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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno Balanço Geral do Estado Exercício 2010 Página 1 de 145 Governo do Estado de Mato Grosso 2010 Governo de Mato Grosso Auditoria Geral do Estado BALANÇO GERAL DO ESTADO PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE CONTROLE INTERNO CONTAS DE GOVERNO VOLUME V EXERCÍCIO 2010 ABRIL DE 2011.

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 1 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Governo de Mato Grosso

Auditoria Geral do Estado

BALANÇO GERAL DO ESTADO

PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE CONTROLE INTERNO

CONTAS DE GOVERNO

VOLUME V

EXERCÍCIO 2010

ABRIL DE 2011.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Estado de Mato Grosso

Auditoria Geral do Estado

SILVAL DA CUNHA BARBOSA Governador do Estado

JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO Secretário-Auditor Geral do Estado

EMERSON HIDEKI HAYASHIDA Secretário Adjunto de Auditoria

CRISTIANE LAURA DE SOUZA Secretária Adjunta de Corregedoria Geral

EDILENE LIMA GOMES DE ALMEIDA Secretária Adjunta de Ouvidoria Geral

ALYSSON SANDER DE SOUZA Superintendente de Auditoria

GERALDA MARIA CARVALHO DE SOUSA Superintendente de Desenvolvimento dos Subsistemas de Controle

LAURA CRISTINA CORREA ALMEIDA Assessora Técnica

MÔNICA CRISTINA DOS ANJOS ACENDINO Assessora Técnica

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 3 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Evolução da Receita Tributária projetada em relação à realizada no período

2007 a 2010 ....................................................................................................................... 32

Gráfico 2. Percentual de Realização das Medidas dos Projetos/Atividades vinculados ao

Programa de da Receita Pública (236), no período de jan a dez de 2010 ........................ 33

Gráfico 3. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Realização de ativos – jan a

dez/2010............................................................................................................................ 34

Gráfico 4. Percentual de Realização das medidas da Ação – Lançamento eletrônico do

tributo – jan a dez/2010 .................................................................................................... 36

Gráfico 5. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Controle da Obrigação

Tributária – jan a dez/2010 ............................................................................................... 37

Gráfico 6. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento do Sistema

de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010 ................... 39

Gráfico 7. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento da Gestão

da Receita Pública – jan a dez/2010 ................................................................................. 41

Gráfico 8. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aumento da Percepção do

Risco Fiscal – jan a dez/2010 ............................................................................................. 42

Gráfico 9. Percentual de Realização das medidas da Ação – Simplificação do Processo de

Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010 ................................................. 44

Gráfico 10. Percentual de Realização das Medidas da Ação - Aperfeiçoamento do

Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal – jan a dez/2010 ......... 45

Gráfico 11. Percentual de Realização das Medidas Ação – Superação dos Fatores Críticos

ao Sucesso da Política Tributária – jan a dez/2010 ........................................................... 46

Gráfico 12. Execução da Receita Orçamentária ....................................................................... 51

Gráfico 13. Execução das Receitas Correntes .......................................................................... 53

Gráfico 14. Execução das Receitas de Capital .......................................................................... 54

Gráfico 15. Execução das Despesas Correntes e de Capital ..................................................... 58

Gráfico 16. Execução Despesas Correntes por Grupo de Despesas ......................................... 59

Gráfico 17. Execução Despesas de Capital por Grupo de Despesas ........................................ 60

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 18. Operações de Crédito X Despesas de Capital ........................................................ 61

Gráfico 19. Comparativo do Superávit Financeiro ................................................................... 69

Gráfico 20. Comparativo do Passivo Não Financeiro ............................................................... 69

Gráfico 21. Composição Restos a Pagar ................................................................................... 76

Gráfico 22. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2011 ..... 140

Gráfico 23. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2010 ..... 140

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Programas Priorizados na LDO ................................................................................. 22

Tabela 2. Detalhamento das Receitas ...................................................................................... 28

Tabela 3. Detalhamento das Despesas ..................................................................................... 28

Tabela 4. Despesas por categoria econômica .......................................................................... 28

Tabela 5. Distribuição das Suplementações do Orçamento .................................................... 30

Tabela 6. Quociente de Excesso de Arrecadação ..................................................................... 30

Tabela 7. Quociente de Superávit Financeiro .......................................................................... 31

Tabela 8. Previsão Receita X Fixação da Despesa .................................................................... 48

Tabela 9. Balanço Orçamentário 2010 ..................................................................................... 49

Tabela 10. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias ....................................................... 50

Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas ........................................................................... 52

Tabela 12. Previsão X Execução das Receitas Intra-orçamentárias ......................................... 54

Tabela 13. Previsão Inicial X Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias ..................... 56

Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias .............................. 57

Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito ........................................................... 57

Tabela 16. Balanço Financeiro – 2010 ...................................................................................... 64

Tabela 17. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro ................................................... 65

Tabela 18. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro .......................................... 65

Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função .................................................................. 66

Tabela 20. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro ........................................... 68

Tabela 21. Apuração do Saldo Patrimonial .............................................................................. 70

Tabela 22. Demonstração das Variações Patrimoniais ............................................................ 71

Tabela 23. Publicidade - limite de gastos 2010 ........................................................................ 78

Tabela 24. Despesas com publicidade 2010 ............................................................................. 79

Tabela 25. Resultado Nominal .................................................................................................. 80

Tabela 26. Estoque da Dívida ................................................................................................... 81

Tabela 27. Resultado Primário ................................................................................................. 83

Tabela 28. Dívida Consolidada Líquida ..................................................................................... 85

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 29. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual ............................................. 87

Tabela 30. Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – RREO 6º bimestre 2010 ................. 89

Tabela 31. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º

bimestre de 2010 .............................................................................................................. 90

Tabela 32. Programa 289 – Aprendizagem com Qualidade ..................................................... 92

Tabela 33. Programa 290 – Gestão Ativa ................................................................................. 93

Tabela 34. Programa 250 – Fortalecimento do Ensino Superior ............................................. 94

Tabela 35. Aplicação na Saúde 12% - RREO 6º bimestre ......................................................... 96

Tabela 36. Programa 274 – Saúde da Família .......................................................................... 97

Tabela 37. Servidores Gestão de Pessoas SEDUC .................................................................... 99

Tabela 38. Lotacionograma SEDUC ........................................................................................ 101

Tabela 39. Vagas autorizadas X vagas ocupadas SEDUC - Apoio Administrativo

Educacional ..................................................................................................................... 102

Tabela 40. Concessões de aposentadorias ............................................................................. 103

Tabela 41. Projeção de aposentadorias janeiro de 2011 a dezembro de 2020 ..................... 104

Tabela 42. Qtde Vagas Ocupadas SES/MT – Ref. Dez/2010 ................................................... 105

Tabela 43. Qtde Vagas Autorizadas SES/MT – Ref. Dez/2010 ............................................... 106

Tabela 44. Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Segurança ..................... 108

Tabela 45. Terceirização de Mão de obra – Empresa Ábaco Tecnologia da Informação -

Contrato 055/2008 .......................................................................................................... 110

Tabela 46. Cessão de Servidores da SEJUSP para outros Órgãos ........................................... 111

Tabela 47. Cessão de Servidores de Outros Órgãos para a SEJUSP ....................................... 111

Tabela 48. UNEMAT - Pró-Reitoria de Administração – Gestão de Pessoas .......................... 114

Tabela 49. Lotacionograma UNEMAT..................................................................................... 115

Tabela 50. Relação dos servidores cedidos - UNEMAT .......................................................... 116

Tabela 51. Programas e Ações Priorizadas na área da Segurança ......................................... 118

Tabela 52. Programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados .............................................. 119

Tabela 53. Programa 302 – Inteligência – Conhecer para Decidir ......................................... 121

Tabela 54. Programa 306 – Nova Chance ............................................................................... 123

Tabela 55. Programa 307 – Rede Cidadã ................................................................................ 125

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 56. Programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e Criminalidade ........... 127

Tabela 57. Execução do Programa 239 “Meu Lar” ................................................................. 129

Tabela 58. Execução do Programa 72 “Obras Públicas e Infraestrutura” .............................. 129

Tabela 59. Execução do Programa 218 “Estradeiro”.............................................................. 130

Tabela 60. Produção AGE – período de janeiro a dezembro de 2010 ................................... 142

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 10

1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO ................................................. 12

2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA .......................................... 18

2.1 Plano Plurianual (PPA) ............................................................................................................................ 18

2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ............................................................................................... 22

2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais ........................................................................ 27

2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais ....................................................................... 29

3. MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E INCREMENTO DA RECEITA ................ 31

3.1 Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública - 236 ..................................... 33

3.2 Ação 3718: Realização de Ativos ............................................................................................................ 34

3.3 Ação 3720: Lançamento Eletrônico do Tributo ...................................................................................... 35

3.4 Ação 3719: Controle da Obrigação Tributária ........................................................................................ 36

3.5 Ação 3725: Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária .. 38

3.6 Ação 3726: Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública ................................................................. 39

3.7 Ação 3721: Aumento da Percepção do Risco Fiscal por Parte do Contribuinte ..................................... 40

3.8 Ação 3722: Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária ................................ 42

3.9 Ação 3727: Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal ..... 44

3.10 Ação 3726: Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária .................................... 45

4. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL ....................... 47

4.1 Balanço Orçamentário ........................................................................................................................... 47

4.1.1 Execução da Receita Orçamentária ................................................................................................ 50 4.1.1.1 Receitas Correntes .................................................................................................................................... 52 4.1.1.2 Receitas de Capital.................................................................................................................................... 53 4.1.1.3 Receitas intra-orçamentárias .................................................................................................................... 54

4.1.2 Execução da Despesa Orçamentária ............................................................................................... 55 4.1.2.1 Despesas Correntes .................................................................................................................................. 58 4.1.2.2 Despesas de Capital .................................................................................................................................. 59

4.1.3 Regra de Ouro ................................................................................................................................. 60

4.2 Balanço Financeiro ................................................................................................................................. 62

4.3 Balanço Patrimonial ............................................................................................................................... 67

4.3.1 Superávit Financeiro ....................................................................................................................... 67

4.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais .......................................................................................... 70

5. VEDAÇÕES DO ÚLTIMO ANO DO MANDATO ......................................................... 72

5.1 Aumento de despesa total com pessoal ................................................................................................ 72

5.2 Contratar Operações de Crédito por Antecipação de Receita - ARO ..................................................... 74

5.3 Disponibilidade Financeira versus Restos a Pagar .................................................................................. 74

5.4 Realização de ações publicitárias ........................................................................................................... 76

6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS ..................................................................... 79

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 9 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

6.1 Resultado Nominal ................................................................................................................................. 79

6.2 Resultado Primário ................................................................................................................................. 82

6.3 Dívida Pública ......................................................................................................................................... 85

6.4 Operações de Crédito ............................................................................................................................ 86

6.5 Despesa com Pessoal ............................................................................................................................. 87

6.6 Educação ................................................................................................................................................ 88

6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino .................................................................................... 88

6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica .............................................. 90

6.6.3 Programas da Educação priorizados na LDO .................................................................................. 91

6.7 Saúde ...................................................................................................................................................... 95

6.7.1 Aplicação na Saúde – 12% .............................................................................................................. 95

6.7.2 Programas da Saúde priorizados na LDO ....................................................................................... 97

7. PESSOAL ............................................................................................................... 98

7.1 Subsistema de Pessoal da SEDUC ........................................................................................................... 98

7.2 Subsistema de Pessoal da SES .............................................................................................................. 104

7.3 Subsistema de Pessoal da SEJUSP ........................................................................................................ 107

7.4 Subsistema de Pessoal da UNEMAT ..................................................................................................... 113

8. SEGURANÇA ....................................................................................................... 118

9. OBRAS ................................................................................................................ 128

10. TRANSPARÊNCIA – LEI COMPLEMENTAR 131/2009 ............................................. 135

11. CONTROLE INTERNO ........................................................................................... 136

12. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 143

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

APRESENTAÇÃO

O presente Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno, que acompanha a

Prestação de Contas Anual de Governo, é exigência da Lei Complementar n. 269/2007,

artigo 25, §2º (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso) e da LC

295/2007, que em seu artigo 6º, inciso XVIII prevê que compete a Unidade de Controle

Interno examinar e emitir parecer sobre as contas anuais prestadas pelo Chefe do Poder

Executivo.

Considerando que, de acordo com o disposto no art. 52 da Constituição Estadual,

a Auditoria Geral do Estado é o órgão superior de Controle Interno e em atendimento à

LC 269/2007, à LC 295/2007 e à Resolução 14/2007 do Tribunal de Contas do Estado de

Mato Grosso, nos termos do item 1.4, do Manual de Remessa de Documentos,

aprovado pela Resolução Normativa 01/2009-TCE/MT, apresentamos o Parecer Técnico

Conclusivo do Controle Interno, referente à Prestação de Contas do Governo do Estado

do exercício de 2010.

Neste parecer a Auditoria Geral do Estado faz análise do Planejamento

Governamental, das medidas para recuperação de créditos e incremento da receita, do

desempenho da receita e da despesa, do cumprimento dos índices constitucionais e dos

limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal e das áreas de Pessoal,

Segurança, Obras e Controle Interno, com base nas informações contidas no Relatório

Circunstanciado sobre as Contas do Governo (anexo I), nas diversas demonstrações

contábeis, nos relatórios que compõem o Balanço Geral do Estado, em informações

encaminhadas pelas respectivas secretarias e também com base nos trabalhos de

auditoria desenvolvidos no decorrer do exercício de 2010.

Para desenvolvimento desse trabalho foram selecionados 10 tópicos, a saber:

1 – Perfil do Poder Executivo de Mato Grosso;

2 – Planejamento – PPA, LDO e LOA;

3 – Medidas de recuperação de crédito e incremento da Receita;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 11 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4 – Análise da Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial;

5 – Vedações do último ano de mandato;

6 – Limites Constitucionais e Legais

7 – Pessoal

8 – Segurança;

9 - Obras; e

10 – Controle Interno.

Page 12: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 12 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO

De início faz-se necessário detalhamento da composição da estrutura do Poder

Executivo Estadual, nos termos da Lei Complementar n. 14/1992 e suas alterações, para

que se possa verificar a dimensão de órgãos e entidades que fazem parte das Contas de

Governo do Exercício de 2010. Nesse sentido, foi detalhada a macroestrutura do Poder

Executivo vigente no exercício de 2010, sendo composta pela Administração Direta –

Governadoria e Secretarias – e pela Administração Indireta - Entidades vinculadas às

Secretarias (Autarquias, Fundações, Empresa Pública e Sociedades de Economia Mista),

conforme segue:

ADMINISTRAÇÃO DIRETA:

I – GOVERNADORIA

1. Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CONDES;

2. Conselho de Governo;

3. Vice-Governadoria;

4. Casa Civil;

5. Casa Militar;

6. Auditoria-Geral do Estado – AGE;

7. Procuradoria Geral do Estado - PGE.

II – SECRETARIAS DE ESTADO

1. Secretaria de Estado de Administração - SAD;

2. Secretaria de Estado de Infraestrutura - SINFRA;

3. Secretaria e Estado de Ciência e Tecnologia - SECITEC;

Page 13: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 13 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4. Secretaria de Estado de Comunicação Social - SECOM;

5. Secretaria de Estado de Cultura - SEC;

6. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural - SEDER;

7. Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo - SEDTUR;

8. Secretaria de Estado de Educação - SEDUC;

9. Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - SEEL;

10. Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ;

11. Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia - SICME;

12. Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP;

13. Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA;

14. Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN;

15. Secretaria de Estado de Saúde - SES;

16. Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social –

SETECS.

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

III – ENTIDADES VINCULADAS ÀS SECRETARIAS DE ESTADO

- AUTARQUIAS:

1. Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso – INTERMAT, vinculado à SEDER;

2. Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso – INDEA/MT, vinculado à SEDER;

3. Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/MT, vinculado à SINFRA;

4. Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT, vinculada à SICME;

5. Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado - MATO GROSSO SAÚDE,

vinculado à SAD;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 14 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

6. Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso – IMEQ/MT, vinculado à

SICME;

7. Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso – AGER,

vinculada à Governadoria;

8. Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal – FIFA

2014 – AGECOPA, vinculada ao Gabinete do Governador.

- FUNDAÇÕES:

1. Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, vinculada à

SECITEC;

2. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT, vinculada

à SECITEC;

3. Fundação Nova Chance – FUNAC, vinculada à SEJUSP.

- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:

1. Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A. –

EMPAER, vinculada à SEDER;

2. Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT, vinculada à SICME;

3. Companhia Mato-grossense de Gás - MT Gás, vinculada à SICME;

4. Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A - MT FOMENTO, vinculada à

SICME;

5. Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso – SANEMAT, vinculada à

SINFRA.

- EMPRESA PÚBLICA:

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 15 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

1. Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso – CEPROMAT,

vinculado à SEPLAN.

É importante mencionar que foram criados na organização da Administração do

Poder Executivo Estadual doze Núcleos Sistêmicos, conforme Lei Complementar

264/2006 e alterações, com a finalidade de racionalizar a execução das atividades

sistêmicas e demais atividades de apoio, para a conseqüente melhoria da qualidade dos

serviços oferecidos às atividades finalísticas, sem prejuízo à capacidade de auto-

administração dos titulares dos órgãos e entidades os quais representam.

Assim, os Núcleos Sistêmicos tem competência sobre as atividades de pessoal,

patrimônio, aquisições, planejamento, orçamento, informações, informática,

desenvolvimento organizacional, administração financeira, contábil e controle interno,

além de outras atividades de suporte e apoio comuns a todos os órgãos da

Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de gestão centralizada.

No Exercício de 2010 os Núcleos estavam organizados da seguinte maneira:

I - Núcleo Governadoria:

a) Vice-Governadoria;

b) Casa Civil;

c) Casa Militar;

d) Auditoria-Geral do Estado;

e) Secretaria de Comunicação Social.

II - Núcleo Planejamento, Tecnologia e Jurídico:

a) Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral;

b) Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso;

c) Procuradoria Geral do Estado.

Page 16: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 16 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

III - Núcleo Administração:

a) Secretaria de Estado de Administração;

b) Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso;

c) Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social.

IV - Núcleo Cultura, Ciência, Lazer e Turismo:

a) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;

b) Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo;

c) Secretaria de Estado de Cultura;

d) Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia;

e) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso;

f) Fundo Estadual de Educação Profissional.

V - Núcleo Socioeconômico:

a) Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia;

b) Instituto Mato-grossense de Metrologia e Qualidade Industrial;

c) Junta Comercial do Estado de Mato Grosso;

d) Companhia Mato-grossense de Gás;

e) Companhia Mato-grossense de Mineração;

f) Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A.

VI - Núcleo Agropecuário:

a) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural;

Page 17: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 17 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

b) Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso;

c) Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso;

d) Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A.;

VII – Núcleo Ambiental:

a) Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

VIII - Núcleo Segurança:

a) Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública;

b) Polícia Judiciária Civil;

c) Polícia Militar;

d) Corpo de Bombeiros Militar.

IX - Núcleo Trânsito e Transporte:

a) Secretaria de Estado de Infraestrutura;

b) Departamento Estadual de Trânsito.

X - Núcleo Educação:

a) Secretaria de Estado de Educação.

XI - Núcleo Fazendário:

a) Secretaria de Estado de Fazenda.

XII - Núcleo Saúde:

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 18 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

a) Secretaria de Estado de Saúde.

É importante informar que em 20 de dezembro de 2010 foi publicada a Lei

Complementar n. 413, que promoveu alterações na estrutura e organização da

Administração Pública no âmbito do Poder Executivo, criando e desmembrando algumas

secretarias, porém, essas alterações terão impacto no exercício de 2011.

2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA

2.1 Plano Plurianual (PPA)

A Lei 8827, de 17 de janeiro de 2008 aprovou o Plano Plurianual – PPA para o

período de 2008 a 2011, em cumprimento às disposições dos artigos 165 § 1º, da

Constituição Federal e art. 164 da Constituição Estadual.

O PPA 2008-2011 foi elaborado incorporando elementos do MT +20, que é um

Plano de Desenvolvimento de longo prazo para Mato Grosso, que na fase de elaboração

contou com 12 fóruns Regionais de Desenvolvimento, do qual participaram

representantes de todos os municípios do Estado.

Para compor o PPA desse quadriênio foram identificados treze objetivos

estratégicos e priorizadas algumas estratégias inseridas nesses objetivos, conforme

segue:

Objetivo Estratégico 1 “Melhoria da qualidade de vida”.

Estratégias priorizadas:

a) Utilização de espaços escolares para iniciativas de inclusão social, combinando

capacitação (contempla inclusão digital dos jovens), esportes e cultura;

b) Ampliação do acesso à moradia das camadas mais pobres da população;

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

c) Estimular a expansão e melhoria do saneamento básico;

d) Melhoria da eficiência e eficácia operacional dos órgãos de combate à

criminalidade.

Objetivo Estratégico 2 “Aumento do nível geral de saúde”.

Estratégia priorizada:

a) Fortalecimento da atenção básica à saúde.

Objetivo Estratégico 3 “Ampliação da educação, com universalização da educação

básica (infantil, fundamental e média) e elevação do nível e da qualidade dos ensinos

médio e fundamental”.

Estratégia priorizada:

a) Reestruturação da gestão do sistema educacional.

Objetivo Estratégico 4 “Fortalecimento da capacidade científica e tecnológica do Estado

com ampliação dos investimentos e aumento do número de pesquisadores ativos”.

Estratégia priorizada:

a) Educação a distancia para todos os níveis de educação de jovens e adultos.

Objetivo Estratégico 5 “Formação e expansão da rede de cidades de forma controlada e

sustentável, incluindo o monitoramento da geração e do aproveitamento dos resíduos

sólidos urbanos para geração de energia renovável e venda de crédito de carbono”.

Estratégia priorizada:

a) Melhoria das condições de habitabilidade e funcionalidade das cidades.

Objetivo Estratégico 6 “Ampliação do emprego e da renda da população, aumento do

PIB per capita e elevação da população ocupada com carteira assinada, levando à

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

ampliação da formalização da economia mato-grossense”.

Estratégia priorizada:

a) Descentralização e desconcentração regional do desenvolvimento.

Objetivo Estratégico 7 “Preservação do patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso,

com valorização da diversidade cultural com respeito aos povos indígenas e sua

contribuição para a formação da cultura mato-grossense”.

Estratégia priorizada:

a) Fomento ao intercâmbio entre as diferentes culturas regionais em Mato Grosso.

Objetivo Estratégico 8 “Conservação do meio ambiente e da biodiversidade

(preservação e manutenção) uso e manejo sustentável dos recursos naturais (solo, água,

minerais e bióticos em áreas de conservação) com diminuição das pressões antrópicas,

especialmente sobre a floresta”.

Estratégia priorizada:

a) Fomento e disciplinamento do uso sustentável dos recursos naturais de Mato

Grosso.

Objetivo Estratégico 9 “Redução do ritmo de desmatamento e recuperação do passivo

ambiental e das áreas degradadas dos biomas de Mato Grosso”.

Objetivo Estratégico 10 “Democratização e aumento da eficiência da gestão pública do

Estado e dos municípios e da excelência dos serviços públicos prestados à sociedade,

com base na melhoria da estrutura do Estado e controle sistemático dos recursos

governamentais”.

