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AD\1136252PT.docx PE609.284v03-00
PT Unida na diversidade PT
Parlamento Europeu 2014-2019
Comissão do Desenvolvimento
2016/0382(COD)
24.10.2017
PARECER
da Comissão do Desenvolvimento
dirigido à Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia
sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à
promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis
(reformulação)
(COM(2016)0767 – C8-0500/2016 – 2016/0382(COD))
Relator de parecer: Florent Marcellesi
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PA_Legam
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JUSTIFICAÇÃO SUCINTA
As políticas de clima e energia devem estar em consonância com os objetivos da Coerência
das Políticas para o Desenvolvimento, tal como consagrado no artigo 208.º do Tratado de
Lisboa e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A transição para as energias
renováveis é de importância fundamental para a consecução destes objetivos. Por
conseguinte, considerando que a bioenergia só pode desempenhar um papel limitado no que
respeita à satisfação da procura de energia na UE e que a política da UE em matéria de
bioenergia irá certamente servir de modelo nas negociações internacionais, o relator considera
da maior importância assegurar que a proposta de diretiva responda a rigorosos critérios de
sustentabilidade social e ambiental.
Para este efeito, é necessário reforçar a diretiva proposta de diversas formas:
Melhorar o nível de ambição da proposta em matéria de clima aumentando a quota de
energias renováveis para 45 % em 2030, com metas nacionais obrigatórias, de modo a
cumprir os objetivos do Acordo de Paris;
Eliminar progressivamente, até 2030, todos os biocombustíveis provenientes do solo, de
modo a minimizar os impactos negativos da bioenergia nos direitos fundiários, nos direitos à
alimentação, na biodiversidade e nos solos, bem como os impactos gerais das alterações
indiretas do uso do solo. Portanto, a quota de biocombustíveis e biolíquidos provenientes do
solo produzidos a partir de culturas que podem ser contabilizadas para o cumprimento do
objetivo de combustível para os transportes da Diretiva 2009/28/CE deve ser
progressivamente reduzida até 2030, altura em que essa quota será igual a zero.
Eliminar progressivamente todos os incentivos políticos a favor dos biocombustíveis,
biolíquidos e combustíveis biomássicos produzidos a partir de culturas alimentares e
forrageiras ou de outras culturas cultivadas em terrenos agrícolas produtivos;
Reforçar as regras relativas às alterações indiretas do uso do solo (AIUS), tendo em conta que
as culturas energéticas não alimentares podem contribuir para AIUS se produzidas em
terrenos destinados à produção de géneros alimentícios;
Assegurar que a diretiva reformulada está em sintonia com a hierarquia dos resíduos e os
princípios da utilização em cascata.
Reforçar as salvaguardas para os biocombustíveis avançados, que devem reduzir eficazmente
as emissões de gases com efeito de estufa e respeitar os rigorosos critérios de sustentabilidade
ambiental nos casos em que seja incentivado o uso de resíduos e detritos para a produção de
energia;
Introduzir critérios de sustentabilidade social, tendo em conta o aumento dos conflitos
relacionados com os terrenos, ou seja, dos conflitos resultantes de investimentos agrícolas em
grande escala para a produção de matérias-primas. Por conseguinte, a diretiva deve ser
coerente com as normas internacionais em matéria de direitos de propriedade, que são ainda
mais importantes em países onde os direitos consuetudinários não são claramente
reconhecidos no direito estatutário e onde existe um historial de deslocação das populações
rurais indígenas devido a projetos de conservação.
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PT
ALTERAÇÕES
A Comissão do Desenvolvimento insta a Comissão da Indústria, da Investigação e da Energia,
competente quanto à matéria de fundo, a ter em conta as seguintes alterações:
Alteração 1
Proposta de diretiva
Considerando 8
Texto da Comissão Alteração
(8) O estabelecimento de uma meta
vinculativa de energias renováveis para
2030 continuará a incentivar o
desenvolvimento das tecnologias que
produzem energia renovável e a
proporcionar certeza aos investidores. Um
objetivo definido a nível da União
permitiria aos Estados-Membros ter uma
maior flexibilidade para cumprirem as
suas metas de redução de gases com efeito
de estufa com a melhor relação custo-
eficácia, de acordo com as suas
circunstâncias específicas, cabazes
energéticos e capacidades de produção de
energias renováveis.
(8) O estabelecimento de metas
vinculativas de energias renováveis a nível
nacional e da União para 2030 continuará
a incentivar o desenvolvimento das
tecnologias que produzem energia
renovável e a proporcionar certeza aos
investidores.
Justificação
O cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris significa aumentar a quota das energias
renováveis, tanto a nível da UE como dos Estados-Membros. Os objetivos dos Estados-
Membros coerentes com o objetivo da UE contribuirão para a concretização eficaz do
objetivo global da UE.
Alteração 2
Proposta de diretiva
Considerando 15-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(15-A) A utilização de biomassa para a
produção de energia implica custos de
oportunidade significativos relacionados
com a depleção ou perda de ecossistemas.
Os Estados-Membros devem evitar
subsidiar ou autorizar a utilização de
matérias-primas para a produção de
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energia nos casos em que essa utilização
possa ter um impacto negativo nos
direitos fundiários, nos direitos à
alimentação, na biodiversidade, nos solos
ou no equilíbrio global em termos de
gases com efeito de estufa.
Justificação
A Agenda 2030 é um quadro político de transformação que visa erradicar a pobreza e
alcançar o desenvolvimento sustentável a nível mundial. Doravante, as medidas que a UE
tomar para aplicar o Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas devem ser coerentes
com o cumprimento dos seus 17 ODS e ter em conta as interligações fundamentais existentes
entre os seus objetivos e as suas metas.
Alteração 3
Proposta de diretiva
Considerando 15-B (novo)
Texto da Comissão Alteração
(15-B) A promoção das fontes de energia
renováveis deve basear-se no princípio da
utilização em cascata, em especial no que
diz respeito à biomassa agrícola e
florestal, assim como da economia
circular. Os regimes de apoio à utilização
de fontes de energia renováveis não
devem comprometer os princípios da
economia circular nem a hierarquia dos
resíduos, que classificam as opções de
gestão de resíduos de acordo com a sua
sustentabilidade e atribuem a máxima
prioridade à prevenção e reciclagem de
resíduos.
Justificação
A UE e os seus Estados-Membros devem executar a Agenda 2030 em todas as políticas
internas e externas, numa abordagem abrangente e estratégica, integrando de forma
equilibrada e coerente as três dimensões do desenvolvimento sustentável e tendo em conta as
interligações entre os diferentes ODS, bem como os impactos mais gerais das suas ações
nacionais a nível internacional e mundial.
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PT
Alteração 4
Proposta de diretiva
Considerando 15-C (novo)
Texto da Comissão Alteração
(15-C) No que toca às fontes bióticas de
energia, os Estados-Membros devem
introduzir salvaguardas para proteger a
biodiversidade e prevenir o esgotamento
ou a perda de ecossistemas, bem como
qualquer desvio da utilização atual que
possa ter um impacto negativo direto ou
indireto na biodiversidade, nos solos ou
no equilíbrio global em termos de gases
com efeito de estufa.
