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PARECER
SOBRE O FUNCIONAMENTO DO
SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL
ANO DE 2017
CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL
Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação
Criminal
Parecer sobre o funcionamento do SIIC - 2017 1
I - INTRODUÇÃO
O Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal (CFSIIC) foi
criado pela Lei n.º 73/2009, de 12 de Agosto [alterada pela Lei n.º 38/2015, de 11 de
Maio], com a missão de assegurar o controlo do sistema integrado de informação
criminal, sem prejuízo dos poderes de fiscalização da Assembleia da República, nos
termos constitucionais, bem como das competências da CNPD.
O sistema integrado de informação criminal (SIIC) foi instituído de acordo com as
condições e os procedimentos aprovados pelo referido diploma legal, na sequência do
estabelecido no artigo 11.º da Lei 49/2008, de 27 de Agosto (Lei de Organização da
Investigação Criminal), “através da implementação de uma plataforma para o
intercâmbio de informação criminal que assegure uma efectiva interoperabilidade entre
sistemas de informação dos órgãos de polícia criminal”, garantindo também por essa
via o respectivo dever de cooperação mútua entre os órgãos de polícia criminal (OPC)
no exercício as suas atribuições.
Elemento caracterizador desta plataforma para o intercâmbio de informação criminal
(PIIC) é o definido no n.º 1 do Artigo 3.º da Lei n.º 73/2009, de 12 de agosto, que
estabelece que os sistemas de informação dos órgãos de polícia criminal são
independentes uns dos outros e geridos por cada entidade de harmonia com o
específico quadro legal aplicável, devendo assegurar-se a sua “interoperabilidade” para
possibilitar a partilha de informação através da plataforma.
Com a Lei nº 38/2015, de 11 de maio, que procede à primeira alteração à Lei n.º
73/2009, de 12 de agosto, passa a ter também enquadramento legal a possibilidade de
através da PIIC se aceder complementarmente a outras bases de dados, as designadas
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«bases de dados complementares», embora consagrando a lei, para tal acesso, a
exigência de um conjunto de requisitos diferenciados.
É da responsabilidade do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SGSSI)
garantir a implementação e coordenação geral da plataforma e, em especial, assegurar
as funcionalidades de intercâmbio de informação, bem como a supervisão e segurança
global da plataforma.
Por sua vez, cada órgão de polícia criminal deve assegurar o regular funcionamento
dos seus sistemas de informação, bem como contribuir para a operacionalidade da
plataforma.
É também da responsabilidade conjugada dos serviços de informática e comunicações
dos órgãos de polícia criminal, a criação e a gestão da rede virtual cifrada dedicada
através da qual deve ser realizado o intercâmbio seguro de dados entre os utilizadores
da plataforma.
Na sua missão, nos termos do artigo 8.º da referida Lei nº 73/2009, o CFSIIC
“acompanha e fiscaliza a atividade do secretário-geral do Sistema de Segurança
Interna, bem como dos órgãos de polícia criminal no tocante ao intercâmbio de dados
e informações através do Sistema Integrado de Informação Criminal, velando pelo
cumprimento da Constituição e da lei, particularmente do regime de direitos,
liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos”.
De acordo com o disposto no nº 6 do citado artigo, compete, em especial, ao CFSIIC:
“a) Apreciar os relatórios concernentes à implementação e utilização do SIIC por
cada um dos órgãos de polícia criminal;
b) Receber, do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, com
regularidade bimensal, informação sobre o cumprimento das normas legais que
enquadram a criação da Plataforma para o Intercâmbio de Informação Criminal,
podendo solicitar e obter os esclarecimentos e informações complementares
que considere necessários ao cabal exercício dos seus poderes de fiscalização
do SIIC;
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c) Efectuar visitas de inspecção destinadas a colher elementos sobre o modo de
funcionamento e a actividade, no que toca ao SIIC, do secretário-geral do
Sistema de Segurança Interna e dos órgãos de polícia criminal;
d) Solicitar elementos que entenda necessários ao exercício das suas
competências ou ao conhecimento de eventuais irregularidades ou violações da
lei;
e) Emitir pareceres com regularidade mínima anual sobre o funcionamento do SIIC
a apresentar à Assembleia da República;
f) Propor ao Governo a realização de procedimentos inspetivos, de inquérito ou
sancionatórios, em razão de ocorrências cuja gravidade o justifique;
g) Pronunciar-se sobre quaisquer iniciativas legislativas que tenham por objecto o
SIIC”.
O CFSIIC funciona junto da Assembleia da República que lhe assegura os meios
necessários para cumprimento das suas atribuições e competências.
Com o presente documento visa-se emitir parecer sobre o funcionamento do sistema
integrado de informação criminal, a apresentar à Assembleia da República, nos termos
e para os efeitos do previsto na alínea e) do nº 2, do artigo 8º, da citada lei nº
73/2009, de 12 de agosto, incluindo-se um capítulo prévio que identifica as principais
atividades desenvolvidas pelo CFSIIC ao longo do ano de 2017.
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II - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO CFSIIC
1. Principais objetivos e ações
O Conselho de Fiscalização do Sistema Integrado de Informação Criminal estabeleceu
para o ano de 2017 um conjunto de ações com incidência na informação reportada
periodicamente pelos Órgãos de Polícia Criminal e pela Secretária Geral do Sistema de
Segurança Interna (SGSSI), bem como na observação direta e interação mediante
visitas de inspeção, tendo em vista a concretização dos seguintes objetivos, definidos
em função das suas competências e face ao estado de desenvolvimento e utilização da
Plataforma para o Intercâmbio da Informação Criminal (PIIC):
Assegurar, mediante o adequado acompanhamento, que o processo de
evolução e expansão da PIIC decorre em conformidade com os princípios
definidos na Constituição e na lei, particularmente o regime de direitos,
liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos;
Aprofundar a intervenção do CFSIIC no controlo e fiscalização do SIIC, em
sintonia com a dinamização do uso da PIIC;
Sedimentar os procedimentos de auditoria interna da PIIC, no quadro de
objetivos e avaliação de cada OPC, com reporte de resultados ao CFSIIC, como
base da ação fiscalizadora.
Assim, o CFSIIC incluiu no planeamento da sua atividade a realização de deslocações
às instalações de todos os OPC cujos sistemas integram o SIIC através da sua
interoperabilidade assegurada pela PIIC, para reuniões com os respetivos dirigentes e
auscultação de outros intervenientes no processo de manutenção, desenvolvimento e
expansão de utilização e auditoria, com vista a obter informação e formular
recomendações acerca do funcionamento, operacionalização, desempenho e utilização
da PIIC e respetivos procedimentos de autocontrolo.
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No mesmo contexto, para avaliação de procedimentos e troca de informação sobre a
respetiva atividade quanto à implementação e funcionamento da plataforma para o
intercâmbio de dados e informações, planeou a realização de reuniões com a
Secretária Geral do Sistema de Segurança Interna (SGSSI).
O CFSIIC, com vista á prossecução dos seus principais objetivos, contou ainda com
relatórios mensais da atividade dos OPC e da SGSSI no âmbito do SIIC, a cuja análise
procedeu sistematicamente, a par de outros temas em agenda, nas reuniões periódicas
do Conselho, em média pelo menos uma vez por mês.
2. Acompanhamento e fiscalização dos Órgãos de Policia Criminal
Ao longo do ano de 2017, o CFSIIC adotou a mesma metodologia dos anos anteriores
e para esse efeito promoveu diversas e sucessivas reuniões com os OPC enquadrados
com a utilização da plataforma para o intercâmbio de informação criminal, de modo a
auscultar a sensibilidade dos investigadores, analistas e outros intervenientes na
implementação e manutenção da plataforma, determinar no terreno o grau de
utilização da plataforma e sensibilizar os intervenientes nas várias escalas de decisão
para a importância deste instrumento de cooperação na investigação criminal e das
respetivas condições específicas de acesso e utilização da informação do SIIC.
Assim, as visitas realizadas ao longo do ano pelo CFSIIC aos OPC tiveram como temas
principais de discussão a análise e a verificação do funcionamento da PIIC, a utilidade
do acesso ao SIIC e a qualidade dos dados partilhados, a atribuição de perfis de
acesso e a sua distribuição pela estrutura orgânica do OPC, o funcionamento do
sistema de auditorias internas, incluindo quanto ao desempenho do módulo de
auditoria da própria PIIC, a dimensão da componente de indexação e a atualização do
respetivo processo de indexação, as ligações de bases de dados complementares, bem
como a sensibilização para o cumprimento dos procedimentos aprovados, com especial
relevo para a segurança e os mecanismos de auditoria interna e, sendo o caso,
necessidade de regulamentação dos respetivos sistemas de informação, tendo em vista
especialmente a questão da proteção de dados.
Deste modo, foram realizadas visitas à Guarda Nacional Republicana (GNR), Polícia
Marítima (PM), Polícia de Segurança Pública (PSP), Polícia Judiciária (PJ) e Serviço de
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Estrangeiros e Fronteiras (SEF), com verificação do funcionamento da PIIC, discussão
do aumento do número de utilizadores com perfis de acesso ao SIIC, conhecimento e
análise dos métodos de auditoria interna e verificação do funcionamento do módulo de
auditoria da PIIC.
A primeira visita do ano de 2017 ocorreu no dia 16 de Fevereiro, e teve lugar nas
instalações da GNR, na qual por dois analistas de investigação, foi feita uma
apresentação em ambiente real da investigação criminal, demonstrando-se que a
utilização do PIIC foi essencial nos casos apresentados.
Por este OPC, foi referido que a PIIC é tida como uma ferramenta eficaz, eficiente,
adequada à superação de soluções burocráticas.
Foi possível verificar pelo CFSIIC o empenho deste OPC na utilização da PIIC como
ferramenta de investigação e, bem assim, o empenho dos auditores no sentido de ser
assegurada uma utilização de acordo com o quadro legal em vigor e os procedimentos
aprovados.
Posteriormente, em 30 de Março de 2017, teve lugar a visita do CFSIIC à Polícia
Marítima, em procedimento de acompanhamento e fiscalização, na qual foram
realizadas diversos ensaios de pesquisa de registos de auditoria, com introdução de
dados e filtragens com níveis diferenciados. Foi ainda realizado um ensaio de
verificação aos registos das sessões de auditoria interna.
A Polícia Marítima, deu nota do aumento do número de utilizadores da PIIC,
considerado consentâneo com o valor atualmente adequado às necessidades da sua
estrutura orgânica.
Por último, foi referido que constitui procedimento deste OPC a realização de duas
auditorias em cada mês, que dão origem à elaboração de relatórios físicos sujeitos
posteriormente ao escrutínio e validação do Comandante e sujeitos a arquivo interno
deste OPC, podendo ser consultados pelo CFSIIC.
No âmbito desta auditoria à Polícia Marítima, foram consultados aleatoriamente
relatórios de auditoria, observando-se o seu arquivo, o procedimento de
manuseamento, concluindo-se pelo integral cumprimento das regras relativas à
utilização da plataforma e pelos procedimentos instituídos que asseguram a efetiva
auditoria na utilização da plataforma.
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Em 20 de Abril de 2017, o CFSIIC realizou auditoria à PSP. Nesta visita, a PSP afirmou
utilizar a PIIC para ações de investigação criminal, por analistas que são credenciados
em diversos pontos do território nacional. No que concerne às auditorias internas,
verifica-se que se realizam 4 auditorias internas por mês, no Departamento Central, e
que são replicadas nos Comandos territoriais.
A solicitação do CFSIIC, foi demonstrada a utilização da PIIC em modo de produção,
por dois agentes analistas de informação criminal, bem como foi verificado o
funcionamento do módulo de auditoria que, apesar de evidenciar falhas pontuais,
cumpria a sua função de fiscalização, o que foi confirmado pelo CFSIIC.
Ainda em cumprimento do plano de atividades traçado para o ano de 2017, no dia 18
de Maio, o CFSIIC deslocou-se às instalações da PJ.
A PJ afirmou que a PIIC presta informação com boa qualidade, devolvendo resultados
adequados em função das pesquisas efetuadas. Do mesmo modo, o OPC informou que
a indexação da informação terminou, sendo atualizada diariamente.
Quanto às auditorias internas, verificou-se que existem dois auditores preparados para
realização do procedimento regular de auditoria à utilização da PIIC, que elaboram
planos de ação trimestrais e relatórios mensais, enquadrados em rotinas de auditoria
aos demais sistemas de informação do OPC, realizando ainda mensalmente duas
auditorias aleatórias.
Foi, ainda, fornecido ao CFSIIC e por este analisado um despacho / circular do Diretor
Nacional que implementa um conjunto de regras relativas à utilização da PIIC e aos
procedimentos de auditoria, de modo a padronizar a utilização desta ferramenta para
todos os analistas das diversas diretorias.
No mês seguinte, em 22 de Junho de 2017, o CFSIIC visitou as instalações do SEF.
Nesta visita, além do mais, foi realizado um exemplo prático de um procedimento e
auditoria para verificar do estado de funcionamento da plataforma, bem como um
ensaio do procedimento de exportação dos dados estatísticos.
No que concerne à indexação, a mesma é realizada ao dia, ficando a informação
disponível na PIIC no dia imediato à sua entrada no sistema do SEF, não se registando
atrasos neste procedimento.
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Quanto às auditorias, são realizadas por critérios aleatórios de acordo com a decisão
tomada por cada um dos auditores, ficando registados em suporte informático, numa
base de dados exclusiva do SEF e sem registo físico do documento.
3. Acompanhamento e fiscalização da atividade da SGSSI
Com o intuito de debater as questões mais relevantes sobre a posição da PIIC, foram
realizadas duas reuniões com a Senhora Secretária-Geral do Sistema de Segurança
Interna, sendo que a primeira ocorreu no dia 6 de Julho, e a segunda no dia 18 de
Dezembro de 2017.
Na primeira reunião, pela Senhora Secretária foi salientada a importância fulcral, na
atualidade, do processo de candidatura da PIIC a financiamento, no âmbito do Fundo
da Segurança Interna, tendo em vista a resolução de problemas de ordem técnica que
ainda subsistem e geram constrangimentos significativos na utilização do SIIC, bem
como para assegurar a sua manutenção evolutiva e expansão, referindo, ademais, que
uma utilização regular da PIIC pelo Ministério Público, além de traduzir um melhor
aproveitamento das virtualidades desta ferramenta permite incrementar em todos os
OPC a utilização da plataforma como método de investigação criminal.
Na segunda reunião analisou-se o modelo dos relatórios mensais enviados ao CFSIIC e
reconheceu-se a utilidade de os reformatar por forma a focar os respetivos conteúdos
nos dados de apreciação do mês em causa, evitando a repetição de informação já
prestada em momento anterior.
Sobre o processo de financiamento do projeto de desenvolvimento da nova versão da
PIIC, a SGSSI assinalou a dependência de intervenção da Secretaria Geral da
Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM), o que fez gorar a candidatura em
curso, por falta de articulação adequada com a entidade gestora do FSI.
Entretanto, aguarda o começo de um novo procedimento de candidatura,
relativamente ao qual a SGPCM assumiu antecipadamente a responsabilidade pela
concretização, em colaboração estreita com a SGSSI.
Foi abordada, entre outros temas, a relevância atual da PIIC na atividade de
investigação criminal dos OPC e na forma de cooperação entre estes, tendo a SGSSI
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afirmado o aumento de importância desta ferramenta, testemunhando como disso
mesmo se apercebeu em ações de contacto direto, com os OPC, e como a própria
avaliação “Shengen”, a que Portugal esteve sujeito, deu nota da relevância da PIIC
como ferramenta de interoperabilidade dos sistemas de dados policiais, referindo-o
com exemplo positivo.
4. Apreciação dos relatórios mensais da SGSSI e dos OPC
Dando continuidade a uma prática adotada em 2015 e implementada com o contributo
do CFSIIC, durante todo o ano de 2017 procedeu-se sistematicamente a uma análise
da informação detalhada recebida através dos relatórios mensais enviados pela SGSSI
que agregam também a informação fornecida pelos OPC, incluindo dados estatísticos
quantitativos referentes à utilização da PIIC e processo de indexação, os quais são
objeto de tratamento mais desenvolvido no âmbito do parecer anual sobre o
funcionamento do SIIC a emitir nos termos da alínea e) do nº 2, do artigo 8º, da Lei
nº 73/2009, de 12 de agosto.
Nesta matéria procedeu-se a uma análise dos dados relativos a utilização da PIIC, a
evolução dos analistas e bem assim do número de procedimentos de auditoria, sendo
certo que o conteúdo dos relatórios mensais foi registando alterações qualitativas em
resultado das observações e contributos prestados por este Conselho no âmbito dos
procedimentos de auditoria e visitas aos OPC e em resultado das reuniões realizadas
com a SGSSI.
Estes relatórios permitiram ao CFSIIC proceder com periodicidade mensal à análise da
evolução do processo de implementação e utilização da PIIC, á evolução dos
procedimentos de auditoria tendo em conta a natureza informativa destes relatórios, o
detalhe no tratamento de dados que são obtidos e a sua capacidade para avaliar o
estado da Plataforma e utilização do SIIC.
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5. Reuniões do Conselho
Simultaneamente, ao longo do ano de 2017, realizaram-se treze reuniões do CFSIIC,
nas quais entre os vários assuntos debatidos, salientam-se as discussões sobre os
relatórios mensais relativos ao funcionamento do PIIC, apreciação do Relatório Final
remetido pelo Gabinete de Controlo Orçamental, organização das visitas aos OPC e as
reuniões com a SGSSI.
Nas referidas reuniões do CFSIIC, foi discutida a criação do "site”, aprovado o seu
projeto de construção e foi debatido o seu conteúdo.
Ademais, numa das reuniões o CFSIIC inteirou-se sobre o procedimento legislativo
respeitante à transposição, para a ordem jurídica nacional, das “Decisões Prum”,
acerca do intercâmbio de informações, para efeitos de prevenção e investigação de
infrações penais e de manutenção da ordem e seguranças públicas, relativas,
nomeadamente, aos perfis de ADN, dados dactilográficos, outros dados pessoais com
aqueles relacionados e dados relativos aos registos de matrícula de veículos.
Por último, nas reuniões do CFSIIC, foi ainda debatida a transposição da Diretiva
Europeia sobre o tratamento de dados pessoais e foram realizados balanços quanto à
relevância atual da PIIC na cooperação entre os OPC.
6. Criação do sítio do Conselho na Internet
Ao longo do ano o CFSIIC trabalhou na criação do sítio do Conselho na Internet, com o
fito de dar notícia da existência do CFSIIC, das suas atribuições, competências,
composição, atividades e assuntos tidos por relevantes a cada momento.
Assim, no “site” do CFSIIC ficará alojada a matéria relativa à legislação conexa com o
Conselho, notícias relativamente à sua atividade e, bem assim, informação sumária
relativa ao relatório anual e aos pareceres sobre o funcionamento do SIIC.
Passou a constituir tarefa do CFSIIC a atualização do “site” de modo a tornar mais
transparente a relação com o cidadão relativamente à atividade deste Conselho e a
permitir um escrutínio das suas competências, sem prejuízo da reserva que é devida
em função da natureza das matérias tratadas e da confidencialidade dos dados
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subjacentes à informação recolhida no quadro da fiscalização e das auditorias
realizadas.
7. Elaboração de Parecer sobre o funcionamento do SIIC
Dando cumprimento ao disposto na alínea e) do nº 2, do artigo 8º, da citada lei nº
73/2009, de 12 de agosto, o CFSIIC elaborou parecer anual sobre o funcionamento do
sistema integrado de informação criminal, que em 30 de Março de 2018 foi
apresentado à Assembleia da República.