Estratégia priorizada:

a) Implantação de modelo de gestão apoiado na definição, consecução e avaliação

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

de metas e indicadores.

Objetivo Estratégico 11 “Ampliação da infra-estrutura econômica e da competitividade

da economia mato-grossense”.

Estratégia priorizada:

a) Expansão e recuperação da malha rodoviária do Estado (Estradeiro).

Objetivo Estratégico 12 “Redução da vulnerabilidade externa da economia com o

declínio da participação das exportações de produtos in natura na economia estadual

(percentual do PIB) e ampliação da participação de bens manufaturados na pauta de

exportação mato-grossense”.

Objetivo Estratégico 13 “Diversificação da estrutura produtiva e adensamento das

cadeias produtivas com ampliação da participação da indústria na economia estadual”.

Estratégias priorizadas:

a) Estímulo ao beneficiamento da produção da pecuária de corte com agregação de

valor, destacando a instalação de frigoríficos para produção de carnes especiais e

embutidos e de planta industrial para curtumes, artefatos de couro e calçados, e

carcaças, inclusive de pescado;

b) Verticalização das atividades do agronegócio empresarial e familiar;

c) Ampliação e melhoria da infra-estrutura de turismo e dos serviços de apoio ao

turismo no Estado.

No sentido de atender aos objetivos estratégicos e às prioridades foram

levantados no PPA 96 programas, sendo distribuídos conforme disposto na Lei

8827/2008.

No corpo da Lei do PPA contém autorização para que anualmente sejam

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

promovidas alterações no PPA, quando da elaboração da Lei de Diretrizes

Orçamentárias, podendo realizar ajustes como a inclusão, alteração ou exclusão de

ações previstas nos programas do PPA, respeitada a metodologia e sistemática definida

pela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN.

Vale registrar que atendendo ao princípio da transparência previsto no art. 48,

caput da Lei de Responsabilidade Fiscal, o planejamento do Governo, abrangendo o

MT+20, PPA, LDO e LOA, pode ser acessado por qualquer cidadão, através do sítio da

SEPLAN.

2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

A LDO 2010 foi aprovada pela Lei 9.203, de 25 de agosto de 2009, estabelecendo

Diretrizes Orçamentárias do Estado de Mato Grosso para o exercício financeiro de 2010,

em cumprimento ao disposto no art. 162, inciso II, § 2º, da Constituição Estadual, e nas

normas contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal.

No Anexo I da LDO foram apresentadas as metas e prioridades, estando

coerentes com o planejamento apresentado no PPA.

Tabela 1. Programas Priorizados na LDO

PROGRAMAS META

Objetivo Estratégico 1

“Melhoria da Qualidade de

Vida”

239 – Meu Lar 7674 casas construídas

72 – Obras Públicas e

Infraestrutura 13 Km de asfalto

301 – Gestão Estratégica

de Resultados

70% de estruturação do

Sistema de Gestão

Estratégica da Justiça e

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Segurança;

Readequação da estrutura

física da SEJUSP.

302 – Inteligência –

Conhecer para Decidir

Implantação do Sistema de

Inteligência de Justiça e

Segurança Pública;

20% de intensificação das

ações de inteligência.

306 – Nova Chance

Geração de emprego e

renda para 1664

reeducandos;

12 unidades de atividade

laboral implantadas.

307 – Rede Cidadã

50000 crianças e

adolescentes atendidas na

prevenção de contato com

drogas;

Construção de 6 Bases

Comunitárias de

Segurança;

Ampliação de 10 unidades

de Rede Cidadã.

312 – Enfrentamento

integrado da violência e da

criminalidade

Descentralização do

Centro Integrado de

Operações de Segurança

Pública;

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Ampliação em 40% das

ações operacionais

integradas para segurança

da fronteira oeste.

Objetivo Estratégico 2

“Aumento do nível geral

da saúde”

274 – Saúde da Família

67,5% da população

coberta pela estratégia da

saúde da família;

47% da população coberta

pelas equipes de saúde

bucal.

Objetivo Estratégico 3

“Ampliação da educação,

com universalização da

educação básica (infantil,

fundamental e média) e

elevação do nível e da

qualidade dos ensinos

médio e fundamental”

289 – Aprendizagem com

qualidade

20% das escolas com ciclo

consolidado – organização

curricular por ciclos de

formação humana;

50 unidades escolares com

apoio a projetos escolares

com caráter

interdisciplinar;

450 turmas com

acompanhamento de fluxo

e qualidade da

aprendizagem;

16 unidades com

fortalecimento dos

CEFAPROS.

290 – Gestão Ativa Implementação do

sigescola em 211 unidades;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 25 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Expansão e melhoria do

espaço esportivo de 40

unidades escolares de ens.

fundamental;

Ampliação, adequação e

reforma de 92 unidades

desconcentradas;

23 novas unidades

escolares construídas;

Expansão e melhoria do

espaço esportivo de 40

unidades escolares de ens.

Médio;

Ampliação, adequação e

reforma de 9 prédios

escolares – ens. Médio;

166 escolas vistoriadas –

infra-estrutura;

141 municípios atendidos

com manutenção do

transporte escolar;

500.000 alunos atendidos

com alimentação escolar.

Objetivos Estratégico 4

“Fortalecimento da

capacidade científica e

tecnológica do estado com

250 – Fortalecimento do

Ensino Superior

82 cursos de graduação

sendo mantidos e

fortalecidos;

1000 vagas em

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 26 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

ampliação dos

investimentos e aumento

do número de

pesquisadores ativos”

modalidades diferenciadas

p/ capacitação de prof. e

outros profissionais.

255 – Desenvolvimento

Científico, Tecnológico e

de Inovação

469 pessoas qualificadas;

110 projetos financiados –

pesquisa científica e

tecnológica.

Objetivo Estratégico 8

“Conservação do meio

ambiente e da

biodiversidade

(preservação e

manutenção) uso e

manejo sustentável dos

recursos naturais (solo,

água, minerais e bióticos

em áreas de conservação)

com diminuição das

pressões antrópicas,

especialmente sobre a

floresta”

181 – Gestão Florestal do

Estado de Mato Grosso

3 milhões de hectares

licenciadas;

200 mil hectares de áreas

fiscalizadas –

desmatamento e

queimadas;

7.000.000 m3 de volume

de madeira autorizada.

Objetivo Estratégico 11

“Ampliação da infra-

estrutura econômica e da

competitividade da

economia mato-

grossense”

218 – Estradeiro 576,5 km de

pavimentação.

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 27 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Objetivo Estratégico 13

“Diversificação da

estrutura produtiva e

adensamento das cadeias

produtivas com ampliação

da participação da

indústria na economia

estadual”

185 – Desenvolvimento

Estratégico da Cadeia

Produtiva do Turismo

15 eventos de promoção e

divulgação do potencial

turístico do estado;

6 unidades de projetos

elaborado e gerenciado de

implantação de infra-

estrutura turística.

Fonte: LDO 2010 - SEPLAN

2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais

A Lei Orçamentária do Exercício de 2010 – LOA 2010 foi aprovada pela Lei 9298,

de 30 de dezembro de 2009, compreendendo o Orçamento Fiscal, da Seguridade Social

e de Investimentos das Empresas Estatais, em consonância com o Plano Plurianual e

contendo todos os Programas priorizados na Lei de Diretrizes Orçamentárias, portanto,

atendendo ao art. 165, § 2º da Constituição Federal e ao caput do art. 5º da Lei de

Responsabilidade Fiscal.

A Receita total estimada e a Despesa fixada na LOA 2010 totalizaram R$

8.857.579.918,00 (oito bilhões oitocentos e cinqüenta e sete milhões quinhentos e

setenta e nove mil e novecentos e dezoito reais), incluindo nesse montante os recursos

próprios das Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia

Mista.

Desse montante de Receita, o valor de R$ 528.949.123,00 (quinhentos e vinte e

oito milhões novecentos e quarenta e nove mil cento e vinte e três reais) refere-se a

Receitas Intra-orçamentárias, por se tratar de operações entre órgãos, fundos,

autarquias, fundações, empresas e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e

da Seguridade Social.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

A Receita prevista foi desdobrada conforme detalhamento da tabela 2.

Tabela 2. Detalhamento das Receitas

Receitas Correntes R$ 8.251.253.87,00

Receita de Capital R$ 77.376.924,00

Receitas Intra-orçamentárias Corrente R$ 528.949.123,00

Receita Total R$ 8.857.579.918,00

Fonte: LOA 2010

A Despesa fixada foi divida da forma disposta na tabela 3.

Tabela 3. Detalhamento das Despesas

Orçamento Fiscal R$ 7.118.892.845,00

Orçamento da Seguridade Social R$ 1.736.531.085,00

Orçamento de Investimento R$ 2.155.988,00

Total do Orçamento R$ 8.857.579.918,00

Fonte: LOA 2010

O desdobramento da despesa fixada em categoria econômica foi planejado como

consta na tabela 4.

Tabela 4. Despesas por categoria econômica

Despesas Correntes R$ 7.668.597.641,00

Despesas de Capital R$ 1.122.109.965,00

Page 29: Parecer AGE

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Reserva de Contingência R$ 66.872.312,00

Total da Despesa R$ 8.857.579.918,00

Fonte: LOA 2010

Na LOA 2010 houve autorização para abertura de créditos suplementares até o

limite de vinte por cento do total da despesa fixada e também relativo aos consignados

como Reserva de Contingência. Porém, no §1º do art. 6º foram excluídas do limite

despesas relativas à pessoal e encargos, convênios, dívida pública estadual, débitos

constantes de precatórios judiciais, recursos destinados à AGECOPA e despesas à conta

de recursos vinculados constitucionalmente.

Cabe registrar que a exceção imposta no §1º do art. 6º da LOA constava na Lei

Orçamentária de 2009 e o TCE-MT recomendou, quando do julgamento das contas de

2009 (realizado em 2010), para não conter tais dispositivos nas próximas Leis

Orçamentárias Anuais, porém como o julgamento ocorreu em 2010, a LOA do exercício

em análise já estava vigente, não sendo possível o cumprimento do recomendado no

exercício de 2010. Porém, verificada a LOA 2011 nota-se que não há mais autorização de

aberturas de créditos suplementares sem limite estabelecido, conforme determina a

Constituição Federal.

Após as aberturas de créditos adicionais o orçamento de 2010 fechou a despesa

no montante de R$ 10.965.340.042,76 (excluídos as despesas fixadas na MT Fomento,

visto que este órgão não opera no sistema FIPLAN), tendo, portanto, acrescido ao

orçamento inicial o montante de R$ 2.109.916.112,76.

2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais

O acréscimo ao Orçamento Inicial de R$ 2.109.916.112,76 foi distribuídos entre

órgão do Legislativo, TCE, Judiciário e o Poder Executivo da forma que segue na tabela

abaixo. Nessa tabela foram considerados os créditos suplementares e especiais

resultantes de incorporação por excesso de arrecadação, superávit financeiro do

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 30 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

exercício anterior, convênios e operações de créditos. Dessa forma, ficaram de fora as

suplementações por anulação de dotação, remanejamento e transposição que não

alteraram o saldo final de dotação dos órgãos.

Tabela 5. Distribuição das Suplementações do Orçamento

Órgão Saldo de Suplementação

01101 - AL/MT 61.232.018,00

01303 - ISSSPL 1.657.736,00

02101 - TCE/MT 17.065.793,66

03101 - TJ/MT 58.624.886,98

PODER EXECUTIVO 1.971.335.678,12

TOTAL R$ 2.109.916.112,76

Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN

O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação

entre os Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação e o total do

excesso de arrecadação, indicando a parcela do excesso de arrecadação utilizada para

abertura de créditos adicionais. O resultado desse quociente pode ser verificado na

tabela que segue.

Tabela 6. Quociente de Excesso de Arrecadação

Quociente de Excesso de Arrecadação (a/b) 0,96

Créditos Adicionais abertos por meio de Excesso de Arrecadação (a) 991.792.536,28

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 31 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Total do Excesso de Arrecadação (b) 1.032.491.666,84

Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN

Verifica-se pelo quociente de excesso de arrecadação que o total de créditos

suplementares e especiais abertos correspondeu a noventa e seis por cento do excesso

de arrecadação do exercício, portanto, mantendo-se o equilíbrio orçamentário.

O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre

os Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro e o total do superávit

financeiro apurado no exercício anterior, indicando a parcela do superávit financeiro

utilizada para abertura de créditos adicionais. Assim, a tabela abaixo traz o resultado

desse quociente, indicando que o superávit do exercício anterior foi superior à abertura

de crédito adicional por essa fonte.

Tabela 7. Quociente de Superávit Financeiro

Quociente de Superávit Financeiro (a/b) 0,57

Créditos Adicionais abertos por superávit financeiro do exercício anterior (a) 238.786.235,47

Superávit financeiro do exercício anterior (b) 415.518.548,12

Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN

Em relação aos créditos especiais não foi constatada abertura sem lei

autorizativa, atendendo ao disposto na Constituição Federal, art. 167, V.

3. MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E INCREMENTO DA RECEITA

Page 32: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 32 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

A Receita Pública, em 2010, atingiu o valor de R$ 10.986 milhões, superando em

12,11% o previsto na LOA (R$ 9.799 milhões. Esse desempenho positivo deve-se a

exploração adequada das bases tributárias estaduais e ao aperfeiçoamento das relações

federativas fiscais, como forma de garantir maior participação de Mato Grosso no bolo

de recursos distribuídos pela União.

No campo tributário, o desempenho da arrecadação deve-se,

fundamentalmente, ao aperfeiçoamento dos mecanismos de administração financeira

de débitos, a intensificação da presença fiscal junto aos contribuintes (difusão de risco

fiscal), a intensificação dos cruzamentos de dados para lançamento do tributo e à

ampliação da cobrança dos créditos tributários. Essas ações permitiram que a Receita

Tributária Estadual tivesse um crescimento em 2010 de 6,56% em relação a 2009,

conforme se observa no gráfico 01.

Gráfico 1. Evolução da Receita Tributária projetada em relação à realizada no período 2007 a 2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

-

600.000

1.200.000

1.800.000

2.400.000

3.000.000

3.600.000

4.200.000

4.800.000

5.400.000

6.000.000

2007 2008 2009 2010

Valo

r em

Mil

es (

R$)

Receita Tributária Realizada

Previsão Meta Valor Realizado

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

De acordo com informações prestadas pela SARP – Secretaria Adjunta da Receita

Pública – SEFAZ, foram adotadas diversas medidas com o objetivo de promover a

recuperação de créditos e incrementos da receita pública. Segue abaixo gráficos

demonstrando a realização dessas medidas, durante o exercício de 2010, consolidado

no programa 236 “Gestão da Receita Pública” e detalhados por Ação.

3.1 Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública - 236

O Programa de Gestão da Receita Pública - 236 atingiu 79,31% de execução em

2010.

Gráfico 2. Percentual de Realização das Medidas dos Projetos/Atividades vinculados ao Programa de da Receita Pública (236), no período de jan a dez de 2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

79,31%75,00%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização do Programa Gestão da receita Pública - 236

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

3.2 Ação 3718: Realização de Ativos

Esse projeto foi concebido com objetivo de melhorar a capacidade da

Administração Tributária em transformar os direitos tributários em caixa, necessários ao

financiamento das políticas públicas.

Os principais resultados alcançados no ano de 2010 foram:

a. Incremento dos procedimentos de cobrança dos devedores inscritos na

conta corrente fiscal, que resultou na emissão de mais de 140.062 avisos

de cobrança e na recuperação de mais de R$ 514.422.277,00 relativos a

2010 ou anos anteriores;

b. Fiscalização de mais de 74.929 cargas de mercadorias em trânsito, com

geração de crédito tributário da ordem de R$ 414.184.600,00;

c. Fiscalização de mais de 5.100 estabelecimentos, com a constituição de

crédito tributário no valor R$ 1.344.000.000,00.

Gráfico 3. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Realização de ativos – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

70,22%75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3718) Realização de Ativos

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

3.3 Ação 3720: Lançamento Eletrônico do Tributo

O projeto tem como objetivo identificar, quantificar os créditos tributários

omitidos pelo sujeito passivo e efetuar a exigência do tributo junto a quem de direito,

mediante o tratamento eletrônico, em larga escala, dos dados disponíveis,

O grau de realização das medidas que compõem o projeto atingiu 58,80% de

execução em 2010, como se pode observar no gráfico abaixo. O resultado alcançado

deve-se a massificação da utilização de dados eletrônicos, da implantação da Nota Fiscal

Eletrônica (NF-e) e da Escrituração Fiscal e Contábil Eletrônica (EFD), de Operações de

Cartão Magnético, entre outras. Também influenciou no resultado a construção de

novos métodos de cruzamento de dados, a autorização normativa para a utilização de

novos instrumentos para constituição do crédito tributário e a disseminação do risco

fiscal provocada pela implantação de medidas vinculadas ao projeto.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Múltiplas ações de cruzamento eletrônico de dados, envolvendo diferentes

bases fazendárias, para identificar omissão e irregularidades praticadas por

contribuintes do estado. Essa ação resultou na emissão de

aproximadamente 46.581 notificações a contribuintes e na exigência de

tributo em valor superior a R$ 1.600.000.000,00.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 4. Percentual de Realização das medidas da Ação – Lançamento eletrônico do tributo – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

3.4 Ação 3719: Controle da Obrigação Tributária

O projeto tem como objetivo criar as condições necessárias para a identificação e

correção do descumprimento da obrigação tributária no menor tempo possível,

preferencialmente de forma eletrônica.

A execução de 60,80% das medidas vinculadas ao projeto deve-se a execução de

ações efetivas e ágeis de detecção de comportamentos irregulares, de notificações

efetuadas aos contribuintes para correção desses comportamentos desviantes e da

respectiva aplicação de providências legais sancionatórias, quando necessárias.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Aperfeiçoamento do controle da liquidação dos créditos tributários

constituídos através de Termos de Apreensão e Depósito - TAD, que

58,80%

75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3720)Lançamento Eletrônico do Tributo

Page 37: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 37 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

passaram a ter o registro do crédito tributário constituído na Conta

Corrente Fiscal;

b. Implantação da Nota Fiscal Eletrônica para um conjunto de contribuintes

que representa mais de 80% do ICMS recolhido ao Estado de Mato Grosso.

Em 2010, 26.878 contribuintes passaram utilizar a NF-e, sendo emitidos

mais de 52,36 milhões documentos fiscais;

c. Implantação da Escrituração Fiscal Digital, sendo hoje utilizada por um

universo de 10.015 contribuintes. A SEFAZ já recepcionou 115.500

escriturações fiscais de contribuintes do ICMS.

Gráfico 5. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Controle da Obrigação Tributária – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

60,80%

75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3719)Controle da Obrigação Tributária

Page 38: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 38 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

3.5 Ação 3725: Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da

Obrigação Tributária

O projeto tem como objetivo aumentar a produtividade do sistema de

fiscalização através da melhoria de eleição de alvos, do mapeamento das infrações,

anomalias e comportamentos irregulares de contribuintes e da investigação enquanto

técnica operativa da função fiscalizadora para equidade econômica e social. A execução

das medidas vinculadas ao projeto alcançou o índice de realização de 79,54%, conforme

se pode observar no gráfico abaixo.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Elevação do valor médio de R$ 600.000,00 (2008) para R$ 2.000.000,00

(2009/2010) em cada fiscalização realizada pelo FISCO;

b. Consolidação do Sistema Eletrônico de Malha Fiscal, que permite a

programação da ação fiscal com base em critérios objetivos, de acordo com

perfil do sujeito passivo e do risco fiscal que oferece à realização da Receita

Pública.

c. Fiscalização de mais de 5.100 estabelecimentos, com a constituição de

crédito tributário no valor R$ 1.344.000.000,00.

Page 39: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 39 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 6. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

3.6 Ação 3726: Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública

O projeto visa dar maior efetividade à forma de como a Receita Pública é gerida.

Em 2010, a área da receita pública aprimorou as suas práticas de gestão através

da inovação e melhoria nos seus processos de planejamento, execução, controle e

avaliação. A execução das medidas que compõem a referida ação atingiu 76,20% em

2010.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Aumento da capacitação da força de trabalho para executar os produtos e

serviços da Receita Pública. No ano de 2010 foi promovido o treinamento

de mais de 1.236 servidores em pelo menos 40 horas/ano;

b. Aumento das ações de transparência, com a divulgação bimestral, no site

da Secretaria de Fazenda, dos resultados alcançados pela Receita Pública;

79,54%75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3725)Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da

Obrigação Tributária

Page 40: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 40 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

c. Implantação da prática do planejamento das ações no nível tático, com a

elaboração do: PAFET - Plano de Fiscalização de Estabelecimentos e

Transportadoras, PAICV – Plano Anual de Indução ao Cumprimento

Voluntário da Obrigação; PARD – Plano Anual de Recuperação de Débitos e

no PACD – Plano Anual de Cruzamento de Dados. Ainda que se trate de

esforço inicial, que exige um prazo maior para consolidação, já se observa

um melhor direcionamento dos esforços da força de trabalho e uma

redução do subjetivismo nas decisões;

d. Redução do prazo, em até 15 dias, para concessão de parcelamento de

débitos tributários;

e. Reestruturação do Processo de Atendimento ao Contribuinte, visando

melhorar a ambiência, reduzir o prazo de entrega dos serviços e adequar os

compromissos assumidos junto aos cidadãos/usuários. O resultado dessa

reformulação se refletirá ao longo dos próximos anos.

3.7 Ação 3721: Aumento da Percepção do Risco Fiscal por Parte do Contribuinte

O projeto foi elaborado para desenvolver a comunicação proativa com o

contribuinte, destinada a mostrar que sua conduta é efetivamente acompanhada e que

o fisco tem mecanismos para detectar e sancionar condutas anômalas que conduzam à

evasão de receita Pública. O projeto atingiu 83,70% de execução das suas medidas em

2010.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Mais de 2.000 contribuintes notificados eletronicamente pelo

rompimento de contrato ou inadimplência de parcelamento de débitos;

b. Cerca de 57.800 notificações eletrônicas feitas a contribuintes para

confirmação ou regularização de dados cadastrais;

c. Mais de 5.100 fiscalizações em estabelecimentos;

Page 41: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 41 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

d. Envio de informações relevantes ao quadro societário e aos contabilistas,

através de meio eletrônico, sem que tenham efetuado solicitação

(proativamente).