Alteração 5
Proposta de diretiva
Considerando 17
Texto da Comissão Alteração
(17) A abertura dos regimes de apoio à
participação transfronteiras limita os
impactos negativos sobre o mercado
interno da energia e pode, em determinadas
condições, ajudar os Estados-Membros a
alcançar o objetivo da União de uma forma
mais eficiente em termos de custos. A
participação transfronteiras é também o
corolário natural para o desenvolvimento
da política da União em matéria de
energias renováveis, com um objetivo
vinculativo a nível da União em
substituição de metas nacionais
vinculativas. Portanto, é adequado exigir
aos Estados-Membros a progressiva
abertura parcial e apoio a projetos
localizados noutros Estados-Membros, e
definir diversas formas de execução dessa
abertura progressiva, em conformidade
com as disposições do Tratado sobre o
Funcionamento da União Europeia,
nomeadamente os artigos 30.º, 34.º e 110.º.
(17) A abertura dos regimes de apoio à
participação transfronteiras limita os
impactos negativos sobre o mercado
interno da energia e pode, em determinadas
condições, ajudar os Estados-Membros a
alcançar o objetivo da União de uma forma
mais eficiente em termos de custos. A
participação transfronteiras é também o
corolário natural para o desenvolvimento
da política da União em matéria de
energias renováveis, com um objetivo
vinculativo a nível da União a
acompanhar as metas nacionais
vinculativas. Portanto, é adequado exigir
aos Estados-Membros a progressiva
abertura parcial e apoio a projetos
localizados noutros Estados-Membros, e
definir diversas formas de execução dessa
abertura progressiva, em conformidade
com as disposições do Tratado sobre o
Funcionamento da União Europeia,
nomeadamente os artigos 30.º, 34.º e 110.º.
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PT
Justificação
O cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris significa aumentar a quota das energias
renováveis, tanto a nível da UE como dos Estados-Membros. Os objetivos dos Estados-
Membros coerentes com o objetivo da UE contribuirão para a concretização eficaz do
objetivo global da UE.
Alteração 6
Proposta de diretiva
Considerando 25
Texto da Comissão Alteração
(25) A fim de assegurar que o anexo IX
tem em conta os princípios da hierarquia de
resíduos estabelecidos na Diretiva
2008/98/CE do Parlamento Europeu e do
Conselho25, os critérios de sustentabilidade
da UE e a necessidade de assegurar que o
anexo não cria uma procura suplementar de
terras enquanto promove a utilização de
resíduos e detritos, a Comissão, ao avaliar
regularmente o anexo, deve considerar a
inclusão de outras matérias-primas que não
provoquem efeitos de distorção
significativos nos mercados de
(sub)produtos, detritos ou resíduos.
(25) A fim de assegurar que o anexo IX
tem em conta os princípios da hierarquia de
resíduos estabelecidos na Diretiva
2008/98/CE do Parlamento Europeu e do
Conselho25, os critérios de sustentabilidade
da UE, o princípio da utilização em
cascata e a necessidade de assegurar que o
referido anexo não cria uma procura
suplementar de terras enquanto promove a
utilização de resíduos e detritos, a
Comissão, ao avaliar regularmente esse
anexo, deve considerar a inclusão de outras
matérias-primas capazes de gerar reduções
substanciais das emissões de gases com
efeito de estufa com base numa avaliação
do ciclo de vida, tendo em conta as
emissões indiretas relacionadas com
eventuais efeitos de deslocação, e que não
provoquem efeitos de distorção
significativos nos mercados de
(sub)produtos, detritos ou resíduos.
__________________ __________________
25 Diretiva 2008/98/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 19 de
novembro de 2008, relativa aos resíduos e
que revoga certas diretivas (JO L 312 de
22.11.2008, p. 3).
25 Diretiva 2008/98/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 19 de
novembro de 2008, relativa aos resíduos e
que revoga certas diretivas (JO L 312 de
22.11.2008, p. 3).
Justificação
São poucas as matérias-primas realmente disponíveis sem gerar emissões. Se os materiais
forem desviados das suas utilizações atuais para a produção de biocombustíveis, outros
utilizadores serão afetados. Para compreender o impacto sobre o clima da utilização de tais
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PT
materiais para produzir combustíveis alternativos, é necessária uma análise da deslocação
que identifique os materiais que seriam utilizados para substituir as matérias-primas, bem
como as emissões conexas. Em conformidade com as estratégias da UE relativas à economia
circular e à floresta, deve ser tido em conta o princípio da utilização em cascata da
biomassa.
Alteração 7
Proposta de diretiva
Considerando 50-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(50-A) Embora a presente diretiva
estabeleça um quadro da União para a
promoção da energia proveniente de
fontes renováveis, contribui igualmente
para o potencial impacto positivo que a
União e os Estados-Membros possam ter
para estimular o desenvolvimento do setor
das energias renováveis em países
terceiros. A União e os Estados-Membros
devem promover a investigação, o
desenvolvimento e o investimento na
produção de energias renováveis nos
países em desenvolvimento e outros países
parceiros, reforçando deste modo a sua
sustentabilidade económica e ambiental e
a sua capacidade de exportação de
energias renováveis. Além disso, a
importação de energias renováveis de
países parceiros pode ajudar a União e os
Estados-Membros a atingir os seus
objetivos ambiciosos de redução das
emissões de carbono.
Alteração 8
Proposta de diretiva
Considerando 62
Texto da Comissão Alteração
(62) A Estratégia Europeia de
Mobilidade Hipocarbónica, de julho de
2016, salientou que os biocombustíveis
(62) Quando os terrenos agrícolas ou
de pastagem anteriormente destinados à
produção de alimentos para consumo
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PT
produzidos a partir de alimentos têm um
papel limitado na descarbonização do setor
dos transportes e devem ser
progressivamente eliminados e substituídos
por biocombustíveis avançados. A fim de
preparar a transição para biocombustíveis
avançados e minimizar os impactos gerais
da alteração indireta do uso do solo, é
adequado limitar a quantidade de
biocombustíveis e biolíquidos produzidos a
partir de culturas alimentares ou forrageiras
que possam ser contabilizados para o
objetivo da União estabelecido na presente
diretiva.
humano e animal forem desviados para a
produção de biocombustíveis, continuará
a ser necessário satisfazer a procura para
fins distintos da produção de combustíveis
mediante a intensificação da atual
produção ou a introdução na produção de
outros terrenos não agrícolas. A
utilização de terrenos não agrícolas para
a agricultura constitui uma alteração
indireta do uso dos solos, que pode gerar
consideráveis emissões de gases com
efeito de estufa sempre que signifique a
conversão de terrenos com elevado teor de
carbono. A Estratégia Europeia de
Mobilidade Hipocarbónica, de julho de
2016, salientou que os biocombustíveis
produzidos a partir de alimentos têm um
papel limitado na descarbonização do setor
dos transportes e devem ser
progressivamente eliminados e substituídos
por biocombustíveis avançados. A fim de
preparar a transição para biocombustíveis
avançados e minimizar os impactos gerais
da alteração indireta do uso do solo, é
adequado limitar a quantidade de
biocombustíveis e biolíquidos produzidos a
partir de culturas alimentares ou forrageiras
que possam ser contabilizados para o
objetivo da União estabelecido na presente
diretiva, bem como incluir no cálculo das
emissões de gases com efeito de estufa a
estimativa da alteração indireta do uso do
solo.
