principais Marcas

Cervejas

Skol – Líder do mercado brasileiro, tem a inovação

como um de seus principais atributos. Foi a primeira

cerveja em lata do País, introduziu o conceito long

neck e novidades no mercado brasileiro, como a Skol

Geladona (embalagem que conserva o líquido

gelado por mais tempo) e embalagem com rótulo

termosensível.

Brahma – Marca que é sinônimo de reunião de

amigos e de diversão, é produzida desde 1888.

Além do Brasil, está presente também no Paraguai,

como a principal marca, e em mais de 30 países

das Américas e da Europa. Em 2007 ganhou uma

versão especial para a Região Nordeste, a Brahma

Fresh, mais clara e leve que a tradicional.

Antarctica – Clássica cerveja pilsen, fabricada

desde 1885, combina tradição e qualidade.

Consolidou sua posição no mercado brasileiro

com a campanha e o Bar da Boa.

Bohemia – Primeira cerveja do Brasil, produzida

desde 1853, é líder no segmento premium. Além

do tipo pilsen, tem outras versões de trigo

(Bohemia Weiss) e dos tipos schwarzbier (Bohemia

Escura) e abadia (Bohemia Confraria).

Original – Bebida premium, de sabor marcante,

destinada a quem sabe apreciar e valorizar uma

cerveja tradicional e de qualidade superior. Criada

em 1906, conserva até hoje sua fórmula e o rótulo

em papel monolúcido originais.

Serramalte – Cerveja encorpada, com maior

adição de malte em sua composição e processo

de fabricação mais longo. É produzida desde

1953.

Polar – Cerveja de aroma, sabor e amargor suaves,

com distribuição concentrada no Sul do Brasil.

Liber e Kronenbier – Não-alcóolicas, ampliam

as ocasiões de consumo. A Liber é produzida com

tecnologia inédita na América Latina, que inclui

o uso de equipamentos especiais para a retirada

total do álcool da bebida.

Caracu – Cerveja preta, do tipo stout, com sabor

encorpado. É produzida desde 1899. Como não

é filtrada, é mais nutritiva, contém levedura

e proteínas.

Quilmes – Cerveja mais vendida na Argentina.

É produzida em mais de 15 versões, com destaque

para a Quilmes Cristal. Lançada em 1888, em 2007

ganhou versões stout e bock.

Pilsen e Patrícia – Referências de cerveja no mercado

uruguaio, são encorpadas, fortes e de sabor

levemente amargo.

Brahva – Comercializada nos países da América

Central, mantém as mesmas características de sabor,

brilho, transparência e pureza da Brahma. Em 2007

ganhou a versão Extra.

Labatt Blue – Cerveja canadense mais vendida

no mundo. Lançada em 1951 com Labatt Pilsener,

foi batizada como Blue pelos fãs do time de futebol

Winnipeg Blue Bombers.

Kokanee – Marca com forte presença na Columbia

Britânica (Canadá), é produzida na região das

montanhas Kootenays. Tem sabor suave, limpo

e com ligeiro gosto de lúpulo.

Alexander Keith’s – A mais popular cerveja

da Nova Escócia (Canadá), com singular sabor

de malte e de lúpulo ligeiramente floral e adocicado.

Em 2007, ganhou uma extensão de linha, com

o lançamento da Red Amber Ale.

Lakeport – Marca canadense agregada ao nosso

portfólio em 2007. É apresentada em várias

versões, como pilsen, lager, ale, ice e red.

Stella Artois – Marca internacional da InBev,

cerveja superpremium, lançada na Bélgica em 1366,

tem sabor balanceado e marcante. É fabricada

também no Brasil e na Argentina, com ingredientes

de primeiríssima qualidade, amparada em conceitos

como valor inestimável e busca da perfeição.

Refrigerantes

Guaraná Antarctica – Segundo refrigerante mais

vendido no Brasil, tem um sabor único do fruto

do guaraná cultivado na Amazônia.

Pepsi-Cola – Somos o segundo maior engarrafador

da PepsiCo no mundo, com produção e distribuição

em vários países da América do Sul e Central, em

uma linha que inclui a tradicional Pepsi-Cola,

a Pepsi-Twist, de sabor cola com limão, a Pepsi X,

primeiro refrigerante energético do mundo,

e a Pepsi Max, com máximo sabor e sem açúcar.

H2OH! – Bebida levemente gaseificada e sem

açúcar. Foi desenvolvida em parceria com a PepsiCo,

inicialmente no sabor limão. Em 2007 passou

a ser produzida também no sabor tangerina

Ainda produzimos a Sukita, de sabor laranja,

a Soda Limonada e a Tônica Antarctica.

Isotônicos

Gatorade – Bebida isotônica esportiva mais

vendida do mundo, também é resultado da aliança

com a PepsiCo.

Chás

Lipton Iced Tea – Líder mundial do segmento

de chás prontos para beber, é produzido sob

franquia no Brasil.

Água

Fratelli Vita – A leveza é uma de suas principais

características, devido ao baixo teor de sais dissolvidos.

Cerveja Brasil

14

Mainstream

O cenário macroeconômico positivo, com crescimento da renda disponível dos consumidores, ajudou

a impulsionar os volumes de cerveja no Brasil. O crescimento foi de 5,5% no ano, com 70,1 milhões

de hectolitros, e a participação de mercado atingiu 68,6%, de acordo com dados da Nielsen. A receita

líquida totalizou R$ 10,2 bilhões, evolução de 11,7%. O EBITDA somou R$ 5,2 bilhões, incremento

de 15,4%. Nossa política de hedge continua sendo importante para mantermos os custos sob controle

e nos proteger contra a pressão no preço das commodities. Além disso, um plano comercial bem-administrado

nos permitiu otimizar investimentos e maximizar a rentabilidade.

Adquirimos durante o ano as instalações da cervejaria Cintra, com o principal objetivo de expandir nossa

capacidade de produção e assim endereçar a demanda crescente nos mercados de cerveja e refrigerantes.

A operação não incluiu a marca nem os ativos de distribuição da empresa.

Nosso crescimento é fruto, especialmente, do nosso trabalho direcionado ao consumidor e de construção

de marcas. A esse conceito se alinha o lançamento da cerveja Brahma Fresh, desenvolvida especialmente

para a Região Nordeste, com uma bebida mais clara e leve do que a original.

A Brahma, por sua vez, conquistou o público em 2007 com a campanha nacional que transforma

a quarta-feira em “Zeca-feira”. Estrelada pelo músico Zeca Pagodinho, reforça a identificação

do brasileiro com o futebol e a importância de encontrar os amigos durante a semana.

Outra campanha bem-sucedida do ano foi a “Código Redondo” da Skol. Em meio a um clima de mistério,

suspense e bom humor, o público foi convidado a tentar descobrir qual é o segredo da qualidade

da cerveja, reconhecida como inovadora, irreverente e de espírito jovem. Para a marca, desenvolvemos

um pacote com 18 latas e em janeiro de 2008, lançamos no mercado carioca a lata termo-sensível Skol,

a primeira comercializada no Brasil que avisa quando a cerveja está em boa temperatura para o consumo.

16

DM

9 É

DD

B

Premium

Em nossas operações no Brasil, estamos ampliando a participação de cervejas premium

e superpremium. Em 2007, por exemplo, transformamos a Bohemia Confraria, anteriormente disponível

apenas por curto período de tempo, em um produto de linha. Também lançamos a Bohemia Escura em

garrafa long neck (355 ml) e em lata (350 ml). E com a Stella Artois destacamos o valor inestimável

e a sofisticação da marca.

Relatório Anual 2007 17

Importadas

Ainda criamos oportunidades de degustação para o consumidor. No ano, inauguramos uma Central

de Importação, responsável por trazer para o País diferentes cervejas do mundo, a exemplo das alemãs

Spaten, Löwenbräu, Franziskaner Weissbier e Beck’s; das belgas Leffe, Hoegaarden e Belle-Vue; da argentina

Quilmes e das uruguaias Norteña, Patrícia e Pilsen.

Refrigerantes e Nanc Brasil

Atingimos no final do ano a maior participação histórica no mercado brasileiro de refrigerantes,

com 17,5%, de acordo com dados da Nielsen, 0,4 ponto percentual acima de dezembro de 2006.

Os volumes cresceram 10,6%, totalizando 24,5 milhões de hectolitros. A receita líquida cresceu 16,6%,

para R$ 2,1 bilhões, e o EBITDA atingiu R$ 782,6 milhões, uma evolução de 28,8%,alinhado a uma margem

de 37,1%.

Esse desempenho é explicado pelo forte crescimento e desenvolvimento da indústria e pelo ganho

de participação de mercado, impulsionado por inovações que fizemos durante o ano. Reflete ainda

a redução do custo por hectolitro produzido, efeito dos ganhos obtidos com hedge de matéria-prima

(açúcar) e da valorização do real em relação ao dólar.

Em um mercado que cresce apoiado principalmente na inovação, as marcas fortes são o grande pilar

de sustentabilidade do nosso negócio, em um portfólio que combina refrigerantes e bebidas

não-carbonatadas para diferentes situações de consumo.

O grande destaque de 2007 foi o desempenho H2OH!, levemente gaseificada com toque de frutas e zero

açúcar, lançada em 2006 na versão limão apenas em algumas regiões. Além de ampliar a distribuição para

todo o País, introduzimos o sabor tangerina. A H2OH! é um sucesso de mercado, com crescimento de

dez pontos em participação, por incorporar o conceito de saudabilidade e a vocação de produto natural,

associado ao bem-estar.

Outro grande sucesso em 2007 foi o lançamento do Guaraná Antarctica Ice, calcado em um dos principais

atributos do refrigerante que é líder absoluto nesse segmento de sabor: a refrescância de um produto

genuinamente brasileiro com seu sabor único e autêntico. Inicialmente concebido como um lançamento

in-out, mantido no mercado por tempo limitado e apenas no verão, passou a integrar a linha e foi apoiado

por campanha jovem e irreverente, que explora a expressão gela-goela. E em parceria com a Kibon,

criamos o Picolé Guaraná Antarctica, também uma bem-sucedida extensão de linha.

Relatório Anual 2007 19

Mais novidades foram introduzidas nas linhas

de chá Lipton, que foram acrescidas do sabor chá

verde, e do isotônico Gatorade, que ganhou

o sabor Açaí-Guaraná, homenageando os Jogos

Pan-Americanos do Rio de Janeiro 2007, e a versão

Red como extensão de linha Cool, para amantes

de esportes radicais.

Outras inovações foram introduzidas em embalagens.

As versões de 1,5 e 2,5 litros passaram

a ser distribuídas em todo Brasil. Lançamos ainda

uma garrafa PET de 3,3 litros. É a maior do

mercado e foi desenvolvida sob medida para

grandes famílias ou para ocasiões de muito

movimento.

Também intensificamos ações em supermercados

de vizinhança, estreitando programas de

relacionamento com esse canal. As ações

envolvem investimento em infra-estrutura

e treinamento, buscando desenvolver de forma

mais integrada a categoria refrigerante e ampliar

espaços nas gôndolas.

20

Quinsa

Nosso terceiro maior mercado compreende as operações na Argentina, no Uruguai, no Paraguai,

na Bolívia e no Chile. A região da Quinsa cresceu em 2007 impulsionada por ganhos de participação

de mercado e bom desempenho das marcas premium.

O volume total expandiu-se 6,8% para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc. A receita líquida atingiu

R$ 2,7 bilhões, apresentando crescimento maior que os volumes (21,5%), reflexo do aumento de preços

aplicados ao longo do ano e também do mix mais nobre de produtos. O desempenho recorde foi obtido

mesmo com a venda de três marcas de cerveja na Argentina, em dezembro de 2006, como parte

do compromisso assumido pela AmBev no processo de aquisição da Quinsa.

Nosso desempenho na região é amparado especialmente pela marca Quilmes, que isoladamente detém

cerca de 50% do mercado argentino. Consideramos esse desempenho excepcional, refletindo todo

o trabalho que envolve essa marca centenária, identificada com valores de sociabilidade, jovialidade,

humor e garra, direcionada a diferentes perfis sociais e etários dos consumidores. No ano, expandimos

a linha com cervejas escuras, nas versões stout e bock, posicionadas no segmento premium, com

o objetivo de acompanhar a evolução de nossos consumidores e estar presente em diferentes ocasiões

de consumo. O total do crescimento da cerveja premium no 2007 chegou a 62% (sendo que

o crescimento das cervejas escuras foi de 85%, e da Stella Artois foi 77% em comparação com o 2006).

A plataforma de Quilmes assegura seu posicionamento em várias frentes. No ano, promovemos o Quilmes

Rock, um dos maiores festivais de rock da América Latina, que reuniu 200 mil pessoas, em uma linha de

comunicação direcionada ao consumidor jovem, apreciador desse ritmo. Simultaneamente, patrocinamos

o campeonato e a seleção nacional de rúgbi, além da seleção argentina de futebol, como indicativo

da capacidade de Quilmes estar presente na vida de todos os argentinos.

Outro destaque do ano foi o comportamento da premium Stella Artois, que alcançou na Argentina

o quinto maior volume de vendas do mundo dessa marca. No mesmo segmento lançamos a Patagônia, uma

cerveja red de produção limitada e distribuição seletiva, que leva em sua composição lúpulo dessa região

do extremo sul do país. E no isotônico Gatorade inovamos com a linha Propel Fitness Water, sem adição

de açúcar.

A identificação dos consumidores com nossas marcas também acontece na Bolívia, com a Paceña, uma

referência nacional; no Uruguai, com Pilsen, e no Paraguai, com Brahma – que detém a maior participação

de mercado da marca no mundo.

Relatório Anual 2007 23

HILA-Ex

A HILA-Ex (América Latina Hispânica excluindo Quinsa) abrange Venezuela, Peru, Equador, Guatemala,

República Dominicana, Nicarágua e El Salvador. Em 2007, o ambiente de grande competitividade

e a retração na Venezuela, com amplo crescimento do mercado informal influenciaram o desempenho

de vendas da divisão, em que registramos recuo de 4,6% em cervejas e 12,6% em refrigerantes. A partir

do terceiro trimestre foram observados avanços significativos nas operações na República Dominicana

e na América Central, além de recuperação de participação de mercado no Peru.

Os volumes da unidade de RefrigeNanc reduziram-se principalmente devido ao reposicionamento

de marcas em alguns mercados. Esse impacto foi em parte compensado por economias de custo, devido

a uma mudança favorável no mix de embalagem. No planejamento para 2008, continuamos a buscar

o melhor posicionamento e opções de embalagem para as nossas marcas na região.

Em cerveja, nossa marca Brahma manteve participação relevante nos mercados do Peru, do Equador

e da República Dominicana, posicionada com forte apelo popular, como produto democrático. Inovamos

nesses mercados introduzindo nos pontos-de-venda equipamentos de refrigeração (coolers) e materiais

diferenciados, além de lançarmos embalagens com schrink e selo da marca. Também passamos a oferecer

a Brahma Light, a Budweiser e a Budweiser Light na República Dominicana. Na Guatemala, onde atuamos

com a marca Brahva, lançamos a versão Extra.

Campanhas marcantes, destacando o caráter inovador e a inteligência da escolha, tornaram-se assunto

em conversas de mesa de bar nesses países. Aumentamos também a cobertura de pontos-de-venda, nos

preparando para um crescimento que já foi perceptível na República Dominicana, pode exemplo, onde

avançamos dez pontos de participação de mercado.

A melhora no EBITDA, que passou de R$ 63,9 milhões negativos para R$ 20,1 milhões negativos, reflete

a disciplina financeira e economias em gastos administrativos, resultantes de reestruturação operacional.

Começamos a atuar na região em 2003 – exceto na Venezuela, onde as operações foram iniciadas em 1994.

Continuamos construindo nossos negócios na região. Os volumes de cerveja estão crescendo, estamos

reduzindo custos fixos e chegando próximos a EBITDA e fluxo de caixa equilibrados. Para atingir nossos

objetivos de longo prazo, continuaremos a consolidar nossas alavancas de crescimento, com construção

de marcas, gerenciamento de receitas e custos e disciplina financeira.

24

América do Norte

Nossas operações no Canadá representam o segundo maior mercado da AmBev. Esse é um mercado

maduro, com o permanente desafio de crescimento em market share. Em 2007, apesar do bom

desempenho da economia – especialmente no Oeste, em decorrência dos altos preços do petróleo –,

as vendas de cervejas apresentaram evolução tímida, em um ambiente de acirrada competição.

Nossas vendas, sob esse aspecto, foram muito boas, com volume reportado 5% mais elevado do que ano

anterior. O desempenho reflete dois motivos: o leve crescimento do mercado e o avanço de nossas três

principais marcas no Canadá: Budweiser, Stela Artois e Alexander Keith’s. O volume sofreu uma redução

orgânica de 0,8% em relação a 2006.

O EBITDA totalizou R$ 1,5 bilhão, 6,4% acima de 2006, com margem de 40,2% (38,6% no ano anterior).

O desempenho reflete especialmente a introdução de nossa cultura de gerenciamento de despesas

e disciplina na gestão de custos.

Além disso, a Lakeport foi plenamente integrada à Labatt durante o ano. Nessa aquisição investimos

CAD$ 208,5 milhões, agregando linhas de produtos e marcas que têm destacada presença no segmento

de valor na região de Ontário (Grandes Lagos).

Relatório Anual 2007 27

O ano foi marcado por várias iniciativas de marketing e inovações. Duas ações bem-sucedidas envolveram

a própria Lakeport: uma embalagem sazonal de 28 garrafas para a Lakeport Pilsener, Honey Lager e Ligh,

possibilitando o incremento de 1,8 ponto percentual na participação de mercado; e o lançamento da

Lakeport Red, uma cerveja mais encorpada. Na mesma linha, introduzimos a Alexander Keith’s Red

Amber Ale, que superou em 73% o volume de vendas em Ontário e 71% em Alberta, em relação

ao planejamento inicial.

As ações com Kokanee envolveram o reforço da marca, destacando-se o lançamento da Kokanee Kube,

uma mochila térmica que associa a bebida ao frio canadense e à sensação de refrescância, tornando-se

o acompanhamento perfeito para atividades ao ar livre.

Com Stella Artois promovemos a experimentação da marca, mostrando o ritual de nove passos para

servir um copo da cerveja com perfeição e conquistando os consumidores com essa iniciativa.

Fizemos ainda várias promoções com Labatt Blue, a exemplo de patrocínio a eventos durante todo o

verão, lançamento de uma embalagem com 18 unidades e uma campanha intitulada “A coisa boa” (The

Good Stuff) tendo como foco a ligação com consumidores fiéis e o varejo. Dessa forma, buscamos

reforçar o posicionamento de cerveja sob medida para comemorar diariamente as tradições.

E com Bud Light, que fabricamos no Canadá sob licença da Anheuser-Bush, aumentamos nossa ligação

com os consumidores por meio de patrocínio ao esporte, a exemplo da Liga Nacional de Hóquei. A marca

tem crescido a uma taxa média de 42% nos últimos três anos.

28

Nosso modelo de negócio

Nossos negócios crescem de forma constante

e sustentável porque mantemos um processo

estruturado de trabalho. Temos três focos muito

claros: Gente, Marcas e Gestão. Esses aspectos

garantem a oferta de produtos inovadores para

atender os consumidores, a nossa eficiência,

e a capacidade de criar valor e entregar resultados.

Construimos Marcas Fortes

Investimos no desenvolvimento de longo prazo

das nossas marcas para mantê-las em destaque

no mercado. Para isso, entramos na vida de

consumidores, procuramos conhecer seus valores,

suas preferências, suas expectativas. Investimos

também em campanhas criativas, para mantê-las

sempre presentes na lembrança dos consumidores.

Buscamos consistentemente estreitar os vínculos

com os consumidores e fortalecer o valor de

nossas marcas.

Gente e Cultura

Pessoas altamente qualificadas, motivadas

e comprometidas são um dos nossos principais

diferenciais. Administramos a contratação e o

treinamento de nossa gente, pois queremos

contar com excelentes profissionais. Criamos, por

meio do programa de remuneração variável,

participação acionária, incentivos financeiros para

um desempenho e resultados mais elevados.

Outro elemento importante da nossa cultura são

as habilidades gerenciais. Elas são pautadas por:

ética; avaliações de desempenho baseadas

exclusivamente em resultados; incentivo para

pensar e agir como donos do negócio; liderança

pelo exemplo pessoal; e valorização por

experiências de campo.

Crescimento de Receitas

Buscamos de forma permanente o crescimento da

receita líquida. Para isso, temos como prioridade

aproveitar oportunidades nos seguintes aspectos:

• Gestão de marcas: construímos marcas fortes,

a partir de um profundo conhecimento dos nossos

consumidores, buscando crescimento de longo prazo;

• Participação de mercado: nosso compromisso

é manter e fortalecer a liderança nos mercados

onde atuamos, bem como avaliar oportunidades

para ingressar em novos mercados nas Américas

onde não operamos atualmente;

• Consumo per capita: com base em extensas

pesquisas e no constante acompanhamento

do mercado, com foco no comportamento

do consumidor e em ocasiões de consumo,

visamos aumentar o consumo per capita nos

nossos mercados; e

• Participação dos gastos do consumidor:

procuramos maximizar a participação dos gastos

do consumidor em nossos produtos.

Relatório Anual 2007 31

Execução da distribuição

A distribuição de marcas nacionais de cerveja em centenas de milhares de pontos-de-venda

é a característica mais complexa do nosso negócio. Nos últimos anos, temos centralizado nossas

operações na distribuição direta nas grandes cidades, ao mesmo tempo em que fortalecemos o sistema

de distribuição terceirizada.

No Brasil, mantemos uma rede multimarca, com a distribuição comprometida com o resultado de todo

o portfólio. Com o Programa de Excelência AmBev, estimulamos o constante aperfeiçoamento de nossos

revendedores, estabelecendo padrões de desempenho e estimulando a troca de informações sobre

as melhores práticas.

A execução no ponto-de-venda, para nós, é fundamental para o sucesso do negócio. Ajudamos nossos

clientes a expor os produtos da melhor forma, a programar estoques, a decorar o estabelecimento,

a gerenciar receitas e despesas. Em vários de nossos mercados fomos pioneiros na introdução

de equipamentos de refrigeração (coolers) no ponto-de-venda, para que a bebida chegue ao consumidor

na temperatura ideal. Eles são ao mesmo tempo eficazes ferramentas de marketing, pois são decorados

com imagens relacionadas às nossas principais marcas.

Eficiência em custos

Adotamos modelo de Orçamento Base Zero (OBZ), que estimula o comprometimento com o controle

de despesas e custos, sem manter qualquer relação com o ano anterior. Estabelecemos metas

desafiadoras, e cada equipe é responsável pelo próprio orçamento. Cada centro de custos tem um dono,

sendo o alcance das metas recompensado com o sistema de remuneração variável. As áreas que

ultrapassarem os valores orçados perdem direito ao bônus.

Disciplina financeira

Adotamos como política não reter caixa desnecessário. Após alocar recursos para as necessidades

operacionais e planos de investimento, combinamos distribuição de dividendos e recompras de ações para

devolver aos acionistas o fluxo de caixa gerado pelas operações.

Por conta desse modelo, registramos em 2007 mais um ano de geração de caixa recorde, de R$ 8,6 bilhões.

E devolvemos aos acionistas R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 2,0 bilhões em dividendos e R$ 3,1 bilhões

em recompra de ações.

Fluxo de caixa operacional (R$ milhões)

2007

2006

2005

2004

Fluxo de caixa EBITDA

3.41

9 4.35

7

5.98

5

7.44

5

7.91

9 8.66

7

4.15

0

6.30

5

2007

2006

2005

2004

1,3

1,6

2,3

0,4

1,8

1,8

2,0

3,1

Recompra de ações Dividendos

Pay-out (R$ bilhões)

Gente AmBev

32

Relatório Anual 2007 33

Investimos continuamente em nossa gente por acreditarmos em seu talento e sua capacidade de assimilar

e disseminar a cultura AmBev e superar desafios. Incentivamos as equipes a pensarem – e agirem – como

donos do negócio, e oferecemos a elas oportunidades de crescimento profissional e pessoal como

reconhecimento ao empenho, à garra e ao espírito empreendedor.

Ao final de 2007, formávamos um time de 37.299 pessoas – das quais cerca de 80% tinham menos

de 35 anos –, conduzidas por um modelo de meritocracia que contempla a oferta de salários fixos,

remuneração variável, programas de capacitação e qualidade de vida e uma série de benefícios.

Nas contratações, privilegiamos pessoas das comunidades próximas às nossas unidades, especialmente

nas funções operacionais. Para os demais cargos, buscamos o preenchimento das vagas por meio

de promoções internas.

Mantemos três programas estratégicos de atração de talentos: o Programa Trainee, que em 2007

selecionou 35 jovens para iniciarem a formação em 2008; o Programa Talentos, que encaminha a áreas

específicas da Companhia os candidatos com alto potencial de desenvolvimento e sólida formação

e selecionou 66 pessoas no ano; e o Programa Estágio, que permite ao estudante universitário, com até

um ano e meio da formatura, ter os primeiros contatos com a vida profissional. Em 2007, mais de 300

estagiários participaram do Programa e muitos deles já fazem parte do nosso time.

Gente AmBev

Brasil 21.085

Quinsa 7.077

HILA-ex 4.209

América do Norte 3.222

Total 35.593

34

Faz parte da nossa cultura a crença de que

o aprendizado é um processo contínuo. Assim,

adotamos o ciclo anual de gente, que inclui

definição e desdobramentos de metas, avaliação

de competências e processo de orientação

e desenvolvimento de nossas equipes.

A Universidade AmBev (UA), com base nesse ciclo,

elabora programas de capacitação e formação

para garantir o aprimoramento permanente de

nossa gente.

As atividades da UA se estendem a todas

as unidades e níveis organizacionais, por meio

decursos e treinamentos externos e in company.

Esses cursos são presenciais ou baseados em

modernas ferramentas como e-learning (UA

on-line) e televisão corporativa (TV AmBev).

Sob essa estrutura, a entidade possui 51

programas, divididos em 251 cursos, em cinco

eixos temáticos que atendem a todas as funções

e níveis hierárquicos.

Prática de Liderar – Promove o alinhamento

e define o perfil do líder AmBev. Nesse sentido,

seis programas foram ministrados a 217 profissionais,

e somaram 773 horas em 2007.

Excelência Operacional – Garante a dinâmica

de treinamentos para o desenvolvimento do

conhecimento técnico necessário a todas as funções.

Em 2007, com 37 programas disponíveis, somou

18.357 pessoas e 68.773 horas.

Sistema de Gestão – Dissemina e pereniza

as práticas e ferramentas gerenciais que compõem

a cadeia de negócio e a abordagem sistêmica.

O eixo é responsável pelos programas Green Belts

e Black Belts (Seis Sigma), que envolveram 59

pessoas e totalizaram 554 horas em 2007.

Cultura AmBev – Amplia as referências do jeito

de ser e agir da Companhia. Em 2007, os seis

programas ministrados sob esse eixo somaram

2.490 horas.

Orientação para o Mercado – Promove

o relacionamento e a sintonia com o mercado,

os distribuidores, as revendas, as comunidades

e os clientes finais.

Além de todos esses treinamentos, ministrados

a mais de 18 mil pessoas em 2007, em 75 mil

horas, a Universidade AmBev é responsável pelo

gerenciamento e a disseminação das melhores

práticas adotadas em todas as unidades da

Companhia. Para isso, promove encontro anual

em que são expostos os projetos selecionados.