Gráfico 7. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

76,20% 75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3723)Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública

Page 42: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 42 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 8. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aumento da Percepção do Risco Fiscal – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

3.8 Ação 3722: Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária

O projeto está voltado atender as legítimas necessidades do contribuinte,

propiciando-lhe condições menos onerosas para cumprir a obrigação tributária de forma

célere e cômoda.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Ampliação da quantidade de modalidades disponíveis ao sujeito passivo

para pagamento do tributo, passando de 03 para 05;

b. Ampliação da rede arrecadadora em 104 pontos de atendimento (período

2008 a 2010);

c. Instituição da cobrança de tributos pela rede bancária;

83,70%75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3721)Aumento da Percepção do Risco Fiscal

Page 43: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 43 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

d. Revisão/atualização da legislação para facilitar o cumprimento da

obrigação tributária pelo sujeito passivo, mediante a revogação expressa

de dispositivos legais que já estavam revogados tacitamente ou cuja

vigência estava expirada (regras transitórias), uma vez que a permanência

dos mesmos pode induzir o contribuinte a erros;

e. Disponibilização crescente de serviços ao contribuinte por meio eletrônico,

auto-atendimento e no domicílio, mediante desconcentração do

atendimento presencial;

f. Implantação de sistema informatizado que permite disponibilizar as

propostas de alteração de legislação tributária aos contribuintes para

críticas e sugestões, objetivando o aperfeiçoamento do texto legal em

elaboração;

g. Implantação do sistema E-PROCESS, que possibilita ao contribuinte efetuar

demandas de serviços e acompanhar seu andamento e solução por meio

eletrônico.

h. Reestruturação do Processo de Atendimento, visando melhorar a

ambiência, reduzir o prazo de entrega dos serviços e adequar os

compromissos assumidos junto aos cidadãos/usuários, proporcionando-

lhes condições menos onerosas, mais céleres e cômodas para o

cumprimento da obrigação tributária. Foram efetuados em 2010

aproximadamente 2,71 milhões de atendimentos, resultando na entrega de

14,74 milhões de produtos aos cidadãos/usuários.

Em 2009, dentre as medidas previstas para o projeto, algumas foram

implantadas em sua totalidade, outras estão sendo iniciadas e algumas na fase de

desenvolvimento de aplicativos de informática, resultando no alcance 71,10% de

execução das medidas vinculadas ao referido projeto, conforme se pode visualizar no

gráfico que segue.

Page 44: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 44 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 9. Percentual de Realização das medidas da Ação – Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

3.9 Ação 3727: Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de

Interesse Fiscal

A ação foi concebida para o quadriênio do PPA, que visa garantir a implantação

de sistema de informação para suportar as decisões com base fática em todos os níveis

da Receita Pública. O resultado da evolução das ações no exercício 2010 correspondeu a

uma evolução de 75,70% das medidas previstas para o projeto.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Mapa de Irregularidade Fiscal (Sistema de Informação Gerencial - SIG)

elaborado bimestralmente no exercício (06 mapas), por segmento e por

região fiscal e disponibilizado as unidades que cuidam do planejamento

e execução das ações fiscais (AERP, APTR, GCCE e GPAF);

71,10%75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3722)Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária

Page 45: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 45 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

b. Ações de fiscalização por segmento e por Região Fiscal na recuperação

da receita tributária realizada com base no SIG.

Gráfico 10. Percentual de Realização das Medidas da Ação - Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

3.10 Ação 3726: Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária

Foi concebido para identificar e trabalhar as situações cuja superação seja de

grande importância para consecução dos objetivos da Política Econômica e Tributária.

A ação está em fase de análise e revisão dos fatores críticos ao sucesso da

Política Econômica e Tributária, definidos na Portaria 127/05, atingindo 59,80% de

execução em 2010. A implantação de ferramentas eletrônicas e o desenvolvimento de

75,70% 75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3727)Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação

de Interesse Fiscal

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 46 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

projetos pela SARP elevarão o percentual de execução das medidas e resultará na

efetividade do projeto.

Os principais resultados alcançados foram:

a. Identificação e quantificação dos impactos na receita tributária estadual de

31 projetos em tramitação no legislativo federal e COFAZ;

b. Estabelecimento de parcerias com outras unidades federadas no âmbito do

CONFAZ ou de outros colegiados, que reúne as administrações tributárias,

para a exploração de 16 oportunidades de atuação conjunta mutuamente

vantajosa aos entes federados.

Gráfico 11. Percentual de Realização das Medidas Ação – Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária – jan a dez/2010

Fonte: Relatório SEFAZ-MT

59,80%

75%

100%

0,00%

20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

120,00%

Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011

% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3726)Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária

Page 47: Parecer AGE

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL

O objetivo da presente análise é verificar se as demonstrações contábeis

apresentadas no Balanço Geral do Estado que compõe a Prestação de Contas de

governo referente ao exercício de 2010 expressam adequadamente, em seus aspectos

relevantes, a real situação orçamentária, financeira e patrimonial do Estado.

4.1 Balanço Orçamentário

O balanço orçamentário está previsto no artigo 102 da Lei nº 4.320/64, conforme

transcrito abaixo:

Art. 102 – O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.

A estrutura básica deste balanço encontra-se no Anexo 12 da supracitada lei.

No exercício de 2010 as receitas previstas e as despesas autorizadas na Lei n.

9.298/2009, Lei Orçamentária Anual, totalizaram o idêntico valor de R$

8.857.579.918,00 (oito bilhões oitocentos e cinqüenta e sete milhões quinhentos e

setenta e nove mil novecentos e dezoito reais), dos quais R$ 2.155.988,00 (dois milhões

cento e cinqüenta e cinco mil novecentos e oitenta e oito reais) refere-se a Orçamento

de Investimento da estatal MT Fomento.

É importante informar que desconsiderando as operações de natureza intra-

orçamentárias o valor da previsão inicial da receita perfaz um total de R$

8.326.474.807,00 (oito bilhões trezentos e vinte e seis milhões quatrocentos e setenta e

quatro mil oitocentos e sete reais) em contrapartida com o valor de R$

8.448.671.136,50 (oito bilhões quatrocentos e quarenta e oito milhões seiscentos e

setenta e um mil cento e trinta e seis reais e cinqüenta centavos) que se refere à fixação

inicial da despesa. Dessa forma, verifica-se a ocorrência de Déficit de previsão no valor

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

de R$ 122.196.329,50 (cento e vinte e dois milhões cento e noventa e seis mil trezentos

e vinte e nove reais e cinqüenta centavos).

Cabe informar ainda que na tabela abaixo não consta o valor do orçamento da

MT FOMENTO, uma vez que a referida empresa não está integrada ao Sistema FIPLAN.

A tabela abaixo demonstra a previsão e fixação inicial da Receita e da Despesa

Orçamentária, bem como o déficit apurado na previsão.

Tabela 8. Previsão Receita X Fixação da Despesa

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

De forma resumida o balanço orçamentário do Estado de Mato Grosso referente

ao exercício de 2010 encontra-se demonstrado abaixo:

Receitas Previsão Despesas Previsão

Valor Valor

Créditos Orçamentários e Suplementares 8.381.798.824,50

Receitas Correntes 8.251.253.871,00 Créditos Especiais -

Receitas de Capital 75.220.936,00 Reserva de Contingência 66.872.312,00

Total Receitas Orçamentárias 8.326.474.807,00 Total Despesas Orçamentárias 8.448.671.136,50

Déficit 122.196.329,50 Superávit -

Total 8.448.671.136,50 Total 8.448.671.136,50

Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 9. Balanço Orçamentário 2010

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

De acordo com a tabela acima, verifica-se a ocorrência de superávit

orçamentário, decorrente da diferença positiva entre a receita e a despesa realizada, na

importância de R$ 292.844.195,28 (duzentos e noventa e dois milhões oitocentos e

quarenta e quatro mil cento e noventa e cinco reais e vinte e oito centavos).

Do confronto entre a receita e a despesa realizada, excluindo as operações de

natureza intra-orçamentárias, também se apura um superávit orçamentários de R$

258.690.232,56 (duzentos e cinqüenta e oito milhões seiscentos e noventa mil duzentos

e trinta e dois reais e cinqüenta e seis centavos), como pode ser observado na tabela

abaixo:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 10. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.1 Execução da Receita Orçamentária

As receitas representam todos os ingressos orçamentários de caráter não

devolutivo auferidos pelo poder público para alocação e cobertura das despesas

orçamentárias, sendo classificadas, segundo categoria econômica, em receitas correntes

e de capital.

As receitas efetivamente arrecadadas ou recebidas no exercício totalizaram R$

9.358.966.473,84 (nove bilhões trezentos e cinqüenta e oito milhões novecentos e

sessenta e seis mil quatrocentos e setenta e três reais e oitenta e quatro centavos),

excluídas as intra-orçamentárias. Desse montante, R$ 8.739.940.716,58 (oito bilhões

setecentos e trinta e nove milhões novecentos e quarenta mil setecentos e dezesseis

Page 51: Parecer AGE

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

reais e cinqüenta e oito centavos), equivalente a 93,38% (noventa e três vírgula trinta e

oito por cento) do total da receita arrecadada ou recebida no período, refere-se a

receitas correntes.

O gráfico abaixo demonstra em percentual a execução da receita.

Gráfico 12. Execução da Receita Orçamentária

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

A tabela abaixo demonstra a previsão versus execução da receita:

93%

7%

Execução da Receita

Receitas Correntes Receitas de Capital

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Para análise da previsão versus execução da receita foram excluídas as operações

de natureza intra-orçamentárias. De acordo com a tabela acima é possível verificar que

no exercício de 2010 houve excesso de arrecadação na importância de R$ R$

1.032.491.666,84 (um bilhão trinta e dois milhões quatrocentos e noventa e um mil

seiscentos e sessenta e seis reais e oitenta e quatro centavos), o correspondente a um

acréscimo de 12,40% (doze vírgula quarenta por cento) da previsão inicial.

4.1.1.1 Receitas Correntes

As Receitas Correntes são compostas pelas seguintes receitas: Tributária,

Contribuições, Patrimonial, Agropecuária, Industrial, Serviços e as provenientes de

recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito Público ou Privados

destinadas a atender as despesas correntes.

Do total das receitas correntes executadas o equivalente a 59,41% refere-se à

arrecadação de receitas tributárias seguida das transferências correntes que

corresponde a 30,72% (trinta vírgula setenta e dois por cento), como pode ser

observado no gráfico abaixo:

Page 53: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 53 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 13. Execução das Receitas Correntes

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.1.2 Receitas de Capital

As Receitas de Capital resultam da efetivação das operações de crédito,

alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras

receitas de capital.

Em relação à execução das receitas de capital é possível verificar que as

operações de créditos foram as de maior percentual de execução, como pode ser

constatado no gráfico abaixo:

59,41

10,12

0,98

0,00

0,03

2,65

30,72

6,86

Receitas Tributárias

Receitas de Contribuições

Receitas Patrimoniais

Receitas Agropecuárias

Receitas Industriais

Receitas de Serviços

Transferências Correntes

Outras Receitas Correntes

Execução Receitas Correntes

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 14. Execução das Receitas de Capital

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.1.3 Receitas intra-orçamentárias

Em se tratando das receitas intra-orçamentárias, a execução superou em R$

155.200.963,94 (cento e cinqüenta e cinco milhões duzentos mil novecentos e sessenta

e três reais e noventa e quatro centavos) a previsão inicial. Desse montante a receita de

contribuições teve maior percentual de participação, o equivalente a 34,15% (trinta e

quatro vírgula quinze por cento) como pode ser certificado na tabela abaixo:

Tabela 12. Previsão X Execução das Receitas Intra-orçamentárias

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

58,86

0,78 0,47

39,67

0,23

Operações de Crédito

Alienações de Bens

Amortizações de Empréstimos

Concedidos

Transferências de Capital

Outras Receitas de Capital

Execução Receitas de Capital

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4.1.2 Execução da Despesa Orçamentária

A Lei Federal n.º 4.320/64 classifica a Despesa Orçamentária por categoria

econômica em Despesas Correntes e Despesas de Capital.

A apresentação do Balanço Orçamentário está estruturada em Créditos Iniciais,

Suplementares, Especiais e Extraordinários, evidenciados por categoria econômica e

detalhado até o nível de grupo de despesa.

A metodologia utilizada para a realização das análises abaixo levaram em

consideração as despesas provenientes de operações intra-orçamentárias.

Conforme evidenciado na Tabela abaixo a previsão inicial da despesa consolidada

totalizou a importância de R$ 8,8 bilhões distribuídos da seguinte forma: o valor de R$

8,4 bilhões refere-se a despesas orçamentárias e o valor de R$ 406,7 milhões refere-se

às operações de natureza intra-orçamentárias. Já a previsão atualizada importou o valor

de R$ 10,9 bilhões. Dessa maneira verifica-se a abertura de créditos adicionais no valor

de R$ 2,1 bilhões que pode ser confirmado na mesma tabela.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 13. Previsão Inicial X Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Procedida à análise da tabela abaixo, verifica-se que houve economia

orçamentária na importância de R$ 1,2 bilhão, proveniente da diferença apurada entre

a execução e previsão atualizada da despesa.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Em se tratando da execução total das despesas do exercício 2010 (orçamentárias

e intra-orçamentárias), no tocante aos tipos de créditos utilizados no período, observa-

se que os créditos orçamentários e suplementares perfazem um total de R$ 9,7 bilhões

que equivale a 99,89% (noventa e nove vírgula oitenta e nove por cento). A tabela

abaixo demonstra essa execução.

Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito

Despesas Execução %

Títulos

Créditos Orçamentários e Suplementares 9.739.885.134,25 99,89

Créditos Especiais 10.387.231,25 0,11

TOTAL DAS DESPESAS 9.750.272.365,50 100,00

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 58 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

No tocante as despesas orçamentárias por categorias econômicas o gráfico

abaixo demonstra que a execução das despesas correntes alcançou 88% (oitenta e oito

por cento) da execução total do período. Nesse demonstrativo não foram consideradas

as operações de natureza intra-orçamentárias, uma vez que estas representam apenas

7% (sete por cento) da execução total.

Gráfico 15. Execução das Despesas Correntes e de Capital

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.2.1 Despesas Correntes

As Despesas Correntes constituem-se despesas de natureza operacional, ou seja,

que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.

Essas despesas representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio,

respondendo assim, pela manutenção e o funcionamento da máquina administrativa.

A metodologia utilizada para análise das despesas correntes contemplou as

operações de natureza intra-orçamentárias.

No exercício de 2010 o montante das despesas correntes executadas foi de R$

8,6 bilhões. É importante destacar que as despesas com pessoal e encargos atingiram R$

Despesas correntes

88%

Despesas de Capital

12%

Execução Despesas Correntes X Despesas de Capital

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4,5 bilhões o que equivale a 52,37% (cinqüenta e dois vírgula trinta e sete por centos)

desse montante.

Destaca-se também que as outras despesas correntes atingiram um percentual

de 40,93% (quarenta vírgula noventa e três por cento) seguidos dos juros e encargos da

dívida como demonstrado no gráfico abaixo:

Gráfico 16. Execução Despesas Correntes por Grupo de Despesas

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.2.2 Despesas de Capital

As Despesas de Capital constituem-se despesas realizadas pela entidade pública,

cujo propósito é criar novos bens de capital ou mesmo adquirir bens de capital para uso

ou realizar transferências de Capital. Tais despesas em geral resultam em acréscimo do

patrimônio público.

O Estado executou durante o exercício em despesas de capital o montante de R$

1.100.875.245,12 (um bilhão cem milhões oitocentos e setenta e cinco mil duzentos e

quarenta e cinco reais e doze centavos). Desse montante o equivalente a 73% (setenta e

três por cento) refere-se a investimentos e 27% refere-se à amortização da dívida.

Pessoal e Encargos Sociais

Juros e Encargos da Dívida

Outras Despesas Correntes

52,37

6,69

40,93

Execução por Grupo de Despesas

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

É importante ressaltar que as inversões financeiras apresentaram valor

irrelevante. Nesta análise das despesas de capital foram incluídas as operações de

natureza intra-orçamentárias

Gráfico 17. Execução Despesas de Capital por Grupo de Despesas

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.1.3 Regra de Ouro

Outro quociente a ser analisado é o da Execução Orçamentária Corrente

resultante da relação entre a Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada

Corrente. Segue abaixo o cálculo desse quociente.

Nessa análise estão incluídas as operações de natureza intra-orçamentárias.

Quociente da Execução Corrente

TOTAL RECEITAS CORRENTES = 9.424.090.803,52 = 1,09

TOTAL DESPESAS CORRENTES 8.649.397.120,38

Investimentos 73%

Inversões Financeiras

0%

Amortizações da Dívida

27%

Execução por grupo de despesa

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Através da interpretação desse quociente é possível verificar que a receita

corrente suportou as despesas correntes, ou seja, não foi necessário utilizar receitas de

capital para financiar despesas correntes.

Outra análise a ser efetuada é quanto à obediência a chamada “Regra de Ouro”

amparada pela Constituição Federal de 1988, artigo 167, III, que assim estabelece: é

vedada a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital,

ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade

precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”. Essa regra tem por

objetivo conter o excesso de operações de crédito e conseqüentemente endividamento

dos entes públicos.

Procedida à análise dos valores das receitas provenientes de operações de

crédito em confronto com as despesas de capital durante o exercício de 2010 verifica-se

que houve obediência a essa regra, como demonstrado no gráfico abaixo:

Gráfico 18. Operações de Crédito X Despesas de Capital

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Operações de Crédito Despesas de Capital

10.794.277

1.119.972.465

Regra de Ouro

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

4.2 Balanço Financeiro

De acordo com a Lei nº 4.320/64, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a

despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-

orçamentária, conjugados com os saldos em espécies provenientes do exercício

anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.

Dessa forma, o Balanço Financeiro abrange tanto os Ingressos (Receitas

Orçamentárias e Recebimentos Extra-orçamentários) quanto os Dispêndios (Despesa

Orçamentária e Pagamentos Extra-orçamentários), que se equilibram com a inclusão do

saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie

para o exercício seguinte na coluna das despesas.

O resultado financeiro do exercício corresponde à diferença entre o somatório

dos ingressos orçamentários com os extra-orçamentários e dos dispêndios

orçamentários e extra-orçamentários. Se os ingressos forem maiores que os dispêndios,

ocorrerá um superávit; caso contrário, ocorrerá um déficit. Vale lembrar que este

resultado não deve ser entendido como superávit ou déficit financeiro do exercício, cuja

apuração é obtida por meio do Balanço Patrimonial. O resultado financeiro pode ser

também apurado pela diferença entre o saldo disponível para o exercício seguinte e o

saldo disponível do exercício anterior.

Dessa forma, logo após a tabela 16 que traz o Balanço Financeiro, foram

inseridas duas tabelas de demonstração do quociente orçamentário e extra-

orçamentário do Resultado Financeiro, que é resultante da relação entre o Resultado

Orçamentário e Extra-orçamentário e o Resultado Financeiro (Variação do Saldo em

Espécie).

Cabe registrar que no Relatório do Contador foi esclarecido que nem todas as

contas elencadas no conjunto de contas de Receitas Extra-orçamentárias e Despesas

Extra-orçamentárias se enquadram no conceito de Extra-orçamentário da Lei 4320/64.

As contas Receita do Tesouro a Receber, Receita Própria a Receber, Receita do Tesouro

a Repassar e Receita do Tesouro a Receber são contas de ativo e passivo financeiro que

por conta de modelo operacional praticado na Contabilidade Geral do Estado são

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

demonstradas no grupo de Receitas e Despesas Extra-orçamentárias por falta de melhor

opção de enquadramento no Balanço Financeiro. As demais contas obedecem ao

conceito da Lei 4320/64.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 16. Balanço Financeiro – 2010

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Título Acumulado Título Acumulado

Receita Despesa

Receita Orçamentária 10.043.116.560,78 Despesa Orçamentária 9.750.272.365,50

Receitas Correntes 9.424.090.803,52 Legislativa 367.554.937,49

Receitas Tributárias 5.192.572.849,88 Judiciária 461.843.900,36

Receitas de Contribuições 1.471.967.187,30 Essencial a Justiça 162.863.806,12

Receitas Patrimoniais 85.661.254,09 Administração 867.485.808,13

Receitas Agropecuárias 73.597,60 Segurança Pública 915.993.100,82

Receitas Industriais 9.839.456,88 Assistência Social 11.663.973,28

Receitas de Serviços 321.034.097,50 Previdência Social 1.136.822.716,40

Transferências Correntes 2.684.860.635,49 Saúde 836.953.176,08

Outras Receitas Correntes 599.257.949,37 Trabalho 35.695.292,00

(-) Dedução da Receita Corrente - FUNDEB -941.095.879,41 Educação 1.331.868.543,51

(-) Outras Dedução da Receita Corrente -80.345,18 Cultura 17.186.452,71

Receita de Capital 619.025.757,26 Cidadania 64.040.058,20

Operação de Crédito 364.338.994,00 Urbanismo 62.898.319,26

Alienações de Bens 4.804.106,42 Habitação 32.480.123,95

Amortizações de Empréstimos 2.899.268,60 Gestão Ambiental 77.686.419,29

Transferências de Capital 245.576.399,70 Ciência e Tecnologia 95.793.301,59

Outras Receitas de Capital 1.406.988,54 Agricultura 118.868.527,69

Organização Agrária 18.193.136,77

Indústria 49.418.485,57

Comércio e Serviços 40.967.960,43

Energia 5.477.387,42

Transportes 437.083.334,93

Desporto e Lazer 68.432.922,22

Encargos Especiais 2.533.000.681,28

Receitas Extra-Orçamentárias 6.814.904.915,80 Despesas Extra-Orçamentárias 7.341.743.595,46

Restos a Pagar Processados 68.891.874,49 Restos a Pagar Processados 310.345.570,92

Restos a Pagar não Processados 299.531.191,52 Restos a Pagar não Processados 365.875.554,47

Consignações Inscritas em RP 55.706.519,64 Consignações Exercícios Anteriores 71.367.587,31

Consignações do Exercício 1.101.834.194,69 Consignações do Exercício 1.101.834.194,69

Depósitos de Diversas Origens 1.116.816.836,62 Depósitos de Diversas Origens 1.774.011.804,35

Despesas a Regularizar 468.657,38 Despesas a Regularizar 468.657,38

Depósitos a Terceiros 577.864.856,74 Depósitos a Terceiros 101.665.592,03

Receita Própria a Repassar 986.086.921,48 Receita Própria a Repassar 986.086.516,88

Receita do Tesouro a Repassar 810.807.419,04 Receita do Tesouro a Repassar 810.807.419,04

Receita própria a receber 986.086.516,88 Receita própria a receber 986.086.921,48

Recitas do Tesouro a Receber 810.809.927,32 Recitas do Tesouro a Receber 810.809.927,32

Restos a Pagar Processados de Exercícios Anteriores 52.192,62

Restos a Pagar não Processados de Exercícios Anteriores 14.248.160,25

Consignações de RP não Processados de Ex. Anteriores 257.609,83

Consignações de RP Processados de Ex. Anteriores 8.856,73

Consignações do Exercício de RP não Processado 7.504.655,69

Outras Consignações Dep. Diversas Origens 298.165,10

Contribuições Fiscais e Sociais a Recuperar 14.209,37

SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR SALDO DISPONÍVEL PARA EXERCÍCIO SEGUINTE

DISPONÍVEL 859.581.516,34 DISPONÍVEL 625.587.031,96

EM CAIXA 0,00 EM CAIXA 0,00

EM BANCOS 859.581.516,34 EM BANCOS 625.587.031,96

Bancos Conta Movimento 859.581.516,34 Bancos Conta Movimento 625.587.031,96

Capacidade Financeira 0,00 Capacidade Financeira 0,00

Recebida 366.899.730,06 Recebida 134.258.206,44

(-)Concedida -366.899.730,06 (-)Concedida -134.258.206,44

Total 17.717.602.992,92 Total 17.717.602.992,92Nota: As contas Receita Própria a Repassar / Receita Própria a Receber / Receita do Tesouro a Repassar / Receita do Tesouro a Receber - são contas de ativo e passivo financeiro que por conta de modelo operacional praticado pela

Contabilidade Geral do Estado são demonstradas no grupo de Receitas e Despesas Extra-Orçamentárias por falta de melhor opção de enquadramento no Balanço Financeiro.

