cerjcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/cerjbol627.pdf · para trazer os dois até o diedro e...

12
Boletim do CERJ Maio 2008 CERJ Boletim Impresso Ano70 - Número 627 - Maio de 2008 Minchetti (a esquerda) encontra galera do CERJ na Floresta da Tijuca

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJMaio 2008

CERJ Bol

etim

Impr

esso

Ano70 - Número 627 - Maio de 2008

Min

chet

ti (a

esq

uerd

a) e

ncon

tra g

aler

a do

CE

RJ

na F

lore

sta

da T

ijuca

Page 2: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJMaio 2008

Expediente 2008

Presidente:José Carlos Muniz MoreiraVice-Presidente:Luiz Antônio PuppinSecretário:José de Oliveira BarrosTesoureiros:1- Mônica Esteves2- Gabriela MatosDiretor Técnico:José de Oliveira BarrosSupervisão Técnica:Rafael VillaçaDaniel SchulzDiretora Social:Liane LeobonsAuxiliar Dir. Social:Salomyth FernandesDiretor de Ecologia:Domingos Sávio TeixeiraDiretora de Divulgação:Elma Porto

Editorial

Conselho Deliberativo:Presidente:Nino Bott de AquinoConselho Fiscal:Membros efetivosCarlos CarrozinoGustavo IribarneMaria Aparecida (Cida) Gama

Boletim informativo do CERJDiagramação: Roberto Metri

Os artigos assinados não representam, neces-sariamente, a posição da entidade. É permitida a reprodução dos artigos desde que citada a fonte.

Escalar é um esporte de risco.

Adeus grande companheiro Raimundo Luiz Minchetti, amigo sincero de todos que conviveram com você.

Vamos levar muitas saudades, das excursões que realizamos juntos por todos estes últimos anos.

Você com sua voz pausada e precisa, foi o baluarte para acalmar-me, pois sempre fui “Pavio Curto” , impetuoso nas nossas escaladas.

Lembro-me bem na última escalada juntos para conquistar a face leste do nariz (pico) da freira, você, eu e Eduardo M. Gomes (CEP). Quando faltavam aproximadamente uns 200 m para alcançar o cume, fomos surpreendidos por uma tremenda tempestade e tivemos que bater em retirada; eu insisti para continuarmos e alcançar o pico, que estava tão perto... e você, com a voz pausada, firme, convincente falou “Salô, a linha de chegada está lá embaixo – na base, não no cume - é hora de honrar a montanha e a própria vida”

A decisão de fazer a meia volta nunca é fácil. Voltar é que são elas... mormente quando se está a meia hora de trepa mato e desistir... Assim era o Minchetti.

Também, lembro-me bem, quando você insistiu em documentar a conquista da chaminé Giuseppe Pellegrini após a conquista dessa pela “Galera do CERJ”. Com sua máquina fotográfica e eu com minha pranchetinha pendurada na cintura... lá fomos nós, fotografando e desenhando com detalhes os grampos colocados... ao final das fotos e desenhos surgiu um documentário muito bom! Ufa... que trabalho!!

O Caminho das Orquídeas, foi gratificante, encurtou o percurso para a Agulha do Diabo, e também tornou-se “oficial” pelo PNSO, pois o antigo caminho pelo Vale do São João, hoje é área de preservação.

Agora penso, meu amigo Minchetti, que você, com certeza, está subindo altas montanhas dos Deuses, olhando lá do alto, e acompanhando seus amigos... com seu leve sorriso, incentivando os novos montanhistas, que, com certeza vão honrar a suas conquistas.

Companheiro, breve estarei ao seu lado escalando, se os Deuses da montanha assim desejarem.

