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PAREDES VERDES EM EDIFÍCIOS
Amanda Freire Mansani1
Larissa Rodrigues Santos2
Aline Botini Tavares Bertequini3
RESUMO
O acelerado crescimento das cidades, com intensificação do uso e ocupação do solo,
está levando a uma diminuição das áreas disponíveis para a vegetação, sendo visível a perda
de qualidade ambiental. O presente artigo objetiva descrever e sistematizar as principais
tecnologias existentes para Paredes Verdes e discutir os benefícios da sua implantação, os
modelos existentes, o funcionamento, suas vantagens e desvantagens na escala da edificação.
Os resultados demonstram o grande potencial das Paredes Verdes para a economia de
energia, além dos benefícios sociais, psicológicos e de qualificação dos ambientes de
trabalho.
Palavras-Chave: Cidades; vegetação; edificação.
ABSTRACT
The accelerated growth of cities, with intensification of land use and occupation, is
leading to a reduction of the areas available for vegetation, and the loss of environmental
quality is visible.This article aims to describe and synthesize the main existing technologies
for Green Walls and discuss the benefits of implementation, the existing models, functioning,
their advantages and disadvantages in the scale of the building. The results demonstrate the
great potential of Green Walls for energy savings, as well as the social, psychological
benefits and qualification of working environments.
Key-Words: Cities; vegetation; building.
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1 Cursando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2018). 2 Cursando Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo (2018). 3 Mestre em Recursos Hídricos e Tecnologias Ambientais – UNESP (2008) e docente no Centro
Universitário Toledo – Araçatuba - SP.
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1. INTRODUÇÃO
Atualmente fala-se muito sobre aquecimento global e como as temperaturas estão
aumentando em todos os lugares do mundo, junto a isso aumenta também a necessidade de
se propor soluções sustentáveis para minimizar os efeitos desse aquecimento (RIBEIRO,
2016).
Um dos fatores do aquecimento, segundo o autor, é que ao longo do tempo e com o
advento do progresso diminuem-se as áreas verdes e as áreas permeáveis dando lugar ao
concreto, o qual impermeabiliza o solo criando zonas superaquecidas, as chamadas Ilhas de
Calor.
A partir dessa constatação, atualmente muitas cidades vêm buscando uma
recuperação da vegetação enquanto alternativa tecnológica que proporcione conforto
ambiental sem prejudicar o desenvolvimento sustentável (CAETANO, 2014).
Uma das soluções sustentáveis para equilibrar a temperatura são as Paredes Verdes,
que surgem como estruturas possíveis de plantio em superfícies verticalizadas, contudo, o
sucesso dessas não apenas está relacionado à escolha adequada da tecnologia de suporte,
mas também ao sistema de irrigação, à utilização de espécies adequadas ao clima e ao tempo
de exposição à radiação solar (BARBOSA; FONTES, 2016).
A utilização de Paredes Verdes vem crescendo nas grandes cidades, melhorando o
isolamento térmico nas edificações, reduzindo gastos energéticos, diminuindo a poluição e
melhorando a qualidade do ar, reduzindo ruídos externos, auxiliando na drenagem da água
de chuva, promovendo o aumento da biodiversidade, entre outros benefícios (RODRIGUES,
2017).
2. DESENVOLVIMENTO
É notável o crescimento de soluções sustentáveis pelos espaços urbanos. A Parede
Verde é uma delas. Os grandes centros estão ganhando “cor” e se livrando do concreto e seu
visual acinzentado, revitalizando também edifícios antigos (CONSTRUINDODECOR,
2018).
Existem várias maneiras de utilizar vegetação nos edifícios, como explica Tom Pugh
(2012) apud BBC BRASIL (2012): “Precisamos tomar cuidado quanto às plantas: como e
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onde plantaremos tais tipos de vegetação, além de garantir que não sejam afetadas por seca,
não sejam atingidas por calor excessivo e que não sofram ações de vândalos”.