Balanço FinanceiroReceita Despesa

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 65 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 17. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro

RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 10.043.116.560,78

DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 9.750.272.365,50

RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) R$ 292.844.195,28

SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 859.581.516,34

SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 625.587.031,96

RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) -R$ 233.994.484,38

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Tabela 18. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro

RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 6.814.904.915,80

DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 7.341.743.595,46

RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) -R$ 526.838.679,66

SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 859.581.516,34

SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 625.587.031,96

RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) -R$ 233.994.484,38

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Verifica-se pelas tabelas que o resultado financeiro demonstra que ocorreu

variação negativa no saldo de disponibilidade do exercício de 2009 para o de 2010. A

tabela 17 indica que o Resultado Orçamentário contribuiu para uma variação positiva,

porém em proporção maior o resultado extra-orçamentário foi deficitário (tabela 18), o

que implicou em decréscimo do disponível na comparação do exercício anterior com o

de 2010.

Em geral, um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio

financeiro. No entanto, é importante mencionar que uma variação positiva na

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 66 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

disponibilidade do período não é sinônimo, necessariamente, de bom desempenho da

gestão financeira, pois pode acontecer, por exemplo, mediante elevação do

endividamento público. Da mesma forma, a variação negativa na disponibilidade do

período não significa, necessariamente, um mau desempenho, pois pode refletir uma

redução no endividamento.

Nesse exercício o resultado negativo pode ser explicado pela quitação de restos

a pagar de exercícios anteriores, e nesse sentido o resultado financeiro deficitário é

entendido de forma positiva, pois contribuiu para a diminuição da dívida de curto prazo.

Se verificado o exercício anterior, nota-se que aquele exercício encerrou-se com

insuficiência de disponibilidade para fazer face aos restos a pagar inscritos, o que

provocou reflexos no resultado financeiro de 2010.

O Balanço Financeiro traz também as Despesas por Função de Governo, sendo as

funções com maior dispêndio de recursos demonstradas na tabela 19, conforme segue.

Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função

Nº Ordem Função de Governo Valor % Total

1 Encargos Especiais 2.533.000.681,28 25,98%

2 Educação 1.331.868.543,51 13,66%

3 Previdência Social 1.136.822.716,40 11,66%

4 Segurança Pública 915.993.100,82 9,39%

5 Administração 867.485.808,13 8,90%

6 Saúde 836.953.176,08 8,58%

7 Judiciária 461.843.900,36 4,74%

8 Transportes 437.083.334,93 4,48%

9 Legislativa 367.554.937,49 3,77%

10 Essencial a Justiça 162.863.806,12 1,67%

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

... Demais Funções 698.802.360,38 7,17%

Despesa Orçamentária 9.750.272.365,50 100,00%

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador/AGE

Verifica-se que a Função com maior execução foi a “encargos especiais”. Essa

Função engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um

bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas,

ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação

neutra. Segundo o relatório do contador as despesas mais representativas dessa Função

são referentes a transferências constitucionais aos municípios (R$ 1,35 bilhões) e às

despesas com o serviço da dívida (870 milhões).

As Funções sociais estão presentes no ranking das mais executadas, sendo

representadas pela “Educação” (13,66%), Previdência Social (11,66%), Saúde (8,58%),

Judiciária (4,74%) e Transportes (4,48%).

4.3 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,

qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e

financeira do Estado. Essa demonstração está regulamentada no artigo 105 da Lei n.

4320/64 demonstrando o Ativo Financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro,

Passivo Permanente, Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação.

4.3.1 Superávit Financeiro

O mecanismo de apuração do superávit financeiro foi estabelecido no artigo 43

da Lei no 4.320/1964, nos seguintes termos:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.

Com base no Balanço Patrimonial Consolidado de 31/12/2010 verifica-se que o

ativo financeiro perfaz um total de R$ 1.316.173.883,58 (um bilhão trezentos e

dezesseis milhões cento e setenta e três mil oitocentos e oitenta e três reais e cinqüenta

e oito centavos) enquanto o passivo financeiro possui valor de R$ 704.446.591,50

(setecentos e quatro milhões quatrocentos e quarenta e seis mil quinhentos e cinqüenta

e um reais e cinqüenta centavos). Dessa forma, o superávit financeiro apurado no

exercício é de R$ 611.727.292,08 (seiscentos e onze milhões setecentos e vinte e sete

mil duzentos e noventa e dois reais e oito centavos), demonstrando que o Estado possui

capacidade de pagamento de curto prazo, conforme evidenciado abaixo:

Tabela 20. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro

Título 2010

A - Ativo Financeiro 1.316.173.883,58

B - Passivo Financeiro 704.446.591,50

Superávit Financeiro (A-B)

611.727.292,08

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

O gráfico abaixo demonstra um aumento, em termo absoluto, no valor do

Superávit Financeiro no ano de 2010 em comparação ao exercício anterior.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 19. Comparativo do Superávit Financeiro

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Em relação ao Passivo Não Financeiro verifica-se que houve redução do mesmo

se comparado com o exercício de 2009, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:

Gráfico 20. Comparativo do Passivo Não Financeiro

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

Superávit Financeiro - 2009 Superávit Financeiro - 2010

415.518.548,12

611.727.292,08

Superávit Financeiro

7.000.000.000 7.100.000.000

Passivo Não Financeiro -2009

Passivo Não Financeiro -2010

Passivo Não Financeiro

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

No tocante ao Saldo Patrimonial apurado através da diferença entre Ativo Real e

Passivo Real, verifica-se um resultado positivo na importância de R$ 7,0 bilhões,

conforme demonstrado abaixo:

Tabela 21. Apuração do Saldo Patrimonial

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

4.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais

A Demonstração das Variações Patrimoniais é o anexo 15 da Lei Federal

4.320/64. Este demonstrativo reflete as alterações resultantes e independentes da

execução orçamentária ocorridas no patrimônio durante o exercício financeiro.

As Variações Ativas são todas aquelas que provocam movimentações

quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio, pelo aumento de valores ativos,

reduções de valores passivos ou fato permutativo. As Variações Passivas, por sua vez,

são aquelas que provocam movimentações quantitativas e qualitativas ocorridas no

patrimônio, pelo aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou fato

permutativo.

No exercício de 2010, o total das Variações Ativas superou as Variações Passivas,

provocando um superávit no valor de R$ 2,9 bilhões, conforme demonstrado a seguir:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 22. Demonstração das Variações Patrimoniais

Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

5. VEDAÇÕES DO ÚLTIMO ANO DO MANDATO

A Lei Eleitoral n. 9504/97, que estabelece normas para eleições, trata das

condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais. Além disso, a Lei de

Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal nº 101/2000) impõe restrições, em

ano de Eleições, aos agentes públicos das três esferas de Governo e dos Poderes. Essas

restrições visam manter o equilíbrio orçamentário e financeiro e não permitir aumento

de despesas ou dívidas para o exercício subseqüente, sem o proporcional aumento de

receitas, afastando, assim, possibilidade de se inviabilizar as ações do futuro governante

ou administrador, com o engessamento financeiro da administração seguinte.

As principais restrições impostas pela Lei Complementar nº 101/2000, bem como

pela Eleitoral n. 9504/97, no último ano do mandato do gestor estadual, são as

seguintes:

5.1 Aumento de despesa total com pessoal

O artigo 21, parágrafo Único da LRF estabelece que é nulo de pleno direito ato

que resulte em aumento da despesa com pessoal, expedido nos cento e oitenta dias

anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou Órgão referido no art.

20.

Já a Lei 9504/97 traz a seguinte regra para o ano de eleição, a saber:

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:

V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:

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a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;

b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;

c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;

d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;

e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;

No tocante a esse assunto, a Auditoria Geral do Estado desenvolveu alguns

trabalhos, a citar o Parecer de Auditoria n. 152/2010, para a Secretaria de Estado de

Ciência e Tecnologia – SECITEC, versando sobre a realização de concurso público no

último ano de mandato e alertando sobre a vedação da Lei 9504/97, conforme trecho

do Parecer transcrito abaixo:

... a execução da despesa para realização do concurso deve estar condicionada a observância do art. 169, caput e no § 1º e seus incisos I e II, da Constituição Federal, isto é, existência de prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de despesa de pessoal e os acréscimos dela decorrentes e de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias; bem como aos limites de despesa com pessoal previstos no art. 20 da LRF e em conformidade com o disposto no seu art. 42.

Por fim, alertamos que a lei eleitoral (Lei n.º 9504/97) veda as nomeações, contratações ou qualquer outra forma de admissão, demissões sem justa causa, supressões ou readaptações de vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remoções, transferências ou exonerações de servidor público a partir de 3/7/2010 até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, exceto as nomeações dos aprovados em concurso público homologado até 3/7/2010, bem como as nomeações ou exonerações de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Foi emitido para a Secretaria de Administração o Parecer de Auditoria n.

167/2010, que tratou da possibilidade de nomeação de aprovado em concurso público

homologado antes de 180 dias do fim do mandato, sendo alertado também nesse

parecer sobre as vedações decorrentes do período eleitoral.

Por fim, resta esclarecer que a Auditoria nos trabalhos realizados nos órgãos e

entidades integrantes do Poder Executivo não detectou nenhum ato referente à pessoal

que pudesse comprometer orçamentos futuros, conforme veda as normas legais.

5.2 Contratar Operações de Crédito por Antecipação de Receita - ARO

O comando contido no artigo 38 da Lei 101/2000 proíbe a contratação de

operação de crédito por antecipação de receita no último ano do mandato do

Governador com o objetivo de impedir a transferência de dívida para o exercício

seguinte ao do último ano do mandato. Tal operação de crédito é a que visa atender

insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.

Com base nos Relatórios de Gestão Fiscal dos três quadrimestres do ano de

2010, verifica-se que não houve contratação de Operações de Crédito por Antecipação

de Receita (ARO) durante o exercício. Dessa maneira resta claro a obediência a esse

dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal.

5.3 Disponibilidade Financeira versus Restos a Pagar

Determina o artigo 42 da LRF que é vedado nos últimos 08 (oito) meses do

mandato do gestor, e não apenas do Chefe do Poder Executivo, contrair despesa que

não possa ser integralmente cumprida ou quitada até o término do respectivo mandato;

ou ainda, que assuma compromisso para pagar parcelas no exercício seguinte sem que

possa deixar recursos suficientes em caixa para pagar as parcelas antes ajustadas.

Analisando o Balanço Patrimonial do Estado encerrado em 31/12/2010 verifica-

se a existência de disponibilidade financeira no valor de R$ 625.587.031,96 (seiscentos e

vinte e cinco milhões quinhentos e oitenta e sete mil trinta e um reais e noventa e seis

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centavos) em contrapartida os Restos a Pagar demonstrados no passivo financeiro

perfazem um total de R$ 427.774.307,78 (quatrocentos e vinte e sete milhões

setecentos e setenta e quatro mil trezentos e sete reais e setenta e oito centavos).

Dessa maneira os restos a pagar possuem respaldo financeiro para sua cobertura no

próximo exercício.

É importante ressaltar acerca do tratamento aplicado em relação aos saldos de

Restos a Pagar de Exercícios anteriores. Segundo consta no relatório do contador os

restos a pagar tiveram três tratamentos, são eles:

1 – Os restos a pagar não processados dos exercícios anteriores a 2009 e que

continuavam com este status em 31/12/2010 foram sumariamente cancelados;

2 – Os processados que não foram pagos por falta de cumprimento de

adimplemento por parte dos credores, que por motivos vários, não apresentaram, por

exemplo, a certidão negativa de débitos com as fazendas pública estadual, federal ou

previdenciária foram reclassificados como obrigação do passivo não financeiro; e

3 – Os que apresentaram evolução na execução da despesa, tais como nova

medição de obra, conclusão do processo de exportação, entre outros, foram

preservados como restos a pagar e constam na categoria “reinscritos”.

O gráfico abaixo demonstra a composição dos Restos a Pagar:

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Gráfico 21. Composição Restos a Pagar

Fonte: Balanço Patrimonial – Relatório do Contador

Ressalta-se que em relação ao tratamento 2 não há qualquer prejuízo ao credor,

uma vez que apesar de haver o cancelamento dos restos a pagar processados de

exercícios anteriores, retirando-os do passivo financeiro, faz-se o lançamento colocando

tal obrigação no passivo patrimonial, mantendo-se assim sua contabilização como

obrigação de longo prazo, algo coerente com o prazo não imediato de seu pagamento.

5.4 Realização de ações publicitárias

A Lei 9504/97 estabelece em seu artigo 73, inciso VI, alínea b, que são proibidas

aos agentes públicos, nos três meses que antecedem o pleito eleitoral, autorizar

publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos

públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da

administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim

reconhecida pela Justiça Eleitoral. Essa proibição não alcança a publicidade legal e a

propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.

Restos a Pagar Processados

29%

Restos a Pagar Não

Processados70%

Restos a Pagar Reinscritos

1%

Composição Restos a Pagar

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Ainda de acordo com a Lei Eleitoral é proibido realizar despesas com publicidade

na Administração direta e indireta que exceda a média dos gastos dos últimos três anos

ou do último ano imediatamente anterior à eleição, dos dois o menor.

Nesse sentido a Auditoria Geral do Estado, mediante a Orientação Técnica

060/2010, orientou a Secretaria de Estado de Comunicação Social sobre o limite de

despesa com publicidade.

No levantamento realizado da despesa com publicidade foram considerados os

seguintes elementos/subelementos de despesas1:

3623 – Serviços terceiros de pessoa física com comunicação em geral - Despesas com

serviços utilizados para: confecção de material para comunicação visual, geração de

materiais para divulgação por meio dos veículos de comunicação e assemelhados;

3639 – Serviços de terceiros de pessoa física com promoção de eventos - Despesas com

serviços de promoção de eventos artísticos, culturais, turísticos, recreativos e

desportivos, conferências e exposições;

3923 – Serviços terceiros de pessoa jurídica com comunicação em geral - Despesa com

confecção de material para comunicação visual, geração de material para divulgação por

meio dos veículos de comunicação, publicação de editais, extratos, convocação e

assemelhados;

3963 – Serviços terceiros de pessoa jurídica gráficos e clicheria - Despesas com serviços

utilizados na: confecção de impressos em geral, encadernação em geral, impressão de

jornais, boletins, encartes, folder, cópias heliográficas e assemelhados, carimbos,

datadores, placas matrizes e assemelhadas;

3977 – Serviços terceiros de pessoa jurídica de publicidade e propaganda - Despesas

com serviços publicidade e propaganda;

1 Da despesa com serviços de terceiros - pessoa jurídica - gráficos e clicheria (3963) foram excluídos da

base de cálculo os valores pagos com os serviços de carimbos e clicherias, por não se tratar de serviços de

publicidade.

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3992 – Serviços terceiros de pessoa jurídica com promoção de eventos - Despesas

realizadas com serviço de promoções artísticas culturais, turísticas, recreativas,

desportivas, seminários e congressos, prestados por pessoa jurídica.

Nessa orientação foi apresentado o cômputo da despesa com publicidade

extraídas de relatórios do Sistema SIG-MT, sendo apurada a média dos três últimos anos

com gastos dessa natureza, conforme preconiza o art. 50, VI da Resolução n. 23191 -

TSE, assim, o limite para o exercício de 2010 foi de R$ 49.388.524,25 (quarenta e nove

milhões trezentos e oitenta e oito mil quinhentos e vinte e quatro reais e vinte e cinco

centavos). Vale esclarecer que foi utilizada a média dos três últimos anos, pois as

despesas do exercício anterior foram superiores a essa média. O detalhamento do limite

para o exercício de 2010 foi demonstrado na tabela que segue.

Tabela 23. Publicidade - limite de gastos 2010

PUBLICIDADE 2007 2008 2009 MÉDIA DOS 3

ANOS – limite p/ 2010

Adm. Direta (a)

31.800.973,83 46.510.534,72 59.234.009,62 45.848.506,06

Adm. Indireta (b)

3.734.506,96 3.179.922,61 4.320.321,42 3.744.917,00

Subtotal (a+b) 35.535.480,79 49.690.457,33 63.554.331,04 49.593.423,05

Carimbos e clicherias (c)

257.435,89 163.671,51 193.589,00 204.898,80

TOTAL (a+b-c) 35.278.044,90 49.526.785,82 63.360.742,04 49.388.524,25

Fonte: SIG/Orientação Técnica 60/2010 - AGE

A execução de despesas com publicidade no exercício de 2010, apurada

conforme metodologia já esclarecida, segue demonstrada na próxima tabela.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 24. Despesas com publicidade 20102

PUBLICIDADE 2010

Adm. Direta (a) 43.095.149,45

Adm. Indireta (b) 2.591.492,60

Subtotal 45.686.642,05

AGECOPA (c) 3.309.993,01

TOTAL (a+b+c) 48.996.635,06

Fonte: SIG

Conforme se verifica na tabela acima, as despesas com publicidade no exercício

de 2010 não ultrapassou o limite estabelecido, cumprindo, portanto, o ditame legal.

Vale ressaltar que, nos exercícios de 2007 e 2008 que compuseram a média para a

fixação do limite para 2010 não havia a AGECOPA, porém, mesmo considerando as

despesas dessa Agência, as despesas executadas no exercício ficaram abaixo do limite

estabelecido.

6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

6.1 Resultado Nominal

O Resultado Nominal apurado no anexo VI do Relatório Resumido da Execução

Orçamentária tem por objetivo medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida a partir dos

saldos apurados ao final de cada exercício, em comparação ao verificado no ano

imediatamente anterior.

O Balanço Geral e o RGF do 3º quadrimestre/2010 apresentam um resultado

nominal de 28,3 milhões, como pode ser observado na tabela abaixo:

2 Foram excluídas as despesas com os serviços de carimbos e clicherias, bem como com material de

expediente e despesas obrigatórias e legais, por não se enquadrarem em serviços de publicidade.

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Tabela 25. Resultado Nominal

Especificação

Saldo

Em 31 de Dez 2009 (a)

Em 31 de Dez 2010

(c)

(I) Dívida Consolidada 4.804.391.620,86

4.912.549.079,78

(II) Deduções 922.537.025,37

984.367.692,77

Ativo Disponível 859.581.516,34

601.790.490,57

Haveres Financeiros*** 459.400.376,11

507.175.596,33

(-) Restos a Pagar Processados ** (396.444.867,08)

(124.598.394,13)

(III) Dívida Consolidada Líquida = (I-II) 3.881.854.595,49

3.928.181.387,01

(IV) Receita de Privatizações - -

(V) Passivos Reconhecidos 260.996.168,99

279.016.611,86

(VI) Dívida Fiscal Líquida = (III+IV-V) 3.620.858.426,50

3.649.164.775,15

Especificação Período de Referência – 2010

Resultado Nominal = VI (2009) - VI (2010) 28.306.348,65

Discriminação da Meta Fiscal Valor Corrente

Resultado Nominal - Meta LOA Compatibilizada/2010.

(572.361.862,47)

Fonte: Balanço Geral – Relatório do Contador

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

No Anexo II - Meta Fiscal que integrou a LDO referente a 2010, foi prevista uma

redução do estoque da divida fiscal liquida da ordem de R$ 572,3 milhões. Dessa

maneira, verifica-se que a meta estabelecida nesse instrumento não foi atingida, pois o

valor do Resultado Nominal do ano de 2010 foi de R$ 28,3 milhões.

O estoque da dívida consolidada líquida que era de R$ 3,62 bilhões em 2009

encerrou o exercício de 2010 com o saldo de R$ 3,64 bilhões.

O Demonstrativo abaixo demonstra as variações ocorridas no estoque da dívida,

bem como a composição dos passivos reconhecidos.

Tabela 26. Estoque da Dívida

DEMONSTRATIVO DAS VARIAÇÕES NO ESTOQUE DA DÍVIDA PÚBLICA

TOTAL ACRÉSCIMO NO ESTOQUE DA DÍVIDA 636.306.650,14

Novos Contratos 421.927.488,95

Aumento de Estoque em (f) Correções no Saldo p/ Pagamento 214.379.161,19

TOTAL DECRÉSCIMO NO ESTOQUE DA DÍVIDA 528.149.191,22

Diminuições em (f) Amortização do Principal 528.149.191,22

VARIAÇÃO DIVIDA 108.157.458,92

COMPOSIÇÃO PASSIVOS RECONHECIDOS

INSS - Governo 101.432.057,57

Lei 11.941 /09 30.185.298,28

Lei 11.941 /09 99.282.336,99

DNPM - METAMAT 1.019.196,16

FGTS 11.128.143,04

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SEDUC 34.962.200,00

PRECATORIOS - EGE SEFAZ 1.007.379,82

TOTAL 279.016.611,86

Fonte: Balanço Geral – Relatório do Contador

É importante informar que consta da Recomendação Técnica n. 007/2011 desta

Auditoria Geral orientações acerca da metodologia utilizada na elaboração do

Demonstrativo de Resultado Nominal, anexo VI, Relatório Resumido de Execução

Orçamentária, uma vez que as informações desse demonstrativo não estão coerentes

com o balanço patrimonial.

Outro ponto verificado em relação ao Demonstrativo do Resultado Nominal é a

não demonstração de forma destacada dos valores referentes ao Regime Próprio

Previdenciário.

6.2 Resultado Primário

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) o resultado primário

representa a diferença entre as receitas e as despesas primárias. Sua apuração fornece

uma melhor avaliação do impacto da política fiscal em execução pelo ente da

Federação. Superávits primários, que são direcionados para o pagamento de serviços da

dívida, contribuem para a redução do estoque total da dívida líquida. Em contrapartida,

déficits primários indicam a parcela do aumento da dívida, resultante do financiamento

de gastos não-financeiros que ultrapassam as receitas não-financeiras (Manual RREO).

As receitas primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias

deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações

financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de

recursos oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações. Enquanto

as Despesas Primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as

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despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de

títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com

retorno garantido.

A finalidade do conceito de Resultado Primário é indicar se os níveis de gastos

orçamentários dos entes federativos são compatíveis com sua arrecadação, ou seja, se

as Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias.

A tabela extraída do Anexo VII, do Relatório Resumindo de Execução

Orçamentária, referente ao 6º bimestre do ano de 2010, demonstra o Resultado

Primário do ano de 2010.