Do seu eterno amigoSalomith Fernandes

Page 3: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJMaio 2008 3

ProgramaçãoData Atividade Local Reponsável

04.05

10.05

Maio01 - Antonio Carlos Jatobá - Gustavo de Paula02 - Ana Claudia Diniz04 - Alfredo da Costa Neto - Jorge Fernando Mitrano - José Carlos Muniz Moreira06 - Ronaldo Paes09 - Eneida Arent10 - Rogério Thees13 - Domingos Sávio Teixeira - Eval Olympio Egito - Roberto Metri(Beto)14 - Carlos Alberto Carrozzino

Sávio

Dir.Social

10.05 Dir.Social

Dir.Social

22 a 25.05

Mutirão de Reflorestamento

Tipo

Pão de Açúcar

Travesia São Pedro x Mirante do Inferno

Cara de Cão

PNSO

Serra da Mantiqueira

Atividade Ecológica

Caminhada pesada com rappel

Caminhada pesada com dormida no

Abrigo 4

Caminhada leve-superior

Sávio

10.05

Escalavrado

Caminhada pesada com acampamento

JP, Zé e Miriam Bamo

Caminhada semi-pesada com trechos de escalada (1° I)

Corcovado, saindo do Parque Lage

17.05

16 - Walter Chaverry Velloso - Diego Scofano Moura Mello17 - Joy Ann Scott21- Solange Conde Marcello23 - Maria de Lourdes C Figueiredo24 - Luiz Carlos Guedes F de Souza25 - Marcus Rocha Marques30 - Guido José Gomes Ferraz - Francelle Jacobsen

PNSO

PNSO

PNT

01.06 Pão de Açúcar Atividade Ecológica SávioMutirão de

Reflorestamento

Travessia Marins x Itaguaré

Muniz

JP, Zé e Puppin

Miriam Bamo

Wal

Page 4: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 20084

Especial Minchetti

1966 foi o ano em que conheci Raimundo

Minchetti. Estávamos na Floresta da Tijuca,

Thiers Meireles e eu, quando o encontramos,

no início do caminho do Papagaio voltando de

uma Serrilha, nós íamos para o Papagaio e ele

resolveu nos acompanhar...

Isso significava que ele já havia ido ao

Papagaio e iria fazer sua segunda caminhada

naquele sábado... “só para acompanhar o

amigo Thiers”.

Esse foi um sábado importante para

mim... pois já havíamos encontrado três

figuras emblemáticas, quando se trata de

falar em caminhantes da Floresta da Tijuca:

Tarcy, Pitaluga e Bandeira... A todos, o Thiers

ofereceu carona para chegar ao Bom Retiro

(na época Thiers possuía um Jipe, que mais

tarde trocou por uma Kombi). No Bom Retiro

cada um deles tomou um caminho e nós dois

decidimos seguir para o Papagaio, quando

encontramos o Minchetti.

O MINCHETTI QUE CONHECI

7Torre principal bonsucesso - foto Minchetti

Page 5: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 2008 5

A principal característica dele era falar

sobre montanha... nada de papo sobre

trabalho, política ou qualquer outra coisa que

não fosse montanha... Nos cumprimentos

iniciais ao Thiers foi perguntado sobre a família,

mas como algo que as boas maneiras exigem...

Nada de alongar esse tipo de conversa... Já na

segunda frase vinha um comentário sobre a

atividade da semana passada... algo na Serra

de Petrópolis, que não me recordo agora.

Seguimos até a bifurcação Cocanha/

Papagaio e Minchetti nos perguntou se nos

incomodaríamos de alterar nosso itinerário e

com isso fomos ao Cocanha e exploramos um

pouco as pedras do lugar. A disposição dele

nessa época era de fazer inveja... sua mochila

tinha de tudo um pouco... sua indumentária já

foi comentada... (bermuda caqui, sem camisa,

uma bota Trappeur).

Ficamos mais ou menos uma hora no

Cocanha e retornamos pelo mesmo caminho...

ele aceitou a carona até a Sans Peña e

somente retornei a vê-lo no Açu em maio ou

junho de 1967. Eu havia decidido caminhar

sozinho até o Açu para treinar orientação

e no final da tarde vi duas pessoas vindo

da Isabeloca... era o Minchetti e mais um

montanhista que eu não conhecia... Minchetti

me disse que ele era do Petropolitano e

estavam indo na manhã seguinte para os

Portais de Hércules. Perguntei se poderia

acompanhá-los e ele disse que sim, pois iria

apenas dar umas conferidas na área.