Caetano (2014) apud Anunciação (2014) cita que o emprego de Paredes Verdes é
uma tecnologia recente no Brasil. Em termos de custo, ela se compara a um revestimento de
alto padrão, sendo bastante indicada para os grandes centros urbanos, onde os edifícios
possuem um perfil muito verticalizado. Trata-se de uma alternativa tecnológica mais limpa,
em prol do desenvolvimento urbano sustentável.
O mesmo autor afirma ser uma tecnologia irmã da cobertura verde, também
conhecida como telhado verde. A vantagem é exatamente a questão da verticalização que
limita a cobertura verde ao andar superior no caso de um edifício. Em Paredes Verdes a área
é bem maior e o benefício é para todos os pavimentos.
Segundo o professor de ciência atmosférica, da Universidade de Birmingham,
Mackenzie (2012) apud Becker (2012), o ar leva maior tempo circulando dentro dos vales
urbanos, onde a poluição é gerada pelos carros e fica mais concentrada. Por isso, as Paredes
Verdes seriam mais indicadas nesse caso do que os telhados verdes.
O termo Paredes Verdes (green walls) engloba todas as formas de superfícies de
parede com vegetação. No entanto existem duas categorias de sistemas principais que se
enquadram neste termo: as Fachadas Verdes (green facades) e ou Jardins Verticais ou
Paredes Vivas (living walls) (GREEN ROOFS, 2018).
O sistema de Paredes Verdes é classificado conforme Figura 1.
Figura 1: Classificação dos sistemas de Paredes Verdes baseada nas características construtivas existentes no
Estado de São Paulo – fonte: Adaptado de Rodrigues (2017).
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2.1. FACHADAS VERDES
Fachada verde é o tipo de jardim vertical que usa espécies trepadeiras ou pendentes
para cobrir uma determinada superfície vertical. A vegetação pode ser conduzida
diretamente na parede ou em alguma estrutura de suporte (BARBOSA; FONTES, 2016).
Geralmente para cobrir as fachadas verdes é comum utilizar plantas da espécie das
trepadeiras, pois se adequam facilmente à estrutura e crescem sem precisar de cuidados
excessivos. A famosa Hera e a planta Unha-de-Gato, ilustradas nas Figuras 2 e 3
respectivamente, são bastante utilizadas, pois são de fácil manutenção, só precisando de
podas periódicas, irrigação por gotejamento e Sol (RIBEIRO, 2016).
Figura 2: Planta Hera – fonte: Pinterest (2018). Figura 3: Planta Unha-de-Gato – fonte:
Pinterest (2018).
No caso das trepadeiras crescerem diretamente na parede, a fachada verde é
classificada como “Direta”, porém quando crescerem direcionadas por sistemas adjacentes
e independentes da parede são chamadas “Indiretas” (MANSO; CASTRO-GOMES, 2015)
apud (BARBOSA; FONTES, 2016).
A parede deve estar impermeabilizada, preferencialmente acabada só com chapisco
ou ter o reboco não muito espesso e sem trincas para evitar danos. As trepadeiras levam certo
tempo para fechar toda a área de cobertura, exigindo um período para o jardim crescer e ficar
pronto (AU ARQUITETURA E URBANISMO (2018) e BARBOSA; FONTES (2016)).
As Fachadas Verdes Indiretas utilizam materiais para apoio como suporte ao
crescimento da vegetação. O plantio da trepadeira é feito no canteiro ou em floreira e esta
cresce apoiada em guias contínuas (cabos de aço) próximas à parede ou em frente aos vãos
(janelas e portas), formando um brise vegetal. O nome “brise vegetal” deriva do diferencial
que esta tecnologia tem que é o de permitir a construção do jardim vertical em frente às
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aberturas de vidro de um edifício, funcionando como um elemento de proteção solar.
Treliças de diversos materiais também servem como apoio às trepadeiras (AU
ARQUITETURA E URBANISMO (2018) e BARBOSA; FONTES (2016)).
Segue a seguir as demonstrações de Fachadas Verdes Diretas e Indiretas. Sendo
respectivamente apresentadas nas Figuras 4, 5 e 6, 7.
Figura 4: Fachada Verde direta – fonte: Figura 5: Fachada Verde direta – fonte:
Pinterest (2018). Pinterest (2018).