Tabela 27. Resultado Primário

Receitas Primárias Valor

Receitas Primárias Correntes (I) 9.348.596.514,90

Receitas Correntes Totais 9.424.171.148,70

(-) Aplicações Financeiras 75.574.633,80

Receitas de Capital (II) 619.025.757,26

(-) Operações de Crédito (III) 364.338.994,00

(-) Amortização de Empréstimo (IV) 2.899.268,60

(-) Alienação de Bens (V) 4.804.106,42

Receitas Primárias de Capital (VI) = (II - III - IV - V) 246.983.388,24

RECEITA PRIMÁRIA TOTAL (VII) = (I + VI)

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9.595.579.903,14

Despesas Primárias Valor

Despesas Correntes (VIII) 8.649.397.120,38

(-) Juros e Encargos da Dívida (IX) 578.760.685,23

Despesas Primárias Correntes (X) = (VIII - IX) 8.070.636.435,15

Despesas de Capital (XI) 1.100.875.245,12

(-) Concessão de Empréstimos (XII) 1.827.555,00

(-) Aquis. De Título de Capital já integralizado (XIII) -

(-) Amortização da Dívida (XIV) 295.477.267,02

Despesas Primárias de Capital (XV) = (XI - XII - XIII- XIV) 803.570.423,10

DESPESA PRIMÁRIA TOTAL (XVI) = (X + XV)

8.874.206.858,25

RESULTADO PRIMÁRIO

721.373.044,89

Fonte: RREO – 6º Bimestre/2010

De acordo com os dados acima, verifica-se que as receitas primárias totalizam R$

9,59 bilhões e as despesas primárias atingiram a importância de R$ 8,87 bilhões. Dessa

forma o Resultado Primário apurado no período é um superávit de R$ 721,3 milhões.

A meta de Resultado Primário fixada no anexo de Metas Fiscais constante da LDO

para o exercício de 2010 foi de R$ 788,6 milhões.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Embora não tenha atingido a meta estabelecida na LDO, o resultado apurado em

2010 revela que o Estado de Mato Grosso é auto-suficiente uma vez que suas receitas

primárias superaram em 721,3 milhões as suas despesas primárias. Dessa forma, esse

valor pode ser utilizado também para pagamento do serviço da dívida (juros e

amortização).

6.3 Dívida Pública

A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 29 estabelece que a dívida

consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações

financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou

tratados e da realização de operação de crédito para amortização em prazo superior a

12 (doze) meses.

A Resolução n. 40/2001 do Senado Federal estabelece que ao final do décimo

quinto exercício financeiro, contado a partir do encerramento do ano de sua publicação,

a Dívida Consolidada Líquida não poderá exceder, no caso dos Estados, a duas vezes

(200%) da Receita Corrente Líquida do exercício.

A tabela abaixo extraída Anexo II, do Relatório de Gestão Fiscal referente ao 3º

quadrimestre de 2010, demonstra a Dívida Consolidada Liquida em 31/12/2010.

Tabela 28. Dívida Consolidada Líquida

Especificação Valor

Dívida Consolidada 4.912.549.079,78

(-) Deduções 984.367.692,77

Dívida Consolidada Líquida 3.928.181.387,01

Receita Corrente Líquida

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

7.099.677.148,16

% da DCL sobre a RCL 55,33

Limite Resolução do Senado - 200% da RCL

14.199.354.296,32

Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2010

A Dívida Consolidada Líquida em 2010, como pode ser observada na tabela

acima, corresponde a 55,33% (cinqüenta e cinco vírgula trinta e três por cento) da RCL,

percentual bem abaixo do estabelecido na Resolução do Senado Federal enquanto que

em dezembro de 2009 a Dívida Consolidada Líquida representava 60,02% da RCL. Dessa

maneira verifica-se um comportamento positivo, uma vez que o percentual da dívida em

relação à Receita Corrente Líquida diminuiu neste exercício.

De acordo com as observações contidas no Anexo II do RGF, referente ao 3º

quadrimestre/2010, o Governo de Mato Grosso optou em não contabilizar a dívida

previdenciária, enquanto não houver adesão dos poderes no Regime Previdenciário.

6.4 Operações de Crédito

De acordo com a STN o Demonstrativo das Operações de Crédito, Anexo IV do

Relatório de Gestão Fiscal, visa a assegurar a transparência das operações de crédito

efetuadas pelo ente da Federação, discriminando-as em face de sua relevância à luz da

legislação aplicável, e a verificar os limites de que trata a LRF e as Resoluções do Senado

Federal. Nos termos do § 1º do art. 1º da LRF, “a responsabilidade na gestão fiscal

pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem

desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas (...)”, razão pela qual o

controle das operações de crédito é essencial à gestão fiscal responsável, visto que tais

operações embutem risco de não adimplemento das obrigações, geralmente refletido

na cobrança de juros, os quais serão incorporados ao valor original da dívida.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Com base no Demonstrativo das Operações de Crédito, anexo IV do RGF,

verifica-se que as operações de créditos do exercício equivalem a 4,08% da RCL, estando

adequada ao limite de 16% da RCL, conforme determina a Resolução do Senado n.

43/2001, artigo 7º, inciso I.

Ressalta-se que não ocorreram operações de crédito por antecipação da receita,

as quais se encontram limitadas a 7% da RCL, nos termos do art. 10 daquela mesma

resolução.

6.5 Despesa com Pessoal

O artigo 19, inciso II, da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o limite de

gastos com pessoal para os Estados é de 60% da RCL, distribuídos da seguinte forma,

segundo art. 20, inciso II do mesmo diploma legal:

a) 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado;

b) 6% para o Judiciário;

c) 49% para o Executivo;

d) 2% para o Ministério Público Estadual.

Tabela 29. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual

DESPESA COM PESSOAL

PODER EXECUTIVO

Janeiro a Dezembro/2010

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 3.853.789.810,06

Pessoal Ativo 2.976.630.399,05

Pessoal Inativo e Pensionistas 857.896.957,44

Outras Desp. De pessoal decorrentes

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

de Contratos de Terceirizações 19.262.453,57

DESPESAS NÃO COMPUTADAS (II) 930.190.741,42

DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III)=(I-II)

2.923.599.068,64

Receita Corrente Líquida 7.099.677.148,16

% da Despesa Total com pessoal 41,18

Limite Máximo - 49% 3.478.841.802,60

Limite Prudencial - 46,55% 3.304.899.712,47

Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2010

De acordo com a tabela acima, observa-se que as despesas com pessoal e

encargos do Poder Executivo em dezembro de 2010 atingiram o montante de R$ 2,923

bilhões, o equivalente a 41,18% da RCL. Dessa maneira o limite estabelecido pela LRF foi

cumprido.

Em comparação com o exercício anterior verifica-se que o percentual em 2010 é

1,38% acima do percentual de 2009, que atingiu 39,80% da Receita Corrente Líquida.

6.6 Educação

6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino

A Constituição Federal em seu artigo 212 determina aos Estados a aplicação de

no mínimo vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a

proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Verifica-se no RREO do 6º bimestre de 2010 que o Estado aplicou 29,18% (vinte e

nove vírgula dezoito por cento) na manutenção e desenvolvimento do ensino,

cumprindo, portanto, o mandamento constitucional.

Tabela 30. Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – RREO 6º bimestre 2010

Fonte: RREO 6º bimestre

1 - RECEITA DE IMPOSTOS 4.818.091.573,12

1.1- Receita Resultante do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual

e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 4.535.647.562,50

1.1.1- ICMS 4.513.686.634,21

1.1.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ICMS -

1.1.3- Dívida Ativa do ICMS 14.376.209,77

1.1.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ICMS 7.634.654,26

1.1.5- (–) Deduções da Receita do ICMS 49.935,74

1.1.6- Adicional de até 2% do ICMS destinado ao Fundo de Combate à Pobreza (ADCT, art. 82, §1º) -

1.1.7- (–) Deduções da Receita do Adicional de até 2% do ICMS -

1.2- Receita Resultante do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos – ITCD 21.063.456,55

1.2.1- ITCD 21.012.617,09

1.2.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITCD -

1.2.3- Dívida Ativa do ITCD 40.896,66

1.2.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ITCD 9.942,80

1.2.5- (–) Deduções da Receita do ITCD -

1.3- Receita Resultante do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA 261.380.554,07

1.3.1- IPVA 261.378.587,64

1.3.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IPVA -

1.3.3- Dívida Ativa do IPVA 6.730,91

1.3.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IPVA 2.941,54

1.3.5- (–) Deduções da Receita do IPVA 7.706,02

1.4- Receita Resultante do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza Retido na Fonte – IRRF -

1.4.1- IRRF -

1.4.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IRRF -

1.4.3- Dívida Ativa do IRRF -

1.4.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IRRF -

1.4.5- (–) Deduções da Receita do IRRF -

2 - RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 1.200.220.405,57

2.1- Cota-Parte FPE 1.125.796.406,40

2.2- ICMS-Desoneração - L.C. nº87/1996 28.385.223,72

2.3- Cota-Parte IPI-Exportação 45.573.303,43

2.4- Cota-Parte IOF-Ouro 465.472,02

3 - TOTAL DA RECEITA DE IMPOSTOS (1 + 2) 6.018.311.978,69

4 - PARCELA DO ICMS REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (25% de (1.1 – (1.1.6 – 1.1.7))) 1.172.366.920,99

5 - PARCELA DO IPVA REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (50% de 1.3) 139.703.167,92

6 - PARCELA DA COTA-PARTE DO IPI-EXPORTAÇÃO REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (25% de 2.3) 11.393.325,86

7 - TOTAL DAS DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (4 +5 + 6) 1.323.463.414,77

8 - TOTAL DA RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS (3 – 7) 4.694.848.563,92

9 - MÍNIMO DE 25% NA MDE (8 x 25%) 1.173.712.140,98

10 - TOTAL DAS DESPESAS PARA FINS DE LIMITE 1.370.061.741,77

11 - % DE APLICAÇÃO EM MDE 29,18%

DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS

Receitas realizadasRECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS (caput do art. 212 da Constituição)

RECEITAS DO ENSINO

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Cabe informar que foi emitida pela AGE a Recomendação Técnica 007/2011 para

adequação da metodologia de elaboração do RREO, sendo recomendados alguns ajustes

no cálculo do percentual de aplicação na Educação, porém as recomendações não foram

implementadas no RREO do 6º bimestre.

6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica

O artigo 60, XII do ADCT da Constituição Federal e o artigo 22, da Lei n.

11.494/2007 (FUNDEB) estabelecem que sejam destinados no mínimo 60% (sessenta

por cento) dos recursos anuais dos Fundos ao pagamento da remuneração dos

profissionais do magistério da educação básica pública.

Lei n. 11492/2007

Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.

Em cumprimento a esses comandos legais, o Estado aplicou 72,92% (setenta e

dois vírgula noventa e dois por cento) dos Recursos do FUNDEB na remuneração dos

profissionais do magistério da educação básica, conforme informação extraída do RREO

6º bimestre de 2010.

Tabela 31. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º bimestre de 2010

FUNDEB

RECEITAS DO FUNDEB Receitas Realizadas

16 - RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB 766.193.561,18

16.1- Transferências de Recursos do FUNDEB 762.461.672,31

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

16.2- Complementação da União ao FUNDEB -

16.3- Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB 3.731.888,87

DESPESAS DO FUNDEB

18 - PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO 558.682.554,68

18.1- Com Ensino Fundamental 558.682.554,68

18.2- Com Ensino Médio -

19 - OUTRAS DESPESAS 222.732.985,10

19.1- Com Ensino Fundamental 221.599.726,99

19.2- Com Ensino Médio 1.133.258,11

20 - TOTAL DAS DESPESAS DO FUNDEB (18 + 19) 785.096.841,34

21 - MÍNIMO DE 60% DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DE EDUCAÇÃO BÁSICA 459.716.136,71

22 - % DE APLICAÇÃO DO FUNDEB PARA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

72,92%

Fonte: RREO 6º bimestre

6.6.3 Programas da Educação priorizados na LDO

O Estado de Mato Grosso definiu no Anexo I da LDO os programas prioritários

para a área de educação para o exercício de 2010, quais sejam:

289 – Aprendizagem com Qualidade;

290 – Gestão Ativa;

250 – Fortalecimento do Ensino Superior.

A tabela abaixo demonstra a execução das ações priorizadas na LDO referente ao

Programa Aprendizagem com Qualidade:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 32. Programa 289 – Aprendizagem com Qualidade

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011

De acordo com a tabela acima, verifica-se que das quatro ações priorizadas no

Anexo I da LDO três tiveram ótima execução, uma vez que foram executadas em

percentual superior a 90%, com exceção da ação 3856 – Consolidação da Proposta de

Organização Curricular por Ciclos de Formação Humana – que teve percentual de

execução em torno de 76%, o que revela uma execução regular.

A tabela abaixo demonstra as ações priorizadas do Programa 290 – Gestão Ativa:

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Tabela 33. Programa 290 – Gestão Ativa

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011

Com base na tabela acima se verifica no geral o Programa Gestão Ativa teve

execução regular, sendo que:

1 – A ação 3892 – Expansão e Melhoria de Espaço Esportivo dos Prédios Escolares –

Ensino Médio não foi executada;

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

2 – As ações 4111 – Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação dos Serviços de

Infra-estruturas e a 4120 – Coordenação e Execução do Programa estadual de

Alimentação Escolar tiveram percentual de execução acima de 90%, o que revela ótima

execução;

3 – As ações 3879 – Expansão e Melhoria de espaço esportivo dos prédios escolares –

ensino fundamental e a 4117 – Atendimento e Manutenção do transporte escolar

tiveram execução regular, percentual de execução entre 60 a 80%;

4 – As demais ações priorizadas na LDO referente a esse programa tiveram execução

deficiente.

Em seguida consta a tabela 34 que traz o demonstrativo do programa 250 –

Fortalecimento do Ensino Superior executado pela UNEMAT:

Tabela 34. Programa 250 – Fortalecimento do Ensino Superior

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

De acordo com a tabela acima verifica-se que as ações priorizadas no Anexo I da

LDO tiveram percentual de execução de 94,38% a ação 2656 – Manutenção e

Fortalecimento dos cursos de graduação em desenvolvimento e de 8,17% a ação 3064 –

Expansão do ensino em modalidades diferenciadas para capacitação de professores e

outros profissionais.

De modo geral pode-se dizer que o programa 250 – Fortalecimento do Ensino

Superior teve uma boa execução, uma vez que a execução foi de 81,40%.

6.7 Saúde

6.7.1 Aplicação na Saúde – 12%

A Constituição Federal no artigo 77, inciso II, do Ato das Disposições

Constitucionais Transitórias, que o Estado deverá aplicar em ações e serviços públicos

de saúde no mínimo 12% da arrecadação dos impostos estabelecidos no artigo 155 e

dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alinea a, e inciso II, da CF,

deduzidas as transferências constitucionais aos municípios.

Cumprindo essa determinação constitucional, o Estado aplicou 13,22% (treze

vírgula vinte e dois por cento) em ações e serviços públicos de saúde, conforme

informação extraída do RREO 6º bimestre de 2010.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 35. Aplicação na Saúde 12% - RREO 6º bimestre

Fonte: RREO 6º bimestre

RECEITAS

RECEITAS DE IMPOSTOS LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS (I)

DESPESAS COM SAÚDE LIQUIDADAS INSCRITAS EM

(Por Grupo de Natureza da Despesa) RESTOS A PAGAR

NÃO PROCESSADOS

(d) (e)

DESPESAS CORRENTES 793.540.213,92 29.477.248,98

Pessoal e Encargos Sociais 336.763.902,88 -

Juros e Encargos da Dívida 1.638.795,03 -

Outras Despesas Correntes 455.137.516,01 29.477.248,98

DESPESAS DE CAPITAL 12.945.766,22 4.986.060,93

Investimentos 12.945.765,90 4.986.060,93

Inversões Financeiras - -

Amortização da Dívida 0,32 -

LIQUIDADAS INSCRITAS EM

RESTOS A PAGAR

NÃO PROCESSADOS

(d) (e)

DESPESAS COM SAÚDE (V) = (IV) 806.485.980,14 34.463.309,91

(-) DESPESAS COM INATIVOS E PENSIONISTAS - -

(-) DESPESAS CUSTEADAS COM OUTROS RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE 199.377.575,96 22.568.177,34

Recursos de Transferências do Sistema Único de Saúde - SUS 178.696.281,66 17.052.514,14

Recursos de Operações de Crédito - -

Outros Recursos 20.681.294,30 5.515.663,20

(-) RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE - -

RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS1

TOTAL DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (VI)

CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VINCULADOS À SAÚDE

INSCRITOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES

RECEITAS REALIZADAS

13,22%

Cancelados Em

<2009> (f)

RESTOS A PAGAR DE DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

(VII) 2.883.172,80

DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

DESPESAS EXECUTADAS

619.003.536,75

4.658.774.904,94

PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS

LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <12% >2 ((VI - VII f) / I)

34.463.309,91

DESPESAS EXECUTADAS

TOTAL (IV) 806.485.980,14

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

6.7.2 Programas da Saúde priorizados na LDO

Em se tratando dos programas da saúde a Lei n. 9.203/2009 que dispõe sobre as

diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária de 2010 - LDO/2010 - definiu como

sendo prioritário na área da saúde o programa 274 – Saúde da Família – Efetivação da

Atenção Básica a partir da Estratégia Saúde da Família. Dentro desse Programas foram

priorizadas as ações 3701 – Expansão e Consolidação da Estratégia Saúde da Família e a

3703 – Expansão e Manutenção das equipes de saúde bucal, integradas às equipes de

saúde da família.

A metodologia utilizada para a análise do percentual de realização dos

programas e suas respectivas ações foi obtida através da relação entre o valor liquidado

e o total de créditos autorizados. Dessa maneira a análise se restringiu aos aspectos

financeiro-orçamentários.

A tabela abaixo demonstra a execução das ações contempladas pelo Programa

Saúde da Família:

Tabela 36. Programa 274 – Saúde da Família

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Da análise da tabela acima verifica que ações 3701 e 3703, ações priorizadas na

LDO, tiveram percentuais de execução de 94,48% e 95,44% respectivamente. De modo

geral pode-se considerar que o programa 274 – Saúde da Família – teve uma ótima

execução, pois o percentual de execução foi de 93,78%.

7. PESSOAL

Em relação ao subsistema de Gestão de Pessoas a Auditoria Geral do Estado fez

acompanhamento e análise desse subsistema durante o exercício de 2010, cujo

resultado constou no Relatório Anual de Avaliação do Sistema de Controle Interno –

RAASCI, encaminhado ao TCE no processo de Contas de Gestão de cada Unidade

Orçamentária estadual. Dessa forma, abaixo foram destacados alguns pontos dessa

avaliação referente às Secretarias de Educação, Saúde e Justiça e Segurança Pública e à

Fundação UNEMAT, que refletem a situação de pessoal dessas Secretarias, ressalta-se

que foi destacado o lotacionograma desses órgãos, bem como as estruturas do Setor de

Pessoal de cada um deles.

7.1 Subsistema de Pessoal da SEDUC

A estrutura organizacional da Secretaria Executiva do Núcleo Educação a

Superintendência de Gestão de Pessoas está assim composta:

1. Coordenadoria de Provimento;

2. Coordenadoria de Movimentação e Monitoramento;

3. Coordenadoria de Manutenção;

4. Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Essas Coordenadorias desdobram-se em 07 (sete) Gerências, sendo Gerência de

Recrutamento e Seleção, Gerência de Movimentação, Gerência de Informação e Vida

Funcional, Gerência de Despesa de Pessoal, Gerência de Aplicação, Gerência de

Desenvolvimento e Gerência de Qualidade de Vida no Trabalho.

O Decreto nº 2.401, de 26 de fevereiro de 2010, que aprova o Regimento Interno

da Secretaria Executiva do Núcleo Educação, distribui as competências da estrutura

organizacional básica e setorial da Secretaria Executiva do Núcleo Educação.

No exercício de 2010, para gestão de pessoas, foi utilizado como ferramenta de

controle o sistema SIGEDUCA (Sistema Integrado de Gestão Educacional), módulo

Recursos Humanos, desenvolvido na SEDUC, para inclusão, análise, aprovação,

conferência, acompanhamento mensal e anual da movimentação de servidores.

Para o controle funcional foi utilizado o Sistema Estadual de Administração de

Pessoas – SEAP, sob a gestão da Secretaria de Estado de Administração SAD/MT.

A Secretaria Adjunta de Gestão de Políticas Institucionais de Pessoal, vinculada a

Estrutura Organizacional da SEDUC também participa de forma ativa da gestão de

pessoas.

Na estrutura da Secretaria Executiva, a Superintendência de Gestão de Pessoas

responde pelas atividades de controle de pessoal com um quadro de 136 (cento e trinta

e seis) servidores, conforme demonstrado abaixo:

Tabela 37. Servidores Gestão de Pessoas SEDUC

LOTAÇÕES

QUANTIDADE DE SERVIDORES

EFETIVOS EXCLUSIVAMENTE COMISSIONADO

CONTRATADOS ESTÁGIARIOS

Superintendência de Gestão de Pessoas 03 -- -- --

Coordenadoria de Provimento 01 -- -- --

Gerência de Recrutamento e Seleção 34 01 05 02

Coordenadoria de Movimentação e Monitoramento

01 01 01 --

Gerência de Movimentação 05 -- 02 01

Gerência de Informação e Vida Funcional 21 -- 02 --

Coordenadoria de Manutenção -- 01 -- --

Gerência de Despesa de Pessoal 25 -- -- --

Coord. Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida

01 -- -- --

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Gerência de Aplicação 14 -- -- --

Gerência de Desenvolvimento 02 -- -- --

Gerência de Qualidade de Vida no Trabalho 07 01 05 --

Totais 114 04 15 03

Total de Servidores Lotados Gestão de Pessoas

136

Fonte: Quadro de Pessoal datado em 01/12/2010 emitido pela Secretaria Adj. De Gestão de Pol. Inst. De Pessoal

Os servidores representados nos números da tabela acima compõem a estrutura

da área de pessoal situada na sede, onde respondem pelo gerenciamento dos 34.227

servidores lotados na sede, unidades descentralizadas e unidades escolares da SEDUC.

Em diversas situações as atividades de gerenciamento de pessoas também são

executadas por servidores lotados nos Centros de Formação e Atualização dos

Profissionais da Educação Básica - CEFAPROS e nas Unidades Escolares.

Foi recomendado pela AGE, no RAASCI 2010 - SEDUC, aprimoramento no

SIGEDUCA referentes aos relatórios de gestão demandados pela Gerência de

Recrutamento e Seleção, visando facilitar as tomadas de decisões especialmente da área

pedagógica.

Também foi recomendado pela AGE, no RAASCI 2010 – SEDUC, o cumprimento

da Lei Complementar nº 80/2000, que em seu Artigo 2º, determina a avaliação de

desempenho anual e sobre a obrigatoriedade da avaliação de desempenho de todos os

servidores (efetivos e/ou em estágio probatório).

Na análise do quantitativo de cargos que integram a Carreira dos Profissionais da

Educação Básica no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, foi avaliado o

lotacionograma, tabela abaixo, relativo ao mês de dezembro/2010, que identifica o

número de servidores com função de dedicação exclusiva, em comissão e função de

confiança e outras carreiras da Secretaria de Estado de Educação, tais como: de

desenvolvimento econômico e social, da área instrumental, gestor governamental,

técnico da procuradoria-geral e dos cargos efetivos em extinção provenientes da Lei nº

6.027/1992.

De acordo com o Anexo Único da Lei 8.404, de 27 de dezembro de 2005 que

dispõe sobre o quantitativo de cargos que compõem a Carreira dos Profissionais da

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

educação básica da Secretaria de Estado de Educação, os cargos de provimento efetivo

está composto de: Professor de Educação Básica - 18.400, Técnico Administrativo

Educacional – 3.100, Apoio Administrativo Educacional – 6.400.