Saímos cedo e fomos para uma das

regiões do PNSO mais impressionantes em

termos de visual. São paredões imensos

que se precipitam até o Vale do rio Soberbo.

Minchetti já estava com planos para descer

aqueles paredões e estava ali para calcular

o que necessitaria na aventura... grampos,

pítons, cordas, estribos, martelos e comida...

foi ele que me explicou a boa mistura do “porcil”

uma gororoba de farinhas e cereais que servia

para tudo (beber, tomar como sopa, comer

como farofa...).

Na primeira semana de outubro de 1968

o Thiers me convida para ir com o Minchetti

ao Papagaio... eu não sabia que ele já

estava pensando em conquistar uma via no

Papagaio... Ele era fã daquela montanha e

dizia que ela poderia ser um verdadeiro Campo

“A principal característica dele era falar sobre montanha... nada de papo sobre trabalho, política ou qualquer outra coisa que não fosse montanha...”

Page 6: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 20086

Escola se fosse “preparada” para isso.

Estivemos andando pelos matos da base

até que Minchetti achou uma possibilidade de

abrir uma via. “vamos voltar aqui nas próximas

semanas... vocês querem participar dessa?

Thiers e eu dissemos que estaríamos com

ele... e assim começou meu aprendizado de

conquista...

No dia 26 de outubro seguimos para o

Papagaio e fomos até a área que Minchetti

havia pesquisado e vimos que havia uma

chaminé de meio corpo (do tipo que existia

no “lance do chapéu” no Marumbi). Mincheti

me perguntou se eu queria experimentar essa

ralação... eu disse que sim e ele falou “então

manda brasa”... o lance acabou ficando com

esse nome... coloquei uma cunha de madeira

para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti

me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi

colocar um píton no diedro para dar segurança

na colocação do outro grampo de 3/8.

A foto na página 72 do Guia de Escaladas

e Trilhas da Floresta da Tijuca do Daflon e do

Delson dá uma boa visão do segundo lance (o

diedro).

No dia seguinte (27) voltamos na

companhia do Tião para completar a

empreitada... foram colocados os grampos

definitivos e ao terminarmos o trabalho,

...“Minchetti já

estava olhando outras

possibilidades de

continuar o Bolha D’água

(nome que ele achou

para homenagear os

principiantes do esporte).

Fato que ocorreu em 1969,

agora na companhia de

seu eterno amigo Salomith

Fernandes.”

com um lanche na base onde se chega de

rapel... Minchetti já estava olhando outras

possibilidades de continuar o Bolha D’água

(nome que ele achou para homenagear os

principiantes do esporte). Fato que ocorreu

em 1969, agora na companhia de seu eterno

amigo Salomith Fernandes.

Roberto Schmidt de Almeida

Page 7: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 2008

Cheguei agora a pouco do enterro do Minchetti. Presentes grandes colegas seus de aventuras - Sebastião (Tião), Genoveva, Berardi...alguns não compareceram, outros já se foram.

Raimundo Luis Minchetti era em pessoa a figura da transição entre as Eras da Consolidação e a Moderna do montanhismo brasileiro. Seus mestres pertenceram à fase da consolidação, mas soube viver intensamente a moderna. Na longínqua década de 1950, já flertava com o que de mais novo acontecia com a escalada: novos materiais como pítons e cunhas de madeira e a escalada artificial. Foi assim na conquista do Paredão XV de novembro, usando cunhas de madeiras e pítons (sem grampos) e o Paredão Janio Quadros e Variante Central, ambas na Agulinha do Inhangá (Copacabana) onde a escalada artificial no Brasil deu seus primeiros

passos.Mas fez parcerias inesquecíveis com

Salomyth Fernandes e Thiers Meirelles, conquistando belíssimas vias como os Paredões Lionel Terray (Pedra Bonita), Comicci (Dois Irmãos de Jacarepaguá)e a Chaminé Riccardo Cassin (São Pedro, PNSO). Era um montanhista completo – excelente escalador e mateiro além de um grande conquistador de vias de escaldas e de caminhadas.