Em 2007, o programa Melhores Práticas recebeu

318 inscrições de regionais no Brasil e na América

Latina (Hila-ex), e premiou seis iniciativas.

Relatório Anual 2007 35

Remuneração e benefícios

Nossa política de remuneração e benefícios inclui o pagamento de salários fixos, cujos valores

são baseados em pesquisas anuais de mercado, e remuneração variável, que se dá em dois níveis.

Os colaboradores operacionais participam do Programa de Lucros e Resultados (PLR) e os demais, a partir

do cargo de supervisores, são envolvidos em programa de remuneração variável, em que o valor

do bônus está vinculado ao alcance de metas individuais e coletivas de cada operação. Contamos ainda

com o Programa de Stock Options (opções de ações), direcionado a níveis de alta gerência e superiores.

Nossa política de benefícios também está sintonizada à valorização do empenho das equipes. Ela inclui

planos médico e odontológico sob medida e extensivo aos dependentes, plano optativo de previdência

privada, reembolso das despesas com a aquisição de material escolar para os funcionários e filhos

de funcionários estudantes, cesta de Natal e brinquedos para os filhos dos funcionários, reembolso

de até 70% do custo mensal de cursos de graduação e pós-graduação, sem teto definido, entre outros.

Qualidade de vida, saúde e segurança

Zelamos pela saúde e segurança de nossa gente. Por meio do programa Vida Legal, patrocinado pela

Fundação Antonio e Helena Zerrener (FAHZ), todos os empregados têm acesso a programas preventivos

de doenças e auxílio para a aquisição de materiais escolares, cestas de Natal e brinquedos. Algumas

unidades realizam ginástica laboral durante o expediente para prevenir doenças ocupacionais.

Na área de segurança, mantemos um Plano Diretor de Segurança para que as Comissões Internas

de Prevenção de Acidentes (CIPA), a área de Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho

(SESMT) e os gerentes e supervisores estejam constantemente envolvidos no tema.

As unidades fabris e os centros de distribuição são regidos pelas Diretrizes de Segurança e Saúde

Ocupacional, que trata, entre outros itens, de permissão para trabalhos de risco, inspeções de rota,

bloqueio de energia, e exigências mínimas de segurança para prestadores de serviço.

Nas áreas de Vendas e Distribuição também é realizado o Paz no Trânsito, programa que busca garantir

a integridade física dos profissionais, gerenciar os índices de segurança e reduzir os acidentes de trânsito.

Desde que foi criado no Brasil, em agosto de 2003, o Programa foi fundamental para o alcance de cerca

de 70% de redução do número de acidentes com afastamento na Companhia.

Há ainda o programa Safety First e o Plano Diretor de Segurança, aplicado em todas as unidades fabris

da Companhia na América Latina, criado para promover a disseminação e o desdobramento de assuntos

de segurança já predefinidos e remetidos pela InBev bimestralmente.

Todas as unidades realizam a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), que ocorre

uma vez ao ano. A partir de 2007, nos CDDs, a SIPAT passou a incluir, entre os temas, a questão do meio

ambiente e consumo responsável.

Com todas essas ações, a Companhia registrou 234 acidentes com afastamento em 2007, 18% menos

do que no ano anterior. A Taxa de Gravidade (TG) ficou em 168 em 2007 ( 314 no ano anterior), o que

representa 44% de redução do número de dias perdidos e 100% do número de dias debitados por

acidentes de trabalho. Devido ao nosso histórico de redução de acidentes desde 2004, conseguimos

uma diminuição na alíquota de seguro acidente de 3% para 2%.

36

ResponsabilidadeSocial

Entendemos que para crescer de forma sustentável

é necessário não apenas obter lucros e pagar

dividendos aos acionistas, mas também criar

valores para toda a sociedade. Esse comportamento

norteia nossas relações com os diversos públicos

relacionados ao nosso negócio – consumidores,

clientes, fornecedores, revendedores, comunidades,

governo e sociedade.

Buscamos agregar as três dimensões da sustentabilidade

– econômica, ambiental e social – em toda a nossa

cadeia de negócios, do incremento da produção

de insumos fornecidos pelos produtores no campo

ao pós-consumo, representado por programas

de consumo responsável de bebidas alcoólicas

e de reciclagem.

Consumo responsável

Exercemos nosso papel de empresa cidadã ao realizar,

desde 2001, ações de orientação à população

sobre os riscos associados ao uso indevido do

álcool. Elas integram o Programa AmBev de Consumo

Responsável, pioneiro no Brasil, norteado pelas

premissas da Organização Mundial da Saúde

(OMS), que possui dois pilares: conscientização

sobre os riscos de beber e dirigir e estímulo

ao cumprimento da lei que proíbe a venda de bebida

alcoólica a menores de idade.

Realizamos em 2007 a segunda edição do Gente

do Bem, em que todas as nossas unidades no Brasil

abriram suas portas para colaboradores e convidados

debaterem o consumo responsável e assistirem ao

vídeo educativo “Bebida ou direção: faça a escolha

certa”, desenvolvido pelo Centro de Informações

sobre Saúde e Álcool (Cisa). A ação mobilizou

cerca de 45 mil pessoas em nossas unidades. Elas

fizeram blitze em universidades, com a distribuição

de adesivos do bumerangue – símbolo do programa –

e a mensagem “É mais divertido ir e voltar”. Esses

adesivos também foram fixados em todos os veículos

de nossa frota.

Lançamos ainda a campanha Bar de Responsa,

com a distribuição de cartazes e material

informativo com dicas para os donos de bares

multiplicarem a mensagem “Bebida alcoólica

somente para maiores de idade e para quem não

vai dirigir”. A ação envolveu bares de São Paulo

(SP), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).

Doamos, no ano, 19,2 mil bafômetros para órgãos

de trânsito e entidades governamentais federais,

estaduais e municipais, entre eles a Polícia Rodoviária

Federal (Ministério da Justiça) e o DENATRAN

(Ministério das Cidades). Ao todo, desde o início

do Programa, doamos cerca de 50 mil bafômetros.

Relatório Anual 2007 37

Comunidade

Nosso investimento externo também é pautado

pela capacidade de agregação de valor às comunidades

com as quais nos relacionamos. Em 2007,

atualizamos nossos processos internos e programas

de excelência para intensificar a responsabilidade

sócio-ambiental de nossa gente nas unidades

fabris, nos Centros de Distribuição Direta e nas

revendas, exercendo, no dia-a-dia, a proximidade

com as pessoas que residem no nosso entorno.

Na Região Amazônica, em parceria com o governo

estadual, fomentamos a renovação e ampliação

dos guaranazais, fornecemos mudas aos agricultores

e apoiamos o desenvolvimento de fontes alternativas

de renda. A cada ano promovemos o do Dia do

Guaraná e, desde 2006, em parceria com a GTZ

(Agência Alemã de Cooperação Técnica),

realizamos ciclos de capacitação. Durante o Dia do

Guaraná ocorrem palestras técnicas e os agricultores

visitam a Fazenda Santa Helena, de propriedade

da AmBev, para que conheçam técnicas e equipamentos

de aperfeiçoamento do cultivo da fruta.

Na Região Sul do País, promovemos Dias de Campo,

em que nossos colaboradores, produtores,

cooperativas e técnicos da Embrapa se reúnem

para aprofundar os conhecimentos sobre os processos

de cultivo de malte e novas tecnologias disponíveis.

Nossa política de estímulo ao desenvolvimento das

comunidades inclui a doação de recursos para

a manutenção de projetos sociais externos. Em 2007,

apoiamos, por meio de lei de incentivos fiscais,

várias entidades não-governamentais que atuam

na capacitação de jovens, entre elas a Fundação

Gol de Letra, que atende crianças, adolescentes

e jovens de São Paulo e do Rio de Janeiro por meio de programas e projetos que visam à sustentação

de uma nova pedagogia provedora de conhecimento, cultura e cidadania; o Instituto Criar de TV, Cinema

e Novas Mídias, que contribui para a inserção de jovens de baixa renda do município de São Paulo

ao mundo do trabalho, por meio de programa de formação técnica e sociocultural; e o programa Esporte

Clube Cidadão, desenvolvido pela Associação Cristã de Moços (ACM) de Porto Alegre e pelo Instituto

Dunga de Desenvolvimento do Cidadão, para promover a cidadania por meio do esporte coletivo. Além

disso, a Fundação Antônio e Helena Zerrenner (FAHZ), um de nossos acionistas controladores, mantém

a Escola Técnica Walter Belian e o Hospital Santa Helena.

Reciclagem

Apoiamos iniciativas de incentivo à reciclagem nas comunidades em que estamos presentes, nas ações

e eventos de marketing, e patrocinamos o Programa Reciclagem Solidária - Cooperativas. Em 2007 demos

seqüência e aperfeiçoamos esse programa, que comemorou cinco anos de existência. Desenvolvida em

parceria com a ONG Recicloteca – mantida pela AmBev –, e, desde 2007, também com o Compromisso

Empresarial para a Reciclagem (Cempre) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro,

a iniciativa tem o objetivo de desenvolver e valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis

organizados em grupos e minimizar os impactos ambientais da deposição de resíduos sólidos. No ano,

reforçamos nossa atuação com atividades de apoio à gestão das atividades dos catadores. Ao todo,

já participaram do Programa 36 grupos de nove Estados brasileiros. Os grupos que ingressaram no

Programa em 2007 arrecadaram cerca de mil toneladas de materiais recicláveis.

38

ResponsabilidadeAmbiental

Alinhada às diretrizes da InBev, nossa Política

Ambiental determina o empenho de toda

a Companhia na redução dos impactos ambientais

das operações e no alcance de maior ecoeficiência

em todas as atividades, produtos e serviços.

Mantemos um Sistema de Gestão Ambiental

(SGA), com procedimentos padronizados

e documentados, treinamento de pessoal

e controle operacional, que nos possibilita atuar

preventivamente em relação aos potenciais riscos

ambientais.

Comissões Internas de Meio Ambiente (Cima)

atuam em todas as unidades com a função

de treinar nossa gente e monitorar os principais

indicadores de ecoeficiência, como consumo

de água, utilização de fontes renováveis de energia

e reaproveitamento de subprodutos.

Materiais

Nosso compromisso com a redução dos impactos

ambientais e, ao mesmo tempo, a manutenção

da competitividade, está expresso também

na busca de eficiência na utilização de matérias-

primas, como malte, milho, trigo, arroz e lúpulo.

Buscamos adotar os melhores processos,

tecnologias e materiais, e treinamos nossas

equipes para o desenvolvimento de embalagens

que atendam às expectativas dos consumidores e,

ao mesmo tempo, minimizem o impacto ao meio

ambiente. Como resultado desse trabalho, nos

últimos três anos conseguimos reduzir em mais

de 12% o consumo de vidro, em 11,37%

o consumo de alguns tipos de plásticos e em

5,88% o consumo de embalagens celulósicas.

Energia

Em 2007, utilizamos 104,68 megajoules de energia

direta por hectolitro produzido, volume 2,86%

menor do que no ano anterior, quando foi de 107,79.

Esse resultado decorre, entre outros fatores,

da aplicação de diversos projetos de eficiência

energética, entre eles instalação de redutores

de gás natural, caldeiras de alto desempenho

e redutores de energia para liquefação de

gás carbônico.

Com o início da operação das duas novas

unidades de biomassa – Juatuba (MG) e Cebrasa

(GO) –, nossa matriz energética calorífica no ano

foi constituída por 52% de gás natural, 22%

de óleo combustível e 26% de biomassa.

Os combustíveis alternativos já são adotados em

sete unidades da Companhia no Brasil, e foram

responsáveis por uma economia de 48.171

toneladas de óleo em 2007.

2007

2006

2005

2004

2003

113,

8

108,

7

109,

1

107,

8

104,

68

Consumo de Energia por Hectolitro Produzido

Megajoules por hectolitro (MJ/hl)

2007

2006

2005

2004

2003

9,13

8,76 9,

10

8,80

8,54

Consumo de energia (Kwh/HI)

Relatório Anual 2007 39

40

Relatório Anual 2007 41

Emissões atmosféricas

As emissões de gases de efeito estufa são inerentes às nossas atividades. Em 2007, o total por hectolitro

produzido foi de 6,38 quilos, redução de 29,3% em relação a 2002.

Para minimizar as emissões, desenvolvemos projetos de utilização de combustíveis alternativos

e de redução do consumo de energia, entre eles o uso de biogás decorrente do processo de tratamento

anaeróbico de efluentes, e, quando possível, a substituição de combustível fóssil por biomassa.

A AmBev é a primeira empresa do setor de bebidas do país a receber o registro oficial da ONU para

o MDL – Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, por projeto realizado na fábrica de Viamão (RS).

A empresa, que tinha recebido a aprovação do Governo Federal em julho de 2007, cumpre a última

etapa com o registro da ONU e já pode comercializar créditos de carbono válidos, alinhada ao Protocolo

de Kyoto. Outros dois projetos, das fábricas de Teresina (PI) e de Agudos (SP), também já foram aprovados

pelo Governo Federal.

Água

Fazemos uso sustentável de água, com foco na redução contínua do consumo, na reciclagem

e na reutilização do recurso. Sintonizados a esses propósitos, nos destacamos mundialmente pela

produção de bebida com baixa utilização relativa de água. O benchmark global é de 3,25 litros de água

para a produção de um litro de cerveja. Algumas de nossas unidades são referência, como as de Brasília

(DF) e Curitiba (PR), que atingiram, respectivamente, o índice 3,26 e 3,33. Nossa média ficou próxima

desse índice global em 2007: foi de 4,19 litros de água por litro de bebida, incluindo as unidades do Brasil

e HILA-ex.

Efluentes e resíduos

Tratamos 100% dos nossos efluentes industriais. As Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEI)

estão instaladas em 95% de nossas unidades – as exceções, as unidades de Curitiba (PR) e Camaçari

(BA), encaminham o material para tratamento em estações externas.

No gerenciamento de resíduos sólidos, além de buscarmos continuamente reduzir a quantidade

produzida, promovemos a recuperação, o reuso e a reciclagem. Em 2007 reaproveitamos 98,2%

dos resíduos industriais, que são comercializados, de forma a incrementar a receita da Companhia

e reduzir o impacto ambiental.

Os resíduos de papel e a polpa dos rótulos são usados na fabricação de papel e papelão; bagaço

de malte, fermento úmido e seco e lúpulo compõem alimentação animal; e o lodo proveniente

do tratamento de efluentes é utilizado como fertilizante orgânico e adubo.

2007

2006

2005

2004

2003

4,88

4,37

4,21 4,30

4,18

Consumo de água (litro / litro de cerveja))

2007

2006

2005

2004

2003

95,8

%

96,5

%

96,8

%

98,1

%

98,2

%

Reaproveitamento de resíduos industriais

42

Governança Corporativa

Nosso Conselho de Administração encoraja a Diretoria Executiva a promover e manter uma cultura ética.

Isso estimula a conduta de negócio responsável por toda a gente AmBev.

A experiência dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva assegura

a manutenção da competitividade e o alcance dos objetivos de longo prazo. Nossos padrões de governança

se caracterizam ainda pelo alinhamento de objetivos entre acionistas e executivos – garantido, entre

outros meios, pelo sistema de remuneração variável vinculado ao alcance de metas desafiadoras – e pelo

acordo de acionistas.

O bloco controlador é formado por duas entidades que, juntas, detêm 89% do capital votante e 70,1%

do capital total da Companhia: a InBev e a FAHZ. O acordo de acionistas, válido até 2019, confere

à FAHZ direito de veto em questões relacionadas a dividendos, investimentos, aquisições e emissões

de novas dívidas, entre outras.

Composição acionária (*)

ON % Circ PN % Circ Total % Circ

InBev 253.527.737 73,7% 122.065.577 44,9% 375.593.314 61,0%

FAHZ 55.964.558 16,3% - 0,0% 55.964.558 9,1%

Mercado 34.371.321 10,0% 149.629.191 55,1% 184.000.512 29,9%

Em circulação 343.863.616 100,0% 271.694.768 100,0% 615.558.384 100,0%

Tesouraria 1.191.112 7.667.740 8.858.852

TOTAL 345.054.728 279.362.508 624.417.236

Circulação Bovespa 30.522.738 8,9% 97.503.309 35,9% 128.026.047 20,8%

Circulação NYSE 3.848.583 1,1% 52.125.882 19,2% 55.974.465 9,1%

(*) Em 31 de dezembro de 2007

Relatório Anual 2007 43

Conselho de Administração

É integrado por nove membros efetivos e dois

suplentes, que determinam o direcionamento

geral estratégico da Companhia. São responsáveis

pela nomeação dos diretores executivos e por

garantir que os valores, a ética e a cultura da

AmBev sejam praticados e disseminados entre

a gente AmBev. Todos são acionistas da Companhia

e nenhum exerce cargo executivo, de forma

a garantir maior independência e autonomia

dos dois principais órgãos de governança.

Os conselheiros são eleitos nas assembléias gerais

de acionistas para um mandato de três anos,

sendo permitida a reeleição.

A atuação do Conselho tem o apoio dos seguintes

comitês:

Comitê de Finanças – Apóia no acompanhamento

do plano anual de investimentos, análise de

oportunidades de crescimento, estrutura de capital,

fluxo de caixa, gestão de risco financeiro e política

de tesouraria.

Comitê de Operações, Gente e Gestão – Tem

por finalidade assistir o Conselho de Administração

em relação às seguintes matérias:

• Apresentar ao Conselho de Administração

propostas de planejamentos de médio e longo prazos;

• Analisar, propor e monitorar os objetivos anuais

de performance da Companhia, bem como os

orçamentos necessários para atingir tais objetivos;

• Analisar e monitorar a posição da Companhia

por meio de análises de seus resultados,

desenvolvimento de mercado e permanente

benckmarking interno e externo;

• Analisar, monitorar e propor a uniformização

de boas práticas;

• Analisar e monitorar a performance das marcas

da Companhia e estratégias de inovação; e

• Analisar, monitorar e propor ao Conselho

sugestões sobre assuntos jurídicos, tributários

e regulatórios relevantes.

Diretoria Executiva

É responsável por apresentar, ao Conselho

de Administração, propostas de planejamento

de médio e longo prazo e pela gestão dos

negócios da Companhia. É integrada por 13 diretores,

que têm mandato de três anos, com possibilidade

de reeleição. Nossos diretores são profissionais

experientes, que conhecem os mercados de cervejas

e refrigerantes e atuam na Companhia, em média,

há aproximadamente dez anos.

Conselho Fiscal

Tem como principais atribuições supervisionar

a administração, analisar e dar parecer sobre

as demonstrações financeiras da Companhia.

Nenhum de seus membros integra o Conselho de

Administração ou a Diretoria Executiva, sendo um

deles representante dos acionistas minoritários.

O órgão também executa as funções de Comitê

de Auditoria relacionadas na Lei Sarbanes-Oxley,

até a extensão permitida pela legislação brasileira,

e sua isenção é garantida pela eleição de membros

independentes, com mandato de um ano, permitida

a reeleição.

Código de Conduta

Somos regidos pelo Código de Conduta dos

Negócios, com o qual nos comprometemos por

meio de assinatura de termo. Qualquer violação

ao documento pode ser relatada ao Comitê

de Ética, formado pelo diretor-geral da América

Latina, pelos diretores Financeiro, de Gente e Gestão,

Jurídico e de Relações Corporativas e pelo gerente

de Comunicação Interna.

Os contatos com o Comitê podem ser feitos por

e-mail e pelo terminal de auto-atendimento

aGente AmBev, disponível em todas as unidades,

e, a partir de 2007, também por telefone, em

ligações gratuitas 0800. Os canais podem ser

acessados por todos os funcionários, clientes,

revendedores fornecedores, e as denúncias

encaminhadas têm de ser apuradas em prazo

máximo de oito semanas.

44

Ações comoinvestimento

Nossas ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (códigos AMBV3 e AMBV4) e na New York

Stock Exchange – NYSE, como American Depositary Receipts (ADRs), com os códigos ABV e ABVc.

Na Bovespa, as ações encerraram o ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00 (AMBV3),

respectivamente 22,1% e 32,6% acima de 2006, já com os devidos ajustes referentes ao grupamento

de ações realizado em agosto de 2007. Os negócios com as ações preferenciais (PN) movimentaram

cerca de R$ 12,6 bilhões, e as ordinárias (ON), R$ 1,8 bilhão.

Na NYSE, nossos ADRs valorizaram 45,6% para as ações preferenciais (ABV) e 54,9% para as ordinárias

(ABVc) em 2007, e o volume negociado atingiu US$ 151,8 milhões e US$ 5,0 milhões respectivamente,

no mesmo período.

Na bolsa brasileira, fomos homenageados na comemoração dos 40 anos do Índice Bovespa (IBOVESPA)

por nossos papéis estarem presentes em todas as carteiras teóricas do índice, desde sua criação,

em 1968. Além da AmBev, apenas mais duas empresas mantêm desde o início seus papéis no principal

indicador do mercado de capitais brasileiro.

Grupamento de ações

Em 2 de agosto de 2007, realizamos um grupamento de ações de emissão da Companhia, na proporção

de 100 ações existentes para 1 nova ação. As ações, já agrupadas, passaram a ser negociadas em cotação

unitária e não mais em lote de 1.000 ações. O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral

Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007.

Remuneração dos acionistas

Nosso Estatuto Social prevê dividendos mínimos obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido

anual da Companhia, conforme estabelecido nas normas contábeis da legislação societária brasileira,

incluindo as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio. No ano de 2007, foram distribuídos

aproximadamente R$ 2,0 bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio. O montante

representa 70,9% do lucro líquido reportado no exercício. Além disso, devolvemos aos acionistas

R$ 3,1 bilhões em recompra de ações, totalizando um pay-out de R$ 5,1 bilhões.

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

450%

500%

550%

600%

650%

jan.

03m

ar.0

3m

ai.0

3ju

l.03

set.

03no

v.03

jan.

04m

ar.0

4m

ai.0

4ju

l.04

set.

04no

v.04

jan.

05m

ar.0

5m

ai.0

5ju

l.05

set.

05no

v.05

jan.

06m

ar.0

6m

ai.0

6ju

l.06

set.

06no

v.06

jan.

07m

ar.0

7m

ai.0

7ju

l.07

set.

07no

v.07

-50%

0%

50%

100%

150%

200%

250%

300%

350%

400%

450%

500%

jan.

03m

ar.0

3m

ai.0

3ju

l.03

set.

03no

v.03

jan.

04m

ar.0

4m

ai.0

4ju

l.04

set.

04no

v.04

jan.

05m

ar.0

5m

ai.0

5ju

l.05

set.

05no

v.05

jan.

06m

ar.0

6m

ai.0

6ju

l.06

set.

06no

v.06

jan.

07m

ar.0

7m

ai.0

7ju

l.07

set.

07no

v.07

Relatório Anual 2007 45

AMBV x IBOVESPA - 5 anos

AMBV4

AMBV3

IBOV

ABV x Dow Jones - 5 anos

ABV

ABV/C

S&P 500

467%

214%

180%

67%

528%

428%

46

Reconhecimentos e premiações

Valor Social – Concedido pelo jornal Valor Econômico, na categoria Respeito ao Meio Ambiente, como

um reconhecimento às empresas que consideram o compromisso com a sociedade e o desenvolvimento

sustentável critérios de excelência e de gestão.

Melhores e Maiores – Organizada pela revista Exame, a relação aponta as 500 maiores empresas

do País, além das maiores e melhores de cada um dos setores mais representativos da economia nacional.

Melhores Empresas para se Trabalhar – A classificação, promovida pelas revistas Você S.A. e Exame,

evidencia as 500 maiores empresas em atividade no País, além das maiores e melhores companhias

de cada um dos setores mais representativos da economia brasileira.

Great Place to Work – Realização da revista Época premia as empresas que mais se destacam

no gerenciamento de pessoas. Meritocracia e transparência no ambiente de trabalho foram os atributos

que nos levaram às primeiras posições no ranking.

Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho – Destaca as companhias que contribuem para

o desenvolvimento social e melhoria da qualidade de vida de seus funcionários, além da racionalização

de recursos naturais em suas unidades. Participaram da edição 2007 do Prêmio cerca de 2.500 empresas

de todo o País.

Empresas Mais Admiradas – Destaque nas categorias Indústria de Bebidas Alcoólicas e não-alcoólicas

em virtude do trabalho nas áreas de responsabilidade social, ética e compromisso com recursos humanos.

O ranking, organizado pela revista Carta Capital, é baseado em pesquisa realizada com os principais

executivos das empresas do setor.

Certificado de Mérito Ambiental – Concedido durante o simpósio Experiências em Gestão de Recursos

Hídricos por Bacia Hidrográfica, realizado em dezembro pelo Comitê Intermunicipal da Bacia dos Rios

Piracicaba, Capivari e Jundiaí.

Prêmio Ambiental Fiec – Outorgado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, na categoria

Produção Mais Limpa e Reuso de Água.

Prêmio Gestão Ambiental do Estado de Goiás – Segundo lugar na categoria Atividade industrial

e terceiro lugar na categoria Atividades alimentícias.

Prêmio Ecologia e Ambientalismo – Concedido pela Câmara Municipal da Prefeitura de Curitiba (PR).

Nosso desempenho em 2007resultou na conquista de váriosreconhecimentos e premiações,destacando-se:

Relatório Anual 2007 47

Nossotime

Conselho de Administração

Co-presidentes e Conselheiros

1/ Victório Carlos De Marchi

2/ Carlos Alves de Brito

Membros do ConselhoMarcel Herrmann Telles

Carlos Alberto da Veiga Sicupira

José Heitor Attilio Gracioso

Roberto Herbster Gusmão

Vicente Falconi Campos

Luis Felipe Pedreira Dutra Leite

Johan M.J.J. Van Biesbroeck

Conselheiros suplentesJorge Paulo Lemann

Roberto Moses Thompson Motta

Conselho Fiscal

Membros do ConselhoAlcides Lopes Tápias

Álvaro Antônio Cardoso de Souza

Aloisio Macário Ferreira de Souza

Conselheiros suplentes Ary Waddington

Emmanuel Sotelino Schifferle

Ernesto Rubens Gelbcke

Diretoria

3/ Luiz Fernando Ziegler de Saint Edmond

Diretor Geral para a América Latina

4/ Bernardo Paiva

Diretor Geral para a América do Norte

5/ João Maurício Giffoni de Castro Neves

Diretor Geral para Quinsa

6/ Graham David Staley

Diretor Financeiro e de Relações

com Investidores

7/ Ricardo Tadeu Almeida Cabral de Soares

Diretor de Vendas

8/ Ricardo Manuel Frangatos Pires Moreira

Diretor para a América Latina Hispânica

9/ Carlos Eduardo Klutzenschell Lisboa

Diretor de Marketing

10/ Nicolás Ernesto Bamberg

Diretor Industrial

11/ Michel Dimitrios Doukeris

Diretor de Refrigerantes

12/ Milton Seligman

Diretor para Assuntos Corporativos

13/ Pedro de Abreu Mariani

Diretor Jurídico

14/ Olivier Lambrecht

Diretor de Gente e Gestão

15/ Jean-Yves Rotte-Geoffroy

Diretor de TI e Serviços Compartilhados

16/ Rodrigo Figueiredo de Souza

Diretor de Logística e Suprimentos

1/ 2/ 3/ 4/

5/ 7/ 8/

9/

6/

13/ 14/

12/

15/

11/10/

16/

Demonstrações Financeiras

50 / Relatório da Administração

62 / Parecer dos Auditores Independentes

63 / Parecer do Conselho Fiscal

64 / Balanços Patrimoniais

66 / Demonstrações de Resultados

67 / Demonstrações dasMutações do Patrimônio Líquido

68 / Demonstrações dasOrigens e Aplicaçõesde Recursos

70 / DemonstraçõesConsolidadas de Fluxode Caixa

72 / Notas Explicativas

110 / Informações aos Investidores

50

Relatório da AdministraçãoMensagem aos Acionistas

Nossa estratégia contínua de excelência na execução,

construção de marcas fortes, eficiência de custos e

disciplina financeira mais uma vez rendeu resultados

sólidos e consistentes para 2007. O EBITDA consolidado

cresceu 16% organicamente, alcançando R$8.666,9

milhões, com um crescimento orgânico de 210 pontos

base na margem EBITDA.