Tabela 38. Lotacionograma SEDUC

CATEGORIA FUNCIONAL AUTORIZADO POR LEI

ATIVOS VAGAS DISPONÍVEIS

EXCEDENTES

Professor de Educação Básica 18.400 18.484 -- 84

Téc. Administrativo Educacional 3.100 3.549 -- 449

Apoio Administrativo Educacional 6.400 8.830 -- 2.430

Especialista de Educação -- 19 -- --

Agente de Administração -- 03 -- --

Agente Escolar -- 05 -- --

Assistente de Administração -- 09 -- --

Auxiliar de Administração -- 02 -- --

Auxiliar de Manutenção -- 01 -- --

Auxiliar de Serviços Gerais I -- 76 -- --

Auxiliar de Serviços Gerais II -- 01 -- --

Merendeira -- 27 -- --

Motorista -- -- -- --

Oficial de Manutenção -- 01 -- --

Porteiro -- 45 -- --

Vigia -- 15 -- --

Técnico da Procuradoria Geral -- 01 -- --

Gestor Governamental -- 01 -- --

Aux. Desenv.Econ. Social 30H -- 03 -- --

Agente de Desenv.Econ. Social 40H 50 43 07 --

Téc. de Desenv.Econ. Social 300 291 09 --

Agente da Área Instrumental do Governo -- 02 -- --

Auxliar da Área Instrumental do Governo -- 01 -- --

Técnico da Área Instrumental do Governo -- 15 -- --

Membro de Conselho 22 24 -- 02

Fiscal Est.Def.Agro e florestal -- 01 -- --

Comissionados - Estrutura Org.da Secret. Executiva 49 -- 49 --

Comissionados - Estrutura Org.Básica da Seduc 74 -- 74 --

Funções de Conf. de Ded. Exclusiva-Diretor de Escola 700 720 -- 20

Funções de Confiança de Dedicação Exclusiva - Secretário Escolar 700 711 -- 11

Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Coordenador Pedagógico 900 1.182 -- 282

Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Assessor Pedagógico 120 120 -- --

Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Diretor de Cefapros 15 15 -- --

Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Secretário de Cefapros 15 15 -- --

Funções de Conf. de Ded.Exclusiva–Coord.Form.Cont.do Cefapros 15 15 -- --

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TOTAIS 30.860 34.227 139 3278

Fonte: Lotacionograma - DEZEMBRO/2010

Foi constatado que há 3.278 (três mil duzentos e setenta e oito) cargos ocupados

acima do limite autorizado por lei.

Destaca-se o excesso de contratações ocorridas para o cargo de Apoio

Administrativo Educacional que do montante de 6.400 vagas autorizadas apenas 3.007

vagas (46,98%) foram ocupadas por servidores efetivos, sendo realizadas contratações

no montante de 5.823.

Essa quantidade ultrapassa em 2.430 o número de vagas autorizadas por lei,

conforme demonstrado na tabela abaixo:

Tabela 39. Vagas autorizadas X vagas ocupadas SEDUC - Apoio Administrativo Educacional

1) Vagas autorizadas 6.400 100,00%

2) Vagas Ocupadas 8.830 137,97%

Efetivos 3.007 46,98%

Contratados 5.823 90,98%

Vagas sem Respaldo (1 - 2) (2.430) -37,97% Fonte: Lotacionograma - DEZEMBRO/2010

Foi constatado também divergência no quantitativo de vagas informadas no

Lotacionograma, de acordo com o Decreto nº 2.685/10 de 14 de Julho de 2010 são 13

vagas e não 15 vagas autorizadas para os respectivos cargos de Diretor, Secretário e

Coordenador de Formação Continuada dos CEFAPROS.

Foi reiterada pela AGE a recomendação no sentido de atender a Lei

Complementar nº 04/90, que em seu artigo 13 estabelece a realização de concursos

públicos para nomeação de cargos de carreira, e a Lei Complementar nº 12, de 13 de

janeiro de 1992, que permite contratações temporárias apenas nas seguintes situações

motivadamente de urgência.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Destaca-se também, que conforme informado no Lotacionograma do mês de

dezembro/2010 – Anexo XI do Balancete Mensal, 524 (quinhentos e vinte e quatro)

vagas foram ocupadas por contratados temporários em Função de Confiança de

Dedicação Exclusiva, o que contraria a CF e a Lei Complementar nº 266 de 29/12/1996,

que estabelece que Função de Confiança deve ser exercida somente por titular de cargo

efetivo do Poder Executivo Estadual.

Considerando o relatório FIP 613 - Demonstrativo de Despesa Orçamentária

emitido em 24/01/2011, pelo Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e

Finanças – FIPLAN, (mês referência - 12/2010), foi verificado que do total das despesas

empenhadas pela SEDUC no exercício de 2010, as despesas com pessoal e encargos

sociais, representaram 73,31% (setenta e três vírgula trinta e um por cento).

De acordo com a legislação da previdência social o profissional da educação tem

um tempo reduzido de serviços prestados comparado aos demais servidores do Estado,

levando-os a aposentar-se com menos tempo de trabalho.

Quanto à agilização dos processos de aposentadorias, segundo informações da

Gerência de Informação e Vida Funcional, a digitalização das fichas funcionais

juntamente com as informações do SEAP veio propiciar “evolução na dinâmica de

concessões de aposentadorias”, que se evidencia pela quantidade de aposentadoria

publicada no Diário Oficial do Estado, conforme número de concessões de

aposentadorias demonstrado na tabela abaixo:

Tabela 40. Concessões de aposentadorias

Fonte: Informativo datado em 23/11/2010 emitido pela Gerência de Informação e Vida Funcional

A SEDUC acompanha a projeção de aposentadoria dos servidores efetivos

através de relatórios emitidos pelo SEAP/SAD.

Exercício Publicações/concessões de aposentadorias

2007 649

2008 555

2009 938

2010 1622

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Foi demonstrado abaixo a projeção de aposentadorias para os próximos 10 (dez)

anos:

Tabela 41. Projeção de aposentadorias janeiro de 2011 a dezembro de 2020

Em razão da necessidade de contratação de novos profissionais, no exercício de

2010 ingressaram através de Concurso Público, para a Carreira dos Profissionais da

SEDUC/MT, Edital 004/2009 – SAD/MT, 1.389 (um mil, trezentos e oitenta e nove)

professores efetivos.

Porém este número não supre as necessidades da SEDUC, uma vez que se

observa um grande número de profissionais que foram contratados de forma

temporária para atender a demanda educacional do Estado de Mato Grosso.

7.2 Subsistema de Pessoal da SES

As atividades da área de Gestão de Pessoas da SES/MT estão especificadas no

Decreto nº 2372, de 22/02/2010, que aprova o Regimento Interno da Secretaria

Executiva do Núcleo Saúde.

PROJEÇÃO DE APOSENTADORIAS JANEIRO DE 2011 A DEZEMBRO DE 2020

ANO PROFESSOR TECNICO APOIO OUTROS TOTAL

2011 368 82 108 27 585

2012 492 98 105 14 709

2013 456 139 248 56 899

2014 936 103 36 21 1096

2015 476 114 31 32 653

2016 249 93 42 19 403

2017 215 75 35 12 337

2018 951 61 31 28 1071

2019 331 41 12 9 393

2020 162 31 9 8 210

TOTAL 4636 837 657 226 6356

Fonte: relatório NG39 SEAP/SAD FEV/2010

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

De acordo com a estrutura, a área de gestão de pessoas encontra-se no Nível de

Administração Sistêmica, estando composta de 01 (uma) Superintendência, 02 (duas)

Coordenadorias e 05 (cinco) gerências, sendo que essa área está subordinada à

Secretaria Executiva do Núcleo Saúde.

Para o desempenho das atribuições definidas nos artigos 25 a 31, do Regimento

Interno, a referida área, atualmente conta com 103 (cento e três) servidores (efetivos,

exclusivamente comissionados e estagiários), conforme informações disponibilizadas a

esta equipe de auditoria.

Do total empenhado em 2010 de R$ 840.949.290,05 (oitocentos e quarenta

milhões, novecentos e quarenta e nove mil, duzentos e noventa reais e cinco centavos)

na Função Saúde, compostas pelas Unidades Orçamentárias Secretaria de Estado de

Saúde (SES) e Fundo Estadual de Saúde (FES), 40,05% desse valor foi alocado na rubrica

Pessoal e Encargos Sociais, que representa R$ 336.763.902,88 (trezentos e trinta e seis

milhões e setecentos e sessenta e três mil e novecentos e dois reais e oitenta e oito

centavos), conforme Balanço Orçamentário Consolidado do exercício de 2010, publicado

no Diário Oficial de 02/02/2011.

A Secretaria de Estado de Saúde contempla em seu quadro de pessoal, as

carreiras de: Profissional de Nível Superior do SUS, Técnico do SUS, Assistente do SUS e

Apoio do SUS. O quadro de servidores da SES/MT está distribuído da seguinte forma –

ref: Dez/2010:

Tabela 42. Qtde Vagas Ocupadas SES/MT – Ref. Dez/2010

CARGO/FUNÇÃO/ EMPREGO

QTDE VAGAS OCUPADAS

EFETIVO COMISSIONADO CONTRATADO EMPREGADO

PNS DO SUS 2198 196

TÉCNICO DO SUS 503 319

ASSISTENTE DO SUS 1753 13

APOIO DO SUS 450

DGA-1 1

DGA-2 1 2

DGA-4 21 108

DGA-5 21 39

DGA-6 30 23

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DGA-7 1

DGA-8 123 48

DA-9 5 2

TOTAL 4904 425 528 Fonte: Demonstrativo Analítico do Lotacionograma – Dezembro/2010. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de Gestão de Pessoas – Extraída do Item 27 - Anexo XI do Balancete Dez/2010 – SES/MT.

Tabela 43. Qtde Vagas Autorizadas SES/MT – Ref. Dez/2010

CARGO/FUNÇÃO/ EMPREGO

QTDE AUTORIZADO PCCS

EFETIVO COMISSIONADO CONTRATADO EMPREGADO

PNS DO SUS 4103

TÉCNICO DO SUS 1732

ASSISTENTE DO SUS 3405

APOIO DO SUS 719

DGA-1

1

DGA-2

3

DGA-4

133

DGA-5

61

DGA-6

55

DGA-7

1

DGA-8

172

DA-9

7

TOTAL 9959 433 604 Fonte: Demonstrativo Analítico do Lotacionograma – Dezembro/2010. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de Gestão de Pessoas – Extraída do Item 27 - Anexo XI do Balancete Dez/2010 – SES/MT.

Verifica-se que de acordo com as informações disponíveis na tabela 43 em

dezembro de 2010 havia 528 (quinhentos e vinte e oito) servidores contratados

temporariamente para suprir as necessidades do quadro da Secretaria de Estado de

Saúde. Sobre isso, foi emitida alerta, no RAASCI 2010, sobre a necessidade de estudo

pela direção superior para realização de concurso público a fim de suprir carência de

servidores, abstendo de fazer contratos temporários.

Ainda, de acordo com o quantitativo de cargos autorizados no Plano de Cargos

Carreiras e Salários dos profissionais do Sistema Único de Saúde de Mato Grosso, estão

disponíveis as seguintes vagas do quadro efetivo: 1.905 vagas do PNS do SUS; 1229

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

vagas do Técnico do SUS; 1652 vagas de Assistente do SUS; e 269 vagas de Apoio do

SUS; totalizando 5.055 vagas disponíveis.

No RAASCI 2010 a AGE fez algumas recomendações para aperfeiçoamento do

Sistema de Pessoal da Saúde, quais sejam:

- Que sejam publicadas as referidas escalas de férias relativas ao período

aquisitivo 2009/2010 e 2010/2011 em cumprimento do § único do artigo 8º, do

Decreto nº 1.317/2003;

- Que sejam aperfeiçoados os instrumentos de controle de concessão de férias

para todos os servidores da SES/FES-MT a fim de evitar a indenização de férias

em razão da ausência de seu gozo no período previamente planejado/definido;

- Que a área de gestão de pessoas em conjunto com a área de tecnologia da

informação da SES/MT realize teste e monitore a performance quanto a

segurança da informação do referido sistema, bem como após essa fase entre

em contato com a empresa que presta os serviços no sentido de aperfeiçoar o

referido sistema.

- Que a UNISECI/SES-MT monitore o cronograma das ações pactuadas nos Planos

de Providência e de Ação objetivando cumprir os prazos pactuados nos

respectivos documentos e principalmente que sejam implementadas as medidas

corretivas propostas.

7.3 Subsistema de Pessoal da SEJUSP

A Superintendência de Gestão de Pessoas está estruturada com 02 (duas)

coordenadorias e 05 (cinco) gerências, a saber:

Coordenadoria de Provimento, Manutenção e Monitoramento

Gerência de Provimento

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gerência de Movimentação e Monitoramento

Gerência de Manutenção

Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida

Gerência de Aplicação

Gerência de Desenvolvimento e Qualidade de Vida

Apesar de ser atribuição da Gestão de Pessoas do Núcleo executar as atividades

relativas à gestão de pessoas das unidades que compõem o Núcleo Sistêmico Segurança,

foi verificado que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros contam com estruturas

próprias que executam as atividades relativas à Gestão de Pessoas.

A Superintendência de Gestão de Pessoas informou que para execução das

atividades conta com 58 funcionários, sendo: 09 (nove) efetivos de nível médio; 13

(treze) efetivos de nível superior; 18 (dezoito) efetivos da área finalística das diversas

unidades que compõem o núcleo; 02 (dois) exclusivamente comissionados; 01 (uma)

servidora exclusivamente comissionada, nomeada assessora pela Secretaria de Justiça e

Segurança Pública, porém colocada à disposição da Gestão de Pessoas do Núcleo; 09

(nove) estagiários e 06 (seis) terceirizados.

Dessa forma, verifica-se que se mantém a prática de servidores da área finalística

lotados no Núcleo Sistêmico.

O Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Sistêmico Segurança foi

demonstrado na tabela a seguir:

Tabela 44. Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Segurança

Unidade Servidores (efetivos e Comissionados)

Contrato Temporário

Estagiário Terceirizado Cessão de outros órgãos

Total

SEJUSP 47 2 35 08 07 98

POLITEC 526 157 85 09 777

Sistema Prisional 1.197 1.009 4 04 2.214

Sistema Sócio Educativo 99 254 353

Polícia Judiciária Civil - PJC 2.456 50 03 2.509

Polícia Militar - Servidores 6.021 6.021

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Militar

Polícia Militar - Servidores Civis 68 58 01 127

Corpo de Bombeiros Militar - Servidores Militar

893 - 893

Corpo de Bombeiros Militar - Servidores Civis

26 60 01 87

Sub Total (1) 11.333 1.422 292 08 25 13.079

*FUNAC 04 - 03 08 06 21

Sub Total (2) 04 - 03 08 06 21

Núcleo Sistêmico 165 07 79 85 02 338

Sub Total (3) 165 07 79 85 02 338

Total (1+2+3) 11.502 1.429 374 101 33 13.438

Fonte: Núcleo Segurança Obs.: * Terceirizados 01 funcionário da empresa Ábaco contratado pela SEPLAN e 07 contratados pela Fundação UNISELVA, convênio nº 001/2009

* Cessão de outros órgãos - todos os servidores são cedidos pela SEJUSP.

No que se refere ao controle do lotacionograma das unidades que compõem o

Núcleo Sistêmico Segurança, o mesmo é feito por meio de planilhas de Excel o que

fragiliza a eficácia na disponibilização dessas informações.

Em relação aos servidores lotados na Fundação Nova Chance - FUNAC foi

informado que 06 (seis) servidores são cedidos pela SEJUSP, entretanto por ocasião da

análise das planilhas relativas a cessão de servidores da SEJUSP não foi identificadas

informações relativas a essas cessões.

Dessa forma, resta demonstrado que esses servidores foram colocados à

disposição da Fundação sem celebração de Termo de Cessão, o que contraria a

legislação vigente uma vez que a FUNAC e a SEJUSP são entidades distintas e a

movimentação de servidores entre elas só pode ocorrer mediante celebração de Termo

de Cessão de Servidores, devido a isso, foi recomendado pela AGE regularização da

situação desses servidores por meio de formalização dos referidos Termos de Cessão.

A Superintendência de Gestão de Pessoas do Núcleo informou que as unidades

componentes do Núcleo Segurança contam com 374 (trezentos e setenta e quatro)

estagiários, sendo que 292 (duzentos e noventa e dois), equivalente a 78,07% (setenta e

oito vírgula sete por cento), estão lotados nas diversas unidades finalísticas da SEJUSP,

79 (setenta e nove), equivalente a 21,12% (vinte e um vírgula doze por cento) estão

lotados no Núcleo Sistêmico e 03 (três), equivalente a 0,80% (zero vírgula oitenta por

cento) estão lotados na Fundação Nova Chance.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

A Superintendência de Gestão de Pessoas do Núcleo informou o quantitativo de

Pessoal Terceirizado, contratado por meio do Contrato nº 055/2008 da empresa Ábaco

Tecnologia da Informação. A distribuição dessa mão de obra está demonstrada

conforme tabela a seguir:

Tabela 45. Terceirização de Mão de obra – Empresa Ábaco Tecnologia da Informação - Contrato 055/2008

Lotação Quantidade

Coordenadoria Contábil 02

Coordenadoria de Apoio Logístico 06

Coordenadoria de Patrimônio e Almoxarifado 02

Coordenadoria de Tecnologia da Informação 01

Coordenadoria de Transportes 02

Gabinete Secretário Adjunto Executivo 04

Gerência de Almoxarifado 02

Gerência de Aquisições 05

Gerência de Arquivo Setorial 01

Gerência de Contratos 02

Gerência de Convenio 03

Gerência de Execução Financeira 09

Gerência de Execução Orçamentária 01

Gerência de Manutenção 01

Gerência de Movimentação E Monitoramento 03

Gerência de Obras E Engenharia 02

Gerência de Operações 01

Gerência de Programação Financeira 01

Gerência de Provimento 01

Gerência de Serviços Gerais 05

Gerência de Sistemas 11

Gerência de Suporte Ao Usuário 02

Gerência Técnica de Banco De Dados 03

Gerência Técnica de Projetos 03

Gerência Técnica de Rede Lógica 03

Gerência Técnica de Segurança Da Informação 02

Gerência Técnica de Suporte Ao Usuário 07

Total Núcleo Sistêmico 85

Gabinete Secretaria Adjunta De Justiça 02

Gabinete Secretaria Adjunta De Segurança Publica 02

Gabinete Secretário Adjunto De Segurança Publica 01

Gerência De Gestão Integrada 01

Gabinete Secretário De Justiça E Segurança Publica 02

Total SEJUSP 08

Total Terceirizado 93 Fonte: Núcleo Segurança

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Da análise da tabela verifica-se que 85 (oitenta e cinco) pessoas, equivalente a

91,40% (noventa e um vírgula quarenta por cento), estão executando suas atividades no

Núcleo Sistêmico e 08 (oito) pessoas, equivalente a 8,60% (oito vírgula sessenta por

cento), executam atividades nas diversas áreas finalísticas da Secretaria de Estado de

Justiça e Segurança Pública.

Além disso, foi verificado que esses funcionários contratados executam

atividades administrativas de servidores de carreira, demonstrando assim, desvio de

finalidade do objeto contratado.

No que se refere a cessão de servidores, tanto das unidades do Núcleo cedidos

para outros órgãos quanto de outros órgãos cedidos para a SEJUSP e FUNAC, a

Superintendência de Gestão de Pessoas, encaminhou as informações conforme as

tabelas a seguir:

Tabela 46. Cessão de Servidores da SEJUSP para outros Órgãos

Descrição Quantidade

Processo Formalizado com ônus para a SEJUSP 03

Processo Formalizado com ônus para Órgão de Destino 22

Processos indeferidos 09

Processo em andamento 04

Termo de Cooperação Técnica* 03

Processos Cessados os efeitos da publicação/formalização 02

Total 43

Fonte: Núcleo Segurança

Obs.: * Processo com Acompanhamento sob responsabilidade da Gerência de Provimento

Tabela 47. Cessão de Servidores de Outros Órgãos para a SEJUSP

Descrição Quantidade

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Processo Formalizado com ônus para a SEJUSP 17

Processo Formalizado com ônus para o Órgão de Origem 10

Processos indeferidos 06

Processo em andamento 02

*Termo de Cooperação Técnica 06

Processos Cessados efeitos da publicação/formalização 02

Total 43 Fonte: Núcleo Segurança

Obs.: * Processo com Acompanhamento sob responsabilidade da Gerência de Provimento

De acordo com Relatório de Ações Desenvolvidas em 2010, fornecido pela

Coordenadoria de Aplicação Desenvolvimento e Qualidade de Vida, muitas ações foram

implementadas com intuito de cumprir a missão de melhorar a qualidade de vida dos

servidores lotados na SEJUSP, como segue:

Pela Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida

foi executado o Projeto Mapeamento e Perfil de Competências dos cargos de soldado e

tenente da PM e do CBM; dos investigadores; escrivães e delegados da PJC; dos

Técnicos de Necrópsia; Perito Oficial Criminal e Papiloscopista da Perícia Oficial e

Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso. Para isso foram capacitados 35 (trinta e

cinco) profissionais da área de gestão no curso de Metodologia de Mapeamento e Perfil

de Competências.

Pela Gerência de Aplicação foram formalizados os processos de

enquadramento inicial; progressão funcional horizontal em classe e progressão em

nível; conforme a legislação pertinente.

Pela Gerência de Desenvolvimento e Qualidade de Vida, no exercício

2010, foram implementadas ações de valorização, acompanhamento à saúde e

motivação profissional dos servidores, tais como: Cursos na área de atuação na Escola

de Governo; Programa de Orientação para Aposentadoria; Cursos de Inglês e Espanhol

na Escola do Legislativo; 1ª Feira de Talentos da SEJUSP na Semana do Servidor;

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Momento de Oração e Louvor; Acompanhamento da Recuperação e Reinserção do

Servidor ao Trabalho; Workshop para Gestores dos Sistemas Penitenciários e Sócio

Educativo; Fórum Estresse e a Beleza da Mulher; Fórum para Facilitadores do Programa

de Prevenção e Gerenciamento do Estresse; e outros fóruns e capacitações.

7.4 Subsistema de Pessoal da UNEMAT

A Gestão de Pessoas da UNEMAT está compreendida na unidade administrativa -

Órgãos de Administração Executiva, vinculada à Pró-Reitoria de Administração, disposta

na Diretoria Administrativa Gestão de Pessoas, assim composta:

1. Supervisão de Monitoramento Funcional;

2. Supervisão de Remuneração;

3. Supervisão de Desenvolvimento Profissional.

No exercício de 2010, para gestão de pessoas, foi utilizado como ferramenta de

controle funcional o Sistema Estadual de Administração de Pessoas – SEAP, sistema sob

a gestão da SAD, para inclusão, análise, conferência e acompanhamento da vida

funcional.

Também foi utilizado como ferramenta de controle o sistema SAGU (Sistema

Aberto de Gestão Unificado), desenvolvido na UNEMAT, sendo alimentado com todas as

informações funcionais, visando à informação de forma gerencial.