Figura 6: Fachada Verde indireta com guias contínuas – fonte: Figura 7: Fachada Verde indireta
Pinterest (2018). treliçada – fonte: Pinterest (2018).
2.2. JARDINS VERTICAIS
Um jardim vertical, por não ter o solo como suporte, apresenta algumas adversidades,
que acabam por restringir o número de plantas e flores que podem ser usados em sua
composição. Uma das principais regras na hora de se escolher as plantas para jardim vertical
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é evitar aquelas que possuem raízes grandes ou agressivas, pois no suporte vertical elas não
têm espaço para crescer e geralmente pesam demais (WESTWING, 2018).
Outro fator que deve ser levado em consideração é a incidência de ventos e luz solar
direta. Em jardins verticais localizados em fachadas de prédios por exemplo, o Sol e os
ventos intensos podem ser impeditivos para muitas espécies. Assim, deve-se evitar plantas
com grande necessidade de água, como também plantas com folhagem macia e delicada
(REVISTA MAIS CONSTRUÇÃO, 2018).
A revista cita como plantas para jardins verticais com Sol pleno: Colar-de-pérolas;
Flor-canhota; Hera-inglesa; Jibóia e Aspargo.
Com a utilização de diferentes tipos de plantas podem-se criar desenhos interessantes
nas fachadas, trazendo vida e movimento para a cidade, como observado nas Figuras 8 e 9.
Figura 8: Jardim Vertical – fonte: Pinterest (2018). Figura 9: Jardim Vertical – fonte:
Pinterest (2018).
A estrutura básica se resume a um suporte, geralmente metálico, fixado à parede;
uma membrana impermeável (placa de PVC) e os painéis ou módulos (duas camadas de
feltro ou tecido geotêxtil) onde a vegetação será plantada. Essa estrutura básica pode variar
e apresentar todos os elementos ou apenas alguns deles como mostrado na Figura 10
(BARBOSA; FONTES, 2016).
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Figura 10: Componentes Jardim Vertical – fonte:
Pinterest (2018).
A vegetação é plantada no feltro, através de cortes na primeira camada e são
moldados bolsos onde a planta é encaixada. No espaço formado entre as camadas de feltro
as plantas enraízam no substrato e no tecido e podem se espalhar por toda a extensão, já que
não encontram barreiras físicas, por isso o termo parede viva contínua (BARBOSA;
FONTES, 2016).
Os autores afirmam também que as camadas de feltro são presas em uma placa
impermeável de PVC, que confere rigidez e suporte ao conjunto, além de evitar danos à
parede causados pela umidade da irrigação. Por fim, o sistema é preso em suportes metálicos
verticais, que podem ser fixos à parede ou independentes, cobrindo a área desejada e
formando um tapete uniforme de vegetação.
Blanc (2008) ressalta a alta capilaridade do feltro, o que garante melhor distribuição
de água para a parede viva. Além disso, a estrutura metálica, presa à parede, permite um
afastamento entre o sistema e a construção, forma um bolsão de ar e transforma o conjunto
em um eficiente sistema de isolamento térmico e acústico, além de manter a integridade do
prédio.
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2.2.1. JARDIM VERTICAL COM SUBSTRATO
Os sistemas de jardim vertical com substrato (JVS) se apresentam de várias formas,
dependendo do material de sua composição. O substrato é a combinação de dois ou mais
componentes orgânicos, minerais e sintéticos, que reunidos fornecem as propriedades
químicas e físicas adequadas para o cultivo das plantas e capaz de dar suporte para as raízes
das mudas. Existem alguns substratos especiais que apresentam características que facilitam
a manutenção; com menor espessura, retém mais água, são mais aerados, leves e duráveis
em relação aos convencionais. Além dos substratos, outros elementos são usados em cada
tipo de sistema modular para evitar a lixiviação e obstrução do escoamento de água, servindo
também de apoio às raízes da vegetação (RODRIGUES, 2017).