O cenário macroeconômico positivo ajudou a alavancar

os volumes de cerveja e de refrigerantes no Brasil, que

entregaram crescimento orgânico de 5,5% e 10,6%,

respectivamente. O aumento de receita líquida se manteve

acima da inflação, enquanto o custo cresceu abaixo,

assegurando incremento na margem bruta. Nossas despesas

com vendas, gerais e administrativas, cresceram 7,9%,

excluindo depreciação e amortização, devido principalmente

à inflação do período, ao aumento dos volumes e da nossa

distribuição direta no período. Como conseqüência, o

EBITDA consolidado mostrou um crescimento orgânico de

15,4% para cerveja e 28,8% para RefrigeNanc. “Nossa

política de hedge fo importante para mantermos os custos

sob controle e nos proteger contra a pressão no preço das

commodities. Além disso, um plano comercial bem

administrado nos permitiu otimizar investimentos e

maximizar rentabilidade”, diz Luiz Fernando Edmond,

Diretor Geral para a América Latina.

Quinsa continua crescendo, apesar do ambiente desafiador.

A unidade de cerveja apresentou crescimento orgânico de

6,8% em volumes, 20,2% em EBITDA e 90 pontos base em

margem EBITDA. O resultado orgânico para RefrigeNanc foi

um aumento de 14,3% em volumes, 40,3% no EBITDA,

alcançando 130 pontos base de expansão de margem.

A margem EBITDA consolidada de Quinsa ficou em 42.3%.

“O forte crescimento de volume e o excelente desempenho

de nossas marcas premium compensaram pressões de custo

devido a maiores gastos com salários, custos de energia

elétrica e aumento de preços de commodities, o que nos

levou a mais um ano de bons resultados”, diz João Castro

Neves, Diretor Geral para a Quinsa.

HILA-ex reportou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o

que representa um ganho orgânico de R$41,8 milhões com

relação ao ano passado. Luiz Fernando Edmond, Diretor Geral

para América Latina, comenta: “Estamos construindo um

negócio sólido, com a disciplina necessária para tanto.

Estamos caminhando para atingir o breakeven do EBITDA e

do caixa, o que faz parte da nossa estratégia de longo prazo”.

O EBITDA para as operações na América do Norte chegaram

a R$1.537,5 milhões, 6,4% acima de 2006 em termos

orgânicos, com um crescimento de 270 pontos base em

margem EBITDA. Bernardo Paiva, Diretor Geral para a

América do Norte, comenta: “2007 foi um ano difícil, com

tímido crescimento do mercado canadense e acirrada

competição. Porém, nossa excelência em gerenciar custos,

assim como a aquisição da Lakeport foram muito

importantes para gerar um bom resultado, com ganhos de

EBITDA e expansão de margens. Nós continuamos focados

em fortalecer nossas marcas e permanecemos

comprometidos com a rentabilidade a longo prazo”.

Nossa estratégia de payout permanece a mesma, reforçando

o nosso compromisso em distribuir o excesso de caixa aos

nossos acionistas. Em 2007, nós distribuímos, R$2,0 bilhões

em dividendos, incluindo juros sobre capital próprio, e R$3,1

bilhões por meio de recompra de ações.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados de 2007

e bastante confiantes que 2008 será mais um bom ano para

a AmBev. Mais uma vez, eu atribuo esse sucesso à nossa

Gente, que cultiva e pratica a cultura de dono, que

trabalha duro, é ousada, disciplinada e consciente que é

o trabalho em equipe que nos garante tão boa

performance”, completa Luiz Fernando Edmond, Diretor

Geral para a América Latina.

VISÃO GERAL DACOMPANHIA DE BEBIDASDAS AMÉRICAS – AMBEV

Com operações em 14 países pelas três Américas, a AmBev

é a quinta maior cervejaria do mundo e a líder do mercado

latino americano. As operações da Companhia consistem na

produção e comercialização de cervejas, refrigerantes,

outras bebidas não alcoólicas e malte, dividindo-se em três

unidades de negócio:

• Operações Brasil, representada pelas vendas de (i)

cerveja (“Cerveja Brasil”); (ii) refrigerantes e bebidas

não alcoólicas e não carbonatadas (“RefrigeNanc”);

e (iii) malte e sub-produtos;

• América Latina Hispânica (HILA), dividida em duas

operações: (i) Quinsa, composta por operações na

Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, e (ii) HILA

excluindo Quinsa (denominada HILA-Ex), composta

pelas operações da Companhia em El Salvador,

Equador, Guatemala, Nicarágua, Peru, República

Dominicana e Venezuela; e

• América do Norte, representada pelas operações

da Labatt Brewing Company Limited (“Labatt”),

incluindo vendas domésticas de cerveja no Canadá

e exportações para os Estados Unidos (“EUA”).

As principais marcas da AmBev incluem Skol

(a terceira cerveja mais consumida no mundo), Brahma,

Antarctica, Bohemia, Original, Quilmes, Labatt Blue,

Brahva e Guaraná Antarctica. Além disso, a AmBev é a

maior engarrafadora da PepsiCo fora dos EUA. Através

de um acordo de "franchising", a Companhia produz,

vende e distribui os produtos Pepsi no Brasil e em outros

países da América Latina, incluindo Pepsi, H2OH!, Lipton

Ice Tea e o isotônico Gatorade.

O risco de crédito da AmBev como emissor de dívida em

moeda nacional e estrangeira detém a classificação de

grau de investimento segundo a Standard and Poor’s e a

Fitch Ratings.

AmBev Relatório Anual 2007 51

CONJUNTURA ECONÔMICA

A renda disponível dos consumidores vem crescendo nos

últimos anos no Brasil, principal mercado consumidor da

AmBev. Este crescimento é um dos fatores que contribuiu

para o crescimento orgânico de volumes em Cerveja

Brasil (+5,5%) e RefrigeNanc (+10,6%).

No Canadá, o segundo maior mercado da AmBev,

a economia também vem apresentando bom desempenho,

especialmente no Oeste, onde os altos preços do petróleo

vêm sustentando um ritmo de crescimento forte ao

mercado local.

Na Argentina, terceiro maior mercado da AmBev,

o crescimento forte do mercado ajudou a alavancar

nossas vendas. O volume da Quinsa, cuja principal

operação é na Argentina, cresceu organicamente 6,8%

para cerveja e 14,3% para RefrigeNanc em 2007.

INVESTIMENTOS

No ano de 2007 a AmBev investiu R$ 1.630,9 milhões em

ampliação das linhas de produção, compra de ativos de

giro e em uma fábrica de garrafas, que será inaugurada

no início de 2008.

INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS

Em 2007, a AmBev comprou a totalidade das quotas da

sociedade Goldensand Comércio e Serviços Lda.

(“Goldensand”), controladora da Cervejarias Cintra Indústria

e Comércio Ltda (“Cintra”). O valor total da operação foi de

aproximadamente US$150 milhões, não incluindo a aquisição

das marcas e dos ativos de distribuição da Cintra, os quais

foram incluídos no negócio posteriormente, em 2008. O

objetivo principal desta operação foi expandir nossa

capacidade de produção por meio da aquisição das fábricas

da Cintra, para endereçar a demanda crescente nos mercados

de cerveja e refrigerantes.

Em Março de 2007, a Labatt Brewing Company Limited

(“Labatt”), subsidiária da AmBev, adquiriu as Units

da Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”), nos

termos da oferta realizada pela Labatt. O valor total

da operação foi de CAD$208,5 milhões.

MEIO AMBIENTE

A AmBev desenvolve suas atividades econômicas de maneira

ecoeficiente, reciclando os resíduos da produção e

minimizando o impacto sobre a natureza de modo a

preservar nossos recursos naturais. Ao mesmo tempo em

que busca uma maior competitividade na produção de

bebidas, utiliza tecnologias, matérias-primas e processos

para minimizar o impacto ambiental. Para tanto, estabelece

indicadores de ecoeficiência que são sistematicamente

monitorados. Somos referência no uso racional de água.

Destacaram-se em 2007 as unidades de Curitiba (PR),

Brasília (DF), Camaçari (BA) e Agudos (SP), que utilizaram,

para a produção de um litro de cerveja, 3,37, 3,26, 3,44 e

3,61 litros de água, respectivamente. A redução do índice de

consumo de água obtida no último ano representa uma

economia de água suficiente para abastecer, por um mês,

uma população de 210 mil habitantes.

Devido a projetos de desenvolvimento de fontes alternativas

de energia, 37% da matriz energética da AmBev para

geração de energia calorífica é composta de combustíveis

provenientes de fontes renováveis. O projeto CDM (Clean

Development Mechanism) da fábrica de Viamão, aprovado

pela ONU - UNFCC (United Nations Framework Climate

Change), foi o primeiro projeto da indústria de bebidas no

Brasil a receber esta certificação. Outros 2 projetos CDM

desenvolvidos em unidades da Companhia já estão

aprovados pelo governo brasileiro.

Patrocinamos um dos maiores centros de Reciclagem

da América Latina e reaproveitamos mais de 98% dos

resíduos industriais na forma de subprodutos, o que

gerou, em 2007, uma receita de R$ 66,7 milhões*.

Como resultado deste trabalho, a Companhia recebeu

o prêmio “Valor Social” na categoria Respeito ao Meio

Ambiente. O prêmio “Valor Social” é uma homenagem

às empresas que consideram o compromisso com

a sociedade e o desenvolvimento sustentável de excelência

e de gestão. O trabalho em gestão de subprodutos, iniciativa

integrada ao Sistema de Gestão Ambiental adotado por

todas as unidades da AmBev, destacou a Companhia entre os

concorrentes do prêmio.

* Este número é referente somente às operações no Brasil

e Hila-ex.

RECURSOS HUMANOS

A AmBev chegou ao final de 2007 com aproximadamente

37,2 mil funcionários: 22,8 mil no Brasil; 2,9 mil no Canadá;

6,9 mil nas unidades da Quinsa e 4,6 mil na HILA-Ex.

A AmBev investe permanentemente no desenvolvimento de

seus recursos humanos. Em 2007, a Universidade AmBev

(UA) realizou treinamentos específicos (técnicos,

comportamentais, idiomas etc.) para mais de 18.000

funcionários e distribuidores, totalizando mais de 75.000

horas de treinamento. Os funcionários ainda contam com os

investimentos da Fundação Antonio e Helena Zerrenner

(FAHZ) em bolsas de estudo de graduação e pós-graduação.

A FAHZ também oferece o programa Vida Legal, que

estimula hábitos saudáveis, ações preventivas de saúde

e tratamento de doenças crônicas.

52

DIVIDENDOS E AÇÕES

O estatuto social da AmBev prevê dividendos mínimos

obrigatórios correspondentes a 35% do lucro líquido anual

da Companhia, conforme estabelecido nas normas

contábeis da legislação societária brasileira, incluindo

as quantias pagas a título de juros sobre o capital próprio.

No ano calendário de 2007, foram distribuídos R$2,0

bilhões em dividendos, incluindo juros sobre capital

próprio. O montante representa 70,9% do lucro líquido

reportado no exercício.

Além disso, a AmBev devolveu aos acionistas R$3,1

bilhões em Recompra de Ações, totalizando um pay-out

de R$5,1 bilhões.

Com efeito em 2 de agosto de 2007, a AmBev realizou um

grupamento de ações de emissão da Companhia

na proporção de 100 ações existentes para 1 nova ação.

As ações, já grupadas, passaram a ser negociadas em

cotação unitária e não mais em lote de 1.000 ações.

O grupamento foi aprovado na Assembléia Geral

Extraordinária realizada em 29 de junho de 2007.

Em 2007, foram negociados aproximadamente

R$ 12,6 bilhões em ações preferenciais (PN), R$1,8

bilhões em ações ordinárias (ON). As ações fecharam o

ano de 2007 cotadas a R$128,65 (AMBV4) e R$125,00

(AMBV3), respectivamente 22,1% e 32,6% acima de

2006, já com os devidos ajustes referentes

ao grupamento de ações realizado em 2007.

DESTAQUES FINANCEIROS 2007

As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto onde indicado o contrário, são apresentadas em

base consolidada e em milhões de Reais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; as comparações

referem-se ao ano de 2006.

Nosso relatório segrega o impacto do resultado orgânico das mudanças de escopo e diferenças de câmbio. As mudanças

de escopo representam o impacto de aquisições ou vendas de ativos, assim como o início ou término de atividades.

• O EBITDA consolidado da AmBev atingiu R$8.666,9 milhões em 2007, crescendo 16,0% organicamente.

• A participação da AmBev no mercado de cervejas brasileiro em 2007, segundo a ACNielsen, foi de 67,8%

(2006: 68,8%). O volume do segmento Cerveja Brasil cresceu 5,5%, em termos orgânicos, e a receita por hectolitro

atingiu R$144,9 (Média Anual).

• A margem de EBITDA do segmento RefrigeNanc alcançou 37,1%, crescendo 350 pontos base e mantendo a AmBev

como um benchmark para a indústria. O EBITDA registrado para o segmento foi de R$782,6 milhões, 28,8% acima

de 2006 (Orgânico).

• As operações na Quinsa registraram EBITDA de R$1.135,3 milhões, refletindo o forte crescimento das unidades

de cerveja e refrigerantes.

• HILA-Ex entregou um EBITDA negativo de R$20,1 milhões, o que representou um crescimento orgânico de

R$ 41,8 milhões no período ante os R$63,9 milhões negativos em 2006, chegando mais próximo ao break-even.

• A Labatt contribuiu com um EBITDA de R$1.537,5 milhões em 2007, com um crescimento de 270 pontos

base de margem.

% %Destaques Financeiros - Consolidado 2006 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 128.148,0 142.916,1 11,5% 5,8%

Cerveja 93.974,0 102.990,3 9,6% 4,6%

RefrigeNanc 34.174,0 39.925,9 16,8% 9,0%

Receita líquida 17.613,7 19.648,2 11,6% 10,4%

Lucro Bruto 11.665,0 13.102,2 12,3% 11,4%

Margem bruta 66,2% 66,7% 50 bps 60 bps

EBITDA 7.444,6 8.666,9 16,4% 16,0%

Margem EBITDA 42,3% 44,1% 180 bps 210 bps

Lucro líquido 2.806,3 2.816,4 0,4% -

No. de ações em circulação (milhões) 637,2 615,6 -3,4% -

LPA (R$/ação) 4,40 4,58 3,9% -

LPA excl.amortização de ágios (R$/ação) 6,42 7,41 15,5% -

Nota: O cálculo por ação é baseado nas ações em circulação (total de ações existentes, menos ações em tesouraria).

AmBev Relatório Anual 2007 53

DESTAQUES FINANCEIROS POR SEGMENTO DE NEGÓCIOS

A tabela abaixo apresenta os destaques financeiros consolidados por segmento de negócios. Os resultados apresentados referem-se aos períodos de doze meses

findos em 31 de dezembro de 2007 e 2006.

AmBev Brasil Consolidado Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 87.726,7 931,3 - 5.949,6 94.607,6 7,8% 6,8%

Receita Líquida 10.963,1 63,2 - 1.428,3 12.454,5 13,6% 13,0%

CPV (3.492,2) (32,9) - (377,4) (3.902,5) 11,7% 10,8%

Lucro Bruto 7.470,9 30,3 - 1.050,9 8.552,0 14,5% 14,1%

Margem Bruta 68,1% - - - 68.7% 50 bps 60 bps

SG&A Total (3.038,3) (228,3) - (191,8) (3.458,5) 13,8% 6,3%

EBIT 4.432,5 (198,0) - 859,0 5.093,6 14,9% 19,4%

Margem EBIT 40,4% - - - 40,9% 50 bps 230 bps

EBITDA 5.153,7 (3,5) - 864,0 6.014,2 16,7% 16,8%

Margem EBITDA 47,0% - - - 48,3% 130 bps 160 bps

Quinsa Consolidado Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 22.566,0 5.833,0 - 2.125,2 30.524,2 35,3% 9,7%

Receita Líquida 2.004,3 564,8 (301,3) 419,1 2.686,8 34,1% 21,5%

CPV (808,8) (238,0) 122,2 (163,6) (1.088,2) 34,5% 20,8%

Lucro Bruto 1.195,5 326,8 (179,1) 255,4 1.598,6 33,7% 21,9%

Margem Bruta 59,6% - - - 59,5% -10 bps 20 bps

SG&A Total (485,0) (152,0) 75,8 (99,2) (660,3) 36,2% 20,8%

EBIT 710,5 174,8 (103,3) 156,2 938,2 32,1% 22,7%

Margem EBIT 35,4% - - - 34,9% -50 bps 30 bps

EBITDA 855,1 222,3 (127,4) 185,4 1.135,3 32,8% 22,3%

Margem EBITDA 42,7% - - - 42,3% -40 bps 30 bps

Hila-ex Consolidado Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 6.891,7 - - (613,9) 6.277,8 -8,9% -8,9%

Receita Líquida 758,1 - (72,4) (5,1) 680,6 -10,2% -0,7%

CPV (457,4) - 39,3 22,9 (395,2) -13,6% -5,0%

Lucro Bruto 300,7 - (33,2) 17,9 285,4 -5,1% 5,9%

Margem Bruta 39,7% - - - 41,9% 230 bps 260 bps

SG&A Total (470,6) - 42,7 25,1 (402,8) -14,4% -5,3%

EBIT (169,9) - 9,5 43,0 (117,4) ns ns

Margem EBIT -22,4% - - - -17,2% 520 bps 560 bps

EBITDA (63,9) - 1,9 41,8 (20,1) ns ns

Margem EBITDA -8,4% - - - -3,0% 550 bps 550 bps

54

América do Norte Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 10.963,7 632,8 - (89,9) 11.506,6 5,0% -0,8%

Receita líquida 3.888,2 186,6 (229,4) (19,2) 3.826,2 -1,6% -0,5%

CPV (1.190,2) (66,3) 69,4 27,1 (1.160,1) -2,5% -2,3%

Lucro Bruto 2.697,9 120,3 (160,0) 7,9 2.666,1 -1,2% 0,3%

Margem Bruta 69,4% - - - 69,7% 30 bps 50 bps

SG&A Total (1.414,8) (90,7) 79,1 88,7 (1.337,7) -5,5% -6,3%

EBIT 1.283,1 29,7 (80,9) 96,6 1.328,5 3,5% 7,5%

Margem EBIT 33,0% - - - 34,7% 170 bps 270 bps

EBITDA 1.499,6 35,8 (93,1) 95,2 1.537,5 2,5% 6,4%

Margem EBITDA 38,6% - - - 40,2% 160 bps 270 bps

OPERAÇÕES BRASIL

AmBev Brasil - Cerveja Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 65.654,7 858,5 - 3.611,3 70.124,5 6,8% 5,5%

Receita Líquida 9.045,0 58,3 - 1.054,8 10.158,1 12,3% 11,7%

CPV (2.573,6) (30,4) - (205,8) (2.809,8) 9,2% 8,0%

Lucro Bruto 6.471,5 27,9 - 849,0 7.348,4 13,6% 13,1%

Margem Bruta 71,5% - - 72,3% 80 bps 90 bps

SG&A Total (2.549,7) (176,9) - (155,0) (2.881,6) 13,0% 6,1%

EBIT 3.921,8 (149,0) - 694,0 4.466,7 13,9% 17,7%

Margem EBIT 43,4% - - - 44,0% 60 bps 230 bps

EBITDA 4.478,6 (3,3) - 690,7 5.166,0 15,3% 15,4%

Margem EBITDA 49,5% - - - 50,9% 130 bps 170 bps

AmBev Brasil - RefrigeNanc Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) 22.072,0 72,8 - 2.338,3 24.483,1 10,9% 10,6%

Receita Líquida 1.806,4 4,8 - 299,7 2.110,9 16,9% 16,6%

CPV (877,8) (2,4) - (96,2) (976,5) 11,2% 11,0%

Lucro Bruto 928,5 2,4 - 203,5 1.134,4 22,2% 21,9%

Margem Bruta 51,4% - - - 53,7% 230 bps 230 bps

SG&A Total (485,2) (51,4) - (36,6) (573,2) 18,1% 7,5%

EBIT 443,3 (49,0) - 166,9 561,2 26,6% 37,6%

Margem EBIT 24,5% - - - 26,6% 200 bps 440 bps

EBITDA 607,7 (0,2) - 175,1 782,6 28,8% 28,8%

Margem EBITDA 33,6% - - - 37,1% 340 bps 350 bps

AmBev Relatório Anual 2007 55

ANÁLISE DO DESEMPENHOFINANCEIRO EM 2007

RECEITA LÍQUIDA

A receita líquida aumentou 10,4% em 2007, atingindo

R$19.648,2 milhões.

Operações

A receita líquida gerada pela principal unidade de negócios

da AmBev, representada por nossas operações de cerveja,

refrigerantes e bebidas não carbonatadas no Brasil, cresceu

13,0%, chegando a R$12.454,5 milhões. O desempenho de

cada operação é apresentado a seguir.

Cerveja

A receita líquida proveniente das vendas de cerveja no Brasil

em 2007 subiu 11,7%, acumulando R$10.158,1 milhões.

Os principais elementos que contribuíram para esse

crescimento foram:

• Crescimento orgânico de 5,5% no volume de vendas,

refletindo a forte execução e crescimento de mercado.

• Crescimento orgânico de 5,8% da receita por hectolitro, que

chegou a R$144,9. Esse aumento foi conseqüência (i) do

aumento de preço em janeiro de 2007; (ii) contínuo

crescimento do segmento premium; e (iii) da expansão das

vendas feitas pela estrutura de distribuição direta da AmBev.

RefrigeNanc

A receita líquida gerada pela operação de RefrigeNanc

em 2007 cresceu 16,6%, atingindo R$2.110,9 milhões.

Os principais elementos que contribuíram para esse

crescimento foram:

• Crescimento orgânico de 10,6% no volume de vendas,

refletindo (i) leve aumento na participação da AmBev

no mercado de refrigerantes (2007: 17,1%; 2006:

17,0%), suportado por nossas inovações no período;

e (ii) o crescimento desse mercado.

• Aumento orgânico de 5,4% da receita por hectolitro,

que chegou a R$86,2. Esse aumento foi impactado

positivamente (i) pelo reposicionamento de preços

implementados ao longo de 2007; e (ii) por uma

mudança favorável no mix de produto.

Malte e Sub-produtos

A venda de malte e sub-produtos no Brasil apresentou

um ganho de receita de 66,1%, acumulando R$185,5

milhões em 2007.

Quinsa

As operações na Quinsa contribuíram R$2.686,8 milhões

para a receita consolidada da Companhia, representando

um crescimento orgânico de 21,5%. Os principais elementos

que contribuíram para o aumento da receita foram:

• Crescimento de volume de cerveja e de refrigerantes de

6,8% e 14,3% respectivamente; o volume consolidado

cresceu 9,7%.

• Um crescimento orgânico de 8,3% em receita por

hectolitro, alcançando R$88,0.

HILA-Ex

As operações da AmBev no norte da América Latina

apresentaram uma redução da receita em 2007 de 0,7%,

acumulando R$680,6 milhões. Os principais elementos que

contribuíram para a redução da receita foram (i) uma perda

de 8,9% em volume, principalmente em refrigerantes e (ii)

queda de 9,0% da receita por hectolitro.

América do Norte

As operações Labatt na América do Norte contribuíram

com R$3.826,2 milhões para a receita consolidada da

AmBev, uma redução orgânica de 0,5% em relação ao

ano anterior. Esse resultado é explicado por:

• Decréscimo do volume de vendas da Labatt no

mercado canadense de 0,8%.

• Redução na exportação da Labatt para os EUA de 0,9%.

• Crescimento orgânico de 0,8% na receita por

hectolitro das vendas domésticas.

• Queda orgânica de 8,4% na receita por hectolitro nas

vendas para exportação.

Malte e outros subprodutos Conversão % %

R$ milhões 2006 Escopo de Moeda Orgânico 2007 Reportado Orgânico

Volume ('000 hl) - - - - - - -

Receita Líquida 111,6 - - 73,9 185,5 66,1% 66,1%

CPV (40,8) - - (75,5) (116,2) 185,0% 185,0%

Lucro Bruto 70,9 - - (1,6) 69,3 -2,3% -2,3%

Margem Bruta 63,5% - - - 37,3% ns ns

SG&A Total (3,4) - - (0,2) (3,6) 5,8% 5,8%

EBIT 67,4 - - (1,8) 65,6 -2,7% -2,7%

Margem EBIT 60,4% - - - 35,4% ns ns

EBITDA 67,4 - - (1,8) 65,6 -2,7% -2,7%

Margem EBITDA 60,4% - - - 35,4% ns ns

56

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

O custo dos produtos vendidos da AmBev em 2007 cresceu

8,3%, acumulando R$6.546,0 milhões.

Brasil

O custo dos produtos vendidos na unidade de negócios

Brasil acumulou R$3.902,5 milhões, crescendo 10,8%

organicamente.

Cerveja

O custo dos produtos vendidos da operação de venda de

cerveja no Brasil cresceu 8,0% organicamente, chegando

a R$2.809,8 milhões. O custo dos produtos vendidos por

hectolitro apresentou um crescimento orgânico de 2,4%,

somando R$40,1. Os principais fatores que contribuíram

para este aumento foram (i) perdas com uma mudança

desfavorável no mix de embalagens; (ii) maiores gastos

com matéria-prima, como, por exemplo, o milho; (iii)

maiores gastos com embalagem e (iv) impacto da inflação

nos salários, o que foi parcialmente compensado por (v)

ganhos com uma menor taxa de câmbio através de nossa

política de hedge e (vi) menores gastos com logística.

RefrigeNanc

O custo dos produtos vendidos da operação de

RefrigeNanc no Brasil subiu 11,0%, chegando a R$976,5

milhões. O custo dos produtos vendidos por hectolitro

cresceu 0,3%, contabilizando R$39,9, impactado

positivamente por (i) ganhos através de nossos contratos

de hedge e (ii) diluição de custos fixos; e negativamente

por (iii) perdas com uma mudança desfavorável no mix de

embalagem; (iv) maiores gastos logísticos e com salários.

Malte e Sub-produtos

O custos dos produtos vendidos de malte e sub-

produtos no Brasil apresentou um crescimento orgânico

de 185.0%, acumulando R$116,2 milhões.

Quinsa

A consolidação em AmBev do custo dos produtos

vendidos da Quinsa acumulou em 2007 R$1.088,2

milhões, representando um crescimento de 20,8%.

Os principais efeitos que explicam esse aumento são:

• Aumento orgânico de 9,7% no volume vendido, sendo

6,8% em cerveja e 14,3% em RefrigeNanc.

• Aumento orgânico de 7,8% no CPV por hectolitro,

sendo 6,5% em cerveja e 8,7% em RefrigeNanc.

As principais razões para esse aumento foram (i)

maiores preços nas commodities, (ii) impactos da crise

energética principalmente na Argentina e (iii) maiores

gastos com salários.