Na estrutura Organizacional da UNEMAT, a Pró-Reitoria de Administração

responde pelas atividades de controle de pessoal com um quadro de 06 (seis)

servidores, conforme demonstrado abaixo:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 48. UNEMAT - Pró-Reitoria de Administração – Gestão de Pessoas

Nome Situação

Funcional Formação

(Escolaridade) Cargo

(concurso) Estrutura

organizacional

Ana Lucia Matiello Miranda

Efetiva Superior

Especialista Agente

universitário

Assessoria Administrativa de

Recursos Humanos

Letícia Souza Castro

Efetiva Bacharelado em Administração /

Especialista

Agente Universitário

Diretoria Administrativa de Gestão de Pessoas

Vera Lucia Szubris

Efetiva

Bacharelado em Ciências

Contábeis / Especialização

em Direito Público

Agente universitario

Supervisão de Monitoramento

Funcional

Tarcis Alvan Oliva dos Santos

Efetivo Licenciatura

Plena em Matemática

Agente universitário

Supervisão de Remuneração

Oacir Aniceto da Fonseca

Efetivo Ensino médio Agente

universitário

Membro da Supervisão de Remuneração

Elaine Hoffmann Efetiva Ensino médio Agente

universitário

Supervisão de Desenvolvimento

Profissional Fonte: RELATÓRIO UNEMAT

Os profissionais descritos na tabela acima respondem pelo gerenciamento dos

1.445 (um mil, quatrocentos e quarenta e cinco) servidores lotados na sede, no

escritório regional e na estrutura multi campi da UNEMAT.

As atividades de controle de pessoal também são exercidas de forma

descentralizada nos Campus, por servidores da área técnica da UNEMAT. Estes são

responsáveis pelo encaminhamento de informações ou alterações funcionais à

Diretoria, para conhecimento e/ou providências junto a SAD.

Em relação ao subsistema de pessoal da UNEMAT algumas

recomendações/alertas foram feitas pela AGE, visando melhorar o Controle Interno da

Fundação, a citar:

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

_ alerta para a observância do Decreto nº 1.317/2003 em seu Parágrafo Único,

do Artigo 8º, que determina a elaboração e publicação da escala de férias no mês de

dezembro, contendo o nome do servidor, o período aquisitivo de férias e a época de

gozo no ano subseqüente.

_ recomendação para que o controle de freqüência dos empregados

terceirizados seja realizado pelas respectivas empresas contratadas. É devido eleger um

representante da empresa para acompanhar os serviços e freqüência dos empregados.

_ alerta quanto à obrigatoriedade da avaliação de desempenho de todos os

servidores (efetivos e ou em estágio probatório), regulamentada no artigo 2° do Decreto

3.444/2004.

Na análise do quantitativo de cargos que integram a Carreira dos Profissionais da

Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso, foi avaliado o lotacionograma

(abaixo evidenciado) relativo ao mês de dezembro/2010, que identifica o número de

servidores autorizado por Lei, os ativos, as vagas disponíveis e as vagas excedentes.

Tabela 49. Lotacionograma UNEMAT

CATEGORIA FUNCIONAL AUTORIZADO

POR LEI ATIVOS

VAGAS DISPONÍVEIS

EXCEDENTES

Profissionais Técnicos 700 506 194 --

Professores 1.058 939 119 --

TOTAL 1.758 1.445 213 --

Técnico Cedido c/ônus para UNEMAT 02 02 --

--

Técnico Interesse Particular 03 03

-- --

Técnico em Vacância 11 11 -- --

Técnico Acomp. Cônjuge 01 01 -- --

Técnico Cedido s/ônus para UNEMAT 04 04

-- --

Professor Interesse Particular 03 03

-- --

Professor Cedido p/outro 04 04 -- --

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

órgão s/ônus

Professor Cedido para UNEMAT c/ônus 01 01

-- --

Professor Acomp. Conjuge 01 01 -- --

Professor Vacância 03 03 -- --

Fonte: Lotacionograma – Anexo XI do Balancete /Dezembro/2010

De acordo com a Lei Complementar n° 30/93, que dispõe sobre a criação da

Universidade do Estado de Mato Grosso, a Lei Complementar n° 250/06, que cria cargos

de Professor da Educação Superior e a Lei Complementar n° 321/2008, que dispõe sobre

o quadro e plano de carreira, cargos e subsídios dos profissionais técnicos da educação

superior da Universidade do Estado de Mato Grosso, congregam que os cargos de

provimento efetivo da UNEMAT estão compostos de: Professor de Educação Superior -

1.058 (um mil e cinqüenta e oito) vagas, Auxiliar Universitário – 120 (cento e vinte)

vagas, Agente Universitário – 460 (quatrocentos e sessenta) vagas e Técnico

Universitário – 120 (cento e vinte) vagas.

Conforme informações da atual Diretoria Administrativa de Gestão de Pessoas,

os servidores que se encontram cedidos são os elencados na relação abaixo:

Tabela 50. Relação dos servidores cedidos - UNEMAT

RELAÇÃO DOS SERVIDORES CEDIDOS CONFORME INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 03/2010 - DOE 18/05/2010

SERVIDOR MATRÍCULA CARGO ÓRGAO

CEDENTE ÓRGAO

CESSIONÁRIO

PERÍODO DA

CEDÊNCIA

KAROLINE LUCY AMARANTE E SILVA

125.221 AGENTE

UNIV. UNEMAT FAPEMAT

01/06/2010 a

31/05/2011

JEAN MARTINS PEREIRA

80.418 AGENTE

UNIV. UNEMAT FAPEMAT

01/06/2010 a

31/05/2011

FABÍOLA COUTINHO GRANDE

122734 AGENTE

UNIV. UNEMAT STECS

01/06/2010 a

31/05/2011

82156 DES..ECONO. SINFRA UNEMAT 01/06/2010

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

WLADEMIR DA SILVA PEDROSO

a 31/05/2011

OROZINA CANDIDA DE FREITAS

16366 PROFESSOR SEDUC UNEMAT 01/06/2010

a 31/05/2011

MARIA AUXILIADORA AZEVEDO

73926 PROFESSOR UNEMAT ASSEMB.LEGISL. 01/06/2010

a 31/05/2011

KELE CRISTINA DOS REIS

87274 APOIO AD. SEDUC UNEMAT 01/06/2010

a 31/05/2011

Fonte: Relatório UNEMAT

Foi constatada pela AGE divergência de informações entre o quantitativo de

servidores acima relacionados e as informações apresentadas no Lotacionograma e,

diante disso, foi recomendada revisão do mesmo, atualização dos números informados

e conferência dos servidores cedidos a outros órgãos e ou cedidos para a UNEMAT.

Além disso, foi recomendada a observância nos processos de cessão de servidores das

determinações da Lei Complementar nº 04/1990 e da Lei Complementar nº 265/2006.

Considerando o relatório FIP 613 - Demonstrativo de Despesa Orçamentária

emitido pelo Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN,

em 14/02/2011, verifica-se que do total das despesas empenhadas pela UNEMAT no

exercício de 2010 (mês referência - 12/2010), as despesas com pessoal e encargos

sociais representam 75,94% (setenta e cinco vírgula noventa e quatro por cento).

As despesas empenhadas com contratação por tempo determinado no valor de

R$ 8.036.319,92 (oito milhões, trinta e seis mil, trezentos e dezenove reais e noventa e

dois centavos) correspondem a 7,72% (sete vírgula setenta e dois por cento) do total de

despesas empenhadas no grupo Pessoal e Encargos Sociais.

Considerando o expressivo número de contratos temporários realizados (362)

em detrimento com o número de vagas disponíveis (213) a serem preenchidas no

período sob análise, foi recomendado estudos para realização de concursos públicos

para nomeação de cargos de carreira, no sentido de atender a Lei Complementar nº

04/90, em seu artigo 13.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Ademais, houve alerta da AGE para o cumprimento da Lei Complementar nº 12,

de 13 de janeiro de 1992 que permite contratações apenas nas seguintes situações

motivadamente de urgência.

8. SEGURANÇA

O Anexo I da LDO defini as Metas e Prioridades da Administração Pública para o

exercício a que se refere. Dessa forma para o exercício de 2010 o Estado de Mato

Grosso definiu nesse Anexo os programas que serão priorizados na área de segurança.

Ressalta-se que dentro de cada programa algumas ações foram priorizadas na

LDO, como pode ser observado na tabela abaixo:

Tabela 51. Programas e Ações Priorizadas na área da Segurança

Fonte: Anexo I - LDO

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

A metodologia utilizada para a análise do percentual de realização dos

programas e suas respectivas ações foi obtida através da relação entre o valor liquidado

e o total de créditos autorizados. Dessa maneira a análise se restringiu aos aspectos

financeiro-orçamentários.

De acordo com o Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas,

elaborado pela SEJUSP, o programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados tem como

objetivo aperfeiçoar a gestão do sistema de justiça e segurança pública, para aumentar

a eficiência e eficácia de suas instituições e a efetividade de suas políticas públicas.

Segue abaixo demonstrativo contendo informações orçamentárias e financeiras acerca

da execução das ações compreendidas por esse programa.

Tabela 52. Programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011

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Da análise das ações realizadas nesse programa a que apresentou maior

percentual de execução foi a 3950 – Instituição de ações de valorização,

acompanhamento à saúde e motivação profissional de servidores, o equivalente a

62,74%, seguida da ação 3947 – Estruturação do Sistema de Gestão Estratégica da

Justiça e Segurança, sendo esta última priorizada no Anexo I da LDO.

Ressalta-se que do total planejado para o Programa 031 foi executado 35,60%,

que pode ser considerado uma execução deficiente.

A tabela abaixo demonstra as ações executadas do Programa 302 – Inteligência –

Conhecer para Decidir – que tem por objetivo proteger os ativos organizacionais,

assessorar estrategicamente e dar apoio tático e operacional.

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Tabela 53. Programa 302 – Inteligência – Conhecer para Decidir

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011

Com base na tabela acima, verifica-se que das ações priorizadas na LDO

referente a esse Programa a ação 3953 - Instituição do Modelo de Sistema de

Inteligência de Justiça e Segurança Pública/MT - não foi executada, em contrapartida a

3959 – Intensificação das Ações de Inteligência - teve execução em torno de 76%. De

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

forma geral pode-se dizer que o Programa 032 teve uma boa execução, uma vez que o

percentual de realização foi de 82,72%.

É importante ressaltar que embora a ação 3960 – Ampliação do Sistema de

Interceptação Telefônica para as Macros-Regiões de Mato Grosso - não estava

contemplada no Anexo I da LDO foi executada em sua totalidade.

O Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas, elaborado pela

SEJUSP, estabelece que o programa 306 – Nova Chance – tem por objetivo proporcionar

a ressocialização de reeducandos e egressos.

A tabela abaixo demonstra a execução financeira-orçamentária das ações do

programa 306 – Nova Chance:

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Tabela 54. Programa 306 – Nova Chance

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011

PAOE A - Dotação Inicial B - Créd. Autorizado C - Empenhado D - Liquidado E - Valor Pago % Realização ( D/B)

1000 -

COMERCIALIZAÇÃO DOS

PRODUTOS

CONFECCIONADOS

PELOS REEDUCANDOS 30.000,00 10.634,40 4.346,00 4.346,00 4.346,00 40,87

1001 - EFETIVAÇÃO DE

AÇÕES PÚBLICAS EM

CONSONÂNCIA COM A

LEP – LEI DE EXECUÇÃO

PENAL 8.000,00 1.724,72 541,08 541,08 541,08 31,37

1003 - DIAGNÓSTICO

SITUACIONAL DOS

EGRESSOS E FAMILIARES

DE REEDUCANDOS 8.004,00 509,00 509,00 509,00 509,00 100,00

1006 -

ACOMPANHAMENTO

SITUACIONAL DOS

EGRESSOS E FAMILIARES

DE REEDUCANDOS 10.140,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -

1010 - PROPOSIÇÃO DE

PROJETOS DE MELHORIA

NA GESTÃO DE AÇÕES

DE RESSOCIALIZAÇÃO 14.940,00 387.247,99 226.479,42 109.762,53 107.745,63 28,34

1011 - SENSIBILIZAÇÃO

DA SOCIEDADE 18.580,00 10.881,68 10.881,68 10.881,68 10.881,68 100,00

1012 - PROMOÇÃO DE

OFICINAS CULTURAIS 8.000,00 1.320,00 1.320,00 1.320,00 1.320,00 100,00

1018 - QUALIFICAÇÃO E

CAPACITAÇÃO DOS

SERVIDORES 199.900,00 90.608,69 85.498,99 75.461,89 71.141,89 83,28

1020 - PROMOÇÃO DE

ASSISTÊNCIA

PSICOSSOCIAL AOS

SERVIDORES 93.000,00 32.860,90 30.729,47 21.626,65 21.626,65 65,81

1021 - REALIZAÇÃO DE

PARCERIAS, CONVÊNIOS

E INSTRUMENTOS

CONGÊNERES 22.500,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 100,00

3994 - IMPLANTAÇÃO DE

CURSOS DE

QUALIFICAÇÃO E

CAPACITAÇÃO PARA OS

REEDUCANDOS 40.000,00 23.642,00 17.480,38 17.480,38 17.480,38 73,94

3995 - IMPLEMENTAÇÃO

DE CURSOS DE

QUALIFICAÇÃO E

CAPACITAÇÃO PARA OS

REEDUCANDOS 10.000,00 99.957,00 0,00 0,00 0,00 -

3996 -

ACOMPANHAMENTO DA

EDUCAÇÃO BÁSICA E

PROFISSIONAL 46.152,00 22.559,00 22.559,00 22.559,00 22.559,00 100,00

3997 - REALIZAÇÃO DE

CONCURSO PÚBLICO

PARA PROFISSIONAIS

DAS DIVERSAS ÁREAS DO

CONHECIMENTO 280.300,00 126.229,80 42.229,80 24.864,90 24.864,90 19,70

3998 - CONSOLIDAÇÃO

DE AÇÕES PARA A

GERAÇÃO DE EMPREGO

E RENDA AOS

REEDUCANDOS 37.000,00 19.734,43 19.734,03 17.621,99 11.362,00 89,30

3999 - IMPLANTAÇÃO

DAS ATIVIDADES DE

TRABALHO E LABORAIS 49.483,84 47.531,01 43.199,68 42.193,17 42.193,17 88,77

Total 875.999,84 877.440,62 507.508,53 351.168,27 338.571,38 40,02

Programa 306: Nova chance

Page 124: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 124 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Procedida à análise da tabela acima, observa-se que a ação 3998 – Consolidação

de Ações para a Geração de Emprego e Renda aos Reeducandos e a 3999 – Implantação

das Atividade de Trabalhos Laborais que foram as ações priorizadas pelo Estado na LDO

tiveram percentual de execução de 89,30% e 88,77%, respectivamente.

Verifica-se também que tiveram ações que foram 100% executadas, são elas:

1003 – Diagnóstico Situacional dos Egressos e Familiares de Reeducandos;

1011 – Sensibilização da Sociedade;

1012 – Promoção de Oficinas Culturais;

1021 – Realização de Parcerias, Convênios e Instrumentos Congêneres;

3996 – Acompanhamento da Educação Básica e Profissional.

A tabela abaixo demonstra as ações executadas do Programa 307 – Rede Cidadã-

que tem por objetivo prevenir e reduzir as oportunidades de envolvimento com

violência, criminalidade e práticas de incivilidade.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 55. Programa 307 – Rede Cidadã

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Procedida à análise da tabela acima, verifica-se que a ação 1044 – Ampliação da

Rede Cidadão foi a que apresentou maior percentual de execução, o equivalente a

83,14%, sendo que essa ação foi uma das que foram priorizadas na LDO. As outras duas

ações priorizadas foram: 1023 – Prevenção do contato com drogas por crianças e

adolescentes e 1025 – Implantação das bases comunitárias em Cuiabá e Cidades-Pólos

que tiveram execução em torno de 41,44% e 16,47% respectivamente.

Considerando a execução total do programa 307 – Rede Cidadão – pode-se dizer

que o mesmo teve uma execução regular, dado que atingiu 71,19% de execução em

relação ao previsto.

O Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas, elaborado pela

SEJUSP, estabelece que o programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e da

Criminalidade – tem por objetivo potencializar os resultados das ações de

enfrentamento da violência e criminalidade em prol da sociedade. Segue abaixo tabela

que demonstra a execução financeira-orçamentária das ações desse programa.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 56. Programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e Criminalidade

Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

De acordo com a tabela acima a ação 1082 – Descentralização do centro

integrado de operações de segurança pública não foi executada e a ação 1087 – Ampliar

as ações operacionais integradas para a segurança da fronteira oeste foi executada em

0,74%, sendo que ambas foram priorizadas no Anexo I da LDO. No entanto a execução

do Programa foi de 76,75%.

9. OBRAS

O anexo 1 (Metas e Prioridades) da LDO definiu como sendo prioritários na área

de Obras Públicas os Programas: 239 – Meu Lar, 72 – Obras Públicas e Infraestrutura,

218 – Estradeiro. Esses três Programas são de responsabilidades da SINFRA.

Dentro desses Programas foram priorizadas as seguintes ações: 1763 –

Construção de habitações urbanas e infraestrutura, 1819 – Construção de infraestrutura

e vias urbanas em área ocupadas; 1287 – Pavimentação de Rodovias

Assim, foi analisada a execução orçamentária e financeira desses Programas e

Ações, conforme segue.

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 129 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 57. Execução do Programa 239 “Meu Lar”

Fonte: Fiplan – FIP 613

Tabela 58. Execução do Programa 72 “Obras Públicas e Infraestrutura”

Fonte: Fiplan – FIP 613

AÇÃO Dotação Inicial Dotação Atualizada Empenhado Liquidado Valor Pago% de realização

(liquidado/Dot.

Atual.)

1649: ACESSO À MORADIA E

PROMOÇÃO DE INCLUSÃO SOCIALR$ 250.000,00 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80

100,00%1763: CONSTRUCAO DE

HABITACOES URBANAS E INFRA-

ESTRUTURAR$ 31.244.988,00 R$ 44.820.055,73 R$ 32.060.679,15 R$ 32.060.679,15 R$ 30.155.234,08

71,53%1827: CONSTRUCAO DE

HABITACOES RURAIS E INFRA-

ESTRUTURAR$ 1.129.500,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

-1828: DISTRIBUICAO DE BOLSAS

DE MATERIAL DE CONSTRUCAOR$ 5.500.000,00 R$ 1.449.000,00 R$ 382.500,00 R$ 382.500,00 R$ 382.500,00

26,40%

1829: ELABORACAO DE PROJETOS

TECNICOS DE HABITACAOR$ 46.012,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00

-

TOTAL R$ 38.170.500,00 R$ 46.306.000,53 R$ 32.480.123,95 R$ 32.480.123,95 R$ 30.574.678,88 70,14%

PROGRAMA 239 " MEU LAR"

AÇÃO Dotação Inicial Créd. Autorizado Empenhado Liquidado Pago% de realização

(Liquidado/Cré1292: MELHORAMENTO DE

SEGURANCA E CONTROLE AÉREOR$ 2.001.040,00 R$ 9.180.957,55 R$ 3.788.164,23 R$ 3.788.164,23 R$ 3.768.114,27 41,26%

1317: AMPLIACAO, CONSTRUCAO

E REFORMA DE SISTEMA DE R$ 13.755.180,00 R$ 6.585.370,56 R$ 650.943,32 R$ 650.943,32 R$ 625.943,32 9,88%

1819: CONSTRUCAO DE INFRA-

ESTRUTURA E VIAS URBANAS EM R$ 10.335.580,00 R$ 85.086.037,95 R$ 27.234.520,71 R$ 27.234.520,71 R$ 25.912.945,34 32,01%

1820: CONSTRUCAO, AMPLIACAO

E RECUPERACAO DE EDIFICACOES R$ 5.425.662,03 R$ 13.521.126,54 R$ 7.540.526,94 R$ 7.540.526,94 R$ 7.154.861,65 55,77%

1821: ELABORACAO DE PROJETOS

TECNICOS DE EDIFICACOES E R$ 300.000,00 R$ 46.317,50 R$ 30.317,50 R$ 30.317,50 R$ 30.317,50 65,46%

3091: CONSTRUÇÃO E AMPLIAÇÃO

DE UNIDADES REGIONAIS/SEMAR$ 262.357,59 R$ 262.357,59 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 0,00%

3094: CONSTRUÇÃO E AMPLIAÇÃO

DA SEDE DA SEMAR$ 4.675.935,38 R$ 5.945.567,42 R$ 4.927.365,48 R$ 4.927.365,48 R$ 4.927.365,48 82,87%

3162: EXECUÇÃO E APOIO A

PROJETOS DE OBRAS PÚBLICAS R$ 360.629,00 R$ 52.568.278,65 R$ 28.090.264,91 R$ 28.090.264,91 R$ 23.231.245,97 53,44%

TOTAL R$ 37.116.384,00 R$ 173.196.013,76 R$ 72.262.103,09 R$ 72.262.103,09 R$ 65.650.793,53 41,72%

PROGRAMA 72 "OBRAS PÚBLICAS E INFRAESTRUTURA"

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Tabela 59. Execução do Programa 218 “Estradeiro”

Fonte: Fiplan – FIP 613

Verifica-se que dos Programas priorizados dois tiveram execução em torno de

70%, que pode ser considerado como regular, sendo os Programas 239 - “Meu Lar” e

218 - “Estradeiro. Em relação ao Programa 72 - “Obras Públicas e Infraestrutura” a

execução só alcançou pouco mais de 40%, que pode ser considerada como deficiente

em termos de execução orçamentária.

Na análise das Ações priorizadas, nota-se que as ações 1763 – Construção de

habitações urbanas e infraestrutura e 1287 – Pavimentação de Rodovias foram

executadas 71,63% e 61,64%, respectivamente, o que é considerado regular. A ação

AÇÃO Dotação Inicial Dotação atualizada Empenhado Liquidado Valor Pago

% DE

REALIZAÇÃO

(LIQUIDADO/

DOT. ATUAL.)