Perdemos também um dos maiores especialistas em Serra dos Orgãos, Itatiaia, Floresta da Tijuca e que poucos sabem, das montanhas de Bariloche. Para nós, fica a história de um homem que viveu sua vida para as montanhas...

Waldecy Mathias Lucena

Cavalo Branco, 1958 Minchetti, Sobral e Buccheister (conquistador da Agulha do Diabo) e Alice M - Foto: Sobral Pinto

Page 8: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 20088

desafios o moldou. Tornou-se um homem duro

mas sensível e aberto para Deus. A montanha

lhe deu muitos amigos e preencheu sua vida.

Sempre dizia que queria morrer na montanha

e Deus o atendeu e o chamou para junto de

si, para continuar no céu suas caminhadas e

escaladas.

Genoveva

Mensagem escrita por Maria Genoveva von Hubinger para o Minchetti e lida por ela por ocasião da missa rezada para ele.

RAIMUNDO LUIZ MINCHETTI

Raimundo Luiz Minchetti nasceu em 31/

10 31, em Minas Gerais , onde passou uma

parte de sua infância com seus pais D.Odette

e Sr.Luiz e suas duas irmãs Maria da Penha

e Maria Helena. Quando se mudaram

para Petrópolis conheceu a Montanha e

começou seu amor por ela, que durou até a

sua morte. Mudando para o Rio de Janeiro

começou suas atividades de montanhismo,

conquistando paredões e abrindo novas

rotas na Serra dos Órgões, Itatiaia, Floresta

da Tijuca, Pedra Branca, como também na

Baía, Paraná e Bariloche entre outros. Fazia

relatórios detalhados com croquis e fotos,

entregues aos Clubes de Montanha CEB,

CERJ ou CARIOCA, para que os outros guias

pudessem conhecê-los. As conquistas não

eram para ele eram para os outros. Organizou

muitas excursões inéditas, que sempre

atraiam muitos participantes. Teve grandes

companheiros e amigos com os quais realizou

muitas façanhas, alguns já partiram e outros

ainda estão entre nós. Era tenaz, persistente,

obstinado e duro consigo mesmo e por isto

também exigente com os outros. A montanha

com toda sua beleza, seus perigos e seus

Especial Minchetti

...“conquistando paredões

e abrindo novas rotas na

Serra dos Órgões, Itatiaia,

Floresta da Tijuca, Pedra

Branca, como também na

Baía, Paraná e Bariloche

entre outros.”

Page 9: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 200810

“... O montanhista nato sabe o momento de se aproximar e juntar-se a nós. Ele virá porque ama os animais da floresta, a vegetação, os insetos, a sensação de tocar a terra com as mãos, por aceitar e enfrentar seus próprios desafios e, rincipalmente, sentir-se integrado no seu ambiente natural e não um mero visitante ou invasor.”

R. Minchetti

Dedo de Deus - foto Minchetti

Page 10: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 20089

Técnica

ERROS NA ESCALADAFLÁVIO DAFLON

Alguns dos erros mais comuns e que podem causar acidentes numa escalada:

1. Uma má comunicação entre os escaladores pode levar o participante (segurador) a soltar a segurança do guia antes do tempo. O guia então se pendura na corda esperando ser travado e despenca. Lembre-se que uma boa comunicação é absolutamente essencial.

2. O guia cai e um participante desatento deixa a corda correr até o guia bater no chão. Isto não é difícil de acontecer quando o guia está em algum ponto entre o primeiro e o terceiro grampo da via e o segurador deixa a corda com uma barriga muito grande.

3. O participante dá segurança muito afastado da base da via e é arrastado para a parede com a queda do guia, adicionando mais corda a queda do mesmo, causando ferimentos no segurador e possivelmente a queda do guia até o chão.

4. O segurador arma o aparelho de segurança errado e não consegue deter a queda do guia (comum com o gri-gri). Check sempre.

5. O guia esquece de completar o nó de encordamento. Uma vez começado um nó, não permita que nada te distraia até que você tenha terminado o nó. Então confira para ver se está tudo certo.

6. O guia se desespera com uma queda eminente e cai sem controle. Tente manter

uma posição estável ao cair. E afaste a corda do seu calcanhar.