HILA-Ex

O custo dos produtos vendidos nas operações da AmBev

no norte da América Latina decresceu 5,0%

organicamente, chegando a R$395,2 milhões.

O principal efeito que explica essa diminuição é o

declínio de 8,9% no volume vendido.

América do Norte

O custo dos produtos vendidos da Labatt no ano de 2007

contabilizou R$ 1.160,1 milhões, uma queda orgânica de

2,3%. Esta redução foi uma combinação de volumes 0,8%

menores e a queda de 1,5% nos custos unitários de produção.

LUCRO BRUTO

A AmBev alcançou em 2007 um lucro bruto de

R$13.102,2 milhões, representando um crescimento

orgânico de 11,4%.

DESPESAS COM VENDAS, GERAIS

E ADMINISTRATIVAS

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas

da AmBev totalizaram R$5.859,3 milhões em 2007,

crescendo 3,3% organicamente.

A análise da evolução dessas despesas em cada

unidade de negócios é exposta a seguir.

Brasil

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas no

Brasil somaram R$3.458,5 milhões em 2007,

aumentando 6,3% organicamente.

Cerveja

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas atingiram

R$2.881,6 milhões, apresentando um crescimento orgânico

de 6,1%. Os principais elementos que geraram o crescimento

de tais despesas operacionais foram:

• O crescimento da estrutura de distribuição direta

da AmBev.

• O crescimento de despesas fixas em linha com

a inflação.

• O crescimento orgânico de 5,5% em volumes,

o que gera um aumento em despesas como frete,

por exemplo.

RefrigeNanc

Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas para

RefrigeNanc acumularam R$573,2 milhões, aumentando

7,5% organicamente. Os principais elementos que geraram

o crescimento de tais despesas operacionais foram:

• O crescimento da estrutura de distribuição direta

da AmBev.

• O crescimento de despesas fixas em linha com

a inflação.

• O crescimento orgânico de 10,6% em volumes, o que

gera um aumento em despesas como frete,

por exemplo.

Malte e Sub-produtos

A venda de malte e sub-produtos gerou despesas

de Vendas, Gerais e Administrativas de R$ 3,6 milhões

em 2007, crescendo 5,8%.

AmBev Relatório Anual 2007 57

Quinsa

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas na Quinsa

acumularam R$660,3 milhões, crescendo 20,8%

organicamente. Esse aumento é explicado em sua maior

parte por maiores gastos com transporte e salários, além de

maiores despesas com marketing para suportar inovações.

HILA-Ex

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas das

operações da AmBev no norte da América Latina

somaram R$402,8 milhões, caindo 5,3%, um resultado

principalmente de menores despesas devido a menores

volumes e ganhos com iniciativas de Orçamento Base

Zero (OBZ).

América do Norte

As despesas com Vendas, Gerais e Administrativas da Labatt

somaram R$1.337,7 milhões, uma queda orgânica de 6,3%.

Essa diminuição é resultado de ganhos com iniciativas no OBZ,

além de algumas iniciativas de custo na The Beer Store (TBS).

RESULTADO OPERACIONAL

ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS

FINANCEIRAS, PROVISÕES E

CONTINGÊNCIAS, E OUTRAS RECEITAS

E DESPESAS OPERACIONAIS

A Companhia apresentou forte desempenho operacional em

2007, evidenciando não somente o expressivo crescimento

orgânico de suas vendas mas também ganhos adicionais de

eficiência que se traduziram em expansão de margens para

além dos níveis já exemplares da Companhia.

Em 2007 a AmBev registrou um crescimento de EBIT

de 18,5% para R$7.242,9 milhões. A margem de EBIT sobre

a receita líquida atingiu 36,9%, 260 pontos base maior do

que em 2006.

O EBITDA da Companhia alcançou R$8.666,9 milhões, um

aumento de 16%. A margem de EBITDA sobre a receita líquida

foi de 44,1%, 210 pontos base maior do que em 2006.

CONTINGÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, TRABALHISTAS E OUTRAS

Provisões líquidas para contingências e outras contabilizaram uma despesa líquida de R$25,1 milhões, comparado com uma

receita líquida de R$111,8 em 2006. O montante verificado em 2006 foi impactado por reversões de R$314,9 milhões referentes

a processos tributários de PIS e COFINS que foram transitados e julgados em favor da Companhia.

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS

O saldo líquido de outras receitas e despesas operacionais em 2007 representou uma perda de R$1.483,1 milhões, 55,3%

acima da perda registrada em 2006. O detalhamento dos principais lançamentos é apresentado a seguir.

• Ganho de R$226,5 milhões referentes a acréscimos patrimoniais decorrente de incentivos fiscais concedidos a controladas

da AmBev no Brasil, comparado a um ganho de R$165.4 milhões em 2006.

• Despesa de R$227,5 milhões derivado da variação cambial em controladas no exterior, comparada a uma receita de R$79,4

milhões em 2006.

• Despesa de R$1.560,3 milhões relativa amortização de ágio, comparada a uma despesa de R$1.283,0 milhões em 2006. O

aumento da despesa é resultado das aquisições de Lakeport e Cintra, e aumento da amortização do ágio da Labatt em 2007.

Sigla em inglês para Earnings Before Interest and Taxes, equivalente ao resultado operacional antes das receitas

e despesas financeiras, provisões e contingências, e outras receitas e despesas operacionais.

Sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, equivalente ao EBIT somado

às despesas com depreciação e amortização.

RESULTADO FINANCEIRO

O resultado financeiro da Companhia em 2007 foi negativo em R$1.253,0 milhões, comparado a uma perda em 2006 de

R$1.078,3 milhões. A tabela abaixo destaca os principais lançamentos do resultado financeiro da Companhia:

Detalhamento do Resultado Financeiro

R$ milhões 2007 2006

Receita Financeira

Receitas financeiras sobre equivalentes a caixa 95,3 111,1

Variação cambial sobre aplicações financeiras (52,3) (15,5)

Juros sobre Plano de Ações 7,7 10,0

Encargos financeiros sobre impostos, contribuições e depósitos judiciais 48,0 29,8

Outras 23,1 33,0

Total 121,8 168,4

Despesa Financeira

Encargos financeiros sobre dívidas em reais 340,9 191,5

Juros e variação cambial sobre mútuos (0,0) 1,8

Encargos financeiros sobre dívidas em moeda estrangeira 624,7 523,8

Variação cambial sobre financiamentos (475,6) (204,6)

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos 653,4 496,3

Impostos sobre transações financeiras 121,2 131,8

Encargos financeiros sobre contingências e outros 64,1 59,9

Outras 46,2 46,3

Total 1.374,8 1.246,7

Resultado Financeiro, Líquido (1.253,0) (1.078,3)

58

A Companhia ressalta que, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, os passivos referentes a operações de swaps e derivativos devem ser

contabilizados por meio da curva de juros estabelecida em seus respectivos contratos; já os ativos referentes a esses mesmos tipos de operações devem ser

contabilizados no menor valor entre o valor de mercado e curva mencionada. O endividamento total da Companhia aumentou R$285,6 milhões em comparação

a 2006, enquanto seu montante de caixa e equivalentes aumentou R$769,3 milhões, demonstrando a forte geração de caixa da Companhia no exercício.

Conseqüentemente, houve uma redução de R$432,4 milhões na dívida líquida da AmBev. A Companhia estima que a razão entre sua dívida líquida e

o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses seja de 0,85x.

A tabela a seguir detalha o perfil da dívida consolidada da AmBev:

2007 2007 2006 2006Detalhamento da Dívida Curto Longo 2007 Curto Longo 2006 R$ milhões Prazo Prazo Total Prazo Prazo Total

Moeda Local 378,5 4.411,0 4.789,5 400,4 3.178,2 3.578,7

Moeda Estrangeira 2.097,8 2.964,9 5.062,7 1.704,2 4.283,7 5.987,9

Dívida Consolidada 2.476,3 7.375,9 9.852,2 2.104,6 7.461,9 9.566,6

Caixa e Equivalentes - - 2.308,2 - - 1.538,9

Aplicações Financeiras - - 174,8 - - 226,1

Dívida Líquida - - 7.369,1 - - 7.801,5

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS NÃO OPERACIONAIS

O saldo líquido de outras receitas e despesas não operacionais resultou em 2007 em um ganho de R$40,4 milhões, comparado a uma perda em 2006

de R$28,8 milhões.

Essa diferença é explicada principalmente por:

• Ganho com venda de ativos no valor de R$38,9 milhões, comparado a um ganho de R$4,4 milhões em 2006.

• Provisões para perdas com ativo imobilizado no valor de R$0,4 milhões, comparadas a provisões de R$18,0 milhões em 2006.

AmBev Relatório Anual 2007 59

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

O resultado líquido de imposto de renda e contribuição social em 2007 foi uma despesa de R$1.592,8 milhões. À alíquota nominal de 34%, a

provisão para imposto de renda e contribuição social teria sido de R$1.515,2 milhões. A conciliação da provisão efetiva com a provisão à alíquota

nominal é apresentada no quadro a seguir:

Imposto de Renda

R$ milhões 2007 2006

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.526,0 4.307,3

Participações estatutárias e contribuições (69,4) (194,4)

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e das participações estatutárias e contribuições 4.456,6 4.112,8

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.515,2) (1.398,4)

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva:

Juros sobre capital próprio 368,6 500,9

Resultado de controladas no exterior não sujeitas a tributação 25,3 42,4

Ganhos patrimoniais em controladas 78,1 58,5

Amortização de ágio - parcela não dedutível (485,7) (395,4)

Variação cambial sobre investimentos no exterior (81,0) (33,8)

Adições e exclusões permanentes e outros 17,1 (89,5)

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.592,8) (1.315,3)

Alíquota efetiva de IR e contribuição social 35,7% 32,0%

Ajuste Benefício Fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil

Benefício fiscal decorrente da incorporação da InBev Brasil 350,8 350,8

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro excluindo efeito do benefício fiscal (1.242,1) (964,5)

Alíquota efetiva de IR e contribuição social ajustada por benefício fiscal 30,3% 25,6%

PARTICIPAÇÕES DE EMPREGADOS E ADMINISTRADORES

A despesa decorrente da provisão a título de participação nos lucros aos empregados e administradores foi de R$69,4 milhões em 2007. Este valor faz parte da

política de remuneração variável da Companhia, segundo a qual mais de 20.000 empregados têm uma parte significativa de sua remuneração sujeita ao

cumprimento de agressivas metas de performance.

Em 2006 a participação dos empregados e administradores nos lucros da Companhia foi de R$194,4 milhões.

PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS

As despesas com participações minoritárias em subsidiárias da AmBev acumularam em 2007 R$ 47,3 milhões, principalmente em função dos minoritários de Quinsa.

60

LUCRO LÍQUIDO

O lucro líquido alcançado pela AmBev em 2007 foi de R$ 2.816,4 milhões, um aumento de 0,4% comparado ao de 2006. O lucro por ação foi de

R$4,58, representando um crescimento de 3,9%. Excluindo amortização de ágio, esse número sobe para R$7.41, um crescimento de 15,5%.

RECONCILIAÇÃO LUCRO LÍQUIDO AO EBITDA

O EBITDA e o EBIT são medidas utilizada pela Administração da Companhia para demonstrar a performance da Companhia.

O EBITDA é calculado excluindo-se do lucro líquido do exercício os seguintes efeitos: (i) Provisão do IR/Contribuição Social; (ii) Provisão para Participação

de Empregados e Administradores, (iii) Resultado das participações minoritárias, (iv) Receitas (despesas) não operacionais, (v) Resultado financeiro líquido, (vi)

Resultado da equivalência patrimonial, (vii) Outras Receitas (despesas) Operacionais, (viii) Provisões líquidas, e (ix) Despesas de depreciações e amortizações. O

EBIT é o EBITDA subtraído das depreciações e amortizações.

O EBITDA e o EBIT não são medidas contábeis utilizadas nas práticas contábeis adotadas no Brasil ou nos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados

Unidos da América (US GAAP), não representando o fluxo de caixa para os períodos apresentados e não deve ser considerado como sendo uma alternativa ao

lucro líquido na qualidade de indicador do desempenho operacional ou como uma alternativa ao fluxo de caixa na qualidade de indicador de liquidez. Nossa

definição de EBITDA e EBIT pode não ser comparável ao EBITDA e EBIT ou EBITDA ajustado conforme definido por outras companhias.

Reconciliação Lucro Líquido - EBITDA 2007 2006

Lucro Líquido 2.816,4 2.806,3

Provisão IR/Contribuição Social 1.592,8 1.315,3

Provisão Part. de Empr. e Administradores 69,4 194,4

Participações Minoritárias 47,3 (8,7)

Lucro Antes de Impostos 4.526,0 4.307,2

Receitas (Despesas) Não Operacionais (40,4) 28,8

Resultado Financeiro Líquido 1.253,0 1.078,3

Equivalência Patrimonial (3,9) (1,4)

Outras Receitas (Despesas) Operacionais 1.483,1 955,1

Provisões, Líquidas 25,1 (111,8)

EBIT 7.242,9 6.256,3

Depreciações e Amortizações 1.424,0 1.188,4

EBITDA 8.666,9 7.444,6

AmBev Relatório Anual 2007 61

RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES

A política de atuação junto aos nossos auditores independentes na prestação de serviços não relacionados à auditoria externa se substancia nos

princípios que preservam a independência do auditor.

Estes princípios compreendem:

a) o auditor não deve auditar seu próprio trabalho;

b) o auditor não deve exercer funções gerenciais; e

c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

Adotamos políticas e procedimentos de pré-aprovação segundo os quais todos os serviços de auditoria e outros serviços prestados por auditores externos

contratados devem ser aprovados pelo Conselho Fiscal, o qual executa as obrigações de um comitê de auditoria para os propósitos da Lei Sarbanes-Oxley de

2002, em conformidade com a Regra 10A-3(c). O Conselho Fiscal adota uma lista de serviços e limites de valor para a contratação de cada auditor externo, de

acordo com os termos incluídos em uma Lista Básica, por sua vez aprovada pelo Conselho de Administração. Qualquer serviço constante dessa lista é considerado

“pré-aprovado”. Trimestralmente, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal recebem, do Diretor Financeiro, um relatório resumido sobre o progresso

dos serviços prestados pré-aprovados e os honorários correspondentes devidamente autorizados. Quaisquer serviços não apresentados nessa Lista Básica requerem

uma opinião anterior favorável de nosso Conselho Fiscal e a aprovação de nosso Conselho de Administração. Nossa política contém também uma lista de

serviços que não podem ser prestados por nossos auditores externos.

62

Parecer dos Auditores Independentes

Ao

Conselho de Administração e aos Acionistas da

Companhia de Bebidas das Américas - AmBev

São Paulo - SP

1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”) e o balanço patrimonial consolidado dessa Companhia

e suas controladas, levantados em 31 de dezembro de 2007, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens

e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade

é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a

relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia e suas controladas; (b) a constatação, com base

em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas

contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Companhia e suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis

tomadas em conjunto.

3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial

e financeira da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev e a posição patrimonial e financeira consolidada dessa Companhia e suas controladas em 31

de dezembro de 2007, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes

ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Nosso exame foi efetuado com o objetivo de formarmos uma opinião sobre as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto. A demonstração consolidada

do fluxo de caixa representa informação complementar àquelas demonstrações, a qual não é requerida pelas práticas contábeis adotadas no Brasil

e é apresentada para possibilitar uma análise adicional. Essa informação complementar foi submetida aos mesmos procedimentos de auditoria aplicados

às demonstrações contábeis e, em nossa opinião, está apresentada, em todos os aspectos relevantes, adequadamente em relação às demonstrações contábeis

referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2007, tomadas em conjunto.

5. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2006, apresentadas para fins comparativos, foram auditadas por outros

auditores independentes, cujo parecer foi emitido sem ressalvas, datado de 26 de fevereiro de 2007.

22 de fevereiro de 2008

KPMG Auditores Independentes

CRC 2SP014428/O-6

Pedro Augusto de Melo Guilherme Nunes

Contador CRC 1SP113939/O-8 Contador CRC 1SP195631/O-1

AmBev Relatório Anual 2007 63

Parecer doConselho Fiscal

O Conselho Fiscal da Companhia de Bebidas das Américas - AmBev (“Companhia”), em conformidade com as atribuições dispostas no Estatuto Social da

Companhia, em seu Regimento Interno e nos incisos do artigo 163 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, examinou: (i) o parecer emitido sem ressalvas

pela KPMG AUDITORES INDEPENDENTES, e (ii) o relato sobre o desempenho da Companhia realizado por sua Administração. Com base nos documentos

examinados e nos esclarecimentos prestados, os membros do Conselho Fiscal, abaixo assinados, opinaram pela aprovação em Assembléia Geral do Relatório

Anual da Administração e das Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2007.

São Paulo, 22 de fevereiro de 2008.

Alcides Lopes Tápias

Aloisio Macário Ferreira de Souza

Álvaro Cardoso de Sousa

Ernesto Gelbke

(Suplente)

Ary Waddington

(Suplente)

Emanuel Sotelino Schifferle

(Suplente)

Controladora Consolidado

CIRCULANTE 2007 2006 2007 2006

Caixa e equivalentes 920,8 601,7 2.308,2 1.538,9

Títulos e valores mobiliários - - 174,8 226,1

Contas a receber de clientes 952,8 848,6 1.623,1 1.542,7

Estoques : 604,9 589,9 1.457,8 1.363,9

Produtos acabados 158,1 143,6 362,6 319,2

Produtos em elaboração 56,4 45,6 87,2 69,6

Matérias-primas 214,1 235,9 660,8 618,7

Materiais de produção 110,6 110,4 236,6 235,6

Almoxarifado e outros 66,8 63,9 138,3 136,6

Provisão para perdas (1,1) (9,5) (27,7) (15,8)

Impostos a recuperar (nota 3-a) 514,1 419,2 739,3 687,7

Dividendos e/ou Juros sobre Capital Próprio 106,4 27,6 - 2,7

Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 535,9 550,5 649,7 610,0

Despesas antecipadas 273,8 270,3 331,6 316,8

Resultado diferido de instrumentos financeiros 96,4 37,3 126,4 66,9

Outros 96,1 123,5 469,5 461,9

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 4.101,2 3.468,6 7.880,4 6.817,6

NÃO CIRCULANTE

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Créditos com pessoas ligadas / controladas (nota 4) 940,3 864,6 0,7 -

Depósitos compulsórios e judiciais 281,7 249,8 405,6 353,0

Venda financiada de ações 41,3 72,6 41,6 72,8

Aplicações financeiras - - 240,6 -

Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 2.335,3 2.851,1 3.036,8 3.566,7

Imóveis, Maqs.e Equip. destinados à venda (nota 6-a) 68,2 82,9 103,0 86,0

Despesas antecipadas 121,6 132,9 123,3 134,3

Superávit de ativos - Instituto AmBev 18,5 17,0 18,5 17,0

Impostos a recuperar (nota 3-a) 184,6 140,0 207,3 158,9

Resultado diferido de instrumentos financeiros - - 145,2 44,4

Outros 4,3 18,8 24,8 131,3

TOTAL REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 3.995,8 4.429,7 4.347,4 4.564,4

PERMANENTE

Investimentos

Participação em sociedades controladas diretas e coligadas,

incluíndo ágio e deságio, líquida (nota 5-a) 17.336,1 21.203,7 15.002,5 17.990,4

Outros investimentos 15,9 11,4 40,4 35,6

17.352,0 21.215,1 15.042,9 18.026,0

Imobilizado (nota 6) 2.606,9 2.265,1 5.593,3 5.338,9

Intangível (nota 6) 328,5 346,5 388,2 385,0

Diferido (nota 7) 2.177,1 353,4 2.223,6 429,0

TOTAL DO ATIVO PERMANENTE 22.464,5 24.180,1 23.248,0 24.178,9

TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE 26.460,3 28.609,8 27.595,4 28.743,3

TOTAL DO ATIVO 30.561,5 32.078,4 35.475,8 35.560,9

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Ativo

64

Balanços patrimoniais levantados em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Expressos em milhões de reais)

Controladora Consolidado

CIRCULANTE 2007 2006 2007 2006

Fornecedores 1.083,6 620,4 2.129,1 1.384,1

Financiamentos (nota 8) 1.201,2 1.239,8 2.420,8 2.038,7

Debêntures (nota 8) 55,5 65,9 55,5 65,9

Salários, participações e encargos sociais a pagar 199,3 261,0 402,4 480,3

Dividendos a pagar 33,6 106,8 36,4 109,0

Imposto de renda e contribuição social a pagar 303,9 113,8 720,9 366,3

Demais tributos e contribuições a recolher 751,4 704,2 1.261,0 1.239,0

Contas a pagar a partes relacionadas (nota 4) 1.212,5 2.424,5 8,5 3,3

Perda sobre derivativos não realizados 546,7 379,6 709,3 405,3

Contas a pagar de marketing 170,2 194,2 181,2 204,1

Provisão para reestruturação - - 25,4 41,0

Outros 153,9 163,7 535,7 507,4

TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 5.711,8 6.273,9 8.486,1 6.844,4

NÃO CIRCULANTE

PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Financiamentos (nota 8) 2.633,5 2.675,5 5.310,8 5.396,9

Debêntures (nota 8) 2.065,1 2.065,1 2.065,1 2.065,1

Diferimento de impostos sobre vendas (nota 8-c) 450,2 405,7 617,4 405,7

Passivos associados a questionamentos fiscais e

provisão para contingências (nota 9) 386,6 421,7 808,4 579,1

Contas a pagar partes relacionadas (nota 4) 1.375,6 705,5 - -

Provisão de benefícios de assistência médica e outros (nota 10) 97,4 87,4 224,2 326,6

Imposto de renda e contribuição social diferidos (nota 14-c) 18,6 22,8 131,5 131,4

Passivo a descoberto de empresas controladas 244,0 - - -

Resultado líquido diferido das operações de swap de dívida - - - 88,4

Outros 0,5 0,4 68,6 82,6

TOTAL DO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 7.271,5 6.384,1 9.226,0 9.075,8

Resultado de Exercícios Futuros 158,3 152,3 156,5 149,9

TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE 7.429,8 6.536,4 9.382,5 9.225,7

Participação dos acionistas minoritários - - 187,3 222,7

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Capital social realizado (nota 11-a) 6.105,2 5.716,1 6.105,2 5.716,1

Reserva de capital 9.952,6 12.870,6 9.952,6 12.870,6

Reservas de lucro

Legal 208,8 208,8 208,8 208,8

Reserva estatutária 2.312,2 1.413,3 2.312,2 1.413,3

Ações em tesouraria (nota 11-g) (1.158,9) (940,7) (1.158,9) (940,7)

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 17.419,9 19.268,1 17.419,9 19.268,1

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 30.561,5 32.078,4 35.475,8 35.560,9

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Passivo e Patrimônio Líquido

AmBev Relatório Anual 2007 65

66

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

RECEITA BRUTA

Vendas de produtos 25,433.9 22,452.1 37,016.2 32,487.8

DEDUÇÕES DE VENDAS

Impostos sobre vendas, descontos e devoluções (13,722.9) (12,072.8) (17,368.0) (14,874.1)

RECEITA LÍQUIDA 11,711.0 10,379.3 19,648.2 17,613.7

Custo dos produtos vendidos (4,213.7) (3,848.9) (6,546.0) (5,948.7)

LUCRO BRUTO 7,497.3 6,530.4 13,102.2 11,665.0

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS

Com vendas (1,985.7) (1,775.1) (4,109.0) (3,866.7)

Administrativas (438.8) (459.0) (787.9) (775.5)

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 3.2 92.0 (25.1) 111.8

Honorários da diretoria e do conselho de administração (13.5) 4.2 (13.5) 4.3

Depreciação e amortização (727.2) (549.5) (948.8) (770.8)

Receitas financeiras (nota 13-d) 281,3 189,5 121,8 168,4

Despesas financeiras (nota 13-d) (1.058,1) (953,5) (1.374,8) (1.246,7)

Equivalência patrimonial (nota 5-a) (139,2) 143,3 3,9 1,4

Outras operacionais, líquidas (nota 16) 34,2 98,2 (1.483,2) (955,1)

(4.043,8) (3.209,9) (8.616,6) (7.328,9)

LUCRO OPERACIONAL 3.453,5 3.320,5 4.485,6 4.336,1

Receitas (despesas) não operacionais, líquidas (nota 17) 8,7 6,8 40,4 (28,8)

LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO

SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO (nota 14) 3.462,2 3.327,3 4.526,0 4.307,3

Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social sobre o lucro líquido (94,7) 63,6 (963,6) (688,8)

Redução (despesa) com imposto de renda e contrib. social diferidos (520,2) (460,4) (629,3) (626,5)

LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES ESTATUTÁRIAS E CONTRIBUIÇÕES 2.847,3 2.930,5 2.933,1 2.992,0

Participações estatutárias e contribuições aos empregados e administradores (30,9) (124,2) (69,4) (194,4)

LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS ACIONISTAS MINORITÁRIOS 2.816,4 2.806,3 2.863,7 2.797,6

Participação dos acionistas minoritários - - (47,3) 8,7

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.816,4 2.806,3 2.816,4 2.806,3

Quantidade total de ações do capital social no fim do exercício (em milhares) 624,4 64.458,2 - -

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total

no fim do exercício, em reais - R$ 4.510,57 43,54 - -

Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício,

excluídas as ações em tesouraria, em reais - R$ 4.592,09 44,04 - -

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Demonstrações dos resultadospara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)

AmBev Relatório Anual 2007 67

Capital social

subscrito e Reservas Reservas de lucro Ações em Lucros

integralizado de Capital Estatutária Legal tesouraria acumulados Total

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 5.691,4 13.889,5 471,0 208,8 (393,4) - 19.867,3

Exercício de opções do plano de ações 3,4 (3,4) - - - - -

Aumento de capital por captalização de reservas 21,3 (21,3) - - - - -

Adiantamento para futuro aumento de capital

relacionado com o plano - 3,4 - - - - 3,4

Recompra de ações - - - - (1.762,3) - (1.762,3)

Cancelamento de ações em tesouraria - (1.046,2) - - 1.046,2 - -

Transferência de reservas para plano acionistas - (67,2) - - 168,8 - 101,6

Subvenção para investimentos e incentivos fiscais - 115,8 - - - - 115,8

Lucro líquido do exercício - - - - - 2.806,3 2.806,3

Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício:

Reserva estatutária - - 1.333,2 - - (1.333,2) -

Antecipação de dividendos na forma de JCP - - - - - (1.473,1) (1.473,1)

Dividendos complementares 2005 - - (390,9) - - - (390,9)

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2006 5.716,1 12.870,6 1.413,3 208,8 (940,7) - 19.268,1

Aumento do capital social 128,3 - - - - - 128,3

Aumento de capital por captalização de reservas 260,8 (260,8) - - - - -

Recompra de ações - - - - (3.082,6) - (3.082,6)

Ágio na subscrição de ações plano - (8,1) - - - - (8,1)

Cancelamento de ações em tesouraria - (2.760,4) - - 2.760,4 - -

Transferência de reservas para plano acionistas - (38,2) - - 104,0 - 65,8

Subvenção para investimentos e incentivos fiscais - 149,5 - - - - 149,5

Lucro líquido do exercício - - - - - 2.816,4 2.816,4

Apropriação e destinação do lucro líquido do exercício:

Reserva estatutária - - 898,9 - - (898,9) -

Antecipação de dividendos na forma de JCP - - - - - (1.084,0) (1.084,0)