1150: AQUISICAO DE EQUIPAMENTOS

RODOVIARIOSR$ 50.000,00 R$ 13.646.122,85 R$ 13.583.000,00 R$ 13.583.000,00 R$ 13.583.000,00 99,54%

1161: IMPLANTACAO E ADEQUAÇÃO

DE POSTOS DE CONTROLE DE CARGAR$ 500.000,00 R$ 77.530,00 R$ 4.360,00 R$ 4.360,00 R$ 4.360,00 5,62%

1283: IMPLANTAÇÃO DE OBRAS DE

ARTES ESPECIAIS-PONTES/VIADUTOSR$ 19.499.000,00 R$ 14.125.850,90 R$ 4.152.864,31 R$ 4.152.864,31 R$ 4.128.509,22 29,40%

1284: CONSTRUCAO E REFORMA DE

PONTES DE MADEIRAR$ 19.999.120,00 R$ 31.577.866,95 R$ 25.506.000,05 R$ 25.506.000,05 R$ 25.506.000,05 80,77%

1287: PAVIMENTACAO DE RODOVIAS R$ 330.445.000,00 R$ 353.570.137,51 R$ 217.929.665,38 R$ 217.929.665,38 R$ 212.385.577,93 61,64%

1288: IMPLANTACAO DE RODOVIAS R$ 150.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 -

1289: RESTAURACAO DE RODOVIAS

PAVIMENTADASR$ 15.000.800,00 R$ 44.847.003,61 R$ 28.019.461,93 R$ 28.019.461,93 R$ 27.856.761,19 62,48%

1291: ESTUDOS E PROJETOS

RODOVIÁRIOS E AMBIENTAISR$ 8.000.000,00 R$ 13.358.144,36 R$ 10.743.829,06 R$ 10.743.829,06 R$ 10.743.829,06 80,43%

2092: DESAPROPRIACOES E

INDENIZACOESR$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 73.293,49 R$ 73.293,49 R$ 73.293,49 48,86%

2151: MANUTENCAO DE RODOVIAS

NAO PAVIMENTADASR$ 62.320.879,97 R$ 80.653.186,85 R$ 75.499.073,77 R$ 75.499.073,77 R$ 74.529.628,25 93,61%

2209: CONSERVACAO DE RODOVIAS

PAVIMENTADASR$ 15.534.000,00 R$ 19.423.108,54 R$ 18.491.524,84 R$ 17.925.848,41 R$ 17.925.848,41 92,29%

2992: MANUTENÇÃO DE POSTOS DE

CONTROLE DE CARGASR$ 3.500.000,00 R$ 3.672.470,00 R$ 2.993.530,24 R$ 2.993.530,24 R$ 2.993.530,24 81,51%

3684: IMPLANTAÇÃO DE PRAÇAS DE

PEDÁGIOR$ 200.000,00 R$ 200.000,00 R$ 67.762,58 R$ 67.762,58 R$ 67.762,58 33,88%

TOTAL R$ 475.298.799,97 R$ 575.301.421,57 R$ 397.064.365,65 R$ 396.498.689,22 R$ 389.798.100,42 68,92%

PROGRAMA 218 "Estradeiro"

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 131 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

1819 - Construção de infraestrutura e vias urbanas em área ocupadas teve sua execução

deficiente, sendo liquidadas apenas 32,01% da dotação atualizada.

Além desses Programas geridos pela SINFRA, outras ações dentro de Programas

específicos tiveram relação com Obras Públicas, sendo ligados às Secretarias de Estado

de Educação - SEDUC, de Segurança Pública - SEJUSP, de Fazenda – SEFAZ e à Agência

Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal - FIFA 2014

(AGECOPA).

Cabe informar que no último concurso para Auditor do Estado – AGE houve

vagas para a área específica de Engenharia Civil, sendo que ingressaram no quadro de

Auditores efetivos cinco profissionais. Com o ingresso desses Auditores foi possível

execução de Auditorias, Acompanhamentos, Orientações, Pareceres e Recomendações

nessa área específica.

Assim, no exercício de 2010 foi realizada avaliação do subsistema de Serviços de

Engenharia e Obras Públicas, sendo essa avaliação integrante do Relatório Anual de

Avaliação do Sistema de Controle Interno – RAASCI da SINFRA, da SEDUC, da SEJUSP, da

SEFAZ e da AGECOPA. Nesse relatório, que foi encaminhado junto ao TCE-MT nas Contas

de Gestão de cada Unidade Orçamentária, constavam recomendações para o

aperfeiçoamento do subsistema de Serviços de Engenharia e Obras Públicas, a saber:

Instituir uma rotina de rigorosos procedimentos processuais, técnicos e

administrativos para aceitação de projetos (completos, bem de detalhados, com

memórias de cálculos dos quantitativos); bem como a exigência de diário de

obras;

Instruir os processos com as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART)

dos responsáveis pelos projetos de arquitetura e engenharia, pelo orçamento,

pela fiscalização e pela execução da obra;

Prever no Termo de Cooperação Técnica, sempre que possível, a figura do

interveniente executor visando minimizar conflitos de competência.

Depois de estabelecer e sedimentar os procedimentos, fluxogramas e

manuais, deve-se implementar a utilização de softwares com itens de checagem

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 132 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

cruzada, por exemplo, com avisos e alertas sobre incongruências, e que em

certos casos não permita que se avance sem fornecimento ou correção de

informações relevantes;

Aplicar quando cabível a garantia Quinquenal e manter interação entre

manutenção, fiscalização e execução no intuito de minimizar problemas pós-

entrega e melhorando projeto e execução de obras;

Abster-se de realizar e aprovar projetos básicos e orçamentos sem os

correspondentes projetos de engenharia e arquitetura.

Observar os prazos estabelecidos contratualmente, tanto para imputação

de responsabilidade ao contratado quanto para realização de pagamentos;

Limitar o pagamento aos serviços efetivamente executados;

Condicionar a alteração do projeto básico à aprovação da autoridade

competente, mediante avaliação das justificativas técnicas apresentadas;

Manter atualizado os dados das obras no Sistema Geo-obras, ou seja, não

somente na fase licitatória, mas concomitantemente à fase de execução dos

contratos;

Observar as normas relativas à acessibilidade, em especial a NBR 9050 –

Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos,

editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

Observar o impedimento legal quanto “a fixação de preços mínimos,

critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência,

ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48” da Lei 8.666/93 e

alterações.

Observar o entendimento do E. Tribunal de Contas União quanto à

indevida exigência de visto do CREA local como condicionante de habilitação

para licitantes oriundos de outros estados, em especial, quando se tratar de

recursos provenientes da União;

Page 133: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 133 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Instituir critérios objetivos para avaliação da qualificação técnico-

operacional e técnico-profissional;

Evidenciar a avaliação da composição dos custos unitários, do lucro e

despesas indiretas (LDI) e dos encargos sociais propostos pelas licitantes;

Observar e avaliar a compatibilidade entre a alíquota do Imposto Sobre

Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) instituída pelo município beneficiário da

obra e a alíquota informada na composição do LDI pela empresa concorrente;

Instruir os projetos básicos de engenharia, conforme o estabelecido pelo

inciso IX do art. 6º e art. 7º da Lei Federal 8.666/93, institucionalizado pelo item

1 do check list de obras e serviços engenharia;

Garantir a compatibilidade entre o projetado e o executado; entre as

quantidades medidas e as quantidades executadas;

Observar, quando da realização de medições, o regime de execução

pactuado;

Avaliar e emitir parecer acerca da validade e pertinência dos projetos

complementares e arquitetônicos, quando não elaborados diretamente pela

Secretaria;

Zelar pelo cumprimento do cronograma físico-financeiro das obras

contratadas;

Executar o projeto básico de engenharia, ou seja, evitar alterações durante

a fase de execução. O que pode ocasionar aditamento ao contrato e a ocorrência

de “jogo de planilha”;

Caso a Administração resolva optar pelo regime de execução empreitada

pelo preço global, recomenda-se pela não realização de aditamentos. Sendo

admissível, apenas nos casos previstos pelo art. 65, da Lei de Licitações,

evidentemente com as devidas justificativas técnicas;

Providências por descumprimento de prazos contratuais;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 134 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Controle quanto ao detalhamento, no memorial descritivo, de serviços

atípicos;

Controle quanto à planilha de composição dos custos unitários adotados

ou indicação da fonte, quando obtidos de tabelas de referência;

Controle quanto à composição do LDI (lucro e despesas indiretas) adotado

para formação do preço de referência;

Controle quanto à alocação dos custos diretos e indiretos;

Controle quanto à composição dos encargos sociais adotados;

Controle quanto à indicação do regime de execução mais adequado ao

objeto;

Controle quanto aos parâmetros para avaliação da qualificação técnico-

operacional e técnico-profissional.

Controle quanto aos critérios de aceitabilidade de preço unitário;

Controle quanto ao tratamento a ser dado no julgamento da composição

dos custos unitários.

Nesse sentido, verifica-se a necessidade de efetivar maior controle tanto das

obras em andamento quanto daquelas que estão na iminência de ocorrer, para que não

haja a reincidência de deficiências de planejamento, de projetos, de fiscalização,

ausência de detalhamento das planilhas de orçamento, de freqüentes alterações de

projeto, de atrasos na execução, de aditivos contratuais sem respaldo técnico

devidamente fundamentado e da ocorrência de obras inacabadas.

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Governo do Estado de Mato Grosso 2010

10. TRANSPARÊNCIA – LEI COMPLEMENTAR 131/2009

Em maio de 2009, através da Lei Complementar n. 131, que acrescentou algumas

exigências ao capítulo IX da LRF, ficou determinado que fossem divulgadas ao pleno

conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, as informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de

acesso público.

Assim, a LRF, com a nova redação, exige que a transparência seja assegurada

também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,

durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes

orçamentárias e orçamentos; liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da

sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução

orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e adoção de sistema

integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de

qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.

Dessa forma, a LRF esclarece que a disponibilização em meios eletrônicos das

informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira refere-se a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer

da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima

dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao

serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o

caso, ao procedimento licitatório realizado;

II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades

gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.

Em atendimento a exigência da LRF quanto à Transparência da Gestão Fiscal,

verifica-se que o Governo do Estado de Mato Grosso realizou durante o exercício de

2010 audiências públicas, quando do planejamento e elaboração dos planos, das

diretrizes e do orçamento, bem como para divulgação dos resultados da execução

orçamentária e financeira e dos demonstrativos de cumprimento dos limites

Page 136: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 136 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

constitucionais e legais. Além disso, tanto as peças de planejamento, como os relatórios

de divulgação da execução (Relatório Resumido de Execução Orçamentária e Relatório

de Gestão Fiscal) ficam disponibilizados nos endereços eletrônicos das Secretárias

Estaduais de Planejamento e Coordenação Geral e de Fazenda.

Além disso, foi criado um canal eletrônico (http://web.fiplan.mt.gov.br) onde

podem ser acessadas por qualquer cidadão as informações sobre realização de receitas

e despesas, consultas de despesas por credor, além de consultas de pagamentos,

empenhos e liquidações.

Cabe informar que ainda está em fase de desenvolvimento a interligação do

Sistema de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN ao de Aquisições

Governamentais – SIAG para disponibilização das informações sobre o processo

licitatório, dispensas e inexigibilidade de cada despesa.

11. CONTROLE INTERNO

A Auditoria Geral do Estado – AGE, criada pela Lei Estadual nº 4.087, de

11.07.1979, é órgão autônomo e superior de Controle Interno, diretamente

subordinado ao Governador do Estado, instituição permanente e essencial ao Controle

Interno do Poder Executivo Estadual, exerce as funções constitucionais previstas no art.

74 da Constituição Federal e art. 52 da Constituição Estadual, e competências

estabelecidas na Lei Complementar 295/2007, que dispõe sobre o Sistema Integrado de

Controle Interno do Estado de Mato Grosso, na Lei Complementar 198/2004, no

Decreto 1341/1996 e no Decreto 6035/2005.

Acrescendo as atribuições da AGE, a Lei Complementar 413/2010 transferiu para

esta as competências relativas às atividades de Ouvidoria e de Corregedoria no âmbito

do Poder Executivo Estadual. Porém, essas novas funções serão executadas a partir do

exercício de 2011.

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 137 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

No Exercício de 2010 houve aumento do quadro de Auditores da AGE, passando,

em agosto de 2010, de 20 para 48 Auditores lotados na AGE, o que representa um

crescimento de 140%. Esse aumento no quadro de Auditores, logicamente, refletiu nas

atividades da Instituição, aumentando o foco orientativo e preventivo e o

aperfeiçoamento do Sistema de Controle Interno, bem como tornando os trabalhos da

AGE mais tempestivos.

A AGE durante o exercício de 2010 monitorou a execução do Plano de Ação para

a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato

Grosso, criado com base no Guia do TCE/MT, o qual previu a realização de atividades

nos seguintes subsistemas de controle:

a. Controle Interno: edição de Lei Orgânica e sua regulamentação, implantação

de unidades setoriais de controle interno e elaboração de manual de rotinas e

procedimentos com prazo até dezembro de 2008;

b. Planejamento e Orçamento: elaboração de manual de rotinas e

procedimentos com prazo até dezembro de 2008;

c. Aquisições: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2008;

d. Contabilidade: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo

até dezembro de 2008;

e. Financeiro: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2008;

f. Apoio Logístico: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo

até dezembro de 2009;

g. Gestão de Pessoas: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com

prazo até dezembro de 2009;

h. Patrimônio: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2009;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 138 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

i. Previdência: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2009;

j. Convênios e Consórcios: elaboração de manual de rotinas e procedimentos

com prazo até dezembro de 2009;

k. Obras Públicas: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo

até dezembro de 2009;

l. Educação: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2010;

m. Saúde: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2010;

n. Receita Pública: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo

até dezembro de 2010;

o. Bem Estar Social: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com

prazo até dezembro de 2010;

p. Comunicação Social: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com

prazo até dezembro de 2011;

q. Jurídico: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até

dezembro de 2011;

r. Tecnologia da Informação: elaboração de manual de rotinas e procedimentos

com prazo até dezembro de 2011.

Esse plano foi incorporado pela Auditoria Geral do Estado como parte integrante

do seu planejamento estratégico, cujas metas devem ser atingidas até 2011.

Até o exercício de 2010 foram publicados ao total 12 (doze) Manuais, sendo eles

pertencentes aos sistemas de:

a. Controle Interno;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 139 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

b. Planejamento e Orçamento;

c. Aquisições;

d. Contabilidade;

e. Financeiro;

f. Apoio Logístico: Manual de Gestão de Documentos e Desenvolvimento

Organizacional;

g. Gestão de Pessoas;

h. Patrimônio: Manual de Patrimônio e Serviços;

i. Convênios e Consórcios: contemplado tanto no Manual de Planejamento

quanto no Manual do Sistema de Gerenciamento de Convênios – SIGCon;

j. Receita Pública: cujas normas estão disponibilizadas no site da Secretaria de

Estado de Fazenda, além de compiladas em uma via e entregues à Auditoria

Geral do Estado;

k. Tecnologia da Informação.

De acordo com Plano de Ação até o exercício de 2011 foram previstos a

elaboração de 18 (dezoito) manuais dos diversos sistemas de controle já citados acima.

Dos dezoito Manuais previstos, doze foram elaborados, havendo uma

antecipação em relação à Tecnologia da Informação e quatro atrasos: Previdência,

Obras Públicas, Educação e Saúde, resultando no seguinte gráfico:

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 140 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Gráfico 22. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2011

Fonte: Relatório de Avaliação do Plano de Ação - Exercícios 2007, 2008, 2009 e 2010 – AGE-MT

Quanto ao cumprimento das atividades referentes aos exercícios de 2007 a

2010, tem-se o seguinte gráfico:

Gráfico 23. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2010

Fonte: Relatório de Avaliação do Plano de Ação - Exercícios 2007, 2008, 2009 e 2010 – AGE-MT

02468

1012141618

total Prontos Adiantado Atrasado A elaborar 2011

100%

66,66%

5,55%

22,22%11,11%

0

5

10

15

Total Prontos Atrasados

100%

73,33%

26,66%

Page 141: Parecer AGE

Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 141 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Desse norte, com cumprimento em mais de 70% (setenta por cento) das

atividades planejadas, avalia-se como bom, dentro dos padrões de medidas: ruim,

regular, bom e excelente, a execução do Plano de Ação do Poder Executivo do Estado de

Mato Grosso.

Avaliado como bom o desempenho do cumprimento do Plano de Ação,

demonstra-se que o órgão central de controle interno envida esforços nas etapas de

orientação de realização das atividades, monitora a sua execução e avalia os seus

resultados.

Foi constatado que houve maior dificuldade na padronização das áreas

finalísticas, em razão da ausência de familiarização da atividade. Esse o motivo dos

atrasos ocorridos, pois foi priorizada, estrategicamente, a parte administrativa e após

dedicar-se-á esforços nas áreas da saúde, educação, bem estar social, dentro outras.

Além das atividades de monitoramento do Plano de Ação, no exercício de 2010 a

AGE, através das Coordenadorias de Auditoria com o apoio das Unidades Setoriais de

Controle Interno, desenvolveu as seguintes atividades, visando o aperfeiçoamento do

Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual, bem como com o objetivo de

atuar de forma preventiva e orientativa:

1) Acompanhamento das implementações dos Planos de Providências;

2) Fornecimento de Orientações Técnicas aos Órgãos e Entidades do Poder Executivo

diariamente por telefone, visitas à sede da AGE ou consulta eletrônica via internet, com

foco na prevenção e orientação às falhas de controle;

3) Acompanhamento e orientação na elaboração e encaminhamento das Prestações de

Contas ao Tribunal de Contas do Estado;

4) Composição de Comissões para análise e fornecimento de soluções para problemas

nos órgãos e entidades do Poder Executivo;

5) Acompanhamento e orientação in loco nos órgãos e entidades do Poder Executivo;

6) Orientações sobre a elaboração de respostas ao Tribunal de Contas do Estado;

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 142 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

7) Recomendações sobre o aprimoramento dos controles dos órgãos e entidades e o

acompanhamento/orientação de sua implementação;

8) Emissão do Relatório de Controle Interno que acompanha as Contas do Governador;

9) Emissão de Pareceres Conclusivos que acompanharam as Prestações de Contas dos

Órgãos e Entidades;

10) Realização de Auditorias, priorizando execução orçamentária, financeira e contábil;

11) Monitoramento e acompanhamento da situação fiscal e do cumprimento das

exigências legais para último ano de mandato;

12) Acompanhamento de aquisições e contratos de grande vulto;

13) Emissão de Orientações e Pareceres de Auditoria para as diversas Unidades

Orçamentárias;

14) Realização de Auditorias Especiais, inclusive por solicitação da Delegacia Fazendária

e Ministério Público.

Essas ações de Auditoria e Controle Interno realizadas pela AGE no exercício de

2010 resultaram na seguinte produção:

Tabela 60. Produção AGE – período de janeiro a dezembro de 2010

EDUCAÇÃO 11 00 01 04 09 25SAÚDE 05 01 05 02 07 20

T. TRANSPORTE -

S.ECÔNOMICO07 02 23 19 23 74

SEGURANÇA 04 02 02 12 10 30CCLT - AGRO -AMBIENTAL 07 00 12 22 16 57

GOV-PLAN-TEC-JURID-

ADM-FAZENDÁRIO15 03 22 64 17 121

OBRAS / SERVIÇOS DE

ENGENHARIA04 04 01 05 04 18

SUB-TOTAL 53 12 66 128 86 345SACI-ASS-APOIO 04 05 21 74 07 111

TOTAL 57 17 87 202 93 456

MANIFESTAÇÃO ORIENTAÇÃO PARECER RELATÓRIOTOTAL GERAL -

2010

RECOMENDAÇÃO

TÉCNICA

COORDENADORIA DE

AUDITORIA DOS NÚCLEOS

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 143 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

Fonte: SACI/AGE – Adelson

12. CONCLUSÃO

O Governo do Estado de Mato Grosso possui um Plano de Desenvolvimento de

longo prazo para Mato Grosso, que é o MT +20, norteador das ações de planejamento

do Estado. O PPA 2008-2011 foi elaborado a partir desse instrumento, sendo

identificados treze objetivos estratégicos e priorizados alguns programas. Sendo assim,

as metas e prioridades da LDO 2010 e as ações consignadas no orçamento de 2010, de

uma forma geral, estão compatíveis com os instrumentos de planejamento (PPA e

MT+20).

Nossa análise demonstra que o Governo do Estado de Mato Grosso vem de

forma constante ampliando seus instrumentos de planejamento, com definições de

objetivos estratégicos e metas de longo prazo. Os instrumentos de avaliação das ações

também estão em constante evolução e o RAG – Relatório de Ação Governamental, que

também acompanhará a Prestação de Contas Anual, apresenta sensível

aperfeiçoamento nos métodos e medidas de avaliação dos programas e ações de

governo.

No mesmo sentido está a Gestão da Receita Pública. Com projetos e ações

definidos em bases consistentes, o Estado, através da Secretaria de Estado de Fazenda,

desenvolve diversas medidas de recuperação de créditos e incremento da receita.

Dessas medidas, destaca-se o aperfeiçoamento dos mecanismos de administração

financeira de débitos, a intensificação da presença fiscal junto aos contribuintes (difusão

de risco fiscal), a intensificação dos cruzamentos de dados para lançamento do tributo e

à ampliação da cobrança dos créditos tributários. Essas ações permitiram que a Receita

Tributária Estadual tivesse um crescimento em 2010 de 6,56% em relação a 2009.

Do ponto de vista da Gestão Fiscal observa-se um rigoroso controle da execução

orçamentária e financeira, com mecanismos de permanentes avaliações sistemáticas,

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 144 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

que resultaram na garantia do equilíbrio orçamentário e financeiro, mantido por ações

integradas das Secretarias Sistêmicas: SEPLAN, SEFAZ, SAD e AGE, e também na

obtenção de superávit primário.

Em relação às regras impostas ao Gestor Público no último ano do Mandato,

decorrentes da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Legislação Eleitoral, houve intenso

acompanhamento pela Auditoria Geral do Estado, mediante controle dos limites e a

emissão de constantes orientações aos órgãos e entidades do Poder Executivo. Diante

disso, observamos o cumprimento das regras fundamentais, como a manutenção do

gasto com publicidade dentro da média dos últimos três anos, não ocorrência de

aumento de despesa com pessoal nos últimos 180 dias e a não contração de obrigações

sem cobertura financeira nos dois últimos quadrimestres.

Foi também observado o cumprimento dos limites constitucionais e legais, com

diminuição do índice de endividamento do Estado e respeito ao limite de operação de

crédito. Os gastos com pessoal do poder executivo ficou em 41,18%, significativamente

abaixo do limite legal que é 49%. As despesas com manutenção e desenvolvimento do

ensino atingiram 29,18% e a remuneração dos profissionais do magistério consumiram

72,92% dos recursos do FUNDEB. Já a aplicação na saúde atingiu 13,22%.

É relevante destacar que o Governo do Estado de Mato Grosso busca de forma

contínua aperfeiçoar os instrumentos de controle, com melhoria da estrutura e

mecanismos da Auditoria Geral do Estado, dando condições para uma atuação eficiente,

que se revela na produção demonstrada neste relatório e no cumprimento do

cronograma de implantação do Sistema de Controle Interno imposto pela Resolução

01/2007 do TCE-MT.

Enfim, somos da opinião que o Governo do Estado de Mato Grosso, no exercício

de 2010, atendeu aos princípios norteadores da Administração Pública, dedicou esforço

no cumprimento de objetivos estratégicos e executou uma Gestão Fiscal responsável,

revelada pelo equilíbrio orçamentário e financeiro do exercício, a observância das

normas constitucionais e limites da LRF, em especial o cumprimento do limite com

operações de crédito, limite de despesa com pessoal, o saldo positivo do resultado

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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 145 de 145

Governo do Estado de Mato Grosso 2010

primário, a diminuição relativa da dívida consolidada (comparada com a RCL), o

cumprimento dos limites constitucionais das áreas de saúde e educação, o atendimento

das exigências específicas de último ano de mandato e a evolução do Sistema de

Controle Interno do Executivo Estadual.

É o nosso parecer.

JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO

Secretário-Auditor Geral do Estado Equipe Técnica:

EMERSON HIDEKI HAYASHIDA ALYSSON SANDER DE SOUZA Secretário Adjunto de Auditoria Superintendente de Auditoria

LAURA CRISTINA CORREA ALMEIDA MÔNICA CRISTINA DOS ANJOS ACENDINO Assessora Técnica Assessora Técnica