7. O guia ou o participante esquece de fazer a segunda passada na fivela do baudrier (muito comum). Check duplamente.

8. O guia passa a corda erradamente pelo mosquetão e ao cair a corda se desclipa. Preste atenção no sentido da corda sobre os mosquetões. Use mosquetões de rosca em pontos cruciais.

9. O mosquetão é forçado com a janela aberta e se parte. Tome cuidado com o posicionamento de seus mosquetões e troque-os quando estiverem extremamente usados.

10. A corda sai do top-rope. Use sempre mosquetões de rosca ou dois mosquetões simples com janelas opostas.

11. O guia é descido, em top-rope, com a corda deslizando por dentro de uma fita (e não um mosquetão). Seleção natural.

12.A ponta da corda passa pelo freio do participante enquanto o guia é descido, levando-o ao chão (mais comum do que se imagina). O simples encordamento do segurador evitaria este indesculpável erro.

Fique atento !

“Adaptado do Livro Advanced Rock Climbing da série How to Rock Climb.”Extraído da Revista de Escalada Fator2.Mais informações: [email protected] ou no “site” www.guiadaurca.com/companhia

Flavio Daflon

10

Page 11: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 2008 11

Natal do CERJ 2005

ACONTECE NO CERJEXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA

Após a “EXPOSIÇÃO: HUMOR NA FOTOGRAFIA” (Janeiro até Março), muito apreciada pelas suas “charges”, “sátiras” e “brincadeiras”, o nosso sócio-fotógrafo “SOBRAL PINTO”, está nos brindando, nesses meses de Abril e Maio de 2008 com fotos coloridas de um tema espetacular: “A ESCALADA AO K-2” (A montanha assassina), realizada pelo nosso alpinista brasileiro, o WALDEMAR NICLEVICZ , de Curitiba (PR), o qual já escalou também, por duas vezes, o Monte Everest (8.848 m de altitude), na Cordilheira do Himalaia, na Ásia.

O “SOBRAL” já realizou na data de agosto e setembro de 2005, uma “Exposição Fotográfica” em comemoração à 1ª escalada ao MONTE EVERST, em nossa sede, com fotos fornecidas também pelo Waldemar Niclevicz.

O nosso “SOBRAL” recebeu do Waldemar Niclevicz um “CD” com as melhores fotos tiradas nessa escalada ao K-2 (8.611 m de altitude), cujo total ultrapassava a 50 (cincoenta) vistas, cada uma melhor que a outra.

O “SOBRAL”, não podendo exibir todas elas, escolheu e ampliou 36 fotos que ilustrarão essa grande “Exposição” sobre o K-2, dividida em duas etapas: uma em Abril e Maio (1ª parte) e outra em Junho e Julho (2ª parte).

Não percam de ver, através dessas lindas fotos, as dificuldades encontradas por qualquer alpinista nessa grande escalada.

A título de ilustração, informamos que o Waldemar Niclevicz publicou um livro denominado “Um sonho chamado K-2”, no qual descreve, com minúcias, as 3 tentativas para escalar essa montanha (a 2ª mais alta do planeta), com lindas fotos e diversos gráficos.

O CERJ EM ABRIL

Page 12: CERJcerj.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CERJBOL627.pdf · para trazer os dois até o diedro e ali Minchetti me ensinou a bater um grampo de 3/8 e ele foi colocar um píton no diedro

Boletim do CERJ Maio 2008 Boletim do CERJMaio 200812 1316

Centro Excursionista Rio de Janeiro

Fundado em 20 de janeiro de 1939

Reconhecido de utilidade pública estadual pela Lei

640 de 17/11/64 (D.O 01/12/64)

Sede própria: Av. Rio Branco, 277 / 805

Edifício São Borja - 20047-900

Rio de Janeiro (RJ) - Brasil

Tel: 0 xx 21 2220-3548

[email protected]ões sociais:

Quintas-feiras a partir das 20:00 horas

EscaladasCaminhadasCofraternizaçõesReflorestamentoJunte-se a nós!

Pão de açúcar visto da Vilma Arnaud