Dividendos antecipados - - - - - (841,8) (841,8)

Dividendos e JCP prescritos - - - - - 8,3 8,3

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 6.105,2 9.952,6 2.312,2 208,8 (1.158,9) - 17.419,9

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido da controladorapara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Expressas em milhões de reais - exceto quanto ao lucro líquido por lote de mil ações do capital social)

68

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

ORIGENS DOS RECURSOS

DAS OPERAÇÕES SOCIAIS

Lucro líquido do exercício 2.816,4 2.806,3 2.816,4 2.806,3

Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante

Equivalência patrimonial 139,2 (143,3) (3,9) (1,4)

Imposto de renda e contribuição social diferidos 520,2 460,4 629,3 626,5

Deságio na liquidação de incentivos fiscais (34,4) (39,9) (34,4) (39,9)

Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 158,7 107,5 1.560,3 1.283,0

Depreciação e amortização 876,3 685,6 1.424,0 1.188,4

Contingências tributárias, trabalhistas e outras (3,2) (92,0) 25,1 (111,8)

Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 70,6 31,7 39,6 36,7

Provisão para perdas sobre ativos permanentes (14,6) (6,3) 14,6 8,7

Encargos financeiros e variações sobre plano de ações (7,7) (9,8) (7,8) (10,0)

Variação cambial e encargos sobre financiamentos de longo prazo (334,4) (341,3) (484,0) (470,3)

Perda (ganho) de participação em controladas (1,7) 0,7 (3,2) (6,1)

Participação dos acionistas minoritários - - 47,3 (8,7)

Variação cambial sobre controladas no exterior 88,5 17,8 227,6 (79,4)

Subvenção investimentos de controlada (212,9) (160,0) - -

Valor residual do imobilizado e investimentos alienados 952,8 127,6 187,0 288,6

Restituição de capital pela controlada - 297,8 - -

Dividendos recebidos e a receber 963,4 1.060,9 - -

5.977,2 4.803,7 6.437,9 5.510,6

DOS ACIONISTAS

Aumento de Capital 128,3 - 128,3 -

Incentivos fiscais 149,5 115,5 149,5 268,4

Venda financiada de ações 96,6 51,3 38,9 78,5

Alienação de ações em tesouraria - 105,3 65,8 105,3

Dividendos e JCP prescritos 8,3 - 8,3 -

De terceiros

Variações no realizável a longo prazo

Despesas antecipadas 11,3 - 11,1 -

Outros impostos e taxas a recuperar - 62,4 - 66,6

Contas a receber de soc.ligadas 670,1 -

Contingências, tribut., trabalh. E outros 146,5 -

Demais contas a receber e outros 233,1 - - -

Variações no exigível a longo prazo

Debêntures - 2.065,1 - 2.065,1

Financiamentos 371,2 - 644,0 -

Demais contas a pagar 251,5 3,2 - 4,3

TOTAL DAS ORIGENS 7.897,1 7.206,5 7.630,3 8.098,8

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Demonstrações das origens e aplicações de recursospara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Expressas em milhões de reais)

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

APLICAÇÃO DE RECURSOS

Variações no realizável a longo prazo

Depósitos compulsórios e judiciais 13,4 46,8 34,4 61,4

Contas a receber de sociedades ligadas - 0,7 -

Outros impostos e taxas a recuperar 44,5 31,8 147,7 -

Despesas antecipadas - 20,9 - 20,9

Outros - 10,6 629,8 36,9

Variações no exigível a longo prazo

Financiamentos - 667,9 - 185,9

Diferimento de impostos - - - -

Contas a pagar sociedades ligadas 75,7 6,7 - -

Demais contas a pagar - - 245,5 176,6

Contingências tributárias, trabalhistas e outras 121,1 215,9 - 264,3

No ativo permanente

Investimentos, inclusive ágios e deságios 421,1 2.742,3 453,0 2.731,0

Imobilizado 1.005,0 812,9 1.630,9 1.425,7

Diferido 13,2 11,9 15,5 18,7

Em transações de capital

Recompra de ações 3.082,6 1.762,3 3.090,6 1.762,3

Dividendos propostos e pagos 1.925,8 1.864,0 1.925,8 1.864,0

CCL de controlada incorporada - - - -

CCL de controladora incorporada - - - -

Variação no capital de minoritários - - 35,3 0,5

TOTAL DAS APLICAÇÕES 6.702,4 8.194,0 8.209,2 8.548,2

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.194,7 (987,5) (578,9) (449,4)

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE

Ativo circulante

No fim do exercício 4.101,2 3.468,6 7.880,4 6.817,6

No início do exercício 3.468,6 2.760,8 6.817,6 5.474,7

632,6 707,8 1.062,8 1.342,9

Passivo circulante

No fim do exercício 5.711,8 6.273,9 8.486,1 6.844,4

No início do exercício 6.273,9 4.578,6 6.844,4 5.052,1

(562,1) 1.695,3 1.641,7 1.792,3

AUMENTO (REDUÇÃO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.194,7 (987,5) (578,9) (449,4)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

AmBev Relatório Anual 2007 69

70

2007 2006ATIVIDADES OPERACIONAISLucro líquido do exercício 2.816,4 2.806,3 Despesas (receitas) que não afetam o caixa e equivalentesDepreciação e amortização 1.424,0 1.188,4 Contingências tributárias, trabalhistas e outras 25,1 (111,8)Encargos financeiros sobre contingências tributárias e fiscais 82,9 36,7 Ganho na liquidação de incentivos fiscais (34,4) (39,9)Provisão (reversão) para perdas em estoques e ativos permanentes (10,2) 11,8 Provisão para reestruturação 5,6 18,8 Reversão de provisão para perdas sobre investimentos (3,2) (22,0)Encargos financeiros e variações sobre impostos e contribuições 8,0 1,4 Perda na alienação de bens do permanente 83,0 163,4 Juros e variações sobre plano de ações (7,7) (10,0)Variação cambial e encargos sobre financiamentos 343,2 424,2 Redução de imposto de renda e contribuição social diferidos 629,3 626,5 Variação cambial sobre controladas no exterior que não afetam o caixa 227,5 (79,4)Ágio amortizado, líquido de deságio realizado 1.560,3 1.283,0 Participação de acionistas minoritários 47,3 (8,7)Equivalência patrimonial (3,9) (1,4)Perdas não realizadas sobre derivativos 119,8 260,5 Recuperação de crédito extemporâneo (32,1) (24,0)Perda de participação em controladas (3,2) (5,5)Baixa de IPI / ICMS irrecuperável 17,4 -

Redução (aumento) nas contas do ativo Contas a receber de clientes (165,2) (166,2)Impostos a recuperar (49,8) (14,5)Demais contas a receber e outros (40,3) (232,1)Estoques (148,9) (142,8)Depósitos judiciais (16,1) (63,2)

Aumento (redução) nas contas do passivo Fornecedores 843,4 286,8 Salários, participações e encargos sociais (62,1) 20,7 Imposto de renda, contribuição social e demais impostos 253,9 36,9 Desembolsos vinculados à provisão contingencial (170,7) (268,2)Demais tributos e contribuições a recolher 52,8 93,7 Outros 126,5 (84,2)

GERAÇÃO DE CAIXA PROVENIENTE DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 7.918,6 5.985,2

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOAplicações financeiras, com vencimento acima de 90 dias (224,2) 180,6 Títulos e depósitos em garantia - 0,1 Alienação de investimentos - - Aquisição de investimentos (430,1) (2.639,2)Alienação de bens do imobilizado 107,5 117,6 Aquisição de bens do imobilizado (1.630,9) (1.425,7)Caixa inicial - Consolidação de nova empresa 3,5 - Aumento de capital em subsidiária (12,7) - Dispêndios na formação do diferido (15,5) (18,7)

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2.202,4) (3.785,3)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

Demonstrações consolidadas de fluxo de caixapara os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Expressas em milhões de reais)

2007 2006ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOFinanciamentosCaptação 9.428,5 9.344,8 Amortização (9.384,7) (7.386,3)

Variação no capital de minoritários (4,9) 53,0 Aumento de capital 128,3 3,4 Venda financiada de ações 54,5 72,5 Recompra de ações (3.094,3) (1.765,1)Pagamento de dividendos (1.952,6) (1.790,8)

UTILIZAÇÃO DE CAIXA EM ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (4.825,2) (1.468,5)

EFEITO DE VARIAÇÃO CAMBIAL SOBRE O CAIXA (121,7) (29,8)

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 769,3 701,6

Saldo inicial de caixa e equivalentes 1.538,9 837,3 Saldo final de caixa e equivalentes 2.308,2 1.538,9

AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NO CAIXA E EQUIVALENTES 769,3 701,6

Informação adicional sobre o fluxo de caixa:Pagamento de juros sobre empréstimos 816,0 603,1 Pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro 631,8 585,3

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.

AmBev Relatório Anual 2007 71

72

1. CONTEXTO OPERACIONAL

a) Considerações gerais

A Companhia de Bebidas das Américas – AmBev (referida

como “Companhia” ou “AmBev” ou “Controladora”), com

sede em São Paulo, tem por objetivo, diretamente ou

mediante participação em outras sociedades, no Brasil e em

outros países nas Américas, produzir e comercializar cervejas,

chopes, refrigerantes, outras bebidas não alcoólicas e malte.

A Companhia mantém contrato de “franchising” com a

PepsiCo International Inc. ("PepsiCo") para engarrafar,

vender e distribuir os produtos Pepsi no Brasil e em outros

países da América Latina, incluindo o Lipton Ice Tea, o

isotônico Gatorade e H2OH!.

A Companhia mantém contrato de licenciamento com

a Anheuser-Busch Inc. através da sua subsidiária Labatt

Brewing Company Limited (“Labatt Canadá”), para produzir,

engarrafar, vender e distribuir os produtos Budweiser no

Canadá. Além disso, a Companhia produz e distribui Stella

Artois sob licença da Interbrew International B.V. (“InBev”) no

Brasil, Canadá, Argentina e outros países e, por meio de

licença concedida à InBev, distribui Brahma nos Estados

Unidos e em determinados países da Europa, Ásia e África.

A Companhia tem suas ações negociadas na Bolsa de Valores

de São Paulo – BOVESPA e na Bolsa de Valores de Nova

Iorque – NYSE, na forma de Recibos de Depósitos

Americanos – ADRs.

b) Principais eventos ocorridos no período de 2007

e de 2006

(i) Incorporação da subsidiária Beverage Associates

Holding Ltd (“BAH”)

Em 29 de junho de 2007, a subsidiária BAH foi incorporada

pela AmBev, com o objetivo de simplificar a estrutura

societária e reduzir custos das duas empresas envolvidas. A

amortização do ágio registrado pela AmBev, fundamentado

com base em rentabilidade futura, está sendo, após a

incorporação, considerado dedutível para fins fiscais, nos

termos da legislação tributária vigente, e na opinião de seus

consultores legais. Como a BAH era 100% controlada pela

AmBev, não houve emissão de ações na incorporação.

(ii) Aquisição Lakeport Brewing Income Fund (“Lakeport”)

pela Labatt Canadá

Em 30 de março de 2007, a Labatt Canadá adquiriu 91,43%

das Units da Lakeport, e pagou pelas mesmas o montante

de CAD$208,5 (equivalentes a R$376,4 em 31 de dezembro

de 2007), apurando um ágio de CAD$205,9 (equivalentes a

R$371,8 em 31 de dezembro de 2007), que está sendo

amortizado linearmente em 10 anos. Após a aquisição

compulsória das Units não depositadas, a Lakeport se tornará

subsidiária integral da Labatt Canadá, que então realizará os

procedimentos necessários para assegurar que as Units serão

delistadas da Toronto Stock Exchange e assegurará os

requisitos necessários para notificar e obter a autorização

para cessarem as obrigações de divulgação de informações

da legislação canadense.

(iii) Contrato de compra e venda relativo à Cervejaria Cintra

Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”)

Em 28 de março de 2007, a Companhia anunciou a

assinatura de contrato de compra e venda da totalidade das

quotas da sociedade Goldensand Comércio e Serviços Lda.

("Goldensand"), controladora da Cintra com 95,89% das

ações. O valor da compra foi de R$43,2 e resultou em um

ágio inicialmente calculado no montante de R$548,7, que

está sendo amortizado em 10 anos.

Adicionalmente, a Companhia, através de uma controlada,

adquiriu também 4,11% das ações da Cintra, pelo preço

de aquisição de R$6,5, resultando em um ágio de R$21,0,

que está sendo amortizado em 10 anos. Essas transações

não incluíram a aquisição das marcas e dos ativos de

distribuição da Cintra.

Em 30 de setembro de 2007, a Companhia efetuou uma

analise detalhada dos ativos e passivos adquiridos dessas

empresas e procedeu ajustes, principalmente relacionados a

provisão para contingências e imposto de renda diferido, que

resultaram na redução dos valores dos ágios iniciais nos

montantes de R$185,6 em Goldensand e R$8,0 em Cintra.

Segue abaixo o balanço patrimonial consolidado ajustado de

abertura da Goldensand:

17.04.07

Ativo circulante 32,7

Realizável a longo prazo 141,3

Imobilizado 154,5

Passivo circulante 58,4

Exigível a longo prazo 345,7

Provisões contingenciais 251,1

Participação dos acionistas minoritários (*) (6,6)

Patrimônio Líquido (319,9)

(*) Participação indireta de Monthiers, subsidiária integral

da AmBev.

(iv) Aquisição de 20% de ações ordinárias da subsidiária

Compañia Cervecera AmBev Ecuador S.A.

(“AmBevEcuador”)

Em 05 de março de 2007, a Companhia por meio de sua

controlada Monthiers S.A. (“Monthiers”) adquiriu de Freeville

Management Ltd., 120.500 ações ordinárias de

AmBevEcuador pelo montante de US$1,3, representando um

aumento de participação de 20% no capital social. Com esta

transação, a Companhia aumentou sua participação no

capital de AmBevEcuador de 80% para 100% e apurou um

ágio no montante de R$0,8.

(v) Aquisição do controle de Quilmes Industrial S.A.

(“Quinsa”)

Em 8 de agosto de 2006, a Companhia finalizou a operação

com a Beverage Associates Corp. (“BAC”), os outros

controladores em conjunto de Quinsa, anunciada em 13 de

abril de 2006, adquirindo a totalidade das ações da Beverage

Associates Holding Ltd. (“BAH”), pelo montante total de

R$2.738,8, resultando em um ágio no montante de

R$2.331,1. Com o fechamento da operação, a participação

da AmBev no capital social da Quinsa passou de 56,83%

para 91,36%.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

(vi) Aliança com o Grupo Romero

Em 9 de março de 2006, a Companhia anunciou aliança com

o grupo empresarial Romero, firmada por meio de acordo de

alienação de 25% do capital social de sua controlada indireta

Compañia Cervecera AmBev Perú S.A.C. (“AmBev Perú”)

para a Ransa Comercial S.A., empresa integrante do Grupo

Romero. Em 14 de julho de 2006, a Companhia fechou a

transação pelo montante de R$8,2. O acordo de acionistas

previa opção adicional de compra em favor do Grupo

Romero referente a 5% do capital social.

Em 22 de setembro de 2006 a opção de compra de 5%

do capital social foi exercida pelo montante de R$1,7,

passando a participação do Grupo Romero no capital

social da AmBev Perú de 25% para 30%.

2. APRESENTAÇÃO DASDEMONSTRAÇÕESCONTÁBEIS E PRINCIPAISPRÁTICAS ADOTADAS

As demonstrações contábeis individuais e consolidadas

foram elaboradas com base nas práticas contábeis

emanadas da Legislação Societária e com as normas

expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

Essas demonstrações contábeis não refletem as alterações

introduzidas pela Lei 11.638/07, conforme mencionado

na Nota 20 (a).

A Companhia está apresentando como informações

complementares, a Demonstração dos Fluxos de Caixa

preparada de acordo com a NPC 20 – Demonstração dos

Fluxos de Caixa, emitida pelo IBRACON – Instituto de

Auditores Independentes do Brasil.

a) Estimativas contábeis

Na elaboração das demonstrações contábeis, é necessário

utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos

e outras transações. Sendo assim, nas demonstrações

contábeis são incluídas várias estimativas referentes à vida

útil do ativo imobilizado, às provisões necessárias para

passivos contingentes, para calcular projeções para

determinar a recuperação de saldos do imobilizado,

intangível, diferido e imposto de renda diferido ativo, bem

como à determinação de provisão para imposto de renda,

as quais, apesar de refletirem a melhor estimativa possível

por parte da administração da Companhia, podem

apresentar variações em relação aos valores reais.

A administração da Companhia revisa trimestralmente

essas estimativas e é de opinião que não existem

diferenças significativas.

b) Apuração do resultado

s receitas e despesas são reconhecidas pelo regime

de competência de exercícios.

As receitas de vendas e os respectivos custos são registrados

quando todos os riscos e benefícios relacionados aos

produtos vendidos são transferidos para o comprador. Uma

receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa na

sua realização.

c) Ativos circulante e não-circulante

• Caixa e equivalentes

O caixa e equivalentes a caixa, representado por valores de

liquidez imediata e com vencimento original de até 90 dias,

está apresentado ao custo de aquisição, mais rendimentos

incorridos até a data do balanço, e ajustados, quando

aplicável, ao seu equivalente valor de mercado.

• Aplicações financeiras

As aplicações financeiras, substancialmente representadas

por títulos e valores mobiliários, títulos governamentais e

certificados de depósito bancário, inclusive denominados em

moeda estrangeira, são apresentados ao valor de custo,

adicionando, quando aplicável, os rendimentos auferidos

"pro rata temporis"; quando necessário, é constituída

provisão para redução aos valores de mercado.

Adicionalmente, as cotas de fundos de investimentos são

avaliadas a valor de mercado, e quando aplicável, constituída

provisão com o objetivo de diferir os rendimentos não

realizados de natureza variável.

O saldo consolidado de aplicações financeiras, em 31

de dezembro de 2007, inclui depósitos em conta-corrente e

aplicações financeiras, concedidos a título de garantia

vinculada com a emissão de títulos da dívida externa

de controladas, no montante de R$19,3 (R$34,6 em 31

de dezembro de 2006).

• Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes são registradas pelo valor

faturado incluindo os respetivos impostos.

AmBev Relatório Anual 2007 73

74

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante considerado suficiente pela

administração para cobrir as perdas prováveis na realização dos créditos, conforme apresentado na tabela abaixo:

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Saldo inicial 134,1 125,9 185,6 169,7

Constituição 75,1 51,2 100,5 78,6

Reversão/utilização (70,5) (43,0) (94,6) (61,5)

Variação cambial (*) - - (5,4) (1,2)

Saldo final 138,7 134,1 186,1 185,6

(*) Variação cambial relativa a provisão para devedores duvidosos das empresas internacionais.

• Estoques

Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras

ou da produção, ajustados, quando necessário, por provisão

para redução aos valores de realização.

O custo dos estoques inclui gastos incorridos na aquisição,

transporte e armazenagem dos estoques. No caso de

estoques acabados e estoques em elaboração, o custo inclui

as despesas gerais de fabricação baseadas na capacidade

normal de operação.

• Demais ativos

Os demais ativos circulantes e realizável a longo prazo

são apresentados ao valor de custo, incluindo, quando

aplicável, os rendimentos auferidos até a data do

encerramento do exercício. Se necessário, é constituída

provisão para redução aos valores de mercado.

d) Permanente

Os investimentos em controladas e em controladas em

conjunto são avaliados pelo método da equivalência

patrimonial e, em sua primeira avaliação, as práticas

contábeis adotadas são uniformizadas àquelas adotadas pela

Companhia. O valor contábil desses investimentos inclui

desdobramento dos custos de aquisição em valor

patrimonial, ágio ou deságio.

O ágio em investimentos, fundamentado na mais-valia do

imobilizado, é amortizado com base na expectativa de vida

útil do imobilizado da controlada, enquanto que o ágio

(deságio) atribuído à expectativa de resultados futuros é

amortizado no prazo máximo de dez anos e registrado na

rubrica "Outras despesas operacionais". O deságio em

investimento, atribuído a razões econômicas diversas,

somente será realizado na eventual alienação ou baixa

do investimento.

O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição e inclui

os juros incorridos no financiamento durante a fase de

construção de certos ativos assim qualificados. Os gastos com

manutenção e reparos, quando incorridos, são registrados

em contas de despesas. As perdas com a quebra de garrafas

e garrafeiras durante a produção são incluídas nos custos dos

produtos vendidos. Outras perdas na realização do ativo

imobilizado são tempestivamente avaliadas pela

administração da Companhia e, quando aplicável, uma

provisão é constituída para fazer face a tais riscos. A

depreciação é calculada pelo método linear, considerando a

vida útil-econômica dos ativos, às taxas anuais mencionadas

na Nota 6.

O intangível é demonstrado ao custo de aquisição e é

composto, principalmente, pelas áreas de distribuição de

ex-revendedores adquiridas pela Companhia, com intuito

de efetuar a venda e distribuição direta. A amortização é

calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas

na Nota 6, dentro dos limites de prazo estabelecidos

na legislação.

O ativo diferido é composto, principalmente, por gastos

incorridos durante a fase pré-operacional, ágio na

aquisição de controladas incorporadas pela Companhia e

gastos com implantação e ampliação (vide Nota 7). A

amortização do diferido é calculada pelo método linear, no

prazo máximo de dez anos, a partir do início das atividades

operacionais, quando relacionado a gastos na fase pré-

operacional e a partir do mês seguinte ao da incorporação,

quando referente a ágio.

e) Conversão das demonstrações contábeis das

controladas sediadas no exterior

As operações de malte localizadas na Argentina e Uruguai

têm como moeda funcional o dólar norte-americano, pois

suas receitas e seus fluxos de caixa estão atrelados

substancialmente a essa moeda. As demonstrações contábeis

das controladas sediadas no exterior são elaboradas com

base tanto na moeda local como na funcional.

Os ativos, passivos e patrimônio líquido das controladas

no exterior são convertidos para reais às taxas de câmbio

vigentes na data das demonstrações contábeis. Já as contas

do resultado são convertidas e mantidas em reais às taxas

médias de câmbio de cada mês.

A diferença entre o resultado líquido apurado às taxas

de câmbio vigentes na data das demonstrações contábeis

e aquele apurado às taxas médias de câmbio do período

é registrada na conta "Outras receitas operacionais".

Para conversão das demonstrações contábeis das controladas

no exterior, foi utilizada a paridade entre a moeda local e o

dólar americano (“US$”), conforme taxas abaixo

apresentadas. A taxa de conversão do dólar americano para

reais (“R$”) utilizada em 31 de dezembro de 2007 foi de

R$1,7713 (R$2,138 em 31 de dezembro de 2006).

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Moeda Denominação País Taxa inicial Taxa final

DOP Peso dominicano República Dominicana 33,7751 34,1666

GTQ Quetzal Guatemala 7,5962 7,6310

PEN Sol peruano Perú 3,1970 2,9940

VEB Bolívar Venezuela 2.150,00 2.150,00

ARS Peso Argentina 3,07 3,15

BOB Boliviano Bolívia 8,03 7,67

PYG Guarani Paraguay 5.173,04 4.849,90

UYU Peso uruguaio Uruguay 24,47 21,55

CLP Peso chileno Chile 534,43 495,82

Para a conversão das demonstrações contábeis da Labatt Canadá, foi utilizada a paridade do dólar canadense

(“CAD”) para reais de R$1,80561 em 31 de dezembro de 2007 (R$1,83582 em 31 de dezembro de 2006).

f) Passivos circulante e não-circulante

São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos

e variações monetárias incorridos até a data de encerramento das demonstrações contábeis.

g) Operações com derivativos de moedas e juros – Itens financeiros

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge da sua exposição consolidada de riscos

de moedas e juros. Em atendimento às normas da CVM, as operações "não designadas contabilmente" são mensuradas

ao menor valor entre o seu valor de custo, apurado com base nas condições contratuais entre a Companhia e terceiros

("curva do papel"), e o seu valor de mercado, e registradas contabilmente nas contas "Ganho sobre derivativos não

realizado" ou "Perda sobre derivativos não realizada". Para as operações designadas como hedge, a contabilização é

efetuada com base no custo amortizado. Os valores nominais das operações de forward e swap de moedas e juros não

são registrados no balanço patrimonial.

h) Operações com derivativos de moedas e commodities – Itens operacionais

A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de efetuar hedge de sua exposição consolidada de custos

de matérias-primas a serem adquiridas e despesas operacionais cujos preços estejam atrelados a oscilação de preços de

moedas e commodities.

Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como hedge, são mensurados ao valor

de mercado, diferidos e contabilizados no balanço patrimonial da Companhia em "Outros ativos e passivos", e

reconhecidos no resultado quando o objeto de hedge for reconhecido no resultado. No caso de matérias-primas,

o reconhecimento em resultado acontece quando houver a venda do produto, na conta "Custo dos produtos vendidos".

No caso de despesas, o resultado será reconhecido no momento em que a despesa for reconhecida no resultado, na

conta de “Despesas operacionais”.

i) Provisão para contingências e passivos associados

a questionamentos fiscais

A provisão para contingências é estabelecida por valores

atualizados monetariamente, referentes a questões

trabalhistas, tributárias, cíveis e comerciais em discussão nas

instâncias administrativas e judiciais, com base nas

estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores

jurídicos internos e externos da Companhia e suas

controladas, para os casos em que essas perdas são

consideradas prováveis.

As reduções de impostos, obtidas com base em decisões

judiciais resultantes de ações movidas pela Companhia e suas

controladas contra as autoridades tributárias, são objeto de

provisionamento até que sejam asseguradas por decisão em

última instância em favor da Companhia e suas controladas.

j) Subvenção para investimentos

A Companhia e suas controladas têm determinados

programas de incentivos fiscais estaduais na forma de

diferimento do pagamento de impostos, com reduções

parciais ou totais destes. Em alguns Estados, os prazos de

carência e as reduções não são condicionais.

Todavia, quando existentes, as condições referem-se a fatos

sob controle da Companhia. O benefício relativo à redução

no pagamento desses impostos é tratado como reserva para

subvenção de investimentos e registrado no patrimônio

líquido da Companhia e das suas controladas, com base no

regime de competência de registro desses impostos, ou no

momento em que as empresas cumprem com as principais

obrigações fixadas nos programas estaduais, para ter o

benefício concedido.

AmBev Relatório Anual 2007 75

76

Nas demonstrações contábeis da Companhia o benefício

referente às controladas é classificado em “Outras receitas

operacionais" e totalizou R$212,9 na controladora e R$226,5

no consolidado (R$160,0 e R$165,4, respectivamente, em

31 de dezembro de 2006).

k)Imposto sobre a renda e contribuição social

sobre o lucro líquido

O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro

líquido são calculados às alíquotas estabelecidas na legislação

aplicável. O encargo referente ao imposto de renda e a

contribuição social é registrado em regime de competência

de exercícios, com a adição do imposto de renda diferido

calculado sobre as diferenças temporárias entre as bases

contábeis e tributáveis de ativos e passivos.

Registra-se também o imposto de renda diferido ativo

correspondente ao benefício tributário futuro sobre prejuízos

fiscais e bases negativas de cálculo de contribuição social

caso haja expectativa de realização desses benefícios, no

prazo máximo de dez anos, com base em projeções de

resultados futuros.

l) Ativos e passivos atuariais relacionados a

benefícios a empregados

A Companhia e suas controladas reconhecem os ativos e

passivos atuariais relacionados a benefícios a empregados

de acordo com os critérios previstos na Deliberação CVM

n° 371, de 13 de dezembro de 2000.