Justificação
O fenómeno das alterações indiretas do uso do solo (AIUS) deve ser claramente reconhecido
e tido em consideração nas disposições da diretiva.
Alteração 9
Proposta de diretiva
Considerando 64
Texto da Comissão Alteração
(64) Os biocombustíveis avançados e
outros biocombustíveis e biogases
(64) Os biocombustíveis avançados e
outros biocombustíveis e biogases
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PT
produzidos a partir das matérias-primas
enumeradas no anexo IX, os combustíveis
renováveis líquidos e gasosos de origem
não biológica para transportes e a
eletricidade produzida a partir de fontes
renováveis no setor dos transportes podem
contribuir para reduzir as emissões de
carbono, incentivar a descarbonização do
setor dos transportes na União com uma
boa relação custo-eficácia e melhorar, entre
outros, a diversificação energética no setor
dos transportes, promovendo, ao mesmo
tempo, a inovação, o crescimento e o
emprego na economia da União e
reduzindo a dependência face às
importações de energia. A obrigação de
incorporação junto dos fornecedores de
combustíveis deve encorajar o
desenvolvimento contínuo dos
combustíveis avançados, incluindo os
biocombustíveis, sendo importante
assegurar que a obrigação de incorporação
também incentiva melhorias no
desempenho relativo aos gases com efeito
de estufa dos combustíveis fornecidos para
cumprir essa obrigação. A Comissão deve
avaliar o desempenho relativo aos gases
com efeito de estufa, à inovação técnica e à
sustentabilidade desses combustíveis.
produzidos a partir das matérias-primas
enumeradas no anexo IX, os combustíveis
renováveis líquidos e gasosos de origem
não biológica para transportes e a
eletricidade produzida a partir de fontes
renováveis no setor dos transportes podem
contribuir para reduzir as emissões de
carbono, incentivar a descarbonização do
setor dos transportes na União com uma
boa relação custo-eficácia e melhorar, entre
outros, a diversificação energética no setor
dos transportes, promovendo, ao mesmo
tempo, a inovação, o crescimento e o
emprego na economia da União e
reduzindo a dependência face às
importações de energia. No entanto, as
matérias-primas não alimentares podem
causar emissões decorrentes de alterações
do uso do solo ou outras emissões
indiretas. Para ter em conta as emissões
indiretas decorrentes da alteração das
utilizações atuais de algumas matérias-
primas, devem ser incluídas estimativas
no cálculo das emissões de gases com
efeito de estufa. É possível que essas
previsões sofram alterações à medida que
sejam disponibilizados dados adicionais
ou que os mercados dessas matérias-
primas não alimentares evoluam ao longo
do tempo. Por conseguinte, devem ser
periodicamente submetidas a exame. A
obrigação de incorporação junto dos
fornecedores de combustíveis deve
encorajar o desenvolvimento contínuo dos
combustíveis avançados, incluindo os
biocombustíveis, sendo importante
assegurar que a obrigação de incorporação
também incentiva melhorias no
desempenho relativo aos gases com efeito
de estufa dos combustíveis fornecidos para
cumprir essa obrigação. A Comissão deve
avaliar o desempenho relativo aos gases
com efeito de estufa, à inovação técnica e à
sustentabilidade desses combustíveis.
Justificação
Para compreender o impacto sobre o clima da utilização de tais materiais para produzir
combustíveis alternativos, é necessária uma análise da deslocação que identifique os
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materiais que seriam utilizados para substituir as matérias-primas, bem como as emissões
conexas.
Alteração 10
Proposta de diretiva
Considerando 69-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(69-A) É conveniente que a produção de
biocombustíveis e, por conseguinte, os
objetivos e calendários neste domínio, não
provoque alterações na utilização dos
solos nem afete, de forma alguma, a
cadeia alimentar.
Alteração 11
Proposta de diretiva
Considerando 69-B (novo)
Texto da Comissão Alteração
(69-B) A política da União em matéria de
biocombustíveis poderia ter efeitos
nefastos não só para o ambiente mas
também para a vida das comunidades
locais, os direitos de propriedade e a
segurança alimentar se não forem
previstas garantias em matéria de
sustentabilidade e de proteção dos direitos
humanos.
Alteração 12
Proposta de diretiva
Considerando 73
Texto da Comissão Alteração
(73) As matérias-primas agrícolas para a
produção de biocombustíveis, biolíquidos e
combustíveis de biomassa não devem ser
(73) As matérias-primas agrícolas para a
produção de biocombustíveis, biolíquidos e
combustíveis de biomassa não devem ser
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PT
produzidas em turfeiras, dado que o cultivo
de matérias-primas em turfeiras conduziria
a significativas perdas de carbono se as
terras forem drenadas para esse efeito,
sendo que a falta de drenagem não pode ser
facilmente verificada.
produzidas em turfeiras nem em zonas
húmidas, dado que o cultivo de matérias-
primas em turfeiras ou em zonas húmidas
conduziria a significativas perdas de
carbono se as terras forem drenadas para
esse efeito, sendo que a falta de drenagem
não pode ser facilmente verificada.
Justificação
As turfeiras e as zonas húmidas constituem habitats de grande valor de conservação,
abrigando alguns dos mais importantes reservatórios de carbono da UE e do planeta. No
entanto, se degradados, emitem vastas quantidades de gases com efeito de estufa.
Alteração 13
Proposta de diretiva
Considerando 73-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(73-A) Os resíduos provenientes da
agricultura e da exploração florestal para
a produção de biocombustíveis,
biolíquidos e combustíveis de biomassa
devem ser cultivados e colhidos mediante
a utilização de práticas coerentes com a
proteção da qualidade do solo e do
carbono orgânico do solo.
Justificação
A política agrícola da UE deve ser coerente com os compromissos da UE em matéria de
alterações climáticas e erradicação da pobreza. Os desafios ambientais tradicionalmente
enfrentados pela agricultura no mundo são exacerbados pelas alterações climáticas. Mais do
que nunca, os agricultores têm de contribuir para a atenuação das alterações climáticas
recorrendo a práticas agrícolas sustentáveis.