Jardim Vertical Com Bolsos
O processo construtivo do jardim vertical com bolsos baseia-se numa estrutura com
placas modulares. Os módulos são montados individualmente, as duas mantas de feltro são
grampeadas à placa de material reciclado, na segunda são abertos rasgos horizontais de 20
cm, para formar os bolsos onde as plantas são colocadas com o substrato. As placas são
colocadas juntas, de forma a cobrir toda a superfície vertical formando um painel único
(RODRIGUES (2017) e AU ARQUITETURA E URBANISMO (2018)).
2.2.2. JARDIM VERTICAL HIDROPÔNICO
Estes sistemas são feitos por algumas empresas e apresentam maneiras distintas de
execução. Todos são feitos a partir do sistema criado por Patrick Blanc, que consiste em
plantas inseridas em painel hidropônico em mantas geotêxteis fixadas à estrutura metálica e
esta parafusada à parede. A rega e a fertilização (fertirrigação) são automatizadas (AU
ARQUITETURA E URBANISMO, 2018).
Jardim Vertical Com Mantas
O sistema hidropônico com mantas e sem substrato, tem painel afastado cerca de 4
cm da parede, o que garante a sua estanqueidade e impede que a umidade seja absorvida,
permite também a movimentação do ar, evitando a formação de mofo na parede
(RODRIGUES, 2017).
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A autora considera que por ser uma estrutura muito leve, por volta de 25 kg/m², o
jardim vertical hidropônico pode ser montado até mesmo em paredes de gesso. São feitas as
instalações hidráulicas e elétricas e as condições para a instalação final do jardim são
verificadas. O sistema de irrigação é montado simultaneamente com a montagem da
estrutura, perfis e painéis são fixados e servem de base para o geotêxtil especial que é
colocado logo depois, tendo como exemplo as figuras 11 e 12.
Figura 11: Jardim Vertical – fonte: Figura 12: Jardim Vertical – fonte: Movimento 90° (2017).
Florafelt (2018).
2.3. BENEFÍCIOS DAS PAREDES VERDES
As Paredes Verdes oferecem benefícios: públicos, privados e específicos do projeto.
Enquanto há semelhanças entre as Paredes Verdes, cada instalação é única. Assim,
todos os detalhes de desempenho técnico fornecidos variam de acordo com a região, clima,
construção, projeto e tipo de Parede Verde (GREEN ROOFS, 2018).
A seguir serão listados os tipos de benefícios encontrados nas Paredes Verdes que
são defendidos pelo autor.
2.3.1. BENEFÍCIOS PÚBLICOS
Melhorias Estéticas
Paredes Verdes podem recuperar o espaço desconsiderado, proporcionando
estimulação estética onde, de outra forma, não seria encontrada. Elas também podem servir
para criar privacidade e uma sensação de fechamento.
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Redução Do Efeito Urbano Da Ilha De Calor
A reintrodução da vegetação em ambientes urbanos promove a ocorrência de
processos de resfriamento natural, como a fotossíntese e a evapotranspiração.
Com a colocação estratégica de Paredes Verdes, as plantas podem criar turbulência
suficiente para romper o fluxo de ar vertical, o que retarda e esfria o ar.
Melhor Qualidade Do Ar Exterior
Paredes Verdes mitigam os níveis de poluição do ar, diminuindo as temperaturas
extremas do verão através da fotossíntese, capturando partículas e capturando gases.
A capacidade das Paredes Verdes para fornecer isolamento térmico para edifícios
significa menor demanda de energia e, como resultado, menos subprodutos poluentes são
liberados no ar.
Criação De Emprego Local
As Paredes Verdes se baseiam em várias disciplinas para seu projeto, instalação e
manutenção.
A demanda por um suprimento local de materiais vegetais, mistura de meios de
cultivo, produção de estufas e fabricação de estruturas cria mais atividade comercial.
2.3.2 BENEFÍCIOS PRIVADOS
Melhor Eficiência Energética
As Paredes Verdes melhoram a eficiência energética do edifício, devido à redução
da temperatura no ambiente interno, diminuindo a necessidade de refrigeração (NUNES,
2014).
Proteção Da Estrutura De Construção
Flutuações de temperatura ao longo da vida de um edifício podem ser prejudiciais
aos materiais de construção nas fachadas dos edifícios. As Paredes Verdes fornecem uma
camada adicional de isolamento exterior e, assim, limitam as flutuações térmicas.
Segundo Bicada (1999) apud Green Roofs (2018): “As Paredes Verdes protegem os
acabamentos exteriores e a alvenaria da radiação UV e da chuva. Elas também podem
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aumentar a vedação das portas, janelas e revestimentos, diminuindo o efeito da pressão do
vento”.
Melhor Qualidade De Ar Interior
A maioria dos norte-americanos passa de 80 a 90% de seu tempo em ambientes
fechados de acordo com Jenkins et al. (1992) apud Green Roofs (2018) e, como resultado,
são altamente influenciados pela eficácia dos sistemas de circulação de ar no interior.
Estima-se que os problemas associados à baixa qualidade do ar interno afetem
negativamente a produção no local de trabalho em US $ 60 bilhões por ano nos Estados
Unidos (REITZE, 1998 apud GREEN ROOFS, 2018).
O ar circulado por um edifício com uma Parede Verde estrategicamente colocada
será mais limpo do que em um edifício descoberto. A presença de vegetação dentro dele terá
o mesmo efeito.
Esses processos removem os poluentes transportados pelo ar, como o tolueno, o
etilbenzeno, o xileno e outros compostos orgânicos voláteis.
Redução De Ruído
A superfície com vegetação fornecida pela vegetação urbana estratégica, como as
Paredes Verdes, bloqueará sons de alta frequência e, quando construída com substrato ou
meio de crescimento, o suporte também pode bloquear ruídos de baixa frequência.
Potencial De Marketing
Edifícios, produtos e serviços verdes agora possuem uma vantagem competitiva no
mercado.
As Paredes Verdes são um símbolo facilmente identificável do movimento do
edifício verde, uma vez que são visíveis e afetam diretamente a quantidade de espaço verde
nos centros urbanos.
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2.3.3 BENEFÍCIOS ESPECÍFICOS DO PROJETO
Aumento Da Biodiversidade
Paredes Verdes podem ajudar a mitigar a perda de biodiversidade devido aos efeitos
da urbanização, ajudar a sustentar uma variedade de plantas, polinizadores e invertebrados,
e fornecer habitat e locais de nidificação para várias espécies de aves.
Melhor Saúde E Bem-Estar
De acordo com Honeyman (1987) apud Green Roofs (2018) os edifícios que
apresentam e promovem o acesso à vegetação foram documentados como tendo um impacto
positivo na saúde humana maior do que aqueles sem.
Estudos mostraram que o acesso visual a ambientes naturais leva a uma maior
satisfação e produtividade no trabalho, conforme afirma Kaplan (2001) apud Green Roofs
(2018) e também gera maiores taxas de recuperação pós-operatória em instalações médicas
(ULRICH, 1983 apud GREEN ROOFS, 2018).
Tratamento De Águas Residuais No Interior
Vários sistemas de reciclagem de água podem ser aplicados em Paredes Verdes.
Esses sistemas bombeiam água cinza através de uma Parede Verde, que passa por filtros,
cascalho e plantas marinhas.
Segundo Shirley Smith (2006) apud Green Roofs (2018): “A água tratada é então
enviada para um tanque de retenção de água cinzenta para uso doméstico ou de irrigação ou
liberado no sistema público de tratamento de água”.
Alguns desses sistemas também coletam águas pluviais, que são filtradas para uso
doméstico ou fins de irrigação conclui o autor.
3. CONCLUSÃO
Cabe aos profissionais da área da construção civil propagar o uso das Paredes Verdes
em edifícios, pois apresentam uma série de vantagens, tanto ecológicas como construtivas.
O objetivo principal do uso dessa técnica está em reduzir o impacto da perda de área vegetada
que a construção causa ou seja, serve como alternativa à falta de espaço, verticalizando-se
os espaços verdes. Pode parecer pouco, mas esses metros quadrados já são de enorme ajuda
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no combate à poluição urbana, pois captam o gás carbônico da atmosfera, algo essencial hoje
nas grandes cidades que carecem de qualidade do ar.
4. REFERÊNCIAS
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