Os ganhos e as perdas atuariais são reconhecidos como

receita ou despesa, tendo como base o valor dos ganhos

e perdas não reconhecidos que exceder, em cada período,

ao maior dos seguintes limites: (a) 10% do valor presente

da obrigação atuarial e (b) 10% do valor justo dos ativos

do plano, amortizado pelo tempo de serviço médio futuro

estimado para os participantes do plano.

m) Demonstrações contábeis consolidadas

As demonstrações contábeis consolidadas incluem as

demonstrações da Companhia e suas controladas diretas

e indiretas, conforme mencionado na Nota 5 (c) e (d).

As políticas contábeis foram aplicadas de forma uniforme em

todas as empresas consolidadas e consistentes com aquelas

utilizadas no exercício anterior.

Até agosto de 2006, a Companhia consolidava

proporcionalmente as demonstrações financeiras da Quinsa,

que a partir de setembro de 2006 passaram a ser

consolidadas integralmente.

Adicionalmente, a Companhia consolida os passivos líquidos

e resultados das empresas Agrega Inteligência em Compras

Ltda (“Agrega”) e Ice Tea do Brasil Ltda (“ITB”),

proporcionalmente à sua participação nas demonstrações

contábeis dessas empresas.

Em 31 de dezembro de 2007, o total de passivos líquidos

registrados na AmBev relativo a essas empresas somam

(R$2,1) e os resultados líquidos totalizam R$3,7 ((R$5,8)

e (R$3,4), respectivamente, em 31 de dezembro de 2006).

A Companhia também procedeu a consolidação das

demonstrações contábeis do fundo Taurus Investment SPC

(“Taurus”), um fundo de investimentos controlado direta

e integralmente através das controladas da Companhia.

Em 31 de dezembro de 2007 e de 2006, as transações do

fundo correspondiam, basicamente, à aplicações financeiras

e operações com instrumentos derivativos para mitigar a

exposição da Companhia às flutuações dos preços de

commodities, das taxas de juros e de moedas.

n) Transações com partes relacionadas

As transações com partes relacionadas são realizadas em

condições usuais de mercado e envolvem, entre outras

operações, a compra e a venda de matérias-primas como

malte, concentrados, rótulos, rolhas, garafas e produtos

acabados diversos.

Os contratos de mútuos firmados entre as controladas da

Companhia no Brasil têm prazo de vencimento

indeterminado e incidência de encargos financeiros de

mercado, exceto por alguns contratos com controladas

onde a Companhia detém a totalidade do capital, sobre

os quais não incidem encargos.

Os contratos envolvendo as controladas da Companhia

sediadas no exterior são geralmente atualizados

monetariamente pela variação do dólar norte-

americano, acrescidos de juros de até 10% ao ano.

o) Reclassificações

Com o objetivo de melhorar a apresentação

de determinados valores e transações em suas

demonstrações contábeis, bem como manter

a comparabilidade entre os períodos, a Companhia

procedeu às seguintes reclassificações, em 31

de dezembro de 2006: (i) de Resultado de equivalência

patrimonial para Outras receitas operacionais,

no montante de R$ 160,0 na Controladora, a parcela

relativa aos ganhos e acréscimos patrimoniais com o

objetivo de alinhar o tratamento dado no Consolidado;

(ii) complemento de reclassificação dos Depósitos judiciais

do ativo para o passivo, como redutor da conta Provisão

para contingências nos montantes de R$ 72,9 na

Controladora e R$ 84,3 no Consolidado; e (iii) de

Fornecedores para Dívidas com pessoas ligadas, relativo a

contas a pagar com a FAHZ e InBev, nos montantes de

R$1,4 e R$3,3, respectivamente.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

3. IMPOSTOS A RECUPERAR E IMPOSTOS A PAGAR

a) Composição dos impostos a recuperar - curto prazo e longo prazo:

Controladora Consolidado

Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo

2007 2006 2007 2006 2007 2006 2007 2006

IPI 16,1 31,9 - - 26,3 43,5 - -

ICMS 122,5 116,1 130,8 107,8 132,7 127,6 137,4 111,5

PIS / COFINS 48,5 49,5 29,8 8,5 57,9 55,5 30,8 9,0

IRRF 17,7 10,7 - - 35,1 27,8 - -

IRPJ / CSLL 294,9 197,5 6,3 6,1 372,3 328,3 14,7 14,2

Outros impostos 14,4 13,5 17,7 17,6 14,7 14,0 24,4 24,2

Impostos unidades exterior - - - - 100,3 91,0 - -

TOTAL 514,1 419,2 184,6 140,0 739,3 687,7 207,3 158,9

AmBev Relatório Anual 2007 77

b) Composição dos impostos a pagar - curto prazo:

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

IPI 73,2 77,3 77,0 79,5

ICMS 622,5 561,7 643,0 577,3

PIS / COFINS 16,1 26,4 18,8 27,0

IRRF 7,6 2,6 8,6 3,1

Outros impostos nacionais 32,0 36,2 55,5 58,6

Impostos unidades exterior - - 458,1 493,5

TOTAL 751,4 704,2 1.261,0 1.239,0

Abreviaturas utilizadas:

IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

PIS – Programa de Integração Social

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social

IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

78

4. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

Saldos em 31 de dezembro de 2007 Transações ocorridas em 2007Créditos Contratos Contratos Resultado

com Contas de mútuos de mútuos Vendas financeiroEmpresas Controladas a pagar a receber a pagar líquidas líquidoAmBev (*) 880,8 (1.602,4) 59,5 (985,7) 454,1 (202,2)AmBev International 261,3 - - - - 1,5Arosuco 0,1 (73,7) - - 652,6 -Aspen - - 87,7 (220,2) - (11,8)Brahmaco 0,9 (0,9) 218,4 (211,1) - 0,7Brahma Venezuela 1,2 (22,6) 70,9 - - (4,1)Cintra 0,5 (1,2) - (2,7) 31,2 -CRBS S.A. 122,7 - 0,2 (24,9) - -Cympay 68,5 (32,7) 1,4 - 102,6 1,9Dunvegan S.A. 108,7 (0,9) 360,8 (719,0) - (28,8)Eagle - (868,0) 0,2 (2,6) - -Fratelli Vita 3,7 (2,4) 266,2 (90,0) 54,5 (15,4)Goldensand - - - (86,2) - (7,4)Jalua Spain S.L. - - 430,2 (544,3) - 27,1Labatt Canadá 1,1 (5,0) - (0,3) 13,0 -Malteria Uruguai S.A. 104,1 (79,1) - - 302,4 (8,2)Malteria Pampa S.A. 71,5 (40,4) 0,5 - 142,6 -Monthiers 546,6 - 1.459,0 - - 313,2Quinsa - (3,9) - - 17,6 -Skol - - 0,2 (18,5) - -Taurus Investments 588,3 - - - - (74,6)Outras nacionais - (19,8) 80,0 (104,7) 9,4 5,7Outras internacionais 5,4 (15,9) - (21,0) - 1,7TOTAL 2.765,4 (2.768,9) 3.035,2 (3.031,2) 1.780,0 (0,7)

Saldos em 31 de dezembro de 2006 Transações ocorridas em 2006Créditos Contratos Contratos Resultado

com Contas de mútuos de mútuos Vendas financeiroEmpresas Controladas a pagar a receber a pagar líquidas líquidoAmBev (*) 791,5 (1.678,2) 73,1 (1.451,8) 398,3 (76,6)Arosuco 8,6 (0,3) 471,0 (0,4) 549,1 0,3Aspen - - 327,7 (471,1) - 0,7Brahmaco 1,1 (1,1) 252,7 (244,6) - (0,1)Brahma Venezuela 0,3 (14,5) 81,0 - 74,6 (1,7)CRBS S.A. 122,7 - 0,2 (22,6) - -Cympay 76,8 - 1,5 - 98,1 0,2Dunvegan S.A. 131,2 (1,1) 643,7 (1.065,7) - 88,6Eagle - (868,1) 0,2 (2,0) - -Fratelli Vita 4,0 (6,0) 230,2 (80,3) 21,6 (17,1)Jalua Spain S.L. - - 529,6 (616,9) - 46,1Labatt Canadá 1,1 (10,0) - - - -Malteria Uruguai S.A. 33,3 (34,2) - - 135,3 -Malteria Pampa S.A. 12,0 (0,1) 0,4 - 118,7 -Monthiers 698,8 - 1.495,3 - - (27,0)Quinsa 3,0 (1,3) - - 14,8 -Skol - - - (18,6) - -Taurus Investments 738,3 - - - - (9,7)Outras nacionais 6,9 (5,6) 72,3 (176,7) 1,5 (1,6)Outras internacionais 1,4 (6,4) - (24,2) - (1,0)TOTAL 2.631,0 (2.626,9) 4.178,9 (4.174,9) 1.412,0 1,1(*) A AmBev possui valores em “Contas a receber e a pagar” com suas acionistas FAHZ e InBev, cujas demonstrações contábeis não integram as informações consolidadas

da Companhia, portanto, os saldos não foram eliminados.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Denominações utilizadas:

AmBev International Finance Co. Ltd. (“AmBev International”)

Arosuco Aromas e Sucos Ltda (“Arosuco”)

Aspen Equities Corporation (“Aspen”)

Brahmaco International Limited (“Brahmaco”)

Cerveceria y Maltería Paysandú (“Cympay”)

Cervejarias Reunidas Skol-Caracu S.A. (“Skol”)

Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda. (“Cintra”)

Compañia Brahma Venezuela S.A (“Brahma Venezuela”)

Eagle Distribuidora de Bebidas S.A. (“Eagle”)

Fratelli Vita Bebidas S/A (“Fratelli Vita”)

InBev NV/SA (“InBev”)

Fundação Antônio e Helena Zerrenner – Instituição

Nacional de Beneficência (“FAHZ”)

5. PARTICIPAÇÃO EM CONTROLADAS DIRETAS

a) Movimentação da participação em controladas diretas, incluindo ágio e deságio

Participação em controladas Ágio Total

Saldo em 31 de dezembro de 2005 19.619,4 14,6 19.634,0

Equivalência patrimonial (i) 143,3 - 143,3

Reversão de provisão para perdas sobre investimento 12,4 - 12,4

Amortização do ágio - (107,5) (107,5)

Perda de participação em controlada (0,7) - (0,7)

Dividendos recebidos e a receber (1.060,9) - (1.060,9)

Variação cambial em controlada no exterior (17,9) - (17,9)

Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas 160,0 - 160,0

Aporte de capital Agrega 2,2 - 2,2

Redução de capital Anep (300,0) - (300,0)

Aquisição de investimentos (Nota 1 (b)(v)) 407,7 2.331,1 2.738,8

Saldo em 31 de dezembro de 2006 18.965,5 2.238,2 21.203,7

Equivalência patrimonial (i) (139,2) - (139,2)

Reversão de provisão para perdas sobre investimento 3,4 - 3,4

Transferência de ágio por incorporação da BAH para o Ativo Diferido - (2.136,8) (2.136,8)

Aquisição Goldensand (505,5) 548,7 43,2

Amortização do ágio - (122,8) (122,8)

Recálculo ágio s/aquisição Goldensand (Nota 1 (b)(iii)) 185,6 (185,6) -

Dividendos recebidos e a receber (963,4) - (963,4)

Variação cambial em controlada no exterior (88,3) - (88,3)

Ganhos e acréscimos patrimoniais sobre controladas 212,9 - 212,9

Alienação de Investimentos ( v ) (790,0) - (790,0)

Incorporação Miranda Correa (46,3) - (46,3)

Transferência de ágio por incorporação da Miranda Correa para o Ativo Diferido - (2,5) (2,5)

Aporte de capital (iii) 73,1 - 73,1

Redução de capital (ii) (156,5) - (156,5)

Ganho de participação em controladas (iv) 1,7 - 1,7

Saldo em 31 de dezembro de 2007 16.753,0 339,1 17.092,1

Em 31 de dezembro de 2007, o saldo de Participações em controladas inclui o saldo de Provisão para passivo a descoberto na Goldensand no valor

de R$ 244,0 registrado, na Controladora, no Exigível a longo prazo.

(i) Esse resultado contempla a amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá no montante de R$1.129,4 (R$969,8, em 31 de dezembro de 2006);

(ii) Redução de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Fratelli Vita.

(iii) Aporte de capital efetuado na controlada em conjunto Agrega e na controlada Goldensand.

(iv) Ganho decorrente da variação de percentual nas controladas CRBS e Fratelli Vita.

(v) Alienação dos investimentos Miranda Correa, CRBS e Skol.

AmBev Relatório Anual 2007 79

80

b) Ágio e deságio - Consolidado

Amortização 2007 2006

Custo Acumulada Valor residual Valor residual

Ágio

Labatt Canadá 16.383,3 (3.134,2) 13.249,1 14.378,6

Lakeport (iii) 371,8 (27,9) 343,9 -

Quinsa 1.029,9 (521,5) 508,4 635,4

QIB 93,4 (43,4) 50,0 59,8

BAH (i) - - - 2.233,9

Goldensand (ii) 363,1 (24,2) 338,9 -

Cintra (ii) 13,1 (0,9) 12,2 -

Cympay 26,6 (18,7) 7,9 10,3

Embodom 224,1 (82,7) 141,4 163,5

Malteria Pampa 28,1 (26,1) 2,0 4,8

Indústrias Del Atlântico 5,0 (2,0) 3,0 3,6

Miranda Correa (i) - - - 3,1

AmBev Ecuador 0,8 - 0,8 -

Subsidiárias Labatt Canadá 2.983,3 (2.955,5) 27,8 29,8

Subsidiárias da Quinsa 783,4 (475,4) 308,0 475,7

22.305,9 (7.312,5) 14.993,3 17.998,5

Deságio

AmBev Ecuador (18,6) 8,2 (10,3) (12,3)

22.287,3 (7.304,3) 14.983,0 17.986,2

(i) Com a incorporação das controladas BAH e Miranda Correa, o saldo residual do ágio, fundamentado na expectativa de resultados futuros, foi

reclassificado para o grupo de diferido (vide Nota 7).

(ii) Vide Nota 1 (b) (iii).

(iii) Vide Nota 1 (b) (ii).

Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia apresenta no seu balanço (Controladora) o saldo residual de ágio no montante de R$339,1 (R$2.238,2

em 31 de dezembro de 2006), nas seguintes controladas: R$338,9 e R$0,2, na Goldensand e Malteria Pampa, respectivamente.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

c) Informações sobre controladas diretas

Em 31 de dezembro de 2007

Resultado Resultado de

Patrimônio do período Investimento Equivalência

Controlada Participação % Líquido ajustado (i) Patrimonial (i)

Agrega 50,00 7,1 7,0 3,6 3,5

AmBev Bebidas (ii) 99,50 253,9 13,6 252,6 13,6

AmBev International 100 1,3 1,3 1,3 1,3

Anep 100 102,2 31,0 102,2 31,0

Arosuco 99,70 624,3 356,1 585,0 349,1

BAH (iii) - - 56,6 - 56,6

BSA Bebidas 100 10,3 - 10,3 -

CRBS (v) - - - - 2,1

Dahlen 100 38,3 (1,9) 38,3 (1,9)

Eagle 99,96 1.835,6 (380,7) 1.835,1 (380,6)

Fazenda do Poço 91,41 0,6 - 0,6 -

Fratelli Vita 77,97 428,6 86,6 331,8 65,1

Goldensand 100,0 (244,0) 3,4 - -

Hohneck 50,69 983,9 (101,4) 498,8 (51,3)

Labatt ApS 99,99 12.447,6 (363,2) 12.447,4 (363,1)

Lambic Holding 87,10 353,6 48,0 308,0 41,8

Malteria Pampa 60,00 181,4 59,7 103,4 39,3

Miranda Correa (iv) - - - - 17,9

Quinsa 34,53 1.386,1 394,8 478,6 80,3

Skol (v) - - - - (43,9)

16.997,0 (139,2)

Em 31 de dezembro de 2006

Resultado Resultado de

Patrimônio do período Investimento Equivalência

Controlada Participação % Líquido ajustado (i) Patrimonial (i)

Agrega 50,00 0,1 (4,5) - (2,2)

AmBev Bebidas (ii) 99,50 240,2 (2,5) 239,0 (2,4)

Anep 100 115,3 19,8 115,3 19,7

Arosuco 99,70 457,4 294,9 424,5 291,0

BAH (iii) 100 448,6 48,0 448,6 48,0

BSA Bebidas 100 10,3 - 10,3 -

CRBS (v) 99,65 179,2 1,9 178,5 1,9

Dahlen 100 40,2 8,6 40,3 8,6

Eagle 99,96 2.216,3 (159,8) 2.215,7 (159,0)

Fazenda do Poço 91,41 0,6 (3,2) 0,6 (2,9)

Fratelli Vita 77,84 491,4 64,0 382,5 49,8

Honeck 50,69 1.085,3 (80,1) 550,2 (40,6)

Labatt ApS 99,99 13.279,1 (142,1) 13.278,9 (142,0)

Lambic Holding 87,10 305,6 55,6 266,2 48,4

Malteria Pampa 60,00 196,5 43,6 117,9 26,1

Miranda Correa (iv) 100 43,5 32,1 43,5 32,1

Skol (v) 99,96 653,8 (33,2) 653,5 (33,2)

18.965,5 143,3

(i) Alguns valores podem não corresponder diretamente aos percentuais de participação devido aos lucros não realizados entre empresas do grupo.

(ii) Nova denominação social da empresa Pepsi-Cola Engarrafadora Ltda.

(iii) Empresa incorporada pela AmBev em 29 de junho de 2007.

(iv) Empresa incorporada pela AmBev Bebidas em 30 de novembro de 2007.

(v) Vide Nota 5 (a) (v).

AmBev Relatório Anual 2007 81

82

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

d) Principais participações indiretas relevantes em controladas:

Total de participação

indireta - %

Denominação 2007 2006

Exterior

Quinsa 91,36 91,36

Jalua Spain S.L. 100,00 100,00

Monthiers 100,00 100,00

Aspen 100,00 100,00

6. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL

a) Composição

Controladora

2007 2006

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de

Custo acumulada residual residual depreciação (i)

Imobilizado

Terrenos 94,4 - 94,5 92,0 -

Prédios e construções 1.440,8 (747,3) 693,5 589,8 4,0%

Máquinas e equipamentos 4.112,1 (3.158,8) 953,3 577,2 10,0%

Bens/equipamentos de uso externo 1.368,4 (727,1) 641,3 619,4 20,0%

Outros imobilizados 53,3 (38,0) 15,2 15,0 19,84%(ii)

Imobilizado em andamento 209,1 - 209,1 371,7 -

7.278,1 (4.671,2) 2.606,9 2.265,1 -

Intangível 1.209,1 (880,6) 328,5 346,5 20,0%

Consolidado

2007 2006

Depreciação Valor Valor Taxas anuais de

Custo acumulada residual Residual depreciação (i)

Imobilizado

Terrenos 284,7 - 284,7 324,8 -

Prédios e construções 2.814,5 (1.348,6) 1.465,9 1.424,5 4,0%

Máquinas e equipamentos 8.841,1 (6.528,9) 2.312,2 2.052,9 10,0%

Bens/equipamentos de uso externo 2.298,1 (1.285,3) 1.012,8 1.012,8 20,0%

Outros imobilizados 309,9 (220,0) 89,9 45,2 19,98%(ii)

Imobilizado em andamento 427,8 - 427,8 478,7 -

14.976,1 (9.382,8) 5.593,3 5.338,9 -

Intangível 1.342,0 (953,8) 388,2 385,0 20,0%

(i) As taxas podem ter acréscimo de 50% a 100% em decorrência do número de turnos de produção no qual o bem é utilizado

(ii) Taxa média ponderada de depreciação em 31 de dezembro de 2007 e 2006.

A Companhia e suas controladas mantêm bens do ativo imobilizado destinados à venda, em 31 de dezembro de 2007, no valor residual de R$68,2

na Controladora e R$103,0 no Consolidado (R$82,9 e R$86,0 na Controladora e no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006),

que estão classificados no realizável a longo prazo, já deduzido da provisão para perda potencial na realização, no montante de R$36,2 na Controladora

e R$37,4 no Consolidado (R$48,2 na Controladora e R$50,4 no Consolidado, respectivamente, em 31 de dezembro de 2006).

b) Bens dados em garantia

Em razão de empréstimos bancários assumidos pela Companhia e suas controladas, em 31 de dezembro de 2007, existem bens móveis e imóveis, cujo

saldo líquido contábil, no montante de R$608,8 (R$454,3 em 31 de dezembro de 2006), foram conferidos como garantias de empréstimos bancários.

Tal restrição não impacta o uso desses bens e as operações da Companhia.

7. DIFERIDO

Controladora

2007 2006

Amortização Valor Valor

Custo acumulada residual residual

Gastos pré-operacionais 204,0 (146,6) 57,4 39,4

Gastos com implantação e ampliação 48,3 (45,6) 2,7 3,8

Ágios – rentabilidade futura (i):

BAH 2.331,1 (416,4) 1.914,8 -

CBB 702,8 (595,0) 107,8 178,0

Astra 109,1 (54,5) 54,6 67,0

Miranda Correa 5,5 (3,0) 2,5 -

Outros ágios 44,0 (31,6) 12,4 20,2

Outras despesas diferidas 123,3 (98,4) 24,9 45,0

3.568,1 (1.391,0) 2.177,1 353,4

Consolidado

2007 2006

Amortização Valor Valor

Custo acumulada residual residualGastos pré-operacionais 286,9 (195,7) 91,2 92,0

Gastos com implantação e ampliação 53,7 (49,0) 4,7 5,8

Ágios – rentabilidade futura (i):

BAH 2.331,1 (416,4) 1.914,7 -

CBB 702,8 (595,0) 107,8 178,0

Astra 109,1 (54,5) 54,6 67,0

Miranda Correa 5,5 (3,0) 2,5 -

Outros ágios 44,0 (31,6) 12,4 20,5

Outras despesas diferidas 162,5 (126,8) 35,7 65,7

3.695,6 (1.472,0) 2.223,6 429,0

(i) Os ágios reclassificados para o diferido (decorrentes de controladas incorporadas) são fundamentados nas projeções de resultados futuros das

operações que sustentaram sua geração.

AmBev Relatório Anual 2007 83

84

8. EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES

Taxa Controladora

Vencimento Média Circulante Longo prazo

Modalidade e finalidade final Ponderada Moeda 2007 2006 2007 2006

Em reais

Incentivos fiscais de ICMS Dez/2017 3,34% R$ 45,4 102,4 169,6 160,5

Investimentos no permanente Dez/2011 TJLP + 3,86% R$ 163,4 167,1 194,8 331,7

Capital de Giro Jan/2008 103,50% CDI R$ 46,8 - - -

Credito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ - - 85,3 -

Credito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ - - 391,4 -

Em moeda estrangeira

Capital de giro Jan/2008 6,47% USD 24,8 - - -

Capital de giro Jan/2008 5,26% EUR 438,8 - - -

Capital de giro Mar/2008 2,18% YEN 379,0 901,0 - -

Financiamento de importação Mar/2008 5,80% USD 50,7 - - -

Bond 2011 Dez/ 2011 10,50% USD 4,6 5,5 885,6 1.069,0

Bond 2013 Set/ 2013 8,75% USD 26,8 32,4 885,6 1.069,0

Investimentos no permanente Jan/ 2011 9,89% UMBNDES 20,9 31,4 21,2 45,3

Total empréstimos e financiamentos 1.201,2 1.239,8 2.633,5 2.675,5

Debêntures 2009 (Nota 8 (f)) Jul/ 2009 101,75% CDI R$ 21,9 25,9 817,0 817,0

Debêntures 2012 (Nota 8 (f)) Jul/ 2012 102,50% CDI R$ 33,6 40,0 1.248,1 1.248,1

Total debêntures 55,5 65,9 2.065,1 2.065,1

Total 1.256,7 1.305,7 4.698,6 4.740,6

Taxa Consolidado

Vencimento Média Circulante Longo prazo

Modalidade e finalidade final Ponderada Moeda 2007 2006 2007 2006

Em reais

Incentivos fiscais de ICMS Dez/2017 3,34% R$ 45,5 103,6 174,1 161,9

Investimentos no permanente Dez/2011 TJLP + 3,86% R$ 190,6 167,1 204,3 331,7

Capital de Giro Jan/2012 14,28% R$ 74,6 63,8 1.190,9 619,5

Crédito Agroindustrial Dez/2009 94,00% CDI R$ - - 85,3 -

Crédito Agroindustrial Abr/2009 TR + 9,00% R$ - - 391,3 -

Bond 2017 (Nota 8 (g)) Jul/2017 9,50% R$ 12,3 - 300,0 -

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Taxa Consolidado

Vencimento Média Circulante Longo prazo

Modalidade e finalidade final Ponderada Moeda 2007 2006 2007 2006

Em moeda estrangeira

Capital de giro Set/2011 6,34% USD 84,6 118,2 46,5 94,1

Capital de giro Jan/2008 5,26% EUR 438,8 - - -

Capital de giro Mar/2008 2,18% YEN 379,1 901,0 - -

Capital de giro Out/2012 BA + 0,35% CAD - 16,0 325,0 605,8

Capital de giro Jan/2008 12,60% ARS 36,3 37,8 - -

Capital de giro Fev/2008 8,34% UYU 4,6 10,9 - -

Capital de giro Set/2008 12,02% VEB 117,6 57,9 - 87,4

Capital de giro Dez/2008 7,69% DOP 103,4 80,6 - 10,0

Capital de giro Ago/2011 7,59% GTQ 16,0 19,4 35,9 44,8

Capital de giro Out/2010 6,60% PEN 85,3 49,3 114,5 183,9

Capital de giro Nov/2008 6,88% BOB 28,7 22,7 - -

Bond 2011 Dez/2011 10,50% USD 4,6 5,5 885,6 1.069,0

Bond 2013 Set/2013 8,75% USD 26,8 32,4 885,6 1.069,0

Financiamento de importação Out/2011 5,49% USD 101,4 41,9 3,5 8,1

Investimento no permanente Mar/2012 7,28% USD 68,8 149,6 227,6 379,4

Investimento no permanente Jun/2012 10,25% DOP 9,6 - 36,3 62,0

Investimento no permanente Nov/2008 12,10% ARS 132,9 106,3 - 19,4

Investimento no permanente Jan/2011 9,89% UMBNDES 20,9 31,3 21,1 45,4

Notes – Série A (Nota 8 (d) ii) Jul/ 2008 6,56% USD 287,1 - - 345,1

Notes – Série B (Nota 8 (d) ii) Jul/ 2008 6,07% CAD 90,3 - - 91,8

Sênior Notes – BRI (Nota 8 (d)) Dez/ 2011 7,50% CAD - - 160,3 163,0

Outros Mar/2012 12,17% ARS 8,9 4,5 12,0 5,3

Outros Jun/2008 5,19% PYG 49,2 - - -

Outros Dez/2016 5,88% USD 2,9 18,9 211,0 0,3

Total empréstimos e financiamentos 2.420,8 2.038,7 5.310,8 5.396,9

Debêntures 2009 (Nota 8 (f)) Jul/2009 101,75% CDI R$ 21,9 25,9 817,1 817,1

Debêntures 2012 (Nota 8 (f)) Jul/2012 102,50% CDI R$ 33,6 40,0 1.248,0 1.248,0

Total debêntures 55,5 65,9 2.065,1 2.065,1

Total 2.476,3 2.104,6 7.375,9 7.462,0

Abreviaturas utilizadas:

• EUR – Euro Com. Européia

• YEN – Iêne Japonês

• ARS – Peso Argentino

• BOB – Peso Boliviano

• UYU – Peso Uruguaio

• PYG – Guaranis Paraguaios

• BA – Bankers Acceptance – Correspondente a 4,786 % a.a. em 31.12.07

• TJLP - Taxa de Juros a Longo Prazo – correspondente 6,25% a.a. em 31.12.07

• CDI – Certificado de Depósito Interbancário – correspondente a 11,12% a.a em 31.12.07

• UMBNDES – Taxa incidente sobre financiamentos do BNDES atrelados a Cesta de Moedas

AmBev Relatório Anual 2007 85

86

a) Garantias

Os empréstimos e financiamentos tomados para ampliação, construção de fábricas e aquisição de equipamentos estão garantidos por hipoteca dos

imóveis das fábricas e alienação fiduciária de equipamentos. Vide Nota explicativa 6 (b).

As subsidiárias da AmBev, com exceção das operações da Labatt e Quinsa, possuem contratos de dívidas e compras de matérias primas garantidas

por avais ou fianças da AmBev.

b) Vencimentos

Em 31 de dezembro de 2007, os empréstimos, os financiamentos e debêntures a longo prazo vencem conforme demonstrado a seguir:

Controladora Consolidado

2009 1.403,1 1.495,8

2010 105,4 248,9

2011 896,7 1.803,3

2012 1.248,0 2.271,7

2013 em diante 1.045,3 1.556,2

4.698,5 7.375,9

c) Incentivos fiscais de ICMS

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Passivo circulante

Financiamentos 45,4 102,4 45,5 103,6

Diferimento de impostos sobre vendas 22,4 16,5 24,1 16,5

Passivo não circulante

Financiamentos 169,6 160,5 174,1 161,9

Diferimento de impostos sobre vendas 450,2 405,7 617,4 405,7

Os saldos classificados em financiamentos referem-se a programas oferecidos por determinados Estados, pelos quais o pagamento de uma porcentagem do

ICMS devido é financiado pelo agente financeiro ligado ao Estado, em média, por um período de seis anos a partir da data do vencimento original do ICMS.

Os demais saldos referem-se a diferimento financiado do ICMS devido, por prazos de até doze anos, como parte de programas de incentivo à indústria. As

porcentagens diferidas podem ser fixas ao longo do programa ou variar regressivamente, desde 75% no primeiro ano a 40% no último ano, sendo os valores

diferidos indexados parcialmente por 60% até 80% de um índice geral de preços. A parcela do diferimento de imposto sobre vendas está classificada no

passivo circulante, na rubrica "Demais tributos e contribuições a recolher".

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

d) Labatt Canadá

(i) Capital de giro

Em 26 de junho de 2006, foi contratado um empréstimo de R$717,2 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 15,88% ao ano e data de vencimento

do principal em 20 de junho de 2011.

Em 14 de janeiro de 2007, foi contratado um empréstimo de R$473,7 com amortizações de juros semestrais à taxa fixa de 12,13% ao ano e data de

vencimento do principal em 18 de janeiro de 2012.

(ii) Senior notes

Em 23 de julho de 1998, a Labatt Canadá firmou um contrato para empréstimo de US$162 milhões, representado por Notas Bancárias da Série A (Notes

– Serie A), e de CAD$50 milhões, em Notas Bancárias da Série B (Notes – Serie B), contratados de um grupo de investidores institucionais. As Notas estão

sujeitas às seguintes taxas fixas de juros: (a) 6,56% ao ano, sobre a parte em dólares norte-americanos; e (b) 6,07% ao ano, sobre a parte em dólares

canadenses.

Em 15 de junho de 2001, a Brewers Retail Inc (“BRI”), empresa consolidada proporcionalmente pela Labatt Canadá, firmou um contrato para

empréstimo de CAD$200 milhões, através de Senior Notes (“Senior Notes – BRI”), com um grupo de investidores institucionais.

e) Cláusulas contratuais

Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas atendem os compromissos contratuais de suas operações significativas de empréstimos

e financiamentos, ou possuem uma concordância da contra-parte em relação a eventual desenquadramento.

f) Debêntures

Em 1º julho de 2006, a Companhia efetuou emissão de duas séries de debêntures simples e não conversíveis em ações, sendo a primeira série

(“Debênture 2009”) no montante equivalente a R$817,0, com incidência de juros de 101,75% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir

de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2009, e a segunda série (“Debênture 2012”) no montante equivalente a R$1.248,0, com

incidência de juros de 102,50% do CDI ao ano, amortizados trimestralmente a partir de 1º de outubro de 2006, e vencimento final em julho de 2012.

Os recursos obtidos com a emissão das debêntures foram utilizados para pagamento da aquisição das ações de titularidade da BAC de emissão da

Quinsa.

g) Bond 2017

Em 24 de julho de 2007, a AmBev através de sua subsidiária integral AmBev International Finance Co. Ltd (“AmBev International”), emitiu R$300,0

(“Bond 2017”) em títulos denominados em reais com juros fixos de 9,50% ao ano amortizados semestralmente e vencimento em 24 de julho de 2017.

Estes títulos serão total e incondicionalmente garantidos pela AmBev. Os pagamentos de juros e principal serão em dólares norte-americanos, de acordo

com a taxa de câmbio da data do respectivo pagamento.

AmBev Relatório Anual 2007 87

88

9. CONTINGÊNCIAS

Controladora

2007 2006

Provisões Depósito Provisões Provisões

Judicial Líquidas Líquidas

PIS e COFINS 40,4 (40,4) - -

ICMS e IPI 168,5 (1,6) 166,9 158,3

IRPJ e CSLL 56,4 (0,4) 56,0 46,9

Trabalhistas 208,7 (129,6) 79,1 85,9

Outros 90,9 (6,3) 84,6 130,6

Total 564,9 (178,3) 386,6 421,7

Consolidado

2007 2006

Provisões Depósito Provisões Provisões

Judicial Líquidas Líquidas

PIS e COFINS 70,6 (53,9) 16,7 14,4

ICMS e IPI 430,9 (1,5) 429,4 177,5

IRPJ e CSLL 80,4 (0,4) 80,0 67,1

Trabalhistas 273,2 (135,3) 137,9 135,1

Outros 152,6 (8,2) 144,4 184,8

Total 1.007,7 (199,3) 808,4 579,1

Controladora

Atualização

Saldo em monetária Saldo em

2006 Adições Reversões Pagamentos e cambial 2007

PIS e COFINS 72,9 - (35,1) - 2,6 40,4

ICMS e IPI 168,9 28,5 (54,2) (6,5) 31,8 168,5

IRPJ e CSLL 47,2 0,6 (1,5) (0,1) 10,2 56,4

Trabalhistas 187,8 103,9 (31,8) (51,1) - 208,7

Outros 141,2 26,5 (17,7) (63,4) 4,2 90,9

Total contingências 618,0 159,5 (140,3) (121,1) 48,8 564,9

(-) Depósitos judiciais (196,3) (56,8) 71,9 13,1 (10,2) (178,3)

Total contingências, líquido 421,7 102,7 (68,4) (108,0) 38,6 386,6

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Consolidado

Atualização

Saldo em monetária Saldo em

2006 Adições Reversões Pagamentos e cambial 2007

PIS e COFINS 98,6 7,2 0,6 (41,2) - 5,3 70,5

ICMS e IPI 188,2 239,7 41,7 (63,4) (12,3) 37,0 430,9

IRPJ e CSLL 67,5 - 6,6 (7,9) (0,2) 14,4 80,4

Trabalhistas 245,5 0,7 149,5 (59,5) (61,7) (1,2) 273,3

Outros 196,8 3,4 75,8 (44,1) (77,0) (2,3) 152,6

Total contingências 796,6 251,0 274,2 (216,0) (151,2) 53,2 1.007,7

(-) Depósitos judiciais (217,5) (1,0) (58,0) 77,2 13,6 (13,6) (199,3)

Total contingências, líquido 579,1 250,0 216,2 (138,9) (137,6) 39,6 808,4

Natureza dos principais passivos associados a questionamentos fiscais e provisões para contingências:

a) PIS e COFINS

A Companhia e suas controladas propuseram ações específicas com a finalidade de garantir o direito de recolhimento de PIS e COFINS sobre o

faturamento, desonerando-a do recolhimento dessa contribuição sobre outras receitas nos termos previstos da Lei 9718/98.

Com o advento e promulgação da Lei nº 10.637/02 e Lei no 10.833/03, a Companhia e suas controladas passaram a recolher a referida contribuição

nos moldes previstos na legislação em vigor.

Algumas ações foram julgadas de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal e as provisões relativas a estes processos já solucionados foram

revertidas quando do trânsito em julgado.

b) ICMS e IPI

A Companhia possui diversos processos administrativos e judiciais referentes aos tributos de ICMS e IPI. Estes processos apresentam vários motivos, dentre os

quais compensações, cumprimento de liminares judiciais para não recolhimento de imposto, creditamentos, entre outros.

Os valores de contingências referentes a ICMS e IPI tiveram um sensível aumento após a aquisição de Cintra.

c) Trabalhistas

A Companhia e suas controladas estão envolvidas em aproximadamente 4.100 processos trabalhistas, considerados como prováveis de perda, com

ex-empregados, relacionados, principalmente, com horas extras, demissões, verbas rescisórias e benefícios, entre outros.

d) Outros processos

A Companhia e suas controladas receberam autos de infração e/ou NFLDs movidas pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS. Estes processos

questionam, entre outros assuntos, a incidência da contribuição sobre os pagamentos de PLR, bem como a retenção desta sobre pagamentos à

fornecedores de serviços.

AmBev Relatório Anual 2007 89

90

A Companhia e suas controladas estão envolvidas em alguns processos impetrados por ex-distribuidores cujos contratos foram rescindidos. A maior

parte destas ações está sendo julgada em primeira instância e apenas algumas estão nas cortes superiores.

A Companhia e suas controladas mantém ainda em andamento outros processos cuja materialização, na avaliação dos seus consultores jurídicos, é

possível de perda, mas não provável. Para estes processos abaixo demonstrados, a administração da Companhia entende não ser necessária a

constituição de provisão para eventual perda:

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

PIS e Cofins 236,1 224,7 289,8 277,0

ICMS e IPI 644,3 823,4 768,3 973,3

IRPJ e CSLL 524,9 421,4 3.319,0 3.051,3

Trabalhistas 84,9 105,6 95,7 118,9

Cíveis 192,0 944,1 239,3 998,5

Outros 234,6 396,6 317,8 457,5

Total 1.916,8 2.915,8 5.029,9 5.876,5

Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas não possuem contingências de natureza ativa cuja probabilidade de ganho seja provável

para serem divulgadas.

a) Lucros auferidos no exterior

Durante 2004 e 2005, a Companhia e suas controladas receberam autuações, relacionadas com o entendimento das autoridades fiscais acerca da legislação

brasileira que trata da tributação no Brasil de lucros obtidos por controladas ou coligadas estabelecidas fora do país.

Baseada na opinião de seus consultores jurídicos, a administração da Companhia entende que tais autuações foram efetuadas com base em uma análise

equivocada da legislação acima referida porque, dentre outros pontos: (i) considera hipótese de disponibilização que não existia na legislação vigente no

período referente à autuação; (ii) desconsidera a existência de tratado para evitar dupla tributação, firmado entre Brasil e Espanha; e (iii) por equívoco na

apuração dos valores supostamente devidos.

A Companhia, baseada na opinião de seus consultores jurídicos, não efetuou provisionamento em relação a essas autuações fiscais, as quais totalizam

R$4.443,7 em 31 de dezembro de 2007. Considerando esses fatores, bem como o fato do assunto em questão ainda não ter sido objeto de apreciação

em última instância por parte do Poder Judiciário, a Companhia, baseada na opinião de seus consultores juridicos, considerou que o montante de

R$3.014,9 envolve uma probabilidade de perda possível, enquanto que o montante de R$1.428,8 representa probabilidade remota de perda.

b) Labatt Canadá

Alguns produtores de cerveja e bebidas alcoólicas dos Estados Unidos, Canadá e Europa, foram envolvidos em ações coletivas de perdas e danos

impetradas sob a alegação de marketing de bebidas alcoólicas para consumidores menores de idade. A Labatt Canadá foi envolvida em três dessas

ações, e para duas dessas ações foi excluída do pólo passivo. A Labatt Canadá continuará vigorosamente defendendo essas ações, sendo que nesse

momento não é possível estimar a probabilidade de perda ou estimar o seu montante.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Adicionalmente, a Labatt Canadá foi autuada pelo Governo Canadense em relação à taxa de juros, débitos, honorários e outras transações com partes

relacionadas que foram praticadas no passado.

O valor da exposição pode chegar a CAD$ 230,0, equivalente a R$415,3 em 31 de dezembro de 2007 (CAD$200,0, equivalente a R$367,2 em 31 de

dezembro de 2006). Caso a Labatt Canadá seja obrigada a pagar esse montante, CAD$120,0 será reembolsado pela InBev, equivalente a R$216,7,

sendo que o restante, totalizando CAD$110,0, equivalente a R$198,6, encontra-se provisionado na Labatt Canadá na rubrica "Outros passivos

circulantes".

c) Bônus de subscrição de ações

Determinados detentores do bônus de subscrição da Companhia emitidos em 1996 para exercício em 2003, propuseram ações judiciais para subscrever as ações

correspondentes por valor inferior ao que a Companhia entende como estabelecido no momento da emissão do bônus, e ainda receber os dividendos

correspondentes a estas ações desde o exercício de 2003 (hoje em valor aproximado de R$92,5), além de custas e honorários advocatícios.

Caso a Companhia venha a perder a totalidade das referidas ações judiciais, seria necessária a emissão de 5.536.919 ações preferenciais e 1.376.344 ações

ordinárias, recebendo em contra-partida recursos substancialmente inferiores ao valor de mercado das ações.

10. PROGRAMAS SOCIAIS

a) Instituto AmBev de Previdência Privada (“IAPP”)

A AmBev e suas controladas no Brasil têm dois planos de benefícios previdenciários: um no modelo de contribuição definida (aberto a novas adesões) e outro

no modelo de benefício definido (fechado para novas adesões desde maio de 1998), existindo a possibilidade de migração do plano de benefício definido para

o de contribuição definida. Esses planos são custeados pelos participantes e patrocinadora, e são administrados pelo IAPP, cujo objetivo principal é complementar

os benefícios de aposentadoria de seus empregados e administradores. No exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia e suas controladas

contribuíram com R$6,1 (R$5,7 em 31 de dezembro de 2006) ao IAPP.

Com base no relatório do atuário independente, a posição dos planos do IAPP em 31 de dezembro é a seguinte:

2007 2006

Valor justo dos ativos 982,3 857,7

Valor presente da obrigação atuarial (602,9) (555,3)

Superávit de ativos – IAPP 379,4 302,4

O superávit de ativos do IAPP está reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2007, no montante de

R$18,5 (R$17,0, em 31 de dezembro de 2006), na conta "Outros ativos", valor estimado como o limite máximo da sua utilização futura, considerando

também as restrições legais que impedem o retorno de eventual superávit atuarial remanescente no momento do encerramento do IAPP, e para o qual

não houve o uso por meio do pagamento de benefícios previdenciários.

AmBev Relatório Anual 2007 91

92

b) Benefícios de assistência médica e outros providos diretamente pela Companhia e controladas

A Companhia e suas controladas provém, diretamente, benefícios de assistência médica, reembolso de gastos com medicamentos e outros para aposentados,

não sendo concedidos tais benefícios para novas aposentadorias. Em 31 de dezembro de 2007, os saldos de R$97,4 e R$224,2, respectivamente, da

Controladora e Consolidado (R$87,4 e R$326,6 da Controladora e Consolidado respectivamente, em 31 de dezembro de 2006), estão reconhecidos nas

demonstrações contábeis da Companhia na conta "Outros", no Exigível a longo prazo, nos seguintes montantes:

Plano Benefício Pós-

de Pensão Aposentadoria

Labatt Labatt AmBev Total

Valor presente da obrigação atuarial 1.859,9 279,6 163,8 2.303,4

Valor justo dos ativos (1.640,6) - - (1.640,6)

Déficit do plano 219,3 279,6 163,8 662,8

Ajustes atuariais não amortizados (346,8) (70,2) (66,4) (483,5)

Sub-total (127,5) 209,4 97,4 179,3

Plano de distribuidores (i) - - - 44,9

Total (127,5) 209,4 97,4 224,2

(i) A obrigação referente ao plano de distribuidores representa a participação pró-rata da Labatt Canadá sobre as obrigações desses planos que serão

custeados pela Labatt Canadá através da alocação de custos de serviços dessas afiliadas.

A movimentação da provisão para benefícios de assistência médica e outros, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:

AmBev Labatt Total

Saldo em 31 de dezembro de 2006 87,4 239,2 326,6

Encargos financeiros/despesas incorridas 17,4 159,9 177,3

Variação cambial - (3,8) (3,8)

Ajuste atuarial - (90,6) (90,6)

Pagamento de benefícios (7,4) (177,9) (185,3)

Saldo em 31 de dezembro de 2007 97,4 126,8 224,2

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

c) Fundação Antônio e Helena Zerrenner Instituição Nacional de Beneficência – FAHZ

Entre as principais finalidades da FAHZ está a de proporcionar a funcionários e administradores das patrocinadoras assistência médico-hospitalar e odontológica,

auxiliar em cursos profissionalizantes e superiores, manter estabelecimentos para auxílio e assistência a idosos, entre outros, por meio de ações diretas ou

mediante convênios de auxílios financeiros a quaisquer entidades.

A movimentação do passivo atuarial da FAHZ, conforme relatório do atuário independente, foi a seguinte:

Saldo em 31 de dezembro de 2006 215,8

Encargos financeiros incorridos 36,8

Pagamento de benefícios (27,7)

Saldo em 31 de dezembro de 2007 224,9

O passivo atuarial referente aos benefícios providos pela FAHZ foi integralmente compensado por seus ativos em 31 de dezembro de 2007 na mesma

data, e o excesso de saldo de ativos não foi reconhecido pela Companhia em suas demonstrações contábeis em virtude da possibilidade de destinação

de seu uso para outros fins que não exclusivamente relativos ao pagamento de benefícios.

d) Premissas atuariais

As premissas de médio e de longo prazos, adotadas pelo atuário independente nos cálculos de obrigação atuarial foram as seguintes:

Percentual anual (em termos nominais)

AmBev Labatt

2007 2006 2007 2006

Taxa de desconto 10,8 10,8 5,3 5,0

Taxa de retorno esperado dos ativos 9,6 13,9 7,4 7,4

Crescimento do componente de remuneração 7,1 7,1 3,0 3,0

Crescimento dos custos dos serviços médicos 7,1 6,5 8,5 2,5

AmBev Relatório Anual 2007 93

94

11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

a) Capital social subscrito e integralizado

Em 31 de dezembro de 2007, o capital social da Companhia, no montante de R$6.105,2, estava representado por 624.417 mil ações, sendo 345.055

mil ações ordinárias e 279.362 mil ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal.

Em AGE, realizada em 29 de junho de 2007, os acionistas da Companhia aprovaram o grupamento de ações representativas do capital social da

AmBev na proporção de 100 ações existentes para 1 ação do capital após o grupamento, sem modificação do capital social. Tendo em vista os ADRs

da Companhia também representarem 100 ações, os mesmos serão negociados sem alteração, passando apenas, cada 1 ADR, a representar 1 ação

preferencial ou ordinária, conforme for o caso.

Em RCA de 26 de junho de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$128,3, mediante a emissão de 43.427 mil ações ordinárias

e 79.944 mil ações preferenciais, em decorrência das deliberações da AGO/E de 27 de abril de 2007.

Em 8 de maio de 2007, a Companhia aumentou seu capital no montante de R$12,0, sem emissão de ações, mediante capitalização da reserva de Incentivo

Fiscal – Reinvestimento de Imposto de Renda.

Em AGO/E de 27 de abril de 2007, a Companhia efetuou os seguintes aumentos no seu capital: (i) R$74,6, sem emissão de ações, mediante a capitalização de

30% do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização parcial da reserva especial de ágio; e (ii) R$174,2, mediante a emissão de 118.857 mil

ações ordinárias e 55.148 mil ações preferenciais, integralizadas com a capitalização parcial do benefício fiscal auferido pela Companhia com a amortização

parcial da Reserva Especial de Ágio.

b) Movimentações de ações do capital subscrito ocorridas durante o exercício de 2007:

Quantidade de ações - lotes de mil

Descrição Preferenciais Ordinárias Total

Em 31 de dezembro de 2006 29.957.173 34.501.039 64.458.212

Aumentos:

AGE de 27.04.07 55.148 118.857 174.005

RCA de 26.06.07 79.944 43.427 123.371

Cancelamentos:

AGE de 09.04.07 (1.192.508) (65.367) (1.257.875)

AGE de 29.06.07 (963.506) (92.484) (1.055.990)

Saldo em 31 de julho de 2007 27.936.251 34.505.472 62.441.723

Grupamento de ações (*) (27.656.889) (34.160.417) (61.817.306)

Em 31 de dezembro de 2007 279.362 345.055 624.417

(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

c) Capital autorizado

A Companhia está autorizada a aumentar o seu capital social até o limite de 700.000 mil ações, independentemente de reforma estatutária, mediante

deliberação do Conselho de Administração, que deliberará sobre as condições de integralização, as características das ações a serem emitidas e o preço

de emissão, bem como estabelecerá se o aumento se dará por subscrição pública ou particular.

d) Destinações do lucro do exercício e constituição de reservas estatutárias

O estatuto social da Companhia prevê a seguinte destinação do lucro líquido do exercício, após as deduções previstas em lei:

i. Percentual de 35% para pagamento de dividendos obrigatórios a todos os seus acionistas. Consoante determinação legal, as ações preferenciais

fazem jus a um dividendo 10% superior às ações ordinárias.

ii. Montante não superior a 68,875% do lucro líquido, para a constituição de reserva para investimentos, com o objetivo de financiar a expansão das

atividades da Companhia e de suas controladas, até mesmo para a subscrição de aumentos de capital ou a criação de empreendimentos. Essa reserva

não poderá ultrapassar 80% do capital social. Atingindo esse limite, caberá à Assembléia Geral deliberar sobre o saldo, procedendo à sua distribuição

aos acionistas ou ao aumento de capital.

iii. Distribuição aos funcionários de até 10% do lucro líquido do exercício, com base em critérios predeterminados. Aos administradores é atribuída a

participação até o limite máximo legal.

A participação nos lucros está condicionada ao alcance das metas coletivas e individuais previamente fixadas pelo Conselho de Administração no

início do exercício.

e) Dividendos propostos

Cálculo do percentual dos dividendos aprovados pelo Conselho de Administração sobre o lucro líquido dos exercícios findos em 31 de dezembro:

2007 2006

Lucro líquido do exercício 2.816,4 2.806,3

Reserva legal (5%) (i) - -

Base de cálculo dos dividendos 2.816,4 2.806,3

Dividendos/juros sobre o capital próprio pagos 1.925,8 1.473,1

(-) Imposto de renda na fonte (316,2) (173,6)

Total de dividendos distribuídos 1.609,6 1.299,5

Percentual dos dividendos sobre a base de cálculo - % 57,15 46,31

Dividendos líquidos por lote de mil ações em circulação (excluídas as ações em tesouraria) – R$

Ordinárias 1.867,36 17,77

Preferenciais 2.054,10 19,54

(i) A reserva legal deixou de ser constituída, considerando-se o disposto na legislação societária, que determina que tal reserva pode deixar de ser

constituída quando, somada às reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do capital social da Companhia.

AmBev Relatório Anual 2007 95

96

f) Juros sobre o capital próprio

As companhias têm a opção legal de atribuir aos acionistas juros calculados com base na TJLP sobre o patrimônio líquido, que são dedutíveis para fins

tributários, podendo ser computados nos dividendos obrigatórios quando distribuídos.

Embora registrados nos livros contábeis e fiscais como receita financeira, quando declarados por controladas e coligadas, e despesa financeira, por

ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas, esses juros são reclassificados para o patrimônio líquido e demonstrados como dividendos

para fazer refletir a essência da transação, portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagos e não transitam pelo resultado.

Consequentemente, nas demonstrações contábeis, os lançamentos mencionados anteriormente são reclassificados, ou seja, os juros sobre o capital

recebidos ou a receber são creditados à conta de investimentos e os juros sobre o capital pagos ou a pagar são registrados a débito de lucros

acumulados.

Os juros sobre o capital próprio e dividendos não reclamados no prazo de 3 anos, a contar da data do início do pagamento, prescrevem e são revertidos

a favor da Companhia (Lei n° 6.404/76, artigo 287, inciso II, item a).

g) Ações em tesouraria

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, a Companhia adquiriu no mercado 21.884 mil ações preferenciais, ao custo médio ponderado

de R$122,00, sendo o custo máximo de R$145,00, o custo mínimo de R$102,00 e 2.267 mil ações ordinárias, ao custo médio ponderado de R$114,44,

sendo o custo máximo de R$137,00 e o custo mínimo de R$92,10.

A movimentação das ações em tesouraria da Companhia durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte:

Quantidade de ações - lotes de mil

Descrição Preferenciais Ordinárias Total Milhões R$

Em 31 de dezembro de 2006 704.125 34.694 738.819 940,7

Grupamento de ações (*) (697.084) (34.347) (731.431) -

Movimentação ocorrida durante o período:

Recompra de ações do Plano 917 278 1.195 117,3

Aquisições de ações - Mercado 21.884 2.267 24.151 2.955,8

Cancelamentos de ações (21.560) (1.578) (23.138) (2.760,4)

Transferência ações para acionistas do Plano de ações (614) (123) (737) (94,5)

Em 31 de dezembro de 2007 7.668 1.191 8.859 1.158,9

(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)

Em 12 de dezembro de 2007, foi aprovado o encerramento do programa de recompra de ações lançado em 20 de agosto de 2007. Nesta mesma data,

a Companhia lançou novo programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais de sua emissão, até o montante de R$500,0 com vencimento

em 06 de dezembro de 2008, em conformidade com a Instrução CVM n° 10/80 e suas alterações posteriores.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

12. PLANO DE COMPRA DE AÇÕES (“PLANO”)

A AmBev tem um plano para aquisição de ações por funcionários, visando alinhar seus interesses com os dos acionistas. O Plano é administrado pelo Conselho

de Administração. O Conselho de Administração cria, periodicamente, programas de compra de ações, definindo seus termos e os funcionários a serem

beneficiados, e estabelece o preço pelo qual as ações serão adquiridas.

As opções concedidas a partir de 2006 tem prazo de carência de 5 anos e expiram, impreterivelmente, 10 anos após a sua concessão. Na hipótese de término

da relação de emprego, os direitos às opções de compra de ações sob determinadas condições são extintos; quanto às ações adquiridas pelo empregado, a

Companhia tem o direito de recomprá-las com base nas premissas estabelecidas no Plano.

Não é mais facultado aos beneficiários dos direitos de compra de ações concedidas a partir de 2003, a opção pelo financiamento das compras de ações. Em

31 de dezembro de 2007, o saldo em aberto dos financiamentos refere-se aos planos concedidos anteriormente a 2003 e totaliza R$41,6 no consolidado

(R$72,7 em 31 de dezembro de 2006). Os financiamentos são garantidos pelas ações financiadas.

A movimentação das opções de compra de ações no exercício findo em 31 de dezembro de 2007 foi a seguinte:

Opção de compra – lotes de mil ações

2007 2006

Descrição Preferenciais Ordinárias Preferenciais Ordinárias

Saldo de opções de compra de ações

exercíveis no ínicio do exercício 237.478 33.825 365.101 73.020

Grupamento de ações (*) (235.103) (33.487) - -

Movimentação ocorrida durante o período:

Exercidas (614) (123) (155.553) (31.110)

Canceladas (350) (60) (41.576) (8.085)

Concedidas 583 - 69.506 -

Saldo de opções de compra de ações

exercíveis ao final do exercício 1.994 155 33.825

(*) Grupamento de ações na proporção de 100 por 1 – vide Nota 11 (a)

AmBev Relatório Anual 2007 97

98

13. TESOURARIA

a) Considerações gerais

A Companhia e suas controladas mantém determinados valores de caixa e equivalentes em moedas estrangeiras, assim como realizam operações de

swap de moedas e juros e operações de commodities e forward de moeda, com o objetivo de proteger-se dos efeitos de variações das taxas de câmbio

sobre a exposição consolidada em moedas estrangeiras, de flutuações em taxas de juros e das oscilações dos preços de matérias-primas, principalmente

alumínio, açúcar e trigo.

Os instrumentos acima mencionados são contratados com a finalidade de proteção, o que não impede que seus resgates possam ocorrer a qualquer

momento, embora seja real a intenção de a Companhia levá-los até o vencimento da operação a ser protegida.

b) Derivativos

A Companhia, com o objetivo de minimizar riscos de exposição a certas flutuações de mercado nas taxas de câmbio, juros e em commodities, contrata

operações de derivativos. Em 31 de dezembro de 2007, os montantes contratados de instrumentos financeiros de derivativos são como segue na tabela

abaixo:

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

Descrição 2007 2006

Hedge de moedas (i)

Reais/US$ 2.412,6 3.086,5

Reais/Iêne 339,4 622,0

Reais/Euros 494,7 -

Soles Peruanos/US$ 55,1 78,3

Dólar canadense/US$ 159,6 249,1

Dólar canadense/R$ 1.485,3 825,4

Hedge de juros (i)

CDI x Pre 700,8 (137,5)

Juros Pré / Bankers

Acceptance Canadense 751,3 508,4

Hedge de commodities (i)

Alumínio 314,2 314,2

Açúcar 94,0 126,6

Trigo (23,9) (76,8)

Milho - 2,2

6.783,1 5.598,4

(i) As operações acima foram apuradas com base no valor de mercado de instrumentos financeiros de hedge de moedas, taxa de juros e commodities.

Em 31 de dezembro de 2007, ganhos não realizados sobre rendimentos de natureza variável em operações de derivativos, de acordo com o previsto pela

legislação societária do Brasil, foram limitados ao menor valor entre a "curva" dos instrumentos e o respectivo valor de mercado.

Caso a Companhia tivesse registrado contabilmente seus instrumentos derivativos ao valor de mercado, teria contabilizado ao resultado do exercício

findo em 31 de dezembro de 2007 um ganho adicional no montante de R$164,8 (R$141,7 em 31 de dezembro de 2006), conforme demonstrado na

tabela a seguir:

Ganhos não

Realizados de

Natureza

Instrumentos financeiros Contábil Mercado variável

Títulos públicos 67,7 80,5 12,8

Swaps / forwards (322,5) (316,8) 5,7

Forward R$ x CAD Labatt Canadá 145,1 288,0 142,9

Cross Currency Swap Labatt Canadá (*) (139,2) (135,8) 3,4

(248,9) (84,1) 164,8

(*) Swaps para conversão das Notas tomadas a juros fixos em dólares dos Estados Unidos para juros flutuantes em dólares canadenses

(ii) Hedge de commodities e moedas

Essas operações tem como propósito específico minimizar a exposição da Companhia à flutuação de preços de matérias-primas denominadas em

moeda estrangeira a serem adquiridas. Os resultados líquidos, apurados ao valor de custo (equivalentes ao seu valor de mercado), dessas operações

são diferidos e reconhecidos no resultado quando houver a venda do produto correspondente.

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2007, foi registrado no resultado o seguinte efeito referente às operações hedge de moedas e

commodities, na conta "Custos dos produtos vendidos":

Diminuição (Aumento)

líquido no custo

Descrição dos produtos vendidos

Hedge de moedas (195,9)

Hedge de alumínio 12,5

Hedge de açúcar (53,9)

Hedge de trigo (4,4)

(241,7)

Em 31 de dezembro de 2007, perdas não realizadas no montante de R$126,4 foram diferidas em outros ativos. Esta perda será reconhecida a débito

do resultado da Companhia, sendo o montante de R$119,5 no custo dos produtos vendidos, quando houver a venda do produto acabado

correspondente e o saldo restante na despesa operacional por se tratar de hedge de despesa.

AmBev Relatório Anual 2007 99

100

c) Passivos financeiros

Os passivos financeiros da Companhia, representados, principalmente, pelas operações de emissão de títulos de dívida externa e financiamentos para

importação, estão contabilizados a valor de custo, atualizados monetariamente às taxas iniciais dos juros contratadas, acrescidos de variações

monetárias e cambiais, conforme índices de fechamento de cada período.

Caso a Companhia tivesse adotado o critério de reconhecimento de seus passivos financeiros a valor de mercado, teria apurado uma perda adicional,

antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro de aproximadamente R$466,5, em 31 de dezembro de 2007 (R$580,9 em 31 de

dezembro de 2006), conforme demonstrado na tabela a seguir:

Passivos financeiros Contábil Mercado Diferença

Notas Série A (i) 287,1 289,6 (2,5)

Notas Série B (ii) 90,3 90,7 (0,4)

Senior Notes - BRI (iii) 160,3 171,7 (11,4)

Financiamentos internacionais (outras moedas) (iv) 1.828,9 1.828,9 -

Financiamentos em Reais 1.485,1 1.599,2 (114,1)

Crédito Agroindustrial (iv) 476,7 476,7 -

BNDES/FINEP/EGF (iv) 394,9 394,9 -

Resolução 63 / Compror 63 (iv) 893,3 893,3 -

Bond 2017 312,4 273,3 39,1

Bond 2011 e Bond 2013 1.802,7 2.179,9 (377,2)

Debêntures 2.120,5 2.120,5 -

9.852,2 10.318,7 (466,5)

(i) Notas Bancárias da Série A firmados pela Labatt Canadá em dólares americanos

(ii) Notas Bancárias da Série B firmados pela Labatt Canadá em dólares canadenses

(iii) Notas de Títulos Privados firmados pela Brewers Retail Inc.(BRI) e consolidadas proporcionalmente pela Labatt Canadá em dólares canadenses

(iv) Empréstimos para os quais o valor contábil e o valor de mercado são similares

O critério utilizado para apuração do valor de mercado dos títulos de dívida foi com base em cotações de corretores de investimento, em cotações dos

bancos que prestam serviços à AmBev e à Labatt Canadá e no valor de mercado secundário dos títulos na data-base de 31 de dezembro de 2007, sendo

de aproximadamente 116,75% do valor de face para o Bond 2011, 116,67% para o Bond 2013 e 86,91% para o Bond 2017 (120,75% para o Bond

2011 e 117,13% para o Bond 2013, em 31 de dezembro de 2006); para as Notas Série A e Notas Série B da Labatt Canadá, os preços foram apurados

com base no fluxo de caixa descontado a valor presente, utilizando-se taxas de mercado disponíveis para a Labatt Canadá para instrumentos similares.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

d) Receitas e despesas financeiras

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Receitas financeiras

Variação cambial sobre aplicações financeiras - - (52,3) (15,5)

Juros sobre caixa e equivalentes 25,0 56,1 95,3 111,1

Encargos financeiros sobre impostos,

contribuições e depósitos judiciais 16,0 24,9 48,0 29,9

Resultado do plano de ações 7,7 9,8 7,7 10,0

Juros e variação cambial sobre mútuos 215,4 76,6 - -

Outras 17,2 22,1 23,1 32,9

281,3 189,5 121,8 168,4

Despesas financeiras

Variação cambial sobre financiamentos 462,0 263,9 475,6 204,6

Perdas líquidas sobre instrumentos derivativos (726,7) (585,8) (653,4) (496,3)

Juros sobre dívidas em moeda estrangeira (270,1) (267,8) (624,7) (523,8)

Juros sobre dívidas em reais (333,5) (190,5) (340,9) (191,5)

Juros e variação cambial sobre mútuo - - - (1,8)

Impostos sobre transações financeiras (100,2) (99,2) (121,2) (131,8)

Encargos financeiros sobre contingências e outros (49,2) (50,2) (64,1) (59,8)

Outras (40,4) (23,9) (46,1) (46,3)

(1.058,1) (953,5) (1.374,8) (1.246,7)

Resultado financeiro, líquido (776,8) (764,0) (1.253,0) (1.078,3)

e) Concentração de risco de crédito

Parte substancial das vendas da Companhia é feita a distribuidores, supermercados e varejistas, dentro de ampla rede de distribuição. O risco de

crédito é reduzido em virtude da grande pulverização da carteira de clientes e dos procedimentos de controle que o monitoram. Historicamente, a

Companhia não registra perdas significativas em contas a receber de clientes.

A fim de minimizar o risco de crédito de seus investimentos, a Companhia adotou políticas de alocação de caixa e investimentos, levando em

consideração limites e avaliações de créditos de instituições financeiras, não permitindo concentração de crédito, ou seja, o risco de crédito é

monitorado e minimizado pois as negociações são realizadas apenas com um seleto grupo de contrapartes altamente qualificado.

Na Labatt Canadá são firmados acordos de compensação com suas contrapartes que lhe permitem liquidar ativos e passivos financeiros derivativos

em caso de inadimplência.

AmBev Relatório Anual 2007 101

102

14. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

a) Conciliação da despesa consolidada do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro com seus valores nominais

2007 2006

Lucro consolidado antes do imposto de renda e da contribuição social 4.526,0 4.307,3

Participações estatutárias e contribuições (69,4) (194,4)

Lucro consolidado, antes do imposto de renda, da contribuição social e da participação dos acionistas minoritários 4.456,6 4.112,9

Expectativa de despesa com imposto de renda e contribuição social a alíquotas nominais (34%) (1.515,2) (1.398,4)

Ajustes para obtenção da alíquota efetiva decorrentes de diferenças permanenes:

Amortização de ágio – parcela não dedutível (i) (485,7) (395,4)

Resultado de controladas no exterior não sujeitas à tributação 25,3 42,4

Juros sobre capital próprio (nota 11(f)) 368,6 500,9

Ganhos patrimoniais em controladas 78,1 58,5

Variação cambial sobre investimentos (81,0) (33,8)

Adições e exclusões permanentes e outros 17,0 (89,5)

Despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro (1.592,9) (1.315,3)

(i) A amortização de ágio indedutível, contempla os efeitos da amortização do ágio da Labatt ApS na Labatt Canadá, no montante de R$1.129,4 no

período findo em 31 de Dezembro de 2007 (R$969,8, em 31 de Dezembro de 2006), gerando um efeito tributário, por não ser dedutível, no

montante de R$384,0 (R$ 329,7 em Dezembro de 2006).

b) Composição do benefício (despesa) com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Corrente (94,7) 63,6 (963,6) (688,8)

Diferido (520,2) (460,4) (629,3) (626,5)

Total (614,9) (396,8) (1.592,9) (1.315,3)

c) Composição dos impostos diferidos

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeitos fiscais futuros atribuíveis às diferenças temporárias entre

a base fiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil.

De acordo com a Instrução CVM nº 371, de 27 de junho de 2002, a Companhia, fundamentada na expectativa de geração de lucros tributáveis

futuros, determinada em estudo técnico aprovado pela Administração, reconheceu também os créditos tributários sobre prejuízos fiscais e bases

negativas de contribuição social de exercícios anteriores, que não possuem prazo prescricional e cuja compensação está limitada a 30% dos lucros

anuais tributáveis. O valor contábil do ativo fiscal diferido é revisado periodicamente e as projeções são revisadas anualmente, caso haja fatores

relevantes que venham a modificar as projeções, estas são revisadas durante o exercício pela Companhia.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

O imposto de renda e a contribuição social diferidos têm a seguinte origem:

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

No ativo circulante

Prejuízos fiscais a compensar 60,0 69,1 157,0 98,3

Diferenças temporárias:

Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações 350,8 350,8 350,8 350,8

Provisão para juros sobre capital próprio - 22,1 - 22,1

Provisão para reestruturação - - 11,5 26,8

Provisão para participação dos empregados 29,4 54,0 32,3 57,4

Provisão para despesas de marketing e vendas 57,9 54,5 57,9 54,6

Outros 37,8 - 40,2 -

535,9 550,5 649,7 610,0

No realizável a longo prazo

Prejuízos fiscais a compensar 107,9 232,0 624,7 771,0

Diferenças temporárias:

Provisões não dedutíveis 174,2 248,9 277,3 307,0

Prov. para perdas sobre incentivos fiscal 3,1 3,1 7,6 7,6

Ágio Rentabilidade Futura – Incorporações 1.822,5 2.115,7 1.822,5 2.115,7

Provisão para benefícios à empregados 33,1 29,7 68,8 82,2

Provisão para perdas imóveis destinados à venda 12,3 16,5 12,7 17,2

Provisão para perdas de “Hedge” 159,9 130,9 159,9 130,9

Provisão para perdas no recebimento de créditos 9,0 10,3 10,5 11,2

Outros 13,3 64,0 52,8 123,9

2.335,3 2.851,1 3.036,8 3.566,7

No exigível a longo prazo

Diferenças temporárias

Depreciação acelerada - - 34,3 47,8

Outras 18,6 22,8 97,2 83,6

18,6 22,8 131,5 131,4

A administração considera que os ativos diferidos decorrentes de diferenças temporárias serão realizados na proporção da solução final das

contingências e eventos que as originaram.

Baseada no estudo técnico das projeções de resultados tributáveis computados de acordo com a Instrução CVM nº 371, a Companhia estima recuperar

o crédito tributário decorrente de prejuízos acumulados da controladora e controladas localizadas no Brasil e no exterior, nos seguintes exercícios:

AmBev Relatório Anual 2007 103

104

Valores expressos em milhões de reais

2009 2010 2011 2012 Total

297 243 24 61 625

O saldo de imposto de renda diferido ativo em 31 de dezembro de 2007 inclui o efeito total dos prejuízos fiscais das controladas brasileiras, inclusive os saldos

oriundos da aquisição da empresa Cervejarias Cintra Indústria e Comércio Ltda., ocorrida em maio de 2007, que são imprescritíveis, compensáveis com lucros

tributáveis futuros. Parte do benefício fiscal correspondente aos prejuízos fiscais de controladas no exterior não foi contabilizada como ativo, uma vez que a

administração não está segura de que sua realização seja provável.

Como o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro decorre não só do lucro tributável, mas também da estrutura tributária e societária

da Companhia, da existência de receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, isenções e incentivos fiscais e de diversas outras variáveis, não existe uma

correlação relevante entre o lucro líquido da Companhia e o resultado do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro. Portanto, recomendamos

que a evolução da utilização do imposto de renda e contribuição social diferidos não seja considerada um indicativo de lucros futuros da Companhia.

15. COMPROMISSOS ASSUMIDOS COM FORNECEDORES

A Companhia dispõe de contratos com determinados fornecedores para adquirir certas quantidades de materiais importantes para os processos de

produção e embalagem, como plásticos para garrafas PET, alumínio, gás natural e ativo imobilizado.

A Companhia tem compromissos assumidos com fornecedores para 2008, 2009, 2010 e 2011, já contratados em 31 de dezembro de 2007, nos

montantes de R$1.777,3, R$884,2, R$898,2 e R$7,3, respectivamente (R$457,9 para 2008 e R$229,3 para 2009, em 31 de dezembro de 2006).

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

16. RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS, LÍQUIDAS

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Receitas operacionais

Subvenção para investimentos de controlada 212,9 160,0 226,5 165,3

Variação cambial s/ investimentos no exterior - - - 79,4

Recuperação de impostos 26,2 24,0 32,1 24,0

Deságio pela liquidação antecipada incentivo fiscal 34,4 39,9 34,4 39,9

Reversão provisão p/perda de investimentos 3,4 12,3 3,2 21,9

Outras receitas operacionais 28,3 - 42,5 12,7

305,2 236,2 338,7 343,2

Despesas operacionais

Amortização de ágio (122,8) (107,5) (1.500,6) (1.283,0)

Complemento amortização ágio (i) (35,8) - (59,6) -

Variação cambial s/ investimentos no exterior (88,3) (17,9) (227,5) -

Baixa de IPI / ICMS irrecuperável (13,9) - (17,4) -

Impostos s/outras receitas (3,3) (4,4) (3,3) (4,4)

Outras despesas operacionais (6,9) (8,2) (13,5) (10,9)

(271,0) (138,0) (1.821,9) (1.298,3)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 34,2 98,2 (1.483,2) (955,1)

(i) A Companhia revisou, com base na projeção de resultados futuros da Quinsa, o prazo de amortização dos ágios relacionados

a este investimento, alterando o prazo de amortização de 10 para 7 anos.

AmBev Relatório Anual 2007 105

106

17. RECEITAS (DESPESAS) NÃO OPERACIONAIS, LÍQUIDAS

Controladora Consolidado

2007 2006 2007 2006

Receitas não operacionais

Ganho na alienação de investimentos - - - 10,2

Ganho de participação em investidas 1,7 - 3,2 5,6

Ganho na alienação de bens do imobilizado - - 31,3 4,8

Ganho na alienação de imóveis destinados à venda 8,4 - 7,6 -

Reversão provisão para perda em outros investimentos - 12,3 3,2 -

Outras receitas não operacionais - 0,5 3,6 6,1

10,1 12,8 48,9 26,7

Despesas não operacionais

Perda de participação em investida - (0,7) - -

Provisão para perda sobre ativos permanentes (0,3) - (0,4) (17,9)

Perda na alienação de bens do imobilizado (1,0) (4,6) - -

Perda na alienação de imóveis destinados à venda - (0,3) - (0,3)

Provisão para reestruturação - - (5,6) (18,9)

Outras despesas não operacionais (0,1) (0,4) (2,5) (18,4)

(1,4) (6,0) (8,5) (55,5)

Receitas (despesas) não operacionais, líquidas 8,7 6,8 40,4 (28,8)

18. SEGUROS

A Companhia e suas controladas mantém programas padrão de segurança, treinamento, meio-ambiente e qualidade em todas as unidades, que

visam, entre outras coisas, reduzir também os riscos de acidentes. Além disso, mantém contratos de seguros com coberturas determinadas por

orientação de especialistas, levando em conta a natureza e o grau de risco, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas

significativas sobre seus ativos e responsabilidades. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria

de demonstrações contábeis, consequentemente, não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

19. MEIO AMBIENTE

No exercício de 2007, a Companhia e suas controladas realizaram investimentos em construções e equipamentos relacionados ao meio ambiente no

montante de R$32,4 e R$ 48,4 com tratamento de águas, efluentes e disposição de resíduos (R$ 43,4 e R$50,6 no exercício de 2006, respectivamente).

20. EVENTOS SUBSEQUENTES

a) Lei nº 11.638 – alteração da Lei das Sociedades Anônimas

A Lei nº. 11.638 publicada no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 2007 alterou diversos dispositivos da Lei nº.6.404 (Sociedades por Ações). Estas

alterações entram em vigor em 01 de janeiro de 2008.

Dentre as principais alterações introduzidas, destacamos os seguintes assuntos que na avaliação de nossa Administração poderão modificar a forma

de apresentação de nossas demonstrações contábeis e os critérios de apuração de nossa posição patrimonial e financeira e do nosso resultado a partir do

exercício a findar-se em 2008:

• Foi extinta a obrigatoriedade da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR, sendo substituída pela Demonstração dos Fluxos de Caixa –

DFC, já apresentada pela Companhia como informação complementar. Adicionalmente, a Companhia passará a divulgar a Demonstração do Valor Adicionado

– DVA.

• Bens e direitos intangíveis foram segregados dos tangíveis, ficando o ativo permanente classificado em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. Essa

alteração na apresentação do ativo permanente já foi introduzida nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2007.

• Foi criada a rubrica “ajustes de avaliação patrimonial” no Patrimônio Líquido. Serão considerados ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computados no

resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do

passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado.

• As despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um exercício social e

que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional serão classificadas no Ativo Diferido.

• Os incentivos fiscais não serão mais classificados como reserva de capital, passando a fazer parte do resultado do exercício. Por determinação dos órgãos da

administração, a Assembléia Geral poderá destinar a parcela do lucro correspondente a estes incentivos para a formação da Reserva de Incentivos Fiscais, criada

como parte das reservas de lucros e podendo ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório.

AmBev Relatório Anual 2007 107

108

• Adicionalmente foram alterados os critérios de avaliação do ativo e do passivo, com destaque para os seguintes pontos:

· Itens de ativo e passivo provenientes de operações de longo prazo, bem como operações relevantes de curto prazo, serão ajustados a valor presente, de

acordo com as normas internacionais de contabilidade;

· O valor de recuperação dos bens e direitos do imobilizado, intangível e diferido deverá ser periodicamente avaliado para que se possa efetuar o registro de

perdas potenciais ou uma revisão dos critérios e taxas de depreciação, amortização e exaustão;

· Os direitos classificados no intangível deverão ser avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

· Instrumentos financeiros “disponíveis para venda” ou “destinados à negociação” passam a ser avaliados a valor de mercado;

· Todos os demais instrumentos financeiros devem ser avaliados pelo seu custo atualizado ou ajustado de acordo com o provável valor de realização, se este

for inferior.

• Nas operações de Transformação, Incorporação, Fusão ou Cisão, entre partes independentes e em que ocorra a efetiva transferência de controle, a avaliação

a valor de mercado dos ativos e passivos será obrigatoriamente a valor de mercado.

• As participações de debêntures, de empregados e administradores, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência

ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa, deverão ser incluídas na demonstração do resultado do exercício.

• Eliminação da possibilidade de registro de reservas de reavaliação para as sociedades por ações. A nova Lei deu opção às companhias para manterem os saldos

existentes e realizarem esses saldos dentro das regras atuais ou estornarem esses saldos até o final do exercício de 2008.

A Administração da Companhia está em processo de avaliação dos efeitos que as alterações acima mencionadas irão produzir em seu patrimônio líquido e

resultado do exercício de 2008, bem como levará em consideração as orientações e definições a serem emitidas pelos órgãos reguladores. Neste momento,

a Administração entende não ser possível determinar os efeitos destas alterações no resultado e no patrimônio líquido para o exercício findo em 31 de

dezembro de 2007.

Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2007 e de 2006

(Valores expressos em milhões de reais – R$, exceto quando indicado de outro modo)

b) Aquisição de participação – Lambic Holding S.A.

Em 24 de janeiro de 2008, a Companhia por intermédio de sua controlada Cervejarias Reunidas Skol Caracu S.A., pagou a empresa Lince Netherlands BV, o

valor de US$46,0 (equivalente a R$82,3), relativo a aquisição de 12,901% das ações da sociedade argentina Lambic Holding S.A.

c) Resultado da oferta pública para aquisição de ações da Quinsa

A Companhia anunciou em 12 de fevereiro de 2008, o encerramento da oferta pública voluntária para a aquisição de até 5.483.950 ações Classe A

e até 8.800.060 ações Classe B (incluindo ações Classe B detidas na forma de American Depositary Shares ("ADS") de emissão da sua subsidiária

Quilmes Industrial (Quinsa), Société Anonyme ("Quinsa"), que representam as ações Classe A e Classe B em circulação (incluindo ações Classe B

detidas na forma de ADSs) que não são de propriedade da AmBev ou de suas subsidiárias.

A AmBev aceitou a compra de 3.136.001 ações Classe A e 8.239.536,867 ações Classe B (incluindo 7.236.336,867 ações Classe B detidas na forma

de ADS) de emissão da Quinsa, representando 57% das ações Classe A e 94% das ações Classe B da Quinsa que não são de propriedade da AmBev

ou de suas subsidiárias, e que foram, com sucesso, depositadas e não resgatadas.

Com a liquidação da oferta, que ocorreu no dia 15 de fevereiro de 2008, a participação votante de AmBev em Quinsa será de 99,56% e a participação

econômica de 99,26%.

AmBev Relatório Anual 2007 109

Ações em Circulação (31/12/07)

615.558.384 de ações

Bolsa de Valores

Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa)

Códigos: AMBV3 (ON); AMBV4 (PN)

Principais índices dos quais as ações da AmBev

participam:

IBX e IBOVESPA

Bolsa de Valores de Nova Iorque (NYSE)

Códigos: ABVc (ON); ABV (PN)

Política de dividendos

O estatuto social da AmBev prevê dividendos

obrigatórios correspondentes a 35% do lucro

líquido ajustado anual da companhia, conforme

estabelecido na Legislação Societária Brasileira.

O dividendo obrigatório inclui as quantias pagas

a título de juros sobre o capital próprio.

As ações preferenciais terão direito à percepção

de dividendos em dinheiro 10% maiores do que

aqueles pagos às ações ordinárias.

Dividendos declarados

Lucros gerados Data do primeiro pagamento R$/ação Tipo de ação

Segundo semestre 2003 13-Out-03 1,87 (preferencial)

1,70 (ordinária)

Primeiro semestre 2004 25-Mar-04 0,68 (preferencial)

0,61 (ordinária)

Segundo semestre 2004 8-Out-04 0,58 (preferencial)

0,53 (ordinária)

Primeiro semestre 2005 15-Fev-05 1,72 (preferencial)

1,56 (ordinária)

Segundo semestre 2005 30-Set-05 1,07 (preferencial)

0,97 (ordinária)

29-Dez-05 0,84 (preferencial)

0,76 (ordinária)

Primeiro semestre 2006 31-Mar-06 0,63 (preferencial)

0,58 (ordinária)

Segundo semestre 2006 30-Jun-06 0,61 (preferencial)

0,55 (ordinária)

30-Out-06 0,61 (preferencial)

0,55 (ordinária)

28-Dez-06 0,74 (preferencial)

0,67 (ordinária)

Primeiro semestre 2007 31-Mar-07 0,73 (preferencial)

0,66 (ordinária)

29-Jun-07 0,30 (preferencial)

0,28 (ordinária)

Segundo semestre 2007 10-Out-07 1,59 (preferencial)

1,45 (ordinária)

31-Dez-07 0,45 (preferencial)

0,41 (ordinária)

Desempenho do preço das ações

Preço Ações 31-Dez-05 31-Dez-06 31-Dez-07 06x05 07x06

AMBV4 (PN) – R$ 89,76 105,35 128,65 17,4% 22,1%

AMBV3 (ON) – R$ 75,14 94,22 125,00 25,4% 32,7%

IBOVESPA – R$ 33.455,94 44.473,71 63.886,10 32,9% 43,6%

ABV (PN) – US$ 38,05 48,80 71,03 28,3% 45,6%

ABVc (ON) – US$ 32,70 43,90 68,00 34,3% 54,9%

S&P 500 – US$ 1.248,29 1.418,30 1.468,36 13,6% 3,5%

110

Informações aos investidores

Classificação de risco

Agência Rating Moeda Rating Moeda Perspectiva Última

Local Estrangeira atualização

Moody´s Baa1 Baa3 Positiva 14/04/2008

Fitch BBB BBB Estável 05/09/2007

S&P BBB BBB Positiva 02/08/2006

Atendimento aos acionistas

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AmBev Relatório Anual 2007 111

TextoChristina Brentano

Projeto Gráficofmcom

FotosAmBev

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