Alteração 14
Proposta de diretiva
Considerando 95-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(95-A) As políticas da União e dos
Estados-Membros em matéria de
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PT
biocombustíveis devem ser coerentes com
os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável das Nações Unidas e o
princípio da Coerência das Políticas para
o Desenvolvimento, tal como consagrado
no Tratado de Lisboa. Em especial, a
União e os Estados-Membros devem
assegurar que as respetivas políticas em
matéria de biocombustíveis não têm um
impacto negativo nos países em
desenvolvimento e respeitam os direitos
fundiários dos residentes locais, tal como
previsto na Convenção da Organização
Internacional do Trabalho relativa às
Populações Indígenas e Tribais nos
Países Independentes (Convenção n.º 169
da OIT), bem como nas Orientações
Voluntárias da ONU sobre a Governação
Responsável da Posse da Terra, Pescas e
Florestas no Contexto da Segurança
Alimentar, nos Princípios para o
Investimento Responsável em Sistemas
Agrícolas e Alimentares e no Guia de
Orientação da OCDE-FAO para as
Cadeias de Abastecimento Agrícola
Responsável.
Justificação
O Acordo de Paris exige que as partes, ao tomarem medidas no sentido de combater as
alterações climáticas, respeitem as obrigações internacionais relativas aos direitos humanos
e aos direitos dos povos indígenas. Estabelece também que as ações para o clima devem ser
realizadas com base na equidade e no contexto do desenvolvimento sustentável e do combate
à pobreza. Considerando que a política de biocombustíveis da UE pode gerar pressões nos
terrenos no estrangeiro, é importante garantir que não prejudica os direitos fundiários
existentes dos residentes locais.
Alteração 15
Proposta de diretiva
Considerando 99
Texto da Comissão Alteração
(99) A fim de alterar ou completar
elementos não essenciais da presente
diretiva, o poder de adotar atos em
conformidade com o artigo 290.º do
(99) A fim de alterar ou completar
elementos não essenciais da presente
diretiva, o poder de adotar atos em
conformidade com o artigo 290.º do
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PT
Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia deve ser delegado na Comissão
no que diz respeito à lista de matérias-
primas para a produção de biocombustíveis
avançados, cuja contribuição para a
obrigação dos fornecedores de
combustíveis nos transportes é limitada; à
adaptação do teor energético dos
combustíveis para transportes aos
progressos técnicos e científicos; à
metodologia para determinar a quota de
biocombustíveis resultantes do tratamento
de biomassa com combustíveis fósseis num
processo comum; à aplicação dos acordos
de reconhecimento mútuo das garantias de
origem; ao estabelecimento de regras para
acompanhar o funcionamento do sistema
de garantias de origem; e às regras para o
cálculo do impacto dos biocombustíveis,
outros biolíquidos e dos combustíveis
fósseis de referência na formação de gases
com efeito de estufa. É particularmente
importante que a Comissão proceda às
consultas adequadas durante os trabalhos
preparatórios, inclusive ao nível de peritos,
e que essas consultas sejam conduzidas de
acordo com os princípios estabelecidos no
Acordo Interinstitucional, de 13 de abril de
2016, sobre legislar melhor. Em particular,
a fim de assegurar a igualdade de
participação na preparação dos atos
delegados, o Parlamento Europeu e o
Conselho recebem todos os documentos ao
mesmo tempo que os peritos dos Estados-
Membros, podendo os respetivos peritos
participar sistematicamente nas reuniões
dos grupos de peritos da Comissão que
tratem da preparação dos atos delegados.
Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia deve ser delegado na Comissão
no que diz respeito à lista de matérias-
primas para a produção de biocombustíveis
avançados, incluindo as estimativas das
emissões indiretas associadas; à adaptação
do teor energético dos combustíveis para
transportes aos progressos técnicos e
científicos; à metodologia para determinar
a quota de biocombustíveis resultantes do
tratamento de biomassa com combustíveis
fósseis num processo comum; à aplicação
dos acordos de reconhecimento mútuo das
garantias de origem; ao estabelecimento de
regras para acompanhar o funcionamento
do sistema de garantias de origem; e às
regras para o cálculo do impacto dos
biocombustíveis, outros biolíquidos e dos
combustíveis fósseis de referência na
formação de gases com efeito de estufa. É
particularmente importante que a Comissão
proceda às consultas adequadas durante os
trabalhos preparatórios, inclusive ao nível
de peritos, e que essas consultas sejam
conduzidas de acordo com os princípios
estabelecidos no Acordo Interinstitucional,
de 13 de abril de 2016, sobre legislar
melhor. Em particular, a fim de assegurar a
igualdade de participação na preparação
dos atos delegados, o Parlamento Europeu
e o Conselho recebem todos os
documentos ao mesmo tempo que os
peritos dos Estados-Membros, podendo os
respetivos peritos participar
sistematicamente nas reuniões dos grupos
de peritos da Comissão que tratem da
preparação dos atos delegados.
Justificação
A alteração visa garantir que as emissões indiretas sejam plenamente tidas em conta ao
considerar as diferentes matérias-primas.
Alteração 16
Proposta de diretiva
AD\1136252PT.docx 15/31 PE609.284v03-00
PT
Considerando 101-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
(101-A) 1,4 mil milhões de pessoas
em todo o mundo não têm acesso à
eletricidade. Cerca de 3 mil milhões de
pessoas dependem de combustíveis
tradicionais como o carvão e lenha para
cozinhar, muitas vezes com ventilação
insuficiente nas suas casas. Cerca de
2 milhões de pessoas morrem anualmente
de pneumonia e de doença pulmonar
crónica resultantes da utilização desses
combustíveis.
Alteração 17
Proposta de diretiva
Considerando 101-B (novo)
Texto da Comissão Alteração
(101-B) Os países em
desenvolvimento apostam cada vez mais
em políticas de apoio às energias
renováveis a nível nacional, com o
objetivo de produzir energia a partir de
fontes renováveis e de responder, deste
modo, à crescente procura de energia. Até
ao final de 2015, mais de 173 países,
incluindo 117 economias em
desenvolvimento ou emergentes, tinham
fixado objetivos em matéria de energias
renováveis.
Alteração 18
Proposta de diretiva
Considerando 101-C (novo)
Texto da Comissão Alteração
(101-C) Nos países em
desenvolvimento, a utilização da energia
está estreitamente ligada a uma série de
fatores sociais: a redução da pobreza, a
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PT
educação, a saúde, o crescimento
demográfico, o emprego, as empresas, a
comunicação, a urbanização e a falta de
oportunidades para as mulheres. As
energias renováveis têm o enorme
potencial de permitir fazer face
simultaneamente aos desafios ambientais
e aos desafios que se deparam no domínio
do desenvolvimento. Nos últimos anos
assistiu-se a um desenvolvimento
significativo das tecnologias energéticas
alternativas, tanto em termos de
desempenho como de redução de custos.
Além disso, muitos países em
desenvolvimento estão particularmente
bem posicionados no que diz respeito ao
desenvolvimento de uma nova geração de
tecnologias energéticas. Para além do
desenvolvimento e dos benefícios
ambientais, as energias renováveis têm
potencial para fornecer uma maior
segurança e estabilidade económica. Uma
maior utilização de fontes de energia
renováveis permitiria reduzir a
dependência de importações de
combustíveis fósseis caros e ajudaria
muitos países a melhorar a sua balança
de pagamentos.
Alteração 19
Proposta de diretiva
Artigo 1 – parágrafo 1
Texto da Comissão Alteração
A presente diretiva estabelece um quadro
comum para a promoção de energia
proveniente das fontes renováveis. Fixa um
objetivo da União obrigatório para a quota
global de energia proveniente de fontes
renováveis no consumo final bruto de
energia até 2030. Estabelece também
regras relativas a apoios financeiros à
eletricidade produzida a partir de fontes
renováveis, ao autoconsumo de eletricidade
produzida a partir de fontes renováveis, à
utilização de energias renováveis para
A presente diretiva estabelece um quadro
comum para a promoção de energia
proveniente das fontes renováveis. Fixa
objetivos da União e nacionais
obrigatórios para a quota global de energia
proveniente de fontes renováveis no
consumo final bruto de energia até 2030.
Estabelece também regras relativas
a apoios financeiros à eletricidade
produzida a partir de fontes renováveis, ao
autoconsumo de eletricidade produzida a
partir de fontes renováveis, à utilização de
AD\1136252PT.docx 17/31 PE609.284v03-00
PT
aquecimento e arrefecimento e no setor dos
transportes e à cooperação regional entre
Estados-Membros e com países terceiros,
garantias de origem, procedimentos
administrativos e informação e formação.
Estabelece critérios de sustentabilidade e
de redução dos gases com efeitos de estufa
para os biocombustíveis, biolíquidos e
combustíveis biomássicos
energias renováveis para aquecimento e
arrefecimento e no setor dos transportes e à
cooperação regional entre Estados-
Membros e com países terceiros, garantias
de origem, procedimentos
administrativos e informação e formação.
Estabelece critérios de sustentabilidade e
de redução dos gases com efeitos de estufa
para os biocombustíveis, biolíquidos e
combustíveis biomássicos
Justificação
O cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris significa aumentar a quota das energias
renováveis, tanto a nível da UE como dos Estados-Membros. Os objetivos dos Estados-
Membros coerentes com o objetivo da UE contribuirão para a concretização eficaz do
objetivo global da UE.
Alteração 20
Proposta de diretiva
Artigo 2 – parágrafo 2 – alínea n-A) (nova)
Texto da Comissão Alteração
n-A) «culturas energéticas», as culturas
produzidas em terras agrícolas como
cultura principal, excluindo os resíduos e
os detritos, cultivadas sobretudo para fins
energéticos;
Justificação
Clarificação das definições.
Alteração 21
Proposta de diretiva
Artigo 3 – título
Texto da Comissão Alteração
Meta vinculativa global da União para
2030
Metas vinculativas globais nacionais e da
União para 2030
PE609.284v03-00 18/31 AD\1136252PT.docx
PT
Justificação
Alteração necessária para assegurar a coerência com o artigo 1.º.
Alteração 22
Proposta de diretiva
Artigo 3 – n.º 3-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
3-A. Na consecução dos objetivos
definidos no n.º 3, os Estados-Membros
devem assegurar que os seus objetivos
nacionais sejam concebidos de modo a
cumprir a hierarquia dos resíduos
estabelecida na Diretiva 2008/98/CE, em
especial no que diz respeito ao consumo
de biomassa agrícola e florestal para fins
energéticos, e a respeitar os princípios da
economia circular e da utilização em
cascata. Para esse efeito, os Estados-
Membros devem rever as suas metas
nacionais regularmente, a fim de garantir
a conformidade com esses princípios.
Justificação
A UE e os seus Estados-Membros devem executar a Agenda 2030 em todas as políticas
internas e externas, tendo em conta as interligações entre os diferentes ODS, bem como os
impactos mais gerais das suas ações nacionais a nível internacional e mundial. Por
conseguinte, os princípios da economia circular e da utilização em cascata devem ser
aplicados, se for caso disso, incluindo no âmbito da diretiva em apreço, com vista a servir de
modelo para os países terceiros.
Alteração 23
Proposta de diretiva
Artigo 11 – n.º 2 – alínea c-A) (nova)
Texto da Comissão Alteração
c-A) A eletricidade ser produzida em
conformidade com o direito internacional,
incluindo o direito internacional em
matéria de direitos humanos.
AD\1136252PT.docx 19/31 PE609.284v03-00
PT
Justificação
As disposições da diretiva não deverão recompensar inadvertidamente a produção de
eletricidade em condições que violem o direito internacional.
Alteração 24
Proposta de diretiva
Artigo 11 – n.º 3 – alínea e)
Texto da Comissão Alteração
e) O pedido ser relativo a um projeto
conjunto que preencha os critérios do n.º 2,
alíneas b) e c) e que venha a utilizar a
interligação quando esta entrar em serviço,
e para uma quantidade de eletricidade não
superior à quantidade que venha a ser
exportada para a União depois de a
interligação entrar em serviço.
e) O pedido ser relativo a um projeto
conjunto que preencha os critérios do n.º 2,
alíneas b), c) e c-A) e que venha a utilizar a
interligação quando esta entrar em serviço,
e para uma quantidade de eletricidade não
superior à quantidade que venha a ser
exportada para a União depois de a
interligação entrar em serviço.
Justificação
Alteração necessária para assegurar a coerência com o número anterior, alínea c-A),
aditada através da alteração 25.
Alteração 25
Proposta de diretiva
Artigo 11 – n.º 5 – alínea d)
Texto da Comissão Alteração
d) Incluir o reconhecimento, por
escrito, das alíneas b) e c) pelo país
terceiro em cujo território a instalação deve
entrar em serviço, e a percentagem ou
quantidade de eletricidade produzida pela
instalação que será utilizada a nível interno
por esse país terceiro.
d) Incluir o reconhecimento, por
escrito do n.º 2, alíneas b), c) e c-A) pelo
país terceiro em cujo território a instalação
deve entrar em serviço, e a percentagem ou
quantidade de eletricidade produzida pela
instalação que será utilizada a nível interno
por esse país terceiro.
Justificação
Alteração necessária para assegurar a coerência com o n.º 2, alínea c-A), aditada através da
alteração 25.
PE609.284v03-00 20/31 AD\1136252PT.docx
PT
Alteração 26
Proposta de diretiva
Artigo 19 – n.º 11
Texto da Comissão Alteração
11. Os Estados-Membros não devem
reconhecer as garantias de origem emitidas
por um país terceiro, exceto quando a
Comissão assinou um acordo com esse país
terceiro sobre o reconhecimento mútuo das
garantias de origem emitidas na União e os
sistemas de garantias de origem
compatíveis estabelecidos nesse país, em
caso de importação ou de exportação direta
de energia. A Comissão fica habilitada, nos
termos do artigo 32.º, a adotar atos
delegados para cumprimento dos referidos
acordos.
11. Os Estados-Membros não devem
reconhecer as garantias de origem emitidas
por um país terceiro, exceto quando a
Comissão assinou um acordo com esse país
terceiro sobre o reconhecimento mútuo das
garantias de origem emitidas na União e os
sistemas de garantias de origem
compatíveis estabelecidos nesse país, em
caso de importação ou de exportação direta
de energia. A Comissão fica habilitada, nos
termos do artigo 32.º, a adotar atos
delegados para cumprimento dos referidos
acordos. Esses acordos devem estar em
conformidade com o direito internacional,
nomeadamente em matéria de direitos
humanos, bem como com todas as
decisões relevantes da Comissão e com a
jurisprudência do Tribunal de Justiça da
União Europeia.
Justificação
A possibilidade de incluir no cálculo da quota das energias renováveis a eletricidade
importada produzida a partir de fontes de energia renováveis deve estar em conformidade
com o direito internacional e da UE. Não deve conduzir à redução das normas em matéria de
direitos humanos nem à concorrência desleal.
Alteração 27
Proposta de diretiva
Artigo 25 – n.º 1 – parágrafo 4 – alínea b) – parágrafo 1
Texto da Comissão Alteração
b) No cálculo do numerador, isto é, o
teor energético de biocombustíveis
avançados e de outros biocombustíveis e
biogases produzidos a partir das matérias-
primas enumeradas no anexo IX, devem
ser tidos em conta os combustíveis para
transportes líquidos e gasosos renováveis
b) No cálculo do numerador, isto é, o
teor energético de biocombustíveis
avançados e de outros biocombustíveis e
biogases produzidos a partir das matérias-
primas enumeradas no anexo IX, devem
ser tidos em conta os combustíveis para
transportes líquidos e gasosos renováveis
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PT
de origem não biológica, os combustíveis
fósseis à base de resíduos para todos os
setores dos transportes, e a eletricidade
renovável para veículos rodoviários.
de origem não biológica e a eletricidade
renovável para todos os setores dos
transportes.
Justificação
A Agenda 2030 e os seus 17 ODS são universais e aplicáveis a todos os países em todas as
fases de desenvolvimento, baseando-se na apropriação nacional e na responsabilidade
partilhada. Não é oportuno incluir na Diretiva Energias Renováveis obrigações sobre os
combustíveis fósseis, mesmo que produzidos a partir de resíduos, especialmente num contexto
em que a política energética da poderá servir de modelo nas negociações internacionais.
Alteração 28
Proposta de diretiva
Artigo 25 – n.º 1 – parágrafo 4 – alínea c-A) (nova)
Texto da Comissão Alteração
c-A) Para efeitos de cálculo do
numerador e do denominador, apenas
serão tidos em conta os biocombustíveis e
os biolíquidos obtidos a partir de
matérias-primas provenientes da UE ou
nela produzidas.
Justificação
Para efeitos de sustentabilidade e para tomar em consideração os efeitos das alterações do
uso dos solos e das alterações indiretas do uso dos solos, apenas devem ser considerados
sustentáveis os biocombustíveis/biolíquidos que são produzidos a partir de matérias-primas
(incluindo resíduos) provenientes da UE.
Alteração 29
Proposta de diretiva
Artigo 26 – n.º 5 – alínea a) – subalínea v)
Texto da Comissão Alteração
v) a colheita florestal não excede a
capacidade de produção a longo prazo da
floresta;
v) a colheita florestal mantém ou
melhora a produtividade a longo prazo da
floresta;
PE609.284v03-00 22/31 AD\1136252PT.docx
PT
Alteração 30
Proposta de diretiva
Artigo 26 – n.º 5 – alínea b) – subalínea i)
Texto da Comissão Alteração
i) a biomassa florestal foi extraída de
acordo com uma licença;
i) a biomassa florestal foi extraída
legalmente;
Alteração 31
Proposta de diretiva
Artigo 26 – n.º 5 – alínea b) – subalínea v)
Texto da Comissão Alteração
v) a colheita florestal não excede a
capacidade de produção a longo prazo da
floresta.
v) a colheita florestal mantém ou
melhora a produtividade a longo prazo da
floresta.
Alteração 32
Proposta de diretiva
Artigo 26 – n.º 6-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
6-A. Os biocombustíveis, os biolíquidos
e os combustíveis biomássicos produzidos
a partir de biomassa agrícola e florestal
considerados para os efeitos do n.º 1,
primeiro parágrafo, alíneas a), b) e c)
devem respeitar os seguintes requisitos:
a) a matéria-prima provém de terras
ou florestas relativamente às quais os
direitos de terceiros em termos de
utilização e posse das terras ou florestas
são respeitados mediante a obtenção do
seu consentimento livre, prévio e
informado, com a participação de
instituições e organizações
representativas;
b) os direitos humanos e laborais de
terceiros são respeitados; e
c) a disponibilidade de alimentos
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PT
para consumo humano e animal para
terceiros não está em risco.
Neste contexto é atribuída prioridade ao
pleno respeito dos direitos de propriedade
dos residentes locais, em conformidade
com a Convenção n.º 169 da OIT, as
Orientações Voluntárias da ONU sobre a
Governação Responsável da Posse da
Terra, Pescas e Florestas no Contexto da
Segurança Alimentar, os Princípios para
o Investimento Responsável em Sistemas
Agrícolas e Alimentares e o Guia de
Orientação da OCDE-FAO para as
Cadeias de Abastecimento Agrícola
Responsável.
Para efeitos do presente número, por
«terceiros» entende-se as comunidades
locais e autóctones ou quaisquer outras
pessoas envolvidas na produção ou
colheita de matérias-primas ou afetadas
pelas operações de produção ou extração
de matérias-primas.
Justificação
O cultivo e a colheita de biomassa deve acautelar os direitos de terceiros, respeitar a
legislação laboral e evitar impactos negativos sobre a segurança alimentar.
Alteração 33
Proposta de diretiva
Artigo 26 – n.º 10
Texto da Comissão Alteração
10. Para os efeitos do n.º 1, alíneas a),
b) e c), os Estados-Membros podem impor
requisitos adicionais em matéria de
sustentabilidade para os combustíveis
biomássicos.
10. Para os efeitos do n.º 1, alíneas a),
b) e c), os Estados-Membros podem impor
requisitos adicionais em matéria de
sustentabilidade para os biocombustíveis,
biolíquidos e combustíveis biomássicos.
Justificação
O direito de os Estados-Membros fixarem um requisito de sustentabilidade suplementar não
deve limitar-se aos combustíveis produzidos a partir da biomassa.
PE609.284v03-00 24/31 AD\1136252PT.docx
PT
Alteração 34
Proposta de diretiva
Artigo 27 – n.º 3-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
3-A. Os Estados-Membros devem tomar
as medidas necessárias para estabelecer
garantias de sustentabilidade adequadas,
completas e baseadas nos direitos
humanos para a utilização de
biocombustíveis, com vista a tratar as
questões ligadas aos direitos fundiários e
outros aspetos jurídicos relacionados com
a produção e a importação de
biocombustíveis.
Alteração 35
Proposta de diretiva
Artigo 28 – n.º 1 – alínea a)
Texto da Comissão Alteração
a) Caso a parte A ou B do
anexo V para biocombustíveis e
biolíquidos e a parte A do anexo VI para os
combustíveis biomássicos estabeleçam um
valor por defeito para a redução de
emissões de gases com efeito de estufa
para o modo de produção e o valor el para
esses biocombustíveis ou biolíquidos,
calculado de acordo com o ponto 7 da parte
C do anexo V e para os combustíveis
biomássicos calculado de acordo com o
ponto 7 da parte B do anexo VI , seja
equivalente ou inferior a zero, utilizando
esse valor por defeito;
a) Caso a parte A ou B do
anexo V para biocombustíveis e
biolíquidos e a parte A do anexo VI para os
combustíveis biomássicos estabeleçam um
valor por defeito para a redução de
emissões de gases com efeito de estufa
para o modo de produção e o valor el para
esses biocombustíveis ou biolíquidos,
calculado de acordo com o ponto 7 da parte
C do anexo V e para os combustíveis
biomássicos calculado de acordo com o
ponto 7 da parte B do anexo VI , seja
equivalente ou inferior a zero, utilizando
esse valor por defeito e deduzindo-lhe a
diminuição por defeito das reduções de
emissões de gases com efeito de estufa
decorrentes de alterações indiretas do uso
do solo, tal como definidas na parte A do
anexo VIII, ou emissões indiretas, tal
como definidas na parte B-A do
anexo VIII;
AD\1136252PT.docx 25/31 PE609.284v03-00
PT
Justificação
São poucas as matérias-primas realmente disponíveis sem gerar emissões. Se os materiais
forem desviados das suas utilizações atuais para a produção de biocombustíveis, outros
utilizadores serão afetados. Devem ser utilizadas estimativas das emissões indiretas de
carbono baseadas numa análise da deslocação para determinar que materiais devem ser
utilizados para substituir as matérias-primas, assim como as emissões conexas, para que o
cálculo da redução dos gases com efeito de estufa reflita o impacto climático do uso desses
materiais para os combustíveis alternativos
Alteração 36
Proposta de diretiva
Artigo 28 – n.º 1 – alínea b)
Texto da Comissão Alteração
b) Utilizando um valor real calculado
segundo a metodologia estabelecida na
parte C do anexo VI para biocombustíveis
e biolíquidos e na parte B do anexo VI para
combustíveis biomássicos ;
b) Utilizando um valor real calculado
segundo a metodologia estabelecida na
parte C do anexo VI para biocombustíveis
e biolíquidos e na parte B do anexo VI para
combustíveis biomássicos e subtraindo
dele a diminuição por defeito da redução
de emissões de gases com efeito de estufa
decorrentes da alteração indireta do uso
do solo, em conformidade com a parte A
do anexo VIII, ou das emissões indiretas
de carbono, em conformidade com a
parte B-A do anexo VIII;
Justificação
São poucas as matérias-primas realmente disponíveis sem gerar emissões. Se os materiais
forem desviados das suas utilizações atuais para a produção de biocombustíveis, outros
utilizadores serão afetados. Devem ser utilizadas estimativas das emissões indiretas de
carbono baseadas numa análise da deslocação para determinar que materiais devem ser
utilizados para substituir as matérias-primas, assim como as emissões conexas, para que o
cálculo da redução dos gases com efeito de estufa reflita o impacto climático do uso desses
materiais para os combustíveis alternativos A alteração está intimamente ligada à alteração
do artigo 25.º, n.º 1.
Alteração 37
Proposta de diretiva
Artigo 28 – n.º 1 – alínea c)
PE609.284v03-00 26/31 AD\1136252PT.docx
PT
Texto da Comissão Alteração
c) Utilizando um valor calculado
como a soma dos fatores das fórmulas
referidas no ponto 1 da parte C do anexo
V, caso os valores por defeito
discriminados referidos nas partes D ou E
do anexo V possam ser utilizados para
alguns dos fatores e valores reais,
calculados segundo a metodologia
estabelecida na parte C do anexo V, para
todos os outros fatores; ou
c) Utilizando um valor calculado
como a soma dos fatores das fórmulas
referidas no ponto 1 da parte C do anexo
V, caso os valores por defeito
discriminados referidos nas partes D ou E
do anexo V possam ser utilizados para
alguns dos fatores e valores reais,
calculados segundo a metodologia
estabelecida na parte C do anexo V, para
todos os outros fatores, e deduzindo do
valor calculado a diminuição por defeito
da redução de emissões de gases com
efeito de estufa decorrentes da alteração
indireta do uso do solo, em conformidade
com a parte A do anexo VIII, ou das
emissões indiretas de carbono, em
conformidade com a parte B-A do
anexo VIII ou
Justificação
São poucas as matérias-primas realmente disponíveis sem gerar emissões. Se os materiais
forem desviados das suas utilizações atuais para a produção de biocombustíveis, outros
utilizadores serão afetados. Devem ser utilizadas estimativas das emissões indiretas de
carbono baseadas numa análise da deslocação para determinar que materiais devem ser
utilizados para substituir as matérias-primas, assim como as emissões conexas, para que o
cálculo da redução dos gases com efeito de estufa reflita o impacto climático do uso desses
materiais para os combustíveis alternativos
Alteração 38
Proposta de diretiva
Artigo 28 – n.º 1 – alínea d)
Texto da Comissão Alteração
d) Utilizando um valor calculado
como a soma dos fatores das fórmulas
referidas no anexo VI, parte B, ponto 1,
caso os valores por defeito discriminados
referidos no anexo VI, parte C, possam ser
utilizados para alguns dos fatores e valores
reais, calculados segundo a metodologia
estabelecida no anexo VI, parte B, para
todos os outros fatores.
d) Utilizando um valor calculado
como a soma dos fatores das fórmulas
referidas no anexo VI, parte B, ponto 1,
caso os valores por defeito discriminados
referidos no anexo VI, parte C, possam ser
utilizados para alguns dos fatores e valores
reais, calculados segundo a metodologia
estabelecida no anexo VI, parte B, para
todos os outros fatores, e deduzindo do
AD\1136252PT.docx 27/31 PE609.284v03-00
PT
valor calculado a diminuição por defeito
da redução de emissões de gases com
efeito de estufa decorrentes da alteração
indireta do uso do solo, em conformidade
com a parte A do anexo VIII.
Justificação
São poucas as matérias-primas realmente disponíveis sem gerar emissões. Se os materiais
forem desviados das suas utilizações atuais para a produção de biocombustíveis, outros
utilizadores serão afetados. Devem ser utilizadas estimativas das emissões indiretas de
carbono baseadas numa análise da deslocação para determinar que materiais devem ser
utilizados para substituir as matérias-primas, assim como as emissões conexas, para que o
cálculo da redução dos gases com efeito de estufa reflita o impacto climático do uso desses
materiais para os combustíveis alternativos
Alteração 39
Proposta de diretiva
Artigo 30 – n.º 1
Texto da Comissão Alteração
1. A Comissão deve monitorizar a
origem dos biocombustíveis, biolíquidos e
combustíveis biomássicos consumidos
na União e o impacto da sua produção,
designadamente o impacto resultante da
deslocação geográfica, no uso do solo
na União e nos principais países terceiros
fornecedores. A monitorização deve
basear-se em planos nacionais integrados
em matéria de energia e alterações
climáticas e nos respetivos relatórios dos
Estados-Membros como previsto nos
artigos 3.º, 15.º e 18.º do Regulamento
[Governação], e dos países terceiros em
questão, de organizações
intergovernamentais, em estudos
científicos e em quaisquer outras
informações relevantes. A Comissão deve
também monitorizar as flutuações dos
preços das matérias-primas associadas à
utilização de biomassa para a produção de
energia e os respetivos efeitos positivos e
negativos sobre a segurança alimentar.
1. A Comissão deve monitorizar a
origem dos biocombustíveis e biolíquidos,
assim como dos combustíveis biomássicos
consumidos na União, e o impacto da
produção de energia renovável a partir
dessas e de outras fontes, designadamente
o impacto resultante da deslocação
geográfica, no uso do solo na União e nos
países terceiros fornecedores. A
monitorização deve basear-se em planos
nacionais integrados em matéria de energia
e alterações climáticas e nos respetivos
relatórios dos Estados-Membros como
previsto nos artigos 3.º, 15.º e 18.º do
Regulamento [Governação], e dos países
terceiros em questão, de organizações
intergovernamentais, em estudos
científicos e em quaisquer outras
informações relevantes. A Comissão deve
também monitorizar as flutuações dos
preços das matérias-primas associadas à
utilização de biomassa para a produção de
energia e os respetivos efeitos positivos e
negativos sobre a segurança alimentar.
PE609.284v03-00 28/31 AD\1136252PT.docx
PT
Justificação
Deve ser adotada uma abordagem global que permita efetuar comparações.
Alteração 40
Proposta de diretiva
Artigo 30 – n.º 2-A (novo)
Texto da Comissão Alteração
2-A. Até 31 de dezembro de 2023, a
Comissão deve avaliar se os critérios
estabelecidos no artigo 26.º previnem
efetivamente a utilização de biomassa
agrícola e florestal não sustentável,
apoiam a utilização em cascata da
biomassa e combatem as suas emissões
diretas e indiretas de carbono,
nomeadamente provenientes do setor
florestal, e, se for caso disso, deve
apresentar uma proposta legislativa
destinada a alterar os requisitos
pertinentes.
Justificação
A presente alteração está indissociavelmente ligada à introdução de novos critérios de
sustentabilidade para a bioenergia florestal e agrícola e às alterações ao artigo 26.º.
Alteração 41
Proposta de diretiva
Anexo IX – parte A – alínea g)
Texto da Comissão Alteração
g) Efluentes da produção de óleo de
palma e cachos de frutos de palma vazios;
Suprimido
Justificação
A política energética da UE deve ser coerente com o princípio da coerência das políticas
para o desenvolvimento e a realização da Agenda 2030. Estas matérias-primas estão ligadas
à produção de biocombustíveis de primeira geração não sustentáveis e o seu valor económico
aumentará, comprometendo assim, nomeadamente, os direitos fundiários e o direito à
alimentação nos países em desenvolvimento.
AD\1136252PT.docx 29/31 PE609.284v03-00
PT
Alteração 42
Proposta de diretiva
Anexo IX – parte A – alínea i)
Texto da Comissão Alteração
i) Glicerina não refinada; Suprimido
Justificação
Essa matéria-prima está associada à produção de biocombustíveis insustentáveis.
Alteração 43
Proposta de diretiva
Anexo IX – parte A – alínea p)
Texto da Comissão Alteração
p) Outro material celulósico não
alimentar, tal como definido no artigo 2.º,
n.º 2, alínea s);
Suprimido
Justificação
A promoção da utilização de terrenos para culturas energéticas não é compatível com o
compromisso assumido pela UE na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Alteração 44
Proposta de diretiva
Anexo IX – parte A – alínea q)
Texto da Comissão Alteração
q) Outro material lignocelulósico, tal
como definido no artigo 2.º, n.º 2, alínea
r), exceto toros para serrar e madeira
para folhear;
Suprimido
Justificação
Apenas deve ser incentivada a utilização de verdadeiros resíduos de madeira para evitar a
desflorestação ou a sobre-exploração das florestas.
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PT
PROCESSO DA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER
Título Promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis
(reformulação)
Referências COM(2016)0767 – C8-0500/2016 – 2016/0382(COD)
Comissão competente quanto ao fundo
Data de comunicação em sessão
ITRE
1.3.2017
Parecer emitido por
Data de comunicação em sessão
DEVE
15.6.2017
Relator(a) de parecer
Data de designação
Florent Marcellesi
6.4.2017
Exame em comissão 30.8.2017
Data de aprovação 10.10.2017
Resultado da votação final +:
–:
0:
15
11
0
Deputados presentes no momento da
votação final
Beatriz Becerra Basterrechea, Ignazio Corrao, Nirj Deva, Doru-
Claudian Frunzulică, Enrique Guerrero Salom, Maria Heubuch, György
Hölvényi, Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Arne Lietz, Norbert Neuser,
Vincent Peillon, Maurice Ponga, Lola Sánchez Caldentey, Eleftherios
Synadinos, Eleni Theocharous, Patrizia Toia, Paavo Väyrynen, Bogdan
Brunon Wenta, Anna Záborská, Joachim Zeller, Željana Zovko
Suplentes presentes no momento da
votação final
Marina Albiol Guzmán, Thierry Cornillet, Brian Hayes, Cécile Kashetu
Kyenge, Florent Marcellesi
AD\1136252PT.docx 31/31 PE609.284v03-00
PT
VOTAÇÃO NOMINAL FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER
15 +
ALDE Beatriz Becerra Basterrechea, Thierry Cornillet, Paavo Väyrynen
EFDD Ignazio Corrao
GUE/NGL Marina Albiol Guzmán, Lola Sánchez Caldentey
S&D Doru-Claudian Frunzulică, Enrique Guerrero Salom, Cécile Kashetu Kyenge, Arne
Lietz, Norbert Neuser, Vincent Peillon, Patrizia Toia
Verts/ALE Maria Heubuch, Florent Marcellesi
11 -
ECR Nirj Deva, Eleni Theocharous
NI Eleftherios Synadinos
PPE Brian Hayes, György Hölvényi, Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Maurice Ponga,
Bogdan Brunon Wenta, Joachim Zeller, Željana Zovko, Anna Záborská
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Legenda dos símbolos utilizados:
+ : a favor
- : contra
0 